LAS VEGAS - O CONDADO DE CLARK - 02: Paradise & Mojave Oeste

Paradise é uma região censo-designada localizada no estado americano de Nevada, no Condado de Clark. Trata-se de um subúrbio não incorporado de Las Vegas. No censo de 2000, Paradise tinha uma população de 186.070 e, em 2005 a população estimava-se em 211 509. O Departamento de Planeamento do Condado de Clark estima que a população de Paradise em 1 de julho de 2007 era de 189 958 residentes. Como área não incorporada do condado de Clark, é governado pela Comissão do Condado de Clark.

Em Paradise fica o Aeroporto Internacional de Las Vegas e a maior parte do Las Vegas Strip, incluindo os famosos hotéis e casinos, como o Caesars Palace e o MGM Grand. Muitas pessoas julgam que Paradise faz parte da cidade de Las Vegas, mas a maioria dos turistas que visita "Las Vegas" passa mais tempo em Paradise do que na própria cidade de Las Vegas. À maioria dos municípios a sul dos limites de Las Vegas (incluindo Paradise, Winchester e Spring Valley), o Serviço Postal dos Estados Unidos atribuiu endereços com o nome de “Las Vegas, NV” em vez do próprio nome, e por isso as pessoas se confundem, e não sabem em que cidade estão.

É a principal região de “Vegas”. Dentro do Condado de Clark, Camarilla e Sabá duelam para supremacia de Paradise. Galdrick Sullivan, Arcebispo do Condado de Clark, atribuiu a função de Bispo para Maldini e o fez guardião de Paradise. Ao mesmo tempo, a Camarlla vem alastrando como uma erva daninha, ganhando mais domínios e influências pela região.  

Paradise
População humana: 253.678
População vampírica: 22
Domínio atual: Sabá/Camarilla
Bispo: Pietro Maldini
Príncipe: Bugsy

ㅤㅤAh, o Destino... 

ㅤㅤSe a vida é um rio, o Destino é certamente a correnteza. Um vórtice que puxa a todos os seres vivos ou mortos-vivos com força implacável. Jorge Altobello jamais admitiria, mas ele também foi pego pelo redemoinho e estava indo, cada vez mais, em direção ao centro. 

ㅤㅤPra quem veio à cidade com o único objetivo de conhecer uma criança do Abismo suficientemente experiente para lhe introduzir nos caminhos do misticismo do Abismo, o Lasombra está completamente fora de sua rota inicial. A Camarilla descobriu que estava na Oficina de Carne, e resolveu matar dois coelhos com uma cajadada. Ou pelo menos tentar... 

ㅤㅤFalhando miseravelmente, tudo que fizeram foi criar um inimigo implacável.

ㅤㅤO Bispo, agora, está com sede de vingança. Eles não apenas tomaram seu carniçal. Eles feriram o seu ego. E deixar que tal ato passe impune, feriria também a sua reputação, de modo que o Guardião agora está envolvido até o pescoço na política da cidade. E não apenas envolvido, ele está confiante. Depois de derrotar a elite de guerra da Camarilla, ele se pergunta se encontraria alguma dificuldade no embate que estava por vir. 

ㅤㅤPor enquanto, vamos nos ater ao agora...

ㅤㅤ- Então... - O irregular traquejado do carrinho passando pelos trilhos obrigava Jorge a falar mais alto do que o de costume. - Que arma formidável, A Arte... - A essa altura, Pavel já entendera onde o Guardião queria chegar. - Adoraria levar uns 3 ou 4 garotos desses quando voltar para Nova Iorque. - Dirigiu ao Demônio um sorriso malicioso. Caso o Tzimisce se mostrasse ofendido com a declaração, Jorge simplesmente desconversaria, fazendo parecer que nunca tocara no assunto. Mas se a matéria não o incomodasse, seguiria. - O que é preciso para o ritual de criação?

