O Ruir do Velho Mundo - Alterados II

Wallace parecia ser um bom líder. O cainita coordenava bem a sua equipe e nesse momento ele pedia um transporte para nos remover daquele local. Ele nega ser o Xerife, e me fala sobre, seu superior direto, Marcíllus, que por sua vez respondia a Roden, o Xerife. Aos poucos eu ia me familiarizando com os nomes importantes da cidade. Logo o transporte chegava, e com uma estratégia pré-definida, Wallace dividia todo o contingente para a sede onde aconteceria o interrogatório.


Seguimos por alguns minutos pela cidade devastada. Aquilo me incomodava bastante. Era lamentável contemplar aquele cenário, causado por terroristas que não respeitam a ordem e debocham das regras. Isso não está certo. Enfim chegávamos a um portão bem vigiado, depois de passarmos por uma floresta densa, e ao atravessa-lo, entramos por túneis subterrâneos, até um local onde um cainita jovial parecia nos aguardar.


Depois que todos desciam dos veículos, Wallace se dirigia até o cainita jovial para prestar contas.

- Senhor Marcílius, conseguimos trazer alguns dos infelizes que estão explodindo a cidade. Logo mais descobriremos se são parte dos Filhos ou de outra facção.

Filhos? Facções? Pelo visto tenho muito que me atualizar...

- Esse é um Cainita recém-chegado na cidade. Annie fez sua mágica. Ele é confiável. Eu o trouxe para apresentá-lo ao senhor. - Responde Wallace. - Gerrard, está é o nosso chefe, Marcílius.

Respondia assim Wallace quando questionado a meu respeito.


- Prazer senhor Marcílius. - Falo estendendo a mão para o cumprimentar.

- Fico grato por sua ajuda Gerrard. - Responde o garoto estendendo a mão para o Gangrel. - É um período conturbado para uma visita à cidade. Você não chegou a ver as reportagens sobre o que está acontecendo por ai... achei que o mundo civilizado todo estivesse sabendo sobre nós...

- Vi sim, porém, é justamente isso que nasci para combater... Criminosos que incomodam a paz e desrespeitam as leis... desde dos tempos mortais senhor.


Quase falo sobre o motivo de eu estar ali, do porque deixei Denver para trás, mas não quis parecer precipitado... aliás, esse nem faz o meu tipo. Mas acredito que terei que tocar nisso em algum momento futuro. Mas tanto faz, não tenho motivos para não dizer...

- Dos membros aqui presentes nesta reunião, certamente eu apoiaria o senhor. Nada mais justo que apoiar alguém da casa Ventrue. Além disso, aparentas ser ponderado e experiente o suficiente. Eu não me imagino apoiando qualquer outro, pois acima de qualquer coisa, o tempo fora muito curto para analisar a personalidade e desejos de cada um.

Emmanuelle diz suas verdades enquanto foca os olhos no rosto de Cornwell, que vira a face novamente para a London Eye. O movimento é lento, como se o Primogênito usasse aquele tempo para avaliar as palavras da jovem Ventrue. Por um instante, quase no momento em que os olhos do Ventrue ficam completamente voltados para a rua, Emmanuelle consegue perceber um movimento de boca que poderia lembrar cansaço ou desapontamento. Contudo, a Cainita não poderia ter a certeza do que está acontecendo na mente do Vampiro, em especial por se tratar de um movimento percebido em milésimos de segundo.

- Interessante sua resposta senhorita Cousteau. Me dará no que pensar durante esta noite. - Ele volta sua atenção mais uma vez para a Ventrue. - Fique a vontade para aproveitar a noite londrina. O quarto onde você foi hospedada antes da recepção de hoje está ao seu dispor pelo tempo que precisar. Além disso, há uma limousine pronta para você na frente do prédio que te levará para o hotel ou qualquer outro lugar que queira. Amanhã ele trará você aqui novamente para que possamos continuar nossa conversa. - Ele faz uma pausa breve. - Há algo mais que eu possa fazer?

Assim que somente o silêncio toma conta do salão, Emmanuelle desce no elevador para a sala onde havia se apresentado. Ainda há alguns Cainitas por ali, conversando. Alguns deles percebem a presença da Ventrue e falam com ela, agradecendo pela apresentação, soltando gracejos em relação a sua beleza...

- Que voz maviosa senhora Cousteau. - Diz uma voz atrás de Emmanuelle. Uma voz conhecida, na verdade. Algo bem característico. É a voz da Harpia que iniciou a reunião. - Me senti tocado do início ao fim, quase em outro mundo...

Harpia:

Amino acorda, caminha até o freezer e pega duas bolsas de sangue, bebendo até a última gota. Alimentado, o Tzimisce retorna para perto de sua mala e começa a se desfazer dos pertences que poderiam colocar em risco sua nova identidade. Ele vai vasculhando suas roupas e outros objetos para ver se encontra documentos, fotos.... é nesse momento que uma foto de sua irmã aparece em suas mãos...

Ele senta no chão com a foto, segurando a com ambas as mãos, quando tem uma ideia. Ele fecha os olhos e concentra-se naquilo que aprendeu, a falar os com Espíritos da Terra. Após alguns tempo de concentração o Demônio sente um vento em sua orelha, outro, outro... Amino sabe o que está acontecem, os espíritos escutaram. Vozes sussurram em seu ouvido. Ele tenta captar o que está sendo dito, mas está complicado, as vozes são muito baixas... ele precisa de mais concentração, mais foco...

Finalmente as primeiras palavras surgem. Os Espíritos da Terra 'mostram' ao Tzimisce onde está o seu anfitrião. Sentado, na mesma cadeira, na mesma sala, Danut fala ao telefone com alguém. A conversa está animada.

Amino então acorda de seu transe. A foto ainda em sua mão.

O telefone na parede toca.

- Amino. - É a voz de Danut. - Como está tudo por ai? Já encontrou as respostas....?

- Vi sim, porém, é justamente isso que nasci para combater... Criminosos que incomodam a paz e desrespeitam as leis... desde dos tempos mortais senhor.

Um sorriso caloroso surge no rosto de Marcílius ao escutar aquelas palavras e apertar a mão de Gerrard.

- Se passou pelo crivo de Annie, tenho certeza que nos daremos bem de agora em diante... e como pode ver, nesse momento, há sempre o que fazer e ajuda é sempre bem vinda. - Ele solta a mão de Gerrard e volta sua atenção a Wallace novamente. - Que bom que vocês voltaram agora. Tivemos a notícia de um novo ataque vindo das montanhas. Ainda não chegaram à cidade, mas estão próximos. Sensores e câmeras mostraram algo semelhante ao seres que estiveram aqui na última vez. Outros dois times já estão se encaminhando para lá. - Enquanto fala com Wallace, o rosto de Marcílius muda completamente. Ele deixa o sorriso de lado e uma face séria e decidida aparece. Sua voz se faz forte e imponente. Até que ele volta a falar com o Gangrel. - O sr. poderia ir com eles senhor Blackwood? Nesse momento será somente uma missão de reconhecimento, mas pode se transformar em algo mais sério... e suas capacidades podem ser-nos bastante úteis.

Me apresso para abrir a janela rapidamente, antes que os dois homens tentem entrar no banheiro.
Espero não precisar machucar ninguém
Assim que estiver do lado de fora procuro um canto escuro para me ofuscar - Ofuscação 2 - Presença Invisível.

Beaumont tem a impressão que mulher quer conversar algo com ele, então aceita o convite. Os dois voltam a descer as escadas e encontram com os três responsáveis pela construção. Antonnela é rápida em livrar-se deles, mas com a forma doce que a mulher já mostrou anteriormente. Ela diz que o padre não está se sentindo bem e pede que eles retornem no próximo dia para que possam continuar falando sobre as obras.

Quando os três se vão, Antonnela fecha as portas da frente da igreja, bem como as janelas e pede que Geovanna a siga. Beaumont se vê novamente na parte de trás da casa, bem próximo do local onde ele caiu ao pular da janela. A irmã de Filippo o leva por um corredor de vegetação relativamente alta que segue até as duas casas que fazem parte da paróquia e que Beaumont havia visto antes de sair do Monastério.

caminho:

O vento sopra na vegetação, movendo folhas e galhos para o lado, fazendo um som característico. Alguns poucos minutos dividem as casas da igreja, e Beaumont é aquele que resolve quebrar o silêncio entre eles.

- Eu estive conversando com o padre sobre a possibilidade de um substituto para ele devido a sua idade.

