Vampiros - A Máscara
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Marjorie Nouveau - Caitiff - Camarilla

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Marjorie Nouveau - Caitiff - Camarilla Empty Marjorie Nouveau - Caitiff - Camarilla

Mensagem por Architect Seg Jun 02, 2014 1:58 pm


1. Dados

Nome: Marjorie Nouveau (Vrikolaka)
Personagem: Marjorie Nouveau
Clã: Caitiff
Natureza: Penitente
Comportamento: Filantropa
Geração: 15ª Geração
Refúgio:  Centro para Doentes Mentais para Ricos/ Ruas de Las Vegas (caso ela esteja, na crônica, já longe do Hospício)
Conceito:  Gótica Deprimida
Seita: Camarilla
Saldo de XP: 0/0




2. Atributos

Físicos
- Força: 1
- Destreza: 4 (graciosa)
- Vigor: 1

Sociais
- Carisma: 3
- Manipulação:1
- Aparência: 5 (frágil, pura)

Mentais
- Percepção: 4 (apreensiva)
- Inteligência: 3
- Raciocínio: 3




3. Habilidades

Talentos
- Prontidão: 2
- Esportes:
- Briga:
- Esquiva:1
- Empatia: 2
- Expressão: 4 (poesias)
- Intimidação:
- Liderança:
- Manha:
- Lábia: 1

Perícias
- Empatia c/ Animais:
- Ofícios: 4 (pintura)
- Condução:
- Etiqueta: 2
- Armas de Fogo:
- Armas Brancas:
- Performance:
- Segurança:
- Furtividade: 2
- Sobrevivência:

Conhecimentos
- Acadêmicos: 2
- Computador: 2
- Finanças:
- Investigação: 2
- Direito:
- Linguística: 2
- Medicina: 1
- Ocultismo: 3
- Política:
- Ciências: 1

Linguas Faladas: Inglês (nativa), Francês (pelo pai), Espanhol (pela escola)




4. Vantagens

Antecedentes
- Recursos 5 (o recursos é advindo do pai dela... Caso vocês não permitam, porque o dinheiro "não é meu", troque por Aliados 5 [meu pai])
- Fama 1 (Familia Nouveau; seu pai é o dono de uma empresa milionária)

Disciplinas
Auspícios 2
Fortitude 1

Virtudes
- Consciência: 4
- Autocontrole: 4
- Coragem: 2





5. Virtudes

Humanidade:  5 (com permissão do O Questionador, eu diminui ativamente minha Humanidade)

Força de Vontade: 4

Perturbações:
-
Psicose Maniaco Depressiva (já deixo um adendo; eu peguei essa perturbação, por indicação do D-Dog; mas a Marjorie não fica "feliz com frequência". Então, eu gostaria de pedir, pra que ela, caso houvesse rolagem, ela tivesse muito mais "depressões avassaladoras" do que o contrário. Belezinha?)




Qualidades e Defeitos
- Rubor de Saúde (2 pontos de qualidade)
- Médium (2 pontos de qualidade)
- Inofensiva (1 ponto de qualidade)
- Bom Senso (1 ponto de qualidade)
- 15ª Geração (4 pontos de defeitos)
- Assombrada (3 pontos de defeitos)
- Fraqueza de Clã (Malkavian) (2 pontos de defeitos)*
- Tímida (1 ponto de defeito)*
- Vítima da Máscara (2 pontos de defeito)*

*Os defeitos com asterisco, não foram contabilizados nos pontos bonus adicionais.

Observações
- Rubor de Saúde, bem, imagino que isso seja uma qualidade que seja "emulável" no bg, porque é algo que ela adquiriu quando foi abraçada. Se tiver que ter uma explicação (o que eu, admito, não faço a menor ideia de como fazer...), eu tiro.





