Vampiros - A Máscara
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Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas

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deise.galvao
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Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas - Página 2 Empty Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas

Mensagem por No One Sex Out 23, 2015 8:15 pm

-Boa noite - Diz o Gangrel, cordialmente, mas sem nenhuma emoção na voz. Talvez o básico fosse o melhor para cortar o gelo.

- 'Noite. - O homem responde, sem desviar os olhos do Gangrel.

-Você já deve saber quem sou eu, aparentemente - Diz ele - E você, quem é?

- Não. - Ele responde de pronto, cortando Randall antes que ele fizesse a pergunta. - Quem é você?

-Meu nome é Tyron. Jauron me mandou aqui. - Ele responde, analisando a reação do homem. Ele realmente não aparentava ser sequer um vampiro, e já não sabia mais se sequer conhecia Jauron. Só caso ele demonstrasse algum conhecimento é que Tyron perguntaria "e você, quem é?".

A resposta de Randall arranca um sorriso do carrancudo guarda.

- Você não devia sair soltando nomes assim. - Ele diz com um sorriso de canto por baixo do bigode. - E se eu fosse só um guarda comum?

Desta vez a conversa parece estar realmente começando. O guarda ("Toby, o guarda comum", ele se apresenta) tira os pés da bancada e se levanta, demonstrando ser um palmo mais baixo que o Gangrel.

- Você acredita em Caim, Randall? - Ele pergunta, encarando-o com seus fundos olhos miúdos.

Tyron notava de imediato que o homem o chamara pelo sobrenome, mesmo este não tendo sido dito pelo Gangrel. De fato, Toby estava atualizado... mas quanto? O Gangrel sinceramente esperava que o seu segredo não estivesse à mercê de outros além do Arcebispo e Jauron.

A pergunta sobre Caim já era esperada. Ele podia não saber muito sobre a sub-seita, mas não era difícil perceber que eles eram ainda mais fanáticos que os Sabás normais. Tyron já tinha a resposta na ponta da língua.

-Sim. - simples e direto, Tyron respondia sem enrolação. De fato, era verdade. Era muito difícil para alguém como ele, que já havia passado mais de um século dentro do sabá, não acreditar ao menos um pouco em Caim e nos Antediluvianos. No entanto, Tyron nunca fora um fanático. Assim como os cristãos acreditam no dia do juízo final, mas continuam vivendo suas vidas normalmente e nem ficam tentando prever quando o dia chegará (pelo menos os não-fanáticos), Tyron também agia assim em relação a Gehenna.

- Bom. - Ele responde, enquanto posiciona-se na porta da guarita. - O que você sabe sobre a história dos cainitas?

-Caim matou Abel, sendo por isso amaldiçoado por Deus, tornando-se o primeiro vampiro. - Ele faz uma rápida pausa - Quando descobriu que poderia compartilhar a sua maldição, criou 3 outros cainitas, conhecidos como membros da segunda geração - Ele continuou - Os membros da segunda geração geraram outros cainitas, 13 ao todo, os chamados membros da terceira geração, conhecidos como Antediluvianos. Posteriormente, as proles se voltaram contra os seus criadores, de modo que os Antediluvianos destruíram os membros da segunda geração, aqueles que eram os preferidos de Caim. -Tyron tentava resumir - Revoltado com a atitude de seus netos, Caim os amaldiçoou individualmente, dando a cada um a sua maldição merecida, que até hoje acompanham as suas descendências. Como essa - Ele apontou para seu olho, amarelado e bestial - A maldição de Ennóia... - Ele complementa, fazendo uma pausa antes de voltar a falar - Mas isso é apenas o básico, claro... Há muito mais a se falar sobre a história dos cainitas. A Gehenna, por exemplo... - Ele continua - O terrível dia em que os Antediluvianos destruírão toda nossa raça - Ele sorri - Ou ao menos é isso que tentarão. Alguns já até tentaram, como o Ravnos - Ele comenta, lembrando-se de toda a agitação do Sabá na época, poucos anos atrás - Mas como disse, há muito mais. Poderia passar a noite inteira falando disso, mas creio que não tenhamos todo esse tempo livre.

Toby, o guarda comum, parece satisfeito

- Ah, temos... - Ele responde. - Mas vamos falar sobre coisas mais interessantes.

Ele abaixa-se e puxa uma fresta do piso, revelando que o chão da guarita trata-se na verdade de uma pesada tampa de concreto.

- Havia um mecanismo pra abrir isso, mas quebrou. Agora esse refúgio anda esquecido, só pode ser usado por quem tem força o suficiente pra puxar a tampa. Venha. - E assim ele pula na escuridão.

Cauteloso, o Gangrel adaptava os seus olhos à escuridão (metamorfose 1) antes de seguir o guarda. Ele daria uma boa vasculhada visual assim que entrasse.

Preparando-se para não pular no escuro, ele confere que é uma queda considerável. Ou seria, para um humano comum. Com um salto preciso, ele salta a altura comparável a dois andares e cai de pé, precisando apenas dobrar um pouco os joelhos.

O local é uma gruta escavada em terra. Frágeis vigas de madeira mantém a estrutura sem colapsar. Há um armário de metal, um baú, alguns colchonetes cheios de poeira. A luz de um holofote sobre haste é acendida repentinamente, ofuscando a visão de Randall.

Conforme ele adapta-se após o choque, pode notar que agora há um homem sentado sobre uma cadeira de metal dobrável na sua frente. Ele é bem alto e magro, com compleição serena (para não dizer entediada). Não há mais ninguém ali com eles. Há outra cadeira vazia logo em frente a ele, bem de cara para o holofote. Ela é claramente para o Gangrel.

- Sente-se, Randall. - Ele diz. E sua voz é rouca e arrastada. - Se você quer entrar para a Mão Negra, não podem haver segredos. Você vai me contar toda a sua história desde o Abraço. Sua vida humana é irrelevante. Não me poupe de nenhum detalhe. Nós temos a noite toda, como você disse. E teremos outras, se necessário.

-Compreendo. - Ele diz, embora a ideia não lhe parecesse nada agradável - Mas antes disso, poderia me dizer quem é você? - Era o mínimo que ele esperava saber, afinal, em breve o homem saberia tudo sobre sua não-vida.

- Não.

-Não me interprete como desrespeitoso - Ele diz, insatisfeito com a resposta, porém sendo cauteloso para não irritar o homem - Mas como posso confiar em alguém que sequer sei quem é para revelar toda a minha história?

- Você veio até a Mão Negra, não o contrário. Se estiver se sentindo desconfortável, ainda há tempo para desistir e ir embora. Eu prometo que não vou impedi-lo ou caça-lo. Estará livre de nós, e nunca mais terá outra chance. Mas muito bem... - Impaciente, ele arranca a luva de couro da mão direita revelando uma forte tatuagem de lua nova. - Olhe bem, esta é toda a garantia que você terá. - Ele a mostra por alguns segundos, e então recoloca a luva.


[OFF: Vou postar essa parte do diálogo antes de responder, para a postagem não ficar grande demais. Depois faço outra postagem com a minha resposta.]
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Mensagem por Padre Judas Sex Out 23, 2015 9:56 pm

ㅤㅤO tempo parecia não passar enquanto os dois vampiros, Bispo e Templária, esperavam pela chegada da velha. O clima no escritório era de tensão. Com as imagens do sonho impregnadas em seus olhos, Altobello se lembra do terceiro cavaleiro, a Fome. O que o Destino estava tentando lhe dizer com essa metáfora? Teria algum significado prático ou estava apenas tentando ser poético? O fato é que, por conta da premonição de mais cedo, Jorge já nutria um forte receio e antipatia por Too Too. Kitambi também estava claramente apreensiva. - Tente relaxar um pouco... Está dando muito na cara.

ㅤㅤO Lasombra se levanta, pensando consigo mesmo que também não poderia passar uma má impressão. No canto do escritório, assim como em seu refúgio, há um pequeno frigobar branco que contrasta com os móveis rústicos do ambiente. Ele se dirige até o eletrodoméstico, abre-o e retira uma garrafa de "vinho". Além disso, cata duas taças que se encontravam em cima do frigobar. Repousa tudo sobre sua mesa. 

ㅤㅤUm outro item é retirado de seu inventário imaginário. Uma máscara. Jorge é um ótimo ator, qualidade pouco apreciada no Sabá, mas o é. Teria um futuro brilhante em Hollywood se assim o quisesse, porém preferiu perseguir o poder e não a fama. Aparentar hospitalidade e - por que não? - amistosidade era apenas uma das muitas qualidades do Guardião. Se ter Too Too em sua cidade já era perigoso, declarar seu descontentamento para com a velha seria muito mais. Então vestiu sua máscara, escondendo a sua carranca natural de indiferença. 

ㅤㅤMama Too Too finalmente chega, acompanhada de Ivan e Víbora. O Estranho é o segundo a cair nos encantos da velha. A mulher entra, com todas as limitações da idade caminha até a mesa de Altobello que encarna o personagem "amigão da vizinhança" - Sou eu mesmo! - Ele estende a mão para cumprimentá-la e assim que ela dá, ele beija as costas de sua mão, aproveitando para verificar se o toque é frio ou quente. Além, claro de proceder com o teste da palidez e da aura. Essas limitações... nem parece vampira. - Seja bem vinda a Nova Iorque. - O tom do Bispo é o mesmo que o de um vendedor usa com pessoas idosas. - A senhora aceita uma bebida? - Antes mesmo de obter a resposta, ele está abrindo a garrafa que pegou e enchendo duas taças. É sangue humano, antes que você me pergunte. - É sadio, eu exijo que minhas meninas façam exames de trimestralmente! - O risonho Altobello finalmente se senta, e dá um ou dois goles na sua taça de vitae. Ele se acomoda na poltrona e continua. 

