Vampiros - A Máscara
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Bomani Astennu, Seguidores de Set

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Mensagem por Undead Freak Sex Ago 22, 2014 12:09 am

Personagem: Bomani Astennu
Clã: Seguidores de Set
Natureza: Fanático
Comportamento: Valentão
Geração: 8ª
Refugio: N.Y.
Conceito: Caçador de Relíquias
XP: 249 TOTAL / 248 USADOS
Ficha Ancillae: 75xp

ATRIBUTOS

Físicos 9
- Força: 5 (Braços Poderosos, Mãos Fortes)
- Destreza: 5 (28xp) (Velocidade, Reflexos Rápidos)
- Vigor: 5 (16xp) (Incansável, Resistente)

Sociais 6
- Carisma: 4
- Manipulação: 3
- Aparência: 2

Mentais 4
- Percepção: 2
- Inteligência: 2
- Raciocínio: 3

HABILIDADES

Talentos 16
- Prontidão: 2
- Esportes:1 (3xp)
- Briga: 3
- Esquiva: 3
- Empatia: 1
- Expressão:1
- Intimidação:3 (6xp)
- Liderança: 2
- Manha:2
- Lábia:1 (3xp)

Perícias 11
- Empatia c/ Animais:
- Ofícios:
- Condução: 2
- Etiqueta: 2 (2xp)
- Armas de Fogo: 2 (2xp)
- Armas Brancas: 4 (6xp)
- Performance:2
- Segurança: 2 (5xp)
- Furtividade: 1 (3xp)
- Sobrevivência: 2

Conhecimentos 7
- Acadêmicos: 1
- Computador:
- Finanças:
- Investigação:
- Direito:
- Linguística: 2 (Árabe nativo, inglês, hebraico)
- Medicina:
- Ocultismo: 4 - Espec. Relíquias do Clã (9xp)
- Política:1 (3xp)
- Ciências:
- Cultura Setita: 2 (5xp)

VANTAGENS

Antecedentes 8
Status de clã: 2
Recursos: 3 (1pb)
Mentor: 3
Geração: 5 (4pb)

DISCIPLINAS 6
Serpentis 5 (35xp)
Potência 4 (30xp)
Presença 2
Rapidez 2 (17xp)

Virtudes
- Convicção: 3

- Autocontrole: 3

- Coragem: 4

FORÇA DE VONTADE: 8 (4pb)

Trilha de Sutekh: 5

QUALIDADES e DEFEITOS
Corpo Grande (4)
Resistência a Magia (2)
Ambidestro (1)
Temerário (3)
Equilíbrio Perfeito (1)
Brigão (1)

Ferimento Permanente (3) – Cortes nos pulsos
Inimigo (2) – Amun Saraj, Serpentes da Luz
Exclusão de Presa (1) – Viciados, por considerá-los indignos de servir de alimento.

Idade do Abraço: 27 anos
Ano do Abraço: 1890
Descrição: Pele parda, olhos verdes, cabelos negros, 2.07m, 111 quilos.

Prelúdio

A insônia sempre foi minha companheira fiel. Quando bebê era provocado pela desnutrição. Foi no acampamento de andarilhos que deixaram o bebê embrulhado com panos embebidos em sangue. Não que eu merecesse coisa melhor, tendo em vista o que eu me tornaria décadas depois. Segundo relatos, minha mãe era meretriz. Morreu dois anos após meu nascimento, devido a uma doença misteriosa. Meu pai pode ser um dos seus muitos clientes, nunca perdi muito tempo pensando em sua existência.

