Vampiros - A Máscara
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A Monarquia Da Meia-Noite

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Mensagem por painkiller Ter Ago 28, 2012 10:53 pm

Desculpe o Atraso, não havia percebido que havia voltado a postar.

[on]

Caminhava, ainda meio confuso pela avalanche de informações em minha cabeça, o próprio bar, a atmosfera ao redor, Ferrar os malditos tremeres numa volta triunfal ao velho continente, sim, isso seria fantástico, mas precisava organizar as coisas, porém não teria tempo, chutava uma garrafa que explodia numa parede, rompendo-se em centenas de pequenos cacos de vidros pelo chão, tá na hora de agir, caminhava até a cabina e ignorando todo o ambiente ligava para o maldito John.

- Sim Lobo, estou aqui.

Como de praxe, o corno sempre sabia quando eu o ligava, parecia observar a mim e a todo o resto das linhas telefônicas que eu tinha acesso, ficava me perguntando às vezes se ele me monitorava ou o quê, mas não havia tempo para pensar, antes disso normalmente ele prosseguia.

- Ao julgar pela hora posso deduzir que você fez contato com a tal Adelle. Que anjo não é? Eu gostei da bundinha. Enfim, provavelmente quer saber mais sobre os propósitos dela, não é? Bem, felizmente eu já fiz minha lição de casa com a ajuda de alguns irmãos de esgoto.

Dou uma risada alta no telefone.

- Não perdeu o senso de humor eim seu cachorro velho? pois é chapa, parece que você tá por dentro do que andou rolando nessa bagaça - Fico esperando ele querer saber os termos do acordo.

- Antes de eu perguntar o que você quer saber, obviamente preciso perguntar: Qual o meu lucro nessa brincadeira?

- Tudo! - Surpreendentemente respondo a ele - Minhas posses, a vadia da Charllote e todo o mais que eu deixar nessa pocilga pode até cagar onde eu outrora dormia, caso sua informação seja boa e eu consiga ferrar a Camarilla graças a ela, agora fala logo seu puto.
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Mensagem por Morgoth Sex Ago 31, 2012 1:29 am

Jack Hunter

Jack tinha sido rápido em se desfazer de sua "carga", assim como em esconder sua agenda. Teria escolhido um bom local para ocultar algo tão vital? Ou era tão óbvio? Às vezes as pessoas - e os vampiros - escondem coisas importantes em locais óbvios na tentativa de fazer os curiosos caírem na velha armadilha "Ele não seria burro de colocar aqui". Talvez essa tenha sido a sua estratégia.

Algumas horas haviam passado desde a ligação de Richard. Tudo estava silencioso, escuro. Jack se mantinha imóvel, concentrado. Estava um pouco paranóico com tudo o que havia acontecido, e tentava captar qualquer coisa suspeita que pudesse acontecer. Escutou passos do lado de fora. Pelo menos duas pessoas caminhavam perto da sua porta, parando de repente.

- É aqui?
- Sim, é aqui que o chefe mandou investigar. Você vai para lá enquanto investigamos. Lembre-se: 200.151.75.7 e FR33D0M - 156R347! - Jack notou que uma terceira pessoa se afastava da porta, enquanto uma dupla ainda se mantinha na entrada.
- Vamos prosseguir como planejamos
- Certo.

Era possível ouvir o barulho de armas sendo carregadas. Pelo barulho que faziam pareciam ser escopetas e pistolas.

- Aqui, veja! A janela está quebrada. Jogue por aqui.

Spoiler:
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Mensagem por HaSSaM Sex Ago 31, 2012 3:32 pm

Jack fica ali sentado em sua poltrona e junto com seu sorriso sacana pendia um cigarro que ia se consumindo em curtos e longos tragos. Os segundos passavam, seu sorriso não deixava os lábios assim como seus olhos não deixavam a porta, o barulho dos carros no lado de fora era audível, a gritaria, a comum poluição sonora era escutada com maior precisão, mas ele não estava nem ai pra isso, prestava atenção na porta, a qualquer momento aqueles putos entrariam por ela. Passavam-se os minutos, seu sorriso já não estava tão largo, aquela demora o irritava “Merda, esses putos poderiam ter sido um pouco mais pontuais!” Pensava ele enquanto buscava uma bebida na cozinha.

Voltava com o copo de plástico até a boca de Vodca, tomava um gole e ficava novamente a olhar para a porta. As horas se arrastavam, já havia ligado a televisão e buscado, não só mais um copo de vodca, como toda a garrafa. A garrava se esvaziava rapidamente, as dezenas de cigarros eram consumidos. Na televisão a mesma bosta de sempre, Jack não prestava atenção naquilo, visava seu plano, descarregou toda a droga, não tinham provas. Estava limpo, estava a salvo.

Botas, Passos, vozes. Os barulhos esperados por Jack chegavam, os homens falavam mais do que o necessário, 200.151.75.7 e fr33d0m - 156r347. “seria uma senha? mas para que? Muito longa pra eu lembrar” As armas era destravadas, Jack não estava mais sentado, algo importunava seu celebro. Não. Aquilo não parecia uma simples missão antidrogas. Mais policias na janela gritavam, estava cercado, encurralado com um animal em seu próprio domínio. Uma bola de metal rolava para dentro da casa, seu sangue esquentava, não da raiva que sentia, mas sim do sangue que era liberado em seu sistema para que sua velocidade noturna fosse ampliada.

Pegando a poltrona velha e corroída por cupim nos braços, jogava em cima da bola de metal, e pulava em cima, estava fodido, o convite do destino em abandonar aquela porra de trafico se tornava cada vez mais tentador. Mas não, não iria fazer isso. E nem mesmo poderia matar aqueles merdas e pouco podia manipula-los, esse era o plano inicio afinal de contas. Mas não podia, não tinha somente os dedos de algum morto vivo naquele missão, tinha era uma mão inteira. Pelo amor de Deus. Eles invadiram essa merda com bomba! Rezek agora sentado se concentrava enquanto a porta era aberta, um véu¹ obscurecia não sua carne, mas sua presença dos olhos daqueles seres patéticos, tinha que sair dali naquele momento e levaria um com ele.
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Mensagem por Pri Sex Ago 31, 2012 3:38 pm

Suas mãos tremiam conforme caminhava por entre as pessoas, a delicada taça de champagne presa entre seus dedos deixava clara sua ansiedade, pois a bebida não parava de chacoalhar. Decidiu então esconder-se em um canto do lugar, procurando desesperadamente com o olhar um local onde pudesse se sentir menos observada. Impossível, parecia que todos repentinamente haviam ficado interessados em seu nervosismo e gagueira. Já não falva, apenas sorria nervosamente... Bebendo uma taça de champagne atrás da outra para conseguir relaxar seu corpo e sossegar sua alma.

Girava ao redor de si mesma, tentando se esquivar de algumas pessoas com pedidos de "com licença" e sorrisos embaraçados. Ninguém conhecido... Onde estavam Helena e Ericka? Acreditou que elas estariam ali para lhe apoiar, precisava de alguém ali senão sabia que sairia correndo, ou desataria a vomitar! E finalmente encontrava Helena, que lhe olhava de modo positivo. Nunca entendeu muito a mulher, mas ficava agradecida por sua presença ali... Alguém ao fundo anunciava seu nome e seus olhos se abriam em medo e surpresa. Ainda não estava pronta! Não poderia ir lá, por que eles mesmos não apresentavam as obras?! Não precisavam dela, ficaria contente com o anonimato! Mas não... Abriam espaço para que chegasse até sua maleta, pediam que mostrasse o que havia criado. Mas que merda...

Entregou a taça de champagne para a última pessoa que havia antes de chegar a sua maleta, falando um "Obrigada" de forma tremida e parou de andar ao ficar proximo dela. Sorriu amarelamente para o público e a pegou pela alça, preparando-se para abrí-la quando escorregava de sua mão e se abria. Seringas caíam para fora dela ao invés de suas esculturas, o que fez a jovem largar a mala toda e tampar a boca com ambas as mãos, horrorizada. Como... aquelas coisas foram parar ali, quem as havia colocado dentro de sua maleta?! - Eu não... Não... - A força desaparecia de suas pernas e seus joelhos tocavam o chão conforme as lágrimas lhe queimavam os olhos. Quem seria tão cruel assim? Trocar suas esculturas por seu vício...! Ouvia o riso daqueles que tinham o que queriam, a humilhação de uma garota que nada tinha a perder.

Ciara tinha a cabeça baixa, as mãos ocultando seu rosto... Quando notava em seus braços as manchas em sua pele, o preço a pagar por sua pequena dose de paraíso. Mas, ao contrário do que geralmente acontecia, o sangue escorria de seu corpo muito além do normal, a obrigando a baixar os braços para ver melhor o que acontecia. Sentia-se em pânico e olhava ao redor em busca de alguém que lhe ajudasse, pedia por socorro... Mas nada, nem ninguém vinha até ela, apenas continuavam rindo! Um riso demoníaco, pertencente a demônios que tomavam conta daquele salão. Como pedir ajuda a demônios...? Sua voz era fraca, quase sem vida quando saía de seus lábios. E sem vida, ela também começava a se sentir. Sua visão ficava turva enquanto ela tentava impor força em suas pernas para se levantar. Precisava encontrar ajuda, não deveria morrer assim... Mas tudo acabava por escurecer. Apenas continuava a ouvir o riso desenfreado, seria esse seu fim? Morrer diante de uma centena de demônios...? Seus ouvidos doíam... Iria sentir dor até o fim?

Com um grito agudo ela também despertava, sentindo o suor frio descer por suas costas ao sentar-se na cama. A primeira coisa que fez foi olhar para seus braços, esfregando-os com força como se quisesse colocar prova que não estava sangrando, fazendo o sangue subir à sua pele. Nada, a não ser as típicas marcas avermelhadas, buracos profundos em sua pele alva. Encolheu-se na cama, abraçando as pernas fortemente. Soluçava alto, encostando a testa nos joelhos. E se aquilo realmente acontecesse? Não os demônios, mas fizesse algo tão embaraçoso que todos ririam? Não podia desistir agora... Aquela era a grande noite, não podia decepcionar Helena. Respirou fundo, soltando as pernas e enxugando os olhos com a ponta dos dedos. Via a maleta em um canto do quarto, justamente onde havia deixado e praticamente saltou para fora da cama para abrí-la. Estava tudo ali, como havia deixado... Ninguém havia substituído suas esculturas. Sentou-se no chão e as ficou olhando por um momento, ouvindo alguém bater na porta.

