Vampiros - A Máscara
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Domínio de Sangue IV

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Mensagem por Fox Qua maio 27, 2020 6:38 pm

Hyan Riquelme

Babety, um pouco trêmula, aceita a bebida e toma um longo gole. Depois, respira fundo e escuta cada palavra de Luma com um balançar de cabeça constante. A Toreador sabia da competência de sua assistente, então era fácil supor que o problema que ela falhava em explanar ia um pouco além da sua alçada. Afinal, nem todo mundo tinha o seu charme.

- Já é a terceira que desaparece. E o pior, são as melhores dançarinas que nós temos. Aquelas que trouxemos de fora para atrair mais público. Já já os boatos vão começar a correr e uma hora ou outra alguém vai apontar o dedo para gente.

A preocupação de Babety podia parecer um pouco exagerada a princípio, mas analisando bem tinha um fundamento verdadeiro. Hyan sabia do perigo que boatos e fofocas podiam representar para um lugar. No entanto, outras implicações também eram preocupantes.

- Eu já liguei pra Deus e o mundo para descobrir o que aconteceu. O rapaz que aluga o apartamento delas disse que não viu nem sabe de nada. As outras dançarinas também não tinham ideia. E a polícia, ou são um bando de imbecis ou estão comprados por alguém. Eu já não sei mais o que fazer, fico pensando no que pode ter acontecido com elas. Consegui gente para cobrir duas delas, mas você sabe...

Não era a primeira vez que pessoas da comunidade desapareciam ou eram alvo de algum crime, no entanto, embora isso não deixasse de enfurecer Hyan, essas coisas não aconteciam com o público da boate, quem dirá um funcionário. Será que alguém realmente estava querendo manchar a reputação da Pink Moon? Ou estaria a segurança tão ruim na região a ponto da polícia ignorar o desaparecimento de três pessoas?
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Mensagem por Fox Qua maio 27, 2020 9:29 pm

Yassemine Queen

A teia era tecida conforme o tempo passava e Yassemine traçava seu próprio caminho pela seda. Quaisquer que fossem seus pensamentos em relação à Camarilla, ela tinha motivos para temer a Torre. Óbvio que temer não significava se acovardar, porém o sábio é aquele que consegue discernir onde pode pisar durante seu percurso. A Assamita vinha fazendo isso bem até então, escolhendo batalhas que podia ganhar e evitando aquelas cuja derrota era provável. Porém, nesses tempos conturbadoras, essa distinção começava a se tornar cada vez mais difícil.

O escritório do Senescal Montrose era singelo. Na verdade, escritório era um nome que não se encaixa bem, uma vez que não passava de uma suíte. Muitos dos Membros tinham o costume de redecorar os lugares em que desempenhavam suas tarefas, no entanto o Senescal não parecia ser um deles. Não haviam quadros nem objetos de adorno no ambiente e os móveis eram de uma cor neutra, com a arrumação padrão. Claro, o cômodo era amplo, digno de um quarto do Mirage, porém não exibia a pompa que se poderia esperar de um dos cargos altos da Camarilla.

Montrose era um Nosferatu. Sua proximidade com o Príncipe da cidade era conhecida por muitos, inclusive pela própria Yassemine. Havia discussões sobre esse ser o motivo do seu status elevado na seita, o que em parte era verdade. Mas não se podia negar que outra parte era por sua competência e inteligência. Como o ex Xerife de Vegas, ele tinha um baita nome que o precedia. De pé naquela sala, ele parecia deslocado. Vestia-se de acordo com o ambiente, com um smoking simples, mas algo nele dava essa impressão. Não era sua aparência horrenda, que na verdade era branda em comparação a outros membros do clã. Apesar da pele esverdeada, das orelhas pontudas e da cabeça sem cabelos e levemente alongada, ele ainda conservava traços faciais humanos. Talvez a impressão fosse causada até por esse excesso de expressão, um ar pesado que se estampava em seu rosto.

- Cara Yassemine, obrigado por vir com tanta urgência. Eu poderia ter ligado, mas tenho confiado cada vez menos nesses aparelhos. Não disponho de muito tempo, então irei direto ao assunto. Nossa rede de informações sobre as fronteiras não tem sido eficientes nas últimas noites. Estamos no escuro, principalmente na parte norte da cidade, o que pode se tornar um problema ainda maior se adiarmos a resolução.

Ele dá uma breve pausa para ouvir os pensamentos da Xerife.
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Mensagem por BenXIII Qua maio 27, 2020 9:59 pm

Quando Babety disse a palavra “desaparecer”, os olhos de Hyan cerraram-se levemente, sua mente borbulhava hipóteses, mas não se conteve ao saber que eram as estrangeiras.

- As brasileiras ?! – pensava alto com um tom de indignação. – é muita audácia de seja lá quem for! Quase arranjei um casamento para uma poder ficar aqui! – falava com um tom mais ameaçador – Ninguém encosta um dedo no meu povo e sai sem um arranhão...

Hyan dava a entender que protegia aquelas pessoas, mas não era bem isso. Claro que a bunda e o rebolado das estrangerias agradavam a todos que iam ali, gays e héteros, mas o buraco era mais embaixo do que Babety pensava.

Pessoas sumirem era um mal sinal para todo mundo, principalmente nos domínios de Hyan, onde era um lugar considerado fácil para fazer refeições sem levantar suspeitas. A última coisa que Hyan precisava era que os olhos dos humanos pousassem com sobre o seu negócio, deixaria o povo da Torre enfurecidos e a belíssima cabeça de Hyan que ia rodar no final das contas.

Fora, obviamentchy, da afronta com a gay, de mexerem com o seu pessoal no seu território!

Babety terminava de falar, mas Hyan já emendava.

- Sei sim Babety!

Levantava colocando a bolsa nervosa no ombro, dava um sinal para ela segui-la. Continuava a falar no caminho para a sala do escritório da boate. Ao certificar que só estavam as duas, seguia.

- Esses policiais são inúteis desde a época de o mundo é mundo minha filha! – o salto fazia toques secos a cada passada com pressa de Hyan – Vou pegar o endereço delas aqui, eu mesma vou lá AGORA pra ver que palhaçada é essa que tá acontecendo!

Enquanto Hyan mexia no computador para acessar a lista dos funcionários e pegar o endereço delas, perguntava mais uma coisa.

- Elas desapareceram em uma diferença de quanto tempo Babety? – nem olhava para ela ao falar, pegava o endereço e anotava no aplicativo do celular para indicar a rota mais curta.

Interfonava para a recepção.

- É a Loo, quero meu carro aí na frente em 4 minutos.
– desligava com firmeza.

Ao terminar, levantava passando a mão no cabelo para dar uma ajeitada. Virava-se para Babety, já sem paciência só por imaginar os boatos correndo nas gay, e falava de forma séria e um pouco ameaçadora, o dedo indicador pressionando o polegar, fazendo um ó na altura do queixo.

-Escuta aqui Babety, presta atenção. – seus olhos centravam nos olhos da travesti – Você vai no camarim, antes do show começar, e fala que quem sumiu com elas foi você!

Continuava falando de forma mais explicativa, para não fazer Babety ficar mais nervosa.

- Fala que elas te afrontaram falando que não iam trabalhar mais, se você não dobrasse o delas! – concluía – Isso já vai criar uma sensação de indignação com as que ficaram ... e não para por aí!

Agora apontava para o teto com o indicador direito, na mesma altura do queixo, apoiando o cotovelo na costela, andava lentamente de forma circular na sala, que só estavam as duas.

- Aí você fala que falou que era injusto com as outras e você já pagava muito bem! Inventa que elas falaram que eram do brasil e o caralho, não importa.
– balançava a mão - Aí você finaliza falando que elas falaram que se você não desse o aumento, elas iam falar que a gente vendia droga, adulterava bebida e contaminava o povo com DST intencionalmente! – fechava um bico então pra Babety e terminava – Aí fala que você denunciou elas pra imigração e pronto! Ninguém vai no Brasil procurar por essas piranhas.

