Vampiros - A Máscara
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Uma Sede Sem Fim

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Mensagem por Abigail Ter Jun 23, 2020 3:00 pm

Henry Crow; Pds 06/15; FdV 07/10; Vit.: Ok


O Ventrue estava tendo uma experiência nunca antes provada. Mesmo com praticamente dois séculos de existência ele ainda descobria facetas do sobrenatural que eram novidade. Crow transformava o uso da Majestade em uma pregação. E convocava o "fiel" Juan:
-Entre no jogo e siga minhas instruções. Confie no seu Ductus. Relatório sucinto da missão sussurrado em meu ouvido agora. Quero nome e localização de seu tenente. Pareça envergonhado para esse povo enquanto fala.

Juan, totalmente a mercê do Ventrue obedecia aos seus caprichos dizendo com uma risada sem graça: - Eu não tenho um nome e nem localização, senhor. O Ventrue, percebendo a resposta de seu subordinado realizava novas perguntas e ligando os fatos obtinha a seguinte resposta de Juan: - Eu não consegui nenhum progresso. Custei a descobrir que o traficante que eu estava tentando laçar já era um lacaio de outro vampiro e, por isso o meu laço não funcionou com ele. Além de perder muito tempo, por ser um carniçal ele já sabia que eu era um vampiro e eu acho que recebeu instruções para tentar colher informações de mim. Por isso não lhe procurei, senhor. Fiquei com medo que de alguma forma eu pudesse levá-los até o senhor sem que eu quisesse...

No fim das contas Juan havia falhado novamente. Talvez não por culpa dele, mas... nesse jogo do mundo das trevas havia criaturas com séculos de existência, muito mais habilidosas no tabuleiro do poder. Talvez fosse possível até que a falha tenha sido de Alex Troy, ao colocar uma criança da noite para tentar ganhar um território sem levar em conta que aquele território já poderia estar dominado por um vampiro com dezenas de anos e a talvez até um século a mais de existência que Juan...

Os olhos lacrimejantes de Juan e envergonhados pela falha fitavam Crow clamando em silêncio por perdão...
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Mensagem por Ignus Qua Jun 24, 2020 2:58 am

Juan, totalmente a mercê do Ventrue obedecia aos seus caprichos dizendo com uma risada sem graça: - Eu não tenho um nome e nem localização, senhor. O Ventrue, percebendo a resposta de seu subordinado realizava novas perguntas e ligando os fatos obtinha a seguinte resposta de Juan: - Eu não consegui nenhum progresso. Custei a descobrir que o traficante que eu estava tentando laçar já era um lacaio de outro vampiro e, por isso o meu laço não funcionou com ele. Além de perder muito tempo, por ser um carniçal ele já sabia que eu era um vampiro e eu acho que recebeu instruções para tentar colher informações de mim. Por isso não lhe procurei, senhor. Fiquei com medo que de alguma forma eu pudesse levá-los até o senhor sem que eu quisesse...


O relatório de Juan revelava algumas coisas dignas de nota.

A primeira delas era que a Camarilla havia agido com rapidez e preenchido o vácuo que o assassinato do oriental deixara. Não era exatamente algo surpreendente, afinal o crime organizado é uma atividade lucrativa e muito útil de se ter sob controle, mas Crow tinha alguma esperança de que a Morte Final do oriental somada ao fim de Arthea pudesse ter desestabilizado o clã Ventrue ou mesmo que o domínio estivesse sendo objeto por disputa entre diversos Membros. Saber que não era o caso não deixava de ser uma informação dotada de certo valor.

A segunda era que uma vez mais Juan fracassara em uma missão. Aquilo de certa forma tornava o que teria de ser feito a seguir mais fácil. Ter sido capturado no passado fora uma grande falha, é claro, mas havia ocorrido durante uma operação de alto risco e, mais importante, havia sido a primeira de Juan. Dessa vez ele era reincidente em seu fracasso e falhara em uma operação de médio prazo sem risco iminente na qual poderia ter adotado dezenas de caminhos alternativos -matar o humano que mandava no local e substituí-lo, formar uma gangue rival, emboscar o cainita que puxava as cordas, dentre tantas outras alternativas - para reivindicar o controle do crime local com um pouco de criatividade caso a maneira mais obvia não se revelasse viável.

Em tempos normais talvez isso não bastasse para fazer Crow decretar sua Morte Final, mas dadas as circunstâncias parecia ser justificativa suficiente para sua consciência que, a rigor, já buscava uma razão além da ordem de Mehara para eliminá-lo com algum embasamento moral.

A terceira era que a Camarilla não estivera disposta a permitir que Juan “fossem bem-sucedido” em sua empreitada com o intuito de pescar peixes maiores. Aquilo era surpreendente. Ao idealizar o afastamento de Juan o Ductus havia suposto que a Camarilla deixaria ele “tomar” o tráfico local de forma a atrair os superiores do soldado raso enviado com essa missão. Aquilo não ter ocorrido era algo a se analisar. Por que eles haviam optado por não dar mais corda para seu informante oculto? Será que seu controlador não havia sido suficientemente sagaz para ceder migalhas em troca de uma recompensa maior? Ou será que o controlador de Juan simplesmente não quisera ou não pudera negociar com Membro que controlava o tráfico para, em conjunto, enganarem a seita rival?

Bem, fosse como fosse o domínio do crime de Castle Rock não havia sido conquistado e as noites em que Juan ali passara não concederam vantagem estratégica alguma. Ou pelo menos não em relação à Camarilla. Juan ainda, sabendo ou não, poderia dar informações relacionadas a Mehara.

-Compreendo. – A voz do Ductus era despida de emoção. Seria melhor assim tanto para manter Juan no estado de espírito adequado como para não tornar sua Morte Final em alguns momentos ainda mais emocionalmente dolorosa –Mais uma coisa: o que o levou a vir parar nesta Igreja?

Assim que descobrisse o que pudesse sobre como sua nova Senhora conduzira Juan até ali sua utilidade como fonte de informação estaria esgotada. Assim sendo, seria hora de dar início ao ritual.

-Certo. Bem, eu fico feliz por nosso encontro fortuito. Sua penitência ficará para mais tarde. Por razões táticas eu preciso dar um show para esses Barris agora. Você servirá como meu parceiro de palco melhor do que qualquer humano poderia. Siga minhas deixas.

Encerrada a conversa o Ventrue olha bem para Juan por dois ou três segundos. Ele sabia que no futuro se lembraria daquelas feições com grande pesar, mas ele também sabia que seria covardia deixar de encarar de frente a hediondez do que estava prestes a fazer. Juan fracassara por duas vezes, mas fora leal até o final de sua existência, preocupando-se em expor Troy a riscos como poucos outros jamais se importaram. Sua paga, todavia, era a Morte Final. Uma derradeira ferramenta aos propósitos sombrios e egoístas de Crow.

"O fato de que o corpo de Juan será convertido em cinzas será ótimo para dar credibilidade a minha pregação mesmo depois que os poderes da Presença se esmaecerem. Meu querido irmão, com sua Morte Final você finalmente cumprirá com louvor uma missão em meu favor. É verdadeiramente uma pena que tenha de ser dessa maneira."

-Nosso irmão aqui estava certo em se sentir maculado pelo pecado. Suas transgressões foram grandes. Mas não cabe a mim fazer juízo de valor sobre elas. Eu sou apenas um mensageiro. O Senhor há de julgá-lo. E não há de ser no final dos tempos. O Senhor me disse que se fará presente aqui e há de mostrar agora mesmo para toda a congregação se ele é digno do perdão do Altíssimo ou se as chamas divinas irão fustigá-lo. Meu filho, tire a camisa e dirija-se ao altar, sim?


Conforme Juan se encaminha para o altar Crow irá perguntar ao reverendo onde estão as taças.

-Muito bem, meu bom homem. Agora me escutem. O Senhor me disse em verdade que devemos entrar em comunhão com ele agora mesmo. Dessa vez será algo especial, então não contaremos com a transubstanciação do vinho no sangue do Cordeiro. Não. Dessa vez ele nos ordena que a matéria a ser convertida no sangue divino seja outra. O sangue deste humilde mensageiro será usado. Venha, meu querido pastor, ajude-me a fazer com que todos os presentes recebam uma taça.

Assim que todos tivessem uma taça a ordem viria de maneira simples: - Bebam.

Seria então hora de continuar. Era hora de fazer os desenhos.

-Como todos aqui sabem foi o sangue daquele sem pecados que foi derramado para salvar a todos nós pecadores. É por isso que o Senhor me ordena que o sangue dos impuros que conspurcava essa santa Casa seja colocado em seu altar. O poder divino há de eliminar todas as suas máculas.

Ao se dar por satisfeito com os preparativos o cainita vai finalmente buscar a garota e ordena que Juan se posicione adequadamente.

-O Senhor nos manda agora trazer o cordeiro puro a seu Altar. Tal qual o cordeiro cujo sangue era colocado nas portas de nossos ancestrais de fé para lhes proteger nas pragas do Egito nós teremos nosso cordeiro também.