Parecia ponderar sobre atender ou não, mas acabava por levantar-se. Olhou através do olho magico, vendo aliviada que era Ericka e a pota era aberta. Ciara vestida apenas com uma camiseta preta envelhecida e uma calcinha branca, espantava-se pela colega de trabalho já estar completamente pronta - Ah... Sim eu me lembro, meus pesadelos não me deixaram esquecer disso, não se preocupe. - resmungou, coçando os olhos... E se lembrando das marcas em seus braços, cruzou-os rapidamente - Sim, me espere no carro. Pode pedir ao taxista que me ajude a levar as maletas daqui... uns 20 minutos? - pedia, sentindo o estomago se agitar como se milhares de lagartos espinhosos se remexessem. E ainda por cima, já estava atrasada. Fechou a porta rapidamente quando Ericka saiu para avisar ao motorista (mas sem trancá-la, pois senão como ele iria entrar para pegar as malas?).

Correu para o banheiro, já se livrando das roupas pelo caminho. Abriu o chuveiro para deixar a água esquentar enquanto juntava a toalha, pasta e escova de dentes, seu banho teria que ser o mais rápido possível. Prendeu os cabelos no alto da cabeça para que não se molhassem e entrou para dentro da água quente. Pronto... O processo de preparação começava. Como faria quando chegasse lá? Provavelmente se esconderia em algum lugar, beberia demais... Suas obras já estariam algumas expostas em algum canto, talvez pudesse se esconder atrás de uma das grandes. Ou poderia simplesmente gritar da janela dizendo que não ia, para Ericka. Seus estômago dóia, suas mãos tremiam enquanto esfregavam sua pele. Sentia o nervosismo correr por cada nervo de seu corpo. Se conhecia, sabia que faria alguma bobagem. Era atrapalhada demais para ocasiões assim, ainda mais para uma exibição tão grande na casa de um Lord. Helena contava com ela... Vinha sendo tão generosa que não podia negar ou falhar a esse pedido... Respirou fundo, deixando que a água levasse embora toda espuma que cobria seu corpo, escovou os dentes... E minutos depois já estava seca, envolvida em seu roupão peludo enquanto se olhava no espelho para fazer a maquiagem. Nada exagerado, mas era um momento no qual não podia ter pressa se não quisesse parecer mais horrível do que já estaria. Não tinha roupas para eventos desse nível, o que a fez misturar um monte de coisas que tinha (afinal, como escultora falida e bargirl, não tinha muito dinheiro para ficar comprando coisas chiques).

Trancou o apartamento após o taxista sair e o seguiu até o caro, já quieta para impedir alguma ânsia surgir. No carro, o silêncio permaneceu. Contraía as mãos vez ou outra, cobrindo a barriga, as escondendo entre as pernas... Tudo para evitar que vissem seu nervosismo, mas era quase impossível devido aos resmungos e suspiros que lhe escapavam quando olhava Ericka, que tentava lhe animar. Bem, deveria ser grata a ela, de qualquer modo. Sua rabugentisse não era culpa dela, mas sim daquelas baratas que brigavam pela comida em seu estômago.

Spoiler:

Helena já as aguardava na porta do castelo, também animada e pronta para apresentá-las ao tal Lord - Aw. - Gemeu, pegando uma maleta nas mãos enquanto era empurrada para dentro do castelo por sua colega de trabalho. como poderia correr? Escapar de seu triste fim como escultora por um deslize? Lembrava-se do sonho, onde todos riam dela e seu sangue se esvazia e sentiu um calafrio percorrer seu corpo pela comparação. O hall estava ainda mais cheio do que imaginava, de pessoas as quais não fariam nunca parte de seu círculo social.Sua mãe talvez se saísse bem ali, mas não ela. Nunca. Era o desgosto de sua mãe e sempre seria, que Ciara não se misturava com pessoas do high society. E, para piorar, um homem tão refinado e estranho quanto todos os outros se aproximava das três com Helena o apresentando como o Lord. Engoliu em seco, sorrindo nervosamente diante de seu olhar de cobiça. Aquilo estava tremendamente errado... Tão errado que seu corpo estremecia! - Ahm... - sua voz tremia um pouco, enquanto seu rosto se ruborizava por vergonha e talvez um pouco de... prazer? Não não, algo estava errado ali...

Não! - disse baixo, mas umas notas acima de sua voz normal quando ele falava em começarem com suas obras. Nem havia começado a beber, nem havia conseguido deixar sua timidez de lado...Mas era tarde demais, ele já estava longe! Agarrou-se ao braço de Ericka, olhando-a com os olhos de quem iria começar a chorar a qualquer momento. Todos lhe olhavam com a mesma cara de Helena, depois de ter sido apresentada pelo Lord como alguém incrivel que não era... Fechou os olhos enquanto respirava fundo para tentar conseguir alguma coragem. Não podia decepcionar Helena e Ericka, estavam ali para lhe apoiar. Era seu momento de retorno... Poderia ficar conhecida, mostrar ao que restava de sua família que era capaz de grandes feitos. Juntando toda coragem necessária, aproximou-se um pouco da mesma mesa em que o Lord havia ido e parou ao seu lado, colocando a maleta em cima da superficie lisa. Não era grande, talvez o suficiente para uma estátuua de uns 50cm de altura. Não sabia onde ir, nada havia sido lhe dito... Então irreverente como era, resolveu mostrá-la ali mesmo. - Bem... - começou, focando seu olhar na primeira pessoa que estava a sua frente - Deve ter mais de minhas esculturas expostas por esse hall, mas eu trouxe uma outra na qual estava trabalhando... Espero que não se importem. - Seu rosto corou e a jovem mexiam seus pés de forma inquieta, tal qual uma criança que era pega em alguma travessura.

Spoiler:

Colocava a escultura a frente da maleta, de modo que todos que estivessem na frente de ambas pudessem vê-la com clareza, cruzando os braços nas costas em seguida. Não queria que vissem o quanto tremia... - Chamas... Feita de um bloco de argila.



1 fdv pra conseguir ignorar a timidez, se necessário for \o
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Mensagem por Morgoth Sáb Set 01, 2012 5:21 am

Crios Bardock

Angelline encarou o irmão de forma inexpressiva durante algum tempo. Pela sua reação era possível deduzir que não esperava aquele convite. Fitou o chão, arrumando com os dedos uma mecha de seu cabelo que lhe atrapalhava a visão esquerda.

- Sim, eu suponho que você tenha razão. Juntos temos mais chances e podemos confiar um no outro, embora eu também nunca tenha pisado em solo britânico

Crios viu sua irmã pender a cabeça para trás enquanto fechava os olhos lentamente. Estava pensando no que fazer. Chegava a ser engraçado vê-la daquele jeito. Parecia que tentava invocar um espírito para perto da mesa, como aqueles médiuns fajutos faziam em programas da televisão. Seus olhos abriram repentinamente, formando uma expressão de susto como se Bartoline tivesse aparecido atrás de Crios.

- Já sei! Posso tentar contatar algum navio clandestino para nos levar a Inglaterra. Demora mais, mas é mais seguro e discreto do que viajar de avião. Bom, de qualquer forma me dê a resposta amanhã. Vá cuidar de seus assuntos hoje.

Angelline se levantou e desapareceu pela porta de entrada, deixando o irmão sozinho com seus pensamentos. Crios não se demorou muito. Embora ainda não soubesse com certeza que modo de viagem seria melhor, tinha de se preparar para essa empreitada. E a primeira coisa que precisava fazer era visitar a capela.

---

O clima na capela estava esquisito, tenso. Ela se encontrava deserta e silenciosa. Tão silenciosa que Crios podia escutar seus próprios passos ecoando pela vasto salão. Um "olá" espalhou-se vibrando pelo ar, porém não se obteve resposta. Porém, atrás de uma porta ao oeste, era possível escutar passos em um ritmo calmo. Crios se escondeu atrás de uma mesa com grandes pilhas de livros, olhando atento, porém logo abandonou seu esconderijo ao ser afetado pela tranquilidade que a figura que adentrava o salão lhe passava.

- Ahn é você! Que bom que está aqui! - Viert o recebia com um sorriso carismático. - Então, o que posso fazer por você?
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Mensagem por Morgoth Seg Set 03, 2012 9:35 am

Lobo

Uma inevitável e desafinada gargalhada infernal ecoou pela linha.

- Tudo, é mesmo?! Haha! Infelizmente não posso mais cagar, mas não se preocupe. Aqui eu consigo encontrar merda com muita facilidade. De qualquer forma ai vai:- J.B emitiu um ruído como se limpasse a garganta, apenas para dar aquele efeito estúpido de pausa dramática. - Carmilla Donoffrio é uma carcamana desgraçada, entendeu? Ela é figurona na Europa. Muito velha, poderosa e inimiga (in)mortal de qualquer Príncipe. Calculo que ela deva ter pelo menos uns mil anos, já que algumas fontes me indicaram que ela foi um dos primeiros cainitas a levantar a bandeira do "foda-se" quando a Camarilla foi formada oficialmente.

Então era isso, tudo se confirmava. A garota no bar não estava lambendo a bunda dessa tal Carmilla. Era tudo verdade. Isso só confirma a grandeza da merda que está acontecendo em Norwich agora.

- E tem mais: Ela tem uma criança tão velha quanto ela. Essa é foda também, pelo o que eu fiquei sabendo. Ela é uma espiã secular cara. Mestra da enganação, do desfarce e da manipulação. Ela também se tornou uma especialista em eletrônica e computação dos nossos dias. Já sacou a merda, não é? Nossa deliciosa Adelle pode nem mesmo se chamar Adelle ou ter aquela gostosura toda. Diabos! Os merdas podem estar ouvindo a gente agora mesmo.

As coisas se tornavam cada vez mais confusas, perigosas e complexas. Lobo não estava se tornando mais cauteloso apenas porque não haveria motivos para uma "irmã de seita" lhe desejar algum mal. A menos que ela nem fosse uma"irmã de seita" e tudo isso fosse um acerto de contas dos Tremere (ou pior, da Camarilla).

- O que rola em Norwich exatamente eu já não sei dizer. Apenas sei que o Sabá por lá anda bem capenga, e por isso anda recrutando caras como você. A coisa que vai rolar por lá é grande. Se resume a matar, destruir e tomar a cidade. Bem legal na teoria, mas não faço ideia como pretendem fazer isso...