Quando criança, a insônia era provocada pela violência sofrida. As crianças tinham de desenvolver aptidões, caso contrário os andarilhos nos largariam pelo caminho. Minhas pernas finas conseguiam correr muito bem no solo quente de Cairo, e mãos esqueléticas deslizavam mais facilmente pelos bolsos distraídos. O lucro dos roubos era passado pros bandoleiros mais velhos, em troca ganhávamos sobras. Sempre sorridentes, desfrutavam à custa das crianças mais novas. Sempre tive um temperamento explosivo, era só questão de tempo até eu ter raiva o suficiente pra acertá-los com algumas pedras. O primeiro desmaiou com a pancada na orelha esquerda, os outros tentaram me pegar, mas as pernas franzinas foram superiores. Os adultos que viram a cena gostaram de minha coragem, apesar de estúpida. Depois de ser devidamente punido pela pedrada, me colocaram em um grupo de garotos mais velhos, que recebiam treinamento com pequenas facas, e estudavam em escolas públicas. Entrei na escola pela primeira vez na vida aos oito anos.

Minha vida não tinha nenhum sentido. Até os dezenove anos eu frequentava a escola e praticava esportes nas horas vagas, no resto do dia era roubando vilarejos mais distantes. Apesar da alimentação não ser a mais rica, era o suficiente para desenvolver musculatura e resistência. Depois disso o ópio jogou fora a pouca esperança de sucesso que minha existência poderia oferecer. Passei a roubar e matar para sustentar o maldito vício que me consumia. Mais uma vez a insônia fazia morada em meu corpo, já exausto dessa vida miserável.

Naquele beco escuro, um par de olhos se destacava. Observava-me como se já me conhecesse, como se me esperava. Trazia um embrulho, como ele sabia que eu era viciado? Não fiz muita cerimônia e peguei de suas mãos e guardei na bolsa de pano. Mãos frias. Ele queria um assassinato, tirou do bolso do casaco um papel com o endereço, e ficou surpreso ao ver que eu sabia ler. Talvez tenha ficado mais surpreso por eu ter tomado o papel de sua mão. Sua voz era grave, única. E prometia mais de onde veio o pacote, era tudo que eu precisava pra virar um assassino. Por sete anos fui conduzido às atitudes mais grotescas em troca de drogas, dinheiro e roupas. O Senhor Abdulah Iorbut foi generoso comigo pelos sete anos da mesma forma, mas subitamente mudou quando me fez a proposta final. Disse que eu teria que abrir mão da minha vida para realizar a tarefa, e que ele ia me oferecer uma droga melhor ainda. Obviamente topei.

Maldita escolha, não tem como não se arrepender a curto prazo. Ele me trancafiou na cela do porão de sua mansão, e roubou todas as drogas que me mantinham durante dias e noites. O aperto das amarras dificultava a circulação do sangue em meus pulsos, já acostumados com a privação da liberdade. Por meses agonizei, e na última semana sangrei por cortes feitos em meus pulsos pelo Senhor Abdulah. Ferimentos que cicatrizavam completamente em poucas noites quando alimentado regularmente com a vitae de meu senhor, antes de ficar enjaulado. Tinha algo naquela sopa, parecia que eu estava sendo morto aos poucos. O Abraço aconteceu quando agonizava. Ele me deu o direito legítimo de reclamar a descendência de Set, e o poder que domino e o ainda desconhecido. A maneira grotesca e sofrida que meu Mentor optou por me ofertar me tornou mais forte, apesar de marcar meus pulsos a cada noite. Nunca achei que seria capaz de derrubar o muro de pedra da cela, por mais avariado que poderia estar.

Era minha segunda chance, uma existência sem dependência em vícios e prazeres carnais, apenas sangue. Uma vida sem insônia. Uma não-vida. Minha existência ganhava um propósito, com os poderes de um deus vivo habitando meu corpo. Faço de todas minhas ações, instrumento para o retorno de Set. Nada mais importa. Uns me chamam de obcecado, fanático. Eu me defino apenas como devoto. Passei a matar aqueles que se apossam do tesouro legítimo de Set, e daqueles que representam uma ameaça para meu Senhor. Nossa fama e os tesouros adquiridos garantiu o direito provisório de me aprofundar na cultura do clã. O Templo dos Cães abriu as portas pra mim por um breve período, que me permitiu conhecer bastante sobre nossa história, e ficamos conhecidos por alguns dos Membros mais influentes da cidade. O pergaminho que eu recuperei para eles, em uma escrita até então desconhecida por mim pareceu interessar e muito os sacerdotes do local.