ㅤㅤ- Então Senhora Too Too... O Arcebispo Springfield me avisou ontem, no fim da noite, que você viria, mas ele não deu nenhum detalhe, sabe? Me perdoe, se eu não estiver te tratando com a formalidade necessária, eu não sei nem mesmo qual é o seu cargo. - O Lasombra ri e gesticula. Realmente, ele não faz ideia do cargo da velha ou de seu clã. A única coisa que sabe é que ela é poderosa o bastante para Springfield ordenar que não a incomodasse. - Mas então, o que lhe traz ao meu humilde estabelecimento? Em que posso ajudá-la. - O Guadião abre um sorriso de orelha à orelha, encarando-a. Na verdade, ele deseja, com todas as forças, sentir um Braço do Abismo quebrar seu frágil pescoço.
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Mensagem por Gam Sex Out 23, 2015 11:20 pm

@Heather

É tarde da noite. Chove fininho lá fora, e nenhuma alma viva passa pela rua. De frente ao espelho do banheiro, sob a luz de uma fraca luminária, um homem prepara-se para escovar os dentes. Ele coloca a pasta na escova mas, antes de começar, parece perceber algo. Ressabiado, ele olha para trás e constata que continua sozinho.

Quando vira-se novamente e inicia a escovação, uma figura sombria surge por trás dele. A figura aproxima-se lenta e perigosamente de seu pescoço, ciente de que o espelho não reflete sua imagem. Ele é monstruoso, com dentes proeminentes e olhar vermelho-fogo. Mas hei que quando ele abre a boca para preparar o bote, o homem repentinamente se vira!

- A-há! - Ele o delata.

- C-Como você sabia? O espelho não reflete minha imagem! - O monstro diz, incrédulo.

- Mas com o poder do desengordurante Brilhaflex, qualquer azulejo se torna um espelho impecável!

O vampiro congela em uma expressão de pura admiração. Ambos ficam parados assim por alguns segundos.

- E... - Uma voz ecoa do teto. - Corta!

A iluminação principal apaga, o cenário começa a ser remontado.

- Ficou muito bom, Jim! Gostei do "a-há", deu um toque bem brega. - Continua a diretora.

Jim, do set, responde com um sinal afirmativo.

Heather está acompanhando a filmagem dessa vez. Muito bem conceituada no ramo publicitário, é comum que os diretores peçam suas opiniões em tempo real. Vivian, a diretora, ainda não está satisfeita com o resultado do comercial e precisava da visão da roteirista dessa vez.

- Eu não sei, Eve... - Ela cochicha, só entre elas. - Não sei se é o Jim. Ele é bom, juro. Mas tem algo que simplesmente não bate com o clima. A ideia é cortar do horror pro cômico, mas ele corta o clima de horror logo de cara. Ele é... muito "fofo". - Ela tenta se expressar. - Entende?

Jimmy July é um ator em ascensão. Começou estrelando um programa de auditório em TV aberta, foi para a atuação e tem ido relativamente bem, embora não seja nenhuma grande estrela. Comerciais, alguns filmes recentes que não chegaram a deslanchar, entrevistas aqui e ali. Seu futuro promete.

- Quem é que deixou essa música infernal repetindo? Mauro! Mauro, meu querido, você pode resolver isso pelo amor de Deus?! - Vivian, como se espera, está sob constante estresse. - Mauro! Puta que pariu, alguém pode...?

- Já vi, amor. - Mauro é o assistente de direção. Ele faz o trabalho realmente estressante, e é quem costuma estar mais tranquilo. - O técnico de som tava fazendo um teste e teve que sair rapidinho, já tô resolvendo. Como é que faz? Inspira, expira. Inspira, expira!

- Inspira, expira! - Ela já sorri. - Obrigada, Mauro. Eu... Mas que cacete! Quem deixou aquele cara entrar de novo? Porra!

O "cara" em questão é uma novidade frequente no estúdio. Eventualmente, uma ou duas vezes por semana, ele simplesmente aparece e fica ali assistindo as filmagens dos comerciais. Soturno, sobretudo, um chapéu de couro e um olhar caolho absolutamente perturbador. Ele costuma ter poucas palavras e sempre passa pela segurança para se encostar em um canto e simplesmente observar até que alguém o expulse de novo. Todos os diretores já deram ordens expressas para manter a figura do lado de fora, mas ele parece ter algum talento ímpar de achar novas entradas.

- Inspira, expira! - Grita Mauro, do outro lado do estúdio.

- Inspira, expira. - Agora ela já não sorri mais, só massageia as têmporas. - Eve, você pode cuidar disso pra mim? Tá tudo bem, ele sempre sai quando alguém simplesmente pede. Eu é que não tô com paciência hoje, vou acabar batendo nesse infeliz esquisito.
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Mensagem por Gam Dom Out 25, 2015 1:06 pm

@Bispo Altobello
- Ohoho! - Ela fica encabulada com o beijo em sua mãozinha.

O toque da mão é quente e perfeitamente macio. O tom de pele também lhe parece absolutamente normal. Ele lhe oferece uma bebida e para um instante para analisar sua aura. Não é um teste reflexo, ele precisa de um  momento para focar e estudá-la.

Bispo Altobello; Percepção da Aura
Percepção+Empatia = 9 / Dif = 8
???

Bispo Altobello; Resistir
Força de Vontade = 7 / Dif = 6
???

É absolutamente magnífico. Quando ele ativa sua percepção austral, pode perceber o que estava perdendo até então. Toda a sala é iluminada. A aura dela preenche e ofusca, brilhando em um belíssimo show de luzes. O ouro predomina, impregnando tudo em que ela toca. Mais que um ser vivo, ela é como uma verdadeira fogueira. A brilhante aura flameja em faíscas que rebatem e estouram por todas as partes. Altobello instintivamente recua os braços, com medo de queimar-se. Mas elas o tocam sem que ele sinta nada, é claro. Dentre todas as luzes que harmoniosamente fluem como uma fonte infinita de beleza e esplendor, ele consegue distinguir rosa, magenta, escarlate, azul claro. Em suma, um verdadeiro arco-íris. O Bispo jamais viu ou ouviu falar de nada parecido com isso, é simplesmente estasiante ter a sorte de presenciar algo assim em vida. É como o completo e perfeito inverso do horror que sentiu quando vislumbrou Júpiter tempos atrás.

Ele se controla, respira fundo, contém a emoção. Mas, inevitavelmente, sua reação o delatou.

- Ah, então você viu. - Ela diz, serena. - Por favor, você pode descrevê-la pra mim? Todos dizem que é linda, mas eu nunca pude vê-la. - Ela parece curiosa como uma criança que não consegue ver a paisagem por cima do muro.

Kitambi parece perdida. Ela olha de Too Too para Altobello, confusa.
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Mensagem por Outis Seg Out 26, 2015 11:29 am

Uau... esse cara sabe como se divertir! Alguns meses atrás eu perderia horas aqui antes de ir atrás desse maldito. Mas, como dizem os brasileiros, chega de zuera. Parece que cheguei na hora certa, de longe avisto o Bispo, cercado por 3 prováveis "seguranças". Uma aproximação no meio dessa muvuca só vai gerar transtorno pro meu lado. Provavelmente todos funcionário estão sob sua influencia, então não deve ser difícil conseguir falar com ele.

— Por enquanto nada, mas eu ficaria muito feliz se você me ajudasse a falar com o seu chefe ali. - Digo a bargirl mostrando o Bispo pra ela.

Não sou um completo estranho, já passamos por momentos difíceis dentro de uma bola de carne ambulante formada por diversos Irmãos de Sangue. Isso deve contar para algo. Embora eu precise ser discreto, ele sabe muito sobre mim, minha força, meu clã, meu nome...
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Mensagem por Gam Seg Out 26, 2015 11:58 am

@Cook
- Ah tá! - Ela parece satisfeita por não ter de trabalhar dessa vez. Sem perder muito tempo, chama alguém do outro lado do bar e sai de perto de Cook.

A pessoa chamada lhe agrada os olhos. Uma mulher quente e com calor, dadas as roupas curtas que usa. Ela se senta ao lado dele, no balcão.

Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas - Página 2 2e1ta83

- Hola, hombre. - Seus lábios movem-se suavemente conforme ela fala com uma voz arrastada e de sotaque carregado. - Me chamo Vibora. O que exatamente o senhor deseja?
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Mensagem por deise.galvao Seg Out 26, 2015 12:18 pm

- Nada. Ele é realmente bom em cobrir seus rastros. O endereço que temos só foi descoberto longo tempo após ele já tê-lo deixado pra trás, e só porque ele saiu as pressas.

- Sabemos que ele é um humano, e isso é tudo. Eu tenho minhas suspeitas pessoais que ele não seja um carniçal, ao menos não do Sabá. Se fosse, teríamos muito mais perdas no dia do ataque. Este homem... tinha os meios de conseguir informações delicadas.

- Dia ataque? Que dia foi esse? Que tipo de ataque? O que aconteceu? Essas informações são muito importantes para entender as motivações do humano... e tentar prever seus passos...  - Pergunta Natalie, um pouco confusa com as informações desconexas.

- O Sabá não tem o costume de lidar com humanos. - Diz Madeleine. - Eles se acham bons demais pra isso, subestimam o potencial do gado.

- O endereço... - McGuire nota por seu olhar para a porta que ele parece um tanto irritado por Crow ter saído sozinho. - Está neste cartão. É um apartamento bastante simples. Sabemos que o último acesso dele nesse local foi no Dia das Bruxas do ano retrasado.

Natalie pega o cartão, lê o endereço, e guarda o cartão no bolso.

- Um pouco depois da tomada Sabá. - Madeleine adiciona.

Natalie observa Madeleine intrigada, e a seguir pergunta.
- Minha senhora, eu pouco sei sobre a tomada Sabá. Podes me repassar as informações pertinentes, para embasar minha busca?

- Eu queria poder ajudar com algo mais, mas estou no escuro. - Straus finaliza.

- Ele é um humano, mas todo cuidado é pouco. Não sabemos que tipos de contato ele pode ter. Não pense que vampiros são as únicas criaturas estranhas que andam por aí. - Madeleine a alerta.

Esta informação também é nova para Natalie, que continua olhando fixamente para sua mentora. Que criaturas podem ser mais estranhas que vampiros? Ela não consegue entender...

- Nosso meio de comunicação será por mensagens de texto vagas, uma vez por noite. - Ela entrega um pager para a Cria. Tecnologia velha... - Não use nomes, não fale abertamente sobre a missão que está cumprindo e não cite sua localização. Entendeu bem? Não sabemos que tipo de segurança o Sabá tem. Eles costumam ser incompetentes, mas não custa prevenir.