Não havia outra forma. Se o maioral quisesse conhecer como as coisas iriam se desenrolar, era necessário botar as pernas no chão da velha rainha novamente.

- Já disse tudo o que eu sabia, e já disse até demais. Divirta-se! Preciso coletar merda para jogar na sua cama. - Lobo notou uma certa pressa por parte de J.B em terminar a conversa (e um certo medo também).
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Mensagem por painkiller Seg Set 03, 2012 1:23 pm

Absorvia cada palavra calado, ainda um tanto quanto perplexo, minha mente pedia para ficar, mas vingança, a maldita vingança, precisava concretizar ela e ao mesmo tempo um jeito de passar a perna no maldito do John, desligava o telefone, retirava um charuto, fumava-o lentamente enquanto contemplava a fumaça e caminhava de um lado para o outro, entrava na pick-up.

Dava uma última olhada na cidade, aquele instante a vida aparecia para mim da mesma forma que um jogo de pôker, tudo ou nada, ganhar ou perder, vencer ou morrer, aumentava o volume da música, seguia caminhando, ia até um posto de gasolina, meu último dia na cidade, abastecia o carro, olhava para todos os lados, meus pensamentos aceleravam, tornava para casa.

Tudo que eu preciso agora é alinhar as ideias, ia até em casa, de volta, abria todas as portas aos pontapés, deveria tacar fogo naquela porra daquela casa, mas agora me preparava, guardava o gancho, o vulto de charlotte aparecia na porta, as sombras à meia luz, olhava em seus olhos, um último beijo querida.

Cravava meus dentes nela e me reabastecia de vitae, fazendo ela e eu termos prazeres além daqueles que a própria carne pode propiciar, abençoado seja caim e todos os seus malditos dons, após me alimentar, caia pesado em sono, com o corpo dela fadigado e dormindo sobre o meu, amanhã será uma nova noite pra mim.

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Mensagem por Crios Bardock Ter Set 04, 2012 9:56 am

Crios sorria meigamente para sua irma. Cada ves mais ele ficava entusiasmado para matar aquele porco. Quando sua irma concordou em ajuda-lo,tinha certeza que poderia vencer aquele demonio, seus ultimos estudos e avanços na taumaturgia tambem lhe davam mais segurança de si.

- Já sei! Posso tentar contatar algum navio clandestino para nos levar a Inglaterra. Demora mais, mas é mais seguro e discreto do que viajar de avião. Bom, de qualquer forma me dê a resposta amanhã. Vá cuidar de seus assuntos hoje.

-otimo mana, sabia que poderia contar com você. faça isso, eu irei atras de Viert, pedir algum conselho, e pedir permissao ao regente. algo me diz que a sorte esta do meu lado essa noite

Crios nao conseguia tirar o sorriso entusiasmado do rosto. ele estava contente. mas sabia que quando encontrasse Bartoline, a batalha seria dificil...

--
Sua irma se levanta da mesa e o deixa la. Ele pede a conta e paga. Saindo rapido do restaurante, avança para a capela. Estacionou seu carro a algumas quadras e ao entrar la dentro, um grande silencio toma conta do lugar.

"estranho...capela vasia? tem algo de errado..."

Crios nao teve tempo de terminar seu pensamento. um som ecoa pelo salao principal. Crios institavemente se vira e da passos para tras, ficando escondido em uma prateleira de livros. ao ver melhor o motivo do som, identifica seu Mentor e senhor: Viert.

- Ahn é você! Que bom que está aqui! - Viert o recebia com um sorriso carismático. - Então, o que posso fazer por você?

Crios da alguns passos afrente dado outro sorriso para ele

-Boa noite Viert. tenho boas noticias. voce deve se lembrar de Angelo nao? pois bem, ele esta na inglaterra. queria pedir alguns conselhos....mas onde esta todo mundo?
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Mensagem por Morgoth Qui Set 06, 2012 6:12 pm

Crocodilo

O cérebro de Crocodilo fluía com a cólera que o dominava com facilidade. O Nosferatu tentava lutar para manter a razão, mas não era fácil
se conformar com a ideia de que alguém invadiu o seu território e escapou ileso. Um predador sempre se torna mais perigoso quando tem o seu
orgulho ferido. Lucas errou ao não perceber que a ira estava prestes a dominar completamente o amigo, e de forma ingênua se aproximou, lhe
tocando o ombro.

Com grande agilidade o "lagarto" investe contra o seu estimado "irmão", rosnando de forma furiosa, mas Lucas teve sorte. Era baixinho e magrelo.
Era leve e se deslocava com facilidade, e recuando com um salto digno de artista marcial conseguiu desviar das garras de seu agressor.

- Espere, Croc! Sou eu! - Essas palavras...Esse tom de voz familiar... Finalmente o "lagarto" mostrava certa humanidade novamente.

Spoiler:

– Desculpar, mim não querer mau a Lucas.Não vir por trás mim, não surpresa mim, mim não querer mau Lucas. Desculparrr.

- Tudo bem velho amigo. Não se preocupe. De qualquer forma acho que eu tive a culpa. Eu deveria imaginar que você toparia com o desgraçado e se alarmaria.

Crocodilo ouvia cada palavra. Cada vez mais confuso, cada vez mais relutante e aborrecido.Não queria saber de livros, magias ou demônios, mas se Lucas estava falando, era porque de fato havia importância nisso.

– Porque este ninhada não destruir ele mesmo? Porque Lucas guardar, não destruir?

- Bem... - Lucas coçou a o rosto pútrido. - Eu não sei se você vai achar isso constrangedor ou apenas estúpido, mas esse antigo colegaacreditava na Gehenna e decidiu usar o tomo como um porto seguro, entendeu? Ele viu no tomo uma tentativa de salvação caso o despertar dos antediluvianos ocorresse de fato. Como na verdade não era posse minha, eu o guardei por respeito. Mas agora vejo que realmente há um perigo muito grande rodeando isso. Precisamos dar um jeito.

– Lucas não poder esconder meu esgoto? Lucas poder ficar esgoto inundado do Croc. Ser difícil achar Lucas lá, lá seguro, Lucas ficar parte protegida com Cruela. Croc ficar aqui, Croc achar fujão. Croc caçar, caçar ate deixar lar Lucas seguro. Croc não quer sair, outro jeito ter?

- Mesmo que você destrua o intruso, a tal Carmilla poderá enviar outros. A verdade é que eu sou o problema, já que sou eu o portador do conhecimento sobre o tomo. Comigo fora daqui, os esgotos estarão em paz, já que não haverá motivo algum para alguém descer aqui.

Crocodilo finalmente havia desistido. Não havia outra maneira. Sairia de muita má vontade. Faria isso apenas por Lucas.

– Croc ir Lucas então.Croc não deixar Lucas sozinho.

Um sorriso honesto contrai a face asquerosa de Lucas, que novamente coloca a mão no ombro de crocodilo.

- Obrigado. Sabia que podia contar com você.

– Quanto levar? Tempo. Quanto tempo levar?

- Não sei ao certo, mas o menos possível eu espero. Minha intenção é chegar lá, destruir o maldito tomo e voltar. Espero que nenhuma complicação apareça.

Novamente Cruela apareceu segurando uma folha de papel na boca. A folha continha uma mensagem escrita a mão, com uma caligrafia bem bonita.

Spoiler:

- Parece que o invasor deixou isso também...Isso mesmo, era esse o nome... Choronzon. Vou falar com alguns irmãos e planejar a nossa viagem. Cuidar de tudo que iremos precisar. Enquanto isso eu tenho um plano que pode nos ajudar...

Lucas mostra uma foto de um sujeito para Crocodilo.

Spoiler:

-Existe um Tremere chamado Adrian Crane, que frequenta as docas em busca de traficantes. Ele foi recentemente abraçado por Julius Caster, um dos Tremere mais influentes dessa cidade. Mas não se preocupe, pois Adrian é um filhote recente e não é muito forte, porém é um especialista em demonologia. Se você o capturasse e o trouxesse para cá, ele poderia nos ajudar muito. Eu tenho um amigo que pode fazê-lo falar.Vamos tentar?

OFF: Lucas conhece um Malkaviano com Dominação...
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Mensagem por Morgoth Sáb Set 08, 2012 11:59 am

Emily

A jovem de traços orientais caminhava solitária e calada pela calçada. Mal olhava para frente, limitando-se apenas a encarar o chão. Apesar de ter tido um dia calmo de trabalho no Hospital, se sentia cansada e abatida. Havia sonhado com a mãe de novo. O mesmo pesadelo cruel. E o clima da cidade não ajudava nem um pouco. O ar estava gelado e o asfalto ainda molhado devido a garoa da noite anterior, e isso era o suficiente para trancafiar os moradores em suas casas que nessas ocasiões não querem nada a não ser uma xícara de chocolate quente e uma poltrona macia voltada para a televisão.

Sentou-se discretamente nos acentos do ponto de ônibus onde haviam dois velhinhos simpáticos conversando entre si. Falavam sobre um evento importante que estava tendo no velho castelo da cidade. Isso a fez refletir sobre a sua vida social. Fazia tempo que não saia para se divertir, esfriar a cabeça. Não era algo que realmente a incomodava, mas considerou a ideia de mudar um pouco sua rotina na próxima semana. Os velhos continuavam a conversar entre si, e Emily achou engraçado quando um deles, em um tom incomodado, mencionou que o velho castelo tinha fama de mal assombrado. Afinal, existia alguma coisa em toda a Inglaterra que não tivesse fama de mal assombrado? Se lembrou do tio. Ele costumava a contar para ela histórias japonesas dos Onryo, Ubume, Funayurei, Goryo e Zashiki-warashi. Almas perturbadas, inquietas, vingativas, etc. Nunca foi de ter medo dessas coisas, mas gostava da forma empolgada como o tio contava essas fábulas. Tio Phillip... Fazia tempo que não telefonava para ele. Talvez fizesse isso assim que chegasse.

Finalmente o ônibus havia chegado. Só havia mais um passageiro quando Emily entrou: Uma jovem garota sentada no fundo. Uma jovem garota muito pálida, vestida de preto. Que a encarava com olhos arregalados, porém sem expressão alguma. Será que finalmente estava vendo um dos Onryo que seu tio contava? Contraiu um riso para não parecer mal educada, e se sentou mais próxima do motorista. O trajeto até o campus seguiu normalmente. Por sorte alguém havia esquecido uma revista no banco do ônibus, então Emily teve algo para se entreter durante o caminho. Se levantou para descer e percebeu que a garota não estava mais lá. Era estranho. Talvez tenha descido sem que ela a notasse, mas tinha quase certeza que ela estava lá a menos de dois minutos. Julgou estar imaginando coisas, tolices, e decidiu ignorar.