Com meu sangue livre das toxinas e inundado pela graça de Set, vejo o quão perdido estava.
Desde o início de minha não-vida, acho inaceitável que drogados sirvam de alimento para minha causa. Não tolero que tais desgraçados animem minha existência abençoada.

Com a conclusão dos estudos básicos e da iniciação nas tradições Setitas, fui jogado às atividades principais de saque de cargas. Sua fortuna vinha de algumas vendas de tecidos e outras iguarias, mas a principal fonte de renda era os roubos e assassinatos. Os alvos sempre eram peças antigas feitas em metais preciosos, cravejados de pedras e de formatos exóticos. Me perguntava, se valia a pena arriscar nossas não-vidas por meros objetos. “Artefatos mágicos”, Amun Saraj disse. Ele é a outra criança de Abdulah, nós dois juntos representamos a nova força da pequena milícia. Ele compartilhou algumas informações que me fizeram entender o porquê desses assaltos serem necessários. Ao passar do tempo, mais confiança foi depositada em mim, e comecei a fazer a segurança da mansão do Senhor, coordenando os carniçais. Recentemente um grupo de bandoleiros chegou a integrar a segurança por um tempo. Era formado por ladrões e assassinos de regiões longínquas. O hebraico era mais falado entre eles, mas todos conversavam em árabe. Um branquelo conhecido como “dois tiros” cuidava do armamento traficado, com ele aprendi como desmontar armas de pequeno porte, carregar e atirar. O capitão Khalib Saiyd era experiente, mas muito indisciplinado. Ele me ensinou hebraico antes de morrer em conflito, com seis anos de serviços prestados. Muitas viagens longas foram feitas, os idiomas puderam ser praticados. Adquiri habilidade em liderança com manobras de guerrilha em países de conflito, por anos sendo responsável pelos mortais no fronte.

Saiyd e “dois tiros” se tornaram carniçais por mim alguns anos depois do fim da Primeira Grande Guerra. Lliderados em assassinatos e sequestros na Palestina, em Israel, Afeganistão e no próprio Egito. Vieram a falecer em um conflito no Canal de Suez, em 1941, durante a Segunda Guerra. Meu Senhor nos enviou para sabotar tropas italianas num ataque furtivo, mas foi fracassado. Os motivos reais Abdullah nunca me explicou direito. Talvez quisesse algum objeto de valor sob posse dos militares, talvez quisesse simplesmente me testar.

Aprimorei todas as minhas habilidades nos anos seguintes, participando de batalhas na Palestina recém dividida, mais uma vez enviado por meu Senhor, desta vez sozinho, me infiltrando no exército muçulmano. Entendi minha participação nesses conflitos como uma etapa de meu crescimento, uma preparação para algo maior que está por vir.

Meu objetivo atual é conquistar mais uma vez o direito a um templo, e poder me aprofundar cada vez mais no conhecimento do clã, e continuar a me preparar para o inevitável retorno do Deus-Guerreiro Set.

Sobre Serpentes da Luz

A heresia de alguns Serpentes mudou nossa trajetória de alguns anos pra cá. Fomos indicados para viver na América do Norte e minar o poderio desses Setitas que se agrupam no Sabá. Não fosse ruim o suficiente ficar distante da Europa, pra piorar um dos recentes traidores nada mais, nada menos que Amun Saraj. Tão confiável até esse momento. Como pode ele, em sua sabedoria mais profunda que a minha, se rebelar contra Set? Meu Senhor começou a me ensinar inglês a alguns anos justamente para armar uma expedição às Américas.

As investidas de sua nova família bastarda já ceifou algumas não-vidas importantes. Suas cinzas devem ser espalhadas em fezes de animais. Eu me incumbi de realizar tal proeza em curto prazo. Sinto que em breve terei o traidor em minhas mãos. Minha não-vida existe em prol da causa de Set, e tudo que faço é por sua graça, que aviva meu corpo morto e me faz deus na noite!
Undead Freak
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