Gilbert Axton -- Ravnos -- Independente
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Gilbert Axton -- Ravnos -- Independente
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1. Dados
Nome: Gam
Personagem: Gillbert Axton
Clã: Ravnos (Assassinato)
Natureza: Olho da Tempestade
Comportamento: Gozador
Geração: 8ª
Refúgio: Possui cinco apartamentos na cidade em nomes diferentes
Conceito: Andarilho, ex-gangster
Saldo de XP: 118 / 118
2. Atributos
Físicos 6
- Força: 1+0 = 1+1 = 2 (4 xp)
- Destreza: 1+4 = 5 (Reflexos Rápidos, Velocidade)
- Vigor: 1+2 = 3
Sociais 9
- Carisma: 1+4 = 5 (Fala Mansa, Eloquente)
- Manipulação: 1+4 = 5 (Convincente, Bom Argumentador)
- Aparência: 1+1 = 2
Mentais 4
- Percepção: 1+0 = 1+1 = 2 (4 xp)
- Inteligência: 1+2 = 3
- Raciocínio: 1+2 = 3
3. Habilidades
Talentos 11
- Prontidão: 2
- Esportes: 1+1 = 2 (2 xp)
- Briga: 1
- Esquiva:
- Empatia: 1
- Expressão: 1
- Intimidação: 1
- Liderança:
- Manha: 1
- Lábia: 3
Perícias 16
- Empatia c/ Animais: 3
- Ofícios (falsificação de documentos): 1+1 = 2 (2 xp)
- Condução: 1
- Etiqueta:
- Armas de Fogo: 3
- Armas Brancas: 1
- Performance: 1
- Segurança: 1
- Furtividade: 3
- Sobrevivência: 2
Conhecimentos 7
- Acadêmicos: 2 (5 xp)
- Computador: 1+1 = 2 (2 xp)
- Finanças: 1+1 = 2 (2 xp)
- Investigação: 1 (3 xp)
- Direito: 1
- Linguística: 3 (inglês, italiano, francês, hindi, espanhol)
- Medicina:
- Ocultismo: 1+1 = 2 (2 xp)
- Política: 2 (5 xp)
- Ciências:
4. Vantagens
Antecedentes 8
Geração 5
Recursos 3+2 = 5 (2 PB)
Contato Player 1 (Ian Baxt II, MEZENGA)(1 PB)
Disciplinas 6
Quimerismo 4
Animalismo 2
Ofuscação 1 (10 xp)
Virtudes 7
- Consciência: 1+0 = 1+1 = 2 (2 xp)
- Autocontrole: 1+4 = 5
- Coragem: 1+3 = 4
5. Virtudes
Humanidade: 6-2 = 4 (redução arbitrária)
Força de Vontade: 4+4 = 8 (4 PB)
Qualidades e Defeitos
Vontade de Ferro (3 PB)
Diablerie Oculta (3 PB)
Peregrino (2 PB)
Rubor de Saúde (2 PB)
Aura Enganosa (1 PB)
Ingerir Comida (1 PB)
Recém-Chegado (+1 PB)
Marca do Amaldiçoado (+2 PB)
Inimigo (+1 PB)
Objetos Relevantes (presentes no Guia do Narrador 3ªed):
- Canivete
- Isqueiro
- Pontos eletrônicos
- Carteira com documentos falsos
- Carteira com documentos em branco
- Baú com acessórios e maquiagem para disfarces
- Barrett Model 82 "Elephant Gun", sniper rifle
dano 12; cadência 1; pente 11; ocultabilidade Nula; alcance 300; mira telescópica que adiciona +150 de alcance e +2 dados se mirar por um turno; silenciador que reduz o dano em 2 (ainda produz um barulho abafado, por ser muito potente); ignora qualquer proteção menor que um bloco maciço de concreto ou um veículo militar (Vigor+Fortitude funciona normalmente) - Ruger Redhawk "Freedom Arms Casull"
dano 7; cadência 1; pente 5; ocultabilidade Sobretudo; alcance 40; deve ser empunhada com as duas mãos, salvo se tiver força 4 ou mais - Colt Anaconda, revólver
dano 6; cadência 2; pente 6; ocultabilidade Jaqueta; alcance 30 - Roupa reforçada
+2 dados para absorver contusões
+1 dado para absorver lâminas
Observações
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- Quotes relevantes:
- Do livro Tempo do Sangue Fraco:Todos os Ravnos, acordados ou dormentes, antitribu ou não, ouvem o grito de morte do Antediluviano e sentem sua fome, raiva e terror. Imediatamente, eles sentem uma fome urrante, não importa quanto sangue eles tenham em seus corpos, uma fome pela vitae de outros Ravnos. Num esforço final de purgar o mundo de seus filhos, o Antediluviano amaldiçoou seus descendentes com um irresistível e canibalístico impulso.