Spoiler:

Emily mal havia colocado os pés dentro do prédio e uma das estudantes a abordou. Era Natasha. Não era exatamente uma amiga, mas já havia conversado com ela uma ou duas vezes durante os intervalos das aulas.

- Emily, me perdoe incomodá-la, mas o Professor Sorensen me pediu para chamá-la. Ele pediu que você à sala dele assim que puder. Não sei o motivo, mas ele parece muito perturbado...
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A Monarquia Da Meia-Noite - Página 2 Empty Re: A Monarquia Da Meia-Noite

Mensagem por Argo Dom Set 09, 2012 1:35 pm

O passado possui formas intrigantes de se manifestar, varias vezes por sonhos e algumas por pesadelos; – O dia havia sido calmo , algo raro no hospital, porém em vez disso ser melhor eu considerava pior após noites em que as lembranças sobre a minha mãe voltavam em forma de pesadelos, afinal me dava mais tempo para remoer todas aquelas emoções ruins a ponto delas se tornarem vivas dentro de mim mais uma vez. Definitivamente não gostava disso, não só por ser ruim relembrar a forma como se perdeu uma pessoa amada, mas também porque prejudicava grandemente meu dia me deixando até um tanto apática, algo totalmente contra meu objetivo de ser alguém que pode trazer esperança as famílias e aqueles no hospital; De qualquer modo o que tinha a fazer agora era aprender a lidar com aquilo, distrair a mente ajudava um tanto. Por isso caminhava observando as falhas pela calçada procurando deixar as lembranças de quando era pequena e tinha a mania de brincar que não podia pisar em nenhuma das rachaduras ou se o piso tivesse cores diferentes só podia pisar em uma das cores se não eu perdia o “jogo”; Algo simples, mas que conseguiu me colocar um sorriso na face até chegar o ponto de ônibus.

Apesar da noite fria e com ruas praticamente vazias, dois idosos conversavam alegremente no ponto de ônibus sobre algum tipo de evento importante em um dos castelos que povoavam a cidade. Eu como sempre estava totalmente por fora, assim que via como vida social estava na estaca zero já que até eles estavam mais por dentro das festas na cidade que eu que estava na idade auge de festas; Na próxima semana tinha que fazer algo urgente relacionado, quem sabe fosse bom dar uma mudada de ares por algumas horas; Logo sorri comigo mesma quando um deles comentou sobre o castelo ser mal assombrado, afinal existia algo antigo na Inglaterra que não fosse mal assombrado? Claro tudo estórias para trazer mais turistas, já que um castelo mal assombrado sempre é muito mais legal que um castelo normal; Isso trazia lembranças do meu tio e como ele adorava contar sobre as diversas lendas japonesas. Estórias que se existisse só metade daquelas coisas não teria um local no mundo que não seria mal assombrado; – Tio Phillip – Como fazia tempo que eu não falava com ele, tudo mudou depois da morte da minha mãe, bem quando chegasse ao dormitório da faculdade ligaria para ele, seria bom ouvir uma voz familiar.

Meus pensamentos voltavam a flutuar quanto o ônibus chegou; não era um horário de ter muitas pessoas, mas hoje estava batendo recorde já que havia somente mais uma menina que parecia adepta do estilo gótico pelo seu visual bastante pálido e roupas pretas. Ela me encarou com os olhos arregalados sem ter expressão na face, o que lembrava muito um Onryo. Procurei não externar em um sorriso esse meu pensamento infantil para não parecer indelicada e me sentei próxima do motorista no banco que normalmente ocupava quando voltava esse horário. Por sorte havia uma revista ali que peguei para folhear enquanto o ônibus seguia seu caminho que passaria pelo Campus da Universidade que na minha concepção pareceu mais rápido que o habitual ou simplesmente fiquei distraída demais, provavelmente isso já que ao me levantar para descer do ônibus vi que a menina-Onryo já não estava mais ali. Balancei a cabeça levemente e desci me dirigindo ao prédio que ficava o alojamento dos estudantes da universidade.

Assim que entrei no prédio meus pensamentos estavam no meu banho e cama que estaria me esperando, porém logo fui abordada por Natasha que passou um recado que o Prof. Sorensen queria me ver. Pela forma que ela tinha colocado a coisa dele “parecer meio perturbado” e o horário que já era parecia mais algum tipo de “pegadinha” de faculdade, porém não éramos tão intimas assim e por conta disso logo balancei a cabeça positivamente respondendo:

-- Obrigada Natasha, vou lá ver o que ele quer. Quanto ao professor Sorensen parecer meio perturbado...hmm...tem alguém normal aqui?

Sorri procurando quebra o gelo e então fiz um sinal indicando que seguiria até a sala dele. Meio que arrastando os pés comecei a andar já que ir falar com um professor naquela hora era mínima coisa que eu queria. Fiquei buscando na minha mente o que poderia ser; Será que eu tinha esquecido de entregar algum relatório? Trabalho? Alguma coisa? Pior que nada vinha a minha mente, talvez só fosse alguma descoberta “genial” que ele tivesse feito e queria compartilhar comigo já que dessa forma tínhamos uma amizade; Chegando na porta dele bati levemente e então abri um pouco colocando a cabeça para dentro falando:

-- Professor, pediu para me ver?

- x - x - x -

Emily:
Spoiler:

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Mensagem por Morgoth Seg Set 17, 2012 4:03 am

Desculpem o sumiço. Ando ocupado com algumas coisas.

Voltando...

Ciara Fay

- Ohhhh!- A entoação do coro monossilábico foi acompanhada de expressões aparvalhadas. A multidão olhava impressionada o trabalho da jovem.

A sucessão de aplausos finalmente pôde transmitir um pouco de calma e êxtase a moça, que se sentia mais confiante. Um senhor gordo com uma cara emburrada e olhar de poucos amigos levantou a mão, parecendo querer dizer alguma coisa.

- Ah! Senhor Belford! Deseja dizer algo? - Interveio o Lorde, com seu típico sorriso sereno, porém de certa forma perturbador.
- Sim. - Uma pausa com um som gutural indicava que limpava a garganta. - Minha jovem, eu lhe ofereço U$20.000,00 pela sua escultura. O que acha?
- Puxa! Vinte mil! Começamos muito bem, não é mesmo senhorita Fay? O que acha?

Antes que Ciara pudesse dizer algo, o Lorde pediu um momento e levou Ciara para uma sala onde não havia ninguém.

- Patrick Belford é um chucro odioso minha jovem, mas parece ter gostado de você, e é isso que importa. É capaz que você possa fazer fortuna hoje, portanto pense bem nas ofertas. Sabe, eu nunca gostei desse homem, mas ele acabou te ajudando. Engraçado como às vezes nossa salvação está nas mãos de nossos Demônios. - As palavras do Lorde fizeram Ciara estremecer, e enquanto ele a conduzia de volta a apresentação para aceitar ou não a oferta, ela não conseguia esquecer novamente o pesadelo que teve.

Abdul Alhazred

Os dois dias seguintes foram desesperadores para Leone. 48 horas mal dormidas procurando pistas, contatando mercenários, xeretando em docas, etc. Mas finalmente o email que ele havia enviado para Abdul mostrava algum progresso.

"Consegui contatar um cara que tem um barco. Ele se chama Alejandro. O cara é mexicano ou qualquer droga parecida. O problema é que o cara é um cagão. Tá devendo uma nota preta pra um traficante chamado Jamie Grump, e tá jurado de morte. Ele disse que não sai de casa enquanto esse sujeito não for morto. Se te interessa livrar a cara do sujeito, ai vão os dados anexados desse puto das drogas. O "cucaracha" falou que se você quebrar esse galho para ele, ele leva a gente de graça pra Europa. Se for fazer, faça rápido."

Spoiler:

Leone não mencionava nada sobre o trabalho, o que significava que não tinha conseguido mais nenhuma informação a respeito. O email terminava com "PS: Mustafar me contatou ontem a noite. Queria saber o que você andava fazendo". Isso não era bom. Entrava em um buraco cada vez mais escuro. Não tinha muito conhecimento do que teria de enfrentar. Sabia que as coisas não ficariam claras enquanto não colocasse os pés em solo europeu novamente. E agora teria que vagar pelas periferias do Bronx e matar um traficante se quisesse ter uma viagem de graça. E ainda tinha Mustafar. Abdul não fazia ideia de que Diabos ele poderia querer agora.

Jack Hunter

Os homens entravam com uma postura cautelosa, passos lentos e olhando em cada ângulo que estivessem apontando as armas. A típica prontidão dos oficiais treinados dos seriados de tv. Notava que um deles empunhava uma escopeta do tipo automática, e o outro uma submetralhadora. Um dos oficiais usava algo estranho por cima do uniforme. Era uma espécie de suspensório, só que era feito de couro, e as tiras possuiam pequenas esferas de metal em quantidade e tamanho idênticos, como se fossem ilhoses ou spikes, ornamentos comuns em adolescentes que ouvem rock. Aquilo passava a impressão de ser um acessório sadomasoquista, e definitivamente é um tanto estranho que esteja em uma farda policial. Os homens adentravam a casa, aparentemente sem ver Jack.

- Eu vou revistar o resto da casa. Fique aos redores desse cômodo.

Assim que terminou de dar a ordem, um dos guardas começou a adentrar mais a fundo os aposentos de Jack. O outro trancou a porta e arrastou os móveis para que eles bloqueassem tanto a porta quanto a janela. Dessa forma se alguém - no caso Jack - tentasse escapar por ali, ele teria que remover os obstáculos, fazendo barulho e alertando os invasores que estava prestes a escapar. Sem muita demora, o guarda do "suspensório" retorna.

- Acabei de achar um corpo. Essa é uma evidência e tanto. Tod deve estar gostando disso. - Dizia ele com um sorriso malicioso.

Spoiler:


- Procedemos ou já é o suficiente?
- Já é o suficiente? Não seja tolo. Você ouviu as ordens dela. Nós precisamos encontrar o puto! Fique de olho na porta. Deve estar usando aquele velho truque...
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Mensagem por Killer Instinct Qua Set 19, 2012 4:44 pm

A busca por um meio para ir seguramente para a Europa estava se provando uma verdadeira provação, Leone estava buscando feito um louco alguém para levar por barco ou avião até o chamado Velho Mundo, mas não era uma tarefa tão fácil como filmes e livros faziam parecer.

