Vampiros - A Máscara
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Linhagem do Silêncio

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Mensagem por Fox Sex Jan 24, 2014 6:49 pm


Linhagem do Silêncio


Linhagem do Silêncio Silence_zps07c1002c


Ouço gritos de silêncio, prantos inaudíveis
A lua é testemunha de um nascimento de esperança
Um sopro de vida em meio a um mundo onde ela não mais existe
A escuridão tentará tragá-lo e as trevas recrutá-lo
Uma dualidade ainda informe, inveja e medo o cercarão
Ambos de seu poder, mas um maior que o outro

Noites passarão em sua procura
Uns para protegê-lo, outros não
Apenas o choro os atrairão
Um choro silencioso
Um clamor de toda uma linhagem
Que permaneceu em silêncio... até hoje



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Mensagem por Fox Sex Jan 24, 2014 6:58 pm

2007, New Haven, Connecticut.

A cidade de New Haven foi fundada em Abril de 1638. Com o grande crescimento urbano, no Século XX ela foi aderida à Região Metropolitana de New York. Por vários anos, o Príncipe Ventrue de New York, Ravi Telvanni tomou o controle da área e a declarou seu território. No entanto, a sede por poder Ventrue não deu muitos frutos bons e com o passar do tempo, os territórios mais distantes da grande capital foram sedo esquecidos e tomados por Cainitas insubordinados à Camarilla. Ravi assistiu sua atitude egoísta afastar muitos de seus seguidores e, então, se viu na necessidade de ceder a maioria de seus territórios para não vê-los afundarem nas mãos do Sabá. Um dos primeiros foi a cidade de New Haven. O Príncipe Telvanni designou sua própria cria, o inglês Adam Caldrom, ao posto de novo líder da cidade.
Já se passaram sete anos desde que New Haven tem o Ventrue Adam como seu Príncipe e não tem sido um papel nada fácil. Desde muito tempo a cidade já estava ocupada por membros do Sabá e outros vampiros. O desleixo de seu Senhor deixou-o numa situação complicada na época. A princípio foi uma tremenda chacina. O caos em que a cidade está hoje não é nada comparado à situação daquela época. As guerras, tanto físicas como políticas, consumiram grande parte da população mortal e imortal. O Recomeço, como chamavam naquela época, durou dois anos, mas até hoje sabe-se que ele não terminou, apesar de New Haven ter desfrutado de um pequeno “período de paz” a uns dois anos atrás.
Pelo outro lado, os membros do Sabá, que um dia declararam a cidade sua, insistem em permanecer, acomodados ao período que precedeu o Recomeço. Porém, a falta de liderança resultou em sua retirada. Por algum tempo eles ficaram inativos, esperando a hora para tentar retomar seus ditos domínios. Ultimamente, uma organização tem sido feita e muitos bandos estão se reunindo novamente na cidade.
Nos dias atuais, a cidade de New Haven passa por um período de crise. O Governo mortal está mais preocupado com a prosperidade dos grandes centros do que consertar a cidade. Muitos dos líderes, influenciados pelo Príncipe Adam e seus subordinados, concentram seu tempo e dinheiro em atividades em prol da Camarilla, deixando as partes mais pobres da cidade ainda mais esquecidas. É difícil andar pela cidade sem ver prédios e monumentos depredados, ruas escuras e desertas sem nenhuma fonte de iluminação, adolescentes abandonados e marginalizados. Entretanto, ela já esteve muito pior. Seu estado hoje reflete a guerra que vem sendo travada ao longo dos anos.
Pra piorar a situação, os acontecimentos aparentemente têm atraído grupos de Caçadores. O massacre de alguns deles no East Rock Park foi sinal de que sua presença já não é mais segredo, apesar de não saberem a identidade do autor da matança. Porém, o número deles tem se elevado a cada dia, e boatos de uma profecia têm começado a rodar a cidade. “Palavras sem sentido de uma boca amedrontada”, isso é o que a maioria tem dito a respeito dessas “fofocas” sem embasamento, mas ainda há aqueles que dão ouvidos. Verdade ou não, isto tem preocupado as seitas em ambos os lados. Por parte da Camarilla, Membros e aliados importantes têm sumido deixando poucas pistas. Por parte do Sabá, a chegada dos Caçadores pode significar adiamento ou até uma falha em seus planos de conquista. O clima de tensão tem aumentado à medida que as noites passam e as dúvidas sobre o que as vindouras trarão continuam a assolar a mente de todos.




Jogadores:
- Hassam (Jack Hunter)
- Killer Instinct (Matthew Martilho)
- George Nickson (Mikel Nefertum)
- AlexanderA.S.F (Andrea Scabbia)

Comunicado aos Jogadores:
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Mensagem por Fox Sex Jan 31, 2014 3:10 pm

Informações Adicionais (TODOS):


Jack Hunter

Nas últimas noites
A última incursão de Jack a New York não deu muitos bons frutos. Ele perdeu prestígio e com isso também sua paciência. Mas para sua sorte algo mudou para o Nosferatu. Um convite por parte do Príncipe de New Haven deixou-o chocado e tentado. Aparentemente o Ventrue Adam Caldrom estava a procura de Membros confiáveis para a manutenção de sua cidade. A princípio, Jack não via muito lucro nessa oportunidade, nem mesmo o porquê dela ser dada justamente a ele, mas os termos lhe pareciam muito agradáveis.
Nos últimos meses Hunter se tornou uma peça chave, pelo menos em teoria, na estruturação da Camarilla em New Haven. Em troca de ser uma fonte de informação em um território tecnicamente neutro, ele ganhou um refúgio próximo ao Porto de New Haven e proteção, além do direito de rodar seu negócio sujo, fato este que tem sido melhor do que nunca. O estado atual da cidade favoreceu o fornecimento de seu “material”, e, paralelamente, alguns de seus clientes se tornaram seus ouvidos e olhos.
Porém, ultimamente sua estadia tem atraído olhos demais e Jack começa a pensar se vale a pena arriscar-se dessa maneira.

Na noite atual
Já passava das 21h, mas a noite estava apenas começando para Hunter. Ele voltava para casa depois de fazer uma entrega no Porto. Sua imagem imitava a de um homem alto, de aparentemente 29 anos de idade, cabelos, rosto liso e um terno com chapéu preto, sua marca registrada. O negócio tinha sido bom, e não houve nenhum problema com a segurança ou fiscalização. O carregamento se dirigia para o estado de Virginia, mas pra ele isso mal importava. Pela janela de seu carro ele observa a parte portuária mal iluminada de New Haven e depois, acima de sua cabeça, a ponte que liga a parte central à parte leste da cidade, na qual ele passa a maior parte do seu tempo. As pilastras que a sustentam já na parte leste estão todas pichadas e deterioradas, e é possível ver um ou dois grupos de jovens usando drogas.
Jack finalmente chega a seu refúgio, uma discreta casa de tijolos com portão e garagem, a qual tem ligação com a galeria de esgotos, que é usada como segunda opção. Ele deixa seu carro do lado de fora já que não demoraria muito para que Richard ligasse pra passar alguma informação ou pra agendar alguma entrega. Mas ao entrar em casa algo é percebido ao chão. Um envelope de papel com uma espécie de bilhete dentro. O Nosferatu abre-o com curiosidade e em seu conteúdo há um texto escrito com grafite à mão:
“Você não acha que já viveu demais comendo as migalhas que caem dos pratos deles? Vivendo como um porco, comendo restos e alfarrobas. Junte-se a nós, e você não terá que aturar mais as incoerências da Camarilla e será tratado com o respeito que merece. Pense nisso. Sei que tomará a decisão correta. Nos encontraremos em breve.”



Matthew Martilho

Nas últimas noites
Suas noites em New Haven apenas começavam. Há algumas semanas Matthew fora recrutado por meio de Nat, para ir até a cidade que um dia fora dominada pelo Sabá. Ele sabia da história e dos acontecimentos recentes, agora buscava um meio de ajudar a retomarem-na. Seu refúgio fora montado numa rede abandonada de prédios próxima à linha férrea na parte norte da cidade e é compartilhada com alguns Membros da Seita. Aparentemente a construção do local parou durante a grande crise e tempo depois o dono morreu, deixando o direito numa constante briga judicial de seus dois filhos. Além disso, Matthew tem acesso direto à rede de esgotos de New Haven, que liga as partes norte, oeste, leste e central, no entanto, esta última não é aconselhável devido a forte influência da Camarilla nos Ratos de Esgoto que vivem lá.
Por intermédio de informantes, tarefas estavam sendo designadas a vários membros do Sabá simultaneamente, todas elas vindas de um líder ainda incógnito. Este sigilo, de acordo com Membros mais velhos da seita, mostra ser um ponto imprescindível para o sucesso do plano como um todo, assim a confiança é mantida, assim como a eficiência na execução das tarefas. Nos últimos dias, Matthew foi designado a observar certas autoridades da cidade, desde hábitos, lugares mais visitados até pessoas com quem tem mais contato. Os nomes dados a ele pelo próprio Nat foram: Jefrey Hull, prefeito de New Haven; Samuel Roar, supervisor do sistema de esgotos de New Haven; Yam Toka, delegado de polícia de New Haven.
Nas últimas noites, Matthew se concentrou no supervisor de esgotos. Seu contato com Morgan, que tem passado um tempo pela cidade, o ajudou a monitorar seus passos durante o dia, que é quando ele normalmente trabalha, ou em seu escritório ou fazendo vistoria. No entanto, seguindo Samuel noite adentro, o Nosferatu descobriu que ele tem alguns contatos no mundo das drogas e que costuma fazer algumas “compras” na parte leste da cidade.

Na noite atual
Já passa das 21h depois que Matthew termina de pôr suas coisas em seu novo refúgio. Para sua segurança, é necessário que a cada dois ou três dias ele mude de andar ou prédio. A rede abandonada fornece esse tipo de opção e todos os Membros que a usam tem que adotar esse costume. Ainda faltam alguns dias para que Nat vá ao seu encontro a fim de receber o relatório de informações, apesar dele não compreender por que essas personalidades são tão importantes. A parte norte de New Haven, esquecida pelo Governo através do tempo, pode ser vista de sua janela. Uma lua crescente, junto a algumas estrelas, discretamente ilumina o céu. Ruas escuras, vários prédios abandonados, terrenos vazios e pouca segurança desenham o cenário em que o local está submerso. O crime e o contrabando é o que mais dá retorno financeiro agora e atualmente grande parte de sua população está se juntando nesse ramo. O Nosferatu se vê em um local que parcialmente descreve sua antiga vida, a qual foi tomada de si há muito tempo.


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Mensagem por Fox Sex Jan 31, 2014 3:15 pm

Andrea Scabbia Ferro

Nas últimas noites
As últimas noites fizeram Andrea ter a atenção e o prestígio que ele queria. Tendo criado certa reputação em New York e em outros lugares, ele e seu grupo foram convidados para fazer algumas apresentações em New Haven. Há poucos quilômetros de sua mansão, a cidade se mostrou promissora, mas ao chegar o Ventrue percebeu a clássica política do Pão e Circo. As apresentações, que não eram só suas, não passaram de uma estratégia para distrair a população tanto da situação “mortal” quanto da tensão que percorria o mundo “imortal”.
A Lacuna Coil foi agendada por um mês com shows livres e algumas apresentações em lugares fechados. Já se passaram duas semanas desde sua chegada e eles já fizeram dois shows ao ar livre e um no Elísio. Apesar de todo o objetivo por trás, Andrea sabe que essa é uma ótima oportunidade para que ele ganhe respeito e uma visão maior entre os Membros.

Na noite atual
Já passa das 21h e Andrea acaba de terminar seu pequeno divertimento noturno com suas Groupies. Pela janela da suíte na cobertura de um hotel de luxo, ele pode ver o céu estrelado com a lua crescente que se destaca, mas pouco ilumina. A vista que ele tem do centro da cidade se difere em muito das outras partes, as quais ele já teve a oportunidade de visitar. Lojas, shoppings, restaurantes e letreiros por todo lugar descreve o lugar altamente comercial. Seu telefone toca à mesa. É o baixista da banda.
 
- Andrea. Você tem falado como o Drake ultimamente? É que eu tentei falar com ele e não consegui, agora eu to no AP dele e tem uma coisa estranha. Tu pode vir ver aqui?
 
O Ventrue lembra que há noites ele vem tentando falar com Drake, o baterista da banda. Ele não teve nenhuma resposta e não o vê desde o seu último show. Será que isso estaria relacionado com o recente desaparecimento de Membros da Camarilla?



Mikel Nefertum

Nas últimas noites
O cerco estava se fechando para Mikel em New York. Sua existência estava começando a ser ameaçada tanto pela Camarilla quanto pelo Sabá, e apesar de sua experiência, estava ficando difícil se livrar deles. Depois de um tempo, mudar-se começou a parecer uma decisão sensata. Após uma rápida pesquisa, New Haven foi o lugar escolhido. Além de sua Senhora já se encontrar lá fazendo algumas pesquisas, a tensão em que a cidade se encontrava era perfeita para que a atenção sobre si fosse totalmente desviada.
New Haven estava imersa em drogas, corrupção, joguetes e intrigas. E que lugar seria melhor para Mikel senão este. Certamente o conflito ainda forte entre Sabá e Camarilla iria tornar-se algo a seu favor futuramente, e isso serviria para acobertar seus estudos e experiências. Em questão de semanas ele conseguiu sair de New York, ocultando seu verdadeiro destino, e se instalar em sua nova cidade, nas imediações da parte central. Em poucos dias já conseguiu ficar a par dos boatos que rolavam a respeito do mundo mortal e vampírico.

Na noite atual
A lua no céu não proporcionava uma iluminação descente, nem as luzes da própria parte portuária faziam este trabalho. Isso não era necessariamente uma coisa ruim para Mikel, que esperava um carregamento de artefatos decorativos de sua terra natal para o seu novo refúgio. Ao lado de um Logan preto alugado, ele via o barco atracar e desembarcar o seu material contrabandeado. Um homem grande e forte traz um carro de mão com três caixas, enquanto outro menor o acompanha, sendo este último o chefe da operação que já havia negociado antes com o Setita.

- Bem, o material está todo aí. – Fala o sujeito baixinho, óculos redondos, cabelos grisalhos e terno marrom - O descarregamento fica a seu critério, eu já tenho contato com uma empresa secundária que pode fazer a entrega sem nenhum problema, só precisarei de um pequeno adicional no pagamento, ou você pode levar daqui mesmo. Os objetos estão intactos e vieram direto do nosso fornecedor, que “pegou emprestado” de um Museu de Esna, como já deve saber.

Durante a conversa, Mikel nota outros caixotes sendo descarregados, mas um em especial chama sua atenção. Dois dos funcionários leva uma grande caixa de madeira escura, de mais ou menos 4 metros cúbicos, e ao passar por ele, Nefertum sente uma sensação estranha, como se uma aura estranha pairasse o local. Ele pode jurar que ouviu um sussurro próximo a sua orelha, algo incompreensível. Seguindo com o olhar, ele vê o caixote ser posto em um grande caminhão vermelho, que em seguida sai guiado por um rapaz barbudo de meia idade.
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Mensagem por Killer Instinct Sáb Fev 01, 2014 12:58 am

Off: Internet horrível. Vou bolar um post agorinha na pressa escrevendo o que der na telha pois esse final de semana acho que não vou poder entrar na internet.

New Haven, Connecticut. Que bela bosta! Foda-se Yale, o lar de todos aqueles republicanos de merda que "comandam" a nação. Eu não dou a mínima para essa cidazinha, afinal sou da "nata" do Queens, onde o sangue de republicanos e democratas fede da mesma maneira com suas promessas falsas e olhares de desprezo. Ou ao menos assim finjo que não dou nenhuma importância, em uma atitude rabugenta e indiferente, mesmo que seja um bom cão do Sabá. E o que o Sabá quer? Cérebro, o que faremos amanhã a noite? A mesma coisa que fazemos todas as noites, Pinky... Tentar conquistar o mundo! E o que Mark pode oferecer? Diga-me, cérebro.
Nat, o bom ratinho no caso era o Cérebro, já eu estava me fudendo qual tipo de rato sou, só sei que não sou mais um simples Rato dos Esgotos servo da gloriosa Torre de Marfim, primeiro sirvo a mim mesmo, de um modo ou de outro, depois como um bom Patriota do Sabá sirvo a Seita e não posso esquecer que entrei nessa também para supostamente ajudar ao Clã.
Seja como for, bem sei que devo ajudar de modo alucinado a causa, retomar essa cidade de uma vez ou ao menos abalar as fundações da Torre, com isso eu já estava ajudando. Fui formalmente "inquirido" a vir para a cidade para observar figuras importantes da cidade, entretanto não era ficar de olho no Xerife ou Príncipe, não, minha tarefa é ficar de olho no prefeito, delegado e até no supervisor do sistema de esgotos. Sei que essa é uma tática mais costumeiramente da Camarilla, talvez por isso fico um pouco surpreso, apesar de ficar um pouco agradado em ter uma chance de dar um jeitinho no supervisor do sistema de esgotos, nós Nosferatu adoramos lidar com esses pelo que ouvi falar...


O líder oculto, esse sim é uma pequena dor de cabeça. Essa dor de cabeça pode muito bem vir a ser um tumor. E não preciso de mais um. Confiar? Sim, isso é até possível. Mas cegamente? Não, de jeito nenhum. Desconfio dessa tática e coço minha cabeça pensando se é algum Lasombra babaca por trás disso.
Mas como bem sabe, um cão obedece. Venho fazendo minhas pequenas tarefas, Samuel Roar agora era o infeliz prioritário de minha atenção. E não posso ser ineficiente, não estou certo? Sempre esperam muito de um fudido Nosferatu, alguns Cainitas pensam em nós como um 007, só que repulsivos, torcidos e pobres. Nada de Aston Martin luxuosos cheios de brinquedos, quando tudo está bem um ônibus é o requinte máximo.
Roger Morgan, um parceiro que provavelmente eu teria um forte envolvimento mesmo se ainda estivesse vivo e fosse ainda conhecido pelo nome de Matthew Martilha veio até esse lugarzinho, não perdi minha chance.
Arrumei com ele por um preço extremamente barato, perto de zero uma câmera digital de última geração para gravar os movimentos dos panacas e ter um meio de ferrar eles caso façam alguma sujeira, afinal uma imagem vale mais do que mil palavras. E ter uma gravação do prefeito saindo com uma travesti pode mudar muitas coisas. Além de um celular pré-pago descartável e simples que talvez vejo necessidade de usar uma única vez.
Entretanto não parei por aí, como um bom amigo meu ele conseguiu para mim uma belezinha, o nome dela é Mark, the Desert Eagle. Com cinco caixas de munição e pentes em troca de cinco notas cinquenta, muito bem colocadas no bolso dele e um sorriso meu na face falsa que uso quando trata com ele. Entretanto bens físicos era o de menos que poderia ter com ele, Morgan veio ficando de olho no safado de dia e logo em pouco tempo descubro que bom Samuel Roar está de fato atolado em bosta, afinal tem uma pequena queda por drogas. Sei que posso conseguir algo com isso, mas não sei se devo agir de modo brutal e rápido ou lento e suave. De qualquer modo, digo para Morgan que talvez tenhamos uma chance




Nat viria daqui umas noites para ouvir o que peneirei até agora. Sinceramente nem faço ideia se fiz um bom trabalho, não sou do tipo autoconfiante... esses tipos geralmente pensam que cagam ouro. Nunca vi um tolete de merda de ouro, os orgulhos cheios de si fazem o mesmo tipo de merda do que os pobres coitados que vagam lobotomizados pelas ruas infestadas de baratas.
Termino de organizar minhas poucas coisas no novo apartamento que irei passar três noites com alguma sorte, evitava ficar mais de três noites no mesmo prédio e agora chegava em um "novinho", bem adequado para tipos como eu, sei bem que não sou o único do Sabá fazendo proveito dessa burrada da Camarilla, ao deixar podridão para todos os lados de uma cidade ela dá bons refúgios para tipinhos como eu.
Tenho alguns pequenos planos para essa noite, um deles é chegar mais perto de Samuel Roar, talvez bater um papo com ele. Além disso quero explorar os recursos que esse lugar decadente tem para oferecer para um malandro linha dura como eu. Fazer parte da Espada de Caim até onde sei não deve limitar minha empreitada.
Deixo algumas roupas atiradas no chão, mesmo que de certa moda organizadas, o lugar é uma obra parada mas quase finjo ser um belo e mobiliado apartamento, vou para onde deveria ser o banheiro e testo a torneira. Olho para o espelho quebrado, admiro com repulsa e algum orgulho para minha aparência.

Em vida, eu era bonito, ou melhor, eu era especialmente belo. Cabelo castanho claro e liso, olhos de um verde capaz de derreter corações e arrancar pensamentos, nariz bonito e reto parecendo de uma estátua de um deus Grego, boca pequena mas bonita e cheia de dentes perfeitos e brancos. O rosto oval, pele morena se nenhuma imperfeição.
Agora? O que vejo diante de mim? Uma criatura delgada, pálida e escorregadia onde antes deveria existir um belo homem com boa constituição física, pele morena invejável e uma pele perfeita. O cabelo ainda existe, mas é um liso feio, um castanho como pelo de rato e sem vida. Os olhos, bem, continuam verdes e bonitos, mas em volta existe uma pele macilenta com veias a mostra de um cinza doentio, nariz um pouco longo demais, levemente torto para cima e para baixo. Uma boca com lábios de um negro parecendo tecido morto, seco e pestilento, dentes divididos ao meio formando vários e vários dentes pequenos, finos e pontudos tingidos pelo tártaro. O rosto oval parece ter crescido, os ossos em baixo deformados avançaram deixando um queixo e maxilar grande e pesado. A pele agora parece um couro cheio de veios onde uma gosma escorre como rios lentos, isso sobre todo o corpo.


Mark - Fale comigo, camarada. Mais feio do que isso, tem possibilidade? Ahhh, com toda certeza sim, garanto que Deus sempre pode deixar tudo ainda mais fudido. - Falo com uma voz grossa, pegajosa e pingando ácido. Voltando para o quarto vou falando. - Hoje teremos uma noite disputada, mas nada que impeça eu de apreciar tudo que New Haven tem para oferecer!

Começo vestir, primeiro enfio uma cueca samba-canção, de excelente seda azul marinho que fede com um cheiro azedo.

Mark - Putas! Quem não gosta de umas putas cheias de crack no sangue?

Pego meias brancas e enfio com brutalidade nos pés grandes com dedos deformados, a pele neles é seca e cheia de veios.

Mark - Um rolê divertido, talvez ir ao shopping. Bancar um "mallrat". Ter o dom da imortalidade está para isso. Certo, adolescentes?

Visto em seguida uma calça cargo cinza escura despojada, leve e cheia de bolsos. Entre sapatos velhos ou novos e vagabundos e tênis prefiro a segunda opção escolhendo um par de tênis de marca que fora descartados, o branco deles já está para um amarelo repulsivo. Sorrindo e sentido meus lábios secos coloco uma camisa preta de uma banda chamada Ramones, ouvi falar, mas nunca ouvi merda nenhuma deles, mas sei que uns neófitos babacas curtem. Para terminar, digo com minha voz mais sedutora.

Mark - Agora sim, a cereja em cima do bolo. Uma bela jaqueta de couro. Sinta o cheiro de couro novo! Com o disfarce certo alguns idiota podem pensar que sou um charmoso rebelde da Ralé. Meninas gostam de rebeldes charmosos, não é?

Coloco uma bela jaqueta de couro usada por um "rockeiro" idiota que quebrei o pescoço em um barzinho de beira de estrada quando vinha para Connecticut, o idiota imaginou que olhei do jeito errado para ele e tentou me encurralar sozinho nos fundos quando eu já estava prestes a seguir viagem. É dois números maiores do que meu corpo retorcido, mas um Nosferatu sempre prefere roupas mais folgadas mesmo.
Após vestir tudo isso arrumo o que vou levar, coloco o  P7M13 no bolso esquerdo, minha faca no direito, uma grana deixo escondido dentro da jaqueta junto com a câmera novinha. Meu novo revólver guardo dentro da jaqueta também, levo dois pentes com munição.


Aparecia falsa:


Crio uma face falsa, a que uso fingindo ser um mortal totalmente diferente de Matthew Martilho, uso a face de Mark, o Malandro. Um picareta barato, mais para feio do que normal, um reflexo fraco e pobre do que Matthew era. Assim que estou adequadamente arrumado para uma noitada, vazo dali, fingindo ser um mortal para os mortais, fingindo ser um Cainita qualquer para os imortais.
Primeira parada, procurar umas putas para aplacar minha Besta. Caminho, quando precisar de um carro roubo um. Vamos explorar North Haven e suas damas da noite!
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Mensagem por HaSSaM Sáb Fev 01, 2014 2:05 am

Nova Iorque fervilhava em intrigas mesquinhas e perigosas. Caiu numa emboscada que quase lhe custou a vida. A medíocre ventrue lhe colocou numa situação e tanta noite atrás. Mas o que fazer? Todos ignoravam que ele, Jack Hunter seria xerife. Todos pareciam ter se esquecido de seus méritos. Por hora o ventrue saiu por cima. Por hora. Mas o destino deu uma reviravolta. Para melhor? Era difícil de se dizer. O príncipe de uma cidade vizinha lhe fez uma proposta um tanto quanto vulgar. Um domínio próprio. Bastava lhe entregar informações e manter o lugar sob as mãos da camarilla. Fácil, certo? Não quando o sabá batia as suas portes e a camarilla tentava agarrar mais territórios do que suas mãos podiam segurar. Patéticos. Mas futuramente promissor. Jack não tinha outra escolha, ou melhor, tinha que segurar aquela oportunidade e ver o que de bom se podia tirar daquilo.

As ultimas semanas foram caóticas em suas noite noturnas. A mudança para uma cidade menor, estabelecer seu ponto de drogas, seus negócios sujos não foi muito fácil, mas a resistência foi mínima, tudo é claro pelo bondosa generosidade do querido príncipe. As coisas andavam normalmente. As mesmas intrigas. Os mesmo planos maquiavélicos da politica de poder que acontece em toda e qualquer cidade da camarilla. Mas ali os peixes eram pequenos. E Agora Jack tinha uma chance de verdade. Talvez a primeira. Talvez a única de subir naquela camada suja e fedida da hierarquia dos membros.

Jack entra no seu carro. A falta de pessoal faz com que ele tenha de fazer algumas das entregas importantes pessoalmente. Nova cidade. Novos negócios. Não podia deixar tarefas importantes nas mãos de terceiros que poderiam colocar tudo a perde. O carro dava partida e partia para a noite escura. A cidade suja e deteriorada por uma disputa obscura e longe dos olhos mundanos. Uma guerra já predestinada pelos antigos. Uma simples guerra de sabá e camarilla.

Da janela do seu carro ele observa a cidade, uma pequena parte dela que mostrava o suficiente para conhece-la. Via um grupo de jovens aproveitando a vida... Com suas drogas? Talvez sim, ou não estariam tão perto. Tinham mais e que aproveitar, fugir enquanto podia daquele sistema opressor que lhe oprimiu no passado. Fuga. Talvez seja o melhor remédio. A janela do carro embaçado pelo aquecedor reflete a imagem que jack usava aquela noite e em tantas outras, mas ele conseguia ver por debaixo daquilo. Conseguia ver o mostro. A fase asquerosa e repugnante. Podia se enxergar. Seus punhos se travam no volante. “Não... Não” mentaliza ele olhando agora para a rua a sua frente. “Eu nunca me renderei a essa monstruosidade...” Seus punhos continuam cerrados, seus dentes trincados. Seus olhos com brilho de dor e ódio. “Eu sempre terei um meio de fugir de minha maldição!”

Seus pensamentos se esvaem por alguns segundos. Já estava chegando em sua casa, mas podia chamar assim somente por um determinado tempo, ate que os frutos que estava plantando ali dessem em algo. Ou não dessem em nada. Não ficaria naquele lugar sujo e esquecido por deus.

Jack desce do carro, ascendia um de seus cigarros e adentrava em casa. O cigarro na boca. Os sapatos sujando o carpete de lama e graxa. O envelope era visto. Mas ele o ignora por alguns instantes, não porque não estava curioso, mas porque poderia ser um truque, uma armadilha, afinal precaução nunca era demais, ainda mais na situação que ele se encontrava ali naquela cidade. Ele caminhava por sua sala. Pegava a garrafa de uísque barato já pela metade e tomava uns goles. Pensativo. Observando todo o lugar para ver se algo estava fora de sua posição. Caso não, voltava para a carta e a chutava. Nada. “O que diabos é isso então!?” Pensa ele já exausto dos truquizinhos dos anciões. “Não era melhor usar um telefone” Ele pega o envelope e o abre.

 Jack o le atentamente, pela forma que desdenha da camarilla provavelmente um sabá. Mas como conseguiu acha-lo? E porque logo ele? Teria outro membro recebido também tal mensagem...? Perguntas que colocava aquela cidade ainda mais em risco. Mas outros pensamentos invadem sua mente. Poderia muito bem se infiltrar na seita sabá e destruí-la de dentro para fora, mas se envolver com aqueles demônios que pregam somente a destruição e a morte seria muito arriscado. Mas tinha de haver uma forma de se ganhar com aquilo tudo. “tem que haver!” Pensa ele adentrando a casa e deixando que seus sentidos se alastrassem em todos os sons. [Auspícios 1].


Jack ia para os Esgotos pela passagem secreta. Agora bastava encontrar o príncipe. Mas tinha que tirar aquele disfarce. Desfazia aquele que usava comumente. E desaparecia dos olhos alheios do lugar. Tinha que ir ao elisio. Um lugar seguro. Um lugar neutro. Um lugar onde o príncipe estaria. Tinha que encontra-lo e juntos bolar uma ideia ainda mais lucrativa. Sim... Se o príncipe aceitasse a oferta de Jack se um espião as coisas poderiam ser muito mais vantajosas. bastava dissimular frente ao sabá e frente ao príncipe. Bastava mentir. Enganar. Persuadir e causar o menor dano colateral a sua existência. A noite estava mal começando, mas muitas coisas já passavam por sua cabeça.
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Mensagem por Baruch King, O Anjo Caído Sáb Fev 01, 2014 12:23 pm

"E Mais essa agora..."

-- Não, não to conseguindo falar com ele faz alguns dias... Espera, daqui a uns 45 minutos to chegando aí... Se isso for uma brincadeira, eu juro que cravo uma estaca de madeira no peito de cada um de vocês e depois diablerizo os dois!

*Andrea saíra de sua cama em direção ao banheiro, tomara um banho quente e em seguida escolhera uma roupa em seu guarda-roupa*

-- Podem ir se quiserem, algo me diz que vou demorar um pouco pra voltar... - Dizia Andrea para as groupies.

As armas de Andrea, que estavam na gaveta da mesa de cabeceira de sua cama, exceto sua Desert Eagle, que estava sobre a mesa, Andrea havia carregado-a algumas horas antes, quando acordara. [OFF: A Desert foi adquirida na cidade, mais precisamente pega de um dos dois oficiais mortos do FBI na estrada que leva ao gabinete pro Príncipe de Las Vegas (Não tenho certeza se alteraram minha ficha adicionando a arma, então já deixo aqui a explicação de onde adquiri tal arma...

Andrea pegara suas armas, As duas Colt M1911, sua Desert Eagle e suas 3 Baliong Knife, e colocara cada arma em um determinado lugar, como de costume.
As Colt nos Coldres que ficavam presos ao cinto de sua calça, em suas costas. A desert eagle escondida no interior de seu paletó. Uma das três balisong ficara no Coldre, junto com uma das Colt, e as outras duas, uma em cada manga de paletó.


Andrea então partira em direção ao apartamento do baterista de sua banda, em seu Mercedes Guardian preto.

"O que será que essa noite reserva para mim...?"
Por algum motivo, Andrea se lembrara de uma música que havia cantado junto com a banda Seether, algum tempo atrás e começara a cantar a música

-- Então ela me disse que tinha uma arma,
E soou como se ela já a tivesse usado uma vez nele
Então ela me disse que tinha uma arma
E soou como se ela já a tivesse usado uma vez, oh cara
Então ela me disse que tinha uma arma
Ela disse que quer usa-la em mim agora...

Letra e Vídeo:
Baruch King, O Anjo Caído
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Mensagem por George Nickson Ter Fev 04, 2014 7:45 pm

Desde que cheguei aquela cidade decrepita um miasma de podridão pairava sobre mim, porém me deixava, de certa forma, renovado, estava cansado do medo que sentia, o perigo estava sempre próximo.

Diante do porto da cidade sentia que haveria um pouco de paz, temporária, mas ainda assim um pouco de paz.

- Bem, o material está todo aí. – Fala o sujeito baixinho, óculos redondos, cabelos grisalhos e terno marrom - O descarregamento fica a seu critério, eu já tenho contato com uma empresa secundária que pode fazer a entrega sem nenhum problema, só precisarei de um pequeno adicional no pagamento, ou você pode levar daqui mesmo. Os objetos estão intactos e vieram direto do nosso fornecedor, que “pegou emprestado” de um Museu de Esna, como já deve saber.

Dou uma olhada para as caixas e reparo no que há espaço para elas no Renault preto ao meu lado.

_ Pode deixar que daqui eu assumo. - minha frase termina no instante que minha atenção é tirada pela entrada de novas caixas em cena, uma em especial que me atiça a curiosidade latente e gostaria de saber onde que aquele caminhão levaria aquele foco do meu interesse. Olho a placa e o motorista, vejo se há alguma logo no veículo para assim saber quem subornar daqui há alguns dias.

_ Foi um prazer fazer negócios com você. Espero utilizar seus serviços em breve.

Entro no Logan, ajusto o espelho e enquanto me afasto dou leves olhadas para ver o baixinho contrabandista que deixei para trás. Estranhamente, com a sensação que tive da caixa, percebo que meu período de paz foi menor do que eu gostaria.
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Mensagem por Fox Qui Fev 13, 2014 10:26 pm

Jack Hunter

O vento frio que vem do leste quase apaga o fogo do isqueiro. O cigarro à boca lhe dava um ar de descolado, ao menos para aqueles que viam o que Jack queria que eles vissem, porém não são muitos os olhos nas ruas a esta hora da noite. Ele usa as mãos para que a chama continue acesa e leva-a até a ponta do cigarro. A nicotina, ainda que em menor escala, produz uma sensação de prazer em seu corpo, mas, como tudo na vida de um vampiro, não se compara ao gosto do vitae escorrendo por seus lábios e à sensação de cravar suas presas no pescoço indefeso de alguém. Dois tragos são dados antes que ele entre em sua casa e veja o envelope. Jack era um “macaco velho”, e velho o suficiente para desconfiar de tudo e qualquer coisa. Ele percorre a sala até uma garrafa de uísque. Seu vício em vida mortal ainda permanecia depois de todos esses anos. Ele passa o olho pelos diversos cômodos da casa e nada de anormal reflete em sua vista. Novamente percorre o caminho de volta até a carta. Ainda com a garrafa em mãos ele dá um chute e nada acontece. Um pouco espantado por alguém querer lhe mandar uma mensagem, o Nosferatu abaixa-se e cata o papel. Um pouco vintage demais, entretanto hoje em dia tem muita gente que gosta desse tipo de coisa.
A mensagem revelava que ele não mais permanecia incógnito. Sua estadia em New Haven estava ameaçada. Dúvidas e mais dúvidas pairavam sua mente. Mas em poucos segundos, dúvidas se tornaram planos. Na cabeça maquiavélica de Jack, essa era uma ótima oportunidade, a qual ele sonhava em tempos. A ideia de se tornar um agente duplo dentro do Sabá parecia ser um pouco arriscada demais, mas de alguma forma valeria a pena. Ele imagina o prestígio que ele ganharia e as regalias que lhe seriam entregues se esse esquema maluco desse certo. Animava-se e partia em direção aos esgotos, e posteriormente ao Elísio. Seus sentidos apurados pelo poder do sangue lhe deixam mais seguro. Sua casa está em silêncio. Uma torneira gotejando e o som da geladeira são os únicos barulhos. Antes de adentrar na passagem de metal feita no porão de sua casa que leva até as galerias subterrâneas foi possível escutar uma sirene de polícia passando.
Nos esgotos, nenhuma novidade. No entanto, o cheiro agora era mais forte, quase insuportável. “Uma ironia de merda”, ele pensa. Com esforço, Jack tenta suportar o fedor e continuar pelas galerias de concreto, mas alguns passos a frente são o suficiente para mostrar-lhe que não conseguiria continuar mesmo se quisesse. Seu próprio olfato apurado combinado com o que o Auspícios o concede lhe dá uma explosão sensorial, que não é nada agradável dado o local onde ele está. Para continuar o seu caminho ele tem de abrir mão do Poder do Sangue por hora. Caminhando pelas galerias, Jack passa por bueiros e aberturas de metal, dos quais alguns escorrem um líquido sujo. Mesmo distante dos olhares alheios, ele ainda se mantém cauteloso. Seu estado atual e sua experiência não o permitiriam ser menos que isso. Conforme os passos continuam as paredes estreitam-se e alargam-se, e baratas e poucos ratos são os únicos seres vivos com os quais Jack se encontra. Uma escada de metal a direita o leva para um andar superior da galeria, o qual normalmente é usado por funcionários durantes as manutenções. O chão ainda é de concreto, embora haja uma espécie de corrimão de metal que percorre o caminho.
Após minutos de caminhada, o Nosferatu para instintivamente ao escutar algo ao longe. A estrutura dos esgotos traz o som distante, mas, embora não possa ser compreendido, pouco a pouco ele vai se aproximando. O eco das paredes revela não uma mensagem, mas um grito que fica cada vez alto. Com a cabeça sobre o corrimão de metal, Jack pode ver uma criatura surgindo de uma bifurcação a frente, na parte mais baixa. Um manto negro saltitante esconde a identidade do emissor de um grito de dor e agonia. Pode-se ver que a criatura corre em desespero, e metros após o ponto de seu aparecimento, ela tomba, espalhando a água suja que corre pelo chão. De cima, Hunter vê, agora descoberto do manto negro, um rosto grotesco assim como o seu, com orelhas e queixo minúsculos, sem cabelos, bochechas avantajadas e coberto com uma pele enrugada e seca. Desesperado ele joga a água fétida sobre sua face, que parece estar sendo derretida por algo.
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Mensagem por Fox Qui Fev 13, 2014 10:29 pm

Andrea Scabbia Ferro

Após desligar a ligação, Andrea se prepara para sair. Seus simples costumes mortais ainda permanecem mesmo após o Abraço. Ele toma um banho, se veste com uma camisa cinza de seda, calças jeans e um paletó preto, ficando no fim com um visual mais jovem. Ajusta o coldre e todas as suas armas sob o paletó, se despede de suas “fãs” e sai pelo elevador. No subsolo ele se dirige até o seu Guardian e então sai pelas ruas de New Haven. Apesar de movimentada, o transito da cidade não é caótico como o de outras cidades grandes, além da hora ser propícia para se sair no carro. Andrea agora vê de perto o que avistara do seu apartamento, as luzes, letreiros e etc. Sua mente meneia sobre o que a noite guardava para ele, já que monotonia não era algo corriqueiro. No entanto, depois deste instante de devaneio ele volta a se focar no seu objetivo agora. Alguns minutos são necessários pra ele chegar até o prédio onde Drake estava hospedado. Na porta do não tão luxuoso saguão seu outro companheiro de banda o espera. Ele espera a aproximação e então fala em voz baixa:

- Eu não falei nada à direção do prédio e é melhor deixar assim, só vem comigo.

Os dois pegam o elevador e sobem até o sétimo andar. Passam duas portas para o lado esquerdo do corredor sem janelas até chegarem ao apartamento 704. Nick, o baixista, pega uma chave no bolso da frente de sua jaqueta, remove a placa de “não perturbe” que está pendurada na maçaneta e abre a porta. O interior do local está uma bagunça, roupas e objetos jogados por todos os lados, portas escancaradas, malas reviradas, sofás virados de ponta-cabeça, geladeira, frigobar e guarda-roupas todos abertos. Obviamente, ninguém além deles devem ter visto a situação devido ao aviso na porta, mas alguém que não Drake deve ter entrado no local e feito aquilo tudo.

- Foi assim que eu encontrei, ele tinha deixado uma chave comigo, não sei porque. Ainda não mexi em nada, liguei pra você assim que vi isso.
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Mensagem por Fox Qui Fev 13, 2014 10:34 pm

Matthew Martilho

A noite mal começa e uma enxurrada de pensamentos ronda a mente de Matthew. A cidade, o Sabá, seus objetivos pessoais. Tudo se chocava e se interligava na mente gosmenta do Nosferatu enquanto ele pacientemente organizava suas coisas no seu mais novo refúgio. Paredes mal acabadas e caindo aos pedaços, falta de iluminação, poeira por todos os lados, mas para Matthew aquele era um palácio. Algumas roupas jogadas no chão fazem o local parecer realmente seu. Ele se encaminha até o banheiro e por incrível que pareça constata que o sistema de água funciona no local, mas não seria nada esperto sair esbanjando. O que o pessoal do Sistema de Distribuição de Água pensaria se visse um grande consumo em um prédio “abandonado”? Ele banha sua face com a água da torneira, para depois contemplá-la no espelho sujo e trincado a sua frente. Ele se vê com um olhar de repulsa e pena, mas orgulho, não da aparência, mas da imortalidade e dos benefícios com os quais ela veio. Ainda existia alguma saudade é claro, da beleza que outrora tinha, mas isso não voltaria nunca mais. Agora o importante era viver sua não-vida sem se importar com o passado.
Matthew começa a se vestir e pegar seus pertences enquanto fala com ele mesmo. Embora sua vida tenha se esmaecido anos atrás, seu bom humor e sua personalidade singular ainda permanecem intactos.

- Fale comigo, camarada. Mais feio do que isso, tem possibilidade? Ahhh, com toda certeza sim, garanto que Deus sempre pode deixar tudo ainda mais fudido. - Falo com uma voz grossa, pegajosa e pingando ácido. Voltando para o quarto vou falando.

- Hoje teremos uma noite disputada, mas nada que impeça eu de apreciar tudo que New Haven tem para oferecer!

- Putas! Quem não gosta de umas putas cheias de crack no sangue?

- Um rolê divertido, talvez ir ao shopping. Bancar um "mallrat". Ter o dom da imortalidade está para isso. Certo, adolescentes?

- Agora sim, a cereja em cima do bolo. Uma bela jaqueta de couro. Sinta o cheiro de couro novo! Com o disfarce certo alguns idiota podem pensar que sou um charmoso rebelde da Ralé. Meninas gostam de rebeldes charmosos, não é?

Após terminar sua preparação, ele está pronto para seguir sua noite em New Haven. Putas, drogados, confusões, quem sabe o que o espera naquele lugar. Como já é costumeiro, ele toma a aparência de Mark “O Malandro”, um sujeito meio estranho de longos cabelos castanhos, cavanhaque e olhos fundos. Identidade essa que já era conhecida em alguns lugares, já que era a que Matthew usava em todos os seus negócios no “mundo lá de cima”, como alguns de seus irmãos chamam.
A discrição de sua saída é auxiliada pela quase nula iluminação das proximidades do prédio. O caminhar pelas ruas da parte norte de New Haven é monótono à primeira impressão. Poucas pessoas, ruas sujas e fedidas, poucos lugares pra visitar, mas olhando atentamente Mark percebe que este é o lugar perfeito. Ele passa por becos onde grupinhos de adolescentes usam drogas, passa por fornecedores já conhecidos na área, até que chega a seu primeiro ponto de parada, putas. No entanto, contrastando com todo o ambiente da parte norte da cidade, o Nosferatu se depara com um estabelecimento no mínimo requintado. À primeira vista, o local parece uma casa de strip, mas Mark lembra ter ouvido de algumas bocas que este é o lugar que tem as melhores putas de New Haven. Além disso, o estabelecimento é conhecido pela qualidade e pela discrição, e tem o nome de Happy End, que aparece num pequeno letreiro. A sua chegada já desperta os olhares de algumas mulheres que estão do lado de fora, vestindo tops apertados e saias provocantes. “O Malandro” pensa se não poderia conhecer o lugar por dentro, antes de começar suas diversões.
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Mensagem por Fox Sex Fev 14, 2014 12:24 am

Mikel Nefertum

A brisa do mar toca o rosto de Mikel enquanto ele conversa com o fornecedor. A calmaria do mar lhe dava a falsa sensação de paz naquele local. Mas em poucos instantes sua atenção toma outro rumo, este que dava a sensação de que a paz em que se encontrava não iria durar muito tempo. Mesmo com a iluminação precária, ele consegue enxergar a placa do grande caminhão enquanto ele é carregado: CTS 34065. Além disso, uma pequena logo na parte de trás da jaqueta do motorista indica que ele trabalha para uma empresa, Transportadora Janeiro, embora Mikel não a conheça. O Setita tenta observar mais alguma característica no motorista, mas o boné preto e a grande barba escondem qualquer coisa além das roupas surradas que usa.
Tendo memorizado os dados, Mikel se volta para a conversa inicial. Ouvindo sua resposta, o sujeito baixinho dá um estalo com os dedos, e após isso seu subordinado começa a ajustar cuidadosamente as caixas no porta-malas do Logan.

- Garanto que foi um prazer mútuo. Você tem meu número. Espero a segunda parte do pagamento até o fim da semana. Passar bem.

Mikel entra em seu carro ainda mantendo o olhar no baixinho. Ele, por sua vez, gesticula e emite palavras de ordens para os brutamontes que continuam a carregar e descarregar mercadorias rapidamente no barco. A noite mal começava, mas revelava muitas coisas. O Seguidor de Set dá a partida em seu carro e sai na direção norte, ainda é possível ver o caminhão de minutos atrás, mas ele vira num cruzamento, saindo do campo de visão. Agora ele tinha a noite a sua frente, lugares pra visitar, coisas pra fazer, uma cidade inteira para explorar.
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Mensagem por Killer Instinct Sex Fev 14, 2014 6:32 pm

Trilha:

Percorro ambientes decrépitos, sem vida e escuros, parece que esse é o único caminho que resta para um Cainita, especialmente um Nosferatu. Em vida, decrépitos eram também muitos dos ambientes em que percorria, mas não eram sem essa falta de vida, tudo sempre parece cinza, preto e branco. O cheiro de suor e borracha queimada fazia parte do Quenns, existia vida por todos os lados, vida fedida ou não.
Mas essa é a não-vida, não importa que alguns pensem que percorrer salões dourados cheios de veludos ricos e sedas raras muda o fato do que são, já tinha visto em demasia essa hipocrisia e desespero cegante na Camarilla. Farsas do pior gosto, do qual os Nosferatus não são levados, é um caminho mais perigoso do que qualquer outro.
O lugarzinho é um nicho natural apesar de tudo, encaixa com minha imunda personalidade. Viciados em seus cantos, perfeito. Poderia ser melhor, caso o que eles estivessem usando tivesse sido mercadoria minha. Os fornecedores também estão incluídos, em outros tempos tinha eles em abundância. Conheço bem o jeito deles, seus métodos, pois como de costume comecei como um e fui galgando as escadas para o chamado sucesso...
Passo perto, atento ao detalhes, sem piscar por um segundo qualquer, observando eles, não deixo levar pela ignorância, tenho certeza nos dias de hoje que  em meus tempos enquanto eu fazia o mesmo um Membro ou outro passou por mim, viu um saco de sangue e nada mais, afinal quando fui abraçado foi por motivos emocionais e cruéis, nada além disso, nenhum interesse em um rapaz bonito que tinha experiência nas ruas.

Ouçam, seus merdas, seus babacas. Tá aqui um homem que não vai aturar mais. Um homem que enfrentou a escória, as vadias, a sujeira, o lixo. Tá aqui alguém que reagiu.

Observo o um puteiro no qual já tinha ouvido falar, requintando levando em conta todo o ambiente em volta. Exatamente como as putas ali dentro, um exterior supostamente bonito, mas escondendo dentro de si todo tipo de devassidão, doença e podridão.  
Farejo o perfume barato e sujo, observo simpaticamente as "moças" do lado de fora, mas pelo que ouvi do lugar talvez deva ser mais ousado, entrar no lugar, arrumar uma das meninas e fazer o que quiser com ela. À pé, prefiro assim, mas sei que cedo ou tarde o uso de um carro vai ser necessário. Para alimentações rápidas, contar com os pés sem compromisso nenhum é o melhor, mas para jogadas mais ousadas exigem certos adereços. Mas como o lugar tem seus cantinhos, sei que existem outros meios.
Entro, observando sempre. Não desejo ter que lidar com câmeras de vídeo ou seguranças babacas. Reparo e anoto mentalmente cada detalhe do novo ambiente. Quantos mortais ali, quais são machos e quais são fêmeas. Segurança, saídas e aparelhos eletrônicos. Assim que tenho certeza que não existem câmeras, adentro mais no lugar, observo as moças da casa, reparo em cada detalhe, um pouco avido. Por sangue e por começar uma nova ascensão. Irei colocar o nome da cidade à prova, ver se consigo minhas recompensas ali após meu abraço. Também vou testar o nome do puteiro.

Happy End? Veremos...
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Mensagem por Fox Seg Fev 17, 2014 12:49 pm


Mark o Malandro

As ruas escuras transpostas pelo Nosferatu são deixadas pra trás em um instante. A cada viela e beco escuro ele vê parte da sua vida, apesar das diferenças. Mas agora isso não importava, pelo menos não enquanto ele tivesse bundas para apalpar e pescoços para morder. Era algo simples e fútil, mas para ele é como a não-vida deve ser vivida, diferente daqueles que vivem em palácios de mármore e tomam sangue em taças de ouro. No fim não passa de uma hipocrisia imunda. A Camarilla era uma imagem disso: bestas sanguinárias sentadas discutindo política como lordes e reis. É tanta merda de boi que quase não se consegue respirar direito.
Finalmente, Mark chega a sua primeira parada. Do outro lado da rua ele pode ver o prédio bem acabado com o letreiro brilhante. Não é algo luxuoso, mas o ambiente ao seu redor o faz parecer. De longe ele observa dois homens chegarem. Os dois trajam ternos pretos desabotoados, como se tivessem saído de alguma festa. Um dos dois, o mais alto, de cabelos loiros e óculos escuros, solta uma cantada para as duas garotas que fumam e conversam na lateral do estabelecimento, enquanto o mais baixo, de cabeça raspada e pele negra, apenas ri e continua andando. Os dois chegam à porta e são recebidos por uma garota de longos cabelos castanhos e roupas provocantes. Ela abraça ambos pela cintura e entra, logo após isto, outra garota chega e fica à porta.
Mark, com todo o seu gingado, atravessa a rua e vai até a porta. A garota de aparentemente 25 anos sorri com sua aproximação. Seus lábios são finos, com um batom rosa claro, e seus dentes brancos como o leite. Seus olhos verdes lhe dão um tom de sensualidade, junto a seus cabelos ruivos que cobrem parcialmente seu decote. Ela fala com uma voz suave, denotando um sotaque aparentemente italiano.

- Boa noite. Seja bem-vindo ao Happy End, onde seus sonhos e prazeres se tornam realidade. Mio nome é Mara. Queira me acompanhar. – fala ela com voz eloquente, antes de envolver a cintura de Mark com seu braço esquerdo e adentrar a porta.

A luz baixa combinada com o tom fosco, mas colorido, das paredes dá ao local um ar paradisíaco. À frente, escuta-se uma música tocar baixa. O seguidor segue por alguns metros com uma porta principal à frente e uma secundária à direita. Após alguns passos a mulher continua.

- Não sei se é sua primeira vez em nosso estabelecimento, mas nosso lema é qualidade e discrição. Presamos também pelo conforto e segurança, por isso requisitamos que todos os nossos clientes guardem pertences como aparelhos eletrônicos ou qualquer tipo de arma antes de ter acesso ao salone principale e aos quartos. – ela indica a porta a direita.

Mark vê a pequena sala com um rapaz branquelo e careca sentado em uma cadeira com fones de ouvidos e um aparelho detector de metais no seu colo. Ele entrega-lhe uma chave com o número 101 e o indica a uma nova sala, a qual contém vários cofres enumerados. O Nosferatu não se sente muito confortável se desfazendo das suas coisas, mas provavelmente todos tiveram que fazer isto e não seria nada sábio tentar enganá-los. Após guardar seus pertences e retornar para a primeira sala, o rapaz faz um procedimento padrão de vistoria. Terminado tudo Mara finalmente o leva ao lugar principal do Happy End.
Mark entra no salão acompanhado, com os olhos atentos. Ele era cauteloso, mas o ambiente lhe deixava mais tranquilo. O som de Jazz leve é a primeira coisa chegar aos seus ouvidos, emitido por um aparelho de som conectado a um Jukebox a um estilo bem clássico. Ele observa o teto, do qual as lâmpadas emitem luzes fracas, e constata que não há nem sinal de câmeras. O salão é grande, com vários sofás e poltronas. Alguns detalhes de madeira nas paredes e nos móveis dá um tom mais rústico, mas belo no ambiente. Mark caminha lentamente, observando cada pessoa e cada detalhe. Um lustre de cristal pende do teto sobre um palco, o qual tem três plataformas. Em cada um delas há um poste, nos quais garotas dançam sensualmente com os seios desnudos. A do centro, uma asiática com belas pernas, faz mais sucesso entre os clientes, normalmente homens de meia idade, entre 20 e 40 anos. As dançarinas balançam com maestria enquanto sorriem provocantemente, embora o Nosferatu note que essa felicidade é só externa, apenas para mascarar o nojo e a tristeza que sentem por dentro.
Mark continua a passar o olhar pelo local e conta dez homens ao todo, dois dos quais ele já havia visto lá fora, todos vestidos de forma semelhante, provavelmente clientes, fora o barman, um sujeito com cara de boa pinta que prepara drinques no bar que fica do lado oposto do palco. Fora as três garotas no pole dance há mais dez mulheres, contando a sua acompanhante. Metade delas acompanham clientes, uma está sentada no balcão, e as outras quatro servem bebidas e petiscos. Nos fundos à esquerda, há duas portas de madeira, e próxima dela uma escadaria circular que leva ao andar de cima. No bar também há duas portas, que provavelmente levam ao mesmo lugar. Ao lado, próximo aos assentos há uma máquina de cigarros.

- O senhor ainda deseja minha compagnia enquanto aproveita o local? – ela aproxima seus lábios do ouvido de Mark – Garanto que não vai se arrepender.
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Mensagem por Killer Instinct Seg Fev 17, 2014 7:54 pm

Vejo antes de mim dois sujeitos entrando no lugar, não sou levado pelas aparências, os dois podem ser do Gado, talvez filhos do papai ou simples caras apesar de uma leve pinta de "perigosos". Por outro lado, podem também ser Cainitas, lugares decadentes atraem nosso tipo, e não tenho ilusões que apenas Sabá caçam em lugares assim.
Uma mulher bela, talvez indo além de atraente recebe-me, novamente não sou deixado levar pela sua carne e máscara. Apenas o sangue dela interessa, e nem todo sangue é confiável. O meu mesmo não é horrivelmente perigoso? Não falo meu nome, caso eles apreciem descrição não sou obrigado falar nada, nem mesmo proferir um nome falso.
Só não espero ter cometido um erro vindo até esse lugarzinho, poderia ter me virado muito bem pegando uma puta qualquer na rua. O quão fudido posso ficar? Vejamos, só espero não ter que soltar os cachorros
Não gosto do toque dela em mim. Nunca gostei muito de ser tocado, nunca fui do tipo que é fatalmente atraído por uma buceta. Desde pequeno, sempre existiram outras coisas mais importantes do que o prazer da carne. Um morto-vivo feio como eu no máximo pode simular algum interesse pelos peitos e coxas fartas de uma mortal. Não vejo hora de sentir o sabor do sangue em meus lábios secos e negros. Sinto gosto ruim no fundo da garganta, o doce rubro poderia cuidar disso muito bem. Sorrio enquanto vou acompanhando ela, observando o ambiente e sentindo o toque dela. Como ela iria reagir caso soubesse o tipo de homem em que está colocando as mãos e andando tão colada? Aposto que primeiro iria gritar, depois pular longe e em terceiro lugar vômitar.

Escuto ela falando que tenho que seguir suas regrinhas, dou um sorriso compreensível para ela enquanto imagino o qual "ruiva e sensual" ela poderia ficar uma vez que eu esmagasse a cabeça dela até virar uma polpa sangrenta e todo o sangue corresse pelas suas curvas femininas. Pisco e digo com minha melhor voz, empática e carismática.

Mark - Entendo perfeitamente, mas tenham cuidado com meus bens, tenho mais o que fazer pela noite e meus amigos podem criar gosto em visitar esse lugar caso eu aprove.

Entrego tudo com frieza e um leve ar de importância, tudo parte de um jogo para eles temerem perguntarem coisas erradas sobre quem sou e os motivos de sair por aí com esses brinquedos caso botem os olhos curiosos enquanto vou guardando no cofre 101. Meu primeiro erro. Demente eu fui, por vim até esse lugar quando deveria ir em outros lugares, nunca antes saí por aí como um cão doido carregando tantas porcarias. Devia ter pegado um viciado ou uma puta solitária na rua.
O ambiente principal toca um jazz pouco chamativo e cafona. Espelhos e luzes vagabundas por todos os lados, o salão é grande, com vários sofás e poltronas com talvez algumas mancha suspeitas, penso que já estive em lugares mais limpos. Nem todo túnel sob a cidade é cheio de fezes e xixi. Mas todo puteiro tem porra seca...
O strip já rola, três plataformas para os clientes escolherem entre três putas para deitar seus olhos. Já conheci algumas stripers antes, gostavam de droga fina, julgavam estar à cima de qualquer puta comum, muitas cobravam preços abusivos apenas para serem vistas enquanto outras das putas comuns cobravam barato para ter todos os buracos preenchidos. Entretanto elas ganham muito, tem mais tempo livre e podem ser úteis para mim. Preciso de uns trocados e de olhos novos.

O sorriso das belas dançarinas é tão falso como os meus, mas os delas são tristes. Procuro selecionar alvos, talvez dez homens ou mais ali com esse tanto de mulheres, não sinto o mesmo que os bacanas em volta e com isso olho mais atento para outros detalhes além de seios falsos balançando. Mara, esse era o nome que a ruiva dissera ser seu, continua próxima de mim, penso que fazer qualquer coisa com ela é muito chamativo, por isso dou um relance rápido procurando uma mulher bonita [Aparência 3] sem ser exatamente a melhor entre todas presentes não desejo ser tão chamativo em minha escolha, com jeito mais solitário e menos impetuosa também caí bem, não desejo alguma mulherzinha que possa ferrar comigo.
Caso não consigo ver nenhuma que julgo ser o que desejo, falo com uma voz carismática e levemente sedutora para Mara.


Mark - Mara, você é um encanto, entretanto procuro algo além de uma simples dança, entende? Mas não sei se uma mulher como você disponha de tempo para alguém como eu, obviamente você é a joia desse lugar.

Escuto ela, deixo ela revelar o máximo possível. Olho para ela o tempo todo prestando atenção para cada detalhe dela, sua pele, porte, jeito de mexer, o perfume e suas veias onde corre vitae. Não quero levar a mulher errada, não vale à pena ter que lidar com alguma cadela problemática que não tenha nada para oferecer além de problemas.

Mark - Trabalha nesse lugar há muito tempo? Onde podemos ir para desfrutarmos de ainda mais privacidade, apenas eu e você, bela Mara.

Caso goste do que noto e ela concorda, deixo ela levar-me para um quarto, onde poderei fazer o que quiser com ela com calma...
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Mensagem por Baruch King, O Anjo Caído Qua Fev 19, 2014 9:46 pm

OFF: Primeiramente desculpe pela demora, mas tive alguns problemas com a internet e o computador, além do fato de estar meio sem tempo, mas acho que agora já da pra postar pelo menos uma vez por semana...

"Puta que pariu... Bugsy, aqueles merdas do FBI, e agora mais essa... Puta que merda, e eu até alguns minutos atrás estava quieto..."

-- Tah, e o que você quer que eu faça? Sou músico, não investigador... Mas, vamos lá né... Fazer o que?

*Andrea sacara sua Desert Eagle carregada, e indicara para que seu companheiro entrasse primeiro.*
-- Faça as honras...
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Mensagem por Fox Sex Fev 21, 2014 9:36 pm

Mark o Malandro

Desprovido de alguns de seus pertences, Mark adentra o grande salão. Seu olhar segue com atenção todos os presentes. Ele nota os olhares lascivos dos clientes, que babam como se estivessem em frente a um prato suculento. Esse fato em si já era irônico, já que para o jovem Nosferatu, as garotas realmente não passavam disso. A meia luz do local, assim como o som, não o distrai de sua usual atenção. A desconfiança era uma das coisas que tinham mantido Matthew vivo, ou não-vivo, até então, e isso não iria se despregar dele tão fácil. Ele procura por rostos conhecidos ou mesmo incomuns, não seria estranho se outro Membro utiliza-se o local da mesma forma. Dois homens vestidos menos formalmente parecem familiares: um cara magro alto, cabelos castanhos penteados para trás, de calças jeans e uma camiseta havaiana aberta; Outro de cabelo quase raspado, alto e musculoso, de camiseta e calças pretas com correntes e joias em volta de pescoço. Mark reconhece os dois como agentes do tráfico de New Haven, levemente conhecidos por aqueles que já estiveram no ramo. Ambos acompanhados, bebem, trocam carícias com as garotas e em alguns momentos conversam entre si. No mais, só playboys quaisquer querendo foder uma boceta.
Por um momento Mark percebe que sua preocupação em demasia não passa de paranoia. Sua entrada no local pouco chamou atenção, e dificilmente sua imagem falsa seria reconhecida. Ele então decide ser preocupar com a sua alimentação. Mara, que a cada momento aproxima seu corpo ao dele, começa a despertar a fome. Seu sangue pulsando de suas veias parece suculento. Ainda agindo com cautela, o Nosferatu desenha mentalmente um perfil de garota para ser seu alvo. Embora seja perspicaz, ele conclui que sua melhor opção é a mulher ao seu lado.

- Mara, você é um encanto, entretanto procuro algo além de uma simples dança, entende? Mas não sei se uma mulher como você disponha de tempo para alguém como eu, obviamente você é a joia desse lugar.

- Está enganado se pensa que meus atributos se limitam a dança. – ela mostra um largo sorriso – Não gosto de me gabar, mas não sou igual a essas garotas que precisam ir ao palco para conquistar os olhos de alguém. E sei que você percebeu isso. A gente pode ser divertir muito hoje, é só me dar uma chance.

Apesar de tudo, Mark não pode negar o charme da garota a sua frente. Sua pele clara sem manchas ou marcas, seus olhos verdes, sua fala com sotaque e até seu cheiro suave de violeta são conquistadores, apesar do monstro que a analisa. Embora tenha belas curvas distribuídas em mais ou menos um metro e sessenta de altura, ela não faz questão de mostra-las abertamente, lhe dando um jeito mais sensual do que vulgar. Apesar do ambiente, sua fala não demonstra remorso, falsidade ou tristeza.

- Trabalha nesse lugar há muito tempo? Onde podemos ir para desfrutarmos de ainda mais privacidade, apenas eu e você, bela Mara.

- Trabalho aqui há quase um ano, desde quando vim da Itália.
– Ao escutar a proposta ela segura a mão de Mark e o puxa em direção das escadas, dando uma olhada pra trás e um pequeno sorriso – Achei que não fosse convidar. Vamos comigo. Só preciso pegar a chave.

Mara leva-o até as escadas e pede para aguardar. Ela entra em uma das portas de madeira, e volta depois de alguns segundos com uma chave dourada em mãos. Os dois sobem as escadas circulares até chegarem a um corredor com várias portas no primeiro. Eles caminham por mais ou menos quatro metros até a porta destinada. Antes que entrem, uma porta do outro lado abre e de lá saem um casal: uma garota de longos cabelos loiros e olhos cansados, e um sujeito baixinho fazendo o estereótipo asiático. O quarto não é espaçoso, mas é limpo e bem cuidado. Há uma grande janela fechada, uma cômoda, um closet e a cama. O closet e a cômoda são de frente para a cama, e a janela à esquerda.


Mark o Malandro:
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Mensagem por Fox Sex Fev 21, 2014 9:42 pm

Andrea Scabbia Ferro

- Tah, e o que você quer que eu faça? Sou músico, não investigador... Mas, vamos lá né... Fazer o que?

Nick olha com uma cara de reprovação para Andrea.

- Eu sei porra. Só chamei você porque achava que devia saber. Mas beleza, eu vou mostrar como tá o apartamento. Se quiser ajudar depois é com você. Mas se aconteceu algo com o Drake pode me considerar fora da banda e dessa cidade. Não vou me arriscar ficando mais tempo aqui, e quero ver você fazer as apresentações que ainda estão agendadas sozinho.

Já irritado ele se dirige para a porta e vê que Andrea sacou sua arma.

- O que você está fazendo? Tá maluco? Guarda isso aí. Eu já olhei o apartamento antes, não tem ninguém. Guarda logo essa merda antes que alguém veja e suspeite de algo.

Depois do esporro, os dois entram no apartamento. Logo na entrada, próximo a um sofá, há uma mala grande aberta. Várias roupas e calçados estão jogados ao redor dela, mas dentro não há nada de útil. Uma das poltronas da sala está virada de costas. O lugar é inteiro bem espaçoso. No quarto, a roupa de cama está jogada no chão e um dos colchões está fora do lugar, além de novas roupas e uma mala de rodas reviradas também. Andrea vê que próximo ao telefone, numa pequena cômoda, há um papel meio amassado. Ele levanta-o para poder ler e constata que é um dos convites para a apresentação no Shubert Theater, entretanto, também é possível observar que as bordas do papel estão levemente sujas de sangue. Andando um pouco mais pelo local, o Ventrue vê também que todas as portas estão todas escancaradas, além de geladeira frigobar e guarda-roupa estarem todos da mesma forma, no entanto, esse último está completamente vazio. Ele pensa um pouco e conclui que se as malas estavam arrumadas antes disso acontecer e o guarda-roupa vazio, quer dizer que Drake estava pronto para ir embora.

- Então, algo de estranho além do lugar inteiro? Eu falei pra ele que ele estava andando muito pela parte norte, olha isso que encontrei. Mas se não quiser perder seu tempo com isso, beleza, pode ir embora.

O pequeno papel escrito à caneta mostrado continha um endereço da parte norte: “Rua Ahrington, 122, North”.
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Mensagem por George Nickson Sáb Fev 22, 2014 4:53 pm

Eu me dirigia ao meu refúgio, assim como em Nova York eu tinha uma espécie de quarto do pânico que eu utilizo para guardar meus itens e realizar meus rituais e renovar minha servidão ao Duat. Só que nessa noite apenas deixarei as caixas e irei até a empresa de entregas, olho na carteira para ver se há dinheiro o suficiente para subornar, se não tiver tenho certeza que darei um jeito.
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Mensagem por Fox Qua Fev 26, 2014 9:39 pm

Mikel Nefertum

O ambiente não se pode definir como agradável ao longo do caminho para o seu refúgio, mas é no mínimo aceitável para Mikel. As imediações da parte leste, envolta em drogas, conflitos e pobreza, não contrastam com muito do que ele já viu em New York. As ruas semi desertas ficam livres para que o acelerador do carro possa ser acionado sem medo. Um retorno há mais ou menos cem metros depois de uma passarela é usado para chegar enfim até a ponte que liga as duas partes da cidade. Não é algo bem cuidado, mas ser bonita não era seu objetivo. Logo, as luzes da parte central podem ser vistas ao longe, no entanto, o lugar que Mikel mora não faz parte desse resplendor todo. Um lugar onde a Camarilla pensa que tem controle, mas está tão sujo quanto o resto da cidade. Um lugar perfeito para não ter sobre você olhos alheios o tempo inteiro. As imediações da parte central mostram ser um ótimo refúgio.
A garagem é utilizada, mas Mikel logo iria sair novamente. Com rapidez ele mesmo descarrega os itens guardados em seu carro até sua sala protegida. Realmente aquelas são espécimes de alta qualidade e beleza indescritível. Certamente foi um bom negócio, pensa ele. Mas perder tempo admirando o que conseguira não era seu objetivo esta noite, pois o que foi sentido no porto não foi mera intuição. Ele estava curioso e receoso do que poderia ser aquele carregamento e em que ele poderia lhe afetar. Uma rápida pesquisa em seu computador revela o endereço da Transportadora Janeiro, que era uma das suas únicas pistas. Chegar lá não ia ser trabalhoso. As várias notas de cem dólares na carteira são o suficiente para um eventual suborno, e caso isso não funcione sempre há outros meios.
O transito não colabora, mas em aproximadamente 30 minutos Mikel finalmente chega a seu destino. Entretanto, de todas as coisas que ele esperava encontrar, essa realmente lhe espantou. De longe ele pôde ver as duas viaturas da polícia que estão paradas na entrada da garagem da transportadora com as sirenes ligadas. Com cautela o Setita passa com o carro devagar pelo grande galpão pintado de branco para tentar ver ou ouvir algo. Sentada na calçada, com um casaco preto da polícia sobre os ombros, está uma mulher chorando. Suas mãos e seus cabelos grandes e loiros cobrem seu rosto, do qual descem lágrimas e ouvem-se soluços. Ao seu lado há um oficial de mais ou menos 30 anos tentando acalmá-la. Há uns 3 ou 4 curiosos na rua no momento e aparentemente uns 3 funcionários da empresa que dão depoimentos separadamente. Um grande portão de metal de um dos terminais da garagem está levemente elevado, e dentro do local é possível ver alguns policias observando algo ao chão indicando que o incidente é aparentemente recente. A luz do lado de dentro facilita um pouco a visão, de forma que é possível ver um rastro de líquido rubro ao chão.
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Mensagem por HaSSaM Sex Fev 28, 2014 4:09 pm

Mals a demora 

on:

Tudo podia ser tolerado. A lama de musgo em seus calçados, a companhia de baratas e ratos perpassando assustados pelos cantos escuros e vez ou outra por seus pés. Mas aquele cheiro não podia aguentar, a fragrância de merda estuprava seu olfato apurado, tentou não respirar, mas não era possível, aquele odor pútrido invadia suas narinas, seus lábios quase podia sentir o gosto...  A textura daquela bosta descendo por sua garganta adentro. Concentrou-se no momento, seus sentidos voltaram ao estado normal. Assim era melhor. Não muito, o cheiro ainda estava lá, mas se tornou o menor de seus empecilhos. Continuou seu caminho, agora divagando sobre seus próximos passos.

Não. Ele não podia mudar os rumos daquele embate contra o sabá, e nem mesmo favorecer a seita inimiga caso a oferta fosse boa. Mas ele sabia que podia ganhar com tudo aquilo, sabia que os riscos eram altos, nunca foi de apostas em jogos de azar, mas daquela vez ele precisava apostar em um lado. Precisava fazer suas jogadas... Seus lances, não havia cartas nas mangas, não havia trunfos... Não. Ele não poderia escolher isso sem uma garantia, tinha que ter um bote salva vidas, e nada melhor do que o príncipe pensando que trabalho para ele. Sim, caso fosse descoberto Jack não passaria de um simples espião, e o sabá sabe de sua verdadeira identidade, o que o colocava numa situação arriscada. Riscos... “Nada se ganhar sem riscos?” pensa ele. Se tudo desse certo, as chances eram boas.

Jack sorri, passava a mão pelo metal gelado. Sabia que estava chegando. Não conhecia muito bem aquele tuneis, mas sabia pelo tempo que não deveria ser muito longe. Foi quando ouviu ao longe um grito. “humm” Jack não aumentou os passos nem mesmo sua velocidade, chegou calmamente no momento que o ser estranho se esborrachava na lama de excremento e água pútrida. Não entendia o que o imbecil estava fazendo, mas entendia uma coisa, ali não era seguro. E afinal de contas aquilo não era problema seu, tinha problemas mais importantes para resolver.

Observou por mais um tempo o criatura. Um irmão... Com status? Com influencia? Alguém de importante naquela merda de cidade? Não sabia dizer, deu um passo a frente, o pobre diabo gritava em agonia. Não. Podia abandona-lo. Podia ir embora sem qualquer julgo sobre Jack. Podia se afastar, pois ninguém o observava. Esse era seu estilo afinal de contas, certo? Mas não. Tinha uma chance de poder endividar alguém, coloca-lo no cabresto. O que naquele mundo de merda era tudo que importava. Quantos estavam sob seu comando, sobre seu poder. Dividas... As vezes são uteis, as vezes causam a morre. Mais riscos no final de contas.

Finalmente parava, olhava atentamente para o homem, agora sua concentração era na mente do alvo. Não podia ajuda-lo sem saber o que estava acontecendo. Sua visão era em seus pensamentos a procura dos últimos momentos, a procura do que era aquela merda na sua cara. Acido? Algum inimigo em potencia com truques legais ou simplesmente confusão na qual talvez não fosse bom se envolver. [Auspícios 4]


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Mensagem por Killer Instinct Sáb Mar 01, 2014 2:43 pm

Aqueles babacas ali, são familiares. Traficantes! Novos doces na doceria.
Mas minha atenção em primeiro lugar está voltado para senhorita Mara. Ela responde sensualmente, é bonita, sem dúvida, é capaz de atrair tantos homens. Ela vai servir bem, bonita assim vai demorar para ficar corrompida pelo meu sangue. Mas ela vai gostar de qualquer jeito, suco de leproso é uma delicia segundo dizem, nenhuma Vitae é tão saborosa e cheia de pecados. Ao menos, é esse monte de merda que os outros Nosferatu dizem, cheio de si e que talvez existe algo de bom em seu sangue doentio.

Ela mal sabe, mas fisgar um peixe feio das profundezas como eu nunca é agradável. Agora já era para ela, sorrio de maneira tímida, tudo uma farsa. Deixo ela levar eu, para um lugar mais particular onde podemos encontrar novos prazeres. Pegamos uma chave, fico com ela, primeira coisa é trancar à porta, tento parecer tímido, uma desculpa para alguns dos meus ato por vir, assim como um jeito intrigante de fisgar uma puta. Gargalho por dentro, mesmo ainda sendo paranoico que algo possa dar errado.
Nem sempre Deus vomita e caga em cima do infelizes, algumas vezes ele só mija ou ignora. Vá e faça o que veio fazer, vamos! Não tenho uma noite inteira pela minha frente para fazer o que quiser, logo tenho outros assuntos para tratar. No corredor cheio de portas onde putas e putos fazem de tudo um pouco, vejo um asiático saindo de um quarto com uma loura cansada. Ele deu canseira em você, lourinha? Hahahaah! Coitada, deve pegar muito no batente, talvez vou atrás de você depois da senhorita ruiva. Entro então no quarto, não é grande coisa, não fico nenhum pouco surpreso, mas não ligo para uma coisa frívola como essa. Um quarto grande de nada interessa alguém como eu, ainda mais para o que vim fazer.
Fecho à porta e tranco ela, guardo a chave dentro do bolso da calça. Caminho até a janela, caso esteja aberta fecho ela totalmente. Viro para ela e falo de modo tímido, segurando um sorriso por estar fazendo esse papel de palhaço. Uma coisa posso dizer, não estou mentido... nunca criei um Carniçal ou cheguei perto de criar um laço de sangue.


Mark - Nunca fiz isso antes. - Tento parecer meio desajeitado. Sento na cama, vestido, espero ela sentar perto de mim. - Podemos ficar sentados um pouco? Apenas nos olhando.

Assim que ela sentar, ignoro qualquer besteira que ela possa falar. Toco nas mãos dela, na verdade sem ela notar procuro prender levemente ambas as mãos delas, sem fazer muita força, e olho seus belos olhos verdes, parecidos com os meus, falo de maneira doce.

[Uso Dominação 1 primeiro, então começo usar Animalismo 3 nela. Lembrando que minha natureza é Diretor, talvez ajude na Dominação.]

Mark - Calada, por favor, não quero ouvir nada. Quero apreciar esse momento. - Ainda seguro ela, quase de maneira romântica, caso ela tente levantar, não permito. Uso meu "impulso empático" nela, enquanto seguro. Independente de ter gostado ou não do jeito dela de se portar, preciso dela mansa e quieta no momento, complacente.

Então dou o Beijo nela, uma vez domada ou parcialmente domada pela minha vontade, retiro o bastante (4 PdS), deixo ela apreciar como for possível o beijo. Quando termino, com ela deitada na cama, atordoada, faço um pequeno corte em meu polegar esquerdo usando minha boca, então enfio de maneira lasciva na boca dela, deixando engolir o suficiente.
Espero que goste.
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Mensagem por George Nickson Qua Mar 05, 2014 9:45 pm

Após deixar minhas coisas em casa eu parto em meio ao caos rodoviário fazendo-me atrasar 30 minutos até a transportadora.

O cenário ao qual chego não era o que eu esperava encontrar, talvez se não tivesse atrasado tanto poderia ter chegado antes da polícia e analisado o ambiente eu mesmo. Sei que são corruptos, todos os policiais naquela cidade eu tinha certeza de serem. Mas eu queria falar com um dos funcionários. Será que tinha câmeras?

Infelizmente eu temo que o corpo encontrado seja o cara com o qual eu gostaria de falar, não era de se admirar, seja lá o que tinha naquele carregamento era importante o suficiente para que alguém quisesse manter total sigilo sobre isso.

Assim que um dos funcionários terminar de dar o depoimento vou me aproximar dele.

_ Ei amigo, o que está havendo aqui? - eu já tinha deixado duas notas de cem separadas no bolso da calça para um eventual suborno.
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Mensagem por Baruch King, O Anjo Caído Qui Mar 06, 2014 9:09 pm

*Andrea guardava sua arma em seu coldre, porém não travava o coldre. "Desde Vegas aprendi a me prevenir... Nunca se sabe quem pode aparecer nas sombras..."

- Então, algo de estranho além do lugar inteiro? Eu falei pra ele que ele estava andando muito pela parte norte, olha isso que encontrei. Mas se não quiser perder seu tempo com isso, beleza, pode ir embora.

O pequeno papel escrito à caneta mostrado continha um endereço da parte norte: “Rua Ahrington, 122, North”.

-- Agora que você falou... Vamos a esse endereço ou prefere procurar por mais algo no quarto?
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Mensagem por Fox Qua Mar 12, 2014 10:33 am

OFF - TODOS:



Jack Hunter


Do alto, Jack observa a agonia do ser, enquanto ele busca alguma forma de acabar com o sofrimento. O Nosferatu meneia sobre a possibilidade de ajudar ou não seu pobre irmão de clã. Ele não tinha vínculo algum e nem mesmo o conhecia. Sua primeira atitude seria seguir seu caminho, fingindo que nada aconteceu, mas aparentemente a cidade de New Haven abriu seus olhos para novas oportunidades. Ele sente que a cada esquina uma chance o aguarda. Chance de subir nesta pilha de merda e ter o mínimo de reconhecimento que até hoje ele não ganhou. E esta poderia ser uma dessas chances. Não que ele esperasse muita coisa de um desconhecido, mas qualquer dívida obtida de um ser sobrenatural era algo atraente, principalmente para Jack.
Após segundos de reflexão, Hunter decide tomar uma atitude, mas não sem antes tentar entender a situação. Ele se concentra, enquanto sua mente tenta sobrepujar a do ser a sua frente. O Poder Sobrenatural que fora desenvolvido ao longo dos anos lhe permite acessar a mente do alvo, em busca das memórias mais recentes. São necessários alguns instantes para superar a resistência mental oferecida. Logo, uma série de imagens vai sendo passada como um filme diante dos olhos de Jack. A princípio ele consegue ver com clareza. O ambiente é parecido com o que eles estão agora. Galerias de esgotos, água suja e pouca iluminação. De um bueiro acima, uma espécie de gás começa a surgir e se espalhar. As imagens começam a ficarem turvas. Alguns vultos e sombras podem ser vistos nos arredores, enquanto a movimentação começa. As paredes começam a passar diante de seus olhos. As mãos em sangue são levadas ao rosto algumas vezes. Dois tombos seguidos deixam a água mais escura. As imagens ficam cada vez mais turvas. Os caminhos a frente começam a ficam mais longos. Tudo fica escuro.
A mente confusa e em desespero do Nosferatu a sua frente não permite que Jack busque mais a fundo em suas memórias. Embora ele possa chegar a uma conclusão, as imagens “colhidas” não lhe dizem muita coisa. Olhando para baixo, ele percebe que o seu rosto já está em carne viva, e os gritos de dor aos poucos desfalecem. Sua visão periférica capta uma movimentação numa bifurcação mais a frente. Seus olhos tentam acompanhar, mas só veem água e escuridão. Os esgotos estavam começando a ficar perigosos. Subitamente, um tiro é disparado. Instintivamente, Jack se abaixa, ainda mantendo os olhos no caminho abaixo dele. O outro Nosferatu, com muita dificuldade, levanta-se e se põe a correr, cambaleando para os lados. Seu rosto não parece mais estar ardendo, no entanto, a aparência deixada é horripilante. Segundos após, outra pessoa passa correndo pelo caminho. Aparenta ser um homem, usando um traje totalmente preto com um pano cobrindo o rosto inteiro e portando uma pistola em sua mão. Ele passa com velocidade, de forma que é possível concluir que em pouco tempo ele alcançaria o Nosferatu.



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Última edição por Fox em Qua Mar 12, 2014 10:40 am, editado 1 vez(es)
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