Para resistir a esta fome e evitar o frenesi, um personagem Ravnos deve conseguir 5 sucessos num teste de Auto-Controle (ou Instinto). Vampiros Ravnos de 12ª à 15ª Gerações tem uma dificuldade de 8, enquanto Ravnos de oitava à 11ª Geração tem dificuldade de 9, e Ravnos de sétima Geração ou menor tem uma dificuldade de 10. Um Ravnos deve fazer outro teste de frenesi-fome sempre que ele acorde à noite ou encontre outro Ravnos (mesmo se ele não reconhecer o indivíduo como um membro do clã o Sangue chama para ele).
Este banho de sangue continua por três noites. Se um personagem Ravnos puder sobreviver estas noites, a fome desfaz enquanto o Antediluviano mergulha na lama da lenda.
- Do livro Clanbook Ravnos:
Histórias ainda circulam entre o clã sobre um Ravnos que foi levado a um dos campos e abraçou cada Rroma ou em alguns casos, cada prisioneiro que puderam encontrar. Segundo o conto, o grupo todo partiu num assalto contra os guardas.Em poucas palavras, o Tratamento era uma resposta reacionária dos Ravnos ofendidos que sentiam que se eles não conseguiam receber ao menos o mínimo de respeito que os clãs tinham com os outros, eles fariam esses clãs se arrependerem de sua esnobe. Os Ravnos ressentidos iriam mandar um chamado pedindo ajuda, e os caros Ravnos mendigos ou indigentes (ou mesmo os legitimamente colocados na lista negra) iriam se reunir na pobre cidade. Por semanas ou meses, os Ravnos vingadores iriam aprontar o que pudessem saciar seus desejos como achassem melhor. Tenho certeza que você está familiarizado com nosso respeito por tabus agora imagine um grupo de Ravnos, todos indo para a mesma cidade. Matanças rompiam, os invasores roubavam tudo que não estivesse pregado no chão, seduziam maridos e esposas, envenenavam o pão ou os grãos usados para fazê-lo se encontravam curiosamente infestados com ergot... A lista é extensa. Esse tipo de tática pouco ajudou os Ravnos a construírem uma reputação melhor, mas funcionou brilhantemente como um método para mostrar aos outros à nunca mais deixar essas coisas acontecerem novamente. Acredite, esses documentos não se fazem de rogado quando falam sobre quão rápido os príncipes da Longa Noite assentiram uma vez que seus domínios se tornaram ninhos de pecado e perversidade.Uma das razões pela quais os Ravnos andam juntos é o potencial da ajuda mútua. Você não pensou, por acaso, que fosse por amor fraterno ou por causa de sentimentos familiares expressados num feriado, pensou? Não, nós temos um grande interesse em manter nossa liberdade de ir para aonde quisermos. É claro, ir entrando em uma cidade e ter seu traseiro surrado não é o melhor caminho para se conseguir isso. Então, para que isso dê certo, nós temos que cooperar.
O primeiro passo é ficar em contato com outro Ravnos. Mantenha o endereço de e-mail, número de celular, caixa postal, qualquer coisa com a qual se comunicar. Então avise quando for a algum lugar. Deixe mensagens de onde você vai, quando chega e quanto tempo pretende ficar. Tenha certeza de dar uma idéia da freqüência com que se comunica e de que está inteiro. Receba mensagens dos outros e as passe adiante, assim todos os Ravnos tem uma noção geral de onde todos estão a qualquer hora.
Se você está fugindo ou espera problemas, deixe uma nota sobre isso. Se você perder contato com seus camaradas, outro Ravnos pode decidir checar isso. Essa escolha depende de qual o sentimento sobre o Príncipe ou outro Membro da cidade na qual você desapareceu, do sentimento por você, e se ele aceita arriscar a própria existência tentando averiguar o que pode ser a bem merecida morte de um idiota, ou apenas outro pé-nosaco.
Se você decidiu fugir da cidade, é uma boa idéia avisar o resto do sangue, assim eles saberão o porquê ou como. Se um príncipe odeia os Ravnos, evite esse domínio. Se você é chutado de um lugar por um comportamento ruim, saia. Não esquente a cabeça, não se ressinta do príncipe, não faça ameaças e não ouse, em qualquer circunstância, mencionar o Tratamento. Isso é algo que “todo mundo sabe” sobre nós, mas nós não devemos mencionar isso a eles. Alguns Membros agem estranhamente quando você fala casualmente em arrasar sua cidade. E isso funciona muito melhor se deixá-los apavorados sem recorrer a ameaças grosseiras, principalmente se você não conhece Ravnos suficientes para proclamar um Tratamento digno do T maiúsculo.
É claro, espera-se que você retribua o favor.