Não tenho quase nenhuma prática com computadores, mas de um jeito ou de outro sempre existia um meio de aprender o básico quando o trabalho estava em jogo, abro meu e-mail com informações que Leone conseguiu.


"Consegui contatar um cara que tem um barco. Ele se chama Alejandro. O cara é mexicano ou qualquer droga parecida. O problema é que o cara é um cagão. Tá devendo uma nota preta pra um traficante chamado Jamie Grump, e tá jurado de morte. Ele disse que não sai de casa enquanto esse sujeito não for morto. Se te interessa livrar a cara do sujeito, ai vão os dados anexados desse puto das drogas. O "cucaracha" falou que se você quebrar esse galho para ele, ele leva a gente de graça pra Europa. Se for fazer, faça rápido."

"PS: Mustafar me contatou ontem a noite. Queria saber o que você andava fazendo"

Alguns poderiam rir daquilo, mas Abdul nasceu com o humor quase que por completo morto e mutilado.
Desvio meus olhos do computador, massageio os olhos. Não gostava de nada disso, para seguir caminho já teria que fazer isso com morte. Às vezes isso aborrecia profundamente qualquer um, até um matador de aluguel. Me levando e vou até o banheiro de meu apartamento, o banheiro é grande e bem decorado em tons escuros, o espelho revela um homem com pele morena, mas ainda sim pálida e marcada pela vida. Ligo a torneira e deixo a água fria correr pelos meus pulsos, procuro relaxar e pensar sobre tudo aquilo.


Mustafar é sempre um inconveniente, nem soube me abraçar direito.

Levando minha camisa simples de lã branca e passo água na ferida que nunca tinha sido curada completamente. Deixo a sensação da água aliviar as dores e o cansaço. Admiro meu rosto no espelho, minhas pálpebras são pesadas e meu rosto parece ser melancólico e cruel ao mesmo tempo. Saio do banheiro e vou até o computador responder ao e-mail de Leone.

E-mail

Leone, qualquer informação extra será bem vinda. Irei lidar com o homem então, ainda sim acho que não me importo em gastar alguma quantia para pagar um transporte menos descomplicado, você deixou bem claro a enorme quantia que será ganha com o trabalho.
Por favor, se conseguir mande Mustafar entrar em contato comigo o quanto antes, diga que estou envolvido em algum negocio envolvendo a Camarilla na Europa e os Anarquistas. Ele vai entender.

Depois disso me levanto da mesa e procuro entrar em contato direto com Mustafar por telefone caso isso seja possível, o homem é escorregadio, mas seria fácil entrar em contato com ele caso o assunto interessa o velho. Espero qualquer resposta tanto por telefone e por e-mail, caso não receba nenhuma e vou até a garagem do prédio, pego meu carro e procuro ir até o Bronx atrás do bandido.
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Mensagem por Morgoth Dom Set 23, 2012 1:16 am

Emily

A situação em que se encontrava a sala chocou a garota. Haviam livros arremessados ao chão, folhas de papel amassadas por todos os cantos e o professor estava sentado em uma poltrona, de frente para outra onde no meio uma mesinha exibia seu tabuleiro de xadrez, porém as peças se encontravam caídas e desordenadas. As mãos do professor tremiam e seu olhar estava distante. Levou alguns segundos para olhar Emily quando ela o chamou, mas assim que o fez saltou em sua direção de forma assustadora, fazendo a mesa tombar e espalhar as peças de xadrez por todo o chão.

- Emily! Oh Emily! Graças a Deus está aqui! - O homem gaguejava conforme dizia as palavras, segurando forte as mãos da garota perplexa. Apresentava olheiras e estava descabelado.

- Eu... Eu preciso te mostrar uma coisa! Uma coisa que você não pode mostrar para ninguém! Venha!

De uma forma brusca, o Professor agarrou a mão da jovem, conduzindo-a pelos corredores da Universidade. Felizmente não havia mais ninguém caminhando pela construção aquela hora, o que fez Emily ser poupada de tamanha cena embaraçosa. A menina foi levada ao porão do edifício onde uma reforma estava em andamento. Não havia ninguém lá além deles aquela hora, e estava muito escuro, porém isso foi logo resolvido quando o Professor retirou uma pequena lanterna do seu paletó. Os tijolos estavam expostos em muitas paredes, assim como muitas vigas de madeira. Algumas paredes pareciam que iriam desmoronar a qualquer momento. Emily não fazia ideia de que a construção era tão antiga, apesar de ser uma construção inglesa.

- Entenda... Eu decidi aqui para testar uma teoria boba. Eu tinha em mente preparar esse local para uma partida de xadrez com pouca iluminação. Queria ver o quanto isso poderia afetar meu raciocínio na hora de fazer um movimento.

Emily não demonstrou nenhuma surpresa, afinal se tratando de Sorensen, era óbvio que qualquer ideia estranha teria um jogo de Xadrez envolvido no meio.

- Algo aconteceu Emily. Eu encostei em uma viga de madeira, pesada e grossa, e não sabia que ela estava solta. Ela caiu acertando aquela parede, derrubando-a. - O Professor iluminou um grande buraco na parede ao leste. - Venha ver o que eu encontrei...

Sorensen conduziu a garota até o buraco. Notou que dentro havia uma sala, oculta pela parede que já não existia mais. Não pôde conter o espanto quando a luz da lanterna alcançou o que parecia ser um grande caixão. Notando que se sentia amedrontada, o Professor a conduziu para perto de forma a incentivar sua curiosidade.

- Isso... Isso não é tudo, minha cara. Veja...

Emily sentiu as pernas fraquejarem quando a tampa foi aberta pelo Professor, rapidamente sufocando um grito com a mão. A figura dentro do compartimento era pálida como neve, seus olhos estavam abertos em uma expressão de horror, ressecados. Mas nada disso era mais aterrorizantes do que as presas expostas pela boca escancarada. Emily notou que havia um grosso e pontudo pedaço de madeira cravado no peito do corpo que ali jazia.

- O que você acha?! Você sabe o que é isso, não é?! - O professor riu de forma baixa, porém com uma voz fina e perturbadora, sufocando o que seria uma grande gargalhada. Sorensen estava em um estado psicótico antes nunca visto. Parecia perigoso, e estava assustando Emily.

- Temos que estudá-lo! Temos que levá-lo para outro lugar! Venha, me ajude a tirá-lo daqui!

Emily não reagia muito bem. Estava paralisada, perplexa. Ainda estava tentando assimilar a visão mórbida que havia visto.

*Toc*

Um baque surdo foi produzido quando o Professor moveu o caixão. Aparentemente havia um fundo falso, cuja madeira já se encontrava podre. O objeto que ali estava oculto caiu no chão, levantando uma densa camada de poeira. Era um livro. Um livro grande, feito de madeira e ferro, lacrado com uma pequena corrente e um cadeado de aparência bem antiga.

- Veja! Não é fascinante?! - Os olhos de Sorensen brilhavam conforme ele se agaichava para pegar o livro.

De repente alguns passos podiam ser ouvidos, e um novo facho de luz podia ser visto de longe, vindo de outra lanterna. Alguém estava descendo o porão.

- Emily! Faça alguma coisa! Se alguém nos pegar aqui com isto não teremos chance de descobrir mais sobre ele! - As palavras do Professor soaram roucas e hostis.
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Mensagem por Pri Seg Set 24, 2012 3:42 pm

Evitava olhar para a multidão ao apresentar sua escultura, mantendo o olhar baixo e voltado para a peça que exibia. Pronto, era agora que começaria a ouvir o riso maligno do deboche, ou o silêncio da indiferença. Mas o que acontecia lhe assombrava mais do que aquilo que esperava. Franziu o cenho, levantando os olhos para a multidão que olhava impressionada seu trabalho. Era sério aquilo? Realmente gostaram de sua escultra ou estavam gozando com a sua cara? Seu rosto tornava-se ainda mais vermelho, embora um sorriso se delineasse em seus olhos. Sim, era por seu trabalho.

Seu sorriso, antes tímido, abriu-se um pouco mais a ponto de seus dentes brancos ficarem à mostra. Sorria encantadoramente enquanto agradeceia num meneio com a cabeça os aplausos daquelas pessoas. Era sua arte que as havia deixado aparvalhadas. Foda-se aquele pesadelo maluco, eles não estavam rindo... Estavam gostando! Procurou com o olhar Ericka em meio aquelas pessoas, para lhe dar um olhar agradecido... E tabém para Helena. Poderia chorar, só com aquele primeiro momento de exaltação, com aquela primeira reação das pessoas. Era disso que gostava...

Recompôs-se de sua expressão de extase, mordendo o lábio inferior com alguma força para que doesse e fizesse o sorriso bobo desaparecer de sua face. Um meio doloroso, mas que funcionava perfeitamente. Pigarreou, o semblante voltando a neutralidade no momento em que um homem erguia a mão. O que ele estava fazendo? Olhou ao redor parecendo ligeiramente confusa com aquilo e o Lord intercedia. Deu um passo pequeno para trás, de modo que ele pudesse ficar mais visível que ela. De certo modo, ele lhe perturbava apesar de manter um sorriso sereno. Talvez fosse por isso... Serenidade para ela significava um turbilhão de emoções ocultas.

Observou o homem de aparência grosseira e depois o Lord. Bem diferentes... De tantas formas. Estava em sua comparação quando o homem parecia lhe chamar e Ciara virou-se na direção dele, exibindo seu sorriso gracioso de garçonete. Que acabava desaparecendo, enquanto seu rosto ficava lívido com a surpresa do que ouvia. O que? Ele queria comprar?! Ahm? Piscou aturdida, tentando entender o que ele havia dito. Queria comprar... por 20mil dólares?! Ele.. Ele... - A surpresa estava clara em seu olhar no momento em que o Lord lhe puxava para um lugar vazio da sala pelo cotovelo. O choque não deixou que relutasse e que nem sequer respondesse o que o tal homem havia lhe dito. Repentinamente, sua boca estava seca demais e quando reencontrou sua voz, ela saía fraca - E-ele gostou de mim? - franziu o cenho e pigarreou, tentando colocar alguma força. Oras! Por qual razão deixava-se assustar tanto com aquilo?! Eram ricos e excêntricos e melhor para ela! - Quer dizer. Sim, que bom que gostou do meu trabalho. Obrigada pela oportunidade de exibí-lo, Senhor. - respondia, sentindo um frio repentino lhe subir a espinha.

