Vampiros - A Máscara
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A Monarquia Da Meia-Noite

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A Monarquia Da Meia-Noite Empty A Monarquia Da Meia-Noite

Mensagem por Morgoth Sex Jul 06, 2012 5:45 am

- O ar do velho mundo...

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A América se tornou a terra das oportunidades, em todos os sentidos. Muitas pessoas enriqueceram, a sociedade mortal como um todo se desenvolveu. E o que dizer da sociedade Cainita nos Estados Unidos? Esses grupos de garotos pomposos. Esses yankees com presas e sangue ralo dominam com sua influência, lábia, manipulação e presença sobrenatural o gado todas as noites, orgulhosos de seus truques como um garoto que se sente homem ao ganhar seus primeiros pelos pubianos, longe demais de nosso criador, longe demais do verdadeiro poder. Não é segredo algum que a América proporcionou uma “vida” fácil para essas crianças. Suas cidades fétidas e inundadas de crimes e doenças se misturam com todo o glamour e riqueza da vida noturna para aqueles que podem desfrutá-la, enquanto que ao mesmo tempo brincam de gato e rato com suas leis, suas intrigas assassinas e suas fofocas traiçoeiras, jogando amigos contra amigos, inimigos contra amigos, clã contra clã... Infelizmente esses filhos de Caim estão acomodados, se esqueceram das antigas terras em que pisávamos, lavando de suas memórias as velhas cidades de nossa ascensão, onde se encontra o verdadeiro poder. Aquele poder adormecido que muitos não conhecem ou não fazem questão de conhecer.

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Norwich nos dias de hoje é uma cidade um tanto tradicional, assim como é a maioria das cidades europeias. A atmosfera britânica aqui é tão densa quanto é em Londres. Mas em meio aos belos parques, cemitérios e castelos assombrados e hospitais abandonados com sua marca de tragédia do passado, o ar de Norwich também mantem oculto em suas entranhas o mal, a degradação e a podridão típica de toda cidade, seja ela grande ou não. Do alto das grandes torres é possível captar com nossos sentidos sobrenaturais as evidências do lado negro de um pacato paraíso europeu. O problema com a imigração tem sido gritante, o que consequentemente aumentou a violência, o tráfico de armas e o tráfico de entorpecentes nas ruas. Se por um lado os típicos e puritanos cidadãos britânicos combatem com mãos de aço tais atividades junto com a eficiente força policial dos mortais, por outro lado alguns outros não parecem se importam. As casas noturnas da cidade são um bom exemplo. Para elas é bom conseguir um “bagulho” fácil e barato para entreter os convidados. Não é preciso dizer também como a Camarilla britânica encara isso. Para eles, um pouco de “Sodoma e Gomorra” na cidade é essencial para que seus negócios, planos e conspirações fluam facilmente. Mas a Camarilla sabe que não é infalível, por mais que ela tente monitorar e controlar tudo com seus punhos de aço. Houve registros no passado dessa cidade que deixaram isso claro. Certo, todos nós sabemos que tudo terminou com uma manobra rápida, pois a desgraçada da Camarilla é rápida em encobertar cagadas. Mas a direção dos ventos muda, assim como a sorte. E se eu estou correto em minha previsão, uma oportunidade para nós logo se aproxima. Uma oportunidade que a Camarilla não terá como evitar. Em breve as coisas serão como antigamente. Em breve as antigas leis reinarão. Muito em breve elas reinarão...

- Carmilla Donoffrio, Regente Do Sabá.

- A Sociedade Sobrenatural Britânica:

- Sir Jeoffrey Lennington:

Reservado, desconfiado e pouco sorridente. Sir Jeoffrey Lennington, um educado Londrino ocupa o cargo de Príncipe já faz três anos. Através de sua liderança, a Camarilla sofreu uma mudança drástica, e agora ela está mais forte e segura do que nunca, mantendo a paz entre os mortos-vivos. Depois que Sir Jeoffrey substituiu o considerado medíocre William Gramen no seu Principado, o rumo da seita progrediu. A Máscara antes constantemente quebrada agora é obedecida de forma rigorosa, membros do Sabá infiltrados na cidade sofreram a morte final, assim como conhecidos Diableristas que fizeram vítimas importantes (como o Ancião Nosferatu). A vinda de Sir Jeoffrey para Norwich foi uma benção para os membros – pelo menos para aqueles que gostam de “viver” em harmonia.

- Donald Jones:

O estimado Xerife da cidade. É conhecido por falar pouco, estar constantemente mal humorado e resolver as situações com extrema violência. Donald é um ex-veterano da força policial do Reino Unido, tendo também frequentado o exército em Bristol, sua cidade natal, o que lhe confere uma vasta experiência com armas de fogo e situações que exigem treinamento tático e de sobrevivência. Ele não se encaixa nos padrões do britânico típico, sendo entusiasta do chumbo e da pólvora ao invés da diplomacia. Sua atitude “atira primeiro, pergunta depois” foi o que causou seu afastamento das forças armadas. Alguns dizem que ele foi um ávido combatente na Segunda Guerra Mundial.

- Billy “The Trickster” Addams:

Billy é o pesadelo de Sir Jeoffrey. A esfera dos anarquistas aqui é forte (afinal estamos na maldita Inglatera), e Billy é o barão, o “cabeça” por trás dos baderneiros. Billy demonstra grande antipatia por Sir Jeoffrey e por toda a seita, sendo constantemente monitorado devido a suspeitas de envolvimento com os poucos membros do Sabá que ainda estão ocultos na cidade. A constante guerra verborrágica entre os “garotos livres” e os “cumpridores da lei” acabam por, vez ou outra, tomarem um rumo físico e brutal.

- Guilherme Deodoro:

Tendo a alcunha de “O Português” devido ao seu país de origem, Guilherme é o Senescal da cidade. Muitos se perguntam com certo ar de preconceito por que Sir Jeoffrey confia tanto em um estrangeiro a ponto de conceder a ele um cargo tão importante dentro da seita. Essa pergunta nunca foi respondida, mas como Sir Jeoffrey se mostrou um líder nato para a cidade, ninguém de fato se preocupa tanto com esse detalhe.

- Helena Harper:

É a dona do The Aquarium, um dos bares-restaurantes mais famosos da cidade que gerencia junto com Ericka, sua carniçal. Ela é também uma das harpias conhecidas na cidade. É educada, carismática e refinada, mas se torna uma víbora quando necessária, fazendo uso da influência de seu clã para lidar com os inimigos.

- Edgar Thorn:

É o novo ancião que representa o clã Nosferatu na primigênie da cidade. Substitui Joseph Carmichael após este cair nas mãos de um integrante poderoso do Sabá e sofrer Diablerie.

- Alexandra Morgan:

É a gerente do Hotel Boardman House. Uma harpia com um obsessivo senso de organização. Tende a ficar irritadiça com pessoas desleixadas. Não é muito faladora, sempre passando a impressão de antipática e arrogante.

- Jack Brown:

Um sujeito excessivamente bem humorado. Ele encaixa bem no estereótipo de yankee texano apesar de ser um britânico legítimo. É o algoz da cidade, e sua mudança de humor é assustadora quando está em missão oficial.

- Carrie Leanor:

Séria, lógica, boa argumentadora e raramente perde a calma. Ela é a anciã Tremere que representa os excassos feiticeiros da cidade na Primigênie.

- Henry Thomas:

O ancião malkaviano, apesar de aparentar ser um garoto de dezoito anos. Sua face é inexpressiva, seus olhos são exageradamente arregalados e sua fala é distante, lenta, como se estivesse constantemente com falta de ar. Os demais membros detestam ficar em sua presença, pois suas peculiaridades são gravemente irritantes (para não dizer perturbadoras).

- Solomon Folk:

Ancião Gangrel. Não é muito bem visto entre os demais por ter sido um dos poucos que protestou contra a ideia de Sir Jeoffrey ser o novo Príncipe. Chegou a ser acusado de estar conspirando contra a seita, mas por falta de provas ele foi inocentado.

- Viktor Goldenhill:

Ancião Brujah. É um dos membros mais simpáticos e educados da cidade, apesar de ser um Brujah. Ele se sente incrivelmente mal quando perde a cabeça e acaba magoando alguém, sendo muito generoso na hora de pedir desculpas. Ele odeia Billy Addams profundamente, pois segundo ele Billy não passa de um porco sem modos, que apenas contribui para o estereótipo negativo do clã.

- Charles Hemilton:

Um influente e conhecido pintor entre os mortais, apaixonado pela arte realista, um tanto otimista, sorridente e de fala entusiasmada. É o ancião Toreador.

- Thomas Wood:

Zelador. Tem o irritante hábito de responder de forma monossilábica o tempo todo.

- Juliet Jerkins:

Anciã do clã Ventrue. Bela e refinada, tendo grande fascínio por roupas exóticas. Ela é genial nos negócios e uma mestra da contabilidade. Ela é também administradora do Chicago Rock Café, uma famosa boate noturna da cidade.

- O que é conhecido:

- Os clãs Ventrue, Toreador e Nosferatu representam setenta e nove por cento da sociedade cainita na cidade. O clã Toreador é conhecido por ser altamente influente na mídia.

- Houve um aumento de ciganos nos parques e praças durante a noite.

- Quando William Gramen perdeu seu cargo de Príncipe ele desenvolveu uma depressão profunda e desapareceu. Muitos dizem que ele escolheu “contemplar o amanhecer”, já que não viu mais sentido em sua existência.

- Um novo e misterioso lorde se mudou recentemente para a cidade. Ninguém sabe nada sobre ele, apenas que obteve permissão do Príncipe de ficar na cidade e se abrigou no antigo castelo.

- A caçada para localizar e destruir os últimos membros do Sabá continua. O Príncipe suspeita que os anarquistas estejam envolvidos em uma trama para destituir a Camarilla da cidade com o auxílio da mão negra.

- Alguém ou alguma coisa está caçando e destruindo caitiffs. Na última semana pelo menos seis deles encontraram a morte final.

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A Monarquia Da Meia-Noite Vampire_by_lilian_art-d349de1

- Você recebeu a minha encomenda?
- Sim, meu Senhor. Verônica me trouxe esta noite.
- Ótimo. Prossiga conforme o planejado e espere Alex contatá-lo. Ele o levará até Carmilla.
- O que eu faço depois?
- Mate-o.
- Como quiser.

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A Monarquia Da Meia-Noite 3375930257_7e22bdeeea_z

O cainita caminhou calmamente até a janela para analisar o clima da rua. Estava uma atmosfera tranquila. O vento soava de forma modesta, a temperatura estava fresca. Puxou a manga do paletó para verificar as horas. Lutava contra a ansiedade, tentava se manter calmo. Se assustou quando aquele que esperava apareceu sentado de pernas cruzadas no sofá do fundo, fitando-o calmamente.

- Que bom que está aqui. Tem certeza que não foi seguido?
- Tenho sim. Eu trouxe o rapaz que falei.


Das sombras se manifestou um homem jovem, porém com olhar frio e aspecto desumano. Não era feio, mas tinha algo nele que simplesmente soava intimidador. Não parecia ser grande coisa, mas ele como um ancião aprendeu cedo a não subestimar qualquer um.

- Como se chama rapaz?
- Você pode me chamar de Shakiti.
- Você garante que dará conta do trabalho?
- Com isso você não precisa se preocupar.
- Ótimo! A pasta está em cima da mesa. Tem tudo o que você precisa.


O rapaz abriu a pasta cuidadosamente. Fotos, informações sobre o clã, locais que frequentava... Tudo estava lá.

