New Jersey By Night - Batalha da Besta e Carne

Não houve tempo para respostas e, mesmo que houvesse, o Assamita não parecia estar com vontade de responder as perguntas que Vallek e Tom lançaram no ar. Instintivamente Vallek sentiu aquele toque doce e macio dos dedos de Elizie deslizando na palma de sua mão e, em um movimento instintivo de criador que já percebera o que havia acontecido, amparou sua cria enquanto ela desmoronava de joelhos inerte, com uma expressão vidrada de terror e uma enorme estaca empalando-lhe o peito. Havia também uma grande mancha negra em forma de argola no local em que a estaca havia perfurado. Carl foi o segundo a sofrer do mesmo destino e, da mesma forma que fez com Elizie, o agressor Kashan usou sua rapidez, impossibilitando que os malkavianos acompanhassem seus movimentos, mesmo com o uso de Auspícios. Isso enfureceu Allen que, de forma imprudente, fez uso de sua rapidez para vasculhar cada canto em busca do Assamita. Mesmo correndo grande risco, nada aconteceu, tampouco ele foi capaz de localizar Kashan.

-- Não consigo ver ele. Seu poder de ofuscação pode ser mais forte que eu, fiquem juntos. Ele não vai ceder -- disse Elisha.

As atitudes de Kashan eram estranhas. Não havia sentido em seu método de ataque. A única coisa que Vallek podia deduzir -- e os outros provavelmente chegariam a mesma conclusão -- era que Kashan queria confundir, assustar e desorganizar o grupo; a típica tática do terror psicológico, aditivada por uma pitada de "conquistar para dividir". Nesse momento Vallek achou de bom tom abrir um canal privado de comunicação com a anciã Elisha, uma vez que ele não teria tempo para transmitir a mensagem para todos.


Elisha e os demais malkavianos formaram instintivamente um círculo de proteção, aguardando a próxima investida. Vallek carregava sua amada criança nos braços, enquanto Carl era carregado por Purple.

-- Já que é essa a escolha dele, que seja. Vamos ver quantas estacas sobraram...

Rugall estava extasiado com o carinho que a vampira fazia em sua mão mas a informação de Meg sobre a origem de Rugall trouxe comoção total sobre os anciões. Tal comoção foi tão forte que o fascínio causado pela presença no Tzimisce foi cortado. Rugall se viu então diante dos antigos cainitas, maravilhado pela beleza deles porém não mais à sua mercê. De certa forma ele sente falta daquela sensação entorpecente de paixão avassaladora mas agora ele fica aliviado por estar de volta com suas plenas capacidades mentais e físicas. Os Matusaléns então discutem sobre Rugall e Meg foi questionada sobre a presença dele entre os de sua seita. Embora Rugall não estivesse olhando diretamente para ela, ele consegue ver a aflição em seu olhar e para acalmá-la, Rugall alcança a mão dela, segurando firme.

Rugall: - Por gentileza, peço a palavra nesse momento. Acredito ser capaz de explicar melhor essa situação. Minha cara Violetta, muito embora eu realmente seja um membro do clã Tzimisce, eu não compartilho de sua visão ou filosofia. Meus primeiros dias como neófito do clã foram marcados por momentos incessantes de terror, sadismo, carnificina e depravações diversas. Acredite quando te digo que não desejo retornar para esse meio. Há muito me separei da seita e do meu clã e venho sobrevivido por conta própria até pouco tempo atrás, aonde meu caminho cruzou com o de alguns membros da Camarilla e aceitando ao convite de Bradley, agora ofereço meus serviços para o bem da seita e dos membros que a compõem. Peço perdão pela descoberta tão repentina pela qual vocês se depararam e peço perdão por pedir a palavra uma vez que não me foi solicitada a palavra. Por fim, gostaria que soubessem que estou aqui como aliado e que meus serviços estão totalmente disponíveis para quando necessitarem.

Rugall termina a frase com uma reverência singela e humilde, porém, sem soltar a mão de Meg. Rugall então retorna para a sua posição, olhando diretamente nos olhos de Violetta.