Estava vendendo seu trabalho ou seu sangue nas mãos daqueles demônios...? Tentou abrir um sorriso de coragem para aquele homem a sua frente, mas sentia-se novamente atordoada pelo seu sonho. Fazer uma fortuna não seria nada mal, provaria a sua mãe que ela poderia crescer com aquilo que foi desprezado... Mas não podia esquecer aqueles demônios... E depois aquele mendigo. Talvez fossem apenas sensações ruins.

Acreditando nisso, Ciara voltou para a mesa de exibição junto daquele homem estranho e ergueu ligeiramente a voz para que o interessado em sua obra pudesse lhe ouvir com clareza - Senhor Belford, seria um prazer vender esta peça para alguém que pareceu tão interessado em meu trabalho. - sorria confiante e agradecida para ele, por mais "chucro" que o Lord pudesse lhe achar.
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Mensagem por Argo Ter Set 25, 2012 9:07 am

Logo após perguntar ao professor Sorensen se ele queria me ver que reparei bem no estado da sala ; tudo estava virado como se um tornado houvesse passado por ali, na verdade cheguei a pensar por um instante que havia sido algum vândalo que havia feito aquilo, porém ai seria um caso de chamar a segurança da faculdade e não eu. Então por que eu estaria ali naquela hora da noite? Enquanto divagava procurando uma resposta o professor se mantinha em silêncio, ainda não havia notado minha presença mesmo eu tendo falado com ele, franzi o cenho preocupada e ensaiei entrar na sala, mas naquele instante ele pareceu criar vida e basicamente saltou para a minha direção completamente alterado. Cheguei a dar um passo para trás analisando-o um instante, seria efeito de algum tipo de nova droga experimental? Não era de duvidar, não que ele fosse má pessoa, o problema é que ele era genial, muito genial ás vezes.
De perto era possível ver que provavelmente ele nem tinha dormido a noite anterior e já me preparava a pontuar que ele devia descansar, assim como eu, porém Sorensen começou a falar rapidamente parecendo realmente empolgado em me ver adicionando que tinha que me mostrar algo secreto. Eu já começava a concordar com a cabeça quando ele agarrou minha mão de uma forma que nunca tinha feito antes basicamente me puxando pelos corredores da faculdade sem dar chance de eu adicionar qualquer coisa. Se fosse qualquer outra pessoa eu com certeza protestaria, porém confiava em Sorensen e parecia que ele tinha total urgência naquele assunto. Fiquei somente um tanto preocupada que me vissem sendo conduzida por ele, seria complicado explicar ainda mais que já tinha gente que não via com bons olhos um professor ter boa amizade com uma aluna, como era nosso caso.

Por conta dessa amizade que continuei junto dele mesmo levando a parte do porão que estava sendo reformada, claro que por um instante cheguei a achar que fosse alguma “pegadinha” da faculdade, mas isso não condizia com o proceder do professor. Naquele instante estava realmente apreensiva e abri a boca mais de uma vez para perguntar onde isso tudo ia dar, mas acabei ficando em silencio. Sorensen finalmente começou a explicar o que tinha vindo fazer ali, sobre a coisa com xadrez, bem típico dele e até o fato de ter conseguido por desastre derrubar uma viga e quebrar uma parede não me surpreendia. Estava escuro e o professor logo iluminou com uma lanterna o buraco provocado por ele, sem pestanejar o segui passando pela abertura que revelava uma espécie de sala oculta. Parei um instante forçando os olhos em meio a escuridão e nem precisei falar nada, Sorensen logo iluminou o que estava o deixando tão empolgado – Um caixão – Tremi involuntariamente, não gostava nada de caixões, pois me levavam a lembrar do dia que tive de me despedir de minha mãe. O professor parecia ter notado minha hesitação já que começava me conduzir novamente fazendo me aproximar daquela coisa falando que tinha algo mais.

A minha primeira reação foi mais humana que técnica ao ter que conter um grito do susto pelo que havia dentro daquilo. Era um corpo em um incrível estado de conservação, seus olhos ainda estavam abertos e tinha uma expressão de horror como se tivesse sido congelado no momento exato de sua morte. O que destoava e chamou imediatamente minha atenção eram as presas em sua boca, sim presas iguais dos filmes e contos de vampiros. Somado a isso tinha a estaca cravada em seu peito dando ainda mais uma característica sobre aquilo ser um vampiro. Claro, que obviamente não podia ser, já que vampiros não existem, é somente uma lenda assim como todas as outras. Deveria ser algum tipo de brincadeira, deveriam ter pego um dos corpos da ala de medicina e montado todo esse cenário surreal – Só podia ser isso - Sorensen pelo visto não pensava dessa forma, na verdade ele estava fora de si, sinceramente estava me assustando um pouco agora com o jeito meu maníaco que estava agindo. Olhei para a saída uma vez enquanto ele perguntava o que eu achava daquilo, incerta voltei olhar para ele e respondi baixo:

-- Não sei , não sei professor. Talvez seja melhor sairmos daqui.

Sorensen parecia ignorar minhas palavras já que agora pedia para levarmos aquilo junto, olhei mais uma vez para a saída, a imagem daquela coisa estava fixa em minha mente. Eu ainda procurava uma resposta e automaticamente caía na tese de ser algum tipo de brincadeira de tremendo mal gosto. O problema que tinha vários furos nesse raciocínio, além que o professor parecia acreditar que poderia se tratar de uma criatura sobrenatural que tinha de ser estudada. Resignei-me e fui o ajudar, quando ele moveu um pouco o caixão um baque surdo revelou a queda de um livro de um fundo falso. Aquilo deixou Sorensen ainda mais empolgado e eu ainda mais preocupada sobre o que aquilo tudo significava, naquele instante meus instintos mais básicos estavam sobrepujando os da medicina experimental queria sair daquela sala e já expressaria isso novamente quando pudemos ouvir passos da onde tínhamos vindo. Em um descontrole incomum o professor mandou que eu fizesse algo, olhei dele para a saída onde já era possível ver luzes se aproximando. Suspirei profundamente e após um instante falei baixo para ele:

-- Esconda o livro e feche essa coisa., tenho uma ideia. Somente fique calmo professor.

Virei-me em direção a saída e comecei a andar cautelosa para lá, quando os flashs de luz estavam mais próximos onde pudesse me ver e ouvir, procurei parecer o mais calma possível e de forma inocente falei:

-- Ei, será que podem nos dar uma ajuda aqui? Parece que andaram fazendo algum tipo de brincadeira aqui com algumas coisas do laboratório de medicina e precisamos levar de volta para lá.

Fiquei parada esperando a resposta de quem for que tivesse vindo, esperava que isso fosse tempo suficiente para Sorensen esconder o livro e tampar o caixão, além que da onde eu estava bloqueava a visão deles para dentro. Eu estava extremamente tensa, no que fim das contas eu estava me metendo?
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Mensagem por Morgoth Qua Set 26, 2012 6:14 am

Lobo

O despertar foi doce, com Charlotte acariciando seus cabelos. O torpor abandonou o corpo de Lobo de forma suave. Virou a cabeça e seus olhos se encontraram com os da carniçal. Havia neles uma pitada de melancolia, como a de uma cadela que está prestes a ser abandonada pelo dono.

- Está na hora de ir ao aeroporto... - Charlotte realmente se mostrava abatida com a situação. - Vou chamar um taxi para te levar até lá.

Eram nesses momentos que ela se mostrava tão prestativa que quase dava pena deixá-la para trás. Talvez fosse melhor levá-la com ele, ou matá-la. Seria algo mais generoso do que deixar nas mãos daquela ratazana que rola em esterco. O taxi não demorou a chegar, e após o beijo de despedida Charlotte logo virou o rosto e fechou a porta de forma ágil, para que não percebesse que ela estava chorando, mas Lobo sabia. Conhecia muito bem a sua serva.

Lobo instruiu rapidamente o taxista para levá-lo ao aeroporto. Estava instrospectivo, calado e distante. Não porque estava triste em deixar Charlotte sozinha, mas sim porque pensava na Inglaterra, na vingança e na missão com a tal Carmilla. Não se sentia bem ao saber que estaria sendo um pau mandado de uma vampira velha que nem conhecia. A única coisa que não o fazia desistir era a Vendetta...Tremere. Só o nome do clã já era o suficiente para deixá-lo encolerizado. Estava tão reflexivo e distante que mal notou quando o taxi estacionou na entrada do aeroporto.

- Trinta e cinco pratas chefia. (OFF: Informe aqui se pagou ou matou o taxista)

Era possível ver uma grande movimentação no aeroporto. Não havia hora ou dia que aquele maldito lugar não exibisse um turbilhão de gado andando para cima e para baixo, reclamando da eficiência do serviço ou do atraso dos vôos. Era um lugar desagradável, mas aquilo não importava. A mente de Lobo só pensava na Inglaterra, em Carmilla e na vingança, principalmente na vingança. Agora ele só teria que passar suas armas pela segurança e poderia embarcar sem problemas. Era algo que deveria ser feito de forma cuidadosa, porque Lobo não estava de bom humor, e o que ele menos quer é começar a noite com aporrinhações.

Crios Bardock

- Estão longe daqui, em uma área rural. Estão tentando algo novo, perigoso. Mas não se preocupe com isso agora. Você disse que Bartoline está na Inglaterra... Seria em Norwich?

A pergunta do Regente causou um choque em Crios. Como ele sabia? Tentou pensar em algo, mas logo voltou a prestar atenção em Viert que continuava a falar.

- Eu perguntei porque um de meus contatos dessa cidade informou que algo está acontecendo lá. Ou melhor, que vai acontecer, e os Tzimisce estão envolvidos nisso. Inclusive o Senhor de Angelo foi citado como um dos principais agentes do plano.

Angelo era mesmo um maldito. Dedicava sua não-vida a trazer problemas para os outros membros, especialmente aos Tremere.
Não faltaria justificativas a Crios para exterminar o Demônio de uma vez por todas.

- Escute Bardock, eu sei o quanto a destruição dele significa para você, mas se realmente o Sabá está para fazer algo em Norwich, precisamos saber o que é. Crios, eu não vou impêdi-lo de destruir Angelo Bartoline, mas quero que você o capture e o faça falar antes de concretizar sua vingança. Não podemos deixar a capela de Norwich a mercê de um ataque desconhecido. Mas agora, a menos que eu possa fazer algo mais por você, sugiro que você volte e descanse.

