Vampiros - A Máscara
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Oscar Vance - Seguidores de Set - Independente

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Oscar Vance - Seguidores de Set - Independente Empty Oscar Vance - Seguidores de Set - Independente

Mensagem por Songette Seg Jan 17, 2011 2:45 pm

Nome: Oscar Vance
Personagem: Oscar Vance
Clã: Seguidores de Set
Natureza: Fanático
Comportamento: Malandro
Geração: 13ª
Refugio: Manhattan, apartamento próprio de classe média.
Conceito: comerciante.


Experiência:


ATRIBUTOS

Físicos
- Força: +1+1
- Destreza: +1+1+1(bônus)
- Vigor: +1+1

Sociais
- Carisma: +1+3 [Eloquente]
- Manipulação: +1 +3 [Convincente]
- Aparência: +1+1

Mentais
- Percepção: +1+1
- Inteligência: +1+3 [Resolvedor de Problemas]
- Raciocínio: +1+1

HABILIDADES

Talentos
- Prontidão:
- Esportes:
- Briga: 2
- Esquiva: 2+1(bônus)
- Empatia: 3
- Expressão:
- Intimidação: 3
- Liderança:
- Manha:
- Lábia: 3

Perícias
- Empatia c/ Animais:
- Ofícios:
- Condução:
- Etiqueta:
- Armas de Fogo: 3
- Armas Brancas:
- Performance: 3
- Segurança:
- Furtividade: 3
- Sobrevivência:

Conhecimentos
- Acadêmicos:
- Computador:
- Finanças: 2
- Investigação:
- Direito:
- Lingüística:
- Medicina:
- Ocultismo: 3
- Política:
- Ciências:


VANTAGENS

Antecedentes
Recursos: 3+1(bônus)
Aliados: 2 (Jamila e Mesi Haqikah, da Player Sakinata)

Spoiler:


DISCIPLINAS
Serpentis: 3+1(bônus)



Virtudes
- Consciência: +1

- Autocontrole: +1+4

- Coragem: +1+3


HUMANIDADE: 6

FORÇA DE VONTADE: 4+1(bônus)


QUALIDADES e DEFEITOS
Alergia: drogas ilegais (2 pontos defeito)
Vingança: Tremere (2 pontos defeito)
Objetivo condutor: matar todos os Tremere (3 pontos defeito)
Resistência à magia (2 pontos qualidade)
Sorte (3 pontos qualidade)
Ambidestro (1 ponto qualidade)
OBS: possui uma colt anaconda .44 magnum