Ele posiciona Erika no local correto e dá um beijo em sua testa, falando algumas palavras tranquilizadoras para ela antes de começar a drenar seu líquido rubro.

Quando a garota finalmente estivesse seca seria a vez de Juan. Crow iria dar um Beijo em seu pulso até se sentir totalmente satisfeito (ou até perceber que a vitae se esgotara. Em hipótese alguma ele cometeria diablerie). A seguir iria pedir a seu subordinado que fechasse os olhos e iria se posicionar de forma a segurá-lo com firmeza, invocando os dons do sangue {1pds para Rapidez}  para não correr qualquer risco de que ele pudesse escapar. Seria então o momento de lhe desferir mordidas que ceifariam inadvertidamente sua existência.

A seguir, ainda com o gosto amargo da traição na garganta o Ventrue faria a última parte do ritual, ele colocaria as cinzas  de Juan na boca da garota, a Abraçaria e diria: -Mehara, eu te invoco!

Ele então permitiria que sua cria bebesse de seu pulso até que não houvesse mais a sombra do frenesi em seus olhos recém-abertos e aguardaria que ela lhe dirigisse a palavra..
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Mensagem por Han Qua Jun 24, 2020 9:51 am

- De interesse de todos ou do seu interesse exclusivamente? Ninguém me falou sobre a necessidade de um retrato falado. Realmente, meu talento com desenhos é único...

_ Meu Deus! Será que não fui claro? Ninguém falou... Teríamos que convocar um conclave para lhe transmitir a notícia? Criança impetulante. _ A lembrança de minha conversa com William me ocorre. _ Agora eu sei como William deve ter se sentido comigo. Talvez eu devesse arranjar uma maneira de me redimir. _ Ignoro deliberadamente o questionamento de Sulamita. E foco em outros detalhes mais promissores. _ Talento singular hein! Gostei da sua confiança. Não deveríamos ser tão modestos quanto aos nossos talentos, não é mesmo?

Sulamita me conduz até os bastidores, atrás do palco principal. No caminho, passamos por roupas de épocas. O engraçado é que usei bastante roupas parecidas com algumas das que estavam no figurino teatral. Sinto uma breve sensação de nostalgia. Sulamita parecia estar empolgada com o desenho. Isso era bom. Ela pegava um caderno de desenho grande, e passava uma página para ter uma folha em branco. Na página anterior havia um belo desenho, talvez feito por ela mesmo. "Quem é ele?" Me perguntava a neófita. _ Se eu soubesse, não precisaria de um retrato falado né minha criança? _ Bem, Seu rosto é... _ Começo a descrever. Enquanto eu ia falando os detalhes do rosto em minha mante, Sulamita ia rabiscando o papel. Quando chegamos ao fim, ela me mostrava o resultado. Faço algumas ressalvas para ela modificar. Preciso que o retrato fique o mais fiel possível.

Trabalho pronto, agora era pensar numa forma de propagar a imagem do inimigo. _ Bom trabalho Sulamita. Realmente, seu talento é tão excepcional quanto a sua beleza. Vou falar bem de você para a corte. Com o desenho em mãos, ligo para Valerya. Eu já tinha em mente o que fazer, mas preciso da benção da Xerife, afinal, ela está acima de mim na hierarquia militar da Camarilla. Ligo na frente de Sulamita mesmo, isso mostrará para ela que minhas palavras eram verdadeiras. Que é um assunto de interesse geral. _ Xerife. Estou com o retrato falado em mãos. Eu pensei melhor e, não acho que a ideia de replicar a imagem e entregar para cada membro de Denver seja a melhor opção. Pois se isso cai nas mãos do inimigo, eles podem se adiantar. Minha sugestão é primeiro informar Kate e William e, sugerir um conclave onde será exibido a imagem do desenho para todos. Assim, instruir do perigo que tal inimigo oferece e propor uma recompensa por informações e/ou captura.

Talvez Valerya poderia me repreender por achar que estou me adiantando demais, porém, deixei bem claro que se tratava de uma sugestão. E realmente acredito que seja a melhor maneira de conduzir a situação. O momento exige cautela, mas também exige ação, pois o governo está mais perto do que nunca e nós estamos sendo caçados. O pior de tudo é que ainda não sabemos disso. Sei que não podemos derrotar o inimigo, mas, se capturamos o líder da agência, os Ventrue fariam uma negociação com ele e, o governo seria uma preocupação a menos para nós. Esse assunto em específico me preocupa, pois estão todos ocupados demais com os ataques de frenesi que estão quebrando a máscara e ninguém para cuidar do governo. Bom... Mas de qualquer maneira a palavra final é da Xerife.
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Mensagem por Abigail Qua Jun 24, 2020 4:29 pm

Henry Crow; Pds 07/15; FdV 07/10; Vit.: Ok


Feitas as suas notas mentais, o Ventrue prosseguia:
–Mais uma coisa: o que o levou a vir parar nesta Igreja?
Enfeitiçado pela Majestade, Juan abria-se completamente para Crow. E respondia: - Uma voz dentro de mim me chamava para cá. E ela ficava dentro da minha mente e não parou até que eu vim. Crow notava muitas dúvidas nas palavras do neófito. Ele não tinha a menor ideia do que havia acontecido a ele. - Devo estar ficando paranóico. Acontece com alguns militares depois que matam alguém em uma missão ou depois que deixam as forças armadas... Ele sorria, sem graça.

Crow fazia uma pregação e usaria o sacrifício de Juan como algo "divino". À medida que o vampiro explanava e pregava, a congregação o acompanhava em clamores. Os falsos crentes e profetas entregavam-se em um culto fervoroso. Alguns gritavam, outros choravam, outros falavam em línguas estranhas. Qualquer um que passasse na rua acreditaria que a igreja estava em grande fervor naquela noite. Mas depois do que acontecera minutos antes Crow começava a compreender as coisas. Eram todos profanos, falsos profetas. Adoravam, e falavam em línguas somente da boca pra fora. Não tinham o que aquele casal assassinado por Crow realmente tinha. Aquele casal sim, eram dignos de ser chamados de cristãos. Mas tudo aquilo era favorável para o vampiro.

Por fim, com o pentagrama desenhado em sangue no piso, Juan e Erika posicionados, o Ventrue ajoelhava próximo da menina. Ela tinha uma pele bonita, sedosa e jovem. O vampiro via a jugular pulsando pelo sangue dentro do pescoço dela. A fome aflorava e suas presas saltavam. Crow mordia o pescoço da pequena garota e o sangue escorria em sua boca. Aaaah... aquele sangue era diferente! Não só quente e puro. Mas um sangue virgem. Sem doenças, sem vícios, um sabor único! Logo o vampiro estava saciado e ele desejava mais daquele sangue. Mas sua fonte havia se esgotado. Erika agora era um corpo vazio e pálido, com apenas dois pontinhos rubros na altura do pescoço, por onde sua vida se esvaiu.

"Convide as crentes que estão dentro de sua dieta para que subam ao altar, dê a elas o beijo vampírico e diga qualquer desculpa religiosa para ligar o beijo vampírico a uma benção e elas sempre irão procurá-lo novamente atrás dessa suposta benção." Crow escutava a voz de Mehara dentro de sua mente. E assim ele fazia.
E assim o vampiro prosseguia. Um a um os fieis iam até o altar receber a "benção" do pregador Henry Crow. Um a um eles bebiam o sangue do vampiro que estava em uma taça esperando. O vampiro ainda bebia das fiéis que estavam dentro de sua dieta para repor o sangue que lhe era retirado.

Por fim seria a vez de Juan. Com a congregação toda sob o efeito da vitae de Crow, o Ventrue ajoelhava-se onde Juan estava deitado e mordia seu pulso. O sangue de Juan não era puro como o daquela jovemzinha, mas era muito mais potente e saboroso. Crow bebia e bebia e a medida que as forças de Juan drenavam-se ele notava que alguma coisa ali estava saindo fora do combinado. Desesperadamente Juan tentava reagir. Contra o prazer do beijo e contra o Ventrue. Ele reúne as forças necessárias para vencer o prazer do beijo e vem a lucidez.
- O que o senhor está fazendo? Ele tenta se soltar. Mas Crow era mais forte. A força sobrenatural era latente no corpo de Crow. E ele prende Juan. O neófito fita Crow nos olhos pela última vez antes de perder a consciência e ceder ao frenesi. Havia decepção nos olhos de Juan. Ele balançava a cabeça em um sinal de reprovação para com Crow e uma lágrima de sangue escorria do seu olho direito.
- Uaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah! Conforme previsto, a besta assumia antes de Juan entrar em Torpor. Ele berrava para o teto com suas presas enormes saltando para fora. A congregação estalava os olhos incrédula como que via. Aqueles caninos daquele tamanho na boca de Juan. Mas Crow era um ancilae. E Juan um neófito. Em duas rápidas mordidas o corpo de Juan perecia. O tempo cobrava o seu preço e seu corpo escurecia, secava e tornava-se pó. Juan encontrava seu fim nas mãos de seu próprio Ductus. E então talvez Crow se lembraria do retrato do bando caindo e que o porta retrato trincava-se exatamente onde estava o rosto de Juan. Seria uma coincidência?