Ao ouvir as palavras da freira, Antonnela para. Beaumont pode ver o assombro no rosto da mulher, que vai sumindo com o decorrer da conversa. E os passos voltam a seguir

- Filippo ainda terá muitos anos à frente de sua paróquia irmã, eu tenho certeza disso. Mas certamente ele não tem mais o mesmo vigor de alguns anos atrás. Talvez essa conversa entre vocês possa ter levado ao que vimos a pouco... Eu realmente não sei... ele esteve o dia inteiro radiante com a notícia sobre a reforma da igreja. A senhora trouxe mais vida para nossa comunidade, em especial para nossa casa. E eu gostaria de agradecer muito por isso. Não o via tão empolgado a algum tempo...

Pelo passo em que os dois estão andando, mais uns cinco minutos e chegarão ao destino. Interessantemente, ambas as casas estão com as luzes apagadas.

Enoch se espreme pela janela enquanto ouve o som da maçaneta da porta sendo destravada. Na correria, o Cainita esqueceu de trancar a fechadura. Assim, ele da um impulso no vaso sanitário enquanto se joga para cima, caindo em sacos plásticos no momento em que a porta é aberta.

O lugar em que ele está há poucas fontes de luz, mas o odor de peixe podre é pungente do meio dos sacos... mas com todos sendo de cor preta, torna-se ainda mais simples esconder-se.

O Malkaviano vê a sombra de um homem dentro do banheiro andando naquele espaço minúsculo. Ele coloca a cabeça para fora da janela, olha de um lado para o outro e coloca a cabeça pra dentro novamente. Ele grita algo para seu companheiro, mas Enoch não consegue precisar o que foi dito. O Cainita só ouviu o som de sapatos batendo rápido no piso, como se corresse.

- Sim, mas preciso me alimentar.

- Certo. - Responde Marcílius. - Wallace, prepare o seu time. Levarei o senhor Blackwood para se alimentar e encontramos com você aqui em vinte minutos. - Wallace faz uma reverência, entra no carro e vai alguns metros mais a frente. Ele para e entra em uma das muitas portas de metal que aparecem quanto a luz é ligada. Só agora Gerrard tem a percepção de quão grande é o lugar. Aquele não é só um estacionamento subterrâneo. Agora, o Gagrel consegue ver que o lugar é quase um túnel, com seus quinze metros de largura e pelo menos cinquenta de comprimento (até onde ele consegue ver). A cada tantos metros uma dessas portas de metal surgem. - Queira me acompanhar. - Fala Marcílius para o Forasteiro, que agora está com a coruja e o cachorro ao seu lado.

Marcílius entra pela única porta de metal aberta. Provavelmente a que ele usou para chegar ao 'estacionamento'. Logo que Gerrard também a atravessa, os sons de um escritório bastante movimentado começam. Teclados e mouses, telefones tocando, pessoas falando... mesmo antes de chegar à fonte desses barulhos, era possível imaginar que o Imortal estava se dirigindo para o prédio da bolsa de valores. Ele segue Marcílius por um corredor onde duas pessos conseguem caminhar facilmente, lado a lado. Mais daquelas portas de metal. Umas com ferrolho normal, outras com leitor de digital ou senha.

O barulho vai aumentando até que finalmente Gerrard chega à fonte. Um grande salão, lotado de homens e mulheres correndo de um lado para o outro, digitando em seus computadores ou mesmo conversando algo com o vizinho da mesa ao lado.

- Nossa central de operações nunca esteve tão movimentada. - Diz Marcílius. - Mas venha comigo. Logo a frente pegaremos o que você precisa. Aliás, belos animais você tem... Eles estão contigo a muito tempo? - Assim que o Cainita responde, o Vampiro já retorna com outra pergunta. - E de onde vocês estão vindo?

Ao soltar o seu gracejo, Emmanuelle vê surgir um sorriso no rosto da Harpia, mas não um sorriso qualquer... por conhecer bem o jogo de corte, Emmanuelle sabe que atingiu em um ponto fraco da personalidade do Cainita.

- Muito me agracias com mais um pouco de sua voz senhora. - Diz ele estendendo o braço para Emmanuelle. - Podemos conversar melhor próximo do bar. - E indica uma área com o bartender e outro homem. Logo ao lado há uma mesa com duas cadeiras. - Ainda podemos pegar algumas bebidas. Se for do seu desejo.