PRELÚDIO
Vance
nasceu em New York no fim da década de 70. Sempre fez parte de uma
família de classe média, especialmente rígida com os seus estudos.
Oscar
cresceu sem ter grande interesse por qualquer coisa; tudo parecia
extremamente entediante. Começou a fazer academia aos 12 anos, e seguiu
por ser algo que ocupava seu tempo e mantinha seu corpo saudável.
Estudava o suficiente para passar em todas as matérias sem recuperação,
mais por exigência dos pais que por interesse. Aos 17 anos, inicia o
curso de administração em uma faculdade sem grande notoriedade.
Gostava
de vestir-se bem, com coletes e calças de couro e correntes caras no
pescoço. Além dessa preocupação, passava a maior parte do tempo trocando
de namorada, com as quais jamais ficava por mais de duas semanas. Por
ser bonito e tirar boas notas, fazia sucesso entre as garotas, mas estas
normalmente não despertavam nele grande interesse.
Assim que faz 18
anos, seus pais dão a ele uma conta, com dinheiro suficiente, dizendo a
ele que abrisse seu próprio negócio e se sustentasse a partir daí.
Aproveitando uma estrutura antiga já possuída da família, ele abre uma
livraria, trabalhando tanto com livros novos quanto usados, próxima à
faculdade.
Tratava-se de um espaço amplo, com ligação nos fundos para
o segundo andar, um apartamento de um quarto onde o jovem passou a
morar; não tinha muito espaço, mas era mais que o suficiente para
guardar tudo de que gostava. Além disso, um pequeno porão ainda era
usado como depósito.
Decidindo que na atualidade todos os negócios
deveriam funcionar 24h, Oscar contrata dois atendentes, um para o
horário da noite e outro para a manhã, quando estava na faculdade,
enquanto ele mesmo trabalharia à tarde.
O negócio provou-se um grande
acerto, que rendia muito bem para seu sustento, permitindo que
comprasse mais das roupas que gostava, e mesmo um carro, impressionante
para as colegas de faculdade. Ainda estava em um nível financeiro
intermediário, mas certamente o aperto dos primeiros meses já havia
passado.
Formou-se no tempo previsto, e logo o tempo livre começava a
incomodá-lo. Dois meses depois, matriculava-se em aulas de tiro
esportivo. O esporte o divertia, e acabou descobrindo ser uma ótima
maneira de passar o tempo. Não demora muito para que compre uma colt
anaconda .44 magnum, que consegue no mercado ilegal por meio de alguns
ex-colegas da faculdade.
Na livraria, contrata uma nova atendente
para cobrir seu turno, enquanto ele mesmo faria apenas a parte
gerencial. Muitas coleções de livros antigos chegavam dessa forma às
suas mãos, e em alguns momentos, ele achava preferível lê-los antes de
repassar para venda.
Em uma das noites em que não havia ainda ido
dormir, analisando os resultados financeiros da livraria, uma garota
entra na loja com cinco tomos grandes, que pareciam ser de uma coleção
com não menos que 100 anos. Desperto de sua distração, Oscar percebe que
já conhecia a garota. Observa por alguns momentos enquanto a menina
negocia a venda de seus exemplares, antes que ela se virasse e o homem
pudesse confirmar: era uma das pessoas que vendera para ele a arma, onde
ele frequentemente ainda comprava munição. Quando o percebe sentado a
um canto, ela apenas sorri antes de sair, já com o dinheiro que guardava
em um bolso da calça jeans apertada.
Curioso, vai perguntar a
Andreia (atendente da noite) sobre os livros novos. Assim que ela os
alcança, percebe que são uma compilação de antiga feitiçaria egípcia.
Não acreditava nessas coisas, quem iria querer comprar algo inútil
assim? De qualquer maneira, leva-os para seu quarto para dar uma olhada
no dia seguinte, por hoje já estava cansado.
Passa uma semana sem que
ele mexa no pacote que deixara sobre a mesa naquele dia. Na sétima
noite, estava tendo dificuldades para dormir no horário de sempre. Após
revirar-se por 20 minutos na cama, levanta-se ainda de pijamas e vai
para a sala, pensando em fazer algo de útil.
Observando ao redor para
procurar alguma coisa que pudesse fazer, finalmente percebe os livros,
já esquecidos. Pensando que a leitura rapidamente o deixaria com sono,
começa a folhear o primeiro tomo. Bem ao contrário do que imaginara,
entretem-se bastante na leitura, e passam-se horas sem que ele sinta
vontade de voltar para a cama.
É interrompido por batidas apressadas
em sua porta. Ergue a cabeça surpreso; nenhum de seus amigos tinha o
endereço de Oscar, e mesmo que fosse o caso, não viriam tão tarde; seu
apartamento estava diretamente ligado aos fundos da livraria, portanto