Seja como fosse, Crow concluía o ritual. Colocava pó de vampiro na boca da garota virgem. Derramava sua vitae sobre ela. A vitae de Crow escorria com o pó de vampiro dentro do corpo da menina e Crow invocava sua salvadora:
-Mehara, eu te invoco!

Era inverno. Mas Crow ouvia trovões do lado de fora da congregação. Trovões e clarões de relâmpagos entravam pelas janelas. Uma escuridão sem fim se formava do lado de fora. Por algum motivo todo o lugar em volta da igreja ficava sem energia elétrica e todas as luzes se apagavam. Um vento forte entrava pelas frestas das janelas e apagava as luzes de todas as velas da igreja e nenhuma luz havia lá dentro. Um "fiel" ascendia a lanterna, mas a luz da lanterna também se findava. E então as únicas luzes que haviam eram os clarões dos relâmpagos que mostravam as faces assustadas de cada um dentro da igreja, em seus flashs intermitentes. O chão começava a tremer e um vento forte circulava no pentagrama com tamanha força que fazia o corpo da pequena Erika flutuar descalça e com seus vestido branco. Seus cabelos loiros agitavam. Então seu corpo que estava deitado no ar inclinava-se e ela era colocada de pé. Por fim seus olhos se abriam. Os humanos não podiam ver no escuro. Mas Crow tinha uma visão melhor e ele via os olhos negros dela e ela abria a boca e rosnava com suas presas saltando como as de um vampiro. A pequena "Erika" apanha o pulso de Crow e bebe sua vitae freneticamente. O Ventrue sente suas forças se esvairem rapidamente. Mas num certo ponto ela parava o processo. Então ela assumia uma aparência "humana", olhava para as velas da igreja e as velas ascendiam. E a energia voltava nos arredores da igreja. E a lanterna daquele fiel voltava a lumiar, embora não fosse mais necessário.

- Irmãos e irmãs! Isto é um milagre! Eu estava com uma doença terminal. O médico tinha me dado 1 mês de vida e este pregador me curou! E então toda a congregação entrava em euforia, gritando, cantando e orando. Mehara olhava para Crow e dizia:
- Não temos muito tempo. Te espero nas salas internas da igreja. Arrume uma desculpa. Não demore. E assim ela saía para uma entrada atrás do altar.


Novo antecedente adquirido:

Rebanho: 4
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Mensagem por Kane Sullivan Qui Jun 25, 2020 9:40 am

O vampiro se sentava confortavelmente perto da moça que dava abertura ao responder, mesmo de forma irônica. O vampiro dava um sorriso para as falas da mulher, olhava em sua volta, o clima parecia estar bem mais favorável do que da noite anterior 'O que uma noite bem dormida não faz.' pensava para logo em seguida responder - Imagina, todos tem, meu pai por exemplo - fazia uma pausa, olhava para baixo em um sinal claro de preocupação mas logo voltava seu olhar para moça - Não esta se sentindo bem. Pode não ser nada mas sabe como é... - não terminava a frase. Ficavam em silencio por alguns segundos e logo o caitiff voltava a conversa - Você tem alguém, eu digo, familia, pai ou mãe ou alguém que possa lhe dar cabelos brancos ? -
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Mensagem por Abigail Qui Jun 25, 2020 2:42 pm

Gerrard Blackwood; PS: 09/15; FdV: 8/8; Vitalidade: ok


O comportamento petulante da neófito Toreador fazia Gerrard lembrar de si mesmo com o Senescal. Nada como um espelho de atitudes para nos fazer refletir. E o Gangrel começa a considerar uma forma de reparar a gafe que havia cometido.
_ Talento singular hein! Gostei da sua confiança. Não deveríamos ser tão modestos quanto aos nossos talentos, não é mesmo?
- Discordo totalmente! Afirmava a neófito enquanto eles caminhavam para os bastidores. Se você não mostra sua utilidade, você torna-se descartável e ninguém se lembrará de você. Você me procurou para fazer um desenho. Acha que se eu não fosse boa nisso e não difundisse minha habilidade, alguém teria dito para você me procurar? Não! Não teria, senhor Blackwood!

Sulamita fazia o desenho conforme as características repassadas pelo Gangrel. Gerrard ia corrigindo os detalhes e o retrato falado aos poucos ganhava forma e ia tornando-se idêntico à visão que o vampiro teve. Ao final dos trabalhos o Gangrel tinha um desenho exatamente de como ele havia visto. A habilidade da neófito era realmente impressionante.

desenho:

_ Bom trabalho Sulamita. Realmente, seu talento é tão excepcional quanto a sua beleza. Vou falar bem de você para a corte.
- Obrigada! Após agradecer a Toreador apanhava uma nova página em branco e começava um novo desenho de alguma outra coisa que ainda não tinha forma... pelo visto ela passaria o resto da noite desenhando.

Gerrard faz a ligação para a Xerife e informa que estava com o desenho em mãos.
_ Xerife. Estou com o retrato falado em mãos. Eu pensei melhor e, não acho que a ideia de replicar a imagem e entregar para cada membro de Denver seja a melhor opção. Pois se isso cai nas mãos do inimigo, eles podem se adiantar. Minha sugestão é primeiro informar Kate e William e, sugerir um conclave onde será exibido a imagem do desenho para todos. Assim, instruir do perigo que tal inimigo oferece e propor uma recompensa por informações e/ou captura.

A Xerife fica em silêncio e então responde após um instante: - Precisamos conversar melhor sobre isso. Você precisa expor sua proposta por completo e dizer o que realmente pretende não só com esse desenho, mas os passos seguintes também, bem como o objetivo final. Às vezes é melhor fingir que não está vendo uma caixa de abelhas alvoraçadas do que atirar uma pedra nela só porque as abelhas estão alvoraçadas.
A Xerife via com receio a ideia de Gerrard. Talvez porque realmente era perigoso ou talvez porque Gerrard havia soltado apenas migalhas de suas ideias, guardando o contexto completo do objetivo apenas para si mesmo.
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Mensagem por Abigail Sex Jun 26, 2020 11:53 am

Kane Sullivan; PdS: 10/12; FV: 05/05; Vit. Ok


- Não esta se sentindo bem. Pode não ser nada mas sabe como é...
Kane ganhava a atenção da mulher. Ela completava o copo com uma bebida destilada que chegava ao olfato do Caitiff e tomava um gole enquanto o escutava e também oferecia a ele: - whisky?

- Você tem alguém, eu digo, familia, pai ou mãe ou alguém que possa lhe dar cabelos brancos ? -
- Não mais... meu pai já morreu e minha mãe eu não sei onde está... Na verdade eu nunca soube quem foi minha mãe. Mas se você está preocupado com seu pai, não deveria ir vê-lo? Onde seu pai mora?
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Mensagem por Kane Sullivan Dom Jun 28, 2020 11:12 am

Em uma conversa amistosa, quase ao pé do ouvido, perto do bar, o desgarrado sentia o cheiro da bebida de longe e julgava 'Já? Caralho!' ao ser perguntado se gostaria, ele negava com a cabeça e voltava sua atenção ao que a moça dizia. A resposta não surpreendia, era de seu conhecimento que sem a base familiar era normal que pessoas fossem para coisas ilicitas ou imorais, cansou de ouvir casos quando era bombeiro e parecia que com aquela moça não era algo diferente - Lamento - dizia ao ouvir que seu pai já tinha falecido e sobre nunca ter conhecido sua mãe. - Pedi para meu irmão cuidar disso, ele tem uma flexibilidade melhor - dava de ombros se referindo ao trabalho - Você as vezes se sente sozinha, solitaria? - aquela pergunta poderia surpreender mas o vampiro sem saber direito o porque, questionava algo que talvez ele sentisse no meio dessa transição toda. Sem perder o costume e sem fugir de sua natureza, ela aproveitava a oportunidade para lançar seu charme - Viu só, não sou um babaca como a maioria - virava para ela e sorria - Além de bonito, simpatico, um pouco inteligente eu também sou legal - deixava no ar e estendia mais seu sorriso esperando alguma resposta ao seu charme.
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Mensagem por Han Dom Jun 28, 2020 5:49 pm

- Discordo totalmente! Afirmava a neófito enquanto eles caminhavam para os bastidores. Se você não mostra sua utilidade, você torna-se descartável e ninguém se lembrará de você. Você me procurou para fazer um desenho. Acha que se eu não fosse boa nisso e não difundisse minha habilidade, alguém teria dito para você me procurar? Não! Não teria, senhor Blackwood!

- Mas foi justamente isso que eu disse. Apenas não detalhei tanto. Depois de muita conversa fiada, finalmente o desenho ficava pronto. A similaridade com o rosto era incrível. Parecia que Sulamita estava enxergando dentro das minhas lembranças. Após terminar o pedido, a toreadora prepara o caderno para um próximo desenho. Talvez ela tenha se empolgado com aquilo tudo. Bom, vou deixar ela a sós.

- Precisamos conversar melhor sobre isso. Você precisa expor sua proposta por completo e dizer o que realmente pretende não só com esse desenho, mas os passos seguintes também, bem como o objetivo final. Às vezes é melhor fingir que não está vendo uma caixa de abelhas alvoraçadas do que atirar uma pedra nela só porque as abelhas estão alvoraçadas.

Valérya estava hesitando em aceitar a minha sugestão. Eu realmente não esperava essa reação por parte dela. Pelo contrário, pensei que ela fosse até ficar bastante satisfeita. Mas entendo o lado dela. Lidar com o governo não é brincadeira. No passado, nossa espécie quase foi exterminada pelo rebanho enfurecido. - Entendo a preocupação Xerife, mas se minhas intenções não foi clara o suficiente é culpa minha. Vou te explicar melhor. Sua analogia do governo com o vespeiro é quase perfeita, quase se não fosse a teoria da lei de Murphy. O vespeiro na sua visão é uma praga e, pragas devem ser exterminadas, não ignoradas. Ainda mais uma praga tão perigosa quanto o governo. Me afasto de Sulamita até encontrar um local seguro para expor minhas ideias para a Xerife. - Meu plano se divide em duas etapas. A primeira é a de reconhecimento e identificação. Devemos conhecer o nosso inimigo, saber onde estão instalados, quais armas tem, e principalmente quem é o líder. A segunda parte é se livrar deles. A segunda parte se divide em duas sub-etapas, que vão depender do resultado da primeira etapa. Se o inimigo for inferior a nós, investiremos contra eles e os expulsaremos de Denver. Caso seu poder seja igual ou superior ao nosso, daremos a eles o que eles querem. A corte. Dou uma pausa dramática entes de prosseguir a eplicação. - Se precisarmos optar pela segunda opção, criaremos uma falsa corte com os sangues fraco e daremos pistas para o governo chegar até eles. Assim que eles tiverem exterminados todos os vampiros de Denver, deixarão a cidade em busca de vampiros em outras regiões.

Passo o escopo do plano para Valérya. Ela pode aceitar ou recusar. Essa foi uma explicação por telefone e logicamente se for bem vista pela Xerife, irá para a apreciação da corte. Alterações poderão ser feitas. Mas se o meu plano for aceito e consequentemente bem sucedido, me trará muito prestígio dentro da seita. Sem dizer que mataremos dois coelhos com uma cajadada só. Sangue fracos e governo. Dois problemas que assolam a Camarilla nos tempos modernos.
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Mensagem por Ignus Ter Jun 30, 2020 1:04 am

Crow fazia uma pregação e usaria o sacrifício de Juan como algo "divino". À medida que o vampiro explanava e pregava, a congregação o acompanhava em clamores. Os falsos crentes e profetas entregavam-se em um culto fervoroso. Alguns gritavam, outros choravam, outros falavam em línguas estranhas. Qualquer um que passasse na rua acreditaria que a igreja estava em grande fervor naquela noite. Mas depois do que acontecera minutos antes Crow começava a compreender as coisas. Eram todos profanos, falsos profetas. Adoravam, e falavam em línguas somente da boca pra fora. Não tinham o que aquele casal assassinado por Crow realmente tinha. Aquele casal sim, eram dignos de ser chamados de cristãos. Mas tudo aquilo era favorável para o vampiro.


Era engraçado observar como aquelas pessoas queriam apenas ver, ou melhor, participar de um espetáculo. Elas não eram crentes em essência. Eram apenas tolos procurando por uma atividade que preenchesse um pouco de suas enfadonhas e insignificantes existências. Bem, se eles precisavam de um propósito eles ficariam até felizes em se tornarem peões...


Por fim, com o pentagrama desenhado em sangue no piso, Juan e Erika posicionados, o Ventrue ajoelhava próximo da menina. Ela tinha uma pele bonita, sedosa e jovem. O vampiro via a jugular pulsando pelo sangue dentro do pescoço dela. A fome aflorava e suas presas saltavam. Crow mordia o pescoço da pequena garota e o sangue escorria em sua boca. Aaaah... aquele sangue era diferente! Não só quente e puro. Mas um sangue virgem. Sem doenças, sem vícios, um sabor único! Logo o vampiro estava saciado e ele desejava mais daquele sangue. Mas sua fonte havia se esgotado. Erika agora era um corpo vazio e pálido, com apenas dois pontinhos rubros na altura do pescoço, por onde sua vida se esvaiu.

"Convide as crentes que estão dentro de sua dieta para que subam ao altar, dê a elas o beijo vampírico e diga qualquer desculpa religiosa para ligar o beijo vampírico a uma benção e elas sempre irão procurá-lo novamente atrás dessa suposta benção." Crow escutava a voz de Mehara dentro de sua mente. E assim ele fazia.
E assim o vampiro prosseguia. Um a um os fieis iam até o altar receber a "benção" do pregador Henry Crow. Um a um eles bebiam o sangue do vampiro que estava em uma taça esperando. O vampiro ainda bebia das fiéis que estavam dentro de sua dieta para repor o sangue que lhe era retirado.

Por fim seria a vez de Juan. Com a congregação toda sob o efeito da vitae de Crow, o Ventrue ajoelhava-se onde Juan estava deitado e mordia seu pulso. O sangue de Juan não era puro como o daquela jovemzinha, mas era muito mais potente e saboroso.


O festim de degustação que lhe era oferecido era uma ocasião relativamente rara na existência de Crow. Dadas as suas restrições alimentares era incomum que ele pudesse beber de meia dúzia de fontes uma atrás da outra. Mesmo quando ele se alimentava de seus irmãos em geral era apenas de 1 por noite, para facilitar a logística envolvida na operação.

Mas ali não havia necessidade de deixar de aproveitar o buffet. Assim o Ventrue se permite desfrutar do deleite de saborear as diferentes nuances do sangue que seu paladar refinado lhe proporcionava. Uma experiência "gastronômica" excepcional.

Para além disso, em atenção ao comando de sua Senhora ele também aproveita para estabelecer o primeiro nível do laço de sangue com aquela pequena multidão. Manter todos eles como lacaios talvez não fosse justificável, dado o gasto de vitae que isso demandaria, mas mesmo naquele nível fraco de dependência já seria possível confiar a eles pequenas tarefas. E havia a possibilidade de recrutar apenas alguns indivíduos especiais. Haveria tempo para uma triagem mais tarde caso isso se revelasse proveitoso.

Um pequeno cuidado que o "pregador" toma ao se alimentar das mulheres bonitas disponíveis é perguntar seus nomes e prestar atenção em seus rostos. Oportunamente isso facilitaria quando ele desejasse tratar com elas.


Crow bebia e bebia e a medida que as forças de Juan drenavam-se ele notava que alguma coisa ali estava saindo fora do combinado. Desesperadamente Juan tentava reagir. Contra o prazer do beijo e contra o Ventrue. Ele reúne as forças necessárias para vencer o prazer do beijo e vem a lucidez.
- O que o senhor está fazendo? Ele tenta se soltar. Mas Crow era mais forte. A força sobrenatural era latente no corpo de Crow. E ele prende Juan. O neófito fita Crow nos olhos pela última vez antes de perder a consciência e ceder ao frenesi. Havia decepção nos olhos de Juan. Ele balançava a cabeça em um sinal de reprovação para com Crow e uma lágrima de sangue escorria do seu olho direito.


O olhar final de Juan com certeza seria uma lembrança que atormentaria Crow até o fim de seus amaldiçoados dias. O Ventrue já cometera muitos atos infames, mas uma traição como aquela era algo inovador até mesmo para seus padrões de profanidade.

Sem prejuízo de sua compaixão, o cainita leva a cabo a derradeira hediondez, maculando ainda mais qualquer conceito de dignitas ou de decência que pudesse nutrir sobre si próprio.


- Uaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah! Conforme previsto, a besta assumia antes de Juan entrar em Torpor. Ele berrava para o teto com suas presas enormes saltando para fora. A congregação estalava os olhos incrédula como que via. Aqueles caninos daquele tamanho na boca de Juan. Mas Crow era um ancilae. E Juan um neófito. Em duas rápidas mordidas o corpo de Juan perecia. O tempo cobrava o seu preço e seu corpo escurecia, secava e tornava-se pó. Juan encontrava seu fim nas mãos de seu próprio Ductus. E então talvez Crow se lembraria do retrato do bando caindo e que o porta retrato trincava-se exatamente onde estava o rosto de Juan. Seria uma coincidência?


