LAS VEGAS - O CONDADO DE CLARK - 03: Spring Valley & Mojave Leste

Evangeline Mixxel, este era o nome no documento. Ela tinha 27 anos, mas na identidade a foto era de sua adolescência, devia ter uns 12 a14 anos naquela fotografia 3x4. A bolsa da moça era extremamente organizada e limpa, tinha aroma cítrico que emanava conforme ele mexia. Dentro tinha uma nécessaire de remédios e uma com maquiagens de tons neutros; uma garrafa de água praticamente vazia, um celular com senha (na proteção de tela tinha uma imagem de uma árvore florida de jasmine; na carteira tinha documentos, dois cartões de crédito, um cartão do banco, 50 dólares, um trevo de quatro folhas seco, alguns cents, um recibo de estacionamento. Achou chaves de carro e alarme em um chaveiro de com flores de metal e mais um molho em outro chaveiro com algumas ferraduras.



Embora fraca, ela estava bem, por enquanto. A respiração era bem suave, as batidas do coração eram tão sem força que mal dava para senti-las. O corpo estava sofrendo da anemia causada pela falta de sangue. Ian já viu isso acontecer algumas vezes. Algumas vezes se sobrevive sem ajuda médica, outras não.

O Shilmulo só vê como saída ceder um pouco de seu sangue para que ela sobreviva, ele estava de fato intrigado com a mulher e não gostava de desperdiçar vidas, era uma interrupção na roda das encarnações.

A mulher parecia ter toque de tão organizado que eram seus pertences, nenhum papel estava na sua bolsa. Sua roupa estava perfeitamente alinhada e ela era limpa e cheirosa. A pele era perfeita e saudável e dado aos selos e estrelas no cartão ela pertencia a classe média.

Mesmo depois de dar um pouco de seu sangue, ela ainda estava desmaiada.

O que era estranho era que ela não parecia ser o tipo de mulher que estaria naquele local aquela hora.

Ele sentia um calor interior ao tocar nela e uma sensação de lembrança muito forte.

O jovem Tzimisces ainda tinha vontades e comportamento muito arraigado, o que era natural. A necessidade de se esconder por trás de uma fachada se fazia necessário para a própria sobrevivência daquele Cainita sem Senhor. Não havia ninguém com quem pudesse contar para ser conduzido na sociedade da Jyhad.

Inseguro, precisa de opiniões. Lilly é a primeira sugerir. – Podemos ter um hotel com uma casa de jogos, isso é extremamente lucrativo aqui em Vegas... Diana interrompia as idéias impensadas de Lilly para chamar a todos para a realidade. – Mas, Senhor... Isso é tudo que sabemos fazer, o melhor para pensar em outro investimento é procurar um profissional. Diz precavida. July permanecia olhando muito assustada com aquela reunião de emergência. Ela parecia estar bem ansiosa e estressada.

Dois enfermeiros entram no quarto, um com um aparelho para aferir a pressão que ele posiciona no braço da mulher. O outro, com seringa e ampolas em mãos, ejeta um medicamento no soro que vai para a mulher. A terceira ampola ele injeta com a agulha diretamente na veia dela. Aos poucos as batidas iam normalizando. Porém, Cassandra não acordava. Antes de sair um dos enfermeiros recebe uma ligação.

- Sim, Senhor... Depois de uma pausa ele prossegue. - Ela está bem, dobramos a segurança aqui. Acabou de ter uma arritmia mas já estabilizamos. Novamente ele parava para ouvir. – Não, isso não é normal do quadro, mas pode acontecer devido a um estresse do cérebro devido a falta de irrigação sanguínea no cérebro. Depois de mais uma interrupção, ele prossegue já saindo pela porta. – Vou pedir 3 seguranças para ficar na porta enquanto o Senhor não volta. A porta se bate após a saída dele.

Ele, aparentemente, está sozinho no quarto e, a boneca de sangue, continuava desacordada.

Os dois seguranças procuravam, cada um partia para um lado. Aquele era a única rota comumente possível. Procuravam rastros, e o Giovanni sabia disso. Elas não tinham uma trajetória certa até o Necromante, apenas estavam indo, sem direção, atrás dele pelo caminho mais provável.

Ofuscado em meio a multidão esperava a prostituta e, não uma cafetina saindo com as outras prostitutas do local. Estavam fugindo e, provavelmente, era da polícia. Ou podiam estar fugindo por causa dele, como saber?

Amadeo presumia que seu primo estava morto, mas o fato era que disso ele não tinha certeza. Suspeitava pelo pedigree do clã, um Giovanni perderia uma conquista de anos sem morrer por isso?

Naquele momento o Cainita não estava em desvantagem mais, mas também não tinha vantagem alguma, poderia acabar com aquilo por trás dos panos, ou acertar uma bala na cabeça daquele fedido sem que ele perceba.

Ele parte e tem como destino seu carro. Aparentemente, ninguém vai atrás. Então ele dá a partida e se afasta parando a quatro quarteirões dali. E ouve as sirenes chegando.

Movido por uma curiosidade sem limites, o Shimulo carrega a mulher até o seu carro. E lá estava uma Mercedes No estacionamento descrito no comprovante achado na bolsa da desconhecida, bastou acionar o alarme da chave, que claramente não era a chave original do carro, para que o carro se revelasse. Caminhou até o carro, colocou a mulher dentro dele e assumiu o volante, modificando sua aparência, tornando-se para as mentes ludibriadas a própria mulher.

Saiu sem dificuldades do estacionamento rumo a imperiosa e reluzente parte central de LasVegas. No caminho até lá a mulher estava desacordada.

Off: Saída do cenário autorizada, pode postar no novo cenário.

O Cainita tinha orgulho de tudo o que tinha. Apreciava o salão que teria que abandonar. Com a concentração e os sentimentos fragilizados, ele tenta vislumbrar o rumo por qual iria recomeçar. A disposição suas servas estavam a disposição e prontas para que ordem seja dada. Mas, no consciente ou inconsciente do Tzimisces, martelava as piores possibilidades possíveis. E se a garotinha soubesse desse salão? E se ela tiver ligação com seu Senhor? E se ele estiver sendo seguido? Arrumar outro lugar seria suficiente se estivesse alguém, naquele exato momento, lá fora na espreita?

Mesmo com isso em mente começava a mover suas peças nesse enorme tabuleiro de Xadrez que era a sua não-vida. As três peças seriam sua proteção. A única função dessas era encobrir o rei. Pronta, cada uma das meninas se ausentaram e começaram a providenciar aquilo que ele havia pedido.

As cores e os desenhos de arabescos na parede aqueciam e deixavam o lugar menor do que de fato era. A decoração dramática refletia o caos de sua própria existência. Por que o seu Senhor teria o escolhido? Ele sentia imortalidade como um paradoxo de benção e maldição e, em qual lado ele pesava mais?

Já em seu próprio escritório, sentado em sua confortável e suntuosa poltrona, refletia. Como uma doença, armazena seu próprio sangue, ignorando que ao invés de envelhecer e se tornar um bom néctar, aquele sangue amaldiçoado simplesmente apodreceria.

O que Rugall não queria se tornar? E o que ele queria? Provavelmente isso impetraria a atenção do reflexivo Vampiro, que agora se encontrava sem ter o que fazer, dependendo apenas, de seus pobres e fracos Lacaios.

A voz era sim familiar. O cãozinho de Rebecah parecia não ter cumprido a ordem como deveria. Se estava ligando, sugeria que não estava lá.

Depois de receber a falsa ligação, o homem se conteve em concordar com um “Sim, Senhor” como havia feito anteriormente.

Ele chama o outro enfermeiro com um aceno. Trocam o soro com medicamento e por fim saem do recinto. Poucos minutos depois sombra de pés se projetam pela fresta inferior da porta.

Em alguns minutos, a moça já começa a se mexer com mais frequência.

Uma tempestade fina de verão iniciava repentinamente, as gotas finas davam um clima de aconchego, os relâmpagos aliviavam a tensão. A leveza do clima, remetia a alguma lembrança boa de sua infância, não lembrava ao certo. Não sabia a quanto tempo ficara perdido naqueles pensamentos, mas o sentimento perdera a força agora.

Uma de suas carniçais o convoca até o salão principal. - Achei um lugar perfeito, é discreto, podemos reformar e aumentar o preço de revenda em o triplo. Consegui marcar uma visita hoje ainda. O proprietário mora ao lado e aceitou nos receber. Você vai adorar a localização é discreto. Você vai precisar de uma capa.

Lá em cima, o cheiro de terra molhada aflora suas lembranças pueris.

Em dez minutos avistava um motel, daqueles em que pessoas moravam por um tempo, pagando muito pouco. Ao estacionar o carro recebia uma mensagem de seu Senhor. “TristanThorn é o novo Senescal de Las Vegas, ele pode ter alguma coisa interessante para a família. Marque uma reunião com ele.”

Mal saia do carro quando uma chuva de verão começava a cair, intensa do céu. Um pouco molhado, ele chega até a apertada recepção que estava vazia. Sob o balcão havia um sino.

Atordoado, Amin, levanta, sentando-se em um chão lamacento. Suas roupas estavam sujas. Sua memória estava bagunçada. Não lembrava em ordem cronológica das coisas. Esqueceu sua história mortal. Não tinha a mínima ideia do que tinha feito na última noite, muito menos onde estava. A cabeça doía, se tivesse lembrança de sua vida mortal entenderia como era humilhante sentir isso novamente. Estava desgastado, zonzo. O lugar estava escuro, e um denso nevoeiro tomava conta do ambiente. O vento soprava a névoa úmida e fria que cortava o corpo apodrecido do Assamita. Não sabia onde estava, com base em que tomaria uma direção? A sede era dilacerante, como poderia sanar o desejo da besta? Parecia massivamente sozinho. Não lembrava de sua história em Las Vegas também. A besta rugia preste a se romper...

Era como acordar de um sonho. Deitado sob um lamacento local com muita neblina, a mente permanecia tão perturbada quanto ao sonho ou delírio. Perdido completamente, não tinha noção do real ou fictício. Quando que começou a sonhar? O cemitério era parte do sonho, aquela misteriosa mulher? Rebecah? Lembrou de David Hayter falando sobre sonhos. Sua memória era impecável, mas tudo o que lembrava estava fora de ordem, uma verdadeira bagunça. Mal podia ver um palmo na frente do nariz. Os ventos eram fortes. Tinha mesmo acordado ou era parte do sonho? Perdido, dava alguns passos sem rumo. Não tinha como saber pra que lado ir. Norte, sul, leste ou oeste? Era impossível definir...

A cabeça doía com força. Aturdido dentro de incessantes pesadelos, não conseguia raciocinar. O rosto repousava sobre uma poça com aspecto asqueroso. Ao levantar o olhar, podia ver que estava em uma colina. O pé da colina estava enevoado. Não sabia mesmo onde estava, nem o que fez nas últimas noite. Um lapso temporal de sua memória embaralhava até lembranças humanas. Tinha uma bota de couro ao seu lado. A colina era descampada. A lua era 5 vezes maior e não iluminava nem a metade do normal. Tudo estava frio, obscuro e sombrio. Ao oeste barulho de correntes e cavalos se aproximavam. Ao note tinha o pé enevoado da colina, e no centro daquele declive tinha luzes amenas por causa da neblina, parecia uma cidade. Todo seu corpo doía, precisava de muita energia para levantar seu cadáver. Não tinha sinal de suas carniçais.