- Eles são muitos? - Perguntou o rapaz.
- Sim, muitos. Mas concentre-se no da primeira página. Sem ele os demais não serão ameaça.
- E o pagamento?
- Ahn sim. Metade agora e metade quando terminar, como combinamos.


O cainita de terno caro entregou três grandes maços de dinheiro ao rapaz. Ele então se retirou com o outro homem, deixando o vampiro engravatado sozinho na sala, com seus pensamentos. Pela forma como desmoronou na cadeira e passou a olhar o nada, deixava claro que lutava o tempo todo com a ansiedade.
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Tema: Conspiração/Vingança/Rivalidade.
Cenário: Norwich (Inglaterra).
Período Cronológico: Tempos atuais.
Número de Vagas: Oito.
Seitas: Camarilla, Sabá e Independentes.
Personagens permitidos: Todos os clãs e linhagens, incluindo também carniçais e mortais.
Personagens não permitidos: Nenhum.

Regras/Observações:

- Respeitem-se.
- Dúvidas via MP.
- Jogadas “secretas” via MP.
- Fico encarregado de todas as rolagens de dados.
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A Monarquia Da Meia-Noite Empty Re: A Monarquia Da Meia-Noite

Mensagem por Morgoth Seg Jul 09, 2012 4:50 pm

Antes de tudo, peço ao Hassam que apague os offs. Qualquer dúvida do jogo peço que me enviem por Mp ou perguntem em off após a jogada. O fato de eu estar demorando é que, além da falta de tempo, quero estudar as fichas e escrever com calma para criar boas introduções.

E os que não me enviaram a ficha ainda peço que enviem o quanto antes, já que estamos começando oficialmente. Até agora só tenho 3 fichas das nove vagas. Nove porque decidi encaixar a Sky na última hora.

Bom jogo, espero que se divirtam.

Obs: Estarei postando para os demais o mais breve possível.

Narração – FalasPensamentosTestes/OFF.

Obs.: Já estou considerando o ponto de sangue gasto pelo início da noite.

Edgar Bartolinni

Tenho um grande trabalho para você. Hora de retornar para a Inglaterra. Não se preocupe, prometo que o dinheiro/vitae envolvido valerá muito a pena e compensará o seu retorno prematuro a um solo que lhe desperta tantas lembranças. Um carniçal chegou a América noite passada. Ele irá levá-lo ao aeroporto e retornará com você para a Inglaterra. Assim que chegar me encontre no Hotel Belmonte em Norwich sem perda de tempo. Estou no quarto sete.
- G.C

Obviamente Edgar não estava feliz em voltar para a Inglaterra após deixar o país em um período tão curto de tempo. Não eram as lembranças de Londres que o incomodavam, mas sim o tiro no escuro que estava dando. O bilhete era superficial, não continha detalhes do que teria que fazer nem para quem fazer. Nada. Ele havia construído uma reputação com os seus irmãos na Falaqi As coisas estavam indo bem na América e não via razão para voltar, pelo menos não tão cedo. Mas o seu Senhor nunca havia falhado com ele ou lhe decepcionado, talvez essa fosse a única razão para Edgar ter aceitado tal proposta.

A mala com os seus pertences já estava pronta sobre a cama. Permanecia parado em frente janela aguardando a chegada do Carniçal, contemplando a rua. O céu estava límpido, permitindo uma boa visão das estrelas e da lua cheia que se destacava por sua beleza naquele enorme veludo negro azulado que encobria a todos. O vento estava agradável, levemente gelado, resultado da chuva da noite anterior. Isso ajudava também a reduzir o irritante tráfeg, já que por alguma razão desconhecida os motoristas se sentem mais intimidados em uma noite chuvosa. Apenas um ou outro veículo passava por aquela rua, ainda perturbando com os pneus as poças d’água que se já se encontravam em volume modesto no asfalto.

A ansiedade não faria o Carniçal chegar mais rápido. Decidiu fechar os olhos e aproveitar o clima da noite, se concentrando nas pequenas lufadas de vento gelado que lhes refrescava. Agarrou a cortina suja e ordinária da sala e apertou-a com força apenas para interromper o cacoete da mão direita que já começava a lhe irritar, mas não abriu os olhos. Continuou se concentrando no vento. Somente o som quebrou sua meditação e lhe fez abrir os olhos. Som de buzina. Sua visão aguçada lhe permitiu ver com grande precisão o motorista que acenava para ele lá de baixo.

A Monarquia Da Meia-Noite Drive-movie-2011-ryan-gosling-carey-mulligan

Não reconhecia o sujeito. Provavelmente era um novo lacaio. De qualquer forma não queria perder tempo, afinal se tinha que fazer preferiria fazer de uma vez. Pegou sua bagagem e desceu rapidamente as escadas.

- Sou Szandor. O mestre Gabriel me designou para levá-lo de volta a Inglaterra. – Dizia o Carniçal enquanto abria.
- E quanto ao meu lacaio?
- Não se preocupe senhor. Já avisei ele com antecedência.Essa hora ele já deve estar no aeroporto nos esperando.

Edgar apertou a mão do Carniçal de forma breve, entrou e deixou sua bagagem ao seu lado no banco, afinal a bagagem era pouca e eles eram os únicos passageiros. Szandor compreendeu a urgência da partida e logo deu a arrancada, se aproveitando da escassez de tráfego da noite. Edgar se manteve calado, apenas observando as imagens passando pela janela conforme o carro riscava as estradas. As imagens o faziam lembrar-se de tudo o que estava deixando para trás.

- É bom mesmo que esse trabalho valha a pena...

Edgar se manteve absorto em seus pensamentos, calado. Desligou-se tão profundamente do aqui e agora que ficou surpreso quando o carro parou na entrada do aeroporto. Seus olhos contemplavam com certo desgosto o John F. Kennedy Airport.

A Monarquia Da Meia-Noite Jfk-airport

Szandor educadamente abriu a porta para Edgar. Estava sendo muito prestativo apesar de não ter recebido muita atenção desde que se apresentou. Edgar fez menção de perguntar se Szandor ia realmente abandonar o veículo, mas logo imaginou que ele era roubado e desistiu de abrir a boca. Shirou, o lacaio de Edgar veio ao encontro deles sorrindo assim que os viu entrar. Pela cor dos olhos tudo indicava que já estava entediado de esperar. O trio comprou as passagens e tudo saiu bem. Edgar não se preocupou com as armas na bagagem, pois não era a primeira vez que fazia isso. A influência de seu Senhor lhe garantia certos privilégios.

O céu estava limpo, o clima estava favorável. O voo até Norwich não demorou. O trio se acotovelou junto com os demais passageiros até a saída, e assim que Edgar botou os pés para fora do avião sentiu o distinto ar europeu lhe penetrar as narinas. Szandor providenciou um taxi para que eles fossem até o Hotel Belmonte imediatamente se encontrar com Gabriel.

O hotel tinha uma faixada modesta, mas por dentro era incrivelmente luxuoso. Szandor os conduziu até o quarto sete sob o olhar curioso e desconfiado da recepcionista.

É melhor que entre sozinho. Ele quer falar a sós com você. – Szandor fez uma pequena pausa. – Nós esperamos aqui.

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Edgar ao entrar se deparou com um quarto impecável, bem arrumado e encima da cama havia outro bilhete de Gabriel, dessa vez muito mais elaborado.

Não se preocupe, tudo o que você precisa saber está nessa página. E ao ler garanto que você achará muito interessante.

Missão: Assassinato.
Alvo: Billy “The Trickster” Addams. Líder anarquista de Norwich.
Cliente: Sir Jeoffrey Lennington, Príncipe de Norwich.
Recompensa: Quinhentos mil dólares britânicos e o vitae da vítima.
OBS: Me encontre na Derby St., 30 para acertarmos os detalhes com o cliente pessoalmente. Quando terminarmos, reservei um quarto para você no Travelodge Hotel. Ahn sim, mais uma coisa: Apresente-se a ele usando o codinome Shakiti.

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...
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A Monarquia Da Meia-Noite 1983608_18098cf8

Shirou estava aparvalhado com o luxo do hotel. Fitava cada cômodo do quarto, ia até janela para apreciar a vista e voltava a seguir com o olhar cada textura, móvel e quadro que compunha o magnífico local. Já Edgar não partilhava do mesmo entusiasmo de seu carniçal. Olhava cada máxima, tentava memorizar cada rosto, cada detalhe ínfimo de rotina e comportamento, para que a missão fosse cumprida de forma rápida e eficiente. Finalmente decidiu desviar o olhar para seu Carniçal, que o encarava curioso.

- Então, já formou um plano de ação?

OFF:

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Billy “The Trickster” Addams
Geração: Sexta.
Idade: Incerta. Pelo menos 800 anos.
Clã: Brujah.

Cuidado: Altamente poderoso e influente. Mestre no combate em todos os aspectos. Não se sabe ao certo o que fez um membro tão velho se interessar por um bando de “moleques”.

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Walter Burns
Geração: Oitava.
Idade: Desconhecida
Clã: Brujah.

“Segundo no comando” do grupo.

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Theodore Lancaster
Geração: Sexta.
Idade: Desconhecida. Sabe-se que é um ancião.
Clã: Malkavian.

Estrategista e consultor do grupo.

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Barry Taylor
Geração: Sétima.
Idade: Desconhecida.
Clã: Lasombra AT.

Influente no tráfico de armas da cidade.

Morgoth
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A Monarquia Da Meia-Noite Empty Re: A Monarquia Da Meia-Noite

Mensagem por Morgoth Qua Jul 11, 2012 11:05 am

Ciara Fay

O alarme soou de forma berrante e desagradável nos ouvidos de Ciara, tirando-a de seus olhos – Não era exatamente a fuga da realidade que ela tanto desejava, mas mesmo assim estava bom, pelo menos era melhor do que ficar acordada. Sentou de forma lenta na cama, esfregando os olhos para que a visão deixasse de ficar turva. As estrelas brilhavam forte no céu na cidade aquela noite, a lua estava como sempre majestosa e o clima ameno. Olhou para o relógio que marcava quinze para as sete da noite. Já fazia tempo que havia se acostumado com a vida noturna da cidade, mas nunca tinha dormido tanto. Levantou-se rapidamente da cama e se dirigiu ao banheiro para tomar uma boa chuveirada, escovar os dentes e começar a se vestir para o trabalho. Vez ou outra parava de se ensaboar para divagar, refletir o passado... Teria ela mesma a oportunidade de sair do buraco e fazer o que gostava novamente? Ou será que o caminho da autodestruição era assim tão fascinante que seu inconsciente lutava para prendê-la lá? Olhava as marcas de agulha em seu braço enquanto pensava nisso.

O vapor da ducha timidamente espalhava-se pelo banheiro, embaçando o espelho e o vidro das janelas. Um som eletrônico familiar chamou a atenção de Ciara conforme ela voltava para a sala com o seu roupão. O toque customizado de seu celular lhe informava que Ericka havia enviado uma mensagem naquele momento.

Helena me informou que haverá uma exposição de arte semana que vem no Castelo de Norwich patrocinada por um suposto lorde, que é novo na cidade. Ela me pediu para lhe informar sobre o evento que acontecerá no próximo Domingo, tendo início as oito da noite. Então, o que me diz? Pode encarar milhares de rostos olhando diretamente nos seus olhos? É uma oportunidade e tanto!

A Monarquia Da Meia-Noite 32_05_2---Norwich-Castle_web

Um paradoxo sentimental invadiu Ciara. De fato era uma ótima oportunidade para crescer novamente, mas no Castelo?! O evento seria colossal. Milhares de pessoas estariam esperando muito dela. E se ela os decepcionasse? Só de imaginar na possibilidade de uma apresentação desastrosa Ciara sentia aquele frio no estômago, aquele mesmo frio que sentimos quando estamos em alturas gigantescas, e que parece nos impedir de realizar qualquer ação com perfeita clareza, até mesmo as mais mundanas. Olhou no relógio e decidiu deixar as reflexões para mais tarde, já que teria que estar no trabalho em menos de uma hora. Por sorte o Aquarium era perto de seu apartamento. Vestiu-se rapidamente, maquiou-se de forma discreta e penteou o cabelo, deixando o apartamento e se dirigindo ao Aquarium com sua moto (claro afinal para ela carros não eram nada emocionantes).

O clima na cidade continuava o mesmo. Tediosa, pacata e imutável. Era assim que os olhos de Ciara descreviam Norwich pelo o que captavam da cidade. O pouco de "sacanagem" que era encontrado por ali estava sendo fortemente caçado pela polícia e pelos puritanos cidadãos britânicos de Norwich. Isso preocupava demais Ciara, pois aonde ela conseguiria sua preciosa heroína? Só tinha uma coisa que era combatida com mais avidez do que o crime em Norwich: A propagação católica. Isso vinha do orgulho protestante da Inglaterra, mas para ela pouco importava. Ela nunca fora religiosa mesmo. Seu anjo da guarda era aquele que jazia dentro de uma seringa, e que estava pronto para "incorporar" nela vazando por uma agulha conectada em suas veias.

A Monarquia Da Meia-Noite Belphegor

- Ah que bom que chegou! Ericka lhe informou sobre o evento, não? Ótimo! Pense bem!

Helena já ia se retirando para a sala dos fundos do estabelecimento, quando novamente parou Ciara para lhe dar um aviso.

- Ah e só mais uma coisa: Cuidado na rua. Tem um idiota ai fora com jeito de louco fazendo profecias sobre “um mal antigo se apossando da cidade”.

Ciara não fez muita conta do último comentário. Na verdade ela achou engraçada a forma com que Helena falava de coisas que não a agradavam.

- Hey Ciara me ajude! Temos muitos clientes hoje! – Ericka tinha olheiras, parecia abatida e andava para lá e para cá no estabelecimento. Parecia que a qualquer momento ia entrar em colapso.
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A Monarquia Da Meia-Noite Empty Re: A Monarquia Da Meia-Noite

Mensagem por Morgoth Qua Jul 11, 2012 2:02 pm

Crios Bardok

Crios estava naquele restaurante já fazia algum tempo. O local era muito elegante. Tinha uma decoração elegante, era o melhor restaurante oriental da cidade. O lugar tinha uma iluminação moderada para os casais, tocava música ambiente e era dividido em sessões para fumantes e não fumantes. Embora o local fosse cativante e "prendesse" com facilidade qualquer Toreador que estivesse visitando o estabelecimento, nem mesmo toda a beleza e organização do lugar causava uma influência positiva no humor de Crios. William Rodriguez havia marcado uma reunião com ele naquele lugar, mas estava atrasado. Parecia ser algo importante pelo tom que usava no telefone (e esse é o motivo de tanta ansiedade).

Crios se distraia com um pequeno livro de Ocultismo que lia discretamente sobre a mesa enquanto fingia beber o vinho tinto que tinha pedido, apenas para ter um pretexto para ficar lá sem ser incomodado por ninguém. Os aplausos lhe desviaram um pouco a atenção. Tony Bennett estava se apresentando e cantava suas músicas enquanto tocava piano. A próxima que se iniciou foi If I Ruled the World, arrancando mais aplausos, mas Crios achou mais interessante continuar com a sua leitura.

A Monarquia Da Meia-Noite Tao

Um novo capítulo no livreto se iniciava. Era algo interessante sobre o panteão hindu dos Deuses das trevas como a Deusa Kali, porém o barulho de algo desmoronando sobre a cadeira tirou sua concentração bruscamente. William havia se sentado. Estava encharcado, usando um sobretudo de lã, gravata e as roupas de sempre que consistiam em sapatos oxford, camisa branca e uma calça cinza.

- Desculpe o atraso. A chuva lá fora apertou e o congestionamento ficou infernal. - Dizia William, tirando um cigarro do maço.

- De qualquer forma, tenho uma informação muito interessante para você. - William fez uma pausa soltando uma baforada de fumaça. - Angelo Bartoline está na Inglaterra. Não sei o que faz lá, mas está na cidade de Norwich.

A oportunidade que Crios tanto desejava estava agora diante dele. Ele sabia o paradeiro de seu inimigo. Mas havia coisas a se pensar, coisas a preparar. Ele teria que deixar sua capela, seus anciões e toda a sua reputação para trás, adentrar um país desconhecido, uma cidade desconhecida e começar do zero. Mas isso também poderia significar mais aprendizado, já que ele estaria no velho mundo, com novos mestres, novos feiticeiros e novas capelas.

- Se for realmente fazer isso, eu lhe desejo boa sorte. Você provavelmente vai precisar falar com algumas pessoas e preparar bem as coisas antes de partir. Minha parte eu fiz, e já vou indo porque tenho outros afazeres. Mas se precisar de algo, me fale. - William se levantou e deixou Crios no restaurante com seus pensamentos.
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A Monarquia Da Meia-Noite Empty Re: A Monarquia Da Meia-Noite

Mensagem por Crios Bardock Qua Jul 11, 2012 4:30 pm

Crios recebera uma ligaçao de seu contato, Willian rodriguez a um certo tempo e entao marcaram de se encontrar no melhor restaurante da cidade. Crios esperava impaciente Willian, porem nao estava entediado. estava acompnhado de seu livro novo "simbologia do periodo classico arcano" recomendada por seu senhor, Viert para ter uma base para entender melhor a ligaçao entre a magia mortal e a magia Tremere. comçeva um novo capitulo intrigante ligando magia e deuses quando seu contato chegava.

- Desculpe o atraso. A chuva lá fora apertou e o congestionamento ficou infernal.

Crios respondia isso com um olhar impaciente. mas tentava se acalmar. seu humor melhorou muito porque estava lendo seu livro novo. Crios com um livro novo era igual a uma criança que tinha ganhando aquele presente super caro de seus pais no natal. tudo parecia mais alegre, seu humor melhorava até mesmo quando um contato estava atrasado.

-tudo bem, eu entendo. Aceita vinho? - Crios olhava para a garrafa de vinho suave.

-Nao Crios, muito obrigado mas eu estou um pouco atrasado para um outro compromisso. enfim, trago uma noticia de seu velho amigo, Angelo Bartoline. eu sei onde ele esta.

Os olhos de Crios se enchem de brilho e fogo. um grande sorriso aparecia em sua face enquanto escutava tais palavras.

agora aquele maldito tzimisce nao escapa de min, espere até a Angi saber disso. porem tenho de providenciar a viagem agora. espero que hanna aceite meu pedido

Crios fingia que dava mais um gole em seu vinho enquanto pensava como novas oportunidades estariam se abrindo.

-e onde ele esta meu bom Willian?

- Angelo Bartoline está na Inglaterra. Não sei o que faz lá, mas está na cidade de Norwich.

-otimo, otimo.

Cada ves mais um sorriso se abria no rosto de Crios. Nao tirava da cabeça a oportunidade de ver Angelo morto. finalmente, depois de tantas decadas.

- Se for realmente fazer isso, eu lhe desejo boa sorte. Você provavelmente vai precisar falar com algumas pessoas e preparar bem as coisas antes de partir. Minha parte eu fiz, e já vou indo porque tenho outros afazeres. Mas se precisar de algo, me fale.

-muito bem, se voce conseguir descobrir qualquer coisa sobre oque ele pode estar fazendo la, me ligue.

William se levantou e deixou Crios no restaurante com seus pensamentos.

Crios agora somente pensava em acabar com aquele idiota. maldito tzimisce. havia tirado a vida de seus pais. Crios queria terminar com isso. essa rivalidade que vinha a muito tempo, muito mesmo antes de ser um vampiro. ele tinha que contar a sua irma as boas novas. rapimente, sacou seu celular e ligou para sua irma Angelline.

Quando o telefone começou a chamar, Crios estava agitado e ancioso. quando ela atendeu Crios nao tirava o tom de animo de sua vós

-Alo?
-angi, pode me encontrar no restaurante Kali Donrymate? tenho uma boa noticia sobre o paradeiro de Angelo

Crios torcia para que ela pudesse vir o mais rapido possivel. se animava ainda mais somente pelo fato de ter um bom livro logo abaixo dele
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A Monarquia Da Meia-Noite Empty Re: A Monarquia Da Meia-Noite

Mensagem por Crios Bardock Qua Jul 11, 2012 4:32 pm

nota:
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A Monarquia Da Meia-Noite Empty Re: A Monarquia Da Meia-Noite

Mensagem por Pri Qui Jul 12, 2012 1:36 pm

Estava andando naquele labirinto novamente, onde as paredes eram feitas de sebes bem altas. Podia ouvir o som de água caindo não muito distante do lugar em agora caminhava. O cheiro de "verde" sempre lhe acalmava e aquela fonte - sim, já havia conseguido chegar até ela uma vez - havia algo nela que simplesmente lhe encantava. Apesar de ser um labirinto e estar nele significava que estava presa, não se preocupava em sair. Apenas o explorava quando surgia uma oportunidade, sempre que seus sonhos lhe levavam para ele... Ou sua salvação. Será que algum dia encontraria algum caminho novo? Gostava de explorar o labirinto em que se encontrava, de viver nele. E o mais interessante é que a cada viagem, algo novo era sim encontrado. Ou perdido. Várias partes do labirinto estavam enegrecidas pela lava de um vulcão que existia em um dos extremos. As sebes retorcidas e espinhosas, porém, ainda não cediam para que pudesse passar por ela. Sempre que as arrancava, tornavam magicamente a crescer.

Dobrou em um canto, e depois em outro... A direita e a esquerda. O som da fonte estava mais próximo, e um outro som junto da água. Um som berrante e desagradável que ela já sabia o que significava. Tudo se devanesceu em seguida, enquanto ela estendia o braço para desligar o irritante despertador.


Respirou fundo e de maneira demorada, abrindo os olhos para ver a janela. Suas piscadas eram longas, tipicas de quem acaba de acordar. Sentou-se na cama, vestida apenas com uma camiseta preta de alguma banda de rock dos anos 80 de aspecto envelhecido e esticou os braços, espreguiçando-se. As luzes da noite entravam fortes pela janela e ainda incomodavam seus olhos quando decidiu se levantar e abrir o vidro para admirar a noite. A lua estava linda no céu, brilhante... E o clima agradavel, quase poderia passar ali a noite toda se não tivesse que trabalhar. Desencostou-se do parapeito e devagar se dirigiu ao banheiro, de repente sem nenhuma pressa - até a janela era deixada aberta no processo, talvez propositalmente.

A camiseta era deixada no meio do caminho. Ligava o chuveiro e deixava a agua esquentar enquanto se olhava no espelho. Tinha algumas olheiras, aparentava algum cansaço... Mas nunca tinha dormido tanto antes como agora. Esse novo trabalho até que era bom, estava podendo descansar mais... Abriu o armário do banheiro e pegou a escova com o creme dental e se observava enquanto fazia a higiene bucal. Sim, era uma garota bonita e talvez se começasse a se cuidar mais poderia encontrar alguém legal para si. Tantas possibilidades se abririam para ela se conseguisse abandonar o seu mundo. O espelho refletia as marcas em seu braço direito, consequencias de cada vez que buscava enrar em seu lugar único, o único lugar no qual sentia-se feliz. Era o preço a pagar pela possibilidade de um dia ser capaz de ficar lá para sempre. Sabia dos riscos e ainda assim o corria todas as vezes. Cada segundo daquela sensação valia a pena.

O espelho já se embaçava quando a mulher entrava na água fervente, a ponto de deixar sua pele avermelhada rapidamente. "O que não machuca, não traz a cura." Talvez encarasse aquilo como uma purificação para sua alma. Cada louco com a sua loucura, era o que diziam por aí. A Agua escorria por todo seu corpo, agora acompanhada do sabonete com perfume de jasmim. Demorava-se ali, pelo menos até ouvir o toque familiar de seu celular.

Spoiler:

Deveria correr e atender? Poderia ser alguém do trabalho pedindo que fosse mais cedo... Ou apenas o cara com quem dormiu na noite passada... Qual era mesmo o nome dele? Geoffrey? Michael? Juan...? Não, não era latino... Irving...? Ah, que importava? Lhe satisfez na cama e ainda trouxe um presente e foi embora pela manhã, é o máximo de memórias que alguém pode lhe dar. Colocou o rosto debaixo da água, sentindo o calor tocar a sua pele numa carícia exagerada e fechou o chuveiro. Segundos depois, já estava amarrando seu roupão enquanto caminhava para o quarto, em direção ao criado mudo onde seu celular havia sido deixado na noite passada. Acessando a caixa de mensagem de voz, ouviu o recado de Ericka.

Uma... exposição? Seu coração se acelerava ao final do desafio proposto, enquanto seu labio inferior era cruelmente mordido. Seu olhar se perdia em algum lugar da cama bagunçada, a respiração acelerada. Uma exposição, no castelo e provavelmente para milhares de pessoas! Queria aceitar, era sua chance de conseguir levantar-se do buraco em que havia se enfiado... Mas milhares de pessoas se focariam nela e seu trabalho, ela poderia ser o centro das atenções.. Boas ou más! E se não gostassem de seu trabalho, poderia encará-los? Poderia ter uma esperança e de repente ser jogada novamente naquele abismo? Sentou-se na cama, não se sentindo tão bem quanto estava antes de ouvir aquele recado, de saber da oportunidade. Com tanta gente talentosa, por que Helena queria logo ela?! Abaixou o celular, só agora notando que ainda o mantinha no ouvido e encarou os próprios pés ainda molhados. Aceitaria essa chance? Seria algo único em sua vida, tinha certeza... Uma daquelas oportunidade que não se pode deixar passar.

Mas tinha que estar no trabalho, não podia ficar ali sentada o resto da noite. Talvez deixasse para depois para decidir... Poderia falar com Ericka no trabalho. Sim, deixaria para decidir quando não estivesse chocada. Vestiu-se de modo rápido e simples, uma maquiagem rápida colocada no rosto. A moto comprada com a venda de algumas de suas coisas descansava em um canto na garagem e logo as duas já corriam pelas ruas de Norwich.

Spoiler:

Nada de diferente, nada novo... Nenhuma festa de abalar as ruas, nenhuma tempestade para lavar a alma daqueles que caminhavam. Os policiais garantiam a segurança e o tédio de sempre andarem em conjunto ali, o que lhe preocupava... Estava cada vez mais difícil de conseguir sua salvadora, malditos religiosos que queriam espalhar seu puritanismo e um falso paraíso... E retiravam de Ciara o seu anjo da guarda que se enroscava em suas veias. Ao chegar no Aquarium, estacionou a moto no lugar de sempre, levando consigo o capacete para dentro. Entrou pela frente, já encontrando com Helena no balcão do bar. Ver Helena lhe lembrava da propostar. Lembrar da possibilidade de ficar nas mãos de centenas de pessoas fazia seu estomago revirar. Tudo que conseguiu foi dar um sorriso amarelo enquanto colocava o capacete para dentro do balcão - Ah, sim, ela me avisou Helena... - era tudo o que conseguia pensar para dizer e se sentia a maior idiota naquele momento. Qualquer um em seu lugar estaria empolgadissimo com a chance! E não é que ela não estivesse... Apenas não era acostumada com essas coisas, morria de medo de fazer a coisa errada. Estava retirando o casaco quando a outra voltava para lhe dar um recado sobre um homem maluco. - E a policia ainda não deu um jeito de prendê-lo? Algo assim vai acabar com o tédio da cidade, Helena... Matar o tédio aqui é proibido. - resmungou, pegando seus materiais de trabalho - papel, caneta e uma bandeja arredondada - e ergueu a mão, acenando para Ericka - Tá to indo! - com passos rápidos, se aproximou da companheira de trabalho - Cuide daquele lado - apontava o lado direito -Que cuido daqui...Você está com um aspecto terrível hoje, deixa que eu tomo conta. - sorriu com o canto do lábio e ja se afastava para atender o primeiro cliente que via acenando.
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Mensagem por Morgoth Sáb Jul 14, 2012 2:21 pm

Lobo

A noite seguinte tinha começado frenética. As coisas em Nova Jersey tinham se estabilizado, mas isso não impediria Lobo de se vingar dos feiticeiros que mataram seus antigos companheiros e o trataram como capacho durante uma parte de sua não-vida. Talvez se essas coisas não tivessem acontecido ele jamais teria conhecido Charlotte (The Harlot? De certa forma sim...), e jamais teria subido na vida, construído o clube e tudo mais. Mas isso não importava. Todos podiam ser uns fodidos sem um puto no bolso naquela época, mas o sentimento de irmandade fazia a semivida muito "feliz" naquela época. Os velhos "mates" merecem sua chance de vendetta.

Como dito antes, a noite tinha começado frenética no clube. Uma nova banda estava se apresentando.Hopeless Existence era o nome, e sim, os caras eram mortais! Não tinham fama ainda, eram desconhecidos, mas botavam pra foder. Eram ótimos. Um cover de A Lesson In Violence do Exodus fez os metalheads do clube alucinarem. E falando no clube, não haviam muitas novidades. Como sempre haviam bêbados desmoronados sobre as mesas e cadeiras, ou estavam ora vomitando pelos cantos ora batendo cabeça ou fazendo mosh pit/stage dive. Alguns preferiam curtir os riffs das guitarras enquanto se entretiam com a mesa de sinuca ou os fliperamas do canto. Lobo achou graça quando o vocalista Hopeless Existence antes de iniciar a próxima música berrou "É isso ae! Beatles é o meu saco! Aqui não tem amor! Aqui é o inferno!".

Lobo estava sentado ao fundo, com os pés sobre a mesa, sorrindo como uma criança. Tinha um copo na mão, mas somente Charlotte sabia o que ele estava bebendo. Tinha se empolgado um pouco com a música,e agora "descansava" sobre a mesa dos fundos. Estava tão concentrado na mão do guitarrista "voando pela escala" que só reparou que Charlotte estava ao seu lado quando ela lhe tocou o ombro. Ela nada precisou dizer, pois quando se virou ela s egurava nos braços uma puta ratazana, como se ela fosse a sua filha. A ratazana tinha um bilhete amarrado levemente no pescoço, e só podia ser de uma pessoa.

A Monarquia Da Meia-Noite Red-eye-home-planet

Fica esperto. Uma mulher esquisita está vindo ai. Ela tem perguntado muito sobre você na cidade. - J.B

Charlotte soltou a ratazana. Afinal era provável que John iria querer ela de volta. Pode ter sido uma coincidência ou não, mas poucos minutos após Lobo ter sido alertado pelo Nosferatu a tal mulher entrou. Era bem estilosa e bonita, e não parecia ser da Camarilla. Charlotte foi até ela, recebendo-a com cortesia. Lobo olhava para ela, e assim que Charlotte apontou para ele, não teve dúvidas de que era a mulher que John mencionava em seu bilhete.

A Monarquia Da Meia-Noite GothGirl

A mulher caminhou de forma sensual até a mesa, chamando para si olhares, comentários e piadinhas dos headbangers embriagados que cambaleavam com suas garrafas de black label e canecas de Heineken por todos os lados. Ela veio até Lobo de forma simpática, não demonstrando qualquer hostilidade e sentou-se em frente a ele. Ele, porém, se manteve neutro. Não queria ser grosso com a mulher, mas também não queria abrir a guarda para uma desconhecida. Reparou que Charlotte não desgrudou o olho da garota desde que entrou. Talvez estivesse com ciúmes. Lobo pensou nisso e sentiu vontade de rir, mas não o fez para que a nova "convidada" não pensasse que ele é um idiota que se deixava levar por qualquer uma de rosto bonito.

- Saudações Maioral. Eu preciso falar com você. - Lobo notou pelo sotaque que se tratava de uma inglesa.

- A propósito: Me chamo Adelle. Venho em nome de Carmilla Donoffrio, regente do Sabá de Norwich.

Bastaram essas palavras para que Lobo se sentisse mais à vontade. Olhou novamente para Charlotte e ela não estava mais lá encarando Adelle, como se tivesse ouvido daquela distância as palavras dela, ficando feliz que o motivo da vinda de Adelle ali eram negócios ao invés de ela querer simplesmente "abrir as pernas" para o seu mestre.

- Ela ouviu coisas de você da época que esteve em Birmingham. Um Tremere traidor contou o que fizeram com você. O caso é que ela precisa de Cainitas como você.

Antes que Lobo pudesse perguntar sobre o que se tratava, a mulher continuou como se ela fosse capaz de ler a sua mente.

- Não sei exatamente no que ela quer te encaixar, mas vai ser uma operação muito grande mesmo, apesar de sermos minoria lá. E adivinha? Os Tremere estão no topo da lista.

Então era isso. O Sabá estava planejando algo grande, e algo que envolvia a destruição dos Tremere. Lobo via ali sua tão esperada oportunidade de vingança. Sua reflexão foi quebrada quando Adelle jogou um envelope na mesa contendo uma passagem para Norwich e mil euros.

- A regente espera você. Essa passagem é para amanhã a noite. Portanto prepare-se.

- Não se preocupe. Vai ser bem divertido, isso eu posso garantir. Afinal lá também temos muitos olhos cobertos por franjas, haha! - Essas foram suas últimas palavras antes de literalmente desaparecer da frente de todos.

Voltar ao velho mundo, ao antigo país. Então tudo deve acabar exatamente onde começou? Em solo britânico? Era a primeira vez que Lobo se encontraria com um figurão de verdade da Seita (ou melhor, uma figurona).

Então a tal Carmilla estava para o Sabá como Don Corleone está para a Máfia, e ela lhe fez uma oferta irrecusável: Vingar-se daqueles que o manipularam como um cão. Mas o que faria? Como iria se preparar? E Charlotte? E o clube? Seria egoísmo demais com seus antigos camaradas deixar isso passar só por ele estar agora no bem bom enquanto o que resta deles está voando por ai com o vento.

- Está tudo bem? - Charlotte tentava parecer normal, mas na verdade estava apreensiva.

A oportunidade estava diante dele. Cabia a ele decidir o que fazer agora.
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Mensagem por Morgoth Sáb Jul 14, 2012 2:26 pm

De noite eu posto mais...
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Mensagem por painkiller Dom Jul 15, 2012 9:30 am

A atmosférica do clube está elétrica, penso eu enquanto contemplo a música e todo o enredo sombrio de headbangers pulando como touros loucos de um lado para o outro, s cabeças frenéticas, por um instante, do meu ponto, num camarote com a cadeira suavemente inclinada para trás e os pés sobre a mesa, procurava seguir linearmente os rápidos dedos daquele mortal, o enebriante sabor do líquido vermelho em meu copo, o estoque "especial" que apenas os deuses imortais podem provar, ria para mim mesmo.

Ainda viajando na música noto a apresentação de Charlotte que me entrega o bilhete do John, aquele cara tem um gosto especial por ratos, talvez seja por ser feio que nem um, é melhor não falar nunca essa piada nunca se sabe onde os velhos nosferatus tem ouvidos e eles costumam ser bem ressentidos com isso, olho para a ratazana, realmente o bicho era bem feio e bastante dócil, então vamos ver o que o velho John traz pra todos nós.

O bilhete permanecia meio sujo, enquanto eu rapidamente abria, digeria as palavras, então uma vadia está atrás de mim, mas todo tempo tem vadias atrás de mim, será que isso é culpa do meu pau gigantesco? dava uma gargalhada para disfarçar a tensão, mas sabia que o John nunca relatava sobre pessoas comuns e que eu deveria me preparar para algo diferente do habitual, seguia observando a grafia e os detalhes, seria Camarilla? Seria Sabá? Maldito John com essas informações imprecisas.

Amassava o papel e acendia um charuto para pensar, quando dou uma leve olhada vejo Charlotte apontando para uma mulher e indicando a minha direção, então logo devemos saber quem é a minha amiguinha, solto alguma fumaça, permaneço da forma que estou, enquanto a observo caminhar lascivamente em minha direção, certamente se eu fosse um mortal, estaria entres os caras que estão a soltar piadinhas, por um instante tiro o olho da moça e consigo perceber a raiva no brilho do olhar de Charlotte, com medo de perder seu mestre, chega a ser engraçado o que o sangue de Caim pode fazer, porém há algo mais importante que os chiliques de uma carniçal enciumada.

- Saudações Maioral. Eu preciso falar com você

Interessante, sotaque britânico, mas que precisa falar comigo você já sabe, retirava os pés da mesa, e colocava o charuto entre os dois dedos enquanto recostava meu braço direito por sobre o braço da cadeira em que me encontrava sentado, meu corpo inclinava-se para frente agora e era a minha vez de falar.

-- Pois não Señorita -- Fazia um gesto para que sentasse na cadeira que havia atrás dela, assim que ela sentava-se eu seguia o diálogo -- O meu nome você já sabe, mas qual o seu?

- A propósito: Me chamo Adelle. Venho em nome de Carmilla Donoffrio, regente do Sabá de Norwich.

Norwich, não me é estranho esse nome, mas ela realmente está falando de Norwich da Inglaterra ou de alguma cidadezinha americana pelas redondezas, colocava a mão no queixo, mostrando algum interesse pelo assunto.

- Ela ouviu coisas de você da época que esteve em Birmingham. Um Tremere traidor contou o que fizeram com você. O caso é que ela precisa de Cainitas como você.

Porque diabos um tremere traidor falaria de algo que aconteceu à quase 30 anos atrás, eu não deveria ser o único a ter a mente limpa e exposto àquela maldita lavagem cerebral, meu punho direito retorcia-se agora, quase que inconscientemente, respirava fundo dava uma baforada no charuto e voltava a falar.

-- Então o que ela quer?

- Não sei exatamente no que ela quer te encaixar, mas vai ser uma operação muito grande mesmo, apesar de sermos minoria lá. E adivinha? Os Tremere estão no topo da lista.

Porra ir chutar traseiros na Inglaterra, me parece algo bom, antes que eu pudesse falar ela seguia atropelando minhas informações.

- A regente espera você. Essa passagem é para amanhã a noite. Portanto prepare-se.

Recebia a passagem, enquanto ficava olhando para ela a mulher soltava a última frase, parece que ela me conhece mais do que eu imagino, seguia contemplando e girando o bilhete de passagem aérea com meus dedos, rodando e olhando, observando, o que devo eu fazer? me levantava, metia o charuto na boca e pensava por uns instantes, o som continuava embalando meus pensamentos sombrios, parecia um tanto quanto arriscado, nunca imaginei em voltar à inglaterra, nunca sonhei com isso, mas seria interessante enfiar meu pé nas fuças dos outros, a minha estadia lá seria breve, Charlotte poderia tranquilamente cuidar dos negócios por um tempo sozinha.

Está tudo bem?

-- Baby, vou pra Inglaterra e você vai cuidar dos negócios, você tem os brothers da gangue com você, se algum desses putos mexer contigo mande eles resolverem. -- ia na gaveta, pega um bolo de notas de 100 dólares, metia na carteira e ia caminhando, hora de tirar umas histórias à limpo, tentava entrar em contato com o John agora (narrador, no próximo post quero tentar falar com JB), saber quem é essa tal de Carmilla e saber o que ela planeja.
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Mensagem por Morgoth Ter Jul 17, 2012 12:02 pm

Jack Hunter & Crocodilo

Jack abriu os olhos. A cabeça estava estranha, obviamente efeito do sangue embriagado da noite passada. O cadáver do bêbado ainda se encontrava caído no mesmo local. Estava começando a se deteriorar. Levou alguns minutos para se recordar que estava em sua galeria, já que não se sentia muito bem pelo excesso de sangue alcóolico. Subiu até sua pocilga e reparou que havia um jornal no chão. As lembranças da noite anterior voltavam lentamente em sincronia, e pegar o jornal na mão foi o gatilho que desencadeou a volta completa delas.

A Monarquia Da Meia-Noite Stock-photo-14661803-newspaper-headlines-concerning-drugs

Foi a notícia do jornal que o fez querer "esfriar a cabeça". Diversos traficantes menores haviam sido presos ou mortos em poucas semanas. Ali de fato não era como nos Estados Unidos. A Europa não era como L.A. A polícia britânica estava botando para foder em Norwich. Deveria ele ficar feliz pela falta de concorrência? Claro que não, afinal era só questão de tempo até que sua boca recebesse alguma visita inesperada de algum tira. Norwich era uma cidade pacata, chata e estava determinada a continuar assim. Isso era preocupante. E ele seria um asno caso pensasse em contar com a Camarilla para conseguir alguma vantagem quanto a situação atual. Afinal, por que diabos uma seita de vampiros estaria interessada em drogas? Talvez Richard ou Williams tivessem alguma ideia de como funcionaria essa nova campanha anti-drogas da polícia.

Jack estava tão imerso em seus pensamentos que o barulho do telefone de seu escritório o fez saltar assim que tocou a primeira vez.

- Ei bobão, que merda você fez dessa vez hein? - A voz era de Richard. Não houve tempo sequer de falar "alô". O safado parecia alarmado.

- Acho melhor você cair fora daí e tirar tudo levar tudo o que possa te incriminar contigo. Um gaiato fez uma ligação anônima pra cá, dizendo quem era você, aonde você mora e o melhor: Que você estava com 5 kg de "fada branca" pronta pra arregaçar as napas dos clientes.

Jack não estava entendendo que diabos se passava. Quem poderia ser o delator? A polícia tinha finalmente chegado até ele? Não sabia dizer.

- Eu estou de "vigia" no parque Lane. Vem aqui me explicar essa bosta direito.

Richard desligou rapidamente como se temesse que a linha estivesse grampeada. Mas que porra acontecia? Escutou um barulho de moto na rua. Um tijolo acertou em cheio a janela, espalhando cacos de vidro imundos por todo o chão. A moto logo se foi e não houve tempo para identificar os vândalos, mas havia algo tijolo: Um bilhete bem amassado e dobrado, e nele estava escrito:

Tua hora vai chegar feioso. Teu império vai cair.

A Monarquia Da Meia-Noite SuperStock_1647R-34022

________________________________________________________________________________

A luz do dia mais uma vez se foi, dando lugar ao esplendor noturno, onde a Lua é sua mestra. Crocodilo caminhava pelas galerias fazendo sua patrulha habitual, evitando assim que algum "visitante" farreie por lá. Decidiu procurar por Lucas, mas não o encontrou. Talvez estivesse se alimentando em algum lugar. O modo como se locomovia solitário entre aquelas galerias realmente causava uma certa atmosfera de piedade, até mesmo para alguém tão bestial quanto ele. Mas ele já estava acostumado. Aliás, isso na verdade era uma benção em muitos aspectos, porque se crocodilo conhecesse o nível da maior parte da população (a parte ordinária), ele veria como a solidão é querida e como é torturante se socializar forçadamente com tamanha escória que nada acrescenta de bom a vida (e a não-vida) dos outros. Realmente é muito bom ter um local em que possa ter privacidade, longe do contato fútil de certas pessoas (e monstros também).

Havia se passado algum tempo, e crocodilo não via sinais de Lucas em nenhum lugar. Não era comum demorar tanto para voltar quando saia, e sua preocupação aumentou mais quando uma de suas crias veio com um pedaço de tecido preto na boca. Era um pedaço da camisa esfarrapada que Lucas usava. Crocodilo adentrava as galerias mais profundas procurando por seu mentor. Não o encontrou, mas encontrou um símbolo pichado na parede. Um símbolo que antes não estava lá.

A Monarquia Da Meia-Noite Tribal_mask

Ele não conhecia o símbolo, mas isso indicava que havia um intruso em seu território, e ele ainda tinha de encontrar Lucas. Foi quando que, pelo canto do olho, viu uma sombra passar correndo, de forma rápida e silenciosa.
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Mensagem por Edgard Ter Jul 17, 2012 1:35 pm

Ele leu por três vezes o bilhete, quase amaçava o pequeno papel devido ao nevorsismo dos seus dedos, que dobrava e desdobrava o papel continuiamente, e quando desdobrava-o, lhava diretamente para a cigla que assinava o bilhete:
"G.C" e rapidamente, antes de fechar novamente o papel, olhava para a escrita "Hotel Belmonte - Norwich[i]"

A falta de informações intrigava o Assamita, por que logo agora? deixando-o pensativo demais nos interesses desta missão. Contudo, o Assamita confiava plenamente que não era furada. A assinatura do bilhete assegurou sua confiança. Mas Edgard fica pensativo. Por que Gabriel quer que eu volte para lá!? ali... Ele cessa seus pensamentos, tentando esquecer a imagem que vinha em sua cabeça... o Amaranto.
Abria mais as cortinas da janela, picotando o bilhete com sua mão direita, qu e inquieta, cansou de dobrar o papel, e foi retalhando-o por igual até virar pequenos confectes picados. O vento frio e sopra e enche suas narinas, contempla as estrela, e observa a lua que brilhava cheia. Aguardava o carniçal, enquanto pensava nos propósitos desta missão. Ele apertou a cortina com sua mão direita e fechou os olhos, quando notou que o Carniçal havia chegado, então desceu as escadas rapidamente, o Carniçal abria as portas, era um novo lacaio de Gabriel, não conhecia, mas confiava em seu Senhor. Colocou as malas no banco ao seu lado, não queria por nenhum minuto se separar dela. Após um breve diálogo eles foram ao Aeroporto. Edgard seguia o caminho calado, pensativo, vislumbrando o acontecimento que presenciou na cidade de Londres, a diablerie do Ancião pelo Assamita Mont.

Diversas vezes ele viajou com suas grandes facas na bagagem, sempre a mesma desculpa: "São para coleção" repetia isso em mente, para se algo desse errado, ele já tinha o que dizer. Seu Carniçal veio até eles, ele parecia estar ali faz tempo, mas cumprimentou-o com um sorriso.
O voou não demorou muito, e logo estavam em Norwich, o novo lacaio chamou um táxi e foram ao encontro de Gabriel, no Hotel Belmont. Edgard entrou sozinho no quarto 07.

Faz mais de um ano que eu não o vejo...Espero que esteja de um bom humor... Pensava no encontro com seu Senhor. Ao entrar viu o luxo do quarto, fintou com os olhos todos os cantos do aposento, e notou que estava só. Havia outro bilhete em cima da cama bem mais bacana.

"[i]Não se preocupe, tudo o que você precisa saber está nessa página. E ao ler garanto que você achará muito interessante.

Missão: Assassinato.
Alvo: Billy “The Trickster” Addams. Líder anarquista de Norwich.
Cliente: Sir Jeoffrey Lennington, Príncipe de Norwich.
Recompensa: Quinhentos mil dólares britânicos e o vitae da vítima.
OBS: Me encontre na Derby St., 30 para acertarmos os detalhes com o cliente pessoalmente. Quando terminarmos, reservei um quarto para você no Travelodge Hotel. Ahn sim, mais uma coisa: Apresente-se a ele usando o codinome Shakiti.


Leu o bilhete e inconscientemente esboçou um leve sorriso de canto, que pareceu mais psicótico quando seu tique nervoso puchava o músculo do canto da boca repetitivamente, dando início a uma gargalhada.

— Então quer dizer que o Sr. Príncipe está com problemas com os Anarchs. falava enquanto saía da suíte.
Vejamos os poderes desse vampiro e depois usarei o seu ponto fraco.
...
Eles seguiram para o Travelodge Hotel. Edgard repousa em sua cama, inerte às atitudes de Alexander, que andava de um lado para o outro, quase tirando a atenção de Edgard, que já pensava como faria o serviço. Olhou atenciosamente para o seu Carniçal, que o indagou com uma pergunta:
— Então, já formou um plano de ação?
— temos uma bela tarefa, talvez goste, mais terás que ter cuidado.
Edgard nunca foi bom com estratégias, planos, pois as maiorias da vezes tinha que usar de seu artifício de improvisar para o sucesso de cada passo. Sempre da hora "h" algo sai errado, o alvo toma um passo falso, e isso faz perder todo o plano elaborado anteriormente. Mas ele sabia que dessa vez tinha que sair tudo perfeito, pois, o líder dos Anarch de Londres é muito poderoso e ele não anda só, tem um bando de loucos que o seguem, por isso Edgard tem que ser Veloz (como de costume) e discreto (como de costume)
— Primeiramente iremos ao encontro de Gabriel e o Princípe, quando soubermos onde é a área dominada pelos Anarquistas nós pensemos em algo mais decisivo, entende. Quero que você saiba mais sobre eles pra mim, e quero que seja discreto, ok!? nada de aparecer com a cara na janela se não for pra fazer algo proveitoso.

Edgard desfazia suas malas, pegando suas facas, limpando-as e despejando sobre uma delas o seu veneno, logo após, ele põe novamente na bainha e sai do quarto.
— Vamos, encontraremos o Príncipe e o Gabriel Chavez, lá eles nos darão detalhes. finalizava com um breve sorriso.

preferiu ir de escadas, os elevadores são muito apertados e desconfortantes, e nas escadas ele pulava uma série de degraus que o fazia chegar (talvez) mais rápido do que o elevador. Chegava na recepção girando a chave na sua mão direita, e a entrega a recepcionista.
— Boa noite bela jovem piscava o olho cuide bem das minhas chavez, tá bem.

Saindo do Hotel, ele chamava um táxi e seguiam para a Derby St. 30.
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A Monarquia Da Meia-Noite Empty Re: A Monarquia Da Meia-Noite

Mensagem por Morgoth Qui Jul 26, 2012 10:46 am

Ciara Fay

Ericka não estava brincando. O vai e vem pelo restaurante estava se tornando cansativo. As pessoas conversavam, riam, fumavam e pediam diversos pratos diferentes, porém o clima lá dentro jamais era exaltado. Um outro exemplo da típica edução britânica em ação. Por um momento a dupla de garçonetes conseguiu sentar para tomarem um pouco de fôlego. Os dedos até doiam de tanto fazer anotações.

- Nossa eu nem acredito que você foi chamada para apresentar suas esculturas no velho castelo! Finalmente um pouco de sorte nessa maldita cidade, não é? - Ericka sorridente e empolgada não conseguia deixar de tocar nesse assunto, e não ajudava em nada para a paz interior de Ciara que, sem heroína ainda por cima, voltava a ficar aflita com essa ideia.

O papo entre as duas foi momentâneamente interrompido pela entrada de um homem mal vestido, fedido e de aspecto deplorável, que caminhava aos tropeções para pero delas.

- Ahn não acredito... Helena!

A Monarquia Da Meia-Noite Mendigo

Ericka logo saiu do salão para chamar a patroa antes que o homem começasse a incomodar os funcionários e clientes. Em um ímpeto inesperado ele correu até Ciara e a agarrou pelo braço.

- Eh, você não deveria fazer isso sabia? É uma garota bem bonita! Não tem medo de morrer? Não deveria buscar a morte! - o mendigo se referia as marcas das agulhas no braço de Ciara. - - Os anjos falam comigo, sabia? Eles me disseram que você será tentada pelo Demônio em breve. O novo demônio, sabe? Fique longe daquele castelo!

Ciara nada dizia. Não era possível dizer se era por causa das palavras do mendigo ou por causa de sua fala ofegante e rápida com hálito podre.

- Você não tem nada melhor para fazer do que ficar perturbando as pessoas daqui com suas tolices? - Bastou a presença de Helena para que o homem abandonasse o aposento com certo temor nos olhos.

Ericka começou a se desculpar com os clientes, garantindo que não iria acontecer de novo. Helena perguntou se Ciara estava bem, então a levou para um canto.

- Bem, não quero te pressionar, e você sabe que não precisa fazer isso se não quiser, ok? Mas eu estou no telefone com o representante do Lorde, para garantir sua vaga. A hora é essa Ciara. Então, o que me diz?
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Mensagem por Morgoth Sex Jul 27, 2012 12:10 pm

Edgar Bartolinni

Só uma coisa: A parte de ir para a Derby St. 30 é a cena que aconteceu na introdução da crônica marcada pelas reticências na primeira postagem que eu fiz para você. Poste de novo considerando que você está em seu quarto e que já acertou os detalhes com o Príncipe, recebendo metade do dinheiro combinado. Ou seja, já se preparando para algum contato com o seu alvo.

PS: Em breve posto para os demais. Ando meio sem tempo.


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Mensagem por Asura Sáb Jul 28, 2012 12:08 am

O sono se vai e aos poucos vou acordando, já ser noite. É fácil perder a noção aqui em baixo, “não a janelas”, “não se vê a lua”, nem a outros pontos importantes que os da "Superfície" usariam pra se orientar, mais isso não me importa de verdade. Não sou da "Superfície", tenho meus instintos, o que me são mais que suficiente.

Eu estou em casa.

- Grahhr! Um som grosso e anazalado, ecoa preso na garganta sem conseguir se propagar naquela água fétida, enquanto ainda sonolento começo a remexer os detritos sobre os quais estou deitado, me desprendendo deles no leito da galeria e me deixando ser levado pela corrente. Agora acordado, volto a percorrer os túneis da forma que mais me agrada e que também acabaria por me assemelhar a um Crocodilo, se minha aparência por si já não fizesse isso. (OFF: Qual. Písceo).

Urina, Fezes e muitos, muitos outros dejetos compõem esse rio turvo e mal cheiroso, mas isto não me incomoda. Sou tão horrendo (e ainda pior), que tudo que me cerca e esse lugar na verdade me complementa bem.

Eu sou “Crocodilo”, este é meu território.
http://fc08.deviantart.net/fs70/i/2010/297/9/4/lizard_by_antoniofabela-d31ew2u.jpg


Eu evito e sou evitado por todos, Lucas. quase todos na verdade. A existência de um Nosferatu é solitária, a minha é ainda mais (o que não é de todo ruim). Mas embora mesmo os de meu Clã se afastem de mim e evitem meu território, toda regra tem exceções e recentemente tenho tido companhia. Não, não estou falando de “Cruela”, meu lindo bichinho e ate pouco tempo, única “constante” da minha não-vida. (OFF: Antecedente Lacaio, exemplar de crocodilo do gênero feminino, nomeada como “Cruela”). Lucas é um Irmão Nosferatu, que ficou mais próximo depois do “Incidente Refeição” com o Brujah e de quem mesmo “gosto” embora “gostar” não seja uma coisa natural em mim. Droga, sentir falta companhia dele, com toda aquela curiosidade e inquietação humana. Já devia ter agora, muitas noites que não o encontrava, e na verdade não encontrava nem sinais dele. O que começava a me soar estranho ... suspeito. Melhor procura-lo. Mas não conseguia acha-lo. Quando “Cruela” veio me trazendo um punhado da vestimenta dele, minha aflição despontou e tive uma certeza. Lucas em perigo. Eu tinha de encontra-lo.

(OFF: Não sei se essa ação será possível. Mais se “sim”, quando “Cruela” me trouxer parte da blusa esfarrapada de Lucas vou lhe fazer a seguinte pergunta por meio de meus dons). (Animalismo) – Onde achou isso?

Decidido a achá-lo fui a extremos, vasculhando toda galeria em que ele pudesse estar, cada maldito túnel e cano, ate chegar às partes mais profundas do esgoto, ainda sem sucesso. O que acontecer você? Ele não sumiria assim ... e aquela blusa em frangalhos ... ele tinha sido atacado? Não poder ser. Lucas não era muito forte, fico preocupado e ficar preocupado me deixa irritado.

Que é isso? Esse símbolo não estava aqui antes, nem era meu. O que queria dizer Intruso. Meus olhos se estreitam perigosamente. Então alguém com pouco bom senso, tinha ousado demarcar seu território no MEU território! Alguém tinha feito mal a Lucas? Alguém estava me provocando?

Consequentemente, alguém vai morrer!
Achar Lucas, Penso preocupado com meu “companheiro”, comer Invasor. Penso já começando a salivar, enquanto raciocínio de forma simples. “Achar invasor é achar Lucas”.

Penso, Lucas ter de estar bem, pois se não estivesse, esse “Invasor” pediria pra morrer.

Caçar, matar, comer.
Este é meu instinto natural, isto é o que melhor sei fazer, e quem quer que fosse minha presa, tinha se metido com o animal errado. (Quando ele percebesse isso, é claro, seria tarde de mais).

Ia começar a caçar, tendo a parede do símbolo como ponto de partida, quando pela lateral, bem no limite da visão vislumbro uma sombra. Rápida, sutil. Ali! Ainda que não rápida nem sutil o suficiente. Disparo me pondo em perseguição da mesma. Tentando alcançar a Criatura que projetava aquela sombra. Não vai fugir de mim! Estamos em meus tuneis, e a vantagem é minha. (OFF: Por viver aqui e conhecer a área de meu próprio território. Creio ter alguma "vantagem" sobre um invasor não habituado com o terreno e que ainda não conheça a região e as rotas que conheço). Corro dando o maximo de mim, tentando diminuir a distancia e não deixar que ele se distancie, nem saia de meu campo visual. - ROARrr!!
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Mensagem por Morgoth Seg Jul 30, 2012 9:16 pm

Crios Bardock

- Angi, pode me encontrar no restaurante Kali Donrymate? Tenho uma boa noticia sobre o paradeiro de Angelo.

- ... Sim, como quiser. Já estou indo. - O silêncio momentâneo de Angeline mostra uma certa surpresa em relação a notícia.

A conversa foi breve. Crios desligou o celular assim que relatou brevemente a descoberta sobre o paradeiro de Angelo, pois preferia entrar em detalhes apenas pessoalmente por questões de segurança.Voltou a se focar na sua leitura, embora o entusiasmo dificultasse a sua concentração da mesma forma que dificultava esconder o sorriso malicioso de triunfo em sua face. O Tremere aguardou poucos minutos, fechando o livro com um leve baque provocado pela colisão do lado da capa com o lado da contracapa. Sentiu uma mão suave repousada em seu ombro. A única razão de não ter esboçado qualquer reação era que conhecia aquele toque.

Angelline sentou-se diante dele sem esperar o convite, ocupando o mesmo lugar em que William estava.

- Eu espero que você tenha pensado no que vai fazer agora de uma forma muito meticulosa. Afinal você o conhece melhor do que ninguém, e sabe que não vai ser tão fácil assim exterminá-lo, não é mesmo? - Ela demonstrava uma séria preocupação com o irmão a respeito disso. Ela sabia que Crios não descansaria enquanto não cumprisse a sentença final do Tzimisce.

Angelline olhava para o irmão, estudando-o em silêncio com uma expressão fria, como se pudesse sentir a sua euforia vibrando violentamente no ar que compunha a atmosfera ao redor daquela mesa. Obviamente o fato de Crios lutar constantemente para tentar ocultar aquele sorriso de expectativa de seu rosto só facilitava as coisas para ela, já que ele não estava conseguindo.

- Então, meu caro irmão feiticeiro, aonde está Angelo Bartoline? Eu não vou ser estúpida de perguntar se você vai atrás dele ou tentar convencê-lo a não ir. Mas já que essa é a sua decisão, diga-me: O que pretende fazer?
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Mensagem por Crios Bardock Dom Ago 05, 2012 12:27 pm

Crios acabava de desligar o telefone. o sorriso malicioso esperando o triunfo estava estampado em seu rosto, impossivel nao notar.

Ja estava lendo aquele livro a algun, porem desistiu é uma decpçao, mas se eu ler agora, nao vou poder absorver as informaçoes como eu devo. melhor para agora e me focar em angello.....

uma mao suave e deliocada tocava em seu ombro. Ele sabia melhor do que ninguem de quem era aquela mao. Sua irma havia chegado justamente quando ele fecha seu livro.

-ola maninho dizia ela num tom carinhoso como se aquilo fosse um comun "oi" entre os dois
-oi mana

Antes de crios convidala para sentar ela ja puxou uma cadeira e ja se sentou, na frente de Crios

Spoiler:

- Eu espero que você tenha pensado no que vai fazer agora de uma forma muito meticulosa. Afinal você o conhece melhor do que ninguém, e sabe que não vai ser tão fácil assim exterminá-lo, não é mesmo? - Ela demonstrava uma séria preocupação com o irmão a respeito disso. Ela sabia que Crios não descansaria enquanto não cumprisse a sentença final do Tzimisce.

Crios já tomava um tom mais serio agora, pensando e analizando possibilidades. Sabia que poderia confiar em sua irma, então não pensou duas vesses em contar oque tinha em mente

-Realmente, matar aquele maldito não sera nada fácil, ainda lembro da ultima vês que estive frente a frente com ele...So que dessa ves eu nao vou cometer o mesmo erro de 1998 quando eu quase cheguei na morte final, sorte minha que voce chegou, e na hora certa.

Crios deixava o seu tom mais serio enquanto lembrava da dificuldade de seu ultimo combate com Angello. ele nao era qualquer tzimisce. Crios passou boa parte de seus 120 anos investigando esse maldito demonio. sabia que seria dificil vence-lo. Mas nao tirava o sorriso de seu rosto, como se ele tivesse uma carta nova na manga

a grande diferença é que em 1998 eu nao tinha conhecimento da taumaturgia...agora, eu posso ter uma chance maior. posso queimar ele em poucos segundos.

- Então, meu caro irmão feiticeiro, aonde está Angelo Bartoline? Eu não vou ser estúpida de perguntar se você vai atrás dele ou tentar convencê-lo a não ir. Mas já que essa é a sua decisão, diga-me: O que pretende fazer?

Crios fica em silencio por um breve tempo, projetando uma resposta. Bota uma mao em seu queixo em forma pensativa

-Ele esta na inglaterra, na cidade de Norwich. nao sei porque, mas eu vou descobrir. Bem, a primera coisa que eu farei agora sera lhe convidar mana, juntos podemos matar ele e vingar nossos pais, alem de que, sosinho talves eu nao consiga, eu preciso de voce mana. Serei novo na cidade, preciso de alguem para confiar e voce é a unica pessoa que eu tenho essa confiança

Crios a olha nos olhos com um tom de medo, e tinha sim medo, mesmo que agora ele estava dominando o fogo, o tzimisce poderia ter melhorando suas habilidades. Um mundo novo complatamente diferente estava começando a se abrir para Crios precisava de aliados ou seria esmagado facilmente, nao poderia deixar sua irma em NY tambem. apesar desse medo, crios ainda sorria meigamente para Angelline esperando uma resposta

-A segunda coisa que vou fazer agora é falar com viert e com a regente. uma tranferencia de aprendiz nao deve ser tao complicada, espero....praparar meu lanchinho pra viagem e se possivel, ainda ver com viert como se faz o ritual que permite ficar imune a estacas por um certo tempo. evitaria uma boa armadilha por la
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Mensagem por Morgoth Ter Ago 07, 2012 5:31 pm

Lobo

O Maioral abandonado o aposento sem dar muitas explicações para Charlotte. O convite para retornar a velha pátria ainda causava certa surpresa em sua mente, afinal não esperava aquilo, muito menos daquele jeito. Olhou para a passagem em mãos. Fosse o que fosse, a coisa parecia bem séria mesmo. Seu foco estava em Carmilla. Se ela realmente era quem Adelle disse que era, então ele tinha que tomar cuidado, já que a desgraçada deve ser muito poderosa (ou pelo menos, muito esperta). Tinha que tentar saber mais sobre ela.

Lobo foi até a única cabine telefônica que ficava na entrada do bar, quase pisando em um dos rapazes que dormia logo abaixo dela. Pelo número de garrafas de whysky vazias que estavam ao seu lado, era um milagre ainda estar respirando. Pegou o fone na mão. Odor de vômito e pinga barata. Afinal, existia alguma coisa naquele lugar que não cheirasse a bebida, vômito ou urina? Discou o número particular de John, um número que de alguma forma o Nosferatu programou para que não fosse grampeado.

- Sim Lobo, estou aqui. - Essa "adivinhação" não surpreendia o Brujah, afinal ele era uma das poucas pessoas que falava com ele (e que conhecia aquele número).

- Ao julgar pela hora posso deduzir que você fez contato com a tal Adelle. Que anjo não é? Eu gostei da bundinha. Enfim, provavelmente quer saber mais sobre os propósitos dela, não é? Bem, felizmente eu já fiz minha lição de casa com a ajuda de alguns irmãos de esgoto. - Lobo tinha que admitir, o bicho era feio mas não dormia em serviço.

- Antes de eu perguntar o que você quer saber, obviamente preciso perguntar: Qual o meu lucro nessa brincadeira?
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Mensagem por Pri Ter Ago 07, 2012 6:49 pm

[só pra justificar minha demora: to apertada no trabalho, o que acaba me deixando cansada no fim do dia... devo postar o mais rápido possivel, desculpe a demora]



A agitação do trabalho fazia sua cabeça afastar-se de tudo o que precisava decidir. Era sempre um escape saudável para longe de seus problemas e também longe de si mesma, uma vez que as pessoas que frequentavam o lugar eram tipicamente inglesas, onde até mesmo a alegria era exaltada de forma contida. Será que algum deles já havia pulado de alegria alguma vez em suas vidas? Saltado nas poças de água formadas pela chuva para simplesmente se divertir? Não... provavelmente não. Emoções não faziam parte dos "distantes" britânicos. Talvez sua criação a havia feito diferente daquelas pessoas as quais ela anotava os pedidos com um sorriso caloroso . Não era uma cidadã típica que continha dentro de si tudo o que pensava ou sentia... Apesar de sua timidez, quando sozinha podia-se exaltar quando e quanto quisesse. E também nas ruas quando não havia ninguém. Drogar-se também acabou tornando-se um modo de expressão, no final das contas.

Finalmente após algumas horas seguidas de trabalho constante as coisas pareciam se tranquilizar, o que não era bom. Sua mente poderia parar para pensar nas coisas que não queria. Era sempre tão mais fácil fugir delas ocupando-se com tantas outras para se fazer. Encostou-se em um dos bancos do balcão enquanto fitava as pessoas que ainda restavam ali, os braços estendidos e com os pulsos cruzados na frente do corpo, as mãos segurando a caneta e o caderno de anotações. Acabava um suspiro profundo quando Ericka se colocou ao seu lado, falando num tom animado tudo aquilo que havia evitado pensar enquanto trabalhava. O suspiro terminou num gemido dolorido e baixo - É... Pelo menos se você tem coragem de encarar uma porção de pessoas julgando seu trabalho, pode se considerar com um pouco de sorte. - Resmungava, olhando para os próprios pés que fingiam chutar uma pedrinha inexistente. Aceitar o convite poderia mudar toda sua vida... Não aceitar, o que causaria? Seria encontrada morta por overdose em algum dia dentro de seu apartamento, já comida por ratos? Tá, estava exagerando ao acrescentar os ratos mas isso não era impossível de acontecer, aceitando ou não a proposta. Qual seria para ela o maior desafio...?

"Ignorar o cheiro desse mendigo." Pensava consigo mesma ao ver o homem começar a vir em sua direção e na de Ericka, que já saía atrás de Helena - Deixa comigo. - Afinal, não precisavam incomodar Helena só por causa de um mendigo. Talvez se prometesse dar a ele um pouco da comida do bar ele simplesmente esperaria lá fora. Sim, ela podia fazer isso. Desencostou-se do banco e andou na direção do homem, enquanto ele vinha correndo em sua direção e lhe pegava pelo braço, surpreendendo-lhe. Abriu a boca para falar em protesto, mas o que ele lhe disse a fez calar-se, assombrada. Como... Como ele sabia? Moveu os lábios para dizer algo, mas sua voz não saía. As coisas que ouvia no entanto eram sem sentido, mas faziam-na sentir algo estranho. Sabia que enquanto perseguia seu paraíso, também perseguia sua própria morte. Dançavam juntos no desconhecido toda vez que sentia seu pequeno pedaço de paraíso subir por seu sangue... E naquela hora, não se importava se acabaria por deitar-se com a morte. Iria feliz para seus braços.

Finalmente era salva por Helena, que fazia o mendigo sair correndo como se ela fosse o demônio o qual ele havia dito. Que fosse. Pelo menos a havia livrado de suas insanidades e bafo pavoroso. Agradeceu aliviada a mulher, instintivamente colocando sua mão sobre as marcas no braço que o homem havia segurado como se aquilo lhe desse alguma segurança e caminhou ao lado de sua salvadora quando ela lhe guiou para um local mais afastado. Imaginava que ela falaria sobre a visita do mendigo, esquecendo-se que devia a ela uma resposta. Piscou atordoada alguns instantes, mordiscando nervosamente a parte interior do lábio.

"Não vá para o castelo."

"Um novo demônio."

E um sorriso desenhou-se em seus lábios. Qual seria o maior desafio? Qual era seu maior demônio...? - Eu irei, Helena. Agradeça ao representante do Lord pela oportunidade... E obrigada a você também por seu apoio e lembrar de mim. - Como dizem por aí?