Era uma oportunidade única. Destruir seu maior inimigo e contribuir ajudando o clã em uma escala global. Havia um doce sabor de recompensa no paladar de Crios naquele momento, e ele não se limitava ao deleite da ruína de Angelo.
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Mensagem por Morgoth Sex Out 05, 2012 5:50 pm

Abdul Alhazred

O assassino seguia mal humorado pelas ruas da periferia. Não tinha conseguido contatar Mustafar, tampouco recebera outra ligação de Leone com alguma informação útil. Seus olhos analisavam o local deprimente atrás de alguma pista. Latões pegando fogo, mendigos e prostitutas usando crack, paredes grafitadas com símbolos de gangues e pessoas mal encaradas caminhando pelas ruas. Era evidente que quem andava em uma vizinhança dessas durante a noite só poderia estar querendo drogas - ou encrenca. A probabilidade de acontecer alguma merda era grande. Abdul queria fazer logo o serviço e garantir seu transporte para a Inglaterra, mas nada chamava sua atenção além do aspecto de latrina típico daquelas ruas. O ar fedia a merda, a urina e a crack.

O assamita nota que uma motocicleta começa a segui-lô. Há dois homens nela. A dupla aumenta a velocidade conforme Abdul tenta despistá-los, mas ela logo começa a se aproximar demais. A luz de um dos letreiros provoca um reflexo forte em algo metálico que o sujeito da garupa tira da jaqueta. Era uma submetralhadora. Nessas alturas não haviam dúvidas sobre as intenções dos perseguidores.

Spoiler:


A rajada foi rápida. O sujeito tem boa mira. Os projéteis nove milímetros zuniram no ar rasgando a borracha de um dos pneus traseiros. Abdul não conseguiu desviar dos disparos, mas ao menos conseguiu virar o carro acertando um poste de traseira, evitando uma batida maior - e consequentemente mais perigosa. A dupla para a moto a menos de cinco metros do carro. O motorista também se arma empunhando uma pistola tirada da cintura, se aproximando do veículo junto com o amigo.

- Tá legal filho da puta! Sai dessa merda sem fazer nenhuma gracinha e passa tudo o que você tem! Se tentar algo a gente te enche de chumbo!

Por um momento Abdul pareceu ouvir a risada de Mustafar ecoando no ar...
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Mensagem por Morgoth Qua Out 10, 2012 1:34 pm

Ciara Fay

O resto da noite ocorreu maravilhosamente bem. Ciara conseguiu vender todas as suas esculturas, arrecadando U$45.000,00 no total. Muitas mãos na plateia se erguiam ávidas para fazer ofertas, mas quase sempre era o senhor Belford que cobria o lance. Muitos ali não gostavam da atitude do velho, e houve momentos em que vozes exaltadas se ergueram contra ele, que respondeu na mesma moeda. Nada muito sério, pois logo o Lorde intervia com sua cativante diplomacia, e todos se acalmavam - embora o Lorde amenizasse sempre a situação, Ciara sempre notava que seu sorriso sereno deixava escapar uma ponta de satisfação em ver homens discutindo entre si, como se o caos fosse o seu alimento.

Ciara estava boquiaberta, branca e sem expressão. Temia ser tudo aquilo um sonho, pois era bom demais para realmente estar acontecendo. Após o fim da apresentação, a festa seguia amena com as pessoas conversando, bebendo e comendo. Um local refinado de fato. Alguns convidados ainda se aproximavam para apertar a mão da moça e parabeniza-la pelo seu talento. Helena e Ericka conversavam com Ciara. Ericka estava empolgada como sempre, já Helena se mantinha calma, no seu jeito reservado, porém seu sorriso era sincero e mostrava satisfação e alegria por ter ajudado Ciara. E então novamente o Lorde se aproximou do trio...

- Ótima noite, não é mesmo? – Disse o Lorde dando uma piscada camarada para Ciara – Eu agradeço novamente a vocês, senhoritas Helen e Ericka por trazerem Ciara aqui. Será que podem me emprestar essa mocinha genial por um minuto?

O Lorde conduziu Ciara até um canto, arrastando uma cadeira para que ela sentasse em uma mesa a sós com ele, oferecendo-lhe uma bebida escarlate, bem espessa.

- Espero que goste. É uma bebida de uma safra muito antiga, raramente feita hoje em dia. – Não é de se admirar, já que o Lorde realmente não parece ser um homem nascido na sociedade contemporânea.

* Se não pretende beber, consiga uma forma de se livrar da bebida sem que ele perceba.

- O caso minha cara, é que você é muito boa. Tão boa que eu quero que faça algo por mim. Quero que faça uma escultura para mim, só que algo mais obscuro, por assim dizer. Claro, eu pretendo lhe pagar – O Lorde terminou a frase com um riso camarada.

O tempo passou rápido e a festa havia acabado. Os convidados se despediam, e o senhor Belford foi o primeiro a sair, cumprimentando apenas o Lorde e Ciara, e agradecendo a ambos, pela festa e pelas esculturas, respectivamente. Era tarde, e Ciara teria de voltar para casa com um punhado de cheques com valores muito altos.

- Espere, senhorita. Tome, isso é um presente. Vai lhe trazer sorte e proteção. Basta segurá-lo firme na palma de sua mão e dizer “proteja-me”. É bom tomar cuidado com todo esse dinheiro quando estiver voltando, não é? – O Lorde entregou um estranho medalhão de prata com um círculo de rubis e um estranho símbolo no centro. Era muito bonito e parecia ser valioso.

* Símbolo do medalhão:

A Monarquia Da Meia-Noite - Página 2 Solomons-seal_astrology

Todos se despediam do Lorde. Helen chamou um taxi para leva-las para casa. Um estranho frio era sentido por elas dentro do veículo, mas tudo ocorreu bem e Ciara se despediu das duas quando chegou na porta. Ela ficou parada vendo o taxi desaparecer na estrada antes de entrar, e só notou o homem armado quando ele já estava próximo demais.

- Eu disse para ficar longe! Eu disse para não se aproximar! Agora tu estás maculada! É meu dever salvar sua alma! – Era o mendigo que havia entrado no Aquarium. O louco que estavam falando. Ele estava empunhando uma faca e vinha na direção de Ciara. Foi nessa hora que as palavras do Lorde voltaram a ecoar em sua mente.
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Mensagem por Pri Sáb Out 13, 2012 12:41 am

"Uau." Pensava, enquanto andava pelo elegante salão com nada mais que uma taça de champgne na mão. Era a bebida certa para comemorar seu sucesso na noite - muito dele graças ao Sr. Belford que parecia ter fome por sua arte... A ideia lhe fez franzir o cenho enquanto observava a arte de uma outra pessoa, tentando se lembrar se a havia visto na festa. Deviam ser melhores do que ela, afinal... Embora as pessoas com as quais tivera contato naquela noite se mostrassem ávidas pelo que Ciara havia levado. Houve até mesmo discussões as quais o Lord majestosamente amenizasse tudo o que acontecia. Não podia deixar de notar que ele até parecia satisfeito em alguns momentos... Seria pela mesma razão que ela? Seus pensamentos eram interrompidos por terceiros que desejavam lhe parabenizar - o que a fazia corar violentamente. Elogios sempre lhe deixavam sem jeito, sem saber como reagir e acabava sempre dando um olhar humilde, um sorriso tímido e contido.

Por sorte, Helena e Ericka logo se colocavam ao seu lado e se sentia ligeiramente mais segura - em parte por toda a empolgação de sua colega de trabalho, que lhe fazia sorrir satisfeita e encabulada com tudo aquilo. Ainda bem que possuía a bebida para aliviar sua cabeça, embora sua boca estivesse começando a ficar seca e a inquietude lhe atingia. Ela reconhecia os sinais e precisava ir embora... Agora, 45 mil dólares mais rica. - Acho que podemos ir para casa agora, não é Helena...? - tentava soar descontraída, embora seu olhar tivesse guardado um brilho estranho... Enquanto aguardava uma resposta de Helena foi surpreendida pela voz do Lord, o que a fez virar-se para ele com um pequeno sorriso culpado. Devia muito a ele e seu leilão... Mas sua piscada fez seu rosto ferver e, para disfarçar, ela virou o rosto para o lado, bebendo o resto de sua taça em poucas goladas para depois limpar os lábios molhados - como se um pouco do champagne tivesse vazado por eles - com a ponta dos dedos indicador e médio. Ao ouvir o pedido do homem, Ciara franziu o cenho e estendeu sua taça vazia a Ericka para então seguir o Lord até o canto. O que diabos ele queria falar para ela que não podia falar na frente de Helena e Ericka? Aquilo aguçava sua curiosidade mais que sua necessidade naquele momento.

Sentou-se na cadeira que ele lhe oferecia, murmurando um "Obrigada" enquanto o seguia com o olhar, apoiando as mãos no colo e entrelaçando os dedos. Sua expressão era de neutralidade, embora seu olhar estivesse curioso. Desentrelaçou os dedos para pegar a taça que ele lhe estendia, murmurando um agradecimento novamente e olhou seu conteúdo, remexendo-o e ouvindo a explicação do homem a sua frente - Hm... Acho que nunca vi nenhuma outra bebida com essa espessura que não uma vitamina... - comentava, sem jeito. Não era conhecedora de bebidas, o que o Lord mostrava ser o oposto - o que não era de se espantar, já que ele parecia ter nascido e vivido num mundo que não era seu. Acostumada a encarar coisas novas, Ciara bebia o que ele havia lhe oferecido.

Ao afastar a taça dos lábios passou a ponta da lingua sobre eles, sorvendo-o o que havia ficado ali e limpando os lábios - talvez por medo de ficarem sujos por aquele tom escarlate. Ouvia o que ele dizia com atenção, franzindo o cenho diante da palavra "obscuro" e sem rir com ele - O que quer dizer com obscuro...? - E acabou percebendo que não sabia como chamá-lo por achar Lord muito antiquado, afinal de contas. Novamente antes que pudesse obter uma resposta eram interrompidos pela despedida do Sr. Belford. Ciara lhe agradecia adequadamente pelas aquisições que ele havia feito, dizendo que enviaria as peças para ele já no dia seguinte. Após a despedida, o homem peculiar parecia apressar-se a despedir-se também de Ciara sem responder a sua pergunta, o que a deixava desapontada. Mas de fato, ela precisava ir para casa. Apenas lembrar-se de sua casa já fazia seu coração acelerar-se preciptadamente... Já estava longe há tempo demais de seu paraíso particular.

Já estava em pé, despedindo-se de uma ou outra pessoa que se aproximava. Pega de surpresa mais uma vez pelo Lord, que lhe estendia uma espécie de medalhão num símbolo estranho... Mas parecia caro demais. Antes de pegá-lo, ela o olhou em dúvida e balançou negativamente a cabeça - Não posso aceitar isso, senhor. Já me deu o suficiente por essa noite. - Sorria de modo sincero e agradecido - Tenha uma ótima noite, senhor. Obrigada por tudo. - Se afastou, acompanhada por Helena e Ericka para fora do castelo e sem levar o medalhão consigo. Sabia que o venderia facilmente se um dia precisasse de dinheiro e por isso não quis aceitar. Parecia ser valioso demais para deixar que seu vicio o levasse.

O caminho de volta para casa não tinha nenhum contratempo - exceto o frio estranho que havia sentido dentro do carro, mas assumiu que fosse sua urgência particular dominando seu corpo. Despediu-se das duas ao descer do carro, desejando boa noite com um longo bocejo - o que a fez rir e desculpar-se. Esperou o carro se afastar para começar a andar para a porta do prédio... e parar ao ver a figura estranha próxima... Próxima demais. Reconhecia-o do bar na noite anterior, o mendigo! Retesou a respiração e ergueu as mãos para que ele pudesse ver que não era nenhum perigo... Embora fosse ele quem tinha uma arma, uma faca - Não sei do que está falando, senhor... - sua voz tremia com o pouco de coragem que lhe restava, engolindo seco. Deu um passo para trás e mais outro conforme ele continuava se aproximando. O que faria...?

Lembrava-se do Lord e seu presente e um arrependimento inexplicavel lhe atingia. Como um medalhão poderia lhe proteger? O pensamento tolo lhe distraiu e quando deu-se conta o mendigo já estava perto demais. Tudo que pôde fazer então foi virar-se e correr pela rua, gritando: SOCORRO!
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Mensagem por Morgoth Sáb Out 13, 2012 1:36 pm

Emily

O guarda franziu o cenho, achando a situação muito estranha, mas no fim acabou ajudando o professor a locomover o caixão até sua sala, onde Sorensen disse que analisaria com mais cautela para "descobrir os responsáveis pelo trote". Por sorte os seguranças daquele turno não eram muito inteligentes ou questionadores, mas Sorensen não satisfeito pegou um pesado objeto decorativo de ferro maciço e golpeou a cabeça do segurança quando este se virou para sair, deixando-o inconsciente.

- Eu não tive escolha! Não posso arriscar! Ninguém pode saber sobre isso além de nós dois! Você é a única pessoa em que confio!

Emily olhava Sorensen amarrar e amordaçar rapidamente o segurança em embaixo de uma mesa, usando barbantes que estavam na gaveta e o seu cinto. Estava chocada. Definitivamente aquele não era o Sorensem que ela conhecia. Era como se o professor estivesse possuído por uma fera louca e selvagem, disposta a tudo por sua nova ganância. Seu corpo tremia. Estava apavorada.

- O que acha, minha querida Emily? - O professor sentou-se em sua poltrona, mas mantinha a postura tensa - Vampiros supostamente deveriam morrer quando uma estaca atravessa seu coração.

O professor mal esperou a garota responder, e logo abriu novamente o caixão. Olhava o cadáver como um mendigo olhava para uma pilha de ouro. Lembrou-se do livro e o tirou novamente do fundo falso.

- O que pode ser? Em que língua está escrito? Tome! Tente arrebentar esse cadeado! Procure saber de que língua se trata!

O livro foi arremessado aos seus pés, fazendo um barulho alto e inapropriado, que poderia chamar a atenção de mais alguém naquela hora. O tempo foi passando e Emily não tinha noção das horas. Sorensen analisava o corpo, procurando formas de estudar a criatura dentro do caixão. Enquanto ela deveria estar procurando uma forma de abrir o cadeado do livro, mas ela mal sabia por onde começar. Não estava interessada naquilo. Só queria sair daquela sala e sair de perto do Professor. Queria chamar alguém, pedir ajuda, mas temia em ser atacada por Sorensen que obviamente havia perdido toda a razão.

Além do medo, o sono também começava a se apossar de Emily. Estava decidida a pedir ao professor que a deixasse levar o livro para seu quarto, para que pudesse estuda-lo em mais tranquilamente, mas antes que pudesse dizer algo Sorensen saltou novamente por cima do cadáver, desta vez colocando a mão sobre a estaca, rindo de forma assustadora.

- O que acontece se eu tirar isso? Será que este ser voltará à vida? Será que eu devo dar o sangue do segurança para ele? O que acha?

Emily não conseguiu responder. Não apenas porque estava apavorada com o comportamento do professor, mas também porque notou um braço armado com um revólver saindo de trás da mesa. Parece que o segurança recobrou os sentidos e conseguiu se soltar – e provavelmente ouviu o professor falando em dar o seu sangue ao vampiro também... – mas Sorensen não havia percebido isso ainda.
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Mensagem por Killer Instinct Sáb Out 13, 2012 2:47 pm

Off: Depois se puder mandar minha ficha, conferi aqui e perdi ela. Ou ao menos não tenho certeza se a que tenho aqui é a mesma que te enviei.

Se conseguir meios para chegar até o destino do trabalho já estava provando-se uma tarefa ingrata, imaginar o trabalho em si? Esse e outros pensamentos passam por minha cabeça enquanto dirijo até onde supostamente o maldito traficante estava. O lugar era sem dúvidas do tipo deprimente e sujo onde eu tinha passado boa parte de minha adolescência. Usuários de drogas ficam enfiados em becos sujos usando drogas baratas e dando adeus para suas vidas baratas. O frio é espantando de maneira tosca por latões de lixo com um fogo sujo dentro.

Não demora para eu notar que estou sendo seguido por uma motocicleta. Vejo que tem dois homens montados na moto, e isso é suspeito. Procuro despistar os dois, mas parece não dar muito certo. Um reflexo metálico mostra que eles carregam armas. Policiais atiraram neles por muito menos. Então uma rajada de tiros acerta o carro, perco o controle e apenas consigo evitar uma batida direta e frontal. A trombada não é tão forte, mas joga minha cabeça para frente. Penso cheio de ódio e raiva que vou matar com prazer esses desgraçados.


Malditos capangas do traficante, quase com toda certeza são eles. Mas como ficaram sabendo que estou investigando ele?

Os homens descem da moto bem próximos do carro. Tiro meu sinto de segurança e digo em tom amistoso.

- Tá legal filho da puta! Sai dessa merda sem fazer nenhuma gracinha e passa tudo o que você tem! Se tentar algo a gente te enche de chumbo!

Abdul - Companheiros, por favor não tenham gatilho leve. Vou descer do carro. Estou com a perna ferida.

Tenho minha pistola e faca estão escondidas debaixo do casado e presa em segurança no coldre axilar. Juro que escuto uma risada que parece do meu senhor.

O desgraçado armou isso?

Gasto 3 pontos de Sangue. 1 para aumentar meu vigor e outro para Rapidez no próximo turno. Minha ação nesse turno é ativar O TOQUE DO ESCORPIÃO. Vou cuspir no homem mais próximo sangue no rosto dele. Uso 1 ponto de Força de Vontade para acertar o cuspe no rosto do inimigo.
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Mensagem por Morgoth Sáb Out 13, 2012 9:45 pm

Amin el-Husseini

O Assamita estava sentado fitando as folhas jogadas sobre a mesa do quarto do Hotel Belmonte. Norwich parecia uma cidade agradável e era interessante estar em solo europeu. Tudo aconteceu tão rápido que nem mesmo ele acreditava que na noite anterior estava em Nova York cuidando da sua “vida”. O Príncipe de NY o havia convocado, dizendo que tinha uma missão para ele. Uma missão na qual ele se encaixaria bem. Sir Jeoffrey Lennington, Príncipe de Norwich amigo do Príncipe de NY disse estar tendo um sério problema com a crescente expansão de poder anarquista na cidade. Não explicou muito bem qual era a sua real preocupação por trás disso, mas isso não importava. Sua missão era assassinar o líder deles, além de outros membros importantes. Metade agora, metade depois. Amin olhou para os duzentos e cinquenta mil dólares empilhados na cama. Realmente era muito importante para o Príncipe Jeoffrey que esses cainitas fossem destruídos. Sabia que o Sabá estava praticamente extinto na cidade, então provavelmente o Príncipe só queira mostrar que a Camarilla é o poder predominante na cidade. Talvez seja isso, mas na verdade não importa. Voltou a analisar as folhas com os dados dos alvos:

Spoiler:

De fato era incomum um grupo de anciões se aliarem a um bando de moleques anarquistas, mas não era isso com que estava preocupado. Era um trabalho perigoso, mas não era apenas o dinheiro que atiçava sua ganância, mas também o sangue de suas vítimas.

O barulho eletrônico do notebook desviou a atenção de Amin das folhas por um momento, informando a recepção de um novo email. O notebook dado pelo Príncipe, para auxiliá-lo na missão. O remetente era Daniel, o contato que havia feito no momento da negociação. O intermediário entre ele e o “figurão” Jeoffrey. Ele seria o responsável por descobrir os pontos em que seus alvos frequentam, e informá-lo.

Spoiler:


Amin fechou a mensagem. Levantou sem nada dizer, sem nenhuma demora. Tinha uma missão a cumprir, uma grande recompensa a obter. Tinha carta branca da Camarilla para diablerizar, e já tinha por onde começar.


Última edição por Morgoth em Ter Out 23, 2012 6:05 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Shirou Dom Out 14, 2012 12:03 pm

"A Camarilla deve está sendo realmente prejudicada pelos anarquistas pra está me dando tamanho pagamento, afinal diableri é altamente proibida na seita, mas eu sou quem agradeço, posso descer muitas gerações, esse Príncipe não sabe o favor que me fez, quem deveria pagar seria eu, afinal não tinha um alvo antes, agora não apenas o alvo como informações também"
Amin saia de casa se dirigia até o seu carro e colocando na parte de trás do banco trasei sua adaga e suas 2cimitarras, e a glock em baixo do banco do motorista.
"É uma missão simples, mas acredito que meu senhor agradeceria muito a oprtunidade de descer também"
Pega seu celular e liga pra Ahmed
(...)

(off: continuo no próximo post beleza?)
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Mensagem por Morgoth Seg Out 22, 2012 3:22 am

Avisando que atualizo amanhã (ou melhor, hoje de tarde) para os que já jogaram, ok?
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