apenas passando por ela podiam chegar até ele. Pelo espelho mágico,
percebe que se tratava de sua atendente, claramente de mau humor.
Abre a porta, encontrando-a a ponto de bater outra vez.
“Sr. Vance, desculpe chamá-lo a essa hora, mas é um cliente.”
“Aconteceu alguma coisa? Ele quer trocar um livro e não tem a nota?”
“Não,
ele está pedindo pelos livros egípcios da semana passada. Eu disse a
ele que não tínhamos, que tentaria conseguir e pra deixar o cartão, mas
ele insiste que sabe que estão aqui e está ameaçando destruir a loja se
eu não chamar o gerente. Parece muito irritado, estou ficando com
medo...”
Oscar lhe entrega seu celular, ao mesmo tempo em que sai do quarto sem trocar de roupa.
“Eu vou falar com ele, assista dos fundos. Ligue para a polícia se o homem começar a cumprir a ameaça.”
Desce.
No primeiro andar, um homem de terno preto, cabelos compridos da mesma
cor em um rabo de cavalo, óculos retangulares e um olhar de desprezo
cruzava os braços com um ar impaciente.
“Boa noite senhor. Andreia me
disse que houve um mal entendido, a verdade é que os livros que o
senhor procura não estão à venda.”
Não é que realmente não pudesse
vender, apenas que a petulância do homem o irritava, e gostaria de poder
mantê-los ao menos até a semana seguinte, para ler os outros volumes.
“Uhm, pelo menos admitiu que vocês estão com os livros.”
“Talvez
alguma outra obra possa interessá-lo, nossa seção de usados possui
diversas raridades sobre o Egito Antigo, tenho certeza de que encontrará
algo ainda mais consistente.”
“Acho que você não está entendendo
garoto.” Aquilo soava muito estranho vindo de um homem que
definitivamente não parecia ter mais que os 30 anos de Oscar, mas talvez
a comparação entre um pijama e um terno fosse suficiente para
estabelecer certa superioridade. “Eu vim aqui para buscar aqueles
livros, e se você não quiser entregá-los pelo preço justo que estava até
há pouco disposto a pagar, compreenda que vou levá-los de qualquer
forma.”
Não estava disposto a entrar em uma briga por causa de alguns
livros velhos, mas também não iria aceitar que qualquer um chegasse em
sua loja e levasse a mercadoria sem pagar, só porque podia falar grosso.
Com uma rápida avaliação, Oscar tinha certeza que podia chutar aquele
cara pra fora da loja, era pelo menos 10 centímetros mais alto que ele, e
muito mais pesado.
“Eu vou ter que pedir que o senhor se retire.”
Vance aproxima-se do homem, determinado a retirá-lo da loja.
“Não. De fato, você não entendeu.”
E
naquele segundo, tudo que o gerente tinha como verdades caiu por terra.
O desconhecido ergueu uma das mãos, pronunciou alguma coisa
ininteligível, e de sua palma surgiu um amontoado de chamas que
imediatamente dirigiu-se à estante mais próxima. Retirando a parte de
cima do pijama em um esforço desesperado, o proprietário consegue apagar
o fogo, mas não sem a perda de diversos exemplares. Agora Oscar estava
com raiva; mas mais do que isso, estava realmente apavorado. Aquela
demonstração fugia a todos os padrões razoáveis de humanidade.
“O que... O que foi isso?”
“Ah, agora você começa a entender o que nos separa? Entregue os livros de uma vez, e não vou destruir sua lojinha.”
Oscar
não era especialmente corajoso. Mas esse poder... Finalmente, parecia
haver alguma coia por que valia a pena se arriscar. O mundo não era tão
monótono afinal.
“Não. Se você fizer isso... Andreia ligará para a
polícia, e eu dei instruções para que ela destruísse os livros caso
alguma coisa me acontecesse. Além disso, você não sabe onde eles estão,
poderia muito bem colocar fogo neles sem querer. Ao invés disso, vamos
fazer uma aposta. Se você vencer, eu entrego os livros sem custo
nenhum.”
O homem pensa por alguns instantes, mas por fim, aparentou ceder.
“E se você vencer?”
“Você me faz ser assim, como você, com poderes.”
“HAHAHAHAHAHA!
Você simplesmente não poderia sobreviver uma semana sendo como eu,
moleque. Acha mesmo que está à altura de um Tremere? Mas muito bem, vou
vencer, então quer apostar o que?”
“Amanhã vai haver um jogo de
baseball aqui no bairro. Os Golden Bats desafiaram os Coyotes. Se os
Coyotes ganharem, eu venço; se forem os Golden Bats, você vence. Vai ser
no antigo campo do parque. Assistiremos juntos pra confirmar o
resultado, eu levo os livros e você o que precisar pra me transformar.”
“Eu durmo durante o dia, precisa ser uma aposta sobre algo à noite.”
“Dois jogadores do Golden Bats estão jurados de morte pelos guardas do parque, então a partida vai ser às 2h da manhã.”