Apenas um aviso: nem todos os Ravnos se interessam pelo Tratamento, principalmente depois que a Semana dos Pesadelos aconteceu. Na verdade, desde aquilo, a maioria dos Ravnos prefere ficar quieto e evitar ser notado, mesmo pelos demais membros do Clã. Não posso culpá-los. É difícil juntar todos para um Tratamento se você só consegue encontrar um ou dois do seu sangue que mantenham contato com você, afinal.- Qualidades e Defeitos:
- Vontade de Ferro - Inerente ao personagem. É isso que o manteve firme e forte depois de todas as situações complicadas que passou.
- Diablerie Oculta, Rubor de Saúde, Aura Enganosa, Ingerir Comida e Marca do Amaldiçoado - Na extinta linhagem de Ravnos da família Sacchetti Romas, as mentiras se estendem tão profundamente que refletem até em suas auras. Mais que isso, eles se passam por humanos com maior facilidade. Em contrapartida, a ludibriação vampírica também veio com a outra face. Para os que possuem Fé, fica claro como a água a verdadeira natureza do vampiro.
- Peregrino e Recém-Chegado - Tratando-se de um nômade, nada mais natural.
- Inimigo - Que esteve em seu encalço na Inglaterra, anos atrás. Gillbert fugiu sem se dar ao trabalho de ter a menor pista sobre ele (ou se era mesmo alguém o caçando). Na verdade trata-se de um caçador que conseguiu farejar sua trilha e pode vir a recuperá-la a qualquer momento agora. Dada a passagem dos anos, ele é imortal (ou muito velho). Pode ser um carniçal, um Mago fraco, um neófito ou o escambal.
- Quotes relevantes:
6. Prelúdio
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.Gangsters
No começo do século XX, o crime organizado teve um de seus auges na América. Haviam gangues mafiosas em todas as grandes cidades americanas. Gillbert Axton foi um fiel capanga da riquíssima família Sacchetti Romas por muitos anos, servindo eventualmente como braço mas principalmente na tarefa de manufatura de documentos falsos. Ele era bom naquilo, estudava uma série de idiomas e burocracias estrangeiras para aperfeiçoar seu ofício. A família Sacchetti estava feliz em tê-lo com eles.
Em 1905, quando Gillbert tinha trinta anos, o patriarca Sacchetti Romas chamou-o a seus aposentos. Ele era um homem fiel à família, e por tradição esse tipo de respeito e lealdade era bem recompensado com a benção da imortalidade. Os Romas, como bons entendores hão de notar, são uma vertente da família Rroma que, desde sempre, andou com Ravnos entre suas fileiras, Abraçando e parasitando seus familiares.
Na primeira noite como Ravnos, Gillbert, confuso, secou sua própria criada. Mesmo para ele que já havia tido experiências com assassinato antes, foi uma experiência chocante. Mas, em todo caso, sua Besta sentia um prazer extra nisso. Em roubar uma alma, por necessidade ou não. Na segunda noite, o senhor Romas o explicou melhor sobre sua condição e deu um breve resumo sobre a Camarilla e o Sabá. Nada detalhado, tendo em vista que a família Sacchetti não se misturava com as seitas. Neste dia, também, o senhor Romas lhe transferiu uma quantia considerável de dinheiro. Para a família, não queria dizer nada. Para Gillbert, era uma fortuna.
O vício da Besta de Gillbert lhe urgiu novamente no ano seguinte. Não é como se ele tivesse vontade de matar toda e qualquer pessoa que visse. Mas a morte lhe cabia com vários pretextos. Ele só precisava de uma brecha, um motivo razoável.
Naquela noite, ele matou dois membros da família Sacchetti. Eles possuíam o nome sujo há tempos por suas artimanhas, mas o respeito e as regras da família os mantinham impunes. Bom, as regras de Gillbert Axton não.
Em 1907, um dos espiões animais de Gillbert lhe revelou que a esposa do senhor Romas estava traindo-o com um membro da máfia chamado Al Shortle. Gillbert sabia que o senhor Romas já não tinha qualquer vestígio de amor pela mulher, e que eles provavelmente não transavam há muito tempo. Mas, mesmo assim, havia ali uma questão de respeito, família. Ele revelou ao senhor Romas a traição.
Na noite seguinte, Romas assassinou Al, espalhando os pedaços de seu corpo por todo o quarto. Desesperada pela situação, sua esposa fincou-lhe uma grande lasca de madeira no peito. Um golpe de sorte somado ao fato do velho vampiro estar totalmente desprevenido em relação à mulher, e ele estava paralisado. Gillbert chegou neste momento, e se viu diante de uma decisão que mudaria sua vida para sempre.