ㅤㅤComo o esperado, quando chegaram até o refúgio do Dominante, deu-se início à Valderie. Diferentemente do esperado, o ritual foi repetido 10 vezes seguidas, de modo que o Vincullum entre os dois cainitas ficou fortíssimo. Altobello sentiu imediatamente os efeitos do laço sanguíneo. Defenderia Gotkken com sua própria não vida, se fosse preciso. No fundo ele sabia, acabara pagando um preço altíssimo em troca do apoio da Mão Negra. Em contrapartida, poderia contar com a mesma dedicação por parte da Manus Nigrum. Isso o confortava um pouco. O ritual foi selado quando bebeu o sangue na taça de diamante e enterrou seu pulso no fogo azulado, que apagou instantaneamente sem lhe causar qualquer dor.

ㅤㅤJá podia se imaginar fincando as presas no pescoço do Príncipe, a Torre ruindo ao seu redor... Revigorante...

ㅤㅤTeria o apoio de Gotkken e sua Mão Negra, e se perguntava se valeria a pena requisitar ajuda do Arcebispo local. Talvez deveria encarar a batalha sem o seu apoio e desfrutar do espólio de guerra sozinho. Com o seu nome, poderia atrair voluntários com facilidade. É um assunto delicado que deveria ser estudado com carinho. 

ㅤㅤ[...]

ㅤㅤAcordou com uma grata notícia.

ㅤㅤBem, nada que ele já não tivesse esperando, no entanto. Com o convite de Pavel, porém, sua expectativa se confirmou. O Gangrel fora capturado com sucesso, e trazido até a câmara secreta do Demônio, mais conhecido como "playground". Pobre homem...

ㅤㅤNo início, Jorge estava entusiasmado em ver o sofrimento percorrer o corpo do Forasteiro. Conforme a carne se abria, os músculos ficavam expostos e os nervos se contorciam, os olhos do Lasombra brilhavam. Mas as horas se alongaram, e o tédio alcançou o Bispo. Acabou deixando que Gotkken se divertisse e foi fazer alguns telefonemas. Se pegasse sinal, é claro. Ordenou seus três templários a virem a Nova Iorque o mais rápido possível e encontrarem-se com ele.

ㅤㅤQuando voltou à sala de tortura, finalmente pôde ser útil.

ㅤㅤComeçou fazendo perguntas cruas, sem utilizar qualquer tipo de disciplina, contudo o prisioneiro mentia. É fácil para Altobello notar. Não seria exagero dizer que o Bispo é um detector de mentira ambulante. Com uma leitura corporal digna de Lie to Me ou The Mentalist e, a cereja do bolo, Leitura de Auras, é praticamente impossível enganar o Guardião. 

ㅤㅤSem paciência para joguinhos, o Lasombra apela. Com o dom da Dominação, faz o Gangrel vomitar toda a informação que deseja. - Quem está no comando de Las Vegas? Onde fica o Elísio? Quais suas defesas? Quem é o vampiro com duas lâminas que fugiu da batalha? Onde posso encontrá-lo? Quais seus pontos fortes e fracos? Quais os objetivos a curto e médio prazo da Camarilla local?

Tristan Thorn escreveu:ㅤㅤ- Príncipe Bugsy. Fica no The Mirage... As defesas são carniçais armados, câmeras termográficas, cachorros treinados para farejar membros e o perímetro defensivo, que o Xerife coordena... É Vitenzo Mastrangello... Pode encontrá-lo em Las Vegas. Ele é rápido, forte e preciso, mas não passa de um caitiff em busca de respeito... Erradicar o Sabá e dominar o Condado de Clark como um todo – as respostas do Gangrel estavam repletas de ódio e dor.

ㅤㅤ- E como, exatamente, a Camarilla pretende fazer isso? Quais são suas defesas em caso de um ataque Sabá? - Altobello continua...

Mesmo relutante com uma possível armadilha feita pela Primógena (afinal, nada a impedia de ser a assassina), o Ventrue enviava a foto do Lincoln para ela, talvez ela também estivesse apenas garantindo que não era o assassino querendo acabar com a vida dela também. Depois perguntava ao Lincoln onde era o lugar, e então seguia para o encontro. Chegando no lugar, pediria para o carniçal ir na frente. Arnald ficava observando de longe qualquer movimentação estranha até a cria do Senescal aparecer. Se ele não avistasse nada estranho, também seguiria ao encontro.