Ainda parecia relutante, mas afinal o homem concordou com um sinal de cabeça e preparava-se para sair.
“Espere!” Sabia que era arriscado, mas precisava dessa certeza. “Sou Oscar Vance, juro por minha vida que cumprirei o trato.”
Passam-se
poucos momentos de silêncio antes que o homem percebesse que deveria
corresponder ao juramento, torce o nariz à ideia, mas alguma coisa em
sua expressão se assemelhava a um sorriso suprimido.
“Sou Matheus Antollianus, juro por minha vida que cumprirei o trato.”
Talvez
se Vance soubesse que aquele homem já não tinha uma vida não
acreditasse tão piamente no juramento. Como esse era o caso,
cumprimentou-o e observou enquanto partia, voltando em seguida para seu
apartamento, onde logo já estava disposto a dormir.
A verdade era que
há anos os Golden Bats desafiavam os Coyotes, e há anos perdiam sempre o
jogo, portanto, era uma aposta perfeitamente previsível, e Oscar foi ao
jogo com a certeza de que ia ganhar, e de que seria transformado
naquele ser superpoderoso que se mostrara a ele no dia anterior.
Levava
os livros em um grosso pacote sob o braço, e chega ao local indicado,
sentando-se nos bancos do lado dos Coyotes. Não vê Matheus entre os
torcedores. Aguarda ainda 10 minutos, pensando se ele poderia estar
apenas atrasado. Mesmo após esse tempo, o apostador não havia chegado.
Uma preocupação começa a formar-se na mente de Oscar. Ele espera mais 5
minutos. Nada. Levanta-se e corre para casa, não podia ser que...
Encontra
Andreia em pânico do lado de fora da loja. De longe pode ver as chamas
que saíam das janelas de seu apartamento. Puxa o celular do bolso.
“Eu já chamei os bombeiros, logo estarão aqui.”
Bem,
Andreia fizera o que podia, mas o desgraçado... Entra na loja, podia
ouvir artavés da porta corta-fogo, as escadas já eram consumidas por
labaredas, não havia como subir. Definitivamente, tudo que esteve dentro
de seu apartamento estava condenado. Volta para a frente.
Os
bombeiros realmente chegam, e conseguem apagar o fogo antes que chegue à
livraria. Relutantemente, ele sobe ao que fora seu apartamento. Não
havia dúvidas, nada podia ser salvo. Desce para a loja.
“Fecharemos por essa noite. Posso dormir na sua casa hoje, Andreia?”
“Você... Claro, tudo bem. Vamos lá, amanhã você pensa no que vai fazer.”
A
Andreia era gostosa. Não é preciso nem dizer que Oscar já estava
pensando em como poderia aproveitar esse incidente (não que não
estivesse puto sobre sua casa; mas como ela disse, resolveria isso
depois). Ele sabia que há meses ela estava de olho nele, apesar de nunca
ter dado muita bola. Não tinha dúvidas, nessa noite ia rolar.
Os
dois pegam um taxi, o apartamento dela era em um bairro próximo. Chegam a
um três quartos, usado obviamente por pelo menos 10 estudantes. Estava
TUDO uma bagunça; mas ao menos, só havia mais uma pessoa em casa. E o
surpreendente era exatamente isso: essa pessoa era ninguém menos que a
garota do mercado negro que vendera os tais livros pra ele.
“Que... Que diabos! Como vocês... Vocês moram juntas?”
“Quem diria que você iria ficar sem palavras por tão pouco, Oscar.”
A
que falava era a garota nova, enquanto Andreia afastava-se para um
sofá. Oscar observa aquele movimento sabendo que algo estava estranho,
que as duas pretendiam algo com ele, e não era uma ménage à trois.
“Boa noite, Sr. Vance. Fiquei sabendo que sua casa foi destruída.”
“Foi
o tal de Matheus, não é? Ele pegou os livros e depois incendiou tudo...
Eu vou pegar o desgraçado, independente dos poderes que ele tem.”
“Poderes? A que se refere?”
“Ele é um monstro! Eu vi quando criou fogo com as mãos e jogou na minha estante.”
“Ssshh!
Você não deveria ficar anunciando essas coisas garoto. Se alguém
acreditar em você, a Máscara não estará a salvo. Podemos ter problemas
com isso.”
“Do que diabos você tá falando?”
“Haha! Não se preocupe
com isso ainda. A verdade é complexa, mas faça-mo-lá simples: tudo que
você precisa saber é que aquele homem é um Tremere. Mais importante que a
individualidade dele é isto, os Tremere controlam o seu clã mais que
quaisquer outros, se ele agiu assim, é em nome de toda a equipe. Seu
inimigo são os Tremere, não um único Membro.”
“O cara falou esse negócio de Tremere antes... Mas o que que vocês querem dizer com isso?”
“Os
Tremere são uma família, ou melhor, uma ramificação dentro da família
de Caim. Vou explicar tudo com calma, mas por hora você deve tornar-se
um de nós. Saiba apenas que o livro que ele roubou de você não tem
utilidade nenhuma, é apenas uma cópia falsa com informações totalmente
incorretas. Garanto que quando entregá-lo ao seu ancião ele terá
