Boston By Night - Noite Vermelha

THEON

PS: 10/10
FV: 04/04

Se afastando do carro, Theon ia sentindo a sensação de segurança mais próximo a cada passo mais longe dos anarquistas. Mas no fundo ele enxergava um lado positivo e arriscado naquela situação toda. Sem conhecer o local, Theon caminhava pelas ruas guiado pelo seu olfato. Logo ele sentia cheiro de fast food invadir suas narinas, e sabia que lá teria uma concentração de pessoas.

O gangrel chegava a uma avenida movimentada de comércios gastronômicos e clubes noturnos. O trânsito era intenso apesar da hora (23:00h). Vários veículos paravam nas portas das boates desembarcando passageiros e pegando outros. O passeio ficava pequeno demais para o número de pessoas ora em filas para entrar nos locais, ora transitando pra lá e pra cá.

Sem um rumo certo, Theon caminhava entre o rebanho pensando no seu próximo passo naquela noite. Mas enquanto ele pensava, uma voz lhe chamou a atenção em meio aquela vida pulsante de Boston By Night. - Está perdido forasteiro? Dizia uma mulher que se encontrava em uma das filas de uma boate qualquer. Forasteiro? Ao se virar na direção da voz feminina, Theon podia ver uma bela loira usando uma minissaia vermelha e o encarando com um sorriso no canto da boca.

Kollen afanava o gato, agradecendo pelas informações. Abria um pequeno corte no dedo e dava-o para o gato experimentar de seu sangue.
- Muito bom... Quero que vá na frente para entrarmos na casa, ok?

Kollen procurava pelos sistemas de energia do lugar, tentando desligar o local especifico onde Dylan estava. Entrava sorrateiramente pela escada de incêndio, ativando os Olhos da Besta, dádiva - ou talvez maldição - de seu clã.

Após ver o gato entrar, seguiria alguns passos de distância, ouvindo se Dylan percebia o retorno do bichano. Enquanto isso, olhava atentamente pelo ambiente, tentando pegar Dylan desprevinido, sem causar alarde com a "fêmea" que o gato tinha indicado.

THEON

PS: 10/10
FV: 04/04

Ao ouvir a voz feminina o assediar, Theon parava e olhava para a mulher, mas sem exibir espanto ou outra reação que revelasse surpresa, a não ser pela mini-saia que a moça usava.

— "Eu tento evitar chamar atenção. Mas você parece que não se importa muito com isso, não é mesmo? Como sabe que sou forasteiro? E o que isso te interessaria, mulher?"

A loira soltava uma risadinha pelo comentário do vampiro, que fazia uma observação mais aprofundada da mulher. Theon buscava pulsação no pescoço da jovem, afim de deduzir com qual tipo de criatura estava lidando. Porém, não conseguia se concentrar por causa dos fatores externos que os rodeavam (luzes oscilantes, barulho, movimento de pessoas e da própria mulher...). Depois, o cainita tentava detectar algum cheiro peculiar vindo da moça, e ele conseguia sentir um perfume adocicado, mas nada garantia que fosse realmente dela, haviam várias outras mulheres na fila. O vampiro decidia fazer uma busca além da observação mortal, utilizando os dons de Caim, mas parece que a sorte não estava de bem com o gangrel, e apesar do esforço, nada era visto além da própria imagem da mulher.

- Bom... eu nunca vi você por aqui, e eu conheço todo mundo! Logo, isso faz de você um forasteiro! Acertei? - A loira sorria meio sem graça - Não quis parecer inconveniente, apenas gosto de conhecer pessoas novas! - Respondia a moça ao questionamento do interesse.

KOLLEN SINCLAIR
PS: 13/13
FV: 08/08

Depois de extrair as informações que o animal trazia, Kollen "retribuía" ao bichano com um pouco da sua vitae. O animal lambia a ponta do dedo do gangrel demonstrando gostar bastante daquilo. Kollen decide entrar dentro do prédio, utilizando de uma abordagem mais estratégica. Orientando o gato a ir na frente, o vampiro adentrava o hall da edificação e procurava pelo painel de energia do lugar, sem dificuldades ele encontrava o dispositivo e de acordo com o endereço dado por Norton, o gangrel desligava a energia do apartamento de Dylan.

De novo do lado de fora, Kollen sobia pelas escadas de incêndio até a janela do apartamento de Dylan. O gato ia na frente miando e logo chamava a atenção do dono do apartamento. Kollen ouvia a voz de Dylan brincando com o gato - Você voltou amiguinho! Quer mais leitinho? Que tal ir comigo até lá embaixo ver o que aconteceu com a minha energia? Eu só preciso encontrar a lanterna... - Kollen ouvia barulho de gavetas sendo abertas, reviradas e fechadas.

Utilizando do legado de seu clã, os olhos de Kollen começavam a emitir uma luz sobrenatural de coloração vermelha e então a escuridão revelava todo o cenário ao vampiro. O gangrel entrava no apartamento de Dylan, sem emitir nenhum barulho e então se escondia ao lado da porta da cozinha. Nesse momento, uma voz feminina era ouvida juntamente com tosses. - Amor! O que aconteceu? coff... coff... coff... Os aparelhos desligaram e eu não consigo respirar direito.. coof coof coof.... - Dylan respondia: - Calma Megg, já estou indo resolver! Deve ser a chave que caiu ou alguma criança que a desativou!

Uma luz vinha da cozinha, Dylan finalmente encontrava a lanterna. Apressado, ele passava pela porta da cozinha em direção a sala e nem percebia a presença do vampiro em sua casa. Agora Kollen estava numa posição favorável, atrás do seu alvo que estava extremamente distraído com o ambiente e focado em ligar rapidamente a energia para ajudar sua esposa.

KOLLEN SINCLAIR
PS: 13/13
FV: 08/08

Assim que Dylan passava a frente do gangrel, o cainita aproveita a oportunidade para emboscar o pobre coitado. Como uma pluma, o vampiro se movia silenciosamente pela escuridão e conseguia sem dificuldades dominar o mortal, colocando a sua arma na coluna de Dylan que ao perceber a situação ficava imóvel.

- Não precisamos de mortes hoje, certo? Nem de Megg, nem a sua. Alias... podemos fazer um ótimo acordo. Suas informações... em troca da cura para Megg. Decida agora!

- Tudo bem... calma... vamos conversar lá fora... - Dizia Dylan com os dois braços levantados na intenção de demonstrar obediência ao vampiro. - Eu fiz tudo que você me pediu... não precisa me ameaçar... - Dylan falava em baixo tom, ele não queria deixar a sua esposa preocupada. Vagarosamente, ele andava para frente tentando levar o gangrel para o lado de fora do apartamento.

THEON
PS: 10/10
FV: 04/04

Tentando ganhar tempo para realizar uma melhor identificação, Theon mudava sua posição e novamente fazia uma varredura no corpo e alma daquela mulher. Ele estendia sua mão para um cumprimento e ao tocar a mão da mulher, sentia um calor de humano em sua pele. O cainita olhava nos olhos da loira e depois para o pescoço, e nesses oscilações ele podia ver saltada a veia do pescoço parecendo bastante viva.

Usando a percepção da aura, Theon ia além do mundo físico e invadia a aura da mulher que demonstrava uma tonalidade violeta e viva, diferente das cores pálidas que os imortais carregam.

— "Realmente, sou novo, cheguei faz poucos dias, e ainda não encontrei quem procuro. Preciso achar rápido, antes que ... bem... algo aconteça... (faço uma pausa) Você disse que conhece todo mundo? Bem, eu sou Theon, muito prazer. Qual o seu nome?"

- Jéssica - respondia a mulher já meio sem graça pela reação do vampiro a sua abordagem.

Norton estava certo. Dylan agia a comando de outros... mas quem? Será que tem envolvimento com os cainitas que mexeram em sua moto?

Nada de ir lá fora... E já que me entregou que fez algo por alguém, vamos para perto de sua senhora... e você me contará tudo o que fez, Sr. Dylan. Para quem está trabalhando, o que ganhou com isso, etc etc etc - Kollen puxava Dylan em direção ao cômodo onde Megg estava, e com a arma ainda apontada para ele, afastava-se indo em direção à Megg, evitando que ela tenha contato com seu rosto.

Senhora Megg, não há motivos para gritar ou se preocupar. Isso não é um roubo e quanto antes resolvermos isso, melhor para todos, o que incluirá a saúde da senhora... - Kollen falava calmamente e sem ameaças.

Kollen fechava persianas e outras áreas de onde podia vir luz e desmascara-lo.

Explique-se! - Kollen dizia para Dylan, enquanto abria um leve corte no pulso e direcionava-o para a boca de Megg. - E você... beba!

Nada de ir lá fora... E já que me entregou que fez algo por alguém, vamos para perto de sua senhora... e você me contará tudo o que fez, Sr. Dylan. Para quem está trabalhando, o que ganhou com isso, etc etc etc

- Por favor, deixe Megg fora disso, por favor!

Mesmo com a relutância de Dylan em adentrar o quarto de sua amada esposa enferma, o gangrel o forçava a ir com o revolver encostado na sua coluna. Dylan murmurava algumas preces enquanto caminhava em direção ao quarto do casal.

Dylan abria a porta do quarto que estava quase que totalmente escuro, a não ser pela rala luz que adentrava a janela. O quarto era simples, uma cama ao centro da parede de frente para a porta. Ao lado dois criados mudos com abajures em cima de cada um. Haviam duas portas, uma do closet e outra do banheiro que estava entreaberta.

Senhora Megg, não há motivos para gritar ou se preocupar. Isso não é um roubo e quanto antes resolvermos isso, melhor para todos, o que incluirá a saúde da senhora...

Mesmo com as palavras de Kollen, Megg olhava para o vampiro com uma cara de horror. Sua respiração ficava mais ofegante e ela se movia para a direção da cabeceira se encolhendo como uma criança assustada. Mas assim como ordenado pelo vampiro, nenhum grito era dado. Kollen com a arma apontada para Dylan, se afastava um pouco para poder fechar a cortina. Nesse momento Dylan se virava para ver o homem que tinha invadido sua casa. Ao ver o rosto do gangrel, Dylan soltava um "Meu Deus!" nitidamente assustado com a face do vampiro.

Mas a surpresa maior para o cainita foi que quando ao se virar, a cama estava vazia. Sem nenhum barulho de movimento ou coisa do tipo, o vampiro não captou nenhum movimento naquele quarto. Inexplicavelmente Megg Não estava mais ali. Desnorteado com a situação. Kollen instintivamente olhava ao redor do quarto a procura da mulher que aparentemente não tinha forças nem mesmo para se levantar. Mas outra coisa surpreendia o gangrel...

Uma mão fria tocava o ombro do vampiro por trás e ao se virar ele via uma mulher completamente estranha o encarando e emanando uma respiração fria como os ventos polares.

Mulher:

Sem que Kollen pudesse reagir, a tal mulher colocava suas duas mãos sobre o peito do vampiro e num movimento jogava o gangrel contra a parede do quarto que trincava com o impacto, tamanha a força do arremeço. Dylan em prantos tentava conter aquele ser com palavras que pareciam não ser escutadas por aquela criatura. - Amor... por favor me escute... sou eu Dylan.... Amor... volte... Megg essa não é você! Felizmente para o vampiro, o impacto não lhe causou nenhum ferimento.

Apesar da ausência das iris, o vampiro sentia o olhar branco e vazio daquela mulher o focando. A criatura se aproximava lentamente de Kollen que ainda se recompunha do golpe. Kollen notava que ela não andava, mas sim flutuava baixo sobre o piso. Antes de qualquer coisa, a campainha do apartamento era acionada, e todos ali escutavam uma voz bastante conhecida, Norton. - Dylan! Você está aí? - [batidas na porta seguidas de mais um toque na campainha] - Vamos Dylan, me responda!