Herick sentia o empacto do tiro em sua face , seus dentes sendo arrancado por tamanha força do tiro , se fosse em outro tempos seria seu fim .

Ador era insuportavel , mas o odio o fazia votar mas quem sabe por quanto tempo .
Herick ve os policias aturtidos com sua presença , logo agora que ele tinha saido do circulo de fogo .

Pensando: Maldição mau fugir de uma cai em outra armadilha ? tenho de fazer algo
se não esse será meu fim .

Não posso morrer , não agora , tenho muito o que fazer ainda .
So posso morrer depois de destruir Viper e Alisha

Herick olhava pro cara que tinha atirado nele e avança com toda sua rapidez e o morde no ombro e o arrasta pra longe dali quando chegar se em um local mas seguro o morderia sugando todo seu vitai .

Minha observação do local não ajudou muito em pensar na forma mais segura de passar pelas torretas, mas serviu para me deixar mais temeroso de aproximar-me... se aquelas coisas conseguem atravessar veículos blindados, o que não poderiam fazer com um vampiro ferido e com pouca resistência. Certamente as balas me atravessariam como se eu fosse papel, deixando não mais um Lasombra no lugar, mas sim uma peneira cheia de furos. Ademais, a distância é um impeditivo a uma melhor observação do local.

Assim, eu não consigo montar um plano de ação bem estruturado, embora tenha certeza de que seria necessário uma explosão muito forte para destruí-las e abrir aquela maldita porta.

- Viper, Anjo... onde vocês estão em uma hora dessas? Vocês não ouvem os gritos de dor? Certamente é uma das nossas... - Ouço minha voz saindo, mas não consigo entender muito bem o que digo. Estou preocupado, tenho certeza de que os gritos de dor são de Lars, mas não há nada que eu possa fazer realmente. Dando a cara a tapa, vou apanhar...

Olho ao redor. Há algo que eu possa usar para compreender o funcionamento do mecanismo de ativação das torretas? Algo que eu possa atirar na direção das torres? Mais uma vez procuro algum tipo de informação sobre elas. Qual o tipo de gatilho normalmente é utilizado? Calor, movimento...

Presto atenção no silêncio. Está realmente silencioso no lugar como um todo...

"- Os gritos"

- Lars!!! - Agora é a minha vez de falar alto. Não sei se é possível sentir o desespero que estou sentindo no tom de voz...

"- Preciso correr." - E com isso, levo meu polegar a boca, fazendo um corte no mesmo e deixando um pouco de meu sangue escorrer. Invoco novamente as criaturas do abismo (Braços do abismo) para agarrar e arremessar as torretas no chão de forma que uma caia por cima da outra causando o maior impacto possível (1PS para acrescentar Força em um dos tentáculos).

Acontecendo ou não a destruição das torretas, invoco a Mortalha das trevas para tomar conta do corredor, iniciando no centro do corredor, entre a porta e o local em que estou.

Tom se junta ao grupo, apossar da situação não estar nada favorável para o grupo, ele tem uma sensação maior de segurança maior que antes até por estar com seus instrumentos, ou parte deles pelo menos, já é o suficiente para ele se sentir mais confiante.

- Já que você quer assim, ser maldito sei que esta escondida nas sombras, mas uma hora vai ter que aparecer e quando isso acontecer... Você devia pensar bem antes de lutar contra um grupo , parar todos ao mesmo tempo pode ser impossível até mesmo para alguém forte como você pensa que é...Você irar lembrar dessa escolha de nos enfrentar por muito tempo...

Tom com sua oratória simples e confiante parece que mudou completamente de personalidade, agora que sente que pode fazer o que estiver ao seu alcance...
Ele emite um sorrisinho de canto, e fala enquanto leva sua gaita até a boca.

- Essa é especialmente pra você Kashan...

Ele leva sua gaita a boca e começa a tocar um som denso, tentando alcançar o ouvido de Kashan( Demencia -2 )


Tom apesar de estar tocando não tira sua atenção do espaço a sua frente, para que não falhe com o circulo de proteção com os companheiros.