problemas muito maiores que uma casa queimada.”
Ela afasta mais uma
vez os lábios, como se fosse continuar a falar, mas ao invés de palavras
uma longa língua bífida começava a sair de sua boca, claramente em
direção a Oscar. Ele olha para Andreia, que assistia a cena de seu posto
no sofá como se fosse tudo a coisa mais natural do mundo, tenta fugir,
mas logo percebe que estava entre ela e uma porta trancada. Afinal, o
que estava acontecendo aqui?
Não conseguindo abrir a porta, logo
sente o toque gelado daquela língua em seu pescoço, poucas gotas de
sangue são desperdiçadas, escorrendo por seu pescoço, antes que uma boca
sedenta se grudasse ao ferimento, sugando seu sangue com evidente
prazer.
Aquilo seria chocante, grotesco, e provavelmente asqueroso,
se não fosse acompanhado de uma onda tão intensa de prazer. Sem
perceber, logo o homem deixava de resistir ao ataque daquela garota,
mais baixa e certamente mais fraca que ele. Pelo contrário, a sensação
era tão maravilhosa, que tudo que ele queria era que ela bebesse mais,
até que não sobrasse uma gota de sangue em seu corpo. No entanto, quando
percebeu que aquilo de fato estava para acontecer, já era tarde e ele
não tinha mais forças para resistir, ou sequer para mover-se. A
escuridão cai sobre o homem e então o sono.
Sofre com terríveis
pesadelos dos quais não consegue lembrar-se depois, sabe apenas que a
dor consumia seu corpo, sentia seus órgãos se desfazerem em pó e então
reformularem-se, seu corpo inteiro parecia arder, e por fim, somente a
fome.
Acordou com a sede descomunal que se espera de um
recém-transformado. Seu primeiro desespero por sangue parecia querer
destruí-lo, até enxergar a fonte que havia sido deixada à sua espera:
Andreia ainda sentava-se calmamente no sofá, inadvertida do papel que
desempenhava nesse jogo. O jovem vampiro não tinha o menor controle,
salta sobre ela e alimenta-se, aos sons dos gritos desesperados da
humana e do riso esganiçado de sua Mestra. Quando finalmente consegue
controlar-se, a bela atendente já deixara o mundo dos vivos.
“Muito bem, vejo que sua fome já está saciada, agora vamos conversar, tem muita coisa ainda pra você descobrir, minha criança.”
O
resto da noite foi gasto com lições, ao fim das quais, Oscar foi levado
ao refúgio de sua Mestra, que agora sabia chamar-se Jamila. Ela o
ensinou sobre os segredos do clã, a história do vampiro Set, sobre o
mundo dos vampiros, sobre a forma correta de alimentar-se e a máscara,
mas ainda não o explicou quanto às disciplinas, e como ele poderia usar
seus poderes. Ensinou especialmente sobre os Tremere, e as histórias do
que eles haviam feito, os poderes que atingiam e o ódio a ser nutrido
por esse clã, mais traiçoeiro que os próprios Seguidores de Set.
“Amanhã
à noite, encontre um novo lugar como refúgio, e coloque em
funcionamento novamente sua livraria. Ainda terás muitas surpresas.”
Ele
dormiu, e na noite seguinte fez o que seria natural, encontrou um
apartamento que poderia comprar, próximo ao antigo, mas um pouco maior,
com dois quartos, um dos quais passou a dedicar a uma biblioteca. O
turno da noite seria feito por ele mesmo até encontrar um novo
funcionário. Mesmo sem poderes, era um homem bonito, e sua lábia
bastou-lhe para conseguir a refeição noturna.
A troca de turnos
ocorre enquanto ainda está escuro, e ele explica para o atendente
matutino que Andreia se demitira na noite anterior, com medo do fogo que
consumira sua casa; felizmente, o garoto não pareceu inclinado a fazer o
mesmo e assumiu seu posto com tranquilidade.
Após essa noite de
folga para “organização interna”, os ensinamentos continuam, dessa vez
mais específicos: ele precisava aprender o poder do Serpentis, a maior
identificação do clã. Além disso, aulas cansativas sobre as tradições
que deveriam ser respeitadas.
Por fim, ela deixou um último recado, antes de mandá-lo embora.
-
Agora cresça, faça dinheiro, fique forte, e mate quantos Tremere você
conseguir. Se precisar da minha ajuda, sabe como me chamar. Vai ficar me
devendo uma, claro. Apenas lembre-se: o seu sangue vale menos que o
meu.
Volta pra casa com a sensação de que finalmente tinha um dever,
que o mundo se tornara conflitante afinal. Desde a noite passada, não
saía de casa sem sua colt anaconda, escondida sob o colete de couro.
Seu
mestre dera ainda a ele um número, o telefone de alguém que poderia
ajudá-lo em seus objetivos assassinos: uma assamita que se tornaria sua
grande aliada.


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