Babety sabia que Hyan podia ser bem frio em certos momentos, mas que faria de tudo para manter a imagem da Pink Moon impecável.

- Eu vou ir no apartamento delas pra ver o que aconteceu. Com certeza ainda tem alguma coisa lá, celular, anotação, filme pornô ... qualquer merda.

Parava na porta e virava-se mais uma vez para Babety.

- Gata. A gente não pode deixar essa história do sumiço sair daqui!  Faz o que eu falei, que essa mentira de afronta e deportação é o tipo de fofoca que corre mais que mendigo em dia de ação de graças, as gay adoram um barraco!

Virava para a porta, colocava a mão na maçaneta e finalizava, falando para si mesma, com intenção de matar.

- Eu vou ... e espero que quem sumiu com elas também esteja lá.

Ao descer, Luna entrava em seu carrinho rosa, ligava o som alto e saía rapidamente. Falava com suas lantejoulas prestando atenção em cada movimento na rua.

- Se for humano vai pagar com a vida, e se for ... – erguia o queixo endurecendo a cara – vai pagar com a morte.
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Mensagem por Fox Dom maio 31, 2020 9:43 pm

Hyan Riquelme

Com a explicação, a mente de Hyan logo enchia-se de preocupação. Sabia o que representava esse problema e sabia o que podia acontecer caso ele não fosse resolvido logo. Babety, aparentemente mais calma depois do desabafo, seguia prontamente ao receber o sinal. Dado o problema, era óbvio que a mortal estaria sobre grande estresse emocional. As duas caminham pelos bastidores da Pink Moon. A música já se infiltrava pelos corredores, no entanto o grande movimento e os gritos histéricos do público fiel só começava um pouco mais tarde. O diálogo continua até chegarem no escritório. Apesar do lugar ser mais formal, ainda possuía um ou outro toque gliterinado.

Luma rapidamente acha o endereço das dançarinas, enquanto Babety a observa com olhos admirados.

- Cheguei a falar com duas delas antes das três sumirem de vez. Disseram que a Luly não tinha aparecido e que provavelmente estaria fodendo alguém por aí. Era só uma noite, então não me importei. No dia seguinte, nenhuma das três apareceu. - ela franze o rosto um pouco. - O nome do gato que aluga os aps é Jack. Vou te dar o número dele.

Pronta para resolver a bronca, Luma se toca de outro detalhe. Tinha que prevenir que dado causado fosse ainda maior, porque uma vez que os boatos se espalhassem, seria tarde demais. Ela, então, dá novas instruções a Babety. Era um boa ideia. Podia-se dizer apenas pelo rosto surpreso da administradora da boate, que funcionaria, fosse aquilo ético ou não. A mortal escuta cada palavra, balançando a cabeça para confirmar o entendimento, e antes que sua "chefe" saia da sala, ela pergunta com uma expressão de tristeza.

- Loo. O que você acha que aconteceu com elas?
_________________________________

A noite mal começava e Hyan já estava com o pé no acelerador. Literalmente e metaforicamente. Com sua reputação em jogo, não podia perder tempo. A noite em Vegas era sempre luminosa. Independente do céu, os prédios adornados se tornavam quase um farol erguido em terra. Isso, porém, não significava que não haviam becos e ruelas escusas e sombrias, só que elas eram mais raras e mais contrastantes. No entanto a Cidade do Pecado estava longe de ser um sinônimo de paz e justiça, e só se precisava abrir um pouco mais os olhos para perceber a sujeira que se escondia nela. Os próprios cassinos eram uma prova disso. Só era possível imaginar a quantidade de desonestidade e de negócios imorais que ocorriam dentro daquelas paredes. O Toreador sabia muito bem disso. Ele próprio já tinha provado sua parte de chantagem e enganação. Fazia tudo parte do jogo.

O endereço das dançarinas ficava na extremidade do mesmo bairro do clube, longe do centro. Era uma vizinhança calma, o que não significava muita coisa. Outro detalhe não podia ser dito de bate e pronto. Os apartamentos ficavam nos três andares do prédio acima de um restaurante barato e pouco movimentado. O acesso era por uma porta lateral. Carros iam e vinham a essa hora da noite, jogando seus faróis contra os rostos dos poucos pedestres.
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Mensagem por BenXIII Seg Jun 01, 2020 11:36 pm

Ainda na boate.

Uma das coisas que Hyan gostava em Babety, além da inteligência, era que ela era muito dedicada e perspicaz no trabalho. Lembrou, antes que Hyan saísse, de passar o nome do dono do apartamento.

- Arrasou gata – sorria para a trava – como eu entraria no apê né? Hahahahaah.

A conversa se desenrolava, e, ao final, Babety perguntava com a cara triste sobre a opinião de Hyan do que tinha acontecido.

Hyan respondia pausadamente com uma expressão séria e olhar distante, demonstrando estar realmente preocupada com as garotas.

- Não vou mentir – balançava a cabeça negativamente – mas para elas não terem retornado ... é de sequestro pra pior Bety... - fechava a cara e ia em direção ao carro.

De verdade, Hyan estava preocupado com as meninas, mas também com muitas outras coisas, como dar satisfação de 3 sumiços na boate, com possíveis rivalidades com outros noturnos, etc.

_____________________________________________

No carro.

Hyan seguia o aplicativo de rota, junto a música alta, em direção à residência das meninas. Sabia que toda aquela popularidade, glamour e fama, principalmente em Las Vegas, era algo passageiro, que todos lutavam para torna-los duradouro o máximo possível.

Por trás de cada bairro, lugar bem-sucedido e de fortunas, algo podre rolou, e muitas vezes montanhas de coisas podres rolaram. Quando se trava de ganância, ninguém saia da lista, tanto humanos quanto, principalmente, vampiros.

Em questão de umas duas músicas, Hyan já discava para o número de Jack, que Babety havia passado. Caso o boy atendesse, Hyan falaria animado:

- Oi Jack! Tudo bem? É o Jack né, o anjo que alugou o apartamento pra Luly e para as outras?!

Após confirmação, continuaria feliz e radiante, fingindo horrores.

- Jack, sei que você não me conhece, mas as meninas sempre falam que você é um gato!! – ria alto – Tô brincando, tô brincando! Agora sério! Sou a Luna Loo da boate que as meninas trabalham, prazer tudo bem?

Continuaria animado, como se conhecesse Jack e fosse super amiga das meninas.

- Então Jack, tô entrando em contato para falar que elas acabaram tendo que sair às pressas, acho que foi algo da imigração sei lá! Tem algumas coisas que elas queriam enviar pro país delas, então estou indo pra lá.

Antes de haver qualquer resistência, Hyan já soltaria algo que faria qualquer locador vibrar.

- Olha! Pode ficar tranquilo que eu mesma tô indo aí acertar o que elas deviam por sair assim sem avisar, acho que são uns 2 aluguéis a vista né? E dar uma geral no ap para pedir um baú de mudança! Tudo para não te dar problema algum, porque elas gostavam muito de você! Eu só precisaria da chave, você poderia me emprestar a sua? Aquelas cabeçudas levaram com elas.

Aguardaria para ver se Jack mordia a isca, ou pelo menos encontrava com Hyan pessoalmente, porque seria muito mais fácil persuadi-lo.

Caso Jack não atendesse, Hyan iria para o apartamento da mesma forma, tentaria ver alguma chave embaixo do tapete, algum síndico do prédio ... se fosse preciso descer o nível e arrombar, arrombaria.
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Mensagem por Yassemine Queen Ter Jun 02, 2020 10:08 pm

"
A anciã permanece de pé.Eela aguarda o convite de seu anfitrião para acomodar-se. Não foi preciso usar poderes para perceber o semblante pesado do Nosferatus. Era óbvio que algo corria por detrás das cortinas, mas ela precisava saber sondar. Sua postura é séria mas acalourada, a vampira usa seu carisma aliado suas habilidades para ganhar a confiança do Senescal.

- Cara Yassemine, obrigado por vir com tanta urgência. Eu poderia ter ligado, mas tenho confiado cada vez menos nesses aparelhos. Não disponho de muito tempo, então irei direto ao assunto. Nossa rede de informações sobre as fronteiras não tem sido eficientes nas últimas noites. Estamos no escuro, principalmente na parte norte da cidade, o que pode se tornar um problema ainda maior se adiarmos a resolução."