Ele (e talvez sua Besta junto) decidiu por aproveitar aquela situação para se tornar livre de uma vez por todas. Gillbert pegou uma faca de churrasco e arrancou a cabeça do velho Romas, fugindo em seguida. Especializado em documentação falsa, para ele foi fácil limpar seus rastros e se livrar da perseguição da família Sacchetti. Ele passou todo o seu dinheiro para uma conta alternativa em outro nome e sumiu da cidade.
.Torre de Marfim
Depois disso, por três anos inteiros, Gillbert foi um Membro da Camarilla. Ele se apresentou apropriadamente, teve todo o preconceito e escracho que os Ravnos sofreriam. Conheceu outros de seu Clã, aprendeu como um Ravnos trata o outro. Trocou contatos, introduziu-se na rede vampírica. Mas a Torre de Marfim não era para ele. Ele não se livrou de uma corrente para se prender a outra. Gillbert, então, fugiu.
.Grandes Guerras
Ele passou uma grande parte de sua vida na Europa, então. Por 25 anos, ele viveu na Inglaterra. Durante esse tempo, comprou um cachorro, conheceu os irmãos de clã da região. Ele aperfeiçoou-se, passou a entender melhor a natureza de suas capacidades. Porém, depois de tantos testes, alguém apareceu na sua cola. Um dia o cachorro sumiu, para nunca mais voltar. Gillbert não deu chance ao azar e sumiu da Inglaterra, despistando assim quem quer que estivesse lhe procurando.
Gillbert estava na França quando a Segunda Guerra estourou. Hitler invadiu, a cidade se transformou em um campo de batalha sem dono. Visando defender-se ou, talvez, apenas aproveitar para satisfazer os caprichos do seu interior, ele tomou para si um rifle de guerra. Durante três noites, Gillbert Axton manteve-se na espreita, acertando cabeças nazistas à distância. Ele tomou gosto por isso, mas viu que já estava na hora de bater em retirada quando percebeu que os alemães não iriam para lugar nenhum. Eles haviam vencido os franceses.
Ainda na França, Gillbert abrigou-se com uma família Rroma. Um benefício de manter contato com outros Ravnos. Infelizmente, não durou muito. Os nazistas os capturaram, os Rroma e Gillbert junto, e enviaram-nos para um campo de concentração. Lá, ele conheceu o que há de pior na natureza do homem. Viu humanos tratando outros humanos de jeitos que nem ele próprio trataria. Gillbert viu que, se ficasse ali mais algum tempo, invariavelmente acabaria morrendo também.
Foi assim que ele teve uma ideia maluca. Em uma tentativa desesperada, Gillbert Abraçou todo e qualquer humano que encontrou pela frente. Em euforia, eles partiram em um ataque único contra os guardas. O campo foi tomado, e assim ele escapou.
.Dinheiro
Vinte-e-seis anos depois, Gillbert bebeu direto da teta do capitalismo. Era 1969, e a Bolsa de Valores começava a engatinhar. Ele aproveitou os primeiros passos, era sagaz quando todos estavam iniciando. Sua pequena fortuna cresceu exponencialmente, tornando-o um milionário em apenas alguns anos. Satisfeito com o conforto que aquilo lhe traria, a partir daquele ponto ele tratou de manter este dinheiro em investimentos e poupanças seguras.
.O Tratamento
Em 1994, então, foi quando ele participou de um Tratamento. É claro que ele já havia ouvido falar disso antes, mas foi a primeira vez que viu um de verdade, e bem de perto. Ele teve duas semanas para se preparar, arranjando para si uma Barrett M82, modelo de rifle à distância que já era distribuído e vendido para civis com porte de armas. Sua documentação, como já era de se esperar, não foi um problema.
No Tratamento em si, Gillbert conheceu diversos irmãos de sangue. Foi em Hyderabad, na Índia. Em uma noite, ele salvou um Ravnos indiano infeliz da morte certa. Na noite seguinte, foi a vez dele ser salvo pelo mesmo indivíduo. Uma vez que o Tratamento acabou, ambos cumprimentaram-se e juraram lealdade, como de prache entre a irmandade Ravnos. Ian Baxt II era seu nome, e Gillbert Axton poderia jurar para si mesmo que jamais o veria novamente.
.Semana dos Pesadelos
Gillbert ainda estava na Índia quando aconteceu a Semana dos Pesadelos. A guerra dos Ravnos contra os Cataianos estava em seu auge. Centenas de vampiros encontravam a Morte Final, conforme Matusaléns acordados lançavam hordas de neófitos recém-Abraçados contra seus inimigos. Mal imaginavam eles que a Morte Final de seus filhos perturba o sonho dos Antediluvianos, e que estavam trazendo o próprio fim.