 

Spoiler:

A tática de Vallek aparentemente deu certo. Elisha canalizou a mensagem e retransmitiu para todos. Na prática, era como se Vallek transmitisse a mesma mensagem para múltiplos alvos simultaneamente. No entanto, algo inesperado acontece. Kashan foge, ocultando-se em algum lugar daquele complexo.

-- Ele não está por perto, estou vasculhando a área com meu Auspicios. Ele fugiu... -- Elisha responde pela rede telepática.

-- O maldito não está mais aqui... -- respondeu Allen -- E o pior é que a bola azul o quer, vamos brincar de gato e rato o restante da noite. Era só o que eu precisava...

Ainda tirando vantagem da conexão telepática, Vallek resolve ressaltar mais alguns pontos:

-- Ele não é tolo. Ele sabe que temos vantagem numérica. Ele vai nos testar, tentar nos separar e nos desestabilizar de todas as formas. Tomem cuidado para que o papel de rato não acabe sobrando para nós. Ele é frio e lógico, mas não terá essa vantagem se não puder pensar racionalmente... Temos também vantagem de terreno, não se esqueçam.

-- Eu vou retirar a estaca -- diz Purple hesitante, procurando aprovação. Ele se preocupa com os veios negros se espalhando pelo peito de Carl.

Purple então retira a estaca, alimentando o companheiro enfraquecido. Vallek faz o mesmo com sua criança.

-- Minha querida -- diz Vallek, gentilmente -- vou te liberar. Se precisar de sangue, tome de mim.

Herick abria seus olhos depois de sua envestida e via que não so se encontrava em outro lugar como preso .

Pensando: Aqui estou de novo , preso , humilhado .

Isso ta ficando chato , so falta o Viper estar aqui rindo de ter me capturado novamente e com sua ladainha de eu me torna uma fera e ficar do seu lado .

Antes que Herick pode se terminanr seus pendamentos ele via que de fato Viper estava la junto de outro cara .

Viper : - Está gostando da paisagem, filho !

Pensando: que otario , agora sou filho ?!

Viper : - Eu vou te tirar daí, mas precisa ficar calmo ! Hey, preciso que você encontre o Anjo e não diga nada a ele desse aqui. Deixa que das minhas proles cuido eu.

Pensando: Anjo? Proles ? agora ele me concidera sua prole , Viper Viper esta ficando
mole depois de velho.

Viper : - Gostou das ilusões do garoto né. Mão Negra faz isso com você. Te transforma em uma maquina de matar, infiltrar.

Pensando: entao ele tambem fazia parte da mão negra , tenho de decorar bem seu rosto
depois vou atraz dele .

Herick escultava tudo que Viper falava com atenção diferente de outra vezes ele se mantinha calmo mesmo ali presente , ele tinha de se manter se quize se usar isso ao seu favor .

pensando: entao e por isso que ele me quer vivo a sua vadiazinha morreu menos um
pra me preocupar .

Viper : - Eu vou tirar essa estaca e se você me atacar, eu não vou te perdoar...

Herick mantinha seus olhos ficços a Viper .

Pensando: não posso vacilar preciso saber onde esses ratos estao se escondedo
o 1 passo de meu Plano foi concluido , apesar de não imaginar que perdiria uma algoz , um Helicoptero , mas tudo não será envao .


Viper : 0 que vai ser Herick ? Ultima chance de todas...

Pensando: bem ja fui do lado da camarila , da Alisha , dos Cientista , e caguei tudo se não fosse pelo Guri , Quem sabe sendo do lado do mane tenho mas sucesso .

Herick sentia a estaca saindo de seu peito .e caia .

E no chao Herick se erguia cantando ficando com seus olhos vermelhos .



-Sim estou de seu lado viper , como vc disse ta na hora de eu trilhar o caminho que
nasci pra trilhar .
Um rebelde e sempre um rebelde.