E os dois começam a caminhar para la. Ele pega uma taça de champagne.

- Você quer algo também? - Ele pergunta.

Após o homem parar de olhar para a janela, eu vasculho o beco em busca de passagens pelos becos, procuro por ratos também.
Dou também mais uma olhada no celular para ver se recebi novas mensagens.
Depois de tudo isso, uso a Máscara das Mil Faces - Ofuscação para adquirir um novo rosto - Altura mediana, cabelo loiro curto, meia-idade, sotaque californiano, roupas mais adequadas ao clima .

Ao ver que a cabeça do homem saiu da janela e ouvir os passos se afastando, Enoch logo se levanta do meio dos sacos de lixo e procura uma forma de sair dali. Facilmente ele encontra uma área na cerca que parece ser uma porta, pois há alguns centímetros separando duas tábuas que formam a cerca de madeira. Contudo, o ferrolho do lado de dentro está aberto, embora esse espaço pareça trancado... talvez uma outra fechadura por fora... só para os funcionários acumularem o lixo ali até a hora de entregar aos garis.

A cerca tem aproximadamente 2,5 metros de altura, sendo relativamente complicado pular sem o auxílio de um apoio. Quase que milagrosamente, o Malkaviano encontra uma cadeira com um dos pés quebrados, mas que pode ser útil na hora de pular.

Parece que o Vampiro se safou. Então ele começa a olhar para os lados a procura de ratos, mas nada... Procurando melhor, ele encontra uma pequena trilha deixada pelos animais, que aparentemente fugiram após a sua chegada, se esgueirando por baixo de um buraco na cerca. Ele olha no celular, nada de novo.

Do lado de fora, passos de alguém correndo. Pode ser um daqueles que entraram na lanchonete... ou um transeunte qualquer. O Vampiro usa os dons de Caim para moldar sua aparência para os mortais. Com a pressa, não há tempo para planejar ou criar os traços em sua mente. O barulho está cada vez mais próximo. Ao olhar parar os lados, há dois outros estabelecimentos, um de cada lado dos fundos da lanchonete. O que há na frente, não da para saber.

Enoch olha para seu corpo. Nada parece ter mudado. Será que nesse momento o poder do sangue falhou??

Ele tem duas opções. Saltar pela cerca ou ficar e ver a consequência.

A mulher começou a formar um 'obriga...', mas parou antes de terminar. Antonnela olhou assustada para Beaumont quando a mão fria do Imortal tocou na pele da mortal. Com isso, ela olhou diretamente para os seus olhos e com esse contato, o Malkaviano pôde usar do dom do convencimento.

Os olhos da mulher se tornam apáticos enquanto as palavras saem por sua boca...

- Somente a casa, minha senhora. - Diz a mulher. - É o local onde realizamos as festas de casamento, como foi dito mais cedo por Lucca. Como a será realizado aqui um casamento, gostaria que a senhora visse o prédio antes da realização da festa.

O Ancião percebe quando os olhos da mulher voltam a vivacidade normal. Ele aproveita esse momento para observar os arredores, em especial as casas para onde a irmã de Filippo o está levando.

O Malkaviano percebe uma movimentação saindo da vegetação alta e indo na direção da casa da direita. Ele então foca seus poderes sobrenaturais do Auspícios e consegue enxergar uma aura brilhante se aproximando do prédio.

- O que foi irmã, não está interessada em ver a casa? - Pergunta Antonnela quando vê que Geovanna não se mexe.

"Ainda sem notícias de Ophélia, espero que ela esteja bem....Por favor, Malkav, que ela esteja bem" Penso,enquanto vou em direção a cerca, cuidadosamente para não fazer nenhum barulho.
Quando estiver do outro lado, tento me ofuscar novamente, usando Presença Invisível e tento fazer meu caminho nas sombras até o local indicado.

Marcílius atendia o meu pedido como um bom anfitrião. Ele dispensa Wallace delegando novas funções ao cainita, e depois me convida a acompanha-lo pelos túneis. Aliás, a primeira vista eu não tinha percebido a magnitude daquela estrutura. Simplesmente imenso. Após alguns minutos caminhando ao lado de Marcílius, eu podia escutar um barulho similar a de um escritório de grande porte, ou um departamento financeiro sei lá. Bom, eu não sou muito bom em descrever esses lugares, nunca me identifiquei com isso. Mas minha suspeita era confirmada ao ver aquele lugar com aquelas pessoas andando para lá e para cá, num ritmo frenético com papeis nas mão e telefones nas orelhas. Cada um tinha o seu próprio guichê com computador e tudo.