- Não há o que agradecer Montrose, estou a postos para fazer o trabalho que me foi confiado. Na verdade eu gostaria muito de tê-lo como meu principal aliado, sei que seu trabalho realizado foi muito efetivo e que os problemas vão muito além do controlável a curto prazo dentro das tradições, mas acredito que talvez você possa me orientar. Deixe-me saber suas opiniões se não for muito incomodo.  

-Acredito que você esteja a par de meu projeto em análise pelo príncipe. Acha viável? Existe algo além disso que o preocupa? Não pude deixar de notar seu semblante pesado! Por favor, desconsidere minhas palavras se não for o caso, as vezes minha empatia é confusa.

- Confesso que a zona norte é o local onde menos tenho contatos e conhecimento, mas isso deve ser algo geral e portanto estamos com um furo maior naquela região. Penso que talvez definirmos alguns algozes por lá possa ser um bom começo. Mas em quem podemos apostar?


Última edição por Yassemine Queen em Qua Jun 03, 2020 9:04 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Zed Qua Jun 03, 2020 7:40 pm


PS: 13/14
FV: 08/08
OBS: Mascará de mil faces ativa.


Dezmond dá novas instruções a dupla de eletricistas e adentra sozinho o cômodo escuro. Não demorou muito para avistar o interruptor que procurava e clarear o ambiente. Olhando em volta, desta vez com mais atenção e menos interesse, começou a duvidar de si mesmo. “Não tem nada aqui? Só um camarim? Por que diabos trancaram isso porcaria?”

Ainda que descrente, não abandonou o serviço uma vez que iniciado. Fuçou entre os pertences, nada parecia muito valioso ou significante, com exceção talvez da caixa de joias. “Mas eu não vim aqui pra isso.” E ignorando a caixa, dirigiu-se até o armário, e quando estava prestes a sair da sala como derrotado, notou algo que lhe pareceu suspeito. “Porta secreta? Eu sou um gênio!” foi incapaz de esconder o sorriso, mas por sorte não tinha ninguém para vê-lo. Acalmando-se antes de fazer movimentos precipitados, fechou a porta do armário e rumou até o lado de fora.

- Tudo limpo aqui dentro. Acho que foi exagero mandarem checar todas as salas trancadas... – Escondendo a empolgação, o Caitiff demonstrava estar desanimado e preguiçoso, como um serviçal de má vontade. – Podemos parar por aqui. Obrigado pela ajuda. – Direcionou-se ao que pareceu mais receptivo dentre os dois inicialmente. – Se vocês não tiverem mais nada pra fazer, acredito que podem voltar pra casa. – E sem invocar o uso de nenhum poder, esperava que pudesse ser convincente o bastante para dispersá-los. (Manipulação + Lábia[?])

Uma vez que a dupla tivesse sumido de vista, o desgarrado podia voltar ao que pretendia. Entrar novamente na sala escura. Deixar as luzes devidamente apagadas para evitar suspeitas pelo lado de fora. E então abrir a porta secreta dentro do armário. Esperando encontrar uma passagem ou caminho, seguiria por ele da forma mais discreta que conseguisse. (Ofuscação 2 – Presença Invisível) Mantendo os ouvidos atentos a qualquer som e os olhos aguçados para perfurar uma eventual escuridão. (Auspicios 1 – Sentidos aguçados)
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Mensagem por Fox Sex Jun 05, 2020 10:22 pm

Hyan Riquelme

No carro, Hyan ligava para Jack. A música alta atrapalha um pouco, então ele tem que diminuir ligeiramente o volume. A voz que atende é masculina, de um tom jovial e com um jeito de falar um pouco casual.

- Oi Jack! Tudo bem? É o Jack né, o anjo que alugou o apartamento pra Luly e para as outras?!
- Eh.. sim, sou eu.
- Jack, sei que você não me conhece, mas as meninas sempre falam que você é um gato!! – ria alto – Tô brincando, tô brincando! Agora sério! Sou a Luna Loo da boate que as meninas trabalham, prazer tudo bem?
-Ah. Olá, prazer. - ele continuava a conversa sem saber muito do que se tratava.
- Então Jack, tô entrando em contato para falar que elas acabaram tendo que sair às pressas, acho que foi algo da imigração sei lá! Tem algumas coisas que elas queriam enviar pro país delas, então estou indo pra lá. Olha! Pode ficar tranquilo que eu mesma tô indo aí acertar o que elas deviam por sair assim sem avisar, acho que são uns 2 aluguéis a vista né? E dar uma geral no ap para pedir um baú de mudança! Tudo para não te dar problema algum, porque elas gostavam muito de você! Eu só precisaria da chave, você poderia me emprestar a sua? Aquelas cabeçudas levaram com elas.
- Ah, tudo bem. Eu acho. Outra pessoa da boate ligou antes procurando por elas e eu disse que não sabia. Então foi isso. Bem... tudo bem então. Eu estou na segunda porta do primeiro andar do prédio. Acho que tenho uma cópia das chaves aqui comigo.

A primeira parte correra mais fácil do que Hyan esperava. Ele estava pronto pra qualquer coisa para ir até o fundo disso, porém não precisava se comprometer tanto ainda. Sua história era crível e sua lábia suficientemente boa para convencer alguém de uma mentira ou outra. Contanto que não precisasse provar nada, estaria tranquilo.

O Toreador chega ao prédio e usa a entrada lateral para entrar. Antes de passar por ela, ainda é possível ver o casal solitário jantando no restaurante vazio e um senhor negro de bigode grisalho do lado de fora lendo um jornal e escutando algum tipo de música folk num pequeno rádio. As escadas levam até o primeiro andar, e, rapidamente, Hyan acha a porta que Jack indicou. Após algumas batidas, um homem de meia idade a abre. Ele é caucasiano, tem uma barba rala e usa calças jeans e uma camiseta com uma estampa cafona. O homem para rapidamente ao abrir a porta, surpreso, porém a reação só dura uma fração de segundo.

- Bem, você deve ser Luma. Eu sou Jack.

Ele dá um sorriso meio sem jeito e Hyan percebe que ele tem as chaves à mão.
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Mensagem por Fox Sex Jun 05, 2020 11:04 pm

Yassemine Queen

Apesar de entrar em diálogo, Montrose não permanece parado. Seus pés movem-se de um lado para outro, como se num caminhar pensativo, interrompendo o movimento apenas para se dirigir à Xerife nos momentos chave. Da mesma maneira estranha, ele não a convida para sentar-se. Uma falta de tato para alguém da alta sociedade. O motivo disso podia ser especulado. O Clã Nosferatu não nutria costumes semelhantes de educação. O Senescal tinha algum tique ou hábito estranho. A pressão o fazia esquecer tais cordialidades. Todas estes eram possíveis porquês que Yassemine só podia cogitar. De qualquer forma, ele continua a conversa.

- As Tradições são algo que não podemos esquecer nesses momentos difíceis. Sem elas, nada disso faz sentido. - ele espalma as mãos no ar. - Mas a minha impressão é que temos de adotar novas estratégias se quisermos ser eficientes. A sua, por exemplo, me parece interessante, mas como planeja pôr em prática exatamente? Colocando em outras palavras, qual o segundo passo? O termo convocação tem um peso muito grande nessa corte, então temos que discutir os detalhes dessa ação.

- Quanto aos Algozes, isso está fora de questão. Eu não confiaria um assunto tão delicado assim nas mãos deles. Não resolveremos isso na força bruta, precisamos de um olhar mais crítico. Além disso, eles já estão encarregados de outras tarefas a mando do Príncipe, não podemos contar com eles por ora.
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Mensagem por Yassemine Queen Ter Jun 09, 2020 11:38 am



Era obviamente desagradável ser recebida de pé para tratar de assuntos tão relevantes, ainda que não fossem, ela é uma perola negra em beleza e poder. Aquilo a incomodava. Algo que ela jamais faria se tivesse do outro lado. Era uma rainha e as pompas e circunstancias, de certo sempre a acompanhariam. Porém, ela sabia que não estava em seu reino, obviamente, assim teria que engolir seco e fingir que aquilo não lhe incomodava. Uma forma de fazer com que o incomodo passasse logo seria ser direta e finalizar a reunião, isso ela sabia fazer bem. Porém, isso já estava registrado em seu caderno: O Senescal Montrose é uma criatura "deselegante".

"- As Tradições são algo que não podemos esquecer nesses momentos difíceis. Sem elas, nada disso faz sentido. - ele espalma as mãos no ar. - Mas a minha impressão é que temos de adotar novas estratégias se quisermos ser eficientes. A sua, por exemplo, me parece interessante, mas como planeja pôr em prática exatamente? Colocando em outras palavras, qual o segundo passo? O termo convocação tem um peso muito grande nessa corte, então temos que discutir os detalhes dessa ação."

- Minha intenção é apenas sugestiva dentro do cabível ao meu cargo, sei que os comandos estratégicos decisões finais virão de sua parte e do príncipe. Conheço meu lugar como executora.

- Contudo, se é do seu interesse minha humilde opinião, eu sugiro uma pequena abertura de descentralização de poder. Sabemos que com o passar dos anos, nossa condição demanda cada vez mais uma nova motivação. Sabemos também, que grande parte dela é suprida pela demanda por poder.  Então podemos realizar um evento de nomeações de status. Dessa forma podemos distribuir o controle das populações por regiões com membros responsáveis por controlar e notificar tudo sobre seus domínios. Eles precisam apresentar periodicamente quem está em seus domínios, com eventos periódicos com esses membros, sendo também responsáveis pelas infrações, contanto com a ajuda e a gratidão do principado. Seriam Vassalos do príncipe, reinos dentro do Império de Las Vegas. Com grandes poderes vem grandes responsabilidades, e logo cada nomeado nos ajudará a controlar e registrar estrategicamente a melhor forma de evitar um crescimento desordenado do número de vampiros. Separando joio do trigo, facilitando e justificando  um processo de limpeza, caso necessário.

"- Quanto aos Algozes, isso está fora de questão. Eu não confiaria um assunto tão delicado assim nas mãos deles. Não resolveremos isso na força bruta, precisamos de um olhar mais crítico. Além disso, eles já estão encarregados de outras tarefas a mando do Príncipe, não podemos contar com eles por ora."

- Certamente, Senescal.
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Mensagem por Fox Qui Jun 11, 2020 6:54 pm

Dezmond Green

Dezmond ignorava tudo em sua busca por algo que lhe desse alguma pista sobre a garota que havia vindo resgatar. A falta de informações não lhe ajudava muito e, aos poucos, ia se frustrando com a falta de sorte. Porém ela não dura muito, já que o Caitiff encontra algo digno de nota. De fato, o fundo do armário parecia uma entrada escondida, que podia muito bem passar despercebida numa olhada rápida. Ele se acalma após seu breve triunfo e resolve continuar apenas quando a barra estivesse totalmente limpa.

Quando Dezmond sai do pequeno cômodo, vê os dois eletricistas trocando breves palavras a alguns metros do corredor. A festa parece estar indo de vento em polpa fora dos bastidores. O Desgarrado se aproxima dos dois e, com um falso desânimo, tenta se livrar dos dois.

- Tudo bem, sem problema. - um deles responde como se o fim do trabalho fosse um alívio. - Estamos de saída então. Até mais.

Ambos se despedem com acenos de mão e partem na direção que estavam anteriormente, sumindo de vista ao dobrarem uma esquina. Com isso fora do caminho, o Vampiro retorna ao camarim, fechando as portas atrás de si e apagando as luzes. O breu toma conta do ambiente, porém a luz que entra pelas frestas permite, aos poucos, ver levemente os arredores. Sendo assim, Dezmond se dirige novamente até o armário e inclina-se para tentar abrir a passagem escondida. Entretanto, quando sua mão encosta o objeto, uma dor súbita percorre todo o seu corpo. Era uma dor diferente de tudo que ele já sentira em sua breve vida, seja como mortal ou como imortal. O estímulo lacerante faz seus músculos se contraírem, embaça sua visão e, por um instante, ele sente que sua cabeça vai explodir, porém isso também o faz voar pelo cômodo para longe da porta, derrubando roupas do cabide e esbarrando em objetos durante a parábola. A última coisa que ele vê antes de perder seus sentidos é uma luz fraca e turva vinda de dentro do largo armário.
_________________________________

Dezmond desperta em um cômodo escuro. Era uma sensação estranha, como sair de um frenesi, porém com a sensação ruim de uma ressaca após um porre. A princípio ele pensa que está no mesmo camarim, mas logo nota que não era o caso. Conforme seus sentido voltam, percebe que o cômodo era diferente. Havia uma luz elétrica fraca vinda de algum lugar às suas costas, revelando algumas poltronas ao redor, assim como um janelão com cortinas pesadas à sua esquerda. Ele próprio estava sentado em uma espécie de cadeira estofada, mas sentiu também que havia amarras prendendo seus braços e pernas. O lugar tinha cheiro de sangue.

- Ora, ora, o que temos aqui? Um passarinho engaiolado. Se importa de me dizer o seu nome, querido?

A voz é feminina e denota um leve sotaque um pouco difícil de identificar. Dezmond também sente o frio gélido de aço tocar a parte de trás do seu pescoço.

- E se não for pedir demais, diga-me também o que diabos você quer aqui.
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Mensagem por BenXIII Sex Jun 12, 2020 2:07 pm

Hyan chegava ao prédio, saia de seu carro colocando firmemente seu salto na calçada, e o trancava fazendo o “bip” do alarme.

Olhou ao redor e viu um casal jantando em um restaurante as moscas e um velho escutando música.

“Sem novidades”

Jogava sua bolsa no ombro e ia em direção ao número do prédio.

“Segunda porta do primeiro andar ... aquiww!”

Achava, arrumava o cabelo, abria um sorriso e batia na porta rapidamente. Hyan era surpreendido com a aparência de Jack, realmente chegou a achar que ele seria bonito, mas não deixava transparecer sua decepção e logo falava animado, com um sorriso no rosto.

- Sou eu mesma Jack! O prazer é seu! Hahahaha! To brincando!

Olhava para as chaves.

- Essas são as chaves delas né? Pode deixar que vou cuidar para você não ter dor de cabeça nenhuma.

Fazia menção em pegar a chave, se Jack as entregasse ou não, falaria do dinheiro, para deixa-lo ainda mais confortável.

- Você tem o meu número né? Pode mandar a conta e o valor certinho, junto com a rescisão do contrato que eu deposito pra você e fica tudo certinho! – sorria se afastando um pouco da porta –Amanhã ou depois, dependendo do que as meninas me disserem, já mandamos um caminhão de mudança para tirar as coisas delas e alguém para pintar o apartamento! Muito obrigada viu Jack!! Quando eu sair passo pra deixar a chave aqui! Boa noite!!


Luna verificaria tanto o chaveiro como o endereço com o número do apartamento delas e se dirigiria até lá. Verificaria se o corredor estaria vazio e, antes de entrar no apartamento, colocaria a mão na bolsa que tinha sua arma, just in case...

"Vamos ver o xabu que deu..."
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Mensagem por Fox Seg Jun 15, 2020 4:07 pm

Hyan Riquelme

Jack, apesar da sua cara embasbacada, parece solícito. Ele entrega as chaves sem nenhuma reluta e concorda com o que lhe era proposto. Claro que a facilidade, em parte, se dava pelo fato de Hyan ter um ótimo jeito com as palavras, o que lhe era sempre útil. Ao fim, ambos trocam despedidas de boa noite e logo o Toreador está subindo as escadas novamente. O apartamento das dançarinas ficava no último andar do prédio, segundo as indicações de Babety. No percurso, luzes projetam-se pelas frestas das portas, indicando as casas com moradores no atual momento. Também é possível ouvir o som de algumas tvs e conversas ininteligíveis. Como um todo, o lugar parecia um prédio comum, sem nenhum tipo de destaque. Para o bem ou para o mal.