Rugall continuou segurando a mão de Margareth enquanto ela afirmava a posição de Rugall e o seu comprometimento com a seita. Ele desviou o olhar da bela anciã para poder vislumbrar a expressão de Meg e o movimento de seus lábios enquanto falava. Rugall sorriu levemente sem perceber, pouco antes de voltar seu olhar para Violleta. Os momentos seguintes foram novamente de discussão sobre a posição do Tzimisce ali. Rugall sem soltar a mão de Meg, pousou a outra mão sobre ela, segurando agora a mão delicada da vampira com as suas duas mãos. Ele via a preocupação daqueles seres antigos, provavelmente calejados por inúmeras traições no decorrer das eras ou simplesmente paranoicos ante uma figura tão particular. De qualquer forma Rugall estava com sua mente em ordem novamente e não via temor ante a preocupação alheia. Seus métodos seriam singelos e cariciosos ante o temor e a paranoia ao Sabá, que deixariam essa discussão para depois de terem desmembrado Rugall banhando a si mesmos com o sangue e vísceras dele para depois começarem a tortura-lo.

Logo, Violleta pedia a um servo para trazer um cálice com um punhal dentro, solicitando a Rugall que fornecesse do seu próprio sangue como sinal de boa fé. Rugall pode não ser o maior conhecedor dos variados clãs vampíricos e seus poderes mais obscuros, mas não é nenhum tolo. Violetta demonstrou um dom de clarividência extremamente poderoso, o que para Rugall não deve ser difícil de imaginar que ela poderia usar o vitae para descobrir características sobre o vampiro. Se não ela, com certeza algum dos outros seres antigos pode. Talvez auspícios, ou até mesmo Taumaturgia... Enfim, pensamentos curiosos mas que não interferem no fato em si. Rugall não tem nada a esconder e ter tais criaturas como apoiadores, quem sabe futuramente aliados, seria de grande valia. Rugall então se vira novamente para Meg, que o encara profundamente. Ele leva à mão delicada da bela vampira até seus lábios e com um beijo suave a liberta, se voltando ao servo com o cálice. Rugall toma o cálice em uma mão e caminha até Violetta, entregando o cálice em suas mãos. Em seguida ele pega o punhal com a mão direita e coloca o seu punho esquerdo logo acima do cálice, perfurando-o profundamente e deixando o seu vitae fluir até quase encher o cálice. Rugall então oferece o seu punho para Violetta estancar o sangramento caso ela tenha o interesse. Caso contrário ele irá fazê-lo, tomando cuidado para não deixar o vitae espirrar ou cair no chão. Ao terminar, Rugall mantém o punhal em sua mão, mas agora com a palma aberta e voltada para cima. Em seguida ele abaixa a cabeça e volta para a sua posição inicial sem virar suas costas para os anciões e mantendo o punhal em sua palma, até chegar ao seu destino. Logo o servo veio ao seu encontro, tomando o punhal ensanguentado da mão do Tzimisce e deixando-o mais a vontade. Rugall tornou seu olhar para Meg que encontrou os olhos do Tzimisce. Meg então fitou a boca do vampiro e com um singelo movimento de língua nos lábios, apontou para o canto da própria boca, assinalando para Rugall que seu rosto estava sujo de sangue. Rugall usou sua mão esquerda para se limpar, deixando o dorso de sua mão avermelhada com o vitae que outrora fluiu do próprio punho. Vendo o olhar de Meg, Rugall ofertou a própria mão para ela caso quisesse provar do vitae Tzimisce.

Ao que parece meus 'companheiros' de viagem não estão perto.. ou não se quiseram fazer presentes nesse momento. Talvez mais um teste... talvez eu finalmente esteja começando a acordar da loucura na qual havia sido preso... ou talvez eles tenham mais do que fazer do que cuidar de um Vampiro jovem, embora tenham dito que um dos objetivos fosse salvar os membros do Sabá que estão presos nesse buraco. De qualquer forma, eu tenho que seguir em frente... Lars espera por mim dentro daquela sala e preciso me apreçar para salvá-la.

O sessar completo dos sons me deixa apreensivo. Invoco os Braços do Abismo para tentar derrubar as torretas, que são, aparentemente, o maior problema que impede meu encontro com a Gangrel. Três tentáculos aparecem e, com dificuldade, conseguem retirar a primeira da parede e arremessá-la no chão. Contudo, a segunda arma dispara tiros consecutivos e estraçalha os braços com uma facilidade impressionante. Isso me faz lembrar mais uma vez de Lars, nosso primeiro encontro...