Até aquele momento Crow havia considerado a rachadura do porta-retratos em um primeiro momento como uma ocorrência desimportante e a seguir como um detalhe de pouca monta que havia passado por sua cabeça de maneira trivial. O retorno da lembrança uma vez mais desperta sua memória.

"Seria coincidência demais que aquele vidro tenha rachado justamente hoje e exatamente sobre a imagem de Juan. Ainda mais se eu considerar que Mehara que o trouxe até aqui e pronunciou sua sentença de morte. Teria ela também providenciado a quebra do vidro? Mas qual seria o propósito disso? Ou será que há alguma outra força ou um reflexo da força dela em jogo que eu não consigo visualizar ainda. Pior que isso. A foto estava trincada sob meu peito também. Seria um prenúncio de que algo sobrevirá a mim também? Talvez tenha alguma relação com o ferimento de meu peito que reabriu sem motivo aparente..."


Era inverno. Mas Crow ouvia trovões do lado de fora da congregação. Trovões e clarões de relâmpagos entravam pelas janelas. Uma escuridão sem fim se formava do lado de fora. Por algum motivo todo o lugar em volta da igreja ficava sem energia elétrica e todas as luzes se apagavam. Um vento forte entrava pelas frestas das janelas e apagava as luzes de todas as velas da igreja e nenhuma luz havia lá dentro. Um "fiel" ascendia a lanterna, mas a luz da lanterna também se findava. E então as únicas luzes que haviam eram os clarões dos relâmpagos que mostravam as faces assustadas de cada um dentro da igreja, em seus flashs intermitentes. O chão começava a tremer e um vento forte circulava no pentagrama com tamanha força que fazia o corpo da pequena Erika flutuar descalça e com seus vestido branco. Seus cabelos loiros agitavam. Então seu corpo que estava deitado no ar inclinava-se e ela era colocada de pé. Por fim seus olhos se abriam. Os humanos não podiam ver no escuro. Mas Crow tinha uma visão melhor e ele via os olhos negros dela e ela abria a boca e rosnava com suas presas saltando como as de um vampiro.


Além sua própria experiência ao ser Abraçado - que era compreensivelmente confusa - Crow já tivera a oportunidade de presenciar um número razoável de conversões de humanos em cainitas. Claro que havia algum elemento de fantástico em um corpo beirando a morte ter a fagulha da não-vida o reanimando, mas nada parecido com o que ele acabara de presenciar. Por sinal, aquilo fazia ele refletir sobre o que exatamente ocorrera. Mehara certamente existia antes do Abraço. Como ela fizera para "encarnar" na menina então? Será que ela deixara seu corpo seguro em algum lugar e assumira aquele para não ser reconhecida? Ou talvez seu corpo original tivesse sido destruído e sua consciência tivesse ficado vagando por aí, esperando uma oportunidade e ocupar um novo corpo. Ou será que ela jamais tivera um corpo? Se fosse esse o caso, que tipo de criatura ela poderia em verdade ser?.


A pequena "Erika" apanha o pulso de Crow e bebe sua vitae freneticamente. O Ventrue sente suas forças se esvairem rapidamente. Mas num certo ponto ela parava o processo. Então ela assumia uma aparência "humana", olhava para as velas da igreja e as velas ascendiam. E a energia voltava nos arredores da igreja. E a lanterna daquele fiel voltava a lumiar, embora não fosse mais necessário.

- Irmãos e irmãs! Isto é um milagre! Eu estava com uma doença terminal. O médico tinha me dado 1 mês de vida e este pregador me curou!


"Jogada muito sagaz. Deu ainda mais credibilidade a meu pequeno teatro. E foi uma mentira contada com desenvoltura. Um estilo um tanto diferente daquele distante com que ela havia me tratado quando da ocasião do encontro com o pelos prateados. Bem, sendo a enganadora eficaz que ela se revelou presumo que não seja algo relacionado ao fato de estar encarnada. Ela deve ter apenas adotado aquele tom anteriormente porque acreditou que ele seria mais adequado para me persuadir. Mais um indício de que eu estou lidando com alguém extraordinário em aspectos que vão além do poder bruto."


E então toda a congregação entrava em euforia, gritando, cantando e orando. Mehara olhava para Crow e dizia:
- Não temos muito tempo. Te espero nas salas internas da igreja. Arrume uma desculpa. Não demore. E assim ela saía para uma entrada atrás do altar.


Era hora de finalmente ter uma conversa fisicamente pessoal com sua nova empregadora.

-Pastor, por favor passe uma folha para os fieis que desejarem registrar seu nome e telefone a ser entregue a mim. Irei orar sobre ela em favor dos que assim desejarem. Agora, se me dá licença, preciso ir ao banheiro.

Acreditando que ninguém iria impedí-lo Crow caminha com confiança para o interior da igreja.
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Mensagem por Abigail Qua Jul 01, 2020 8:46 am

Kane Sullivan; PdS: 10/12; FV: 05/05; Vit. Ok

Kane conduzia a mulher por um diálogo. Ele tentava saber mais sobre ela e passar uma nova impressão de si mesmo.
- Você as vezes se sente sozinha, solitaria? -

Ela dava um gole na bebida. Pousava o copo sob a mesa indelicadamente e soltava: - Já me acostumei a isso...
- Viu só, não sou um babaca como a maioria - virava para ela e sorria - Além de bonito, simpatico, um pouco inteligente eu também sou legal -
A mulher arregalava os seus olhos. Soltava um sorriso sem graça e fazia uma piada: - Realmente vi que você não é um babaca como a maioria. É um babaca que se acha! Ela soltava uma gargalhada para o alto e ficava difícil para Kane distinguir se ela havia falado com 100% de sinceridade ou se era mesmo apenas uma piada. E agora?
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Mensagem por Abigail Qua Jul 01, 2020 11:57 am

Gerrard Blackwood; PS: 09/15; FdV: 8/8; Vitalidade: ok

O Algoz expunha com mais detalhes o seu plano para a Xerife. Ela deixava o Gangrel falar e quando ele terminava, após um instante ela dava a seguinte resposta ao telefone: - Gerrard, eu não acho que esse plano vai funcionar. Se você quiser levar isso adiante, sinta-se livre e desimpedido para expor suas ideias para a primigênie, mas por sua própria conta. Se eles concordarem com isso aí, tudo bem. Mas eu tô fora!

A Xerife não impedia o Algoz de levar seu plano adiante, mas tirava o corpo fora. Era evidente que ela não queria ter participação naquele plano, ao menos enquanto não viessem ordens de cima.
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Mensagem por Abigail Qua Jul 01, 2020 4:10 pm

Henry Crow; Pds 07/15; FdV 07/10; Vit.: Ok

Crow fazia um pedido ao padre. Soltar uma lista para quem quisesse orações. O ventrue tinha sido sagaz. Naquela situação muito provavelmente todos os fiéis ali dentro assinariam a lista. Ele deixa o altar e pregador dava continuidade ao culto. Crow segue para os ambientes internos da igreja enquanto as vozes dos fiéis e do pregador ficavam mais distantes. Ele entra por uma porta e se vê em uma modesta sala de espera, com um sofá, uma mesa de centro, uma TV. Mas a menina não ali não estava. Para a outra porta ao final da sala o Ventrue segue. Ao passar por ela o vampiro agora estava em um lugar um pouco mais rústico. Era uma espécie de cozinha retangular, com uma mesa grande de tábua no centro. Armários com estoques de comida, um fogão de cozinhar e Mehara estava na outra extremidade da mesa de madeira tocando a madeira com as pontas dos dedos deslizando sobre a superfície da mesa como se estivesse gostando de sentir o seu próprio tato.

- Eu já quase havia me esquecido da sensação de tocar as coisas assim... Ela dizia como se estivesse com um pensamento bem distante. Então olhava para os olhos do vampiro com um ar de quem já estava esperando as perguntas virem...
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Mensagem por Kane Sullivan Qui Jul 02, 2020 1:25 am

A conversava parecia estar indo para um rumo onde o cainita poderia gostar. A ironia e o senso de humor era um combo que mexia com o cainita e achava isso sexy. Com a piada feita e a gargalhada, ele se juntava e fazia um coro, havia entendido como piada e mesmo que fosse verdade, ela havia achado graça e isso era uma vantagem. Ao termino da risada ele então dizia: - A quanto tempo esta aqui? - questionava.
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Mensagem por Ignus Qui Jul 02, 2020 1:46 am

Armários com estoques de comida, um fogão de cozinhar e Mehara estava na outra extremidade da mesa de madeira tocando a madeira com as pontas dos dedos deslizando sobre a superfície da mesa como se estivesse gostando de sentir o seu próprio tato.

- Eu já quase havia me esquecido da sensação de tocar as coisas assim... Ela dizia como se estivesse com um pensamento bem distante. Então olhava para os olhos do vampiro com um ar de quem já estava esperando as perguntas virem...

