Vampiros - A Máscara
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Vida Longa à Morte - Vozes da Condenação

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Mensagem por Baruch King, O Anjo Caído Seg Jan 13, 2020 4:05 pm




Chuva sagrada
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Tome este coração e faça-o inteiro outra vez


A noite. Para muitos desavisados apenas um período do dia, mas para outros o momento de maior atividade. Algumas pessoas dormem, outros trabalham. Prostitutas dividem as ruas com gente em busca de diversão, bares e danceterias lotam como os círculos do inferno parecendo caldeirões de pecadores que não suspeitam que os maiores desesperos espreitam nas sombras...


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"Sem caminho de volta. Sem a Graça Salvadora"


Você anda, sozinho, por entre ruas e vielas em sua jornada através da Condenação. A solidão da Lua no céu é sua única e inseparável companheira nesta Fria - e Dolorosa - caminhada. Rostos e Vozes; Construções e Canções; Imagens e Sons, nada disso passa de Flashes, borrões, luzes distorcidas pela velocidade, a velocidade na qual todos Eles definharão, sucumbindo ao tempo e ao voraz abraço gélido da Morte - Mas você não. Você não os acompanhará, você não definhará, você não será tocado por Ela. Não da mesma forma... 


Vida Longa à Morte - Vozes da Condenação Dark-city


"Não há caminho de volta para você daqui. A partir deste lugar soturno solitário."


Você já não pode negar as verdades do mundo. Você sabe mais do que os pobres peões e isso é uma benção e uma maldição. Você sabe também que possui menos conhecimento do que poderia, mas tem a eternidade para obtê-lo, todavia a única questão é: O quanto será sua eternidade? Você já morreu uma vez e entende o quão efêmera uma existência pode ser, o que garante que essa nova existência não desapareça repentinamente? O quão seguro você está? Até onde você quer ir? Até onde você CONSEGUE ir?
No fim, ainda que você detenha poderes e conhecimentos maiores que a grande maioria a única coisa que mudou é que agora está mais exposto aos perigos. Você não está sendo sorteado para ser ou não o jantar dessa noite, você está dentro das sombras junto dos outros predadores e infelizmente isso não é reconfortante, isso na verdade é mais agonizante.


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Crônica: Vida Longa à Morte - Vozes da Condenação
Narrador: Baruch King, o Anjo Caído
Seitas: Todas
Tema: Thriller, Sobrevivência e Horror
Estilo: 'Mundo Aberto', Day-by-Day
Vagas: 3

– Poeta / Andrew Kingler
– Crowley / Antony Crowley
– Pablo / Amanda Takenouchi

Informações do Cenário:
- Cidade: Juniper / EUA
- População Mortal: Aprox. 1,8 milhão de Habitantes
- População Cainita: Aprox. 42 vampiros (Densidade de 1/43,2 mil humanos) 
- Seita Dominante: Camarilla
- Presença Sabá: Pequena, embora ainda presente.
- Tempo de existência do Principado atual: 4 anos
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Mensagem por Baruch King, O Anjo Caído Seg Jan 13, 2020 10:29 pm

Andrew Kingler - PdS: 8/15 (3/Turno) - FdV: 9/9 - Vitalidade: OK


Andrew estava, de certo modo, acostumado com viagens. Estar longe de sua amada biblioteca, de seu refúgio, das ruas conhecidas de sua grande cidade. O Feiticeiro sabia lidar com tudo isso, mas não quer dizer que seja algo fácil. Depois de certo tempo, quanto mais conhecimento, quanto mais poder, você acumula, mais você entende que deve temer o desconhecido. E este é, evidentemente, um motivo para entender porque os cainitas chamam sua existência imortal de Maldição. Há pouco mais de 2 semanas, o Tremere não poderia imaginar encontraria-se à milhas de distância da Grande Maçã, chegando à cidade de Juniper, no estado do Maine. Um homem que identificava-se como um velho amigo havia lhe dado uma dica, uma pista de um livro em que ele poderia interessar-se, material para sua vasta biblioteca de ocultismo. Este homem, ele viria a saber bem antes de viajar, era Atila Von Bismark, que havia conhecido no antigo Clube de Escritores de Nova York, décadas atrás. Ao que tudo indicava, Andrew não havia sido o único a ser imortalizado - Literalmente - pela literatura americana. 



O Tremere via as luzes da cidade, à distância, conforme aproximava-se rapidamente. O voo, de Nova York até ali, durou pouco mais de 1 hora e meia, dando-lhe tempo suficiente para fazer alguns de seus afazeres. Entrar em contato, previamente, com a Capela Tremere local - Zimbro - havia sido uma tarefa fácil, ao passo que seu Regente já havia sido avisado de sua chegada, fazendo com que ele afirmasse a importância de Andrew apresentar-se ao Principado antes de qualquer outro movimento pela cidade.
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Vida Longa à Morte - Vozes da Condenação Empty Re: Vida Longa à Morte - Vozes da Condenação

Mensagem por Baruch King, O Anjo Caído Ter Jan 14, 2020 9:11 pm

Antony Crowley - PdS: 06/15 - FdV: 8/8 - Vitalidade: Machucado (-2)


Filhos da puta! Crowley por pouco não é pego na armadilha. Desde que Juniper havia sido tomada pelos bastardos da Camarilla, as noites do Lasombra tem sido cada vez mais difíceis. Ele conseguia, desta vez, escapar mas a um alto custo. Seu último refúgio, um abrigo comunitário da Espada em um bairro de classe baixa da cidade havia sido destruído, e com ele alguns de seus pertences. Fazia 4 anos que Hustem, Arcebispo de Gary, havia enviado-o para o Maine, para que trabalhasse junto do antigo Bispo. Após a destruição do Tzimisce, o Lasombra recebera ordens de permanecer na cidade, até que novo contato fosse feito.
 
A atual situação do Guardião fez com que ele se tornasse uma espécie de nômade, na cidade, pulando de refúgio em refúgio, enquanto seus companheiros recrutavam novos integrantes para as fileiras da Espada. Era um trabalho quase que constante, visto que algo -ou alguém- tornava suas vidas, de certo modo, curtas. Não era comum que aqueles refúgios, como o que ele se encontrava, antes do ataque, durarem mais do que 6 meses. E a cada nova investida, a vida útil deles tornava-se menor até a próxima. 

Antony sabia da existência de um outro local, um substituto para o abrigo que a Xerife e seus mastins haviam destruído há pouco. Mas seria seguro ir até lá? Logo após aquela armadilha, e no estado em que encontrava-se, ferido e com os urros da besta praticamente enlouquecendo-o? Ele havia exigido muito de sua reserva de vitae, se não fosse por sua conexão com o Abismo, talvez o Guardião não tivesse conseguido fugir, junto com alguns de seus companheiros de Seita, que logo após deixar o quarteirão, haviam dispersado. 
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Mensagem por Baruch King, O Anjo Caído Ter Jan 14, 2020 10:35 pm

Amaya Takenouchi - PdS: 8/10 - FdV: 7/7 - Vitalidade: OK





Amaya estava longe, muito longe de casa... Os cenários mudaram, com o passar das noites, enquanto ela viajava. Tennessee, Virgínia, Pensylvania, Nova York e, por fim, Maine. 5 estados, ela havia percorrido nos últimos 2 meses, 5 estados em sua "fuga". Suas últimas lembranças, antes de iniciar sua peregrinação, era sua reunião interrompida com o Pé Grande. A criatura, semi-inteligente, havia conseguido comunicar-se com a Gangrel, mas o breve contato deu-se por findado no momento em que perceberam a presença daqueles que estavam à caça dele, dando início a uma cadeia de eventos que culminou na chegada da Gangrel à cidade de Juniper. 

Amaya havia recuperado seus lacaios, durante uma das noites em que estava em fuga, já no estado da Virgínia. A tentativa de convocá-los, por meio do animalismo, havia funcionado, mas uma suspeita que recaiu sobre sua mente acabou por provar-se verdadeira: Seus lobos fizeram com que a Gangrel fosse encontrada pelos mesmos caçadores que a interromperam em sua reunião com o Pé-Grande na floresta Cherokee. Isso fez com que ela tivesse de continuar seu caminho, tomando o cuidado de disfarçar seus rastros e de seus companheiros, mas a tarefa demonstrou-se quase impossível de ser feita com precisão, e noite-pós-noite, estado atrás de estado, seu inimigo oculto continuava a segui-la, sempre dando um jeito de encontrá-la. 

Era assim, numa tentativa de fugir de seus perseguidores que Takenouchi via-se em um novo local. O clima chuvoso fazia com que a floresta se transformasse em charcos, em algumas partes, e algumas clareiras tornavam sua ocultação difícil. O relevo, um tanto quanto montanhoso, era incômodo de ser vencido a pé, mas talvez lhe fosse útil de algum modo. Algum momento, sem saber quanto tempo exatamente passou naquelas terras, a Japonesa descobriu -de vez- onde estava, quando chegou aos limites da cidade: Juniper. No estado do Maine 
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Mensagem por Amaya Takenouchi Qua Jan 15, 2020 11:26 pm



森の海を 漂うのは
憂いたたえ 揺れる小舟
彷徨える魂と
澄みわたる 刹那の静寂(しじま)

Tradução:

------

Eu não sei há quanto tempo exatamente, eu estava fugindo. E a essa altura, eu nem sabia mais do que eu estava fugindo.

Tudo começou com uma comunicação de um crime em Salém. Vi mais coisas do que eu deveria ter visto e, provavelmente por isso, queriam me apagar. Caçadores e afins. Eu não sabia muito bem. Mas eu os perdôo.

Os cainitas não são exatamente uma espécie muito piedosa. Humanos se protegem, porque alguns deles sabem que estão envoltos de alguma forma, por predadores. Como uma manada de búfalos que se protegem para enfrentar e até mesmo, matar leões se tiverem a oportunidade. A natureza é assim. Gaia designou um papel para cada um.

Entretanto, não me interessa ser uma leoa entre os humanos. Sei da minha necessidade pela vitae, já não-vivi algumas dezenas de anos para saber como funciona. Mas honestamente, tinha de haver outro jeito. Algum jeito de poder coexistir.

Não precisamos matar algum outro ser pra saciar nossa fome. Escolhi me alimentar majoritariamente de animais, e de preferência grandes, para que eles pudessem sobreviver. Usando mais da minha ligação com eles do que a força. Pois eu sei que se você precisar extrair algo da natureza, é sua obrigação moral retornar algo de volta a Gaia. Tudo deve funcionar em um ciclo. E por isso, tenho meus aliados comigo. Fenrir. Hera. Amaterasu. Um pouco da força vital que eu extraio para sobreviver, eu dou para eles. E assim, oferecemos companhia e proteção, um para o outro.

Nesse momento, os meus companheiros não estão exatamente perto de mim, mas sabia que estariam perto, quando eu precisasse. O problema é que eles chamariam atenção demais. Eu suspirava, mesmo sem precisar disso. Eu me apegava a meu senso de Humanidade de modo ainda mais forte do que quando era uma mortal, pois eu acreditava que este novo propósito na minha vida pudesse fazer, talvez, uma sociedade um pouco melhor. Para humanos e cainitas.

Era o que eu gostava de acreditar, pelo menos.

Nós destruímos, matamos, roubamos e enganamos. Fazemos muito isso como humanos e mais ainda como vampiros. Entretanto, eu buscava algo em que acreditar. A gente não podia ser apenas isso. A gente tinha que ser algo melhor que isso. Não tínhamos os dons que nos foram dados apenas para destruir o outro e saciar nossa fome.

Por falar da fome... ela sempre estava lá. A Besta, sempre na espreita. Mas eu preferia me comunicar com ela e deixá-la tão saciada o quanto possível. Como uma criatura com consciência, eu tinha a obrigação moral de guiar os meus instintos para os seus usos mais corretos. Eu preferia dialogar com a minha Besta de alguma forma, do que simplesmente deixar ela tomar conta e me fazer entrar em frenesi. Não era isso que eu queria pra mim, por mais difícil que fosse.

Mas para buscar um pouco mais da nossa missão, sacrifícios tinham de ser feitos. Como este, ao fugir de vários locais e abdicar de um lar, um refúgio fixo. Eram as consequências de meus atos e eu os aceitava. Gostaria de poder dizer que eles não deveriam se preocupar comigo, mas é bem provável que não me ouçam. E nem deveriam.

De qualquer forma, eu deveria achar um refúgio pra mim. E ali estava uma nova cidade: Juniper. Outra cidade que eu não conhecia. Nem humanos, nem cainitas, nada. Eu poderia tentar ligar para Jake, mas ele não poderia fazer absolutamente nada por mim lá da Cherokee National Forest, ao menos, não neste momento. E eu duvidava que ele conhecia o local onde eu estava de forma suficiente.

A minha melhor aposta, era conseguir achar um local abandonado, uma cabana ou qualquer lugar onde eu conseguisse ficar durante a noite. Se não conseguisse fazer isso, o jeito era virar terra, como eu fiz na maioria dos últimos tempos. Mas eu não podia viver nessa cidade sem saber nada dela. Eu tinha que ter algum tipo de interação com alguém.

Eu preferia vagar pelas margens da floresta. Preferia não me afastar delas para ir para a cidade, pois se aquele lugar fosse da Camarilla, eu iria ter que passar pelo processo extremamente chato de me apresentar ao Príncipe. Coisa que eu não queria, mas deveria fazer, pois teoricamente, eu ainda estava lá. Por mais que ninguém na Torre de Marfim se importasse exatamente com alguém como eu.

E se aquele lugar fosse de Sabás... argh. Não quero nem pensar nisso.

Eu apenas procurava alguém para falar ou algo para me abrigar. Talvez um guarda florestal fosse uma opção, se ali existisse. Por ser bióloga, eu teria algum passe livre, pelo menos acreditava, para explorar e fazer novas pesquisas. Gostaria de conhecer mais as vidas daquele local, de qualquer forma.

Eu seguia rodeando Juniper pela sua parte mais arborizada. Esperava para ver o que Gaia tinha pra meu destino.
Amaya Takenouchi
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