ㅤㅤ- Conte-me sobre Bugsy e o Xerife. Dê detalhes sobre ambos. - Diz Jorge, perante a revelação do Gangrel.

Tristan Thorn escreveu:- Elijah Cerrone foi quem armou tudo na época em que era Xerife. Atualmente ele é Primógeno. O atual Xerife é Elliot Spencer e não sei muito sobre. Já Bugsy é um Príncipe ausente e perturbado. A maioria o acha louco. Ele é um renomado Ventrue.

ㅤㅤAs informações coletadas pelo Lasombra eram importantes, mas ele queria mais. Ele precisava de mais. No entanto, a resistência do Forasteiro em revelar tudo de uma vez estava deixando Altobello irritado. - Me diga onde eu os encontro, lixo! Quero endereços!

Tristan Thorn escreveu:- Não sou amigo desses caras! Como vou saber? Já falei que o Elísio é no The Mirage.

ㅤㅤ- Fale direito, cretino! - Grita o Bispo enquanto aperta um nervo exposto no braço do prisioneiro. Vê-lo sofrer aterrorizado era impagável. Mostrar-se superior ao inimigo que ousou pensar que poderia derrotá-lo. Por fim, vira-se para Gotkken. - Ele não vai ser mais útil do que isso. O que pensa em fazer com ele agora? - Não que se importasse, mas estava curioso em saber o que o Demônio tinha em mente.

ㅤㅤIndependente da resposta, o Guardião continua. - Já sabemos onde é o Elísio e quem são os malditos responsáveis pelo ataque à Oficina de Carne, mas não acho que seja informação suficiente para tomar a cidade. Precisamos descobrir mais sobre o Primógeno e o Xerife. Assim poderemos arquitetar melhor a investida.

ㅤㅤ- Eu estou bem. - Recusa o convite para repousar. - Descanse você, irei precisar de sua Vicissitude em breve. - Diz o Lasombra, com uns tapinhas nas costas do Tzimisce.

ㅤㅤ- Ah! - Coloca a mão sobre o ombro do Gotkken antes que ele saia. - Mas antes, poderia me passar o endereço dos membros da Seita local? Marcarei uma reunião e designarei tarefas. Não há tempo a perder. A cada minuto que a Camarilla passa no controle de Vegas, é um insulto à Espada de Caim.

[...]

ㅤㅤSozinho com os dados que Pavel lhe passou, Altobello trabalha na confecção dos convites. Se estivesse em Nova Iorque, provavelmente delegaria essa tarefa tediosa para outra pessoa, mas ali era um forasteiro. Com letra caprichada, pôs-se a escrever.

Jorge Altobello escreveu:Irmãos e irmãs, durante muito tempo suportamos a supremacia da Camarilla nessa cidade. Durante muito tempo esperamos calados enquanto a Torre fazia seus bailes pomposos nos cassinos de Vegas e ria da nossa desgraça. Os Antediluvianos puxam a corda de suas marionetes nos afastando cada vez mais da glória que Caim ofereceu um dia para sua prole.

Há dois anos atrás, Nova Iorque passou por esta mesma dificuldade. Agora é uma cidade livre dos desígnios primais dos Antediluvianos. Isso porque nós nos levantamos contra eles. Tivemos a sagacidade para enxergar o momento de fraqueza pelo qual passavam e a força para agir no momento certo.

Noite passada o Hexagon foi destruído. O Círculo de Guerra do qual a Camarilla tanto se orgulha pereceu perante o Sabá. Eles estão fracos, confusos e nós não daremos tempo para que eles se recuperem. Este é o momento! Se, de fato, buscam honrar a Espada de Caim... se, de fato, procuram o poder e a glória... compareçam no endereço abaixo preparado para a guerra.

P.S.: Tragam um mortal de aparência mulçumana.

Bispo Jorge Altobello

ㅤㅤPassou quase uma hora para terminar todas as cartas, mas enfim estavam todas prontas. Todas devidamente endereçadas e com o selo da Espada de Caim em cera vermelha. Entregou-as para um dos servos de Gotkken que ficou encarregado de entrega-las em mãos dos respectivos cainitas. Em seguida, telefonou para o seu fornecedor de armas na Taureau. A empresa, na verdade, era de sua propriedade, mas devido à questões logísticas era obrigado a manter um empregado de moralidade maleável e remuneração satisfatória para momentos como esse. - Preciso de um novo carregamento de Whisky, vinte e um e dezoito anos, Vodka e Cerveja. - Códigos para C4, granadas, metralhadoras e pistolas, respectivamente.

ㅤㅤAgora era só esperar.

As noites tediosas faziam parte das noites do cainita. Os primeiros dias sozinho não foram desafiadores, aquele cortiço já era bem sombrio afastava a presença de quase todos antes mesmo de ele chegar. Anabelle tinha sido clara com manter a descrição até que ele recebesse notícias de Barto, " mas onde esse puto estava ?", pensava sua cria impaciente. Ele tinha certo trabalho em se alimentar, não era sempre que tinha "comida" boa por perto, a grande maioria eram drogados e alcoólatras e esses estavam fora de cogitação. "Comida", as vezes ele parava para pensar quando começou a chamar as pessoas assim. Anabelle sempre se referia a eles como "gado", sete anos pareciam ser muito tempo, mas não conseguia imaginar rotular uma criança como "gado", até agora não havia se alimentado de uma e não sabia conseguiria um dia. Sete anos aparentemente não foram o suficiente para apagar tudo aquilo que já o fez humano, esses pensamentos eram perigosos e ele teria o cuidado de mantê-los para si.

Em uma noite fria o celular que sempre era mantido por perto finalmente sinalizava o recebimento de uma mensagem. Os olhos de Theo liam as poucas palavras repetidas vezes. " Las Vegas - Paradise. Prove quase esses sete anos não foram um erro." - o remetente estava bloqueado e não havia qualquer identificação de quem havia mandado a mensagem, mas na cabeça de Theo só poderia ser Barto, ele estava em Vegas. O assamita estava ansioso, ele olhava para o homem inconsciente aos seus pés, ia ser um experimento para quebrar seu tédio, ver o que aconteceria se bebesse de um humano entorpecido com cocaína, mas parece que não seria aquela noite, precisava agilizar os preparativos para sua partida para Vegas, recolhia suas presas e desaparecia nas sombras escuras daquele beco.

Infelizmente, Arnald não conseguia convencer a outra vampira com a foto do carniçal. Ele tinha um leve receio de enviar a foto para a Primógena, não podia confiar em ninguém, mas também não poderia perder aquela oportunidade, infeliz um dilema que poderia lhe custar a vida, se a pior situação fosse real. E incrivelmente aquela situação soava um pouco ironica para o cainita. Ele estava em Vegas, a cidade das apostas! Quem tinha sorte, enriquecia, quem tinha azar perdia tudo, mas o bom jogador, mesmo perdendo, sempre saia com algum lucro. E ele tinha que arriscar e torcer para que a prole do antigo Senescal não fosse a assassina. Bradley envia a foto, e parte o mais rápido possivel para o tal lugar. Pega um táxi, e diz o nome de onde queria ir.
Enquanto estava no táxi, Arnald começa a formular um plano, algo que quase nunca fazia. O Ventrue tentaria ser o bom jogador, já tinha em mente o que fazer. Não daria a informação correta a principio, lançaria algumas falsas e tentaria notar como a Malkaviana se sentia com aquilo, mas também ouviria, sempre tentando perceber se tinha sinceridade ou era apenas mentira. Bradley também não podia ser surpreendido, emboscadas são uma das coisas mais letais que podem acontecer, e o cainita sabia muito bem disso, os tempos da guerra ainda eram vividos na mente dele. Pedia para Lincoln manter a uma distância, o suficiente para que não fosse percebido. Se ele notasse alguma movimentação estranha ali e as circunstâncias favorecessem este tipo de atitude, Lincoln iria para perto de onde estavam. Mas se a situação fosse mais agressiva, como por exemplo, vários homens se dirigindo ao local com armas em mão ele iria disparar contra o inimigo. Assim, pelo menos o Ventrue acabaria com o elemento surpresa da suposta emboscada.

O Ventrue esperava no local indicado pela mensagem, com um sorrisinho debochado no canto da boca enquanto observava a paisagem do local. Ele estava extremamente confiante com seu plano, nada poderia dar errado. Lincoln ficava escondido, como se fosse um Ás na manga do deck de Bradley, o seu elemento surpresa. Se a cria do Rodrigo fosse a sua assassina, ela teria mais problemas do que deveria esperar. Mas como dito anteriormente, ele ESTAVA confiante...
Enquanto Arnald via o local, procurando pela Primogena, um homem cutucou suas costas. Teria estado tudo bem se ele não tivesse avisado onde Bradley teria que ir. Aquele sorrisinho se desmanchou na cara do cainita. Era por isso que ele não fazia planos! Sempre dava algo errado com planos, no improviso ele sempre estava pronto para qualquer situação, mas com um plano, não! Naquele momento, ele olhava para onde Lincoln estava, mas rapidamente desviava para o homem. A ideia era dominá-lo, mas ele já estava longe, e também parecia que tinha sido dominado. Só restava agora o improviso, pois 80 % do plano tinha ido pro quinto dos infernos. Bradley pensava o mais rápido que podia, ele não poderia desperdiçar o elemento surpresa do Lincoln, era valioso demais. Pelo menos esperava que o carniçal seguisse o maldito carro. Dando uma respirada funda, o Ventrue ia em direção ao carro em que foi chamado, entrando no mesmo. A primeira jogada naquele cassino da vida era feita.

A grana tinha acabado, mas Theo conseguia chegar ao seu destino. Os olhos do assamita fitavam a cidade, ainda pequeno ouvira de algum garoto da escola que dizia ter estado em Vegas uma vez e os prédios eram tão grandes e brilhantes que você poderia vê-los a quilômetros. Estava em L.A., longe de casa, se é que aquele lugar caindo aos pedaços pudesse ser chamado de casa. Já longe dos pensamentos de sua infância, Theo observava mais atento o local a sua volta, a mensagem tinha dito para ir para Vegas, mas não falava onde exatamente, Paradise era enorme.

Ficar parado não pareceu uma boa ideia, ele então caminhava em meio aos pedestres de forma discreta,  não tinha a melhor das aparências, não tinha dinheiro para comprar roupas melhores e se contentava com algumas peças que tinha pego de suas últimas vitimas. Seus passos logo cessavam, um toque esperado e logo o celular estava em suas mãos. Uma nova mensagem, novamente sem remetente

“Saia daí, dirija-se até o Bar Lonter Max, lá você verá uma viela, seguida por um beco, entre nas sombras...

Ah cara, isso não soava bem, não havia identificação nas mensagens, e se não fosse Barto? Toda aquela incerteza e insegurança que eram ignoradas graças a seu desejo ávido de sair daquele buraco agora se intensificavam, mas ele se forçava a acreditar.

"Tem que ser ele, eu já cheguei até aqui, se for uma merda de uma armadilha eu já caí só de pisar nessa maldita cidade" - pensava o Assassino. Decidido ele guardava o celular.
- Agora onde raios fica esse bar? - dizia enquanto voltava a caminhar. As pessoas normais não se solidarizam fácil quando alguém parecendo um morador de rua se aproxima demais, Theo sabia disso, sabia também que outros moradores de rua e artistas eram mais amigáveis e receptivos em ajudar. Não demorou muito para descobrir qual direção tomar.

Depois de muita conversa e com certa ajuda Theo avistava os letreiros do bar a algumas centenas de metros. Ele caminhava em sua direção. Durante todo o caminho se preocupou em notar se alguém o seguia, mas não havia percebido nada de estranho.

Lá estava ele, parado em frente a viela. Havia pouca luz, algumas latas de lixo e poças de água no chão. Se seu coração ainda batesse com certeza estaria acelerado. Ele avançava, mesmo sem seus poderes vampíricos seus passos mal produziam som. O beco estava logo ali, seus passos não desaceleravam, seus olhos corriam de um lado para o outro a procura de qualquer forma ou vulto, enquanto sua mão direita deslizava para dentro da blusa e se fechava sobre o cabo da faca ali guardada.  

- Theo – a voz rouca e ameaçadora era inconfundível. O som vinha das costas do Assamita.

Um frio correu pela espinha do assamita. Aquela voz o fazia congelar por um segundo, ele não estava enganado, só podia ser Barto. Ele se virava para encarar a figura que o havia trazido até ali.

- Barto?

A sensação era de estar sendo escoltado por algum tipo de máfia, e Bradley se sentou meio desconfortável naquele carro. Ele não tinha muitas boas lembranças com máfias. Como estava em uma situação delicada que poderia mudar em qualquer momento, O Ventrue iria tomar algumas medidas de segurança. Utilizava o poder do seu sanguepara aumentar mais resistência física (1PDS em Vigor), para caso as coisas esquentassem ele ter uma maior chance de sobreviver.
Pela velocidade do veículo, talvez Lincoln conseguisse alcançá-los, e Bradley implorava mentalmente para que ele fizesse isso.

Minamino escreveu: - Boa noite, Sr. Bradley. Eu sou Charlie Minamino, Primógena do clã Malkavian em Vegas. Seja bem-vindo, pelo que pesquisei, você porta credenciais do Príncipe que lhe dá o aval para investigar a morte do meu querido Senhor, então, se está, de fato, submerso nessa empreitada, querendo ou não, terá que seguir o meu comando e tudo ficará bem.

- As grosserias já começavam, "sigua ordens e tudo fica bem". Com certeza era uma ameaça, se Arnald não fizer o que ela quer, vai ser alvejado pelos seguranças. Minamino parecia muito uma "mulher de négocios" com a vestimenta e ameaças. - Já começamos assim? Hahaha, a senhorita realmente é muito gentil com o homem que está trazendo a justiça para o assassino do Rodrigo. Desculpe, mas meu tempo de ser ameaçado e depois seguir ordens já acabou. Quem sabe se a senhorita voltar 70 anos no passado, eu faça isso. - Arnald pegava o credencial e balançava ele na mão. O único a quem o Ventrue devia satisfação era o Principe, e mesmo assim não fazia de tão bom grado. Mas algo a mais deixava Bradley tenso: o olhar da Primógena. Parecia que ele estava encarando uma louca, que a qualquer momento poderia mudar de comportamento e pular em cima dele em um, ataque de fúria. Não era a melhor das situações, e isso fazia Arnald repensar o que iria dizer.

Minamino escreveu: - O Senhor pode me dizer o que tem em mãos desde quando começou?

Ela estava fazendo um reconhecimento da situação, com certeza. Queria saber o quanto o cainita tinha avançado na invesitigação. Era hora de começar a fazer os 20% que sobreviveram - Bem, pelo que eu me lembre, o motivo do nosso encontro não era sobre o que eu tenho, e sim sobre o que a senhorita tem, não é? - balançava a credencial, enquanto olhava para a mesma - Mas mesmo assim vou falar. O assassino realmente foi muito esperto, quase não deixou pistas. Tudo o que eu tenho sobre esse assassinato é a mais pura dedução. Pelo que sabemos, o assassino pode ser qualquer um, inclusive você. - O "inclusive você soava mais pesado na frase. Nesse momento o Ventrue parava de balançar a credencial e olhava em direção à Malkaviana, com um olhar acusador. Isso fazia parte do plano, queria ver como ela reagiria com essa atitude de Bradley, como se ele soubesse que foi ela. Até ali, ele não havia mentido, realmente pelo que ele sabia poderia ter sido qualquer um, inclusive ela. Mas o tom da voz e da atitude eram somente uma ameaça para ver a reação dela. Depois disso, por garantia, Arnald usava mais uma vez o seu sangue para aumentar a sua resistencia (1PDS em Vigor).