"Esquecido como se toca... Bem, ou ela está mentindo para mim abertamente - o que não seria algo de todo inesperado - ou minha pergunta sobre se ela já teve um corpo em algum momento do passado acabou de ser respondida. Eu me indago que tipo de poderes permitiram a ela sobreviver sem um corpo físico."

Crow tinha uma dúzia de perguntas para fazer. Quem era ela afinal? O que era ela? Quais eram seus planos para ele? Mas seu senso de educação lhe sugere que não era hora de bombardear os ouvidos de sua Senhora com aquilo. Seria de melhor alvitre conduzir a conversa com mais dignidade. E não custava sutilmente aproveitar a oportunidade para ressaltar como ele próprio se desincumbira do que lhe fora pedido adequadamente e de se mostrar solícito.

-É um prazer ter a oportunidade de conversar com a Sra. no plano físico. E em circunstâncias menos traumáticas do que as que envolveram nosso primeiro contato. Espero que o corpo que providenciei em atenção a suas instruções seja de seu agrado.


Pausa

"Em um Abraço normal nesse momento o cainita recém criado estaria experimentando o êxtase de descobrir sua nova condição e totalmente confuso com sua nova existência. A parte da confusão certamente não se aplica a Mehara, mas será que ela já é familiarizada com a condição vampírica? Talvez alguns conselhos sobre como usar a vitae ou outros detalhes mundanos possam lhe ser úteis. E mesmo que não seja, a partir da resposta dela eu talvez possa descobrir se ela era uma cainita antes de perder seu corpo anterior."


-Por falar em seu novo corpo, eu não sei se V.Exa. está acostumada a ocupar um receptáculo cainita. Sem qualquer pretensão de querer inverter nossos papéis em nossa relação de mentora e pupilo, gostaria de me colocar à disposição caso deseje alguma orientação de ordem prática que possa facilitar sua aclimatação.
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Mensagem por Abigail Qui Jul 02, 2020 8:58 am

Kane Sullivan; PdS: 10/12; FV: 05/05; Vit. Ok

Kane estava decidido a buscar mais informações sobre aquela mulher. E ele continuava a fazer mais perguntas:
A quanto tempo esta aqui?

- Um ano e meio. Quero juntar uma grana e depois cair fora. Ela dava mais uma bicada no copo de whisky, enquanto fitava o caitiff.
- Seria bom se eu achasse um homem rico que me desse o dinheiro que eu preciso. Pousava o copo na mesa.
- Você não conhece nenhum velho rico? Hahahaha Ela ria da própria piada sem graça. Mas seu sorriso se desfazia em um semblante triste. Ela deixava de fitar o vampiro e olhava para o chão. A cabeça baixa. O vampiro podia ver que o cabelo estava precisando de um novo retoque de tinta. A tinta loira esta mal cuidada e amarelada. Mas ela tinha uma beleza natural até interessante. Não era linda, mas também não era feia.
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Mensagem por Abigail Qui Jul 02, 2020 9:14 am

Henry Crow; Pds 07/15; FdV 07/10; Vit.: Ok

O Ventrue estava particularmente curioso sobre a natureza de sua nova empregadora. O que será que era aquela mulher, ou aquela pessoa? Seja como for o sangue azul pretendia conseguir essa informação aos poucos e sutilmente.
-É um prazer ter a oportunidade de conversar com a Sra. no plano físico. E em circunstâncias menos traumáticas do que as que envolveram nosso primeiro contato. Espero que o corpo que providenciei em atenção a suas instruções seja de seu agrado.

Ela soltava uma risada de prazer e dizia: - Estar dentro da carne é sempre bom. Os prazeres da carne são únicos... Aquilo parecia ser mesmo um "sim".

-Por falar em seu novo corpo, eu não sei se V.Exa. está acostumada a ocupar um receptáculo cainita. Sem qualquer pretensão de querer inverter nossos papéis em nossa relação de mentora e pupilo, gostaria de me colocar à disposição caso deseje alguma orientação de ordem prática que possa facilitar sua aclimatação.
- Quanta gentileza, Henry Crow. É incrível como você é sempre gentil quando isso se mostra necessário ou adequado às suas finais intenções, quando na verdade você é ceifador que já derramou um mar de sangue à sua volta. Lembra? Ela parecia referir-se à visão de Crow quando havia "morrido" e viu a quantidade de sangue que ele já havia derramado em sua existência.
- Mas não o estou criticando. Na verdade esse foi um dos motivos que eu o escolhi. Você é necessário para mim também. Ela ia até uma porta dos fundos e a abria. A porta era a saída da igreja dos fundos. - Vamos dar uma volta? Não gosto desse tipo de lugar... Dizia ela olhando a igreja em volta com uma expressão de asco. Em seguida ela simplesmente saía. Caberia a Crow alcançá-la. Ele aperta o passo. E logo eles estão caminhando juntos, lado a lado, pela calçada. A rua estava com quase nenhum movimento. Alguns carros estacionados. Uma fina neblina cobria o horizonte distante e dava um charme à iluminação pública, fazendo os feixes de luz dos postes ficarem visíveis. Enquanto eles caminhavam, a pequena menina loura falava algumas coisas:
- Há muitas coisas para serem esclarecidas. Há muito que você precisa saber. Uma noite não será suficiente para lhe esclarecer tudo. Nem duas, nem três. Terás que se contentar com migalhas de informações, até porque eu não sei quanto tempo conseguirei ficar neste corpo. Afinal esse corpo não me pertence. Mas saberás o necessário. Eu o escolhi porque você é obstinado, sagaz e tem muita, mas muita sede de poder. Ela então para. Olha para Crow fitando-o profundamente e diz:
- O que mais queres nesse momento, Crow? Se pudesse ter algo, o que gostaria de obter?
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Mensagem por Ignus Qui Jul 02, 2020 1:30 pm

- Quanta gentileza, Henry Crow. É incrível como você é sempre gentil quando isso se mostra necessário ou adequado às suas finais intenções, quando na verdade você é ceifador que já derramou um mar de sangue à sua volta. Lembra? Ela parecia referir-se à visão de Crow quando havia "morrido" e viu a quantidade de sangue que ele já havia derramado em sua existência.


Se havia uma coisa que seus anos de atuação judicial haviam lhe ensinado era que não era de bom tom tentar negar uma verdade incontestável.

-Eu me esforço para que me minha condição de amaldiçoado não afete meus bons modos. Tanto quanto possível, pelo menos.


- Mas não o estou criticando. Na verdade esse foi um dos motivos que eu o escolhi. Você é necessário para mim também. Ela ia até uma porta dos fundos e a abria. A porta era a saída da igreja dos fundos. - Vamos dar uma volta? Não gosto desse tipo de lugar... Dizia ela olhando a igreja em volta com uma expressão de asco. Em seguida ela simplesmente saía. Caberia a Crow alcançá-la.


A ideia de sair da igreja era bem-vinda. Embora não tivesse fobia a locais como aqueles o Ventrue também não gostava de religiões, pregadores e seus templos. Envolviam irracionalidade demais. Talvez aquilo tivesse até alguma relação com o motivo pelo qual seu currículo fora selecionado por sua empregadora.

Por outro lado, aquela saída intempestiva era bem irritante. Se trata de uma pequena - embora não tão sutil - demonstração de quem estava no comando ali. Sem prejuízo do incômodo, era melhor relevar aquela pequena deselegância com altivez, fingindo que nada havia acontecido.


Ele aperta o passo. E logo eles estão caminhando juntos, lado a lado, pela calçada. A rua estava com quase nenhum movimento. Alguns carros estacionados. Uma fina neblina cobria o horizonte distante e dava um charme à iluminação pública, fazendo os feixes de luz dos postes ficarem visíveis. Enquanto eles caminhavam, a pequena menina loura falava algumas coisas:
- Há muitas coisas para serem esclarecidas. Há muito que você precisa saber. Uma noite não será suficiente para lhe esclarecer tudo. Nem duas, nem três. Terás que se contentar com migalhas de informações, até porque eu não sei quanto tempo conseguirei ficar neste corpo. Afinal esse corpo não me pertence. Mas saberás o necessário. Eu o escolhi porque você é obstinado, sagaz e tem muita, mas muita sede de poder. Ela então para. Olha para Crow fitando-o profundamente e diz:
- O que mais queres nesse momento, Crow? Se pudesse ter algo, o que gostaria de obter?


Aquilo tomara um rumo inesperado. E rápido. Crow esperava que sua Senhora fosse lhe pedir novos serviços, não que fosse lhe dar algo. Talvez ela pretendesse mesmo dar concretude a sua promessa feita quando da realização do pacto. Provavelmente isso tinha o propósito de torná-lo apenas um peão mais eficiente. Mas ainda assim, era uma situação até que favorável no contexto de um amaldiçoado.

Isso abria uma questão. O que ele queria? Em linhas gerais a resposta era poder. Aquilo não era novidade nem para ele nem para Mehara. Mas, especificamente, o que isso significava? O momento não permitia grande elucubrações e sempre era melhor formular pedidos certos e determinados. Com isso em mente Crow dá uma resposta direta. Uma que sintetiza o que seria poder. Ele fala em uma voz neutra, como se tratasse de um assunto trivial:


-No curto prazo gostaria de abaixar minha geração. No longo prazo de assumir a Regência do Sabá.
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Mensagem por Abigail Qui Jul 02, 2020 2:33 pm

Henry Crow; Pds 07/15; FdV 07/10; Vit.: Ok


O Ventrue via uma oportunidade à sua frente. E ele traduzia em palavras os seus desejos mais íntimos.

-No curto prazo gostaria de abaixar minha geração. No longo prazo de assumir a Regência do Sabá.

Era irônico como aquele corpo pequeno de uma pré-adolescente continha a consciência de um ser poderoso. Mas talvez seus poderes também fossem limitados. Ou talvez por puro capricho, ela dizia:
- Há um provérbio chinês que diz que a um homem faminto é melhor ensinar-lhe a pescar do que dar-lhe um peixe todos os dias...
Ela voltava a caminhar, em passos lentos. Crow via aquilo como maus olhos. Ela decidia a hora de andar e a hora de ficarem parados. Ela estava no comando ali. E aquilo incomodava o Ventrue, que até então estava em uma posição de liderança, principalmente dentro de seu bando e, até mesmo antes disso, como príncipe de Denver.
Enquanto caminhavam ela continuava: - É exatamente isso que eu quis dizer com a citação desse ditado. Não posso lhe dar uma geração baixa e nem a regência do Sabá. Ela olhava para o vampiro de baixo para cima, já que ele era mais alto. Ficava em silêncio um pouco. Talvez esperando se ele fosse dizer algo e então continuava.
- Mas posso lhe dar as ferramentas para que você consiga os seus objetivos de poder. Ela sorria. Além do mais... é de meu interesse que você se torne mais poderoso. Em sua atual condição você ainda é pouco útil. Seria vergonhosamente destruído até pelos seus próprios inimigos. Você acha que é capaz de destruir Máximus, Crow? Ela parava de caminhar e encarava Crow seriamente. Após a resposta do Ventrue, ela prosseguia:
- Pois digo que a menos que você o pegue dormindo, você seria vergonhosamente destruído por Máximus. Talvez à exceção do "pelos prateados" ele teria sido capaz de sobreviver aos demais lupinos juntos.
Crow e Mehara estavam agora em um lugar ainda mais parado e deserto. Poucas residências, alguns prédios abandonados e tinha até algumas sucatas de carros largados na calçada naquela parte da cidade.
- Quanto ao arcebispo, ele não tem tanto poder físico quanto o Brujah. Mas, ele é mais sagaz, ardiloso e perspicaz. E ele quer você sempre a sombra dele e não o contrário. Sem dizer nada, Mehara segura nas mãos de Crow. O Ventrue vê as sombras à sua volta crescendo. Aquele lugar já tinha pouca iluminação. Algumas luzes da iluminação pública estavam quebradas por vândalos. Sombras das árvores, casas e objetos na rua cresciam e engoliam os dois. Tudo ficava negro e o vampiro não via mais nada. Então quando sua visão volta novamente eles estão dentro de um daqueles prédios abandonados. Este era um galpão. Estava vazio e agora havia somente ele e Mehara ali dentro. Como eles foram parar ali? O fato que é o vampiro podia sentir que eles não tinham ido muito longe. Apenas "teletransportaram" através das sombras para aquele galpão que o vampiro tinha visto do outro lado da rua. E era interessante como ele sabia exatamente onde eles estavam...

- É lua nova. O momento não poderia ser mais perfeito. Você aceitou me servir... Mas eu não quero que você se curve a mais ninguém além de mim! Eu não aceito que você tenha outro senhor ou outra senhora além de mim. Eu lhe darei ferramentas, poderes para que você consiga satisfazer os desejos mais profundos do seu coração. Mas o seu coração me pertence. E assim haverá de ser. Agora ajoelhe-se perante mim. Irei remover uma de suas maiores fraquezas!

Os olhos dela tornavam-se cor de ouro e sua íris negra e afilada como os olhos de uma serpente.
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Mensagem por Han Qui Jul 02, 2020 3:37 pm

Mesmo depois que eu expliquei meu plano, Valerya se manteve indiferente. Ela não me "proibia" de ir atrás do que eu estava rastreando, mas também deixava bem claro que tirava o corpo fora. Num breve momento, me vem o pensamento do porque a maioria dos meus colegas de clã estão abandonando a seita. Será mesmo que vale a pena continuar investindo? Será mesmo que a Camarilla está preocupada com a continuidade da nossa espécie? Ou estão mais ocupados com os seus próprios umbigos? Eu sei que temos grandes problemas a resolver, mas isso não diminui o problema que eu apresento. Se minha teoria não for real, Valerya é no mínimo ingênua. - Tudo bem Xerife. Não expresso meus sentimentos. Apenas concordo. Afinal, se algo de mal acontecer, eu tenho plena consciência de que tentei previnir. Desligo o telefone.


Sinto vontade de pegar os HDs no meu bolso e esparifalos contra a parede mais próxima. Mas controlo meu ímpeto. Afinal não sou um Brujah de merda controlado pelas emoções. Trataremos então do problema "principal" da Camarilla. As pistas são poucas. Ataques em frenesi e extermínio. Sem rastros, sem suspeitos. E o que fazer quando não se tem informações o suficiente. Procurar quem as tenha. Os Nosferatu sabem de tudo que acontece em seu domínio. E por um preço certo, eles abrem a boca. Procuro o bueiro mais próximo e discreto para entrar...


Que merda é essa? Como eles conseguem viver nesse lugar? Ativo os olhos da besta para enxergar melhor dentro dos canais que transportam toda a merda do rebanho para as estações de tratamento. Kate me avisou sobre a recepção dos ratos de esgoto, por isso aguço meus sentidos - Auspícios/Audição - para tentar prever a aproximação de algum rato de esgoto. Sei que eles são mestres na arte da furtividade, mas não custa nada tentar. Tenho um ponto ao meu favor, por ser algoz, sou um rosto conhecido. Então logo eles irão notar que não se trata de um estranho. Motivo suficiente para não me atacarem... Pelo menos perguntarem antes de atacar - risos.
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Mensagem por Abigail Qui Jul 02, 2020 6:11 pm

Gerrard Blackwood; PS: 09/15; FdV: 8/8; Vitalidade: ok


Gerrard sente-se deslocado com a Camarilla. Aqueles vampiros daquela seita estavam mais preocupados com seu próprio mundo e seus próprios joguinhos de poder do que realmente empenhados em construir alguma coisa, um legado para os demais membros. Revoltado o Gangrel quase destrói os HDs que estavam consigo. Mas por fim ele se controla e decide sair em busca de outras respostas. O Gangrel vai até uma rua pouco movimentada e, quando percebe que não há nenhuma testemunha ele abre a tampa do esgoto e desce para os subterrâneos da cidade. Fedia ali dentro e era muito escuro e úmido. Ouvia ruídos de ratos ao longe. E o fedor de merda era latente. Enquanto ele andava, ratos e mais ratos saíam correndo, assustados. O vampiro desce um nível dos esgotos. Estava em um lugar que era possível caminhar quase que de forma ereta. Mas ele ainda era obrigado a envergar sua postura, o que limitava sua movimentação. Após alguns minutos ele chegava a um entroncamento. tinha 3 caminhos para seguir, além daquele por onde já estava vindo. começava a perceber como os esgotos podia facilmente tornar-se um labirinto. Era fácil perder a noção de tempo e de distância caminhados ali dentro. Enquanto decidia uma posição para seguir em frente, ele sente uma presença à suas costas.

- O que o algoz Gerrard faz no domínio dos Nosferatus? dizia uma voz rouca e fétida atrás de si.
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Mensagem por Kane Sullivan Qui Jul 02, 2020 7:45 pm

O vampiro sentia a dor da mulher de alguma forma, talvez sua empatia ainda esteja presente mesmo não sendo humano. Com toda essas mudanças, ainda mais a maneira de sobreviver, ele agora escolhia com mais criterio suas vitimas, pelo menos tentaria. Kane jamais poderia imaginar que ao sair para se alimentar teria sua vida cruzada a uma de suas vitimas e via a importancia de ter algumas regras para suas futuras caças. Em um mundo onde vc é o predador e ter um cardapio variado era bem atrativo mas da forma como as coisas aconteceram, era melhor buscar conhecer sua vitima um pouco melhor ou então se alimentar daqueles que claramente não valiam nada. Nada ainda decidido, isso não seria concretizado em uma mesa de bar ouvindo historia de uma mulher com dificuldade. O caitiff ouvia atentamente e poderia dizer até que enxergava um pouco além o que a moça estava querendo dizer. Ao ouvir sobre o tempo de trabalho ele então dizia - Deve se parecer uns cinco ano pelo menos não? - questionava. A piada com um fundo de verdade sobre o velho rico fazia com que o vampiro imediatamente pensasse em todas as pessoas próximas que se encaixassem naquela discrição e em voz alta ele dizia - Não, ninguém, desculpa... Vou aumentar meu circulo social - dizia em tom ironico enquanto olhava em sua volta.

Havia notado a tinta já saindo do cabelo da mulher e assim que ela voltava a sua posição normal desviava o olhar. De imediato começou a pensar em como poderia ajudar mas todas as possibilidades lhe pareceram uma intromissão, o que certamente faria que seu relacionamento com ela recuasse. A sua empatia por aquela mulher era grande e nem ele mesmo conseguia explicar o porque, se pudesse, colocava debaixo de seu teto e lhe ensinaria mais sobre a vida, lhe protegeria, lhe deixaria mais forte... Como se fosse uma irmã. Mesmo não sabendo como poderia fazer ou se era certo fazer isso, essa vontade de cuidar daquele ser fragil era grande - Olha, eu sei que já falei isso antes mas volto a repetir. Conte comigo como um amigo. - afirmava com enfase - Se você pudesse mudar de vida totalmente, se transformar, voce aceitaria independente das consequencias ? - Kane dava um passo a frente porém perigoso, ele começava a pensar que ela poderia se tornar alguém como ele, que seria uma forte aliada e quem sabe os dois não poderiam desbravar esse mundo sobrenatural juntos. Felizmente ou infelizmente ele não sabia como fazer aquilo, sabia que era possível mas não tinha o conhecimento 'Que porra é essa?! Porque eu falei isso! Que loucura... Esqueça Kane, você ñ pode sentenciar a vida de alguém dessa forma.' em meios a pensamentos confusos, ele aguardava a resposta da mulher.
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Mensagem por Ignus Qui Jul 02, 2020 8:12 pm

Era irônico como aquele corpo pequeno de uma pré-adolescente continha a consciência de um ser poderoso. Mas talvez seus poderes também fossem limitados. Ou talvez por puro capricho, ela dizia:
- Há um provérbio chinês que diz que a um homem faminto é melhor ensinar-lhe a pescar do que dar-lhe um peixe todos os dias...


A menção àquele ditado é um prenúncio de frustração para o Ventrue. Quase sempre que aquilo era dito era uma forma relativamente educada de se negar algo para alguém. Ou de se defender cegamente o liberalismo.


Enquanto caminhavam ela continuava: - É exatamente isso que eu quis dizer com a citação desse ditado. Não posso lhe dar uma geração baixa e nem a regência do Sabá. Ela olhava para o vampiro de baixo para cima, já que ele era mais alto. Ficava em silêncio um pouco. Talvez esperando se ele fosse dizer algo e então continuava.


-Diretamente eu imagino que não, mas e de forma indireta? Talvez com a localização de um ancião adormecido, por exemplo?


- Mas posso lhe dar as ferramentas para que você consiga os seus objetivos de poder. Ela sorria. Além do mais... é de meu interesse que você se torne mais poderoso. Em sua atual condição você ainda é pouco útil. Seria vergonhosamente destruído até pelos seus próprios inimigos. Você acha que é capaz de destruir Máximus, Crow? Ela parava de caminhar e encarava Crow seriamente.


Aquela era uma pergunta interessante. Fosse por não ter levado muito a sério a aparência do Brujah ao conhecê-lo trajando uma armadura completa, fosse por não tê-lo visto lutando contra o Sabá na noite de sua coroação Crow tendia a não vê-lo como um oponente temível.

-É difícil ter certeza, mas eu acredito que sim. A menos que ele conseguisse me imobilizar para me morder eu provavelmente conseguiria suportar os ataques dele tempo suficiente para neutralizá-lo. E de toda forma eu tentaria exterminá-lo à emboscada, não em confronto justo.


Após a resposta do Ventrue, ela prosseguia:
- Pois digo que a menos que você o pegue dormindo, você seria vergonhosamente destruído por Máximus. Talvez à exceção do "pelos prateados" ele teria sido capaz de sobreviver aos demais lupinos juntos.


Aquilo era um dado novo. Crow se orgulhava profundamente de ter sobrevivido a um encontro com um único Lobo. Sobreviver a um ataque conjunto de três era algo que superava suas aptidões em muito.


- Quanto ao arcebispo, ele não tem tanto poder físico quanto o Brujah. Mas, ele é mais sagaz, ardiloso e perspicaz. E ele quer você sempre a sombra dele e não o contrário.


Aquilo por sua vez combinava muito com a impressão que Crow tinha de seu Arcebispo. A bem da verdade Larassa era muito parecido com ele. Dentro do possível, Crow nutria certa afeição por Larassa em decorrência da similitude de linha de pensamento. Em outras circunstâncias ambos poderiam ter desenvolvido uma sólida amizade. Mas as circunstâncias não eram outras e não havia espaço para uma coexistência em pé de igualdade entre eles. Larassa sempre tentaria usar "Troy", assim como Crow faria se a situação fosse inversa.


Sem dizer nada, Mehara segura nas mãos de Crow. O Ventrue vê as sombras à sua volta crescendo. Aquele lugar já tinha pouca iluminação. Algumas luzes da iluminação pública estavam quebradas por vândalos. Sombras das árvores, casas e objetos na rua cresciam e engoliam os dois. Tudo ficava negro e o vampiro não via mais nada. Então quando sua visão volta novamente eles estão dentro de um daqueles prédios abandonados. Este era um galpão. Estava vazio e agora havia somente ele e Mehara ali dentro. Como eles foram parar ali? O fato que é o vampiro podia sentir que eles não tinham ido muito longe. Apenas "teletransportaram" através das sombras para aquele galpão que o vampiro tinha visto do outro lado da rua. E era interessante como ele sabia exatamente onde eles estavam...


Não saber onde estava ou como chegou ali era desconcertante. Para além disso, no que importava revelava algo muito interessante. As capacidades de manipular o tempo-espaço de Mehara não foram perdidas quando ela ganhou um corpo físico. Um dado digno de nota a ser registrado.


- É lua nova. O momento não poderia ser mais perfeito. Você aceitou me servir... Mas eu não quero que você se curve a mais ninguém além de mim! Eu não aceito que você tenha outro senhor ou outra senhora além de mim. Eu lhe darei ferramentas, poderes para que você consiga satisfazer os desejos mais profundos do seu coração. Mas o seu coração me pertence. E assim haverá de ser. Agora ajoelhe-se perante mim. Irei remover uma de suas maiores fraquezas!
Os olhos dela tornavam-se cor de ouro e sua íris negra e afilada como os olhos de uma serpente.


Ser lembrado de sua posição de submissão nunca seria agradável, mas o momento para questionar isso há muito se passara. Em vez disso Crow silenciosamente cumpre o que lhe fora pedido, intrigado com que fraqueza sua Senhora lhe retiraria.
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Mensagem por Abigail Sex Jul 03, 2020 11:47 am

Kane Sullivan; PdS: 10/12; FV: 05/05; Vit. Ok

- Deve se parecer uns cinco ano pelo menos não?
Uma eternidade.. Ela respondia.
Kane sentia o desejo de fazer algo por aquela mulher. De alguma forma ela parecia ter mexido com ele. E agora o vampiro fazia uma pergunta na tentativa de sondar a mulher.
- Se você pudesse mudar de vida totalmente, se transformar, voce aceitaria independente das consequencias ?
- A vida não é tão simples assim. Não é um filme e nem uma novela, que você pode sair e fugir sem rum sem se importar com as consequências. Porque as consequências importam sim. Você tem que tentar conseguir seus objetivos, é preciso medir as consequências antes de optar por um caminho ou por outro. Eu não estou aqui para viver um dia após o outro sem me importar com nada... eu tenho um objetivo de vida, mesmo que ele pareça distante...
Após uma pausa ela indagava: - E você? Quais são seus objetivos de vida?
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Mensagem por Han Sex Jul 03, 2020 2:04 pm

- O que o algoz Gerrard faz no domínio dos Nosferatus?

Mesmo com os meus sentidos aguçados além da capacidade humana, eu não consegui notar a presença do rato de esgoto que se aproximou atrás de mim. Isso só afirma as lendárias histórias do clã na arte da furtividade. Ele disse o meu nome, isso é bom. Me viro para ver quem questionava minha presença.

- Este algoz veio até os seus domínios para negociar. Dou uma breve pausa para ver qual seria a reação dele, depois prossigo. - Venho em busca de informações sobre os recentes ataques de vampiros em frenesi que estão prejudicando a manutenção da máscara. O que tens para mim? Estou disposto a pagar o preço por informações privilegiadas. Aquelas que o clã guarda para quem pagar mais. É muito fácil para um imortal conseguir grana. A questão é: para quê? Conseguimos tudo que queremos utilizando nossos dons e, isso eu posso pagar.

(off: Desativo meu auspícios, mas mantenho os olhos da besta. Ao menos que eu seja conduzido a um local iluminado).
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