Em Julho de 1999, Zapatharusa acordou. Naquele momento, Gillbert estava escapando da guerra onde tinha certeza que encontraria sua Morte Final e dando a volta na Índia, cruzando-a de Sul à Norte. Ele parava na casa de contatos Ravnos, e em todas elas só encontrou a morte e a desgraça. Um de seus irmãos de sangue, Udit, morreu por suas próprias mãos. Durante as três noites de frenesi, Gillbert esteve em meio à caixotes de repolho em um vagão de trem, viajando. Foi a reclusão que o salvou, pois no resto da Índia o caos corria solto.
Ao fim da Semana dos Pesadelos, Gillbert foi pessoalmente para a Planície de Bangladesh, onde ocorreu a última batalha de Zapatharusa. Lá, ele chorou lágrimas de sangue sem saber porquê, e quase foi morto por um Garou que se encontrava no local. Não foram os vampiros as únicas criaturas místicas afetadas pelo primeiro sinal da Gehenna.
.Retorno
Uma semana depois, Gillbert estava de volta aos Estados Unidos. A Índia lhe deu muito mais emoção do que ele esperava, e já havia passado da hora de ele sair daquele lugar. Foi nos Estados Unidos que ele encontrou Ian Baxt II novamente, o indiano que havia lutado ao seu lado.
Ian Baxt provou-se um homem espiritualizado, explicando-lhe o que aconteceu na Semana dos Pesadelos, sobre a batalha e morte de seu Antediluviano em comum. Eles juraram manter contato de novo, mas desta vez na intenção real de fazê-lo. Não se pode confiar em ninguém nos tempos atuais, e os Ravnos estão em ainda mais desvantagem agora, vendo-se assim a necessidade de manter a união.
Gillbert esteve na Índia para aprender mais sobre a origem de seu clã. Sobre isso ele não conseguiu muito, mas ao menos o final ele assistiu de camarote. Quanto à seu objetivo atual, ele ainda está em fase de construção. O Ravnos está em silêncio à respeito de outros cainitas, investigando melhor sobre a sociedade da cidade antes de começar a se meter nela.
Seguem trechos do diário de Gillbert em relação aos acontecimentos aqui citados. Vale notar que as palavras de um Ravnos nem sempre são absolutamente sinceras, pra colocar de forma educada. (Para todos os efeitos, o diário é uma alegoria não-oficial. O Prelúdio que deve ser levado em conta é a narrativa acima.)
A mesma história, agora contada por dentro:- Spoiler:
.Gangsters
24/05/1905. Trinta anos.
Estou fazendo um passaporte espanhol para Mack Sacchetti. Vou chamá-lo de Jake Davino, acho que o garoto vai gostar. De todas as línguas que aprendi, creio que espanhol é uma das mais interessantes.
O senhor Romas disse que precisa falar comigo, mas amanhã. Eu perguntei se poderia passar em sua casa durante a tarde, mas ele disse que prefere a noite. Que seja então.
25/05/1905. Dia seguinte.
Estou confuso. No que ele me transformou? Isso é magia? Ele disse que a família estava me recompensando. Disse que eu seria imortal, que a vida passaria a ser bem mais fácil e que esse seria o pagamento definitivo por todos os meus serviços, passados e futuros. Mas, se é assim, por que eu me sinto tão estranho? Estão batendo na porta, acho que é a criada.
...
Dio mio... O que eu fiz?
04/06/1905. Semana seguinte.
É, a vida é definitivamente mais fácil. O senhor Romas me instruiu melhor. Aparentemente, há toda uma sociedade de vampiros lá fora. Ele me explicou um pouco sobre a Camarilla e o Sabá, mas não entrou em detalhes. Nós não lidamos com eles.
Ele também me transferiu uma considerável fortuna, me disse que não me faltaria nada enquanto o servisse.
Comecei a identificar os outros Membros na família. Gente que eu jamais havia imaginado...
15/03/1906. Ano seguinte.
Hoje estivemos em uma reunião. Lil' Johnson e Martin Villas estavam lá, aquelas cobras. Todos sabem das trairagens desses dois filhos da puta, mas ninguém faz nada. Esses muleques não tem a menor noção de respeito na família, e é justamente o respeito que mantém a pele deles intacta.
Não sei se tenho mais paciência. Uma parte de mim grita por justiça. Mais que sangue, eu quero esses dois mortos pelas minhas mãos.
16/03/1906. Dia seguinte.
Foi maravilhoso. Aliás, foi tão bom que eu quase me esqueci de sugar o sangue deles depois. Quase.
05/08/1907. Ano seguinte.
Al Shortle anda transando com a senhora Laurence Romas. Eu sei porque um passarinho me contou. Literalmente.
Não sei se devo contar ao senhor Romas, ele ficaria furioso. Digo, é claro que aquele homem já não sabe o que é o amor há muito tempo, e a coitada da mulher não via uma piroca há mais tempo ainda. Mas há uma questão de orgulho aqui. Respeito, família! Não sei se Al merece isso... Mas ele tem que assumir as consequências.