Natalie concorda com um sinal de cabeça. Analisa o artefato que lhe foi entregue e guarda também em seu bolso. Após as últimas conversas, Natalie já entendeu que sua primeira missão não deve ser simples, e muito menos tranquila. Mais uma vez  faz contato visual com Madeleine e Straus, pede licença e se retira, para encontrar a outra cria do lado de fora da igreja.
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Mensagem por Gam Seg Out 26, 2015 11:14 pm

@McGuire e Crow
- Nova Iorque era um domínio da Camarilla por décadas. No dia 13 de Outubro do ano retrasado, o Barão Tonttorberg, um Arconte como eu, trouxe um presente para o Príncipe Gorgonier. Ele dizia ser um prisioneiro Templário, um membro de uma ordem irritante de caçadores de vampiros. O Barão Tonttorberg sempre foi cheio de pompa, e fez questão que um evento fosse montado para a apresentação do seu presente para o Príncipe. Mas era uma armadilha. Não do Barão, ele também foi enganado. O Templário era, na verdade, um Garou. Um lobisomem, criatura extremamente forte e descontrolada que, por alguma razão, tem um prazer todo próprio em devorar nossa espécie. Algum tipo de feitiço impediu que descobrissem sua verdadeira natureza até que fosse tarde demais. - Madeleine, bem informada, dá uma verdadeira lição de história. - Os Garous não costumam se aproximar de áreas civilizadas. Mas, naquele dia, algo grande estava planejado. Eles entraram no Elísio, que era o Empire State Building, e atacaram. O Sabá, que estava na espreita, atacou ao mesmo tempo. Todos os Elísios foram invadidos ao mesmo tempo, mas a maioria dos Membros importantes estava naquele evento. Pelo que eu pude descobrir, o Sabá não se aliou aos Garous em momento algum. Eles apenas estavam bem informados e aproveitaram a oportunidade. - Quando parece que a história está trágica o suficiente, vem a cereja do bolo. - E então veio o avião. O evento foi coberto como um atentado, mas teria sido conveniente demais. Aquele avião tem alguma coisa a ver com o Sabá, eu tenho quase certeza. Ele bateu contra o prédio e, momentos depois, explodiu. E, bom, estávamos completamente despreparados. Foi um cheque mate, eles venceram. - Ela admite, a contragosto.

- Se este Paranoia Agent fosse um carniçal do Sabá, teríamos muito menos Membros sobreviventes depois do ataque. Ele tinha meios de acessar nossas rotas de fuga, descobrir nomes e locais comuns da Seita, embora eu não saiba se ele chegou a fazer isso. Ele é um hacker realmente bom, só não foi devidamente direcionado na nossa direção... ainda. - Inteira Straus sobre o assunto que lhe cabe. - A bem da verdade, eu não acho que o Sabá sequer saiba da sua existência.

Por fim, McGuire se dá por satisfeita e se despede dos antigos Membros. Ela sai da igreja e encontra seu novo colega...

Crow; Furto
Destreza+Manha = 8 / Dif = 6-1(Mão Leve) = 5
1(x), 3, 1(x), 10(6), 7, 2, 9, 6 = 3 sucessos

Crow; Sorte
1

... ligeiramente frustrado. Com sua habilidade de longa data e dedos extremamente leves, Crow conseguiu afanar de maneira impecável dois passantes enquanto McGuire conversava lá dentro. Infelizmente, a primeira pessoa tinha apenas recibos e embalagens de chiclete no bolso e a segunda tinha uma carteira vazia. Nenhum centavo de lucro, mas ao menos Crow conseguiu um documento de identidade diferente.

E aqui, na calçada de uma pequena igreja nos confins de New Haven, inicia-se uma parceria que pode definir o futuro da Camarilla local. Quais serão os próximos passos de nossos intrépidos neófitos? Como irão a Nova Iorque? O que farão assim que chegarem lá? Irão eles se conhecer mais a fundo, ou quanto menos um souber sobre o outro melhor?
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Mensagem por Padre Judas Ter Out 27, 2015 11:47 pm

ㅤㅤO seu toque é quente e macio, sua pele é corada como a de um mortal. Não fosse sua fragilidade senil, Altobello, muito provavelmente, atribuiria tais características ao acaso. Apesar de não ser a regra, não chega a ser nenhuma coisa de outro mundo, vampiros que mantém o calor e a cor vívida. James Cook apenas um, de vários exemplos que podem ser invocados pelo Bispo.

ㅤㅤQuando o olhar auspicioso é ativado, o Guardião se depara com uma - não tão - grata surpresa. O halo de Mama Too Too é algo único. Um fogaréu em dourado, com miríades em outros tons de cores. Levou décadas até que ele compreendesse o significado de todas as tonalidades de cores. Bom, na verdade, ainda se embanana com algumas. Até o presente momento, só ouviu falar, de vampiros mais vividos, que existissem auras douradas, atribuídas às pessoas verdadeiramente puras e boas, detentoras de Fé verdadeira. Outras emoções também estão presentes como generosidade e piedade, todas elas são emoções positivas, entretanto. Além do ouro em sua aura, outra coisa lhe chamava a atenção, o poder que ela continha. As labaredas tomaram conta do escritório e Jorge, em uma ação reflexo, encolheu os braços tentando fugir das chamas. Eram inofensivas.

ㅤㅤMama Too Too mostra-se curiosa quanto a própria aura, mas parece não perceber o teatro do Bispo. Altobello respira, apesar de não precisar, se concentra e volta ao personagem. - É magnífico! - Diz exaltado. - É dourada, e invade o escritório inteiro e tudo o que tocas... - Lhe entrega a taça com sangue. - e é extremamente brilhante, como o fogo! - Durante a cena, dirige um olhar discreto para Kitambi, como quem diz "relaxa-aí-que-eu-tô-manjando-dos-paranauê". - Tem uns veios de felicidade, calma, generosidade... dá pra ver que a senhora é uma pessoa muito boa... - De repente, para, senta-se e com pesar em sua voz, ele continua. - Boa até demais para este lugar... - Mais sério (No entanto, não tão sério quanto realmente seria nesse tipo de situação), Jorge continua. - Em meus estudos, só um tipo de criatura tem auras tão brilhantes... - Apesar de não tão brilhante como a dela. - Metamorfos. - Com um olhar de "continua-relaxada-aí" para sua Templária, o Lasombra fala mais. - O que, exatamente, você é Mama? - A essa altura do campeonato, ele decide que seria bom demonstrar certa intimidade com sua inimiga velada. O tom de sua pergunta é mais de curiosidade do que o de um ultimato.
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Mensagem por Gam Qua Out 28, 2015 10:08 pm

@Bispo Altobello
Com seus olhinhos brilhantes, ela ouve a descrição e imagina a bela cena. Muito educada, ela pega a taça. Mas a coloca de volta na mesa, sem beber.

- Não há lugares que não mereçam bondade, Excelência. - Ela diz, humilde. E ri baixinho da acusação seguida da pergunta. - Hihihi, não não. Já me confundiram com um desses antes. Lobisomens, não é? Não é o meu caso. Sou uma humana comum, Excelência. Eu sou o que sou, e é isso. Nunca fui outra coisa. Mas este corpo já é velho e cansado, acho que em breve terei a experiência de me tornar algo diferente. - Ela fala levantando seus bracinhos e balançando levemente as pelancas brancas.

Mama; ???
??? / Dif = 6
???

Altobello; ???
??? / Dif = 6
???
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Mensagem por No One Qui Out 29, 2015 9:33 pm

Tyron observava a tatuagem atentamente. Ele não sabia muito da sub-seita do Sabá, mas sabia o suficiente para reconhecer aquele símbolo como sendo o símbolo da Mão Negra. Aquilo lhe passava um pouco de confiança, embora ainda não fosse o que ele esperava. De qualquer forma, não havia muito mais que ele pudesse perder. Ele não era ninguém dentro do Sabá, toda a reputação que ele tivera um dia já não pertencia mais a ele. O máximo que receberia ali seria um "não", e então, ele desistiria completamente de suas ambições políticas e aceitaria de uma vez a sua condição como um vampiro independente. Mas caso ele quisesse ter a chance de entrar na Mão, teria que contar toda a sua história, sem omissões ou mentiras. Afinal, de que adiantaria tentar enganá-los? Se eles quisessem descobrir por si sós, Tyron tinha certeza de que conseguiriam, até porque Jauron certamente já havia lhes contado quem ele era antes de tornar-se Tyron Randall. Ou talvez eles já até soubessem de todo o seu passado e aquela pergunta fosse apenas um teste. Enfim, Tyron começou a falar.

-Tudo começou em 1892... - Ele inicia sua história - Apagado com um soco, acordei ao lado de outros 9 humanos. O jogo era simples, tínhamos que matar uns aos outros até restar apenas 1 sobrevivente, que nesse caso, fui eu. Logo após o término da matança, fui abraçado e acordei embaixo da terra. Matei alguns outros recém-criados, em frenesi, no caminho até a saída e, por fim, me deparei com a minha senhora sorrindo para mim. - Ele fez uma pausa - Seu nome era Kyria, uma das primeiras entre os Gangréis urbanos. Tinha uma reputação incrível na seita, como uma guerreira exemplar. O vínculo que eu e ela desenvolvemos foi quase sobrenatural, se tornando cada vez mais forte desde o dia do meu abraço até o dia de sua morte.

E então, Tyron contou os detalhes da sua história do dia do seu abraço até a morte de sua senhora. Contou como ele havia se vingado de todos aqueles que haviam lhe feito sofrer durante a sua vida humana, e que tinha logo em seguida decidido abandonar a pessoa que um dia tinha sido quando ainda humano, adotando inclusive um novo nome, Elyon Kameroth, que usara até pouco tempo atrás. Contou dos ritus que passou na seita, desde as valderies até o ritual necessário para se tornar um Sabá Verdadeiro. Contou do treinamento intensivo que teve durante os seus primeiros anos de não-vida e das missões que passou com seu bando até a morte da maioria deles 12 anos depois do seu abraço, de modo que restaram apenas ele e sua senhora. Contou todos os detalhes relevantes dos 40 anos que passara ao lado de sua senhora, do vínculo incrível que tinham um com o outro e do modo como havia se tornado um experiente assassino e espião. Contou como reagiu ao choque de saber que sua senhora tinha sido uma das destruídas em um ataque da Camarilla, e como jurou vingança ao homem que soube ter sido o responsável pelo ataque, o Ventrue Bristhon Garcez.