As trevas tomam conta do lugar enquanto a Mortalha se espalha por todo o corredor. O tempo ganho pelos tentáculos são o suficiente para que eu possa me aproximar e entrar na escuridão sem ser notado pela arma restante. Estou a cinco metros dela, e a dois da primeira a cair.

"- O que eu faço agora?"

Sem me mover, dou uma olhada na torreta que está no chão.

"- Será que consigo te usar de alguma forma?" - Penso enquanto tento descobrir se a torreta no chão pode ainda ser utilizada e procuro visualmente por algum tipo de mecanismo que possa me permitir controlar ao menos o gatilho da arma (Armas de fogo).

Assim que termino de averiguar a torreta, observo se os tiros da arma ainda ativa acertaram a porta que ela está protegendo e deixaram um buraco que eu possa passar na forma de Sombra. Se não, avalio a possibilidade de um tiro dessa arma ser o suficiente para abrir tal espaço (Armas de fogo).

Tom olha para os lados, ele sorri ao receber os olhares incredulos de que ele parou apensar para tocar a gaita numa situação daquelas...

- Pronto, estamos todos reunidos novamente, eu acho, mas o que foi dito é real, como poderiamos achar ele, para a maldita bola azul, sem nos colocarmos em perigo.

Tom caminha até o local aonde ele foi visto, aonde eles estavam conversando...
- Não há nada nenhuma pista se quer, pelo visto... Ele é um assassino a sangue frio, ele é feito para isso, como podemos pegar alguem que trabalhar de pegar os outros ?

Tom olha para o grupo... sem muitas ideias.

- seria possivel ele cair em uma armadilha ?

Tom olha para todos, sem demonstrar que não faz ideia de como pegar ele, e muito menos gostaria de estar lutando

Herick caia ao chão sentindo a grama molhada entre seus dedos .

Pensando: Entao o Sabá ta mas ousado que eu podia imaginar , ele devem tar muito
confiantes , esse pode ser o erro deles , mas vou seguir com ele , quem sabe com esse louco eu posso de fato proteger esse mundo .

Tentei pelos magos , tentei pela camarilla , talvez a resposta tava na minha frente o tempo todo e não vi .

Herick pegava a mao de Viper e olhava para ele com seus olhos ainda vermelhos

Pensando: Droga se não tomar o sangue dele , isso pode ser um problema , mas se eu tomar seréi sucessetivo a lealdade assim como era com Alisha , sempre querendo me
contralarem . E assim a historia se repete .

Bem que eu poderia aproveitar pra dar o fim a ele , mas se isso não for mas uma de minhas
alucinaçoes ?

Droga , Droga , vamos Herick o que fazer ?!!

Herick mordia a mao de Viper sugando seu vitae .

A situação toda tornava-se cada vez mais tensa e desconfortável a cada minuto que aquele silêncio se prolongava. Mesmo o retorno de Elizie e Carl contribuiu pouco para aliviar o peso daqueles corações mortos.

– Temos de trazê-lo ao nosso… modo de pensar. Como ele não está acostumado a ser como nós, talvez tenhamos uma vantagem – disse Vallek, ainda acariciando os cabelos de Elizie, após Elisha ter como resposta da esfera unicamente o silêncio que se intensificava ainda mais.

Vallek se pegou pensando nas últimas palavras de Elisha. Estava claro que eles eram soldados descartáveis, afinal por que aquela entidade teria alguma razão para se importar com eles? Eles haviam tentado destruí-la e ela estava punindo-os.

– Claro… Afinal se ela parou todos nós, como não poderia parar Kashan sozinha, se assim quisesse? – disse Vallek, ao mesmo tempo refletindo e falando com os outros através da canalização de Elisha.

– Estamos sem os explosivos também, apesar de que eu creio que seria necessário maior para fazermos o que deveríamos fazer aqui.

– Isso é fato – respondeu Vallek a Purple. – Adonnis havia me alertado e eu já havia percebi tal coisa antes mesmo disso. É um raciocínio muito simplório achar que tal situação poderia ser resolvida na força bruta, apenas com alguns quilos de explosivos; contudo, isso não importa agora.