06/08/1907. Dia seguinte.
Al está morto. Houve um grito de mulher. Quando eu cheguei no quarto, o corpo dele estava espalhado por todo o chão. Havia uma grande lasca de madeira fincada no peito do senhor Romas, e a senhora Laurence estava chorando a um canto, assustada pelo que havia feito.
Tive que pensar muito rápido. Minha primeira reação foi retirar a lasca, mas eu me contive. Estava ali a chance de eu manter a dádiva da imortalidade, mas livre dos Sacchetti de uma vez por todas.
Não me dei a chance de pensar duas vezes. Tirei a madame do quarto e arranquei a cabeça do senhor Jonas com uma faca de churrasco. Não foi meu ato mais delicado, mas era o único jeito de matá-lo.
09/08/1907. Três dias depois.
O velho sem cabeça ainda assombra meus sonhos. Pro inferno com ele. A vida demanda certos sacrifícios. Ele mesmo me ensinou isso.
14/09/1907. Mês seguinte.
Passei minha fortuna para outra identidade, antes que me encontrem. É muito mais fácil falsificar documentos agora, o produto é instantâneo com um toque quimérico.
.Torre de Marfim
02/01/1910. Três anos depois. Trinta-e-cinco anos.
Senhor Romas estava certo. A Camarilla é mesmo um saco. Uma sociedade falida de gente suja. Não que eu me sinta muito mais limpo que eles... De qualquer forma, vou me livrar dessa confusão. Acho que vou pra Europa, por que não?
.Grandes Guerras
13/08/1914. Quatro anos depois. Trinta-e-nove anos.
Guerra Mundial? Ora, mas que Guerra Mundial é essa se só acontece em um continente? Esses humanos as vezes conseguem ser bastanta imbecis. Em todo o caso, ainda são perigosos. Vou me manter fora da reta.
22/12/1927. Treze anos depois. Cinquenta-e-dois anos.
Estou na Inglaterra. Hoje comprei um cachorro com papel quimerisado em dinheiro. É melhor não tornar isso um hábito. Da primeira vez será apenas um humano confuso, mas das próximas vou ter um Algoz na minha cola.
Ele é uma graça de bicho. Acho que vou chamá-lo de Maya.
15/06/1935. Oito anos depois. Sessenta anos.
Maya sumiu, aquele filho de uma quenga. Ele tinha um Laço de Sangue forte demais pra fugir, portanto acho que pegaram ele. Devem estar me investigando, é melhor dar o fora desse país.
Próxima parada, França.
10/05/1940. Cinco anos depois. Sessenta-e-cinco anos.
Os alemães invadiram o país. Agora está difícil fugir daqui, então preciso dar um jeito de me virar. Acho que vou roubar um rifle.
11/05/1940. Dia seguinte.
Essa é definitivamente a melhor invenção do homem depois da camisinha.
12/05/1940. Dia seguinte.
Haha, é muito divertido estourar a cabeça desses filhos da puta. Mas preciso sair daqui. Se ficar nesse prédio mais uma noite, é capaz que me descubram. Além disso, parece que eles estão ganhando. Não quero ficar aqui e ser o último atirando contra os nazis.
19/07/1943. Três anos depois. Sessenta-e-oito anos.
Encontrei uma família Rroma. Fazia tempo que não via uma. Acho que vou ficar com eles por um tempo.
21/07/1943. Dois dias depois.
Nos capturaram na calada da noite, filhos da puta. Estão nos levando pra uma espécie de prisão de segurança máxima.
22/07/1943. Dia seguinte.
Adoriabelle morreu. Deram um tiro na cabeça dela porque ela fazia barulho demais. As celas são amontoadas de gente, os soldados os tratam pior do que... Raios, pior do que eu trataria eles.
23/07/1943. Dia seguinte.
Ainda não arranjei um jeito de escapar. Por sorte eles não nos tiram daqui pra nada, então não tenho que me preocupar com a luz do dia.
24/07/1943. Dia seguinte.
Não tenho vitae pra pensar demais. Tive um plano maluco. É totalmente errado, tem fortes chances de virar contra mim, mas acho que é a melhor chance que tenho.
Vou Abraçar todos aqui. Todos.
27/07/1943. Três dias depois.
Estou livre, vivo e muito longe da França. Acho que vou passar um tempo na Índia.
Nota para eu mesmo: Nunca, NUNCA mais fazer Abraços em massa.
.Dinheiro
01/08/1969. Vinte-e-seis anos depois. Noventa-e-quatro anos.
Essa história de Bolsa de Valores parece interessante. Vou experimentar.
25/09/1976. Sete anos depois. Cento-e-um anos.
O dinheiro que andei investindo na Bolsa me rendeu uma fortuna. Agora que estou confortável vou passar a deixá-lo apenas em investimentos seguros.
Não quero mais me preocupar com isso.
.O Tratamento
06/05/1994. Dezoito anos depois. Cento-e-dezenove anos.
Me chamaram pra um Tratamento. Achei interessante. É claro que eu já ouvi falar, todos sabem do que se trata. Mas não me via de fato participando de um. Será daqui a duas semanas,
10/05/1994. Quatro dias depois.
Hoje passei em uma loja de armas. Comprei algumas quinquilharias e descobri que a Barrett M82, um rifle de calibre grosso de primeira, agora é comercializada para civis. Haha, o que esses humanos tem na cabeça?
Comprei a minha, será útil no Tratamento.
20/05/1994. Dez dias depois.
Hoje foi a primeira noite de Tratamento. Causamos balbúrdias dentre os pontos mais quentes de Hyderabad. Precisávamos nos ajudar se quiséssemos que o Tratamento funcionasse e, principalmente, sobreviver. Por isso me senti propenso a salvar um cara que estava cercado em meio à uma aglomeração. Um tiro no meio da testa daquele Xerife sem vergonha foi o bastante pra ele escapar.
21/05/1994. Dia seguinte.
Valeu a pena salvar aquele cara. Hoje foi a vez dele me salvar. Sempre bom ver que suas escolhas renderam lucro.
22/05/1994. Dia seguinte.
Acabou o Tratamento. Quando já estávamos escapando, com as coisas mais calmas, tive tempo de conhecer melhor meu pretenso amigo. Seu nome é Ian Baxt II, e ele é daqui mesmo. Fizemos o juramento de lealdade Ravnos, aquele da cuspida na mão e coisa e tal. Prometemos nunca mais perder contato.
Hah, até parece.
.Semana dos Pesadelos
15/08/1998. Quatro anos depois. Cento-e-vinte-e-três anos.
Sachika disse que um Matusalem de Quinta Geração acordou ao Sul daqui da Índia. Não sei de onde ele tirou essa informação e, honestamente, não sei se quero que seja verdade ou mentira. Os Cataianos estão varrendo todos nós de Bangalore até aqui, e eu não sei se é melhor ter um Matusalem psicopata do nosso lado ou ninguém.
18/08/1998. Três dias depois.
Os Cataianos chegaram. Madana e Daha não respondem mais os e-mails, acho que já pegaram eles. Vou me manter em silêncio por hoje. Talvez consiga escapar no primeiro carregamento de tempero da manhã.
19/08/1998. Dia seguinte.
Era mentira. Sachika sempre mente, eu devia saber. O Matusalem é de Quarta, não Quinta. Ele se diz Cria direta do nosso Antediluviano, e o que esse cara consegue criar a partir do nada é impressionante. Eu vi ele devorando Sachika em questão de segundos. Dizem que esses velhos já não se sustentam mais só com sangue humano... Não vou ficar por perto muito tempo. Ele está nos fazendo criar Abraços em massa (déjà vu?) e lançando dezenas de neófitos contra os Cataianos. Está funcionando, por enquanto, mas eu não quero estar aqui pra ver o que vai acontecer quando ele ficar com fome de novo.
25/08/1998. Seis dias depois.
É impressionante o que esses Cataianos são capazes de fazer. Acho que nunca vi uma cabeça voar tão longe de uma vez só. Eu acho que consegui matar um deles, mas não tenho certeza se funcionam como nós, do Ocidente.
De qualquer forma, não é mais meu problema. Escapei de Erode, agora estou em Coimbatore. Se seguir as estradas, posso dar a volta em Bangalore e escapar do grosso de Cataianos.
04/07/1999. Ano seguinte. Cento-e-vinte-e-quatro anos.
Não dormi direito hoje. Tive algum pesadelo, mas não lembro o que era. Deve ser o estresse da última batalha em Erode. Udit vive por aqui com alguns Rroma. Vou me encontrar com ele, me atualizar sobre as estradas dessa região.
05/07/1999. Dia seguinte.
Outro pesadelo. Estou no apartamento de uns primos de Udit. Ele disse que anda tendo pesadelos também. Estamos todos em tempos de guerra. É esperado, eu acho.
06/07/1999. Dia seguinte.
Não me lembro com o que eu sonhei, mas foi pior do que todos os outros. Tinha algo a ver com um rei... E, não sei, canibalismo? Em todo caso...
Udit teve um frenesi estranho hoje. A energia foi cortada, aparentemente por causa de um furacão ao Norte daqui, enquanto ele estava assistindo televisão. Ele matou três da família, tivemos que fugir. Estranho, eu nunca achei que ele fosse do tipo que se esquenta tão fácil.
07/07/1999. Dia seguinte.
Estávamos viajando no vagão de um trem de sacas de arroz. Acordei de manhã, o Sol ainda entrava por algumas frestas. Udit já estava acordado, me encarando fixamente como uma espécie de demente alucinado. Ele me atacou, e eu tive que destruí-lo. Ou eu ataquei primeiro? Não tenho certeza.
Não sei o que está acontecendo. O corte que Udit fez no meu estômago não quer fechar, não consegui dormir, e estou faminto, apesar de não me faltar vitae. Tem algo de errado comigo. Com a minha cabeça.
09/07/1999. Dois dias depois.
हम सब मर
10/07/1999. Dia seguinte.
Está passando. Eu não sei o que aconteceu, foi uma semana conturbada. Não me importo com Udit, era ele ou eu. Mas, se não posso controlar minha própria cabeça, começo a ficar preocupado.
Cheguei em Bhabta. Estou com um pressentimento estranho sobre a planície de Bangladesh. Algo muito forte dentro de mim me diz para não ir pra lá. E é por isso que eu vou. Eu quero... Não, eu preciso descobrir o que está acontecendo nesse país.
11/07/1999. Dia seguinte.
Tinha uma cratera enorme, como se tivesse caído alguma coisa gigantesca ali. As nuvens no céu estavam estranhas, e eu... Ora, que diabos. É o meu diário, eu posso escrever o que eu quiser. Quando cheguei dentro da cratera, despenquei a chorar. Não sei o que aconteceu, nem porque me bateu aquela agonia. Chorei feito uma mocinha. Chorei até perceber que não estava sozinho.
Eu não sei o que era aquela criatura. Acho que era um Garou. Eu atirei. Não sei se eu o matei também, mas depois que ele caiu eu voltei pro buggy e acelerei o máximo que pude. Não quis olhar pra trás, e já não faço tanta questão de voltar praquele lugar.
.Retorno
19/07/1999. Uma semana depois.
Não tinha mais nada para mim naquele país maldito. Juntei minhas coisas e vim pra América. Os Estados Unidos mudaram bastante desde que estive fora, confesso. Acho que não é mais seguro ser um Ravnos por essas bandas, nem em lugar nenhum do mundo. Por hora, vou me manter na minha, apenas investigando a sociedade vampírica daqui. Quando tiver alguma certeza sobre eles, começo a mover meus pauzinhos. Quem sabe não fixo residência de novo?
Agora que comecei uma vida nova, preciso traçar um objetivo... É difícil ter um concreto quando você não passa de um cadáver imoral estagnado no tempo, pra ser sincero. Antes eu estava aprendendo um pouco sobre as origens do clã na Índia, quando acabei participando pessoalmente do fim dele. Creio que meu objetivo, agora, é encontrar um novo objetivo. As coisas sempre acabam acontecendo pra mim. Não tenho certeza que eu gosto disso, mas já é o único jeito que eu sei viver. Qualquer coisa diferente seria... entediante.
Bom, não tenho pressa. Não é como se tempo fosse um problema pra mim, não é mesmo? Até lá, talvez eu cace um ou dois filhos da puta dessa cidade, por que não? Isso me manteria ocupado.
15/08/1999. Um mês depois.
Estou me atualizando sobre a documentação e burocracia do país. Creio que não terei problema em forjar documentos aqui a partir de agora.
Testando uma nova ideia, também andei treinando o timing e processo de venda das máquinas de cartões de débito/crédito.
23/10/1999. Dois meses depois.
Me encontrei com um antigo conhecido do Madana, um outro sobrevivente. Acabei descobrindo que era Ian Baxt II, quem diria? Jurava que nunca mais veria o camarada outra vez. Aparentemente o cara é espiritualizado, manja das putarias de ser um verdadeiro Ravnos. Ele disse que boa parte do nosso clã foi extinto, e que aquela foi a batalha do nosso Antediluviano. Não me impressionei muito. No fundo, eu já sabia. Só não tinha plena consciência disso, mas sabia.
Bom, acabou. Eu sobrevivi ao nosso Grande Canibal, não foi? Agora são os outros clãs que devem se preocupar com a Gehenna, não eu. Eu só tenho que me preocupar com o meu rabo.
Separamos nossos caminhos de novo. Mas dessa vez eu pretendo realmente manter contato. Sobraram poucos irmãos para "confiar" agora.
E o maldito velho disse que a vida seria mais fácil... O cu dele que seria!
7. Banco de Dados
Saldo de XP: 118/118
Gasto de XP:
- 75 xp - Ancilla
- 8 xp - Atributos
- 23 xp - Habilidades
- 10 xp - Disciplinas
- 2 xp - Virtudes
Gasto de PB:
- 15+4 = 19
- 3 PB - Antecedentes
- 4 PB - Força de Vontade
- 12 PB - Qualidades
Ganho de XP
painkiller- Data de inscrição : 23/03/2010
Idade : 35
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