THEON
PS: 10/10
FV: 04/04

Avaliando sua aura, Theon percebia que se tratava de uma mera mortal. O vampiro que outrora já estava pronto para sair dali, querendo evitar ao máximo arrumar encrenca, agora se inclinava na direção da moça querendo render assunto com ela.

— "Então, Jéssica, o que tem de interessante por aqui?"

Meio tímida, Jéssica passava a mão direita no cabelo os deixando atrás da sua orelha e então falava: - Essa boate que eu estou na fila para entrar é muito bacana, mas caso não curta muito essa vibe podemos ir caminhando até uns "PUBsinhos" que tem a alguns quarteirões daqui. - Jéssica tinha um sorriso discreto na boca e um olhar que tentava disfarçar um entusiasmo adolescente, apesar de aparentar 30.

THEON
PS: 10/10
FV: 04/04

Aceitando a proposta de Jéssica, Theon e a loira sensual caminham lado a lado se afastando da área mais agitada daquele distrito de Boston. Enquanto caminhavam, Jéssica ia puxando papo com o gangrel para matar o tempo até os quarteirões dos PUBs.

- Mas me diga, eu acertei ao lhe chamar de forasteiro, não acertei? Eu saio muito e conheço todas as caras desse lugar. E você, com certeza eu teria me lembrado se já o tivesse visto por aí!

Pelos dois passavam algumas pessoas, casais, grupo de amigos... tanto na direção em que seguiam quanto na oposta. O local era iluminado e havia movimento de veículos na rua...

- O que traz você aqui? Emprego? Turismo? alguém?

Theon já podia avistar um local mais calmo do que o que estavam antes, porém ainda movimentado, apesar de menos comparado com a região das boates. Os dois passavam em frente a um restaurante com paredes de vidro onde podia se ver pessoas bonitas e bem vestidas jantando. Jéssica olhava para um local do outro lado da rua com placa "Sullivan's Tap e sugeria o local para o vampiro.

- Que tal o Sullivan's? Eu gosto dali. Eles tem um chop maravilhoso e boa música também!

THEON
PS: 10/10
FV: 04/04

— "Sim, acertou, sou novo por aqui. E não conheço ninguém... Alias, tenho uns trabalhos para fazer, mas sem conhecer ninguém não tenho como achar quem procuro."

- Sei, mas por que não me fala um pouco sobre essa pessoa que procura? Talvez eu possa ajudar a encontrar.

— "Pode-se dizer que... emprego, é, trabalho, isso mesmo. Eu estou pra pegar um bico com um conhecido, mas, como disse, nunca tinha visto aqui na cidade ainda."

- E o que você faz da vida? Você tem cara de fazendeiro! - comentava Jéssica com um tom bem humorado.

 — "O local parece bom, gosto das duas coisas que você mencionou. Vamos sim!"

- ótimo! Então vamos...

O bar estava relativamente cheio. A maioria do público eram motoqueiros membros de um Motoclube qualquer. Isso explica a quantidade de motociclista estacionadas do lado de fora. Jéssica chama Theon para se sentar em uma mesa com assentos estofados da cor azul escuro. Poucos segundos depois, um rapaz chegava para anotar o pedido do casal...

- Boa noite! O que vai beber?

JESSICA - Dois chopps por favor!

O rapaz anotava o pedido em um bloquinho de papel e seguia para o balcão para providenciar o pedido da moça. Antes de começar a conversa, Jéssica dava uma olhada em volta, e alguma coisa fazia o seu sorriso desaparecer. Jéssica que outrora estava animada logo perdia o entusiasmo e reagia de forma estranha.

- Ah, quer saber de uma coisa? Aqui nem tá tão legal assim, vamos procurar outro lugar? - enquanto falava, Jéssica recolhia o celular que havia colocado na mesa e o guardava na bolsa e depois já ia se levantando.