Gastos de Pontos de Bônus:
- 5 pontos para Carisma +1 (de 2 para 3)
- 4 pontos para Furtividade +2 (de 0 para 2)
- 2 pontos para Ofícios +1 (de 3 para 4)
- 2 pontos para Expressão +1 (de 3 para 4)
- 1 ponto para Fama +1 (de 0 para 1)
- 2 pontos para Força de Vontade +2 (de 2 para 4)
- 6 pontos para Qualidades
- +7 pontos para Defeitos




6. Prelúdio

    É isso aí. Agora eu estou passando por tratamento psiquiátrico em tempo integral, porque uma professora e uma menina imbecil me denunciaram, e arrumaram um hospício que podiam me tacar. Que legal não é? Eu agora estou presa, segregada da sociedade, estou fazendo a tristeza da minha familia, por alguns problemas a toa, que qualquer pessoa que estivesse no meu lugar, teria. Divertido não é mesmo?
    Primeiramente, eu devo me apresentar, já que eu sou forçada a isso. Me chamo Marjorie Nouveau, tenho quinze anos. Meu pai, Raphäel Nouveau, é dono da Nouveau Enterprises™, um francês que veio pros EUA com dezoito anos, começou do zero uma empresa nos EUA, antigamente de trancas e fechaduras, mas agora vende até Mecanismos de Segurança Sofisticados, e entra agora no ramo de Segurança de Informação, um ramo que ainda não é bem explorado, mas que ele diz que é "o futuro". Minha mãe, Alessa, é americana, uma artista plástica que faz trabalhos belissimos, e que conheceu meu pai ainda jovenzinha — Enquanto ele tinha vinte e poucos, ela tinha apenas quinze anos, ainda começando sua carreira artística. Eu não sei os detalhes que fizeram eles se apaixonarem, mas fato é que depois de vários anos, minha mãe com vinte e dois, e meu pai com quase trinta, se casaram. E depois de um ano, minha mãe tava grávida de mim. Mas então, a empresa do meu pai deslanchou de forma pesada, e ele começou a ter pouco tempo pra ficar com a sua esposa, e sua filha recém nascida. Apesar disso, ele sempre se manteve fiel à minha mãe, e ela a ele.
    Agora, eu posso explicar a minha história, né? Bom, o começo da minha vida obviamente eu não lembro, apesar de eu sempre ouvir a minha mãe falar que eu chorava sem motivo. Acho que eram já eles.
    Eles, você me pergunta? Fantasmas. Eles sempre rodeavam-me. Quando estou olhando distraída, certamente eu notei algo assim. Muitas vezes que eu fiquei nervosa sem motivo, era porque haviam fantasmas me insultando, ou querendo coisas "ruins" comigo. Havia sempre um, que desejava meu corpo. Isso desde pequenininha. Ele era completamente doente.
    Bom, acho que isso é meio que a razão de eu ser totalmente louca, né? Quer dizer, uma pessoa que vê coisas que não estão ali, ou pelo menos não estão ali pras outras pessoas... Bom, papai sempre falou que não eram nada, que era frescura minha, ou que estava inventando pra chamar atenção. Como se uma criança poderia começar a inventar coisas, sobre como via as pessoas que já tinham morrido, pessoas que morreram a anos atrás, pessoas que tinham morrido a pouco tempo...
    Tudo piorou, claro, quando fui pra escola religiosa só pra meninas, que, disse pelo menos o meu pai, era a melhor de todo o EUA. Dali, minha vida foi pro buraco. Era uma escola de regime interno, integral, onde ela passava quase o ano todo ali, só com um pequeno intervalo de um mês em Junho e em Janeiro, de férias. Primeiro, contarei sobre as épocas de férias, por que simplesmente as épocas de férias eram as mais monotonas, e sempre aconteciam as mesmas coisas. Eu passava a maior parte do tempo ao lado da minha mãe, quando ela estava em casa, ajudando ela a pintar. Eu fazia isso, porque ela me ensinara que dava pra dar voz aos sentimentos mais profundos do seu coração, com a pintura.  Naquela época, mesmo com aqueles fantasmas que me insultavam, pediam coisas e me traziam depressão e dúvida, eu ainda era relativamente feliz com a minha mãe. Não meu pai. Meu pai sempre fora ausente demais, a cabeça focada demais no serviço, e ele mal falava algo comigo. Todo mês, de férias. Eu posso contar com os dedos de uma mão, desde que eu entrei no colégio Religioso, quantas vezes o meu pai falou comigo.