Hyan enfim para à porta, no endereço anotado em seu celular. No último andar, apenas um apartamento aparentava ter gente, porém os tapetes nas entradas indicavam que os moradores dos demais só estavam ausentes por enquanto. O corredor estava vazio, por isso o Toreador aproveitada para fazer sua entrada rapidamente. Uma das mãos girava a chave na fechadura enquanto a outra era posta sobre a arma na bolsa, já que havia motivos de sobra para ter cautela. A porta se abre, fazendo-o notar que ela está em perfeitas condições e sem sinais de arrombamento, e, assim que Hyan liga o interruptor do lado direito, ele fecha-a atrás de si.

O primeiro cômodo se tratava de uma sala de estar. Há dois sofás voltados para uma mesa de centro com um jarro azul e dois porta-retratos em cima, além de uma poltrona com um violão ao lado. A sala dá acesso a uma cozinha americana à esquerda e um corredor à direita. Na cozinha, é possível ver algumas louças sujas pousadas sobre a pia além dos eletrodomésticos comuns para tal. O ambiente não é muito grande, visto que três pessoas moravam ali. Claro, era o que a renda podia proporcionar e a carreira das três dançarinas estava apenas começando. Este pensamento em especial causaria certo pesar para uma alma humana. Alguns passos a dentro são dados e Hyan só percebe o silêncio em que o lugar estava imerso.


Última edição por Fox em Qui Jun 25, 2020 6:51 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Zed Ter Jun 16, 2020 12:42 am


PS: 13(?)/14
FV: 08/08
OBS: Mascará de mil faces ativa. (?)


Dezmond tira a dupla de eletricistas da área e volta para a sala, completamente convicto de sua sagacidade e sucesso. As luzes estão completamente apagadas escondendo seu sorriso satisfeito ao tentar abrir a porta secreta, eis que então uma dor intensa quase ofusca o enorme clarão que surgiu em sua frente. Uma força o arremessa do outro lado da sala e então, ao ver a luz em seus momentos finais de consciência, um pensamento lhe ocorre: “Talvez eu não seja um gênio.”

Quando acordou mais tarde, ainda atordoado, foi aos poucos percebendo estar em um lugar diferente. Logo mais, também notou estar amarrado e uma voz feminina junto ao pungente odor de sangue. – Isso depende... Meu nome é Zedrog Menend, mas meus amigos me chamam de Zed. Nós somos amigos? – Abusava de uma frase mais alongada girar o pescoço e tentar ter linha de visão da mulher. O nome inventado era apenas um dos vários anagramas que tinha feito em seu tempo livre para situações como essa. Claro, seus documentos em seu bolso eram provas o suficiente para desmenti-lo, mas até que isso fosse exposto, resolveu seguir um pouco mais com as histórias falsas.

- Então, quanto a minha presença aqui, acredite se quiser, é apenas uma infeliz coincidência. Eu cheguei a pouco tempo na cidade, vim do leste em um carro cheio de marmanjo bêbado, eu fico em pousadas baratas pra economizar dinheiro e vou pra festas como a que tava rolando mais cedo, é um jeito fácil de conseguir o que eu preciso e é bem divertido pra falar a verdade. Só que eu tive nessa noite a brilhante ideia de dormir na boate. Parecia genial, acordar e já estar na balada e nem gastar dinheiro com o hotel essa noite, eu fui procurar um canto escuro pra dormir e... Bom, aparentemente deu certo já que eu apaguei. Que horas são? Eu dormi o dia toda ou nem amanheceu ainda? – Durante toda a troca de conversa, o grande ponto era ver o rosto do captor. Fosse conseguindo olhar para trás, ou forçando-a a ir para sua frente lhe dar um tapa. Conseguindo observar a moça, tentaria dar uma olhada no que a aura dela tinha a dizer. (Auspícios 2 – Percepção da Aura)

Da mesma forma que tentava utilizar de dons de leitura, imaginava que talvez algo semelhante pudesse ser utilizado contra si. Na tentativa de evitar ter seus importantes pensamentos lidos, Dezmond começava a cantarolar mentalmente as músicas de abertura de Naruto. “everybody hands up! mata ashita no heroes wa come back!! tsuukou kazoe nibi wo Countdown let´s go, 3,2,1 make some noise!!...”


OFF: Disfarce da máscara de mil faces caiu, né? Teve mudança em PdS?
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Mensagem por Fox Qui Jun 18, 2020 2:35 pm

Dezmond Green

Dezmond se encontrava numa enrascada, mas seu jeito malandro não deixava de se aflorar. Talvez até demais. Seu corpo, preso à cadeira, não o permitia virar o suficiente para fitar algo além do seu campo de visão, além da lâmina que muito menos incentivava a isso. Em menos de uma noite, ele já se via enclausurado pela segunda vez, porém a primeira tinha sido muito mais agradável. Diante disso, ele só tem a opção de sair na lábia. A presença feminina atrás de si escuta atentamente. É possível sentir no ar seu sorriso ao escutar as desculpas do Caitiff.

Embora sua leitura sobrenatural não pudesse ser usada devido às circunstâncias, Dezmond sabia que o mesmo podia ser feito contra ele. Sem saber como proceder, sua mente tenta se focar em outras coisas. Não havia nenhum indício de que aquilo realmente funcionasse, mas por que não tentar? Em meio a isso, ele percebe que seu disfarce, obviamente, havia esmaecido. No momento em que ele perdeu a consciência, o controle sobre a ofuscação também se foi, a desfazendo. Ele era o puro e inocente Dezmond de novo, e não havia sentido em tentar disfarçar-se agora. Mas pelo menos uma boa notícia: o cheiro de sangue no local não parecia ser o seu.

- Ah, eu podia escutar essas desculpas a noite toda. - era nítido o riso na voz. - Me deleita ver alguém se afundar na própria mentira. Mas por mais divertido que isso seja, eu vou ter que insistir pela verdade. Ainda não é dia, mas seria ótimo compartilhar o nascer do sol com você.

A insinuação na frase faz a espinha de Dezmond gelar. Sua própria Besta se sente acuada mediante a possibilidade, fazendo seu corpo tremer. As amarras incomodam ainda mais e a visão das cortinas se abrindo para a contemplação do sol brilhante e mortal começam a preencher a mente do Desgarrado. Aquela mulher não parecia poder penetrar a mente alheia, mas decerto sabia como obter suas respostas.
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Mensagem por Zed Qui Jun 18, 2020 8:34 pm


PS: 13/14
FV: 08/08
OBS:


A grande enrolação não pareceu convencer nem um pouco a mulher, mas ao menos lhe tirou um sorriso junto de uma ameaça discreta. “Merda, merda, merda!” Por um segundo ele se viu completamente imobilizado, e estaria suando frio se não fosse sua condição. – Eu não sou muito fã do nascer do sol não, mas me chame pra um piquenique à luz do luar que aceitarei de bom grado. – Uma vez que recompôs a compostura, sentiu que era hora de começar a apelar para seu magnetismo ainda em desenvolvimento. (Presença 1 - Fascínio)

- Bom, se você insiste na verdade. Eu conto, mas ela parece ainda menos verdadeira. – Fez uma pequena pausa para limpar a garganta de formal teatral, e também decidir o que tinha de ser omitido. – Eu realmente vim pra cá a pouquíssimo tempo, e realmente foi do Leste. Meu nome é Dezmond, eu vim da Irlanda. – E para dar uma autenticidade a história, usava seu sotaque de forma até mesmo um tanto exagerada. – Vim pra cá de férias, acontece que a diversão por aqui é muito fora do meu orçamento, então eu fico limitado a bares como esse... Não que seja ruim, eu realmente gostei.... Tirando o show de fogos, levemente exagerado.

Não fugindo demais do tópico, aproveitava para pular outros tantos detalhes irrelevantes. – No fim, eu acabei ouvindo que faziam prisioneiros naquele bar, e resolvi dar uma olhada, em parte por que eu sou curioso, mas principalmente por que eu ouvi que quem estava presa era uma garota muito bonita... Então, vocês tem uma garota presa aqui? Por que?

Enquanto esperava pelas esquivas em responder suas perguntas, Dezmond analisava o que estava prendendo os pulsos. Cordas? Correntes? “Eu consigo quebrar isso com muita força bruta?” Pegou-se imaginando por um momento. “Não agora, amanhã... Ou em uma emergência...” Também, tentaria aguçar o olfato e tentar sentir uma melhor impressão do odor que impregnava suas narinas. (Auspícios 1 – Sentidos Aguçados)
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Mensagem por Yassemine Queen Seg Jun 22, 2020 12:31 pm

OFF: Cena narrada via whatsapp 12/06/2020


O diálogo entre Montrose e Yassemine continua:

- Interessante. Não seria a primeira vez que esse tipo de governo seria adotado. Por um lado, minimizaria os problemas de pessoal, por outro acirraria as disputas por essas posições, principalmente porque alguns Membros seletos já gozam desse privilégio numa escala menor.

- Bem, farei questão de discutir sua ideia com Benedic. Mas já que citou sua posição como executora da lei, isso me leva a outro ponto...

A conversa é interrompida por batidas na porta.

- Ah, bem na hora. Com licença.

Ainda com o mesmo jeito inquieto, Montrose atende a porta. Há um diálogo rápido com outra pessoa e ele logo retorna com um pote de vidro negro nas mãos.

- Esse é o próximo detalhe da nossa discussão.

Ele fala isso num tom pesado e se move para o centro da sala, ficando a uns 2 metros de Yassemine. Depois, abre o pote e retira com muito cuidado usando uma das mãos um saco pequeno transparente com um pó branco.

- Sabe o que é isso?

Yassemine ouve de forma afirmativas todas as palavras de Montrose:

- Não tenho certeza, mas me parece as cinzas de alguém que recebeu a morte final.

- Não é isso. Mas entendo de onde vem o seu palpite. Isso é uma das drogas dos Mortais. Uma que circula ativamente na nossa cidade.

Ele põe o pote de lado, com cuidado, sobre uma mesa.

- Interessante! - Ela se aproxima.

- Cocaina, ouro nos dias atuais. Isso muda muita coisa. Conte-me mais!

- Se isso em si fosse o problema, eu estaria feliz.

Montrose, com a unha longa do seu delgado dedo mindinho, faz um rasgo no saco de cocaína. Um pouco do pó cai em sua mão, mas o que vem em seguida é o que realmente perturba.

Yassemine testemunha o que talvez fosse o motivo da inquietação do Senescal e até sua falta de modos.

- Guarde a primeira coisa que vier à sua cabeça quando ver isso.


Domínio de Sangue IV - Página 2 Worm10


De dentro do pó, sai um verme asqueroso. Ele mede o equivalente a um polegar de uma pessoa e rasteja rapidamente até para fora da sacola que o Nosferatu põe sobre uma mesa de centro.

Com agilidade, Montrose pega um copo de vidro de uma bandeja próxima e coloca em cima da criatura, impedindo sua passagem.

Yassemine ja havia percorrido o mundo e visto muitas coisas. Desde as mais belas, lindos elementais da terra das águas, as mais grotescas, se tratando de infernalismo e suas atividades hediondas ritualísticas. Mas quilo era algo novo. A Magus não era do tipo que gostava de surpresas. Odiava admitir mas não sabia do que se tratava!

A anciã não diz nada. Apenas olha nos olhos de Montrose aguardando que ele fale.

O verme, agora vendo com mais cuidado, tinha uma coloração marrom avermelhada e uma boca circular dentada.

- Antes de qualquer coisa, quero saber a primeira coisa que veio a sua mente. Sua intuição é muito importante. - diz o Senescal sem tirar a mão nem os olhos do copo.*

- Um verme emergindo de um pacote de cocaína? A primeira coisa que veio em minha mente é que isso não é algo natural, eu desconheço tal coisa. Logo penso que se o pó é consumido e o verme esta nele. Existe um papel importante desempenhado por ele, mortais absorvem e junto o verme ou algo produzido por ele, não acredito que alguém por mais fora de si que esteja notaria algo desse tamanho entrando. Claro que posso estar errada, é apenas uma suposição. Estou curiosa.

- De fato, natural não é uma palavra que poderia definir essa coisa. Mas o fato é que isso está circulando nossa cidade e faz parte de um plano maior, algo que nós ainda não fomos capazes de desvendar.

Ele se senta numa poltrona, deixando o corpo se afundar no estofado. O verme sob o copo vai desfalecendo aos poucos.

- Minha esperança era que você tivesse uma ideia remota ou até um lampejo do que pudesse ser isso.

- Essa coisa parece reagir ao calor humano e ataca assim que liberto. Porém os efeitos disso permanecem um mistério, uma vez que ele se desintegra pouco tempo depois de liberto.

- Sem dúvidas estão usando-os para manipular os consumidores. Pode ser algo simples como faze-los consumir mais, mas duvido essa droga já é viciante o bastante. Então alguém poderia estar usando-os para uma infestação. Aqui temos algo perigoso. Vermes assim, em sua maioria, são estágios prévios de algo que que virá depois, típico de insetos , acho. Como não é algo natural, podemos ter uma infestação em massa, de algo que não conhecemos.

- Mas isso são suposições. Precisamos de informações sobre os efeitos. Agora diga-me como descobriram? Quem trouxe a informação?

- Eu tenho um informante na parte norte que descobriu isso. Ele ainda não sabe sobre o fornecedor. Parece uma distribuição seleta. A maioria dos pacotes correndo pelas ruas não está contaminado.

- Até então não dá para rastrear alguém que foi atacado. Depois do ocorrido, nada de anormal parece acontecer. Pelo menos por enquanto.

- Talvez seja interessante interrogarmos seu contato e se não foram observados efeitos precisamos que ele fique de olho caso algo ocorra. Não acredito que produtores e vendedores tenham interesse em manipular o produto com algo que possa prejudicar o mercado. Logo, isso está sendo inserido por alguém com outras intenções.

- Meu informante já me repassou tudo que sabe e eu já tenho uma cobaia para testar as reações. O que me preocupa é isso se espalhar antes entendermos os métodos e os motivos por trás.

- Por isso gostaria de contar com sua competência nesse caso.

- Claro Senescal, ficarei de olhos abertos quanto a qualquer coisa suspeita. Podemos designar investigadores com experiencia nas ruas e no tráfico para vasculhar possíveis evidencias e nos dar ideia dos efeitos disso nas ruas.

Yassemine sabia que serie importante politicamente ajudar o Senescal, mas era algo que ela realmente não tinha acesso ou conhecimento, o mundo do tráfico, seja em Las Vegas ou em qualquer outro lugar. Se ao menos ela tivesse alguma pista sobre o verme, mas em seus anos de investigação ritualística ou infernalista algo assim é novo, é uma droga nova também. Se ao menos em sua mente alguma lembrança de algo assim surgisse ela poderia seguir, mas por enquanto estava de mãos atadas.

- Senescal irei pesquisar em meus arquivos se encontro algo relacionado a isso, assim que eu encontrar algo lhe avisarei. Qual a melhor forma de entrar em contato direto com você?
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Mensagem por Fox Seg Jun 22, 2020 7:11 pm

Dezmond Green

Parecia que o sonho do príncipe encantado salvando a princesa bela de seu cativeiro não passava de um devaneio. Claro as esperanças do Caitiff de isso acontecer eram meramente cômicas, a expectativa de uma ironia. Agora, porém, ele comprovava que os finais felizes realmente só pertenciam aos contos de fada e esse não era um deles. A missão de Riviera tinha sido uma maldição para Dezmond, que agora era, ele próprio, cativo. Sua mente pragueja por seu "contratante" ter lhe dado tão poucos detalhes, mas agora isso era inútil. Literalmente de mãos atadas, sua língua era sua única saída. Seu magnetismo natural era intensificado pelos seus poderes na sua maior aposta para sair dali vivo.

As palavras saiam suaves da sua boca. A mistura da verdade com a mentira ajudava, porém não ver a reação do seu interlocutor era um ponto negativo para uma conversa manipulativa. No intervalo da história, Dezmond sente a lâmina se acalmar ao seu pescoço. Era um bom sinal. Ele também aproveita o momento para sentir os arredores. Seus sentidos são aguçados pelo poder do Auspicios e tão logo o odor de sangue se torna mais nítido. Ele vem das suas costas, talvez da mulher ou de algo próximo a ela, e não parecia ser fresco, como se saído recente do corpo. Apesar disso, sua intensidade devia muito mais ao ambiente vedado. O Desgarrado também sente as cordas com mais foco. Eram cordas grossas de cânhamo. Parti-las em sua condição atual era impossível, porém o sangue estava sempre disponível para tornar certas façanhas possíveis.

- Hmm, parece que agora a história está chegando mais perto da verdade. - diz ela, ignorando as perguntas mais uma vez. - Mas talvez seja sua Arte fazendo o papel. Muitos de vocês Membros são peritos nesse ponto. Num estalar de dedos, suas línguas ficam afiadas como facas ou suaves como seda. Foi assim que conseguiu entrar?

Ela usava as palavras com naturalidade, como se fosse familiarizada aos termos usados pelos Vampiros. Ela sabia com o que estava lidando.

- A propósito, o presentinho que o esperava lá embaixo foi feito especialmente para lidar com vocês. - ela tocava o peito de Dezmond, roçando o braço perfumado em seu pescoço, e ele sente a dor perfurante, escondida até então pelo relaxamento. - Mas veja, por mais que eu queira acreditar em você, sua história está cheia de furos. Essas coisas são boatos horríveis que não se ouvem por aí. E você parecia saber muito bem o que estava procurando.

Ela faz uma pausa e a dor no peito de Dezmond cessa. Não tinha a mesma intensidade da de antes, porém ainda era incômoda e ele sente o impulso de usar seu sangue para curar-se. Por fim, o Caitiff sente o frio da lâmina novamente.

- Então vamos recomeçar. E dessa vez sem truques. Se você for sincero e não esconder nada, talvez saia daqui inteiro para passar as noites como bem quiser. Agora diga: o que você queria exatamente aqui? E mais importante, quem lhe mandou?
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Mensagem por BenXIII Seg Jun 22, 2020 9:23 pm

Hyan seguia até o último lugar, que era o lugar indicado no endereço.

Ao passar pelos corredores, Hyan não percebia nada de diferente, e fazia questão de andar como uma lady, sem fazer barulho, até o ap das meninas.

Com a mão na cobra (dentro da bolsa), a bicha entrou cautelosamenTCHY no apartamento. Se estivesse vivo, seu coração estaria batendo rapidamente, mas com havia se tornado uma criatura das noites, estava era muito atenta para se vingar de quem estivesse ali, se estivesse.

Assim que entrasse, trancaria a porta.

O primeiro cômodo, como de costume, era uma sala de estar. Seus olhos corriam rapidamente para ver se tinha alguém presente, depois ia direto para o jarro azul horrível.

“Aff, acho que esse jarro azul já teria matado alguém de desgosto...”

De resto, a única coisa de diferente era o violão ...

“Olha só, quem diria que puta toca outra coisa ...”

Logo a esquerda dava para ver uma cozinha e à direita um corredor.

“A louça suja demonstra que elas eram porcas, ou que sumiram repentinamente ...”

Mega atenta, Hyan aguçaria seus sentidos a fim de perceber alguma coisa diferente no local, como gotas de sangue, algum objeto a mais, alguma coisa quebrada.

OFF: ativo meus auspícios para ajudar na busca.  

Se não visse nada, seguiria para o corredor, com cautela, já com a arma fora da bolsa.
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Mensagem por Zed Qua Jun 24, 2020 11:35 am


PS: 13/14
FV: 08/08
OBS: Fascínio ativo.


Dezmond começou a falar, agora com seus dons sobrenaturais trabalhando a seu favor. A história parecia estar sendo melhor aceita, a sensação de perigo imediato foi embora junto a lâmina no pescoço e ele pode sentir a cena mais apropriadamente. – Este é só um dos truques, pra ser sincero ele é meio novo, então eu não confiaria apenas nele. – Responde referindo-se aos dons que usava, ainda com certa tranquilidade e confiança. “Okay... Não é totalmente desesperador... Ainda.” O pensamento logo foi desaparecendo de sua mente conforme a dor em seu peito cresceu violentamente após um gesto discreto e suspeito da mulher. A dor não durou muito, mas pareceu ter ferindo-o de forma que necessitasse de cura, mas contendo seus impulsos de regenerar e se limitou a tentar observar. “Agora não é hora pra desperdiçar sangue.”

- Que merda é foi essa!? – Aquela pergunta foi disparada sem seu controle, um tanto diferente das outras que eram “inseridas” junto as explicações. Assim como elas, imaginava que também não ganharia uma resposta, mas pelo menos podia fazer suas teorias. “Não é Vampira ao que tudo indica, mas manja dos nossos poderes, faz bolas de luz e dores no peito.... É uma Bruxa.” E de forma totalmente incontrolável, não conseguiu não rir da imagem de uma multidão enfurecida cheia de forcados e tochas. “Queimem a bruxa!” Claro, era apenas sua mente indo mais longe do que devia.

- Então Senhora Gandalf... O ocorrido foi esse. Eu disse que os detalhes eram meio inacreditáveis, mas a essência é realmente essa... Bom, claro, do jeito que eu disse parece que foi um bêbado qualquer que me falou da garota, na realidade foram dois caras. – Ainda viajando em seus próprios pensamentos, o Caitiff reimaginava o ocorrido, como bom mentiroso ele sabia que precisava primeiramente acreditar na própria mentira antes de convencer os outros.

- Eles me tiraram à força de um cassino, eu não sabia de nada por que eu tinha chego a pouco tempo. Mas acredite se quiser, é ilegal para... “nós membros” apostar nos cassinos daqui. É, eu sei, é ridículo, mas eu juro que é verdade. – Até agora Dezmond continuava em negação quanto a essa proibição.

- Depois de não tão gentilmente me explicarem que eu estava fazendo merda, ameaçaram me entregar pra... – Considerando que ela não fosse uma vampira, hesitou em falar sobre a Camarilla. – ... Corte dos membros. Eu pedi pra deixar o caso morrer ali, se isso fosse a publico a minha cabeça ia rolar. O que aqueles metidos a nobres querem é só uma oportunidade pra exterminar os do meu tipo. – Se ela fosse realmente familiarizada com os termos, poderia entender o que significava ser um Caitiff.

- No fim pra não me mandarem pra julgamento disseram que eu tinha que invadir esse lugar e salvar uma garota que estava sendo prisioneira, a única identificação que me deram era “Garota Germânica”, e é mais ou menos por ai que chega na parte que eu invado a boate e sou arremessado pelo raio de luz. Essa parte você já conhece. Só não explica como você fez aquilo, cê é um tipo de Bruxa? Maga? Clériga? Druida? Eu não sei como funcionam os termos na vida real, só conheço pelo D&D. – E novamente os comentários irrelevantes sobrepunham as informações relevantes.
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Mensagem por Fox Qui Jun 25, 2020 6:50 pm

Yassemine Queen

Diante da revelação do Senescal, Yassemine sente uma pitada de aflição. Não era um desespero propriamente dito, mas um lampejo de preocupação sobre o que poderia acontecer no futuro caso esse problema não fosse solucionado. Como a Xerife da cidade e uma ocultista experiente, não era surpresa Montrose ter recorrido a ela nessa situação, porém a Assamita também se via com as costas contra a parede. Os séculos em sua bagagem provavam que ainda haviam muitos mistérios escondidos pelo mundo e, por ora, este era um deles. Claro que também havia muito a se ganhar neste quesito. O prestígio e a gratidão do Senescal poderiam abrir diversas portas para sua busca.

- Claro Senescal, ficarei de olhos abertos quanto a qualquer coisa suspeita. Podemos designar investigadores com experiência nas ruas e no tráfico para vasculhar possíveis evidencias e nos dar ideia dos efeitos disso nas ruas.

- Sim, esta é um boa ideia. - ele fala sem tirar os olhos da criatura, que aos poucos se desintegra completamente em um pó escuro - Me repasse os nomes das pessoas que você julgar competentes e eu farei o restante. Mas tome cuidado a quem designa a tarefa. Essa situação é muito delicada para se espalhar por aí.

- Senescal irei pesquisar em meus arquivos se encontro algo relacionado a isso, assim que eu encontrar algo lhe avisarei. Qual a melhor forma de entrar em contato direto com você?

Montrose se levanta e vai até uma escrivaninha baixa. Ele retira um caderno de anotações e escreve um número de telefone em uma de sua páginas, em seguida arranca e entrega a Yassemine.

- Mande uma mensagem para esse número quando precisa me encontrar. Eu retornarei com horário e lugar.

Era um método mais lento, mas era fácil imaginar o porquê da cautela do Senescal. Sua suspeita declarada sobre a comunicação tecnológica e a situação em que estava já diziam tudo. Yassemine, por outro lado, tinha uma oportunidade em mãos. O sábio não é aquele que sabe de tudo, mas sim aquele que sabe onde pode aprender qualquer coisa. Ela podia não ter todas as respostas, mas provavelmente tinha uma ideia onde consegui-las.
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Mensagem por Fox Sex Jun 26, 2020 8:48 pm

Hyan Riquelme

Os sentidos aguçados davam a Hyan um novo vislumbre do ambiente. Tão logo seu Auspicios era posto em jogo, ele sente o odor da louça suja na cozinha. Era de presumir que aquilo já estava ali há alguns dias e, além disso, o acúmulo de poeira já começava a se tornar evidente nos outros locais. Ao se aproximar do jarro azul, o Toreador nota as fotografias sobre a mesa. Ao bater o olho na primeira, nota que trata-se das três dançarinas. Claro, lembrava-se exatamente de como elas eram e de seus nomes. Sua perspicácia era impecável. Todas as três usavam nomes de palco, óbvio, mas estavam com trajes mais casuais na foto. A primeira era Candice, ou Candy. Uma trans morena, alta e de dotes invejáveis. Suas curvas, assim como seu sorriso, deixariam qualquer atriz de Hollywood beijando o chão. A segunda era Luly. Era uma lésbica não tão deslumbrante como as outras duas, mas que dançava como ninguém. Ela era baixa, loira e sempre tinha um sorriso travesso no rosto. A terceira era Dalila. Uma trans com cabelo tingido num azul charmoso e olhos verdes. Ela usa óculos na fotografia e tem um aspecto intelectual, mas transformava-se quando entrava no palco, desde o look até a personalidade.

Enquanto a lembrança das três passa por Hyan, ele nota o segundo porta-retratos. A fotografia também é das três dançarinas, mas há uma quarta garota. Ela é magra, estatura média, bem corpo de modelo em ascensão. Seus cabelos são de um loiro ofuscante, sua pele alva e seus olhos de um azul cristalino. As quatro posam de acordo, mas o divertimento em seus olhares dá o indício de que são amigas próximas. O ambiente parece ser de um clube noturno e o visual produzido das mulheres também dá esse indício. No fundo há um grafite em cores vermelha, cinza e branca de um anjo de traços femininos com as asas em chamas.

Com o porta-retratos em mãos, o Toreador então nota que ele emite um cheiro diferente. Algo quase imperceptível, mas que chama sua atenção. Ao manusear de leve, percebe-se que há algum objeto solto por trás da foto.
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Mensagem por BenXIII Sáb Jun 27, 2020 1:29 pm

“Eca!”

O fedor da pia da louça era acentuado no momento que Hyan aguçava seus sentidos. O local também já começava a juntar bastante pó, o que não agradava em nada o Toreador.

“Olha só ...”

Hyan pegava o retrato das dançarinas ao lado do jarro azul.

“Mesmo com roupas comuns, elas estão muito gostosas!”
– pensava ao analisar as curvas e porte de cada uma.

Pensava consigo mesmo como a sorte e aleatoriedade do destino influenciava na vida das pessoas.

Candy possuía um corpo e um sorriso de matar. Luly podia não ter o corpo perfeito, mas colocava qualquer um no chão quando o assunto era dança. E Dalila, apesar do nome de puta, cabelo azul e arrasante na boate, ali na foto até que parecia alguém intelectual.

“É gente ... que preju eu tomei ...” – “Mas o que é isso?”

Hyan via um segundo porta-retrato atrás desse. Na foto tinha, novamente, as três dançarinas, mas agora tinha uma integrante a mais. Olhava para aquela magrela loiríssima com pose de modelo, que com certeza era amiga e trabalha junto das outras.

“Ué ... nunca me falaram dessa Barbie aqui ...”

Olhando para o fundo da foto, Hyan percebia um grafite de um anjo com asas em chamas.

“Parece que eu já vi isso em algum lugar ... só não lembro onde ...”

Ao trazer mais perto do rosto, ele sente um cheiro estranho, que somente pelo acaso de tê-lo trazido mais perto e estar com seus sentidos aguçados conseguiu sentir.

“Gente ... será que isso que é cheiro de xereca?”

Ao manusear o quadro com um pouco de nojo, sente um objeto solto atrás da foto, que logo retiraria para ver do que se tratava.

“Que isso produção?!”

Pegaria o objeto para analisar melhor.
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Mensagem por Fox Sáb Jun 27, 2020 2:40 pm

Dezmond Green

No fundo do poço, Dezmond resolve responder aos questionamentos misturando verdade, mentira e tagarelice. Esta última devia-se em parte ao nervosismo, mas ainda assim fazia parte de quem ele era. Alongar-se na fala também ajudava-o um pouco a se acalmar, ao menos até certo ponto.

- Você não consegue controlar sua língua não é mesmo? Esperava soltá-la depois de um incentivo, mas não tanto. Então vamos recapitular. Você, um Sugador sem rumo, fez merda e foi pego. E para se livrar dessa situação, resolveu seguir ordens como um cachorro em busca de um dono, fazendo uma invasão sem nem mesmo saber o que procurava... - seu tom denota certa desconfiança, embora tenha também uma pitada de surpresa.

Dezmond sente a lâmina cortar sua carne lentamente, fazendo círculos superficiais no seu pescoço.

- Vamos lá Filhotinho. Seu tempo está acabando. E esse seu poder está me tirando a paciência restante. Eu falei sem truques, então se continuar a usá-lo, eu vou te enforcar com suas próprias tripas, independente de estar falando a verdade ou não.

Não há nada de ameaça falsa na voz e o sotaque dela começa a se destacar conforme os ânimos se elevam.

- Eu quero nomes. Nome da pessoa que lhe mandou aqui, nome do lugar onde o encontrou, nome do lugar onde ele viver. Agora!
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Mensagem por Fox Sáb Jun 27, 2020 4:27 pm

Hyan Riquelme

Hyan rapidamente põe o objeto em mãos e vê que há uma espécie de fundo falso atrás da foto. Não é algo incrivelmente escondido, mas o suficiente para passar despercebido numa busca rápida. Afinal, quem procuraria algo num porta-retratos. O Toreador, porém, devido aos seus sentidos aguçados e a um pouco de sorte, achara o pequeno esconderijo. Ao desmontá-lo, algo cai sobre a mesa de centro. Uma espécie de pingente com um contorno metálico e uma pedra negra no centro.

Domínio de Sangue IV - Página 2 11aca0cb1bf04d6167217024be02add9

Agora que a pequena joia estava exposta, Hyan percebe que o odor estranho de antes era ferrugem. Uma pequena parte das bordas passava do cinza para o marrom avermelhado característico. Ao pôr em mãos, nota-se também que o pingente emite um ligeiro calor ao toque, como se tivesse sido colocado próximo a uma lareira por alguns minutos. Aquilo era realmente estranho, mas por ora não tinha significado e só agravava o mistério que o Degenerado investigava.
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