- Nossa central de operações nunca esteve tão movimentada.

Eu queria responder algo para Marcíluis, mas nada me vem a cabeça. Apenas faço cara de impressionado...

- Mas venha comigo. Logo a frente pegaremos o que você precisa. Aliás, belos animais você tem... Eles estão contigo a muito tempo?

- Obrigado! Não muito, Athena a coruja está comigo a mais tempo, mas Thor entrou para o time recentemente.

- E de onde vocês estão vindo?

- Estados Unidos da América. Denver, para ser mais específico.

Enoch se aproxima da cerca de madeira e procura o melhor lugar para saltar. O Vampiro ouve do lado de fora passos se aproximando. Ele então salta para o lado contrário dos passos. Mesmo não sendo um atleta, o movimento não chega a ser difícil e o Malkaviano consegue atravessar o obstáculo sem muitos problemas... problemas esses que parecem não deixar o Vampiro fugir.

Assim que atinge o solo, Enoch busca as sombras da noite para esconder-se de seus perseguidores e começa a andar na direção das docas. Parece que finalmente dará tudo certo, mas ao sentir algo mole abaixo de seu pé, o Cainita sabe que era bom demais para ser verdade. Ele havia pisado na cauda de um pequeno cachorro que dormia...

O animal pula para o lado, assustado, e derruba uma lata de lixo de metal. O barulho parece ecoar pela noite, juntamente com o som dos latidos do cachorro para Enoch. Logo atrás, o Vampiro também ouve as palavras de alguém:

- Ei! Quem está ai? - O dono da voz parecia estar correndo, pois é entrecortada por umas inspirações mais fortes.

Beaumont segura os braços de Antonnela com força e usa seus dons sobrenaturais para fazer com que a mulher desista de ir até a casa e retorne à igreja. O Ancião sente que a mulher cede em seus braços facilmente, deixando mais uma marca do quanto seu poder já se difundiu na mente da Antonnela. Os dois fazem o caminho de volta e se despedem no andar superior, com a irmã do pároco indo na direção do quarto dela, enquanto Beaumont se tranca no seu. Ao lado, o Malkaviano ouve os roncos de seu motorista, que dorme tranquilamente.

O Cainita, então, deixa sua mente fluir em direção à casa do lado de fora, onde ele viu alguém se aproximando.... mais uma vez ele ouve o som do vento balançando as plantas que circundam o caminho entre a igreja e as duas outras casas que fazem parte da paróquia.

'Caminhando' pelo espaço ao redor do prédio, Beaumont vê um homem com características físicas claramente nórdicas andando ao redor da casa. Ele saiu de dentro da vegetação e circundou a construção duas vezes antes de partir para a casa da esquerda, fazendo o mesmo. De tempos em tempos, o homem olhava na direção da igreja e dava um sorriso. Por fim, ele retornou para dentro do mato e sumiu das vistas do Ancião.

Homem:

Os passos continuam. Marcílius atravessa esse mar de pessoas e computadores até chegar ao outro lado do salão, onde uma grande porta é aberta por dentro, dando passagem aos dois imortais. Durante a caminhada, o Gangrel consegue ouvir sobre o que aquelas pessoas falando e, possivelmente, com quem elas estão ao telefone. Avisos sobre novos focos de incêndio, novos atentados, times de batedores, como Wallace e seus companheiros, avisando à central de operações o que encontraram e pedindo orientação... agora Gerrard sabe para onde o Cainita ligou após a captura dos terroristas para solicitar os veículos.

Enquanto caminham, Marcílius da prosseguimento a conversa...

- Nunca estive nesse lugar. Voltei recentemente de uma visita aos estados unidos... Mas como é a cidade? Com o que você trabalhava? - Eles continuam falando até atravessar a porta. - Bom, já estamos chegando. - Poucos metros adiante, Marcílius abre mais uma porta que necessita de senha, ficando entre o Vampiro e o painel, impedindo Gerrard de ver o que ele digita. O Gangrel percebe que esta sala é muito mais fria do que os demais locais pelos quais ele passou com o Vampiro logo na entrada. - Pegarei no freezer algo para você, mas por favor, não se sinta acanhado... continue... por que você deixou sua casa?