    Bom, vamos agora falar sobre o colégio. Era um colégio religioso renomado, só pra garotas. Particular, é claro. Meu pai não iria deixar de pagar pela melhor educação pra sua filha única. Talvez ele sentisse com isso, um pouco de alívio nas costas dele. Como se as coisas materiais que ele dava a mim suprissem a falta de afeto. Mas estou divagando.
    Devo começar com as minhas relações com a minha professora de Inglês, a Professora Stephanie, uma das poucas que podiam ouvir os meus lamentos. Boa parte das professoras não eram freiras, assim como ela também não era, apesar de ser bastante religiosa. Ela ficou bastante interessada pelo meu trabalho desde menina. Digo, os das poesias. Meio que eu não tinha pra quem mostrar, e nunca tive. Quando eu estava escrevendo minhas poesias num canto isolada das outras meninas que brincavam, ela apareceu, interessada no que eu fazia. Eu até achei fofo da parte dela, vir querer me dar atenção, quando ninguém queria. Eu comecei a mostrar pra ela por causa disso, e ela gostou, por mais que ela soubesse de algumas coisas que eu não queria que ninguém soubesse. Eu expunha meus sentimentos mais profundos naquelas poesias. Os sentimentos mais deprimidos, como eu via o mundo, como os fantasmas alteraram minha percepção temporal. Ela começou a exigir que eu mostrasse algumas coisas pra ela, pra avaliar minha melhora, ajudar, e principalmente, agora que penso, ter uma amiga.
    Mas é claro que não demoraria muito tempo pra aparecerem pessoas pra me fazerem mal. O pior problema que você poderia ter de ser uma pessoa solitária, que está mais interessada em qualquer outra coisa que meninos e maquiagem, é que vai aparecer alguém pra fazer da sua vida um inferno. Essa é a Chris, e sua gangue. Liderada por ela e a sua namorada desde antes de conhecê-las na escola (que ainda acredito que o fato de ela ter namorada, seja apenas pra causar ainda mais desconforto nas pessoas, já que ela era bonita demais pra ser lésbica...), Giselle, elas faziam as garotas que não andavam em grupos, como eu, e mais umas pouquissimas garotas, a terem vidas infernais. Lembro-me como a Chris fez questão de me ajeitar de forma que eu ficasse mais desconfortável ainda, antes de me trancar dentro de um armário e ficar por horas ali trancada. E como, se eu falasse algo, eu arrumaria problemas terríveis pra mim, pois "Se eu me ferrar, você tá morta, pirralha", eu nunca acabava punindo ela. Eu nunca entendi muito bem o porque. Eu não consigo ver porque ela queria meu mal. Tudo bem, os rumores, coisa que eu vou explicar logo mais, faziam com que eu fosse extremamente mal vista, e por isso eu era um alvo fácil, já que eu nunca tinha pessoas ao meu redor. Mas nunca vi qualquer motivo pra ela querer o meu mal. Talvez inveja? Mas inveja do que? De uma menina isolada, cuja unica coisa que eu fazia de bom, era saber escrever bem e pintar?
    Eu tenho uma teoria melhor, falando sobre isso agora. Quando entrei na escola, as coisas com fantasmas pioraram demais. A região de casa era uma região bastante segura, e as casas eram novas, então não haviam tantos fantasmas ali (apesar de alguns serem hediondos). Mas quando cheguei na escola, como a escola ficava um pouquinho afastada da cidade, além dos limites da mesma (tinha que pegar mais ou menos uma hora de estrada até chegar...), as coisas pioraram muito. Eu tive o azar de conseguir trazer alguns dos fantasmas atrás de mim. E, como a escola já era muito antiga, e muito conceituada, tinha seus próprios fantasmas. Agora, imagine você trazer coisas a si, e você chegar em outro lugar, com muito mais deles? E com muito mais pessoas para apontarem o dedo a você? Pois é. Parecia natural que as pessoas se afastassem de mim. Como se eu tivesse um tipo de aura que atraísse fantasmas, e repelisse pessoas. Agora pense: os fantasmas sempre apareciam pedindo coisas. Alguns pediam coisas horríveis, como o caso citado atrás. Tinham os fantasmas de gente que tinha sido morta ali dentro da escola, antigamente. Outros que tiveram experiências fortes ali dentro, e quando morreu, acabou ficando preso ali. De tudo: bullies, patricinhas, idiotas... Até mesmo garotos, que invadiram o lugar, pra espionar as meninas se trocando, e morreram acidentalmente. Esses eram horríveis. Sempre havia um que tentava espioná-la enquanto tomava banho ou se trocava. Criaturinhas depravadas. Eu acabei passando por mais de cinco quartos diferentes, até ser remanejada pra um quarto sozinha, já que nenhuma menina aceitou-me no quarto. E era um quarto afastado, já que ninguém queria uma menina louca perto dela. Isso, é claro, não ajudava em nada com depressão, solidão, e com os fantasmas.
    Mas eu descobri um modo de conseguir afastá-los. Eu tinha realmente descoberto aquilo. Um dia, eu estava sendo atingida por todos os fantasmas ao redor. Eles gritavam, me insultavam, e me feriam com suas palavras. Mas quando eu me feri por acidente, socando o espelho, e minha mão se machucou, todos eles sumiram. E eu descobri que eles se afligiam com a minha dor. Então, quando eu acabava atraindo a fúria deles, eu me machucava. Comecei a usar giletes, pra me cortar. Pouco, mas quando eu fazia pouco, eles não se demoravam para aparecerem. Logo, qualquer situação realmente estressante, como quando a Chris e sua gangue me agrediam, ou quando haviam situações assim com os fantasmas, que eu acabava me cortando. Não que quando eu me cortava, a Chris sumia. Mas a dor no coração, era aliviada quando a dor física aparecia. Eu nunca entendi muito bem a razão, mas eu me sentia bem emocionalmente.
    Foram anos terríveis, mas nenhum dos meus pais quiseram me tirar da escola. Me colocar em outra. Eu sempre pedi, falava que a escola era horrível. Mamãe me ouvia, mas não fazia nada. Falava pra ser forte,porque não haviam outras escolas tão boas, que as escolas teriam ensinos precários, que ela estava pensando no futuro dela, que se tivesse problemas, era pra falar pras freiras... Papai não me ouvia. A ultima vez que eu pedi, foi pra ele. Ele simplesmente jogou na minha cara, que ele estava pagando aquela escola, pensando no meu futuro, e que era pra eu parar de chorar logo. Aquilo me destruiu. Papai acreditava mesmo que aquilo iria ajudar muito. Talvez ele estivesse com a cabeça tão bitolada no emprego dele, que esqueceu que estava falando com a própria filha, a filha deprimida, e não com um dos seus funcionários. Ou pior: talvez ele estivesse plenamente consciente disso, mas pra ele, ela e um funcionário chato eram a mesma coisa, com a diferença que eu não podia ser "despedida".
    Os anos começaram a se passar, e quando dei por mim, já tinha doze. E via as menininhas falando sobre meninos. Como gostavam "do jeito pesado que o menino da minha rua me pegou", como "ele beijava de forma tão agressiva, que me deixou com as pernas bambas". Eu achava isso nojento.  E isso apenas foi mais um abismo entreposto entre elas. Eu não conseguia entender aquilo perfeitamente. Quer dizer, eu não conseguia ver naquela época (na verdade, até hoje...) a graça daquilo. Porque eu gostaria de alguém truculento pra agarrá-la e enfiar a lingua na sua boca?
    Foi quando eu comecei a sentir algo... estranho, pela professora Stephanie. Bom, considerando o fato que eu sempre fui uma pessoa carente, e ela me dava atenção, foi algo um pouco natural. Eu demorei um tempão pra entender o que se passava... Eu... estava começando a gostar dela. Não do mesmo jeito que eu gostava da minha mãe ou do meu pai (menos do meu pai, obviamente). E eu via aquilo. E sabia que isso era errado. Mas também era certo. Eu já não sabia mais de nada. Fiquei meses remoendo aquilo, me envergonhando, tentando tomar coragem pra falar com ela. Essa época foi uma época boa. Minha cabeça estava fervilhando de ideias, escrevi muito, pintei muito. Tudo o que me fazia mais feliz. E o melhor de tudo: os fantasmas começaram a aparecer menos. Será que aquela era a resposta?
    Até que eu tomei coragem pra valer. Eu chamei-a de canto, e, vermelha de vergonha, dei pra ela o meu quadro favorito. Que era um quadro dela. Junto dele, uma poesia, que, mesmo gaguejando, eu disse. Uma poesia de amor, uma que eu tinha feito especialmente pra ela, pra eu me declarar pra ela, quando eu descobri aquilo. Mas aquilo foi um erro.Eu esperava que ela retribuisse. Eramos amigas, não? A forma que ela me olhava, como ela agia, como ela trazia carinho pra mim, como ela ouvia os meus sentimentos mais profundos. Ela podia gostar de mim, né? Certo??
    Errado.
    Ela me recusou. Não só isso. Ela me humilhou. Me chamou de nojenta. Que ela gostava de homens, e que nunca, nunca mais eu era pra falar asneiras dessas. Eu era nojenta. Uma puta nojenta, que queria fuder com ela. Eu não ouvi o resto. Eu comecei a tentar socar a professora, e quando percebi o que estava fazendo, em seguida saí correndo, pra nunca mais olhar pra ela, chorando. E eu comecei a me cortar, no banheiro, depressiva. O que estava havendo comigo naquela hora eu não soube dizer. Na verdade eu não sei dizer. Eu senti um ódio, um sentimento de traição, que eu não soube explicar. Eu perdi a cabeça. Mas... porque? Eu não era assim, nunca fui assim. Todos aqueles pensamentos, passando na minha cabeça, enquanto eu me cortava, trazia sangue pro banheiro, trazia dor, para tentar afastar os maus sentimentos. Eu sou nojenta. Eu sou lésbica. Eu estava caminhando pro mesmo caminho da Chris? Mas a voz. A voz de um deles, disse para eu ir adiante. Que não havia mais nada pra mim. Que eu não teria mais amor por ninguém. Que eu merecia apenas a morte. Eu já não entendia mais o que havia, eu já não conseguia mais parar, e logo o sangue começou a sair em profusão, e eu estava ficando pálida. A ultima vez que vi a minha professora, foi quando ela me encontrou ali, depois de eu ouvir a porta sendo aberta com violência. Os olhos arregalados, a pele do rosto lívida, enquanto me via sangrando, chorando, e desmaiando na frente dela por falta de sangue.
    Foi o meu ultimo dia de aula naquela escola.
    Eu nem sei mais o que aconteceu, mas isso eu posso imaginar: meus pais sendo contatados, a enfermaria tentando conter o sangramento até a ambulância chegar, pra me levar pro hospital mais próximo, pra eu ter transfusão de sangue. Eu não sei. Quando eu acordei, eu estava num leito de hospital, e minha mãe olhando pra mim, os olhos afogados em lágrimas. Ela me abraçou, beijou minha cabeça. Ela me pediu perdão. Perdão por não ter me ouvido. Ela disse que tinha que ter me ouvido, que eu devia ter ido pra outra escola, pra não acontecer algo assim comigo. Porque eu estava tentando me suicidar...? Minha mãe que me deu a notícia. Que eu teria que ficar numa clínica especializada, para que eu ficasse boa. Me pedia perdão. Ela disse que meu pai tinha chorado, depois de muitos anos sem o fazer. Ele empenhou  mundos e fundos pra trazer a mehor clínica, que ele prometia visitas constantes, que ele não sabia o mal que tinha causado... É, talvez a minha tentativa de suicídio tenha feito a minha familia entender que não estava nada bem...
    ...E... bom... É isso! Essa é minha história, pelo menos até a minha chegada aqui. Espero que essa prosa, traga a vocês todas as respostas que desejam. Eu não sei o que isso vai ajudar, mas foda-se, eu aguento essa farsa por algum tempo.

    Mamãe....

    Mãe. Eu tô mandando essa carta, por intermédio de uma das cozinheiras da clinica. Ela me viu chorando,  Por favor, pelo amor de Deus, me tira daqui. Leva isso pras autoridades, manda a cavalaria, isso aqui é desumano. Sério, por favor, me salva mamãe, eu tô começando a enlouquecer de verdade, esse lugar é um antro de monstros, mãe, me tira daqui...
    Quando eu cheguei aqui, parecia estar tudo bem. Mas não demorou dois dias sequer, pra caírem todas as máscaras. Eles parecem não agir de forma humana, mãe. Eles tão tentando fazer com que eu enlouqueça de vez... Eles me colocaram em banhos de água gelada, me uniformizou, e me trancaram em celas minusculas. Mal cabia uma cama ali dentro. Tinha só uma cama, e uma privada entupida, onde eu era obrigada a viver, atrás das grades. Eu nunca fiz nada de errado... Mãe, eu não sou uma pessoa má... Me tira daqui, por favor...
    Isso é quase um campo de concentração... Os remédios que eles dão causam efeitos colaterais que apenas prejudicam cada vez mais a minha saúde (que você bem sabe que já não é muito boa...)... Eu já quase não comia antes, agora, nem mais o quase... Quando eu conseguia por algo na barriga, eu acabava vomitando tudo... Não porque a comida era ruim (embora, certamente o é), mas por efeitos dos remédios.
    Eu ainda vejo fantasmas. Não há melhora alguma, mamãe. Eles não estão procurando a minha melhora. Os fantasmas conseguem ser ainda mais agressivos, ainda mais loucos, eles riem, insultam, ameaçam, eles querem me jogar no abismo... Eles, tanto os fantasmas, como os médicos daqui,  querem que eu enlouqueça de vez, mamãe. Eles fazem tratamentos de choque aqui. O Dr. Landon Fairchild é quem ministra aquilo, e eu tenho CERTEZA que ele ri quando aquilo acontece. Não de gargalhadas, mas ele sorri. Aquilo vai me matar... Vai me matar, mãe... E eu tenho certeza que uma hora vai... Eu ouvi várias vezes que "paciente Edward Peacock" morreu, ou "paciente Justin Alberts morreu"... E se não for pelos tratamentos de choque, é pelo tal de "Soro da Meia-Noite", que quem toma, não volta... Eu estou temendo que eu acabe tomando aquilo também, mamãe. Eu tô com medo, mãe, eu não quero morrer, não quero endoidar de vez...
    Pelo menos, a Dona... Thereze ou Tereza, eu não sei, é um nome brasileiro, e eu não sei como pronuncia direito, acabou se apiedando de mim. Ela fez pelo menos alguma coisa por mim, ela ouviu meus lamentos, e ela sugeriu que eu entregasse uma carta. Como ela não morava ali na região, as chances de ela ser pega, são minimas. Eu agradeço de coração, Dona Thereze...
    Avise as autoridades. Eu nem mais me importo de ser levada pra outra clinica. Só me tira dessa, eu te suplico, você me prometeu que iria me ouvir dessa vez, mamãe... Por favor...

Mãe........ *manchas de sangue no papel*

    Eu não sei o que tá acontecendo comigo... Meu deus, por favor, me tira logo daqui... Agora eu não estou nem conseguindo mais comer... Eu estou na área mais pesada... Na área onde estão os maníacos, assassinos, genocidas... O pior agora... Toda vez que eu tento comer eu vomito... Vomito sangue... Eu estou doente, e ninguém vem me tirar daqui, mamãe... *mais sangue no papel*. Eu tenho desmaiado várias vezes... Tudo que eu tento comer, o meu corpo rejeita... Eu grito, peço socorro, eu falo que estou doente, mas eles não me ouvem... Eu tô passando muito mal... Socorro, mamãe... Socorro...

--

Explicação para o Abraço da Marjorie: Marjorie foi abraçada dentro do hospício, por um dos internos do Hospício. O interno, Korey Gillian, um Malkavian do Sabá de sangue fraco, preso a Laço de Sangue com algum Vampiro mais poderoso que ele, usa o hospício como laboratório particular, realizando experimentos com os chamados "sangue fraco". Quase totalmente desumanizado, ele abraça gente quase por razão nenhuma, para testar novas coisas, desde "testes ao sol", a mesmo gravidez, como é dito que os de sangue fino são capazes de o fazer. Os que não resistem mais, são simplesmente "jogados ao sol" para fritarem, para ele apenas abraçar outro, e continuar o ciclo de destruição. E Korey Gillian faz aquilo, com alegria e um sorriso sádico no rosto.

Descrição
¤ Idade Aparente: 15 anos
¤ Cabelos: Castanho Escuro
¤ Olhos: Verdes
¤ Raça: Caucasiana
¤ Nacionalidade: Americana/Francesa
¤ Altura: 1,51cm
¤ Peso:40kg
¤ Sexo:Feminino

Perfil Psicológico: Marjorie é, no sentido literal da palavra, uma pessoa incompreensível para pessoas demais. Afinal, compreender uma pessoa que é louca, é algo que não é capaz de se fazer, não é mesmo?
A primeira vista, pode-se perceber uma pessoa que parece auto-isolada. Mantida sempre isolada de todos, cotemplando algo que não se pode ver. Escondida nos cantos da escola, fumando, nervosa. Parece sempre nervosa com algo, por acaso. Isso manteria qualquer pessoa longe dela, principalmente quando se ouve os rumores de que ela é louca.

Quando confrontada de forma que ela não se sente a vontade, quando uma das freiras vem a ela para reclamar de algo que ela faz, ela tenta evitar totalmente o confronto. E toda a negatividade que ela sente, ela absorve pra dentro de si. Ela acaba fugindo pro lugar mais escondido que haja, para fumar mais, ou, caso a coisa seja grave, tentar expressar seu ódio e depressão de outras formas, para que ela não endoide de vez, como poesias ou pequenas pinturas, de acordo com o grau que ela sinta.

Apesar disso, são quando os confrontos viram algo físico, como quando uma das alunas do colégio interno agride-a, ou quando os fantasmas vem para lhe fazerem mal, nem mesmo as formas mais convencionais de tentar expurgar toda a negatividade conseguem ser suficientes. Ela se esconde no banheiro do seu próprio quarto, e se corta. As vezes, ela sente vontade de se matar, dar a ela algum alivio naquele mundo miserável que ela estava presa. Afinal, ninguém a amaria. Ninguém daria amor a uma lésbica como ela, que apenas deseja um pouquinho de felicidade, afeição, amor. Mas ela sabe que ninguém a dará nada assim.

Adendo ao defeito, Vítima da Máscara:

Por mais que ela faça sentido no momento com a pj, provavelmente eu vou recomprar o mais rápido possível in game, porque né, ela é inocente quanto a ser vampira nesse momento, mas que provavelmente ela vá descobrir uma hora, isso é meio óbvio...

7. Banco de Dados

Saldo de XP: 0/0

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Architect

Data de inscrição : 07/03/2010
Idade : 40
Localização : Sorocaba-SP

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