Nesse momento uma luz denunciou Kashan, assim como a razão do seu suposto desaparecimento súbito. Ele tentava libertar Samus, como Allen havia tentado fazer antes; mas diferente de Allen, ele estava conseguindo.

– Se ele libertar Samus, teremos mais problemas! – gritou Vallek, subitamente. – Dois anciões do Sabá serão demais para nós!

Nesse momento Vallek sabia que teria de agir rápido. Apenas perturbando Kashan eles teriam alguma chance.

“Trazê-lo ao nosso modo de pensar.”

Off: Voz da Loucura, Demência 4 +1 FdV.

Rugall estava atento às reações de Violetta, assim como a dos outros vampiros. A recusa em provar do seu sangue, seguida da proibição de todos ali tomarem foi uma novidade para Rugall. Ele já ouviu falar da maldição Tzimisce e a sua ligação com a Vissiscitude, mas não sabia que tal peculiaridade era tão mais poderosa e real quanto os boatos que ouvira. De qualquer forma Rugall se manteve em sua posição quando Violetta lhe disse sobre o desejo de provar do sangue dele, quando Meg fechou os olhos para não ceder à tentação e quando Violetta afirmou o respeito do seu clã para com Rugall, elogiando Meg em seguida. Rugall nada disse embora quisesse. Talvez por não saber o que dizer ou temer que sua voz não saísse direito. Apenas fez uma reverência aos anciões, olhando especialmente nos olhos de Violetta. Ele desejava muito ficar perto dela e provar de seu sangue, mas não podia transparecer. Ele precisava manter o decoro o tempo todo, cordial, elegante, cortês. Em seguida voltou seu olhar para Meg para ver sua reação diante do elogio que recebera. A mão de Rugall novamente alcançava a mão dela, acariciando levemente o dorso desta com seus dedos.

Ainda parado, observo a torreta que está no chão. Ela certamente está inoperante, uma vez que os cabos que a conectavam a central de controle foram desconectados quando ela foi arremessada para fora da parede. Contudo, nada me impede de pegá-la e, manualmente, utilizar a potência dos tiros para abrir uma brecha em direção ao interior da sala, e, provavelmente, a Lars. O único impedimento ainda está na segunda arma pendurada no teto.

Várias ideias passam por minha cabeça. Eu poderia invocar mais uma vez os braços do abismo, poderia usar minha velocidade sobrenatural para pegar a arma caída e atirar naquela ainda operante, ou mesmo tentar me aproximar e retirar essa segunda arma da parede usando minha força sobre-humana. Mas todas essas possibilidade acabam findando em uma situação que pode ser ainda mais perigosa no futuro, a perda de energia vital. Sangue seria dispendido para potencializar meus músculos ou invocar o abismo... E depois? Se a situação realmente apertar... o que eu faria? Atacar tudo e todos que estiverem na minha frente por não mais ter forças de lutar contra a Besta?

Meu corpo dói só de pensar em perder o controle mais uma vez. As feridas ainda estão ali para mostrar que devo procurar outra alternativa. "- Mas qual?" - Penso. Não consigo enxergar outras possibilidades viáveis, e o silêncio na sala corrói minha mente. Preciso agir rápido, sei disso, mas qual é a alternativa em que as consequências serão menores? O tempo está passando e as possibilidades de sobrevivência daquela que gritava diminuem drasticamente, pelo menos é assim que imagino.

Ainda sem movimentos bruscos, crio um corte em minha língua usando as presas e deixo o sangue escorrer para trazer mais tentáculos dos abismo e derrubar a segunda torreta (1PdS). Assim que ela estiver no chão, corro para pegar a primeira torreta caída e tento atirar na porta, um pouco acima do chão. São tiros consecutivos, de forma a criar uma fenda no metal que me permita enxergar o que está acontecendo lá dentro.

Aproximo-me da porta com cuidado e procuro olhar o interior da sala, ainda segurando a arma apontada para o lado de dentro.

  

Spoiler: