Um mundo mais escuro - parte II
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Re: Um mundo mais escuro - parte II
Jeong tem a impressão de ouvir um carro chegando à casa, com seu salvador lhe conduzindo, mas uma análise objetiva dos fatos levaria qualquer um a concluir que não era mais do que a mente dela lhe pregando um peça. O banheiro não tinha janela que desse para o lado de fora, e mesmo que tivesse, não haveria como distinguir o carro de Tao de qualquer outro que estivesse passando por ali.
A esperança de ser salva, todavia, não tem o condão de fazer ela simplesmente esperar para ser resgatada. Lutando contra a cortina Jeong tenta se arrastar até a toalha que usaria para se secar caso seu banho tivesse seguido o curso esperado de uma ducha. Com algum esforço ela alcança a toalha e a enrola na mão direita tentando estancar o fluxo de vida que escorre para fora de seu corpo.
A ideia não é ruim, é claro, afinal aplicar pressão no ferimento era o melhor jeito de conter ou pelo menos reduzir a hemorragia, mas a execução dela deixa muito a desejar.
A perda de sangue faz Jeong ter uma queda na pressão que a impede de pressionar o pano contra a mão com a força necessária. Pior do que isso, a falta de costume com a cocaína aliada à perda de sangue faz Jeong sentir uma náusea incontrolável enquanto sente um suor frio surgir no corpo. Sua última lembrança mais ou menos consciente é a de ver as mãos tremendo e a de sentir um gosto de bile chegando à boca oriundo de sua garganta.
Embora mais tarde sequer fosse capaz de lembrar de tudo isso o que acontece a seguir é que a mulher vomita em si mesma os ovos que comera a pouco e um suco gástrico amarelado e começa a convulsionar. Perder os sentidos vomitando faz com que ela não consiga expelir todo o vômito e ela acaba se engasgando na própria bile enquanto a escuridão lhe cobre.
*****
A próxima coisa que Jeong é capaz de notar é uma leve noção de um som que parece vir de muitos quilômetros. O som se repete algumas vezes e de repente um potente tapa na cara faz a mulher abrir um pouco os olhos. Era Tao que estava diante dela, dizendo palavras que lhe pareciam ininteligíveis enquanto a chacoalha. Ela tenta responder, mas a única coisa que consegue fazer é virar a cabeça e cuspir o líquido em que quase se afogara. Em meio a uma sensação de frio arrebatadora Jeong fecha os olhos novamente.
***
As lembranças seguintes são confusas, exceto pela sensação de frio, que era uma constante implacável. A voz de Tao falando algo que ela não conseguir compreender. Lampejos de imagens de um estofamento de carro. Um cheiro de produtos químicos. Algumas vozes conversando entre si próxima dela no que parece ser um idioma que ela era incapaz de entender. Alguém forçando as pálpebras dela a se abrir enquanto uma luz tremendamente incômoda é lançada para seus olhos. Por fim, escuridão completa novamente.
***
Quando abre os olhos novamente Jeong percebe que está em uma cama de hospital, em um quarto particular. Ela se sente profundamente desorientada ao olhar ao redor. Enquanto sua visão parece se focar ela pode perceber a aproximação de uma pessoa que estava sentada ao lado da cama. É a voz de seu irmão que chega a seus ouvidos:
-Jeong, você está acordada? Está conseguindo me ouvir?
A esperança de ser salva, todavia, não tem o condão de fazer ela simplesmente esperar para ser resgatada. Lutando contra a cortina Jeong tenta se arrastar até a toalha que usaria para se secar caso seu banho tivesse seguido o curso esperado de uma ducha. Com algum esforço ela alcança a toalha e a enrola na mão direita tentando estancar o fluxo de vida que escorre para fora de seu corpo.
A ideia não é ruim, é claro, afinal aplicar pressão no ferimento era o melhor jeito de conter ou pelo menos reduzir a hemorragia, mas a execução dela deixa muito a desejar.
A perda de sangue faz Jeong ter uma queda na pressão que a impede de pressionar o pano contra a mão com a força necessária. Pior do que isso, a falta de costume com a cocaína aliada à perda de sangue faz Jeong sentir uma náusea incontrolável enquanto sente um suor frio surgir no corpo. Sua última lembrança mais ou menos consciente é a de ver as mãos tremendo e a de sentir um gosto de bile chegando à boca oriundo de sua garganta.
Embora mais tarde sequer fosse capaz de lembrar de tudo isso o que acontece a seguir é que a mulher vomita em si mesma os ovos que comera a pouco e um suco gástrico amarelado e começa a convulsionar. Perder os sentidos vomitando faz com que ela não consiga expelir todo o vômito e ela acaba se engasgando na própria bile enquanto a escuridão lhe cobre.
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A próxima coisa que Jeong é capaz de notar é uma leve noção de um som que parece vir de muitos quilômetros. O som se repete algumas vezes e de repente um potente tapa na cara faz a mulher abrir um pouco os olhos. Era Tao que estava diante dela, dizendo palavras que lhe pareciam ininteligíveis enquanto a chacoalha. Ela tenta responder, mas a única coisa que consegue fazer é virar a cabeça e cuspir o líquido em que quase se afogara. Em meio a uma sensação de frio arrebatadora Jeong fecha os olhos novamente.
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As lembranças seguintes são confusas, exceto pela sensação de frio, que era uma constante implacável. A voz de Tao falando algo que ela não conseguir compreender. Lampejos de imagens de um estofamento de carro. Um cheiro de produtos químicos. Algumas vozes conversando entre si próxima dela no que parece ser um idioma que ela era incapaz de entender. Alguém forçando as pálpebras dela a se abrir enquanto uma luz tremendamente incômoda é lançada para seus olhos. Por fim, escuridão completa novamente.
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Quando abre os olhos novamente Jeong percebe que está em uma cama de hospital, em um quarto particular. Ela se sente profundamente desorientada ao olhar ao redor. Enquanto sua visão parece se focar ela pode perceber a aproximação de uma pessoa que estava sentada ao lado da cama. É a voz de seu irmão que chega a seus ouvidos:
-Jeong, você está acordada? Está conseguindo me ouvir?
Ignus- Data de inscrição : 12/03/2011
Localização : São Paulo
Re: Um mundo mais escuro - parte II
A perda de sangue faz Jeong ter uma queda na pressão que a impede de pressionar o pano contra a mão com a força necessária. Pior do que isso, a falta de costume com a cocaína aliada à perda de sangue faz Jeong sentir uma náusea incontrolável enquanto sente um suor frio surgir no corpo. Sua última lembrança mais ou menos consciente é a de ver as mãos tremendo e a de sentir um gosto de bile chegando à boca oriundo de sua garganta.
Onde estava toda a força de alguns minutos atrás? Havia jorrado junto com o sangue perdido. É desesperador vê-lo sair sem conseguir conte-lo. Uma mórbida certeza da morte no cangote. Tentou virar a cara para baixo para vomitar mas nem ao menos sabe o que conseguiu fazer com o pouco de consciência e controle ainda tinha. O descontrole e o pavor a fez urinar, soltando as funções do cérebro e assim direcionando mais energia para a resolução da situação.
Não havia mais nada enquanto convulcionava. Nem ao menos suas lamurias. Era apenas fazer parte da escuridão, como um sonhar sem sonho. No entanto, parecia sentir estar ali, em algum lugar desse breu que a recebia e a abraçava.
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(...) O som se repete algumas vezes e de repente um potente tapa na cara faz a mulher abrir um pouco os olhos. Era Tao que estava diante dela, dizendo palavras que lhe pareciam ininteligíveis enquanto a chacoalha. (..)
Tinha a impressão de olhá-lo de dentro de uma bolha de sabão, uma camada translúcida e distorcida. Mas talvez fossem seus olhos cansados. Feliz em ver Tao, vomitou comemorando e se agarrando a vida. Não havia pensamento sobre o que ocorria, apenas um desejo profundo de sobrevivência, intrínseco ao homem. Mas a negritude a toma novamente. Muito mais forte do que ela
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As lembranças seguintes são confusas, exceto pela sensação de frio, que era uma constante implacável. A voz de Tao falando algo que ela não conseguir compreender. Lampejos de imagens de um estofamento de carro. Um cheiro de produtos químicos. Algumas vozes conversando entre si próxima dela no que parece ser um idioma que ela era incapaz de entender. Alguém forçando as pálpebras dela a se abrir enquanto uma luz tremendamente incômoda é lançada para seus olhos. Por fim, escuridão completa novamente.
Era como se afogar. Ir a superfície e voltar. Tomar consciência, de certa forma, do que havia ao redor e cair no abismo novamente. Era desesperar-se sem reação ou pensamento concretos, era um eu profundo buscando como voltar. Mas estava andando na neve à pés descalços e constantemente seu corpo pesava e abria buraco, caindo pelo que parecia uma eternidade. Voltava por mero capricho de viver, deveria estar morta, mas não daria o braço à torcer. As trevas que esperasse a última gota de sangue soltar-se de seu corpo. O último suspiro de suas narinas. Quantas vezes ele a puxava, seu instinto a faria voltar.
****
Seu corpo foi para trás assim que retomou a consciência, embora ainda estivesse confusa. Pensou ter feito um esforço tremendo, mas na verdade mal havia se mexido. Os olhos sambaram por causa da luz, reagindo aos focos e procurando alguma coisa que fizesse sentindo. Mas seus ouvidos reconheceram a voz de Chanyeol. Os dedos da mão próxima a ele se mexeram devagar, seguida do resto que o queria segurar. Seu amado irmão.
Piscou lentamente e aos poucos a visão fora trazendo consigo a lógica de sua realidade. Abriu a boca, mas nenhum som saiu. Assentiu com a cabeça o respondendo. Estava com uma sensação estranha no corpo, amortecido, vagaroso. Lambeu os lábios mas mal havia saliva na boca, talvez estivesse dormindo à algum tempo, pensou.
"O que aconteceu? Onde estamos?" Disse ou pensou dizer. Repetiu para ter certeza de que havia dito. Agora via os traços do irmão, como uma pintura do Picasso, mas estava lá. "Tão?" Não sabia se ele havia ouvido, mas repetiria as perguntas até que obetivesse as respostas. Estava começando a de agitar. Por fim ouviu sua voz fraca, repetir as perguntas e aos poucos tomar mais força, o olhar mais determinado. Girou os olhos para se olhar e ver o que havia em seu corpo, sondas, fios e acessos para medicação. Voltou os olhos para Chanyeol, preocupada. Falou seu nome em voz alta
Re: Um mundo mais escuro - parte II
Seu corpo foi para trás assim que retomou a consciência, embora ainda estivesse confusa. Pensou ter feito um esforço tremendo, mas na verdade mal havia se mexido. Os olhos sambaram por causa da luz, reagindo aos focos e procurando alguma coisa que fizesse sentindo. Mas seus ouvidos reconheceram a voz de Chanyeol. Os dedos da mão próxima a ele se mexeram devagar, seguida do resto que o queria segurar. Seu amado irmão.
Jeong tenta alcançar seu irmão com sua mão esquerda, mas assim que ela a levanta em na direção dele ela percebe que alguma coisa está errada. O braço parece estranhamente pesado e desajeitado apesar de não ter nenhum ferimento aparente.
Piscou lentamente e aos poucos a visão fora trazendo consigo a lógica de sua realidade. Abriu a boca, mas nenhum som saiu. Assentiu com a cabeça o respondendo. Estava com uma sensação estranha no corpo, amortecido, vagaroso. Lambeu os lábios mas mal havia saliva na boca, talvez estivesse dormindo à algum tempo, pensou.
"O que aconteceu? Onde estamos?" Disse ou pensou dizer. Repetiu para ter certeza de que havia dito. Agora via os traços do irmão, como uma pintura do Picasso, mas estava lá. "Tão?" Não sabia se ele havia ouvido, mas repetiria as perguntas até que obetivesse as respostas. Estava começando a de agitar. Por fim ouviu sua voz fraca, repetir as perguntas e aos poucos tomar mais força, o olhar mais determinado. Girou os olhos para se olhar e ver o que havia em seu corpo, sondas, fios e acessos para medicação. Voltou os olhos para Chanyeol, preocupada. Falou seu nome em voz alta
As primeiras tentativas de falar saíram estranhas, mas isso aparentemente se dava por conta da boca seca. Depois de limpar a garganta com um pigarro, se forçar a engolir um pouco de saliva e tentar de novo Jeong consegue ouvir que as palavras saíam normais. Ou melhor, soavam apressadas e meio desesperadas, mas inteligíveis.
-Calma, Jeong. Estamos no hospital. Você passou uns tempos apagada. Vai ficar tudo bem. Como você está se sentindo?
Ignus- Data de inscrição : 12/03/2011
Localização : São Paulo
Re: Um mundo mais escuro - parte II
-- Uns tempos? Quanto tempo? Eu estou me sentindo extremamente cansada. Eu não estou entendendo muita coisa. Por que eu estou aqui? Não consigo mexer meu braço direito
Falou um pouco atropelado e rapido
Falou um pouco atropelado e rapido
Re: Um mundo mais escuro - parte II
-- Uns tempos? Quanto tempo? Eu estou me sentindo extremamente cansada. Eu não estou entendendo muita coisa. Por que eu estou aqui? Não consigo mexer meu braço direito
Chanyeol se esforça para manter um tom de voz acalentador, mas Jeong consegue perceber que ele está se esforçando para transmitir uma calma que não está sentindo.
-Você passou mal na casa do Tao e ele te trouxe para cá. Mas agora você acordou e está tudo bem. Fica tranquila, deixa eu ir chamar o médico.
Jeong se remexe na cama, meio que sentando em vez de permanecer deitada. O movimento faz ela perceber duas coisas ao roçar as pernas uma na outra. A primeira é que a sensibilidade da perna esquerda está estranha. A segunda é que os pelos de suas pernas cresceram ao ponto de pinicar um pouco ao contato. Aquilo era estranho. Ela se lembra perfeitamente de ter se depilado antes de ir encontrar Pierre e seus pelos não cresceriam tão rápido de um dia para o outro.
Ignus- Data de inscrição : 12/03/2011
Localização : São Paulo
Re: Um mundo mais escuro - parte II
O peito acelerou e o medo tomou conta. Deixou que Chanyeol saísse e tentou não se desesperar. Segurou o braço com uma das mãos, a que conseguia mexer e puxou o lençol para ver o que havia acontecido. Mesmo que fosse fazer com a mais lenta velocidade. Também se preocupou com o braço esquerda, se perguntando por que ele estava ruim de mexer e tentou mexê-lo também
Re: Um mundo mais escuro - parte II
-Eu já volto.
Chanyeol se volta para uma mesinha que ficava logo ao lado da cadeira em que ele estava quando Jeong acordou e pega um copo de plástico que estava apoiado ali, voltando-se para a porta com ele na mão.
Alguma coisa na visão daquele copo faz Jeong sentir uma sede tremenda. Mais do que isso, em algum grau subconsciente o aroma daquela bebida faz a garota ter uma incontrolável vontade de beber aquele líquido imediatamente.
Chanyeol se volta para uma mesinha que ficava logo ao lado da cadeira em que ele estava quando Jeong acordou e pega um copo de plástico que estava apoiado ali, voltando-se para a porta com ele na mão.
Alguma coisa na visão daquele copo faz Jeong sentir uma sede tremenda. Mais do que isso, em algum grau subconsciente o aroma daquela bebida faz a garota ter uma incontrolável vontade de beber aquele líquido imediatamente.
Ignus- Data de inscrição : 12/03/2011
Localização : São Paulo
Re: Um mundo mais escuro - parte II
-- Chanyeol. Me dê -- Disse enquanto o via sair e o desespero bater -- Estou com tanta sede. Me dê antes de ir. Bosta -- Reclamou e tentou girar o corpo para sair da cama. Estava cansada de ficar sentada ou deitada, esperando. Não ia esperar nada, a perna que se mexesse e o braço também, era seu corpo ela mandava nos membros e não o contrário. "Vamos" Disse a si mesma "Vamos achar umas respostas ou um pouco de agua, suco sei lá" Se virou lentamente, já havia esquecido a perna e estava totalmente focada em sair dali
Re: Um mundo mais escuro - parte II
-- Chanyeol. Me dê -- Disse enquanto o via sair e o desespero bater -- Estou com tanta sede. Me dê antes de ir. Bosta
Em um movimento reflexo o garoto coloca as duas mãos sobre o copo e vira um pouco o corpo, como que o protegendo.
-O médico tinha pedido para nós não te darmos nada diferente de água quando você acordasse. Por conta dos remédios que tem deram. Eu já volto com um pouco de água para você.
- Spoiler:
- Jeong rolou 4 dados de 10 lados com dificuldade 8 para autocontrole que resultou 4, 10, 5, 2 - Total: 1 Sucessos
Para resistir completamente ao ímpeto de avançar e tomar o copo da mão do irmão serão necessários 5 sucessos
Jeong se senta na cama, colocando as pernas para fora dela. Do ombro para baixo todo seu lado esquerdo parecia um pouco estranho, mas curiosamente ela não dá tanta atenção para isso como seria de se esperar. Com a visão meio turva o foco de seu campo visual é o copo na mão de Chanyeol. Ela sabe que quer aquele líquido. E quer agora. Embora sinta um ímpeto de avançar e tomar ele das mãos do irmão fisicamente a garota ainda consegue manter alguma racionalidade por ora.
Ignus- Data de inscrição : 12/03/2011
Localização : São Paulo
Re: Um mundo mais escuro - parte II
-- Chanyeol. Deixa o copo. Por tudo que é mais sagrado, deixa eu beber. Eu não quero ter que ser violenta, estou me controlando, mas me deixa a porra do copo, vai pegar mais. E vai logo pegar mais. Pelo amor de Deus muleque, se move
Falou com uma ansiedade nítida que se controlava. Não queria socar o irmão como havia socado a parede, mas ele tinha que entender seu tom. Aos poucos foi aumentando e falando com mais ímpito para ele deixar o copo e sair dali, talvez se não fosse seu proprio irmão, nao teria nem dito nada, apenas arrancado o copo de sua mão.
Falou com uma ansiedade nítida que se controlava. Não queria socar o irmão como havia socado a parede, mas ele tinha que entender seu tom. Aos poucos foi aumentando e falando com mais ímpito para ele deixar o copo e sair dali, talvez se não fosse seu proprio irmão, nao teria nem dito nada, apenas arrancado o copo de sua mão.
Re: Um mundo mais escuro - parte II
-- Chanyeol. Deixa o copo. Por tudo que é mais sagrado, deixa eu beber. Eu não quero ter que ser violenta, estou me controlando, mas me deixa a porra do copo, vai pegar mais. E vai logo pegar mais. Pelo amor de Deus muleque, se move
- Spoiler:
- Jeong rolou 4 dados de 10 lados com dificuldade 8 para autocontrole que resultou 10, 6, 7, 5 - Total: 1 Sucessos
-Não! Eu.. quero dizer, o médico mandou não te dar nada pra beber quando você acordasse.
Jeong se levanta, aproximando-se de seu irmão. Assim que ela coloca o peso na perna esquerda ela quase cai, o que apenas evita ao jogar o peso para a perna direita e se apoiar na cama com a mão direita. Aquilo deveria acender vários sinais de alerta para ela, mas tudo em que ela consegue pensar é no copo a sua frente, onde seus olhos estão vidrados.
Ignus- Data de inscrição : 12/03/2011
Localização : São Paulo
Re: Um mundo mais escuro - parte II
-- CHANYEOL! Santo Deus, me ouve. Você não está entendendo. Deixa essa bosta aí. Solta esse caralho e sai daqui. Eu to avisando, vai chamar a merda do médico filho de uma puta, mas vai logo e deixa essa porra aqui. Para de discutir. Eu sou sua irmã mais velha.
Não colocou todo o peso da perna esquerda por saber que perderia a força e cairia, apenas apoiou rapidamente para poder então colocar a outra. Se apoiou em qualquer lugar e esticou a mão para pegar o copo
-- ME DÁ CHANYEOL! Que bosta. Que se foda o médico, pau no cu dele.
Não colocou todo o peso da perna esquerda por saber que perderia a força e cairia, apenas apoiou rapidamente para poder então colocar a outra. Se apoiou em qualquer lugar e esticou a mão para pegar o copo
-- ME DÁ CHANYEOL! Que bosta. Que se foda o médico, pau no cu dele.
Re: Um mundo mais escuro - parte II
Chanyeol parece confuso com os gritos de Jeong, mas ao mesmo tempo teimoso. Ele balbucia uma negativa que Jeong é incapaz de ouvir por inteiro antes de avançar em direção a ele como uma bala.
O garoto era saudável e homem, o que faria se presumir que ele seria capaz de esquivar da investida da debilitada Jeong, mas ele foi pego de surpresa pelo avanço da menina, que lhe dá uma ombrada na lateral do corpo ao mesmo tempo em que agarra o copo com a mão direita.
Parte do líquido cai no chão com o chacoalhão, mas a maior parte permanece no recipiente. Alheia a tudo o mais que acontece ao seu redor Jeong bebe com sofreguidão o líquido do copo, que tem gosto de smoothie de morango, em um só gole.
O prazer é indescritível. Se tivesse se perdido em um deserto e finalmente encontrasse um oásis para se restabelecer ela não sentiria uma saciedade maior.
Finalmente relaxando um pouco, os músculos da perna esquerda acabam por trair sua dona e Jeong cai no chão, próxima a pequena da bebida que caíra do copo. A visão da poça de líquido vermelho próxima a seu rosto faz com que ela não tenha qualquer hesitação em lamber o chão, procurando consumir até a última gota dele.
Quando o surto termina Jeong olha para cima e vê seu irmão perplexo, olhando para ela. Depois de alguns segundos de silêncio ele a ajuda a voltar para a cama, diz algumas palavras de conforto no sentido de que estava tudo bem e que ela devia estar com muita sede e sai do quarto para chamar o médico.
O garoto era saudável e homem, o que faria se presumir que ele seria capaz de esquivar da investida da debilitada Jeong, mas ele foi pego de surpresa pelo avanço da menina, que lhe dá uma ombrada na lateral do corpo ao mesmo tempo em que agarra o copo com a mão direita.
Parte do líquido cai no chão com o chacoalhão, mas a maior parte permanece no recipiente. Alheia a tudo o mais que acontece ao seu redor Jeong bebe com sofreguidão o líquido do copo, que tem gosto de smoothie de morango, em um só gole.
O prazer é indescritível. Se tivesse se perdido em um deserto e finalmente encontrasse um oásis para se restabelecer ela não sentiria uma saciedade maior.
Finalmente relaxando um pouco, os músculos da perna esquerda acabam por trair sua dona e Jeong cai no chão, próxima a pequena da bebida que caíra do copo. A visão da poça de líquido vermelho próxima a seu rosto faz com que ela não tenha qualquer hesitação em lamber o chão, procurando consumir até a última gota dele.
Quando o surto termina Jeong olha para cima e vê seu irmão perplexo, olhando para ela. Depois de alguns segundos de silêncio ele a ajuda a voltar para a cama, diz algumas palavras de conforto no sentido de que estava tudo bem e que ela devia estar com muita sede e sai do quarto para chamar o médico.
Ignus- Data de inscrição : 12/03/2011
Localização : São Paulo
Re: Um mundo mais escuro - parte II
Havia um animal dentro de seu corpo que havia ficado adormecido. A fome e a sede nunca foram um problema em sua vida e mesmo assim, ouvia tantos outros pobres reclamarem dela, era a primeira vez que sentia tamanha ansea e dor. Nunca, em outros tempos, teria sido violenta com o irmão, mas ali, poderia ser até uma criança, a teria empurrado.
O líquido desceu rápido por sua garganta quando jogou a cabeça para trás para tomá-lo. O mundo parou enquanto seus olhos fecharam com o prazer de se saciar. Ainda lambias os lábios enquanto caía no chão. Arregalou os olhos vendo as gotas no chão e lambeu como se estivesse lambendo a colher do brigadeiro antes de jogar na pia.
Quando retomou se deu conta do chão frio e da violência que investira apenas por conta de uma sede. Pacientes costumam a tomar soro. Se estava achando que estava sendo louca antes, parecia ter piorado. Seu olhar respondeu ao do irmão com a mesma confusão.
Por fim Chanyeol a ajudou, não se arrependeu de ter feito o que fez, mas perguntou se ele estava bem. Ele a tentava acalmar, colocar alguma lógica em sua cabeça, mas havia muita coisa que não fazia sentido, então não importava. Tentou pousar a mão no ombro do irmão, onde bateu e olhou para o local e depois para ele
-- Desculpe -- Disse baixo. Mas virou o corpo para deitar na cama e esperar. Se ajeitou e disse -- Se puder, chame Tao também, Chanyeol, por favor.
Olhou para cima tentando lembrar das últimas coisas que vivera. Tudo parecia um sonho turvo, lembrava mais das sensações que teve do que os acontecimentos em si, pelo menos por hora. Lembrava da cocaína, lembrava da noite com Tao, de conversar com Ming. Talvez tivesse dado algo errado com a droga. Teria,talvez, afetado alguma coisa importante? Sangue, havia tanto sangue, pensou no copo de suco que acabara de beber. Achou melhor não tentar supor nada nem relembrar nada sozinha, estava ainda muito confusa e cansada. Seria bom se apenas entendesse o que havia acontecido com sua perna e seu braço. Não podia ser um avc, nessa idade avc's costumam ser fatais e não era uma mulher de sorte. Fechou os olhos e gemeu de descontentamento, impaciência por não ter todas as respostas e todos os movimentos. As vezes passava a mão da testa aos cabelos com um pouco de força para assim se acalmar e tirar a ansiedade
O líquido desceu rápido por sua garganta quando jogou a cabeça para trás para tomá-lo. O mundo parou enquanto seus olhos fecharam com o prazer de se saciar. Ainda lambias os lábios enquanto caía no chão. Arregalou os olhos vendo as gotas no chão e lambeu como se estivesse lambendo a colher do brigadeiro antes de jogar na pia.
Quando retomou se deu conta do chão frio e da violência que investira apenas por conta de uma sede. Pacientes costumam a tomar soro. Se estava achando que estava sendo louca antes, parecia ter piorado. Seu olhar respondeu ao do irmão com a mesma confusão.
Por fim Chanyeol a ajudou, não se arrependeu de ter feito o que fez, mas perguntou se ele estava bem. Ele a tentava acalmar, colocar alguma lógica em sua cabeça, mas havia muita coisa que não fazia sentido, então não importava. Tentou pousar a mão no ombro do irmão, onde bateu e olhou para o local e depois para ele
-- Desculpe -- Disse baixo. Mas virou o corpo para deitar na cama e esperar. Se ajeitou e disse -- Se puder, chame Tao também, Chanyeol, por favor.
Olhou para cima tentando lembrar das últimas coisas que vivera. Tudo parecia um sonho turvo, lembrava mais das sensações que teve do que os acontecimentos em si, pelo menos por hora. Lembrava da cocaína, lembrava da noite com Tao, de conversar com Ming. Talvez tivesse dado algo errado com a droga. Teria,talvez, afetado alguma coisa importante? Sangue, havia tanto sangue, pensou no copo de suco que acabara de beber. Achou melhor não tentar supor nada nem relembrar nada sozinha, estava ainda muito confusa e cansada. Seria bom se apenas entendesse o que havia acontecido com sua perna e seu braço. Não podia ser um avc, nessa idade avc's costumam ser fatais e não era uma mulher de sorte. Fechou os olhos e gemeu de descontentamento, impaciência por não ter todas as respostas e todos os movimentos. As vezes passava a mão da testa aos cabelos com um pouco de força para assim se acalmar e tirar a ansiedade
Re: Um mundo mais escuro - parte II
-- Desculpe -- Disse baixo. Mas virou o corpo para deitar na cama e esperar. Se ajeitou e disse -- Se puder, chame Tao também, Chanyeol, por favor.
-Tudo bem. Você passou por muita coisa, eu entendo que esteja com o psicológico um pouco abalado. Não se preocupa com isso. Eu vou ligar para o Tao. No começo ele passava o tempo todo aqui, mas depois de alguns dias começamos a nos revezar em turnos de 12 horas. Ele vai ficar feliz em te ver.
Olhou para cima tentando lembrar das últimas coisas que vivera. Tudo parecia um sonho turvo, lembrava mais das sensações que teve do que os acontecimentos em si, pelo menos por hora. Lembrava da cocaína, lembrava da noite com Tao, de conversar com Ming. Talvez tivesse dado algo errado com a droga. Teria,talvez, afetado alguma coisa importante? Sangue, havia tanto sangue, pensou no copo de suco que acabara de beber. Achou melhor não tentar supor nada nem relembrar nada sozinha, estava ainda muito confusa e cansada. Seria bom se apenas entendesse o que havia acontecido com sua perna e seu braço. Não podia ser um avc, nessa idade avc's costumam ser fatais e não era uma mulher de sorte. Fechou os olhos e gemeu de descontentamento, impaciência por não ter todas as respostas e todos os movimentos. As vezes passava a mão da testa aos cabelos com um pouco de força para assim se acalmar e tirar a ansiedade
Em poucos minutos Chanyeol retorna acompanhado por um médico pouco mais velho que ele próprio.
-Bom dia, Jeong. Fico feliz por ver você acordada. Eu sou o Dr. Price. -Ele tira uma lanterninha do bolso e pede para ela olhar para a luz enquanto examina suas pupilas -Dilatação normal... muito bom. Fale comigo, querida. Como você se sente?
Última edição por Ignus em Sáb Nov 04, 2017 5:54 pm, editado 1 vez(es)
Ignus- Data de inscrição : 12/03/2011
Localização : São Paulo
Re: Um mundo mais escuro - parte II
Médico
- Spoiler:
Ignus- Data de inscrição : 12/03/2011
Localização : São Paulo
Re: Um mundo mais escuro - parte II
-Tudo bem. Você passou por muita coisa, eu entendo que esteja com o psicológico um pouco abalado. Não se preocupa com isso. Eu vou ligar para o Tao. No começo ele passava o tempo todo aqui, mas depois de alguns dias começamos a nos revezar em turnos de 12 horas. Ele vai ficar feliz em te ver.
-- Desculpe dar trabalho e obrigado por ficarem aqui. Mas eu sei que você está contornando minhas perguntas, ainda não me falou à quanto tempo estou aqui.
Deixou ele ir atrás do médico, ele não falaria nem se ela gritasse com ele. Suspirou e esperou o homem voltar. Por quanto tempo teria ficado apagada? Coitado dos dois, se revezando. Mania de dar trabalho. Desviou o olhar das pernas, estava começando a ficar receosa e cada minuto que o médico demorava mais ficava nervosa.
Finalmente o médico entra e ela observa a coincidência do homem ser também oriental. Era tão jovem, no entanto, talvez residente, mas não faria diferença. Deixou ele a examinar e seguiu a luz como ele pediu. Olhou para ele quando falou para falar com ele. Suspirou profundamente e olhou para um canto qualquer
-- Melhor agora. Mas muito aflita por não saber o que estou fazendo aqui, com medo da minha perna e meu braço que não estão... não tenho forças com eles. Eu não lembro de quase nada. Estava na casa do meu amigo e --Apertou os olhos e abaixou a cabeça -- Eu não, eu lembro de ficar agitada, mas não sei exatamente por que -- Olhou para ele, pensou novamente em como era tão jovem.
Desviou o olhar novamente, sentiu um frio na barriga com medo de ter acontecido algo sério, não podia sequer imaginar o que poderia ser, não queria pensar no assunto. Engoliu seco, sentiu uma certa pena de si mesma, mas rapidamente foi substituido por um sentimento afoito. A urgência de saber de uma vez por todas o que havia acontecido, não adiantaria fugir da situação ou receber meias verdades. Fosse o que fosse teria que ouvir e contornar, pois não estava totalmente bem e sabia disso
Olhou novamente para o médico, engoliu seco e falou
-- Não me deixe sem saber as coisas, eu já estou bem perdida no tempo, não me deixe perdida também com o que aconteceu comigo. Pode falar a verdade que eu aguento -- Disse com convicção e ergueu a cabeça de leve. Puxou o ar com força e as narinas dilataram. Desviou o olhar para o irmão, consegui ler sua preocupação. Segurou os olhos, fosse ele sustentar ou desviar os olhos.
Re: Um mundo mais escuro - parte II
-- Melhor agora. Mas muito aflita por não saber o que estou fazendo aqui, com medo da minha perna e meu braço que não estão... não tenho forças com eles. Eu não lembro de quase nada. Estava na casa do meu amigo e --Apertou os olhos e abaixou a cabeça -- Eu não, eu lembro de ficar agitada, mas não sei exatamente por que -- Olhou para ele, pensou novamente em como era tão jovem.
O médico olha para Jeong com um sorriso gentil no rosto. Apesar da pouca idade ele sabia como transmitir calma de uma maneira que normalmente apenas se vê em pessoas de mais idade.
-Me deixe fazer alguns testes. Você sente quando eu aperto aqui? E aqui? Qual o nome completo de sua mãe? Aperte o meu braço com a sua mão esquerda com toda sua força. Uhum. Você consegue mexer os dedos dos pés? Quanto é 14 mais 12?
O Dr. Price continua testando a sensibilidade, a força e a coordenação motora dos membro da garota enquanto faz algumas perguntas básicas de matemática e sobre sua família. A mente de Jeong funciona bem e ela é capaz de responder tudo que lhe é perguntado, porém ela logo percebe que sua sensibilidade, coordenação e força em todo o lado esquerdo do ombro para baixo está muito abaixo do normal.
-- Não me deixe sem saber as coisas, eu já estou bem perdida no tempo, não me deixe perdida também com o que aconteceu comigo. Pode falar a verdade que eu aguento -- Disse com convicção e ergueu a cabeça de leve. Puxou o ar com força e as narinas dilataram. Desviou o olhar para o irmão, consegui ler sua preocupação. Segurou os olhos, fosse ele sustentar ou desviar os olhos.
-Pois bem. Você deu entrada na emergência com um quadro de perda de sangue severo e aparente overdose por cocaína. Exames posteriores constaram que a dose de cocaína por si só seria relativamente inofensiva, mas aquela pequena dose somada à hemorragia teve efeitos terríveis, que a induziram a convulsionar e perder os sentidos. Acreditamos que quando você desmaiou suas vias respiratórias ficaram bloqueadas pelo seu próprio vômito, o que causou falta de oxigenação no seu cérebro. Se seu noivo tivesse demorado mais alguns poucos minutos para te encontrar você certamente teria ido a óbito. Nós estancamos a hemorragia e lhe fizemos uma transfusão de sangue, mas mesmo assim você entrou em coma, provavelmente pelo período sem oxigênio no cérebro. Você passou 54 dias em coma.
Ignus- Data de inscrição : 12/03/2011
Localização : São Paulo
Re: Um mundo mais escuro - parte II
O Dr. Price continua testando a sensibilidade, a força e a coordenação motora dos membro da garota enquanto faz algumas perguntas básicas de matemática e sobre sua família. A mente de Jeong funciona bem e ela é capaz de responder tudo que lhe é perguntado, porém ela logo percebe que sua sensibilidade, coordenação e força em todo o lado esquerdo do ombro para baixo está muito abaixo do normal.
Não disfarçava o medo por não sentir tão bem o lado esquerdo. Apesar do homem a acalmá-la, era assustador pensar que poderia perder para sempre um lado de seu corpo, se já tinha uma vida de merda antes, oque faria agora? Pelo menos ainda pintava com a mão direita, mas não poderia mais correr, não teria a mesma habilidade para segurar as coisas, receberia olhares dos outros e seria digna de pena...
-Pois bem. Você deu entrada na emergência com um quadro de perda de sangue severo e aparente overdose por cocaína. Exames posteriores constaram que a dose de cocaína por si só seria relativamente inofensiva, mas aquela pequena dose somada à hemorragia teve efeitos terríveis, que a induziram a convulsionar e perder os sentidos. Acreditamos que quando você desmaiou suas vias respiratórias ficaram bloqueadas pelo seu próprio vômito, o que causou falta de oxigenação no seu cérebro. Se seu noivo tivesse demorado mais alguns poucos minutos para te encontrar você certamente teria ido a óbito. Nós estancamos a hemorragia e lhe fizemos uma transfusão de sangue, mas mesmo assim você entrou em coma, provavelmente pelo período sem oxigênio no cérebro. Você passou 54 dias em coma.
O ouviu com atenção. O peito arfou a medida que ele foi falando e o terror tomou conta de seu corpo. Era muito pior do que imaginava, será que havia perdido outras coisas além dos movimentos?... perder os moviemntos...
-- Doutor, mas...mas vai voltar né? Com fisioterapia e tratamente. Me fala que vai voltar. Eu não quero ficar assim
Estava mais alterada e os lábios tremeram quase chorando, mas segurou o choro e o olho com firmeza. Não podia acreditar que havia ficado tanto tempo em coma. Nem sabia o que tudo isso significava. O que havia acontecido naquele dia? Sentiu uma enorme vontade de chorar, mas transformou em outro tipo de energia, de convicção, em vários casos pacientes piores que ela contornavam todo tipo de situação impossível, pois ela seria uma dessas. Esperou a resposta do médico, tentando se controlar, mas levemente alterada
Re: Um mundo mais escuro - parte II
-- Doutor, mas...mas vai voltar né? Com fisioterapia e tratamente. Me fala que vai voltar. Eu não quero ficar assim
-É muito cedo para um diagnóstico definitivo. Sem dúvida fisioterapia será necessária, mas se eu prometesse agora que haveria recuperação plena eu estaria fazendo uma promessa vazia. Sendo muito honesto, sua paralisia provavelmente decorre de dano no tecido cerebral e, infelizmente, o tecido cerebral não é capaz de se regenerar.
{Se quiser, micro}
******
Depois que o médico vai embora Jeong e seu irmão conversam sobre o que aconteceu nos últimos tempos. Chanyeol conta que entrou para a Tríade e que já fez alguns outros trabalhos com 'os rapazes', mas que tem sido utilizado mais para auxiliar o Sr. Han em tarefas contábeis e relacionadas à administração do que em empreitadas tipicamente físicas. No fundo era um emprego relativamente comum, embora pagasse mais e trouxesse uma dose de respeito que nenhum auxiliar de contabilidade teria nas ruas.
Ele também acaba por falar sobre Pierre, que a visitara algumas vezes, inclusive naquele mesmo dia mais cedo e fora embora pouco antes dela acordar. Por falar nele, Pierre conseguira vender algumas telas dela que ficaram no apartamento durante seu coma. Chanyeol pede perdão por nao tê-la consultado, mas diz que imaginou que seria a vontade dela que sua arte fosse comercializada.
Tao chega pouco mais tarde e os três conversam por algum tempo. Ambos os homens se esforçam para ser gentis com a garota e animá-la. Os médicos informam que seria prudente manter uma observação de mais algumas horas, mas que não viam necessidade para mantê-la mais um dia ali, então poderiam dar alta para ela no fim da tarde caso nada inesperado ocorresse.
{Micro onde quiser. Macro para o que pretende fazer depois que sair do hospital}
Ignus- Data de inscrição : 12/03/2011
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Re: Um mundo mais escuro - parte II
-É muito cedo para um diagnóstico definitivo. Sem dúvida fisioterapia será necessária, mas se eu prometesse agora que haveria recuperação plena eu estaria fazendo uma promessa vazia. Sendo muito honesto, sua paralisia provavelmente decorre de dano no tecido cerebral e, infelizmente, o tecido cerebral não é capaz de se regenerar
Era difícil acreditar que aquilo era verdade. Por conta de algo tão bobo acabou ficando com uma sequela horrível. Não mais iria correr, nem andar, nem fazer as
apresentações culturais bonitas. Não era o fim do mundo, pelo que entendeu, estava com sorte por estar viva. Assentiu com a cabeça ao médico, havia entendido e não tinha mais nada para falar. Bem, talvez tivesse sorte e não fosse um dano cerebral, era o que rezava para acontecer.
***
-- Fico feliz que esteja indo bem. Sempre falei que sua melhor qualidade é essa sua inteligencia. Ele seria um idiota se não visse isso, pelo visto ele não é.
Sorriu para o irmão e se esforçava para se manter interessada assim como ele se esforçava para ser gentil. Era engraçado que ele guardasse todos os receios dentro do peito tal qual ela fazia. Maldita doença, nascerá imoprestável.
-- Não me importo, ainda bem que venderam. Pelo menos posso pagar a conta aqui. Muitos dias de hospital deve ter sido um pouco caro. Acho que nossa família se acha sócia do lugar
Brincou mas não insistiu sobre nenhum valor, nem dos quadros nem sobre a conta do hospital. Mesmo por que, era ao que menos a preocupava. A perna travada era o que mais se lembrava. As vzes o olhar se perdia em pensamentos negativos, mas voltava a olhar o irmão
Ficou feliz com a presença de Tao. Embora sentisse que seria melhor que continuasse saudável e não tendo uma garota pela metade. "Noiva" o médico havia dito, apesar de parecer uma boa palavra, não queria reconhecer, mas se sentia um pouco inferior.
-- Obrigada por salvar minha vida. Apesar de estar na merda, morrer seria bem pior, noivo -- Disse brincando e deu uma leve risada -- É bom voltar de um coma e saber que ainda gostam de você. -- Suspirou e deixou o assunto diminuir e falou para ambos -- Eu sinto muito pelo susto. Eu não desejo morrer, não é algo que passava pela minha cabeça. O bom, é que mesmo que eu sofra outro acidente, vou continuar voltando -- Riu de leve, disfarçando de si mesmo o pesar. Suspirou e deixou as horas passarem, pode se acostumar, devagar, que sua vida havia atingido o limite da merda. Não era tão ruim, mas estava indignada, como podia ter tanto azar junto? Não importava mesmo, nunca tinha sido uma mulher bonita e não fazia muita coisa, usava mais era a cabeça. Mas havia uma raiva, a mesma que se lembrava ter sentido antes, ela havia brigado em seu peito e feito morada. Não havia alvo, só havia ela ali, drenando seus bons sentimentos e quando podia, tentando fazer alguém ou algum assunto um alvo. Talvez fosse bom fazer terapia, antes que a raiva explodisse suas boas chances de voltar a viver normal.
***
~~ Como seriam seus dias ~~
A coisa mais difícil era lembrar que não havia o movimento dos membros. Quando estava muito tempo sentada, se esquecia, levantava e quase caia. Virou uma constante por alguns dias ate que o cérebro entendeu e aceitou o que havia acontecido. Nem ele queria acreditar.
Fazia fisioterapia todos os dias, acompanhada pelo profissional e em casa. Havia voltado a morar na mesma casa que antes, passava boa parte do tempo em casa sozinha, mas sempre pedia para os dois, pelo menos, se juntassem na janta, mesmo que fosse em horários tardios. Queria um pouco de normalidade na vida.
No começo seu rosto estava sempre fechado e o olhar distante. Alguns dias nem ao menos disfarçava e ignorava os dois, no entanto, havia aprendido a não chorar pelos cantos. Para Chanyeol, ela havia voltado a ser o que era quando nova, não derrubava uma lágrima em sua frente. Mas o ódio no rosto era igual ao de seu avô. Como se houvesse sempre algo errado.
Demorou para se aproximar de Tao, com medo de que sua deficiência o houvesse mudado e o deixado com nojo de te-la. Seu peito ainda disparada quando o via e lembrava que gostava dele, também gostava de como ele gostava dela. Queria dizer amor, mas não sabia se era isso. Havia tantas mulheres que ele pudesse ter. Tinha que reconhecer que fazia bem para sua autoestima que ele houvesse lhe escolhido. Na cama, quando estavam juntos, fazia de tudo para compensá-lo. Contou todos seus medos de antes do coma e os de agora, incluindo sua guerra interna e particular sobre a impotência e baixa auto estima. Contou sobre a vontade de trabalhar com eles e ser útil. Falou sobre o que a havia deixado com medo de sua aproximação com Pierre no dia anterior ao acidente. Tornou até a retomar o assunto sobre o tiro no ombro. Pois sua mente estava ainda presa no passado e se recordação daquilo, mais ainda, agora tinha inveja de sua boa recuperação, se fosse ela mesma assim, estaria bem.
Chegou a perguntar de Ming. Não era culpa dela nada do que havia acontecido e sim da energia estranha e pesada que carregava antes. Ming era sua amiga e era difícil ter amigas. Pediu à Tao, que se pudesse, tornasse a trazê-la.
Chegou a emendar o assunto perguntando sobre suas idas ao jardim, nitidamente enciumada. Pediu para que não fosse pelo menos até que ela se recuperadas, futuramente, poderia trazer, pois ela gostaria de participar, se fosse alguém tão envolvente quanto Ming.
Ainda gastava algumas horas de seus dias com os trabalho. Não queria ainda sair de casa, mas dividiu suas horas para que então desse o máximo de si.
Estudava computação de manhã, aproveitava fóruns e discussões para aprender como fazer com suas falsificações, criou um grupo de colegas para a ajudar e a quem pedia auxílio em alguns momentos. Na internet, era engraçada e esperta. As vezes deixava que seus colegas testassem sua grande memória, era engraçado vê-los procurando algo que ela pudesse demonstrar que ainda se lembrava, algumas vezes eles não acreditavam, outros, usavam sua memória como ajuda, para lembrar de coisas sem ter de pesquisar sobre. Para eles, ela era um enorme banco de dados, assim eles a ajudavam, aos poucos, a achar como fazer para usar sua falsificação para fins lucrativos. Fazia testes com documentos verdadeiros, os falsificava com cuidado e os enviava novamente pela Net para que avaliassem seu trabalho. Cada vez mais, encontrava facilidade. Chegou a achar um e outro com pequenas facilidades, para conseguirem empréstimos no banco ou dias de folga do serviço.
Quase perto do almoço, os exercícios de fisioterapia. Fazia com grande vontade, mas sempre terminava frustrada e irritava. Por sorte era hora do almoço, se alimentava e estava bem novamente.
Na parte da tarde pintava. Usava quase todo o tempo para suas pinturas. Metade falsificações e outra metade obras suas. Perfeição era sempre seu foco e não fazia menos do que isso. Se concentrava a ponto de não haver nada à sua volta.
Um pouco antes de anoitecer, as vezes ia no clube de tiro perto do bairro. Se sentia impotente na maioria das vezes e atirar era uma forma de retomar o poder para si. No entanto, até nisso teve problema, pois só atiravs com armas menores que poderia usar com uma mão. Mas sua mira e precisão no braço eram bons.
De noite, fazia o jantar para os meninos, mesmo que as vezes não comessem por estarem ocupados, deixava guardado. Ainda era lenta ao cozinhar, tinha que se acostumar com a falta de movimento e lembrar. Que e teria que fazer tudo com a mão direita. Mas a cada dia melhorava. Acima de tudo, era prazeroso, tanto cozinhar quanto comer, mas de uma forma, era como se mantinha unida à eles.
Uma vez por semana fazia terapia. Contava sobre a frustração que sentia e como tentava superar. Contava a raiva que havia criado raiz no peito sem motivo é quase sempre quisesse tomar conta de suas ações, também o controlava. A inferidade era um sentimento novo é ruim, mas que tentava sempre lembrar que havia outras inúmeras boas qualidades. Contava seus medos, principalmente a solidão, algo que sente desde criança. Mas não desistira, apesar da raiva, valia a pena estar viva. Era uma mulher de azar e sorte.
À noite lia algum livro ou assistia um filme até que os meninos chegasse. Passava um tempo com eles e depois à sós com Tao. Não tinha muito contato com outras pessoas até que se sentisse novamente equilibrada e bem.
Passou a se maquiar e se vestir melhor para compensar. Embora em casa ainda se vestisse à vontade e com Tao andasse nua, estava quase sempre maquiada. Compensava a auto estima deixando seus melhores traços mais acentuados. Aos poucos foi mudando o guarda roupa, alguns terninhos femininos, vestidos longos com as costas nua, e cores mais sombrias, embora ainda usasse outros tons, era um guarda roupa mais sóbrio e Jeong parecia mais mulher do que a garota maloqueiro de antes, embora para os íntimos, esse seu lado ainda existia e forte, mas demonstrava apenas quando se sentia bem.
Pierre, não era mais um problema em sua vida, pelo menos não o tratava como tal. Havia confessado que apesar de ter se encantado com ele, era com Tao que deveria estar. Ter um relacionamento, ficar próxima à família. Não usava mais seus ombros para chorar, mas conversava sobre artes. Procurava sempre sobre notícias sobre o tema para que pudesse discutir com o homem. Havia sempre um assunto a conversar. Não se sentia bem em outro lugar que não a própria casa, no entanto, na maioria das vezes conversava com ele por telefone ou por mensagens. Demoraria um pouco para se sentir totalmente confiante e voltar a sair.
Re: Um mundo mais escuro - parte II
-- Não me importo, ainda bem que venderam. Pelo menos posso pagar a conta aqui. Muitos dias de hospital deve ter sido um pouco caro. Acho que nossa família se acha sócia do lugar
Brincou mas não insistiu sobre nenhum valor, nem dos quadros nem sobre a conta do hospital. Mesmo por que, era ao que menos a preocupava. A perna travada era o que mais se lembrava. As vzes o olhar se perdia em pensamentos negativos, mas voltava a olhar o irmão
-Não precisa se preocupar com isso. Meu novo empregador tem um plano de saúde muito bom para familiares. Não vamos precisar desembolsar um centavo com a conta do hospital dessa vez.
-- Obrigada por salvar minha vida. Apesar de estar na merda, morrer seria bem pior, noivo -- Disse brincando e deu uma leve risada -- É bom voltar de um coma e saber que ainda gostam de você. -- Suspirou e deixou o assunto diminuir e falou para ambos -- Eu sinto muito pelo susto. Eu não desejo morrer, não é algo que passava pela minha cabeça. O bom, é que mesmo que eu sofra outro acidente, vou continuar voltando -- Riu de leve, disfarçando de si mesmo o pesar.
Tao parece um pouco sem graça. Ele ainda parecia um tanto sem jeito ao lidar com ela no que dizia respeito ao seu relacionamento.
-O hospital tinha restrições com as pessoas que podiam ficar no quarto com você, então achei melhor dizer a ele que eramos noivos para não ter problemas com meu acesso. Desculpe pela liberdade tomada.
Fazia fisioterapia todos os dias, acompanhada pelo profissional e em casa. Havia voltado a morar na mesma casa que antes, passava boa parte do tempo em casa sozinha, mas sempre pedia para os dois, pelo menos, se juntassem na janta, mesmo que fosse em horários tardios. Queria um pouco de normalidade na vida.
Ao contrário do que poderia esperar, Chanyeol continuava estudando pela manhã e indo trabalhar para a Tríade assim que saia da faculdade. A Tríade não exigira dele que largasse do curso e ao ser indagado a respeito o irmão explicou que na verdade o Sr. Han gostava da ideia de que ele estudasse, pois assim poderia ser mais útil no futuro. A despeito dessa 'bondade' ele trabalhava duro e sempre chegava em casa tarde.
Semelhantemente, Tao estava gastando mais horas trabalhando para a Tríade do que costumava fazer antes. Ele aparentava estar mais motivado em juntar dinheiro do que lhe era de costume e tinha planos de deixar de ser um simples associado para se tornar um membro efetivo e crescer na hierarquia da organização.
{Por favor, micro sobre a escolha dele de se tornar um membro pleno e vitalício da organização}
Demorou para se aproximar de Tao, com medo de que sua deficiência o houvesse mudado e o deixado com nojo de te-la. Seu peito ainda disparada quando o via e lembrava que gostava dele, também gostava de como ele gostava dela. Queria dizer amor, mas não sabia se era isso. Havia tantas mulheres que ele pudesse ter. Tinha que reconhecer que fazia bem para sua autoestima que ele houvesse lhe escolhido. Na cama, quando estavam juntos, fazia de tudo para compensá-lo. Contou todos seus medos de antes do coma e os de agora, incluindo sua guerra interna e particular sobre a impotência e baixa auto estima. Contou sobre a vontade de trabalhar com eles e ser útil. Falou sobre o que a havia deixado com medo de sua aproximação com Pierre no dia anterior ao acidente. Tornou até a retomar o assunto sobre o tiro no ombro. Pois sua mente estava ainda presa no passado e se recordação daquilo, mais ainda, agora tinha inveja de sua boa recuperação, se fosse ela mesma assim, estaria bem.
Sem dúvida era mais difícil se relacionar com alguém depois de se adquirir uma deficiência, mas Tao sem dúvida colaborava para tornar as coisas mais fáceis. Ele era apaixonado por Jeong há muito tempo e se esforçava para fazer com que o relacionamento deles desse certo.
Ao ser indagado sobre a recuperação Tao não sabe ao certo como explicar como se curou tão rápido. O médico também ficou super surpreso e não soube explicar como o buraco da bala fechara de um dia para o outro.
Quando Jeong lhe contou sobre o que ocorrera com Pierre ele foi incrivelmente compreensivo. Estranhamente compreensivo até. Ele disse que encontrou com Pierre algumas vezes para receber valores das obras cuja venda ele intermediara na qualidade de agente dela durante seu coma e que ele também lhe perguntara algumas coisas coisas sobre a Triade. Tao achava que ele tinha curiosidade sobre o mundo do crime por ser algo muito distante da realidade dele, mas que não via grande risco. O sujeito certamente não era um policial, não era mesmo. Quanto à parte da experiência erótica de Jeong com ele, Tao pediu que ela lhe descrevesse o que ocorreu, perguntando sobre detalhes inclusive. Foi constrangedor falar a respeito e um pouco estranho como ele queria saber cada pequeno detalhe. Ainda mais estranho foi que ele não demonstrou exatamente ciúme, ele parecia quase excitado em ouvir sobre a experiência na verdade.
Por falar nisso, falar de Pierre sempre acendia em Jeong o desejo de vê-lo novamente, mas um acaso do destino fizera com que ela não precisasse se preocupar com isso de plano. Ele enviara para ela um buquê de flores no dia seguinte ao que ela saíra do hospital com um cartão em que desejava melhoras e dizia que ele passaria 15 dias fora do país a trabalho, o que fizera que não houvesse como encontrá-lo mesmo que ela desejasse por esse período.
Chegou a perguntar de Ming. Não era culpa dela nada do que havia acontecido e sim da energia estranha e pesada que carregava antes. Ming era sua amiga e era difícil ter amigas. Pediu à Tao, que se pudesse, tornasse a trazê-la.
Tao explica para Jeong que eles podem chamar Ming para passar a noite, desde que paguem por isso. Não há como ela sair do Jardim sem que o tempo dela seja pago. Na noite em que se conheceram ela havia saído com ele de graça porque a Tríade havia lhe dado isso de presente pelos serviços prestados contra os Tigres.
Chegou a emendar o assunto perguntando sobre suas idas ao jardim, nitidamente enciumada. Pediu para que não fosse pelo menos até que ela se recuperadas, futuramente, poderia trazer, pois ela gostaria de participar, se fosse alguém tão envolvente quanto Ming.
Ele diz que a última vez que foi até lá foi na noite em que conheceram Ming. Era impossível ter certeza sobre a veracidade da afirmação, contudo, e Jeong sabia que dificilmente um homem admitiria para sua namorada que ia a bordeis.
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Estudava computação de manhã, aproveitava fóruns e discussões para aprender como fazer com suas falsificações, criou um grupo de colegas para a ajudar e a quem pedia auxílio em alguns momentos. Na internet, era engraçada e esperta. As vezes deixava que seus colegas testassem sua grande memória, era engraçado vê-los procurando algo que ela pudesse demonstrar que ainda se lembrava, algumas vezes eles não acreditavam, outros, usavam sua memória como ajuda, para lembrar de coisas sem ter de pesquisar sobre. Para eles, ela era um enorme banco de dados, assim eles a ajudavam, aos poucos, a achar como fazer para usar sua falsificação para fins lucrativos. Fazia testes com documentos verdadeiros, os falsificava com cuidado e os enviava novamente pela Net para que avaliassem seu trabalho. Cada vez mais, encontrava facilidade. Chegou a achar um e outro com pequenas facilidades, para conseguirem empréstimos no banco ou dias de folga do serviço.
Um dos usuários do fórum (@badmotherfucker) entra em contato privado com Jeong indagando se ela teria interesse em uma parceria para praticar fraudes bancárias. O negócio proposto, basicamente, era que ela elaborasse documentos de identidade, comprovantes de residência e de renda para que ele pudesse abrir contas em bancos com os documentos falsos, levantar empréstimos e desaparecer das vistas das instituições financeiras com o dinheiro.
Na parte da tarde pintava. Usava quase todo o tempo para suas pinturas. Metade falsificações e outra metade obras suas. Perfeição era sempre seu foco e não fazia menos do que isso. Se concentrava a ponto de não haver nada à sua volta.
Apesar de a deficiência ser uma maldição terrível ela trouxe algo de incrível. As obras de arte produzida depois que a paralisia surgira tinham uma qualidade em muito superior às que Jeong produzira no passado. Talvez fosse verdade que os verdadeiros gênios sempre tinham algo de tormentoso em sua vida afinal.
Quanto às falsificações, Jeong demorava mais para conseguir fazê-las sem poder contar com a mão esquerda, mas a qualidade não se alterara, apenas o tempo necessário para produzi-las. Por sinal, Jeong ficou sabendo por meio de Tao que quando ela caiu em coma a Tríade tentou passar para outro falsificador que garantira um resultado perfeito a incumbência de forjar os passaportes que inicialmente ela faria, mas que seu potencial substituto não fora bem sucedido, o que impedira duas mulheres de ingressar nos EUA e fizera com que o outro falsificador sofresse uma 'queda' em uma lâmina de faca. Ou mais precisamente 12 quedas. Seguidas. Com resultado fatal. Por conta disso a atividade de imigração da Tríade sofrera uma breve suspensão até que eles encontrassem outro falsificador capaz de entregar o trabalho.
Um pouco antes de anoitecer, as vezes ia no clube de tiro perto do bairro. Se sentia impotente na maioria das vezes e atirar era uma forma de retomar o poder para si. No entanto, até nisso teve problema, pois só atiravs com armas menores que poderia usar com uma mão. Mas sua mira e precisão no braço eram bons.
Aprender a atirar era gostoso. Disparar uma arma de fogo trazia uma sensação de poder quase inebriante. E daí que ela era pequena e mulher? Com uma pistola ela poderia derrubar qualquer brutamontes. A maior dificuldade que ela enfrentava era preparar a arma para o disparo, pois era difícil e lenta fazer isso com apenas uma mão boa. Na hora de atirar propriamente dita a metade de seu corpo que estava completamente funcional dava conta do recado. Aquele hobby de certa maneira passou a ocupar o espaço que antes a corrida ocupava.
Pierre, não era mais um problema em sua vida, pelo menos não o tratava como tal. Havia confessado que apesar de ter se encantado com ele, era com Tao que deveria estar. Ter um relacionamento, ficar próxima à família. Não usava mais seus ombros para chorar, mas conversava sobre artes. Procurava sempre sobre notícias sobre o tema para que pudesse discutir com o homem. Havia sempre um assunto a conversar. Não se sentia bem em outro lugar que não a própria casa, no entanto, na maioria das vezes conversava com ele por telefone ou por mensagens. Demoraria um pouco para se sentir totalmente confiante e voltar a sair.
Fora relativamente fácil considerar que Pierre não era mais um problema quando ele esteve distante. Passada uma quinzena de sua saída do hospital Jeong recebe uma ligação dele, que pergunta se ela está bem e que gostaria de visitá-la. Jeong tem certeza absoluta de que ele estava preocupado com ela e também tem interesse profissional em encontrá-lo, já que está com 3 novas telas (muito boas por sinal) prontas. Pierre pergunta se pode passar na casa dela na mesma noite, um pouco mais tarde.
Ignus- Data de inscrição : 12/03/2011
Localização : São Paulo
Re: Um mundo mais escuro - parte II
Ao contrário do que poderia esperar, Chanyeol continuava estudando pela manhã e indo trabalhar para a Tríade assim que saia da faculdade. A Tríade não exigira dele que largasse do curso e ao ser indagado a respeito o irmão explicou que na verdade o Sr. Han gostava da ideia de que ele estudasse, pois assim poderia ser mais útil no futuro. A despeito dessa 'bondade' ele trabalhava duro e sempre chegava em casa tarde.
Não podia estar mais feliz com o fato de que Chanyeol continuasse estudando, era o que mais queria. Ele tinha potencial para estar ao lado dos mais poderosos, mas não tinha muito punho. Aconselhou-o da mesma maneira que aconselhou Ming. Para se fazer necessário, que ninguém o pudesse substituir.
Semelhantemente, Tao estava gastando mais horas trabalhando para a Tríade do que costumava fazer antes. Ele aparentava estar mais motivado em juntar dinheiro do que lhe era de costume e tinha planos de deixar de ser um simples associado para se tornar um membro efetivo e crescer na hierarquia da organização.
No dia que recebeu a notícia estava no sofá da casa de Tao, encostada na lateral de seu corpo. A respiração dele a fazia subir e descer. Pegou sua mão e pensou sobre o que ele havia dito. Chegou a pensar em como o queria bem, o quanto se preocupava, mas acima de tudo, entendia a gana em crescer que ele tinha, ela mesma sentia isso no peito. Provavelmente seria mais difícil, mas não havia nada que ela pudesse fazer para mudar. Se não podia mudar o irmão, quanto mais o namorado, amigo de infância, o que quer que fossem.
No entanto, contou sobre como as vezes pensava que que ele podia se machucar. Contou sobre os gritos no dia do tiroteio e como odiaria que ele sofresse alguma coisa. Que ele sempre pensasse e carregasse ela é o irmão no coração, para que tomasse boas e seguras decisões. No rosto, um certo desagrado e preocupação que demoraram dias para sair, mas aos poucos fora acostumando com o empenho que ele investia. Ela fazia o mesmo.
-- Eu só quero que fale comigo se algo acontecer. Digo, se eu precisar saber de algo, não ser pega de surpresa, não me usarem contra você, o que for. Se precisar de qualquer coisa eu estarei aqui. Você sabe. Tenha paciência, no entanto. É difícil estar do lado de fora esperando você voltar para casa. Sempre achei que esse não era meu destino e estou fazendo muita coisa para muda-lo, mas não posso e nem quero mudar isso em você. Mas meu íntimo, meu peito. Há sentimentos aqui como em qualquer pessoa. Tenho ciúmes das mulheres bonitas que o rodeiam, das amizades e dos sorrisos que te fazem rir essa risada gostosa que amo. Da disposição e do tempo investido, embora eu saiba que você tem sido mais do que um anjo comigo. Meu medo é que um dia esse mundo seja seu mudo e eu fora dele, esteja... Bem, fora dele. Há coisas que mesmo você querendo não pode controlar. Eu sou um belo exemplo de como a vida pode bem te fuder do nada.
***
Fazia o máximo para evitar pedir Qualquer tipo de ajuda. O braço direito estava começando a aceitar mais força, a fisioterapia, no entanto, servia apenas para não atrofiar os membros, cuidava muito bem deles, se não fosse se mexer, pelo menos iam ficar bonitos e macios. Sempre ria alto quando tinha esse pensamento, a vida era meio merda, mas rir havia se tornado um bom remédio, mesmo que fosse rir de si mesma. Enquanto Tao facilitava e tentava fazer dar certo, ela fazia o mesmo de sua parte e era a melhor mulher para que sabia ser. Quase nunca demonstrava tristeza e quando o fazia sem querer, logo disfarçava.
Sobre o machucado achava muito estranho, mas queria que ele usasse colete, se pudesse, ou algum outro tipo de proteção e não fosse testar novamente que os glóbulos brancos fariam seu trabalho. Tinha orgulhoso de seu homem forte. Não pensou mais no assunto e aceitou a resposta dele, não havia mais o que perguntar sobre.
Quando Jeong lhe contou sobre o que ocorrera com Pierre ele foi incrivelmente compreensivo. Estranhamente compreensivo até. Ele disse que encontrou com Pierre algumas vezes para receber valores das obras cuja venda ele intermediara na qualidade de agente dela durante seu coma e que ele também lhe perguntara algumas coisas coisas sobre a Triade. Tao achava que ele tinha curiosidade sobre o mundo do crime por ser algo muito distante da realidade dele, mas que não via grande risco. O sujeito certamente não era um policial, não era mesmo.
Ficou mais aliviada, sabendo que não teria problema em continuar a amizade, embora talvez desse ter cuidado com sua grande língua. Estava feliz e se sentia menos uma traidora com a verdade exposta. Sentia falta de Pierre e chegou a comentar sobre como pareciam amigos de longa data, muito por conta da arte, da mesma forma que havia acontecido com Ming e sua amiga com ela, ou quase amizade.
Quanto à parte da experiência erótica de Jeong com ele, Tao pediu que ela lhe descrevesse o que ocorreu, perguntando sobre detalhes inclusive. Foi constrangedor falar a respeito e um pouco estranho como ele queria saber cada pequeno detalhe. Ainda mais estranho foi que ele não demonstrou exatamente ciúme, ele parecia quase excitado em ouvir sobre a experiência na verdade.
Ficou confusa em como agir e contou os pormenores para ele. Observou sua reação e não conseguiu entender direito. No entanto, dessa vez insistiu conversando com ele, se aproximando mais, falando de mais perto
-- O que nessa história te deixa tão animado. É pelo que ele fez? Ou pelo que eu senti? Ou pelo que fizeram comigo? Por que eu posso entender qualquer uma dessas coisas, mas você tem que me contar, para eu participar antes que eu tenha conclusões erradas e tome decisões mais erradas ainda. Sabe que eu costumo agir por impulso e posso entender seus desejos errados. Ou posso te deixar à sós com Pierre e ele pode tocar em sua próstata talvez Riu de leve e acariciou seu rosto ainda o olhando, como se tentasse ler a reação dele quando ouvia as opções dadas - Eu acho que coisas diferentes tem te deixado mais animado. Eu sempre soube que você não era normal, meu homão da porra
A piada feita sobre Pierre a deixou incomodada. Fazia tempo que não o via e demoraria ainda mais tempo para vê-lo, não era justo que fosse gastar seu pouco tempo em Chinatown para cutucar Tao.
Sentia falta do amigo como se antes o visse todos os dias. Não conseguia não pensar que talvez ele sentisse estranho ao lado dela quando a fosse ver. Ele que havia a chamado de linda, era provavel que fosse a achar no mínimo feia.
Ainda sim, a vida seguia. Sentindo falta de sua mobilidade, mas sem tempo para lastimas. Com saudade do amigo, mas ..com algum tempo para pensar nele. As vezes pensava em Ming e no dia em que conversaram. Não gostava muito de pensar naquele dia, mas não a culpava, não havia culpado exceto a hemofilia e seus pais já estavam mortos assim como seu passado e nada poderia ser feito.
Aceitou, dependendo do valor, que a pudessem trazer as vezes, pelo menos se sentia um pouco mais livre, poderia conversar sobre como era ser mulher é estar tão dentro da Tríade sem ao mesmo tempo estar nela. Pediria para que ela posasse para pinta-la, ficaria lindo e poderia mostrar para Pierre. Talvez, se ela pudesse vir.
Ele diz que a última vez que foi até lá foi na noite em que conheceram Ming. Era impossível ter certeza sobre a veracidade da afirmação, contudo, e Jeong sabia que dificilmente um homem admitiria para sua namorada
Não tocaria mais no assunto, queria apenas deixar claro sua posição sobre essas coisas no relacionamento, caso fossem manter, queria ser respeitada. Mas não havia nada que a fizesse precisar conversar sobre isso a todo momento. Então deixou o assunto morrer.
*****
Um dos usuários do fórum (@badmotherfucker) entra em contato privado com Jeong indagando se ela teria interesse em uma parceria para praticar fraudes bancárias. O negócio proposto, basicamente, era que ela elaborasse documentos de identidade, comprovantes de residência e de renda para que ele pudesse abrir contas em bancos com os documentos falsos, levantar empréstimos e desaparecer das vistas das instituições financeiras com o dinheiro.
Aceitou a ideia. Conversou sobre como fariam para pegar o dinheiro, como fariam para sumir com esse dinheiro, provavelmente passando de nome falso e conta falsas até algum paraíso fiscal. Gastou boa parte de seu tempo pesquisando sobre isso. Antes de fazer qualquer documentação, tinham de ter certeza de como iam fazer. Todas as manhas conversa sobre isso, pesquisava por golpes similares, principalmente o que havia de errado para não fazer o mesmo e também sobre paraísos fiscais
Por conta disso a atividade de imigração da Tríade sofrera uma breve suspensão até que eles encontrassem outro falsificador capaz de entregar o trabalho.
Fez questão de ressaltar
-- Pois leve meu nome de novo. Ou pelo menos meus serviços. Posso demorar um pouco mais, mas vou fazer alguns testes e entender o quanto tempo demoro para não falar que vou fazer o que não posso. No entanto, essa vaga é minha. Esse é meu serviço, eles sabem disso, mesmo que não saibam que eu sou. Eles sabem? Nunca perguntei. De qualquer forma, ficou muito claro que eles não vão conseguir outro que faça tão bem quanto eu, ou vão matar toda Chinatown até achar? Eu ainda quero mais do que só os passaportes. Minha habilidade é rara e eu sei disso, só não estava nem eu mesma dando o devido valor.
Aquele hobby de certa maneira passou a ocupar o espaço que antes a corrida ocupava
Ficou feliz por ter descoberto um novo hobby. Pediu a Tao que comprasse uma arma para deixar em casa, pois iria se sentir mais segura. Caso ele lhe negasse, arrumaria como comprar na internet. Hoje em dia, não havia mais nada que não pudesse comprar. As vzes pedia para Tao lhe trazer um pouco de maconha, para deixar guardado e fumar nos dias de ansiedade, que não eram muito comuns, mas as vzes se sentia agitada e com muita energia, fumar a acalmava.
Pierre pergunta se pode passar na casa dela na mesma noite, um pouco mais tarde.
Aceitou de imediato. Estava com muito mais saudade do que imaginava. Não sabia se queria conversar com ele ou apenas estar ao seu lado, mas queria que ele a notasse, queria que ele se orgulhasse.
Deixou as telas na já sala, no tubo, para poder mostrar quando ele viesse e não tivesse que ficar andando com as pernas ruins. Deixou alguns rascunhos com seus desenhos na mesa, eram desenhos aleatórios de pessoas na televisão e as vezes de Tao, Chanyeol e muitos de Pierre, na maioria das vezes incompletos, como se desenhadas distraída. Fez a janta para todos, embora cada um comesse em um horário ou as vzes nem comesse.
Ansiosa, sentou na sala e fumou um pouco para acalmar os ânimos. Assim comtrolaria mais a ansiedade e o desejo de vê-lo. Esperou vendo alguma coisa besta na tv
Re: Um mundo mais escuro - parte II
Ficou confusa em como agir e contou os pormenores para ele. Observou sua reação e não conseguiu entender direito. No entanto, dessa vez insistiu conversando com ele, se aproximando mais, falando de mais perto
-- O que nessa história te deixa tão animado. É pelo que ele fez? Ou pelo que eu senti? Ou pelo que fizeram comigo? Por que eu posso entender qualquer uma dessas coisas, mas você tem que me contar, para eu participar antes que eu tenha conclusões erradas e tome decisões mais erradas ainda. Sabe que eu costumo agir por impulso e posso entender seus desejos errados.
Tao: -Ah, sei lá. Eu simplesmente fiquei curioso, acho. Poxa, se vc veio contar a história não pode ficar aborrecida quando eu pergunto os detalhes.
Apesar da justificativa perfeitamente plausível Jeong pode perceber que Tao estava escondendo algo dela com a negativa. Apesar disso, ela prossegue, provavelmente sem notar que estava caminhando sobre gelo fino.
Ou posso te deixar à sós com Pierre e ele pode tocar em sua próstata talvez Riu de leve e acariciou seu rosto ainda o olhando, como se tentasse ler a reação dele quando ouvia as opções dadas
Tao levanta e começa a gritar com a garota, com o dedo em riste apontado para o rosto dela. Era um comportamento que Jeong não se lembrava de ter alguma vez visto no seu amigo de tantos anos. Pelo menos não em relação a ela.
Tao: Você está maluca em fazer uma insinuação dessas? Quem você pensa que é para sugerir que eu seja viado? Eu não vou admitir que você me trate dessa forma!
Tao está com o rosto vermelho e com uma expressão de fúria no rosto.
(Micro aqui. Considerei que o diálogo parou com essa resposta inesperada dele. Por favor interprete só essa parte no próximo post. Depois seguimos a partir do macro do post anterior)
Última edição por Ignus em Ter Nov 07, 2017 1:44 pm, editado 1 vez(es)
Ignus- Data de inscrição : 12/03/2011
Localização : São Paulo
Re: Um mundo mais escuro - parte II
Tao: -Ah, sei lá. Eu simplesmente fiquei curioso, acho. Poxa, se vc veio contar a história não pode ficar aborrecida quando eu pergunto os detalhes.
-- Não to aborrecida, to curiosa sobre sua curiosidade Sorriu para ele achando graça, um sorriso solto e simpático
---
Foi para trás com a expressão assustada. Olhou o rosto vermelho dele é seu dedo bem próximo de sua cara. Com reflexo esperou que o braço esquerdo levantasse também, mas apenas o direito se levantou e defendeu o rosto. Os olhos umidecer e lembrou da sua mãe. Como pequenos flashes de sua mãe recebendo tapas na cara em diferentes momentos. Engoliu seco. Deixou ele falar enquanto seus lábios tremiam.
A narina abriu, controlou o choro e disse
-- Peço desculpas pela brincadeira. Em tantos anos brincando sobre tudo com você, não imaginei que houvesse algo que te irritasse. Acho que nunca o vi irritado. -- Engoliu seco novamente e apertou um pouco os olhos. O olhava fixo e respirava um pouco mais pesado. Devagar voltou a falar -- Eu retiro o que disse. Mas eu vou te avisar antes que vire uma constante. Aquela Jeong que chorava pelos cantos morreu. Eu não brinco impropriamente e você não aponta dedo na minha cara. Não avança. Você pode ser nervoso com os outros, não comigo, não dentro de casa. Não tem necessidade disso. Na minha família começou assim, ameaças pequenas, até você começar a me bater igual meu pai batia na minha mãe. Ou apertar meu pescoço como apertou aquela maçaneta no meu quarto. - Se levantou com certa dificuldade. Em pé, olhando para cima, continuou - Eu posso ser deficiente agora, mas ainda não sou e nem vou ser mulher que apanha do homem. -- Virou e saiu andando devagar -- Não esperava isso de você. Estou decepcionada. Parece que ambos conhecemos o limite do outro, não é mesmo. Eu vou respeitar você, e você? Vai controlar essa raiva? -- Olhou para ele virando para trás. Foi para um outro cômodo
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