Mesmo sem querer, acabo ouvindo as conversas que aconteciam entre aquele frenesi de pessoas que era a central. Não que eu tenha um desinteresse proposital a repeito disso, mas acho que esse ambiente é totalmente ao contrário do que eu sou. Mas assumo que isso é uma falha minha, pois o mundo mudou, e a maneira como as pessoas fazem as coisas também. Preciso ficar atento a isso, ou então sofrerei com a dificuldade de muitos anciões em se adaptar ao novo mundo.

As pessoas falavam sobre novos focos de incêndios, ataques, e etc.. Agora sei para onde Wallace ligou pedindo veículos para nos trazer até aqui. Marcílius me tirava desse raciocínio com sua pergunta afim de conhecer melhor o estranho que caiu de "para-quedas" para ajudar a sua equipe.

- Nunca estive nesse lugar. Voltei recentemente de uma visita aos estados unidos... Mas como é a cidade? Com o que você trabalhava?

Penso em comentar algo de bom sobre a cidade, mas talvez o rancor que essa lembrança me causava me fez mudar de ideia. Quem sabe futuramente? Por isso sou sucinto ao descrever o lugar... - Assim como aqui, Denver estava sofrendo bastante com ataques. Porém, o inimigo lá era o sabá... pelo menos o conhecido. Pouco antes de sair, um príncipe que tinha assumido o trono a uma semana tinha sido arrancado de lá pelas garras dos vampiros do sabá e depois não ouvi falar mais nele. Ou seja, lá também está um caos...

Ao chegarmos em uma porta fortemente trancada com sistema de senhas, Marcílius ficava de costas para mim e digitava uma sequência de números para abrir a porta...

- Pegarei no freezer algo para você, mas por favor, não se sinta acanhado... continue... por que você deixou sua casa?

- Eu servia a Camarilla como algoz. Mas porém um capricho do príncipe interino foi a gota d'água para que eu me cansasse da América. Sou um membro leal e tenho meus princípios. Sempre fui um agente da ordem e da justiça, mas existem coisas que estão além de nossa resolução. Vivemos tempos difíceis e com grandes problemas, e lá perdíamos tempo com missões fúteis em relação a nossa realidade, arriscando nossos pescoços por nenhum reconhecimento no final... Sem dúvidas eles perderam demais com a minha saída.

Marcílius entra na sala e pede que Gerrard o acompanhe. Não é um lugar grande, mas há três mesas espalhadas, algumas cadeiras e freezers tomando conta de praticamente 1/3 das paredes. O Cainita vai até um dos freezers, pega quatro bolsas de sangue e coloca em cima da mesa mais próxima.

- Estamos vivendo tempos difíceis mesmo... não sei o que esses malucos do Sabá pensam, mas daqui a pouco não teremos mais o controle sobre os humanos. Eles vão acabar percebendo que existimos e nos caçando loucamente... sendo que eles são um perigo muito maior do que outras criaturas sobrenaturais... - O Vampiro se cala, retira um celular do bolso e começa a mexer. - Fiquei a vontade para se alimentar. Preciso resolver um problema. - E sai da sala. - Qualquer coisa estou aqui do lado. - Marcílius encosta-se na parede.

Agora o Gangrel está só naquela sala fria.

Passado alguns minutos, Marcílius volta a falar:

- Estamos protos para seguir? Wallace me confirmou que todo o pessoal dele está esperando do lado de fora. - Ele volta para dentro da sala. - Você levará seus animais, ou quer deixá-los aqui. Eles serão muito bem tratados. - O Cainita aproxima-se de Thor e afaga sua cabeça. O animal, diferente do esperado, lambe a mão de Marcílius enquanto balança o rabo.

Assustado, procuro um lugar para me esconder ou então perceber de onde o som está vindo e se há um direção para onde correr - Ativando Auspícios I (Sentidos Aguçados)

Mas antes de me esconder ou correr, olho para o cachorro, mostrando as presas sutilmente e com um olhar intimidador. Se o cachorro fugir e tiver lugar para se esconder, eu me esconderei até o dono da voz desistir de descobrir o que está acontecendo.