Contou como havia liderado os Gangréis Antitribu em um ataque à Camarilla da cidade de Miami, ajudando o Sabá a tomar a cidade, e como esse fato lhe rendeu um considerável respeito tanto na seita como no seu Clã. Contou sobre outras diversas missões que realizou com sucesso, que incluíam desde assassinatos, rastreamentos e espionagens. Contou sobre a sua cria, Fenix, e como eles haviam entrado em conflito e se separado. Contou sobre o bando nômade em que ele foi Ductus e passou 10 anos ao seu lado, mas que foi aniquilado pela Camarilla de Nova York e que ele acabara sendo o único sobrevivente. Por fim, o Gangrel contou sobre muito mais coisas, como por exemplo sobre as viagens que fizera (para Miami, México, etc), sobre os peões humanos que usara e ainda usa como aliados, sobre suas ambições ao cargo de Bispo, etc.

E então, após longas horas contando o seu passado, ele chegou a um passado não tão distante assim. Um passado em que ele ajudara o Sabá a tomar a cidade de Nova York durante a derrubada do Empire State, assassinando Garous enquanto o edifício caía aos pedaços e logo mais livrando-se também de dezenas de recém-criados em frenesi. Um passado em que ele tinha se tornado Templário do Arcebispo Springfield e que pouco tempo depois descobrira estar sendo perseguido por um velho Garou em busca de vingança. Contou sobre como descobriram estar sendo alvos de Tecnocratas e de um Demônio milenar. Contou sobre o seu plano para se livrar da perseguição do Garou e como ele acabara entrando na busca do ex-príncipe Gorgonier, reunindo uma equipe de Gangréis para caçá-lo. E, chegando a parte mais desagradável de sua história, contou como foi traído pelo maldito Willabert Janek, sendo capturado pela Camarilla por isso. Por fim, contou como conseguiu escapar da seita e dos fardos que carregava até as noites atuais em troca da sua liberdade (Gorgonier, Branca, sua identidade trocada, etc).

-Essa é a minha história. - Disse ele, por fim, após longas horas falando. - Resta-me agora saber qual é o seu veredito.

Aquele era o momento mais esperado de sua noite. Tyron havia revelado segredos que jamais pensara que um dia contaria por livre e espontânea vontade, e agora temia as consequências daquilo. Sua imagem continuava inabalável fisicamente, como de costume, mas por dentro ele estava inseguro. O Gangrel ficava extremamente atento aos movimentos do homem, pronto para entrar em combate ou fuga caso fosse necessário, embora não achasse que o homem teria razões para atacá-lo. Afinal, ele podia simplesmente dispensá-lo caso não o quisesse na sua sub-seita.

No entanto, tinha uma única coisa que o Gangrel tinha omitido diante de toda aquela história: o assassinato de Pereba e suas testemunhas. Embora o Gangrel tivesse revelado segredos possivelmente piores que aquele, ele não podia trair Springfield daquela forma. Os motivos para isso eram dois, começando pelo mais óbvio: Tyron possuía um vínculo muito forte com o Arcebispo e sabia que traí-lo daquela forma seria uma ingratidão extrema, mesmo se ele quisesse contar, era bem provável que não conseguisse. E o segundo era o perigo que revelar aquilo representava, talvez até mais do que revelar os seus próprios segredos, pois o Gangrel lembrava muito bem da ameaça discreta que o Arcebispo tinha lhes feito logo após o ocorrido caso eles resolvessem contar aquilo para alguém. Revelar seus próprios segredos não arruinariam a sua reputação mais do que ela já tinha sido arruinada, mas aquele segredo arruinaria a de Springfield e possivelmente colocaria um inimigo poderoso na sua cola. Claro que era possível que a Mão Negra já soubesse daquele segredo de Springfield e ocultar aquilo poderia não soar bem. Mas por outro lado, poderia alguém que traiu o seu antigo soberano de tal forma ser confiável? Além do mais, aquele segredo não dizia respeito diretamente a não-vida do Gangrel.
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Mensagem por deise.galvao Sex Out 30, 2015 10:18 am

- Nova Iorque era um domínio da Camarilla por décadas. No dia 13 de Outubro do ano retrasado, o Barão Tonttorberg, um Arconte como eu, trouxe um presente para o Príncipe Gorgonier. Ele dizia ser um prisioneiro Templário, um membro de uma ordem irritante de caçadores de vampiros. O Barão Tonttorberg sempre foi cheio de pompa, e fez questão que um evento fosse montado para a apresentação do seu presente para o Príncipe. Mas era uma armadilha. Não do Barão, ele também foi enganado. O Templário era, na verdade, um Garou. Um lobisomem, criatura extremamente forte e descontrolada que, por alguma razão, tem um prazer todo próprio em devorar nossa espécie.

Natalie estremesse em silêncio. Além de um novo universo vampírico, precisa agora assimilar a existência de lobisomens. Seus pesadêlos de infância estão tornando-se realidade.

Algum tipo de feitiço impediu que descobrissem sua verdadeira natureza até que fosse tarde demais. - Madeleine, bem informada, dá uma verdadeira lição de história. - Os Garous não costumam se aproximar de áreas civilizadas. Mas, naquele dia, algo grande estava planejado. Eles entraram no Elísio, que era o Empire State Building, e atacaram. O Sabá, que estava na espreita, atacou ao mesmo tempo. Todos os Elísios foram invadidos ao mesmo tempo, mas a maioria dos Membros importantes estava naquele evento. Pelo que eu pude descobrir, o Sabá não se aliou aos Garous em momento algum. Eles apenas estavam bem informados e aproveitaram a oportunidade. - Quando parece que a história está trágica o suficiente, vem a cereja do bolo. - E então veio o avião. O evento foi coberto como um atentado, mas teria sido conveniente demais. Aquele avião tem alguma coisa a ver com o Sabá, eu tenho quase certeza. Ele bateu contra o prédio e, momentos depois, explodiu. E, bom, estávamos completamente despreparados. Foi um cheque mate, eles venceram. - Ela admite, a contragosto.

O atentado do Empire State Building... ainda fresco na mente de Natalie. Uma tragédia, sem dúvidas. Mas como imaginar que por trás havia um guerra vampírica:? Impossível em sua antiga vida... impossível, enquanto tinha uma vida... Essas informações martelam na mente de Natalie, que neste momento consegue perceber a importância e perigo de sua primeira missão. Precisará estar concentrada em todos os detalhes... precisará estar sempre alerta, mais do que nunca...

- Se este Paranoia Agent fosse um carniçal do Sabá, teríamos muito menos Membros sobreviventes depois do ataque. Ele tinha meios de acessar nossas rotas de fuga, descobrir nomes e locais comuns da Seita, embora eu não saiba se ele chegou a fazer isso. Ele é um hacker realmente bom, só não foi devidamente direcionado na nossa direção... ainda. - Inteira Straus sobre o assunto que lhe cabe. - A bem da verdade, eu não acho que o Sabá sequer saiba da sua existência.

A partir desses informações de Straus, Natalie decide que ao sair de igraja, procurará uma lan house para acessar a rede da polícia, com seus antigos usuário e senha, para obter mais informações sobre Paranoia Agent... além disso, Natalie irá acessar a Deep Web... lugar perfeito para encontrar informações sobre o mundo hacker... e o submundo cracker... Pensando um pouco mais, dá-se conta que também pesquisará sobre o 13 de Outubro... sobre o atentado ao Empire State Building... sobre Garous, suas características e principalmente vulnerabilidades... também precisará de informações sobre o Príncipe Gorgonier... e esse tal de Barão Tonttorberg... também não seria mal perquisar sobre Straus, sua cria... e sobre a história de sua mentora... seu conhecimento com computadores e sua experiência em investigações devem lhe ajudar com essas tarefas....


Por fim, McGuire se dá por satisfeita e se despede dos antigos Membros. Ela sai da igreja e encontra seu novo colega...

Natalie observa o outro vampiro... analisa seu comportamento... seus gestos e ações... procura descobrir mais informações sobre a criatura, que lhe acompanhará nessa jornada... precisa saber se ele é confiável... se é eficiente...



E aqui, na calçada de uma pequena igreja nos confins de New Haven, inicia-se uma parceria que pode definir o futuro da Camarilla local. Quais serão os próximos passos de nossos intrépidos neófitos? Como irão a Nova Iorque? O que farão assim que chegarem lá? Irão eles se conhecer mais a fundo, ou quanto menos um souber sobre o outro melhor?

Natalie observa o outro neófito e a seguir pergunta:
- Qual é mesmo seu nome?
...

- Qual a sua experiência com esse tipo de missão?
...

- Tens alguma sugestão para o início de nossa busca? Tenho algumas coisas em mente... mas como a ideia é trabalharmos juntos... é melhor saber...
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Mensagem por Gam Qua Nov 04, 2015 7:24 pm

@Randall
- Muito bem, Tyron Randall. - Ele diz, levantando-se e arrastando sua cadeira para mais perto. Quando senta-se novamente, seu rosto está a apenas dois palmos do rosto de Randall. A luz do holofote atrás de si causa densas sombras em seu semblante. - Agora eu vou ler suas memórias. Sabendo disso, há algo que você queira adicionar ou modificar?

    -Muito bem... - O Gangrel diz, percebendo realmente não ter a opção de esconder coisa alguma - Há um único fato que não mencionei, pois compromete mais a outros que a mim mesmo.


Randall; Resistir ao Vinculum
Força de Vontade = 8 / Dif = 9
6,7,9,6,3,6,9,1(x) = 1 sucesso

Randall engasga, gagueja e morde os lábios. Ele sabe que revelar este segredo coloca em risco todo o império de Springfield. A Mâo Negra o terá em suas mãos, e a responsabilidade será inteiramente de Randall. Ele, de todos os que participaram daquele crime, se revelou o elo mais fraco. Mas eles descobririam de qualquer forma, não é verdade? Essa é a sua única chance de ser alguém, ele precisa se valorizar. Por fim, ele tem um ímpeto de coragem. É agora ou nunca.

    Tyron estava claramente precisando de uma grande força de vontade para conseguir abrir o jogo. Fechando os olhos por alguns segundos, enquanto puxava fortemente o ar e suspirava para se acalmar, o Gangrel enfim tomou forças para falar.

    -Na noite da Palla Grande, logo após nomear-se Arcebispo, Springfield foi comigo, com Karsh, com o atual Bispo Altobello e Kurt, criança falecida do mesmo, ao encontro de Pereba, antigo Arcebispo da região. Ele estava em uma fazenda na Filadélfia, acompanhado de 20 outros Nosferatus e de seu Templário, um Gangrel chamado Ferraz. - Ele começou, fazendo uma rápida pausa para recuperar a coragem - Springfield propôs uma Monomancia a Pereba, que aceitou de imediato. O intuito de Springfield era apenas derrotar Pereba, mas ainda deixá-lo vivo. Iniciando o combate, Pereba desapareceu e Springfield criou uma escuridão imensa que nem mesmo eu era capaz de perfurar. Quando tudo terminou, Pereba havia sido diablerizado. Springfield nos relatou que seus planos de deixá-lo vivo mudaram no momento em que Pereba sacou suas garras, e ele não teve opção a não ser matá-lo. No entanto, as testemunhas aliadas de Pereba provavelmente não entenderiam isso, então ele nos pediu para eliminá-los e capturar o Templário de Pereba, pois ele poderia ter informações úteis. Infelizmente o Gangrel entrou em Torpor enquanto ainda estava sendo capturado, e seu corpo foi guardado por nós 4 a mando do Arcebispo para esperar até que despertasse. Porém, apenas Altobello o tem agora, e sabe-se lá se ainda dorme ou não. - Concluiu, enfim.

    Olhando apreensivo para o interrogador, ele voltava a falar.

    -Creio que entenda o motivo de não ter revelado essa informação de imediato. Eu perdi tudo, mas Springfield ainda tem um nome a zelar. - Ele diz, mostrando consideração pelo seu antigo soberano. Pelo que ele já havia contado sobre o modo como Sprinfield lhe deu uma nova chance quando a maioria teria lhe executado, não deveria ser difícil até pro mais insensível dos vampiros compreender a sua lealdade, ainda mais levando em consideração o conhecimento dos vínculos que a maioria dos vampiros próximos do Sabá compartilhavam. - O que a Mão tem interesse em fazer com esse fato?


O homem ouve a tudo com a mesma cara de morto. Ele não esboça qualquer reação, como se todas essas revelações de vida e morte fossem banais no dia-a-dia dele.

- A Mão saberá o que fazer com isso, caso seja necessário. - É a sua resposta imediata. - Enquanto os interesses de Springfield estiverem alinhados com os da Mão, ele estará bem. E os interesses da Mão, por sua vez, são os interesses de Caim.

- Algo mais? - Ele pergunta, a paciência de um jabuti.

    -Não. Isso é tudo. - Ele responde, aparentemente satisfeito com a resposta do homem.


Mão Negra; Ordenar Esquecimento
Raciocínio+Lábia = ??? / Dif = 8 (FV do alvo)
???

Ele segura a cabeça de Randall firmemente pelas têmporas. Olho no olho, eles estabelecem uma ligação tão forte que chega a ser invasiva. Suas mentes são conectadas, e o vasculhamento verbal começa.

- Qual é o seu nome de batismo? - Ele começa, no que Randall responde prontamente.

- Quando você foi Abraçado? - Novamente, a resposta impecável.

O questionamento continua assim, por longos minutos. O homem verifica toda a história de Randall, e mais um pouco. Não há nenhuma surpresa, contudo, pois ele de fato foi sincero em cada detalhe. Após o que parece ter sido muito tempo, ele por fim rompe a ligação entre eles.

- Terminamos por aqui, Randall. - Ele se levanta e encosta a cadeira a um canto. - Amanhã você começa como um cadete. Você vai passar por um período de testes de até sete anos. Nesse tempo, viverá no acampamento. Junte só o que lhe for indispensável e aguarde aqui nesta guarita. Eu venho lhe buscar pessoalmente.

Ele caminha até a saída, mas para para deixar que o Gangrel vá na frente.

- Quanto a Branca, você pode traze-la também. Ela terá um refúgio próprio e vocês poderão se ver durante o treinamento.

É um pouco invasivo, mas o homem de fato sabe tudo sobre sua vida agora.
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Mensagem por R.Gato Qui Nov 05, 2015 11:49 pm

_Uow, uow – levanta os braços assim como o sinal de rendição enquanto se levanta mostrando sua pequena estatura (1,58m) – calma ai policial, você não tá num interrogatório (mal sabia ele que ela realmente já foi um ) – tira o documento da carteira  furtada e a joga fora – hehe, esses fiéis não tem um puto no bolso...bom, eu sou Wood Crow mas pode me chamar de Crow, Corvo, sei lá, a galera não fala muito meu nome, normalmente gritam quando me veem – coça a cabeça – desculpa não ter ficado la dentro mas acho um saco ficar conversando coisa atoa, já sei onde o cara morava e essa é a única informação útil que os velhotes devem ter…pronta pra começar? Tem algo em mente ? Eu quero ir pro AP do figura o mais rápido possível ...assim que conseguir uma arma. - esbarra num transeunte que passava e tenta roubar a carteira dele – Opa, foi mal chapa!

O ladrão se sentia mais confortável falando com apenas uma pessoa e pelo fato de estarem num mesmo patamar hierárquico também ajudava.
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Mensagem por Tato Dom Nov 08, 2015 1:18 pm

- Sim, também acho - Evelyn concorda. - Mas ao mesmo tempo isso pode ser bom. Ele, de cara, já é... inofensivo, uma presa, sabe? As pessoas vão sacar do que se trata e entrar no clima assim que ele entrar em cena. Dessa vez tenta gravar sem a música; deixa pra colocar na pós-produção, depois a gente pode manipular melh...

Daí, como sempre, berros.
É claro que ela nem tinha prestado atenção. Esse meio era assim mesmo, gente estressada, cansada, trabalhando mais do que devia, virando noites para conseguir entregar as coisas no prazo ridículo que os produtores pediam.

Rotina.

- Inspira, expira!

Ah... o lema.

Evelyn gostava disso, por mais estranho que possa parecer. Ela amava a pressão e se apaixonava todos os dias pela loucura que era sua profissão. O produto final valia a pena, era sempre de encher os olhos. Bom, os seus, pelo menos; tinha muito orgulho de seu talento para a coisa.

- Eve, você pode cuidar disso pra mim?

A diretora chamou Evelyn, arrancando-a de seus devaneios. Ela acompanhou o olhar da colega e viu do que se tratava. Um entusiasta do audiovisual, ao que parecia. Haviam muitas pessoas estranhas na área, por isso ela nem se deixou intimidar.

- Tá tudo bem, ele sempre sai quando alguém simplesmente pede. Eu é que não tô com paciência hoje, vou acabar batendo nesse infeliz esquisito.

- Ok.

Evelyn realmente não se importava com a presença de curiosos. Até gostava; sabia do poder de encanto que tinha aquele mundo por trás das câmeras.
Vivian, porém, estava claramente muito incomodada. E se tinha uma coisa que poderia estragar a sua mais nova peça publicitária era uma diretora explosiva. Elas precisavam gravar só mais uma vezinha...
Eve, então, foi andando até o homem. Gentilmente - mas com a voz firme - falou:

- Senhor, não pode ficar aqui. Só o pessoal autorizado que faz parte da produção.
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Mensagem por Gam Seg Nov 09, 2015 1:59 am

@Heather
O homem olha para ela com um olhar profundo, invasivo. Ele não se preocupa em disfarçar ou ser discreto, chega a ser desconfortável. É como se ele lesse sua alma.

- Não se aproxime dos anjos que só rondam a noite. - Ele alerta, enigmático.


    Eita.Tudo bem, um viajado. Ela não tinha muita paciência pra esse tipo. Agora tinha entendido o estresse de Vivian.- Certo, senhor. Mas o senhor realmente precisa sair. - Ela reforça, agora um pouco mais dura.


Repentinamente, o homem a segura forte pelo pulso.

- Eu posso manter a eternidade de sua alma! - Ele parece incisivo, urgente em suas palavras. O pulso de Evelyn começa a doer.


    - Tá maluco?! - Ela instintivamente puxa o braço para sair do aperto do homem. Seu olhar vai até o segurança mais próximo e ela grita: - Flávio, me ajuda aqui!


Flávio, o segurança, estava distraído conversando com alguém. Quando ele é chamado, contudo, aproxima-se a passos apressados.

Outra pessoa, porém, chega primeiro.

- Amigo, já chega. - Alguém desprende seu agarrão com força. É Jimmy July, o ator.

O homem caolho o encara, e ele parece raivoso. Há uma ameaça velada em seus olhos, mas Jimmy não parece intimidar-se. Eles se encaram em silêncio até que Flávio chega e o aperta firmemente pelo ombro.

- Senhor, me acompanhe.

Ele não oferece resistência. Com delicadeza, retira a mão de Flávio do seu ombro enquanto dá um passo atrás.

- Tenha ainda mais cuidado com os que rondam durante o dia. - Ele diz, olhando para Evelyn, e vai embora escoltado pelo segurança.

- Retardado. - Jimmy comenta, em tom alto o bastante para ser ouvido.

- Tá tudo bem com você?


    Evelyn olha para o ator em gratidão, colocando-se rapidamente atrás dele.- Tá sim. Cara, que maluco estranho. Vocês sabem por que ele tem vindo aqui?


- Não. - Ele diz. - É um completo porra louca. - E a direciona gentilmente para saírem dali, rumando para onde estão Vivian e os outros.

- Senhorita Heather - ele é educado. - Não veja isso de forma errada. Você aceitaria um almoço comigo amanhã? Estritamente sobre negócios. Você é uma roteirista incrível, acho que poderíamos somar nossos talentos.


    - Ah, nossa, obrigada! - Eve sorri, agradavelmente. - Claro. Amanhã estarei aqui no estúdio, mas junto com o pessoal da edição dessa vez. Gosto muito daquele restaurante do departamento de figurinos. Podemos nos encontrar lá?


E lá lhe parece ótimo. O resto da noite corre sem problemas. A refilmagem é feita, o estranho homem não volta mais. Por fim, a filmagem termina e o pessoal começa a guardar os equipamentos. Já é tarde da noite, e Vivian lhe oferece uma carona até sua casa.
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Mensagem por No One Seg Nov 09, 2015 2:50 pm

Sete anos? Tyron sabia que tinha toda a eternidade pela frente, mas aquilo ainda parecia um tempo considerável para ele. Afinal, esses campos de treinamento certamente abrigavam mais neófitos, e ele já era experiente demais para passar todo esse tempo em treinamento. Mas de qualquer forma, não reclamou. O homem tinha dito até sete anos, então ele acreditava que poderia sair mais cedo dessa etapa. Além disso, passar algum tempo em treinamento seria bom para que ele pudesse aprender mais sobre a Mão e sua política em geral.

-Certo. - Concorda Randall - E agora, posso saber com quem falo?

- Alexander. - Ele se apresenta, finalmente.

-E quais exatamente são as suas funções na Mão, Alexander? - Ele pergunta, educadamente.

- Por enquanto, é tudo o que eu posso te confiar. - Ele fala, sem soar grosseiro. - Amanhã me apresentarei por completo no acampamento.

-Muito bem. - Tyron responde então, se dirigindo a saída - Boa noite.

Saindo de lá, Tyron começaria a arrumar as coisas que levaria para o campo de treinamento. Não seria muito, apenas alguns itens e equipamentos básicos: dois Kevlars, três pares de roupa reforçada, 10 bolsas de sangue, 500 dólares, seu celular e uma faca de prata. Depois, ele iria para seu refúgio, um Hotel onde ele e Branca estavam hospedados. Acertaria as contas, avisando que iriam embora na noite seguinte e que não queriam ser perturbados. Por fim, iria para o quarto, para falar com Branca. Contaria a ela como foi sua noite e falaria sobre o campo de treinamento, onde ela também teria um refúgio especial onde ele poderia visitá-la. E então, apenas lhe restava aguardar pela noite seguinte, quando uma nova etapa da sua não-vida começaria.
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Mensagem por deise.galvao Ter Nov 10, 2015 9:12 am

_Uow, uow – levanta os braços assim como o sinal de rendição enquanto se levanta mostrando sua pequena estatura  (1,58m) – calma ai policial, você não tá num interrogatório (mal sabia ele que ela realmente já foi um )
- tira o documento da carteira  furtada e a joga fora – hehe, esses fiéis não tem um puto no bolso...bom, eu sou Wood Crow mas pode me chamar de Crow, Corvo, sei lá, a galera não fala muito meu nome, normalmente gritam quando me veem


Natalie observa o seu futuro companheiro de caça, com curiosidade e estranheza. Aquela figura visivelmente não é confiável... e não compartilha de seus princípios e valores. Observa todos os detalhes do estranho neófito, com seu poder de análise oriundo de sua vida como detetive, e com seus novos poderes, adquiridos na nova vida como vampira. Ela precisa saber o quanto pode confiar (ou desconfiar) de Crow, já que será obrigada a trabalhar com ele.

- Não estou lhe interrogando... Crow... Meus interrogatórios são bem diferentes desta conversa... amigável... Mas se vamos trabalhar juntos, preciso saber um pouco mais sobre você. Estou acostumada a trabalhar sozinha, isso tudo para mim ainda é novo.

– coça a cabeça – desculpa não ter ficado la dentro mas acho um saco ficar conversando coisa atoa, já sei onde o cara morava e essa é a única informação útil que os velhotes devem ter…pronta pra começar? Tem algo em mente ? Eu quero ir pro AP do figura o mais rápido possível ...assim que conseguir uma arma.


- Na minha opinião, você deveria ter ficado. Para mim, as informações que se seguiram foram bastante... "esclarecedoras", por assim dizer... mas talvez para você, elas não fossem tão relevantes quanto para mim. Como lhe disse, tenho algo em mente sim. Preciso passar em uma Lan House, antes de qualquer coisa.

- esbarra num transeunte que passava e tenta roubar a carteira dele – Opa, foi mal chapa! O ladrão se sentia mais confortável falando com apenas uma pessoa e pelo fato de estarem num mesmo patamar hierárquico também ajudava.

- Bom, se vamos trabalhar juntos, lhe aconselho a ser mais cuidado com seus pequenos delitos. Independente de minha desaprovação a este tipo de.. atitudes... a última coisa que queremos é chamar a atenção.

- Acredito que a melhor forma de irmos até NY seja pela entrada... o quanto antes... para não corrermos o risco de pegar o dia nascendo... Prefiro ir na minha VMax, mas se você não se sentir a vontade com motos, podemos ir de carro... Esse estrada também não é nada mau para um 4x4...
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Mensagem por Tato Sáb Nov 14, 2015 4:15 pm

Evelyn termina a consultoria em poucas horas. As gravações estão prontas e ela está bem satisfeita com o resultado; amanhã precisará de pouquíssimos ajustes na edição.
Vivian a deixa na porta de casa e, agradecendo pela carona, ela entra no prédio.
Seu apartamento não deixa nada a desejar. É amplo e confortável, com uma decoração minimalista, sem muitos enfeites. Nunca gostou muito de cacarecos. As maioria das recordações que tem estão bem guardadas numa caixa no fundo do armário. Eve quase não para em casa e, quando o faz, é para dormir. De vez em quando se permite aproveitar de uma boa bebida na companhia de alguém, mas ultimamente não tem tido muito tempo para isso.

Ela se desfaz das roupas pesadas enquanto vai adentrando a casa e afunda no sofá. Liga a TV e continua assistindo o filme que tinha pausado na noite anterior. Em pouco tempo, Eve adormece completamente.
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Mensagem por Gam Sáb Nov 14, 2015 5:20 pm

@McGuire e Crow
McGuire; Analisar Pessoa
Percepção + Empatia = 4 / Dif = 6
1(x), 6, 10(6), 4 = 2 sucessos

McGuire faz uma rápida análise de seu parceiro. Parece um homem perfeitamente normal, apesar de ela saber tratar-se de um vampiro. Ele possui tom de pele saudável e dentes bem cuidados. Ele parece desconfiado de todas as pessoas que passam, mas conversa normalmente com ela. Talvez ele não esteja habituado a viver entre humanos, por alguma razão. Ou talvez seja um procurado, quem sabe.

Crow; Furto
Destreza + Manha = 8 / Dif = 6-1 = 5
8, 8, 10(1(x)), 8, 2, 7, 7, 3 = 5 sucessos

Sorte = 9

Ele não se preocupa em esconder que é um criminoso convicto. Quando McGuire chega, ele já está analisando o conteúdo de uma carteira obviamente descartável e comentando sobre a renda dos passantes. O que ela não nota, contudo, é que mesmo enquanto conversam ele continua em ação. O que a seus olhos foi um esbarrão como qualquer outro, para Crow foi o furto mais lucrativo do dia. Trezentos dólares fáceis, é o que ele verá quando parar para conferir a carteira.

Assim é formada a irônica dupla. A policial e o ladrão, unidos pelo destino por uma mesma causa. Antes mesmo de saírem de New Haven, Natalie já começa a trabalhar. Ela para em uma lan house, onde inicia suas investigações pelo método mais efetivo e prático de conseguir informações nos dias de hoje, a internet.

Ela inicia tentando acessar o banco de dados policial de Miami com seu antigo nome de usuário. Felizmente, seu sumiço do mundo mortal é bastante recente e ainda não deu tempo de atualizarem os cadastros. Ela loga. Não há, contudo, qualquer relato sobre o codenome Paranoia Agent. Ele nunca foi pego, ou ao menos não sob essa alcunha.

McGuire; Acessar Deep Web
Inteligência + Computador = 5 / Dif = 10
1(x), 2, 6, 9, 7 = Falha Crítica

Ouvir falar sobre a deep web é uma coisa. Mas, para alguém que mal sabe algo além de ligar o computador e enviar um e-mail (Computador 1), McGuire superestimou suas próprias habilidades. Desajeitadamente, ela encontra um site com o que parece ser um link para a tal da deep web. Ao clicar nele, porém, o computador começa a agir de modo estranho, abrir e fechar janelas aleatórias, demonstrar inúmeras mensagens de erro e, por fim, desliga. Sem problemas, ela pode simplesmente sentar em outra máquina.

McGuire; Pesquisa Online
Inteligência + Computador = 5 / Dif = 6
7, 4, 5, 2, 9 = 2 sucessos

É fácil achar informações sobre o atentado do dia 13 de Outubro. Uma catástrofe, anunciado mundialmente com a mesma repercursão da queda das Torres Gêmeas. A culpa, também, foi assumida pela Al Qaeda, com um vídeo de baixa qualidade onde um árabe de rosto coberto grita coisas sobre religião e vingança.

"[i/Lobisomem ou licantropo (do grego λυκάνθρωπος: λύκος, lykos, "lobo" e άνθρωπος, anthrōpos, "homem"), é um ser lendário, com origem na mitologia grega, segundo as quais, um homem pode se transformar em lobo ou em algo semelhante a um lobo em noites de lua cheia, só voltando à forma humana ao amanhecer.[/i]"

Aparentemente um lobisomem original é o sétimo filho de uma sequência de crianças do mesmo sexo, e ele infecta com a doença todas as pessoas que forem mordidas por ele durante sua transformação (e, claro, sobreviverem).  Ela também atesta que o único modo de matá-los é com armas de prata.

Gorgonier também não foi difícil de encontrar. Ele era o CEO por trás do conglomerado empresarial W&H Properties, grupo por trás do Empire State Building. Morto há quase 80 anos. Tonttorberg é o nome de uma distinta família de muitos bens de mais de duzentos anos atrás, e isso é tudo o que ela encontra. Não há qualquer registro fácil de Straus, contudo.

Sua Mentora não foi uma personalidade na história mortal, mas ela já havia lhe contado sobre a influência que teve de sua amiga, a escritora Mary Wollstonecraft. E sobre Mary há bastante na internet. Autora do que pode ser chamado o primeiro livro feminista da História, "Uma Defesa dos Direitos da Mulher" (1792), ela afronta o território até então masculino de publicação de livros com um estudo sobre a origem da submissão feminina e como deveria ser feita a reeducação da sociedade. O feminismo evoluiu e se moldou com o passar dos anos, portanto a visão de Mary Wollstonecraft que, por sua vez, influenciou a visão de Madeleine, pode explicar um pouco sobre o modo de sua mentora de ver o mundo. Nesta visão, busca-se a igualdade em oposição às diferenças. A feminilidade da mulher sendo, assim, descartada.

Crow, entediado, apenas espera. Toda essa parte de juntar informações lhe parece muito maçante. Mas ele não tem muito o que fazer além de acompanhar.

Finalmente, então, eles partem para Nova Iorque (definam o veículo utilizado). Sendo uma imensa megalópole, a estrada entre as duas cidades praticamente não tem espaços rurais. Casas e comércio por toda a parte tornam até difícil definir onde termina New Haven e começa New York.

New York, contudo, é claramente diferente. Imensa, imponente. Movimentada e barulhenta a qualquer hora, a cidade que nunca dorme. O apartamento que visam fica em uma avenida em uma área próxima ao Centro. A rua está viva, uma lanchonete de esquina funciona a pleno vapor, pessoas e bicicletas passam de lá pra cá como se fosse pleno horário do rush, uma sem-teto claramente drogada briga em alto brado com um interlocutor inexistente.

O edifício é antigo, sem qualquer equipamento de segurança avançado. A fachada descascada não apresenta nome algum. Há um interfone, sem porteiro.
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Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas - Página 2 Empty Re: Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas

Mensagem por Padre Judas Sáb Nov 14, 2015 7:14 pm

ㅤㅤHumana comum? O Bispo arqueia os lábios e franze o cenho, num sinal de surpresa. Se ele realmente compra essa história, já é outros quinhentos. - Por essa eu não esperava. - Diz, imprimindo uma falsa sinceridade em seu tom. - Mas me diga... - Comenta casualmente, como se tivesse todo o tempo do mundo. O que, com certeza, não era verdade. - De onde conhece o Arcebispo?

Gam escreveu:- Não conheço. - Ela responde, solícita. - Por que a pergunta?
ㅤㅤ- Ele comentou que viria. - (Peço um teste para perceber mentiras) Dá de ombros. - Enfim... Como posso ajudá-la.

Gam escreveu:
[Teste oculto]

Ela parece ser absolutamente transparente e, por que não dizer, a vontade.

- Ah sim, meu pequeno Fofo...

- Na verdade eu não preciso de nada. Estou apenas exercendo bons modos, avisando sobre minha chegada à cidade. Veja, Fofo é um vampiro. Ele age como meu acessor nesses assuntos. Estamos aqui para visitar a família, é tudo.

- Se vossa Excelência quiser, posso apresentá-lo também. É ele que vem me buscar. Fofo não ficou porque não se dá muito bem entre muitas pessoas. Ou poucas. - Ela completa, com um risinho divertido.
ㅤㅤPor que raios uma humana se apresentaria para um Bispo? Imagine se todo gado que entrasse na cidade resolvesse se apresentar para Altobello. Too Too, no entanto, era especial, Jorge reconhecia isso.

ㅤㅤ- Ah, a senhora tem parentes na cidade? - O Lasombra finge interesse. - Veio visitar os netinhos? - Ri, sem demonstrar qualquer tipo de malícia.

ㅤㅤ- Seria muito bom conhecer Fofo. - Aceita o "convite" de apresentação. - Afinal, é o protocolo, certo? Mas... em que tipo de assuntos, exatamente, Fofo te assessora? - O Guardião faz questão de explorar a conversa para compreender a história em sua plenitude.

Gam escreveu:- Ah, eu não. Com exceção do meu marido, todos na minha família já se foram ou esqueceram de mim. - Há um leve tom de triste nostalgia em suas palavras. - Viemos ver a família de Fofo.

- Assuntos vampíricos. Vê, Excelência, eu não tenho os olhos fechados para as estranhezas do mundo. Durante minha curta vida eu vi e ouvi de tudo. Não me é estranha a sociedade por trás dos panos, e eu sei que é de bom tom me apresentar quando chego em uma cidade. Acho que, no fundo, gosto de conhecer gente nova. - Ela aconchega-se na cadeira. - Vocês são criaturas incríveis. Acho muito curiosa a vida que levam
ㅤㅤ- Entendi... - Como se estivesse em um bate-papo entre velhos amigos, Jorge continua. - E o Fofo? Me conta mais dele. Ele ainda tem família viva? Deve ser um vampiro bem jovem ainda...

Gam escreveu:- Fofo é um Gangrel. - Ela vai contando. - Ele nunca me disse quantos anos tem exatamente, mas sem dúvida é mais velho que eu. Ele era originalmente da Camarilla. Foi enviado para me investigar porque eles suspeitavam de alguma coisa. Acho que velhinhas gentis não são algo muito convincente nos dias de hoje. - Ela ri abafado, encabulada pela falta de modéstia. - Ele se apresentou como um gato carinhoso, que adotei e batizei com esse nome. Com o passar do tempo, no entanto, Fofo se apegou a mim. Ele abandonou a Camarilla e passou a viver comigo, e desde então tenho mostrado a ele que há coisas mais importantes na vida do que poder e intrigas políticas. Ele, por sua parte, gosta de pensar que está me protegendo dos perigos do mundo, é um amor. - Ela fala de Fofo com orgulho, como se fosse um filho seu.

- Sua família, contudo, não está viva. Ultimamente, Fofo está se permitindo lembrar de seu passado humano. Nós viemos prestar nossos respeitos aos entes que ele abandonou há muito tempo, que morreram sem jamais ouvir notícias dele de novo. - Ela fala baixinho, em respeito aos mortos. - É importante pensarmos no futuro, Excelência. Mas não podemos esquecer o passado.
ㅤㅤEntão a Camarilla sabe, e Fofo não é mais da Camarilla. Seria pedir demais que Fofo "soltasse" algumas informações sobre a Torre? Nota mental: Tocar nesse assunto mais tarde. - E o marido da senhora? Ele também é especial assim?

Gam escreveu:- Somos todos especiais a nossa maneira, Excelência.
ㅤㅤ- Sim, mas a aura dele também brilha assim...? - Altobello insiste na pergunta que a velha entendeu, mas fez questão de manter o ar de... bem, você entendeu.

Gam escreveu:- Ah, não. Isso não.
ㅤㅤ- Entendi. Cadê ele? Por que não o trouxe?

Gam escreveu:- Ah, ele não fala comigo. Não nos vemos há muito tempo.
ㅤㅤ- Oh... O que houve? - Por dentro, Altobello quer expulsar a velha na base dos pontapés, mas é cuidadoso a ponto de colocar a colheita de informações acima dos impulsos passionais.

Gam escreveu:- Ele não disse... - o assunto claramente a entristece, e Altobello pode notar sua Paladina hesitando, quase interferindo. - Apenas sumiu um dia. Acho que ele pensou que não combinávamos mais. Eu o vi poucas vezes depois disso, em visitas silenciosas. Eu evito perguntar, tenho medo que ele escape de novo... Ele sempre me fez sentir como uma menina, hehe. - É um sorriso triste dessa vez.
ㅤㅤNesse caso, seria um ex-marido. - Não fique assim... - Jorge estende o braço para segurar a mão de Mama. Seu toque gélido e sua presença sinistra provavelmente apenas atrapalharia, ele não liga, afinal. O gesto é o importante. Fingir que se importa. - Vamos mudar de assunto... Eu adoraria conhecer Fofo. Talvez eu já o conheça por outro nome...

Gam escreveu:A flor e o monstro. Too Too não se incomoda com seu toque, ela verdadeiramente parece encontrar conforto naquela pilha de mentiras frias. Altobello, no entanto, sente o desconforto subir-lhe a espinha. Tão frágil, doce e inofesiva. Sua pequena mão trêmula quase some em meio a sua, e o momento de ternura o incomoda, em algum lugar lá dentro.

- Sim, sim... - Ela aceita de bom grado a mudança de assunto. - Quando ele chegar, vou pedir para que espere para te conhecer.
ㅤㅤ- Ah, ótimo. Mama... - Jorge para. - Posso te chamar de Mama, né? - Ri. - Mama... a conversa tá ótima, mas eu tenho outras pessoas para ver... - Altobello faz uma cara de "Que pena!" Para o Lasombra, se despedir da velha é um alívio. Tanta ternura já estava lhe fazendo mal.

Gam escreveu:- Sim. - Com esforço, ela levanta-se da cadeira. Kitambi apressa-se em ajudá-la. - Obrigada pela conversa, Excelência. O senhor foi muito agradável. - Ela sorri.

Assim Mama Too Too o deixa. Kitambi ainda sustenta um sorriso bobo depois que ela já saiu. Darius é o próximo. Ele senta-se no lugar que esteve Mama Too Too.

- Seu amigo Ravnos está aqui. Acha que ele é confiável?
ㅤㅤ- Ah, muita gentileza da sua parte. - Altobello retribui o sorriso e a ajuda a sair. Assim que a velha sai, seu semblante muda. Volta para a usual indiferença e lança um olhar inquisidor para Kitambi. - Não se deixe influenciar.

ㅤㅤDarius logo chega e é recebido por um aperto de mãos. A taça oferecida à Mama permanece intocada na mesa e, mais uma vez, é oferecida. - Cook? - Jorge sabia que mais cedo ou mais tarde ele chegaria. - Está atrasado, então.

ㅤㅤSe é confiável? - Eu percebi traços de covardia e dissimulação no seu caráter, apesar disso, vem se mostrando ansioso para provar-se a seita.

Gam escreveu:E, novamente, o convidado não toca a taça.

- Talvez possamos direcionar essa covardia e dissimulação para algo útil. Gotk me falou dele, daí aproveitei para conhecê-lo melhor lá fora. - E dá seu parecer. - Ele pode ser um talento oculto.

E muda de assunto.

- Mas eu não vim pra falar disso. - Ele se senta, por fim. - Qual é seu objetivo, Excelência?
ㅤㅤ- Tenho muitos... Sobre o que especificamente?

Gam escreveu:- O objetivo primal. O que guia todos os seus outros objetivos, sua razão de acordar todas as noites.
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Mensagem por Gam Sáb Nov 14, 2015 7:35 pm

@Randall
Randall e Branca chegam na guarita com nada mais que uma mala e a companhia de um ao outro. Passam-se alguns minutos, nos quais Branca o bombardeia com uma série de perguntas sobre a Mão Negra que ele não sabe responder, e por fim chega um carro velho dirigido por Alexander. Em uma carona silenciosa, eles os leva para longe da civilização. O carro solitário segue a estrada até chegar em uma estrutura de concreto aparentemente abanodnada, sem qualquer identificação.

- É um antigo bunker anti-nuclear. Bastante espaçoso, lá embaixo. Nós o utilizamos como acampamento fixo para treinamento de recrutas. Se esforcem para gostar dele, vocês estarão por aqui por muito tempo. - Ele apresenta sua nova casa.

Alexander digita uma senha em um interfone acabado que só pode funcionar por milagre e se identifica, no que a porta abre com pesados sons mecânicos.

- Bem vindos. - Ele fala, apático. Parece haver um pouco de ironia, mas não dá pra identificar de cara.

Eles descem uma longa escada em espiral e alcançam um grande espaço aberto. É um salão imenso e alto, do tamanho de um grande estádio. Nas pontas há estruturas, sendo uma delas o que Alexander apresenta como o dormitório de Randall. O local é exclusivo para os recrutas, o que significa que Branca dormirá em outro lugar. Eles o deixam ali para se ajeitar. São basicamente cinco beliches e um único armário espaçoso. Randall parece ser o primeiro chegar, o que o permite escolher seu lugar. Não há geladeira, o que o faz imaginar o que fará com todas essas bolsas de sangue antes que coagulem. Ele se reencontra com Alexander mais tarde. Branca não está com ele, mas ele pode vê-la acenando da janela de outra estrutura.

- Agora aguardamos. - Ele instrui, e fica ali parado em meio ao espaço aberto com as mãos nos bolsos.

Em tempo, um agente aparece e sobe as escadas, voltando com outras quatro pessoas.

Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas - Página 2 Passport
O primeiro é um homem de pele amarelada, desgastada pela ação de vermes necrófagos e fungos tumulares. Seus olhos sem pálpebras parecem estar sempre esbugalhados, que passam uma sensação terrivelmente desagradável quando ele encara alguém diretamente em uma conversa casual. Sim, Ortheos Fley. Randall já o conhece, embora ele provavelmente não o reconheça sob essa nova aparência.

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O outro também é um velho conhecido, que por sua vez não deve reconhecer Randall. Partenope Beso, o Gangrel californiano que o ajudou naquele fiasco de investigação de algum tempo atrás. Randall nunca soube o que ele descobriu, se é que conseguiu alguma coisa.

Contos de Mama Too Too; Nossas sombras mais altas que nossas almas - Página 2 3ild
A terceira, por sua vez, é novidade. Uma mulher com ar de mistério, olhar decidido e poucas expressões.

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E o quarto, ele também não se lembra de já ter visto. É um homem japonês, ou ao menos com esta descendência. Assim como a mulher, ele parece decidido e pouco expressivo. Mas também transmite uma essência tranquila.

Os cinco são alinhados em frente a Alexander, sob suas ordens.

- Bem vindos a sua nova casa. - Ele diz a todos. - Vocês todos foram indicados por um de nós, e então aceitos pessoalmente por mim. Eu sou Alexander, Soberano da Mão. Isto significa que eu sou antigo e competente o bastante para ter um dos poucos cargos fixos que existem na nossa organização. Um Soberano pode fazer uma série de coisas, que dependem exclusivamente da ordem de nossos Serafins. Eu sou responsável, dentre outras coisas, por este acampamento de recrutas. Eu prometo a vocês que daqui só sairão membros impecáveis, mas não prometo que todos vocês sobreviverão ao treinamento. Uma vez que aceitaram fazer parte da Mão, esses são os dois únicos modos de sair. Eu estou, honestamente, torcendo para que todos saiam daqui do primeiro modo.

Ele então começa a andar de um lado a outro, falando em alto tom enquanto olha nos olhos de cada um dos recrutas.

- Nós somos a Mão Negra. Desde tempos muito mais antigos que cada um de nós aqui, a Mão trabalha com o único e impreterível propósito de seguir a vontade de Caim. A Gehenna chegará para todos, mas nós seremos os únicos preparados para isso. Nós somos implacáveis, profissionais e, acima de tudo, nós não temos medo. Você não deve temer por sua alma enquanto estiver a serviço de Caim, pois ele é o Pai de todos nós e prometeu que cuidará daqueles que estiverem do seu lado. Não duvidem disso, gostaria de lembrar aos senhores que estamos falando de ninguém menos que o neto direto de Deus.

- Talvez seja difícil para alguns de vocês que este conceito entre em sua cabeça, mas eu garanto que você jamais será um membro digno da Mão enquanto colocar a sua vida acima da organização. Há um motivo claro para sermos os melhores, e isto é porque somos os únicos vampiros que não temem a Morte Final.

- Por isso... - ele sorri. - e porque nossos treinamentos são bastante rigorosos.

- Um membro da Mão não é um completo imbecil que se joga de cabeça em tudo o que faz. Nós temos uma série de buchas de canhão no Sabá para isso. O membro da Mâo é um membro valioso. Ele mede todas as opções, ele aguarda reforços quando necessário. Ele adia a missão, muda a estratégia. Seja como for, ele consegue o que quer. Mas, se mesmo com todas as medidas, o sucesso da missão ainda necessitar de sua alma, ele a dará de bom grado.

- Antes de qualquer coisa, prestem atenção nestas palavras: Durante o treinamento vocês estarão sob constantes testes. Testes de resistência, testes de coragem, testes de lealdade. Depois do treinamento, quando forem aceitos como Iniciados da Mão, vocês continuarão sob constantes testes. Durante o resto de suas malditas vidas, mesmo que se tornem Soberanos e Serafins, a Mão continuará forçando-o a provar seu valor e sua lealdade. Este é o único aviso que vocês terão disso. Ninguém irá lembrá-los mais tarde. E, se em qualquer momento do futuro vocês falharem em um teste de lealdade, a pena é a Morte Final.

- Dito isto, pelo amor de Caim, não pensem que vocês são mais espertos que a Mão. Vocês não vão conseguir fugir daqui. Vocês não irão me trair. Vocês não vão agir como agentes duplos ou contar os detalhes internos da Mão para um externo sem que eu fique sabendo. - Ele olha para todos enquanto diz isso. - Sua camuflagem não é boa o bastante. Sua forma de névoa não irá passar pela porta. Seus atributos ninjas e sua força espetacular não irão te salvar de nós. Pelo bem de suas vidas e do meu tempo útil, não testem a veracidade de minhas palavras.

- Alguma pergunta?
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Mensagem por Gam Sáb Nov 14, 2015 7:45 pm

@Heather
Ah, Eve... Tão inocente, tão doce. Uma mulher independente, de sucesso. Pensa que já viveu de tudo, sua maior preocupação agora é saber se vai morrer sozinha ou bem acompanhada. Se a história de todos nós fosse assim tão simples, o mundo seria maravilhoso. Mas não é, não é mesmo? E você está prestes a descobrir.

O filme tinha um roteiro clichê, embora fosse de um ótimo trabalho de fotografia. Exausta, ela adormece ali mesmo. Seus sonhos são bizarros e agitados, daqueles que não ajudam a descansar. Dentre um sonho e outro ela jura que abriu os olhos e viu um homem andando pela casa, mas esse pensamento logo é superado por mais imagens e emoções aleatórias. No que parecem ser horas depois, ela finalmente acorda.

Um homem está de pé na sua frente. É aquele esquisito do estúdio, bem no meio de sua sala. Ela lembra que estava sem roupas, mas nota que lhe colocaram um lençol sobre o corpo. Seu lençol, que devia estar guardado no seu guarda-roupa.

- Por favor, não grite. - Ele está com as mãos nos bolsos e, embora sua expressão corporal não pareça ameaçadora, sua aparência por si só já assusta o bastante. Sem contar, é claro, com o fato de ele ter acabado de executar uma invasão domiciliar e a visto semi-nua.


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Mensagem por R.Gato Dom Nov 15, 2015 5:52 pm

Crow ostentava um sorriso enorme, seu último roubo havia rendido um bom dinheiro e durante todo caminho ele se gabou disso, bastava só mais um pouco para comprar uma arma.

Chegando no local onde ficava o apertamento, uma rápida leitura do lugar. Era desprotegido mas a movimentação era intensa nos arredores, ele precisava distrair as pessoas e mais uma vez a vítima seria um restaurante.

_Ei, policial, espera aqui uma instante OK?

Crow entra no primeiro beco e se esconde atrás de algumas lixeiras e usa O Chamado (animalismo 2). Seu objetivo era causar uma invasão de ratos no restaurante da esquina e com o escândalo desviar todos os olhares exclusivamente para lá.

Com o plano dando certo ou não, ele pede ajuda para sua companheira para tampar a visão, assim que perceber que não está sendo observado ele tira seu conjunto de chave micha e abre a porta do prédio.
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Mensagem por Tato Ter Nov 17, 2015 8:55 pm

- Mas que...?

Embora esteja coberta pelo lençol, não consegue deixar de fazer o movimento automático de se cobrir mais ainda até o queixo. Quando finalmente se dá conta do que está acontecendo, Evelyn larga a coberta e corre desesperadamente para a cozinha, onde está porta de serviço, uma vez que a principal tem o caminho barrado pelo... assaltante? Estuprador? Não importa agora, ela só quer sair dali o mais rápido possível.
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