"Se está no inferno... Abrace o capeta."
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Mensagem por Morgoth Sex Ago 17, 2012 8:36 pm

Crocodilo

Cruela apontou a virada da esquerda quando Crododilo, usando de seu dom, perguntou aonde ela havia encontrado o pedaço de roupa que pertencia a Lucas, e que agora se encontrava entre as suas mandíbulas. A mente do Nosferatu começou a trabalhar rápido nas suposições quando encontrou o estranho símbolo na parede, e o pensamento cessou para dar lugar a ação, quando seus olhos detectaram sutilmente a movimentação intrusa e rápida na entrada leste da galeria.

Crocodilo se movia com relativa facilidade e rapidez, afinal teve muito tempo para mapear mentalmente e se adaptar aquele local repugnante que se tornara seu lar. Mas mesmo ele não conseguiu alcançar o intruso, que simplesmente sumira. O desgraçado poderia ser rápido e se esconder muito bem, mas ninguém conhecia aquela galeria melhor do que ele. Crocodilo logo deduziu que o invasor provavelmente usou o dom que os Nosferatus também usam para que pudesse escapar com tanta facilidade. Sua corrente de raciocínio foi quebrada pelo toque de uma mão áspera em seu ombro, fazendo-o virar-se violentamente para se defender de um possível golpe. Mas não havia nada de hostil na figura que seus olhos agora captavam. Lucas o encarava de forma séria.

- Você também o viu, não foi? - A roupa de Lucas estava com um enorme rasgo no peito, embora sua carcaça pútrida não expusesse nenhum tipo de ferimento. - O desgraçado me atacou com uma faca, mas dei uma lição nele. Quando viu que não poderia comigo, deu no pé.

Como ele já imaginava que Crocodilo iria começar a supor os comos e porquês, Lucas logo se adiantou.

- Como ele conseguiu invadir nossa galeria com tanta facilidade, eu não sei. Talvez ele seja tão bom em ser discreto quanto nós. Mas o que me perturbou foi o motivo de sua vinda.

Lucas sentou-se bruscamente no chão como se desmoronasse, então voltou a encarar Crocodilo e prosseguiu.

- Vou te explicar direito: Anos atrás quando eu estava na Inglaterra um irmão da minha antiga ninhada conseguiu roubar um artefato de uma capela Tremere. Era um livro antigo, uma espécie de tomo escrito em uma língua estranha que eu não compreendia. O irmão que me deu isso disse-me apenas que se tratava de um artefato demoníaco, maldito, que lidava com a invocação de um ser chamado Karondom, ou algo assim. Ele me pediu para esconder o tomo, pois aquele que conseguisse invocar esse ser teria a sua fidelidade e seu poder de destruição aos seus pés.

Era uma conversa estranha, algo que Crocodilo nunca tinha ouvido antes. Mas não havia motivos para não acreditar em Lucas, afinal ele não era de mentir - ainda mais para um outro de seu clã.

- O intruso que veio até aqui pretendia me raptar e me interrogar para saber a localização do livro. Ele era um cainita do Sabá, e mencionou uma vampira poderosa chamada Carmilla e um "plano de erradicação". Eu não entendi bem, mas algo grande está para acontecer lá.
Não temos escolha. Precisamos ir para a Inglaterra e descobrir o que essa tal Carmilla está tramando. E o mais importante, se o tomo estiver envolvido nesse plano, precisamos destruí-lo! É perigoso demais se cair nas mãos do Sabá, você me entende? Croc, eu sei que não gosta de deixar seu território, mas não posso fazer isso sozinho e você é o único que vejo como confiável. Não posso me arriscar a levar outro de nós e vê-lo se apoderar no tomo gananciosamente para algum proveito próprio.


O que Crocodilo faria? Era tudo tão novo, inusitado e quase surreal. Lucas jamais mentiria ou faria tal brincadeira. Ele teria que deixar tudo que conhecia para trás. Ele não poderia deixar de ajudar seu único semelhante na mão - o único que tinha estima por ele.

- Vou falar com os meus contatos. Preciso descobrir quem é essa Carmilla e aonde ela está.
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Mensagem por HaSSaM Sáb Ago 18, 2012 10:39 am

As energia voltava lentamente para o corpo de Jack, Ele primeiramente abria um sorriso nos lábios, aquele velho e sacana sorriso. Agora ele não podia reclamar da vida, afinal de contas ele não tinha uma, ele estava morto, mas continuava a enfrentar a lei de Deus, noite pós noite. Andando pelas mesmas ruas, fazendo quase as mesmas coisas. Enchendo a cara, lutando contra o sistema e decifrando a comedia que aquele mundo era, com isso ele conseguia tirar boas gargalhadas. Se levantou daquele lugar nojento, mas adequado para alguém repugnante como ele. Passou por cima do cadáver do homem. Não estava muito acostumado a matar, por isso fingiu não vê-lo. Fechar os olhos e não se olhar no espelho as vezes diminuía a dor. As vezes.

Sua mente visualizava a face ilusória que usava toda a noite¹ e com um mínimo de concentração ele conseguia criar o disfarce. Um homem de 30 anos, vestindo um terno negro e por baixo uma blusa social branca com alguns botões faltando para se fecharem completamente. No rosto uma face bonita e limpa. Na cabeça um chapéu negro, onde já se transformou em sua marca. Era daquela forma que deixava o local, seguia para dentro do seu apartamento. As lembranças das ultimas noite o deixou alerta, precisava cuidar desse problema, precisava destruir essa força que ameaça destruir tudo que ele começou a conquistar. O telefone tocava, ele atendia sem muita pressa.

A voz de Richard chegava a seus ouvidos com violência, demorava a entender quando Richard começava a despejar toda aquela merda em cima dele, Jack não acreditava, era como se o destino lhe desse um tapa na cara. Ele podia ver a realidade bem ali, sorrindo com sarcasmo para ele e dizendo “volte para cá otário”, se fosse antes Jack não faria nada, alem de aceitar o convite. Mas naquele momento ele estava afim de lutar. De batalhar para manter aquilo que conquistou.

- Valeu pela dica, tentarei chegar até você.

Jack desliga o celular e dava uma olhada no local, não movia um músculo, apenas vislumbrava o que iria perder se não bolasse um plano. Não, fugir não era uma escolha. Só o que precisava era de uma prova falsa. Jack sorria consigo mesmo quando aquela idéia passou pela sua cabeça.

Mas a porra do destino não deixaria isso tão fácil, não é mesmo? O vidro da janela se estilhaça pelo chão e o tijolo cai bem diante do seu pé. Pouco se importou, provavelmente algum drogado com raiva por causa de alguma sova antiga e aquela janela estava emperrada mesmo, um pouco de ventilação não seria tão ruim. Mas é nesse momento que ele percebia um bilhete. O sorriso de Jack se abre ao ler. Um membro estava por trás de tudo aquilo. Mas porque se dar ao trabalho de avisar? Aquilo estava começando a ficar perigoso, e Jack não tinha tempo para desvendar aquilo que não podia ser desvendado por alguém como ele.

Jack se levanta, guardava o bilhete no bolso. Pegava seu pó, todos os 5 quilos e as trouxinhas que já estava preparada para a venda e saia pelo corredor. Batia na porta do primeiro viciado que conhecia.

- Esconde isso aqui pra mim, Tudo bem? – Jack gargalhava por dentro. – Pode usar o quanto puder. – Jack sorria e dava uma piscadela com um olho. Se tivesse sorte o infeliz morreria de overdose e poucos mortos falam com os vivos, muito menos com policias.

Com as mãos nos bolsos voltava para seu apartamento, nesse momento percebia seu erro, ainda faltava se livrar da agenda, ali continha muitos nomes, preços e devedores.

- Onde eu coloco essa porra!? – falava para si mesmo olhado para os cômodos, aquilo era importante, muito ainda a ser cobrado. Tanto favores quanto a dinheiro. Ele enrolava em um saco plástico a vacu e jogava na descarga, não no vaso. Agora era só esperar e começar o show.

A noite prometia.
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Mensagem por Morgoth Seg Ago 20, 2012 2:32 am

Abdul Alhazred

O Assamita se encontrava sentado na sua cama fazendo a manutenção do seu revólver Magnum .44. Limpava os resíduos de pólvora dentro das câmaras da enorme roleta de seis projéteis, refletindo sobre a existência maldita de seu ser. Às vezes pensava no propósito de tudo isso, como agora fazia. Cainita... Uma criatura nobre como ele deveria ter uma razão igualmente nobre por ter adquirido esse dom, e um propósito muito maior no Universo do que matar por dinheiro. Ele pensava na Origem, no "Pai" de todos, e no por quê das coisas serem como são agora, no momento presente. Mas o que mais ele poderia fazer? Vivia ainda como um mortal vida torta porque era tudo o que ele realmente sabia fazer. Conhecimento é poder, e quanto mais ignorante mais supostamente ele poderia ser manipulado pelos seus "irmãos" mais velhos. Deve ter sido por isso que ele ficou tão bom em destruí-los...

Assim que terminou a manutenção da Colt carregou-a usando o Speedloader. Estava pronta para matar. Era de fato bonita e poderosa, reluzindo na luz do aposento. O baque na porta o fez instintivamente apontar a sua "companheira" contra um suposto inimigo que poderia invadir a sala a qualquer momento.

- Quem é?
- É o Leone. Tenho boas novas para você.

O tom de voz familiar fez o Assamita relaxar, levantando-se calmamente para abrir a porta.

- Veja, Abdul: Tenho um novo trabalho para você. Um que vai nos tirar definitivamente da vida "humilde".

Leone entrou e logo se sentou na mesa, sem pedir permissão. Mas Abdul não se importou. A notícia o fez ficar eufórico. Fazia tempo que não tinha um trabalho interessante, e pelo o que Leone tinha falado, a recompensa seria mais do que satisfatória.

- Abdul, fui contatado via e-mail por um homem chamado Theodore Lancaster, da cidade inglesa de Norwich. A mensagem do sujeito era esquisita, cheia de analogias, gírias estranhas e duplos sentidos. Eu tive quase que pagar um Acadêmico para decifrar essa maldita mensagem.

Leone abriu uma maleta sobre a mesa aonde havia a mensagem impressa em folha A4 que Theodore havia enviado. De fato era uma mensagem esquisita e fazia pouco sentido, como se estivesse criptografada.

- Antes que você fique louco tentando ler isso, o resumo é o seguinte: Ele trabalha para um cara que ele menciona apenas como "The Trickster", que é um Anarquista. Ele disse que um tal Príncipe contratou um homem como você para matá-lo. Na verdade, ele enfatizou muito a parte da semelhança entre você e o outro assassino. Ele quer pagar na mesma moeda e quer que você vá até lá dar cabo do tal Príncipe.

Parecia algo interessante, mas Abdul não entendia como alguém que estava tão longe o conhecia para contratar seus serviços. Será que Mustafar estava por lá? Era uma possibilidade.

- Eu juro que não sei como esse sujeito ficou sabendo de você Abdul, mas ai vem a melhor parte: O cara prometeu U$10.000.000,00 se você dar cabo do Príncipe antes do outro assassino matar o "patrão" dele. U$10.000.000,00! Vamos ficar milionários!

O pagamento era algo realmente exorbitante. Abdul pensou muito no caso. Algo estava acontecendo por lá. Algo muito importante. Para pagarem tanto assim, o alvo deveria ser muito poderoso, perigoso e influente. Ele precisava tomar muito cuidado, afinal não sabia aonde estava se metendo e não conhece nada do solo europeu. Era uma oferta tentadora, mas o quanto poderia ser perigosa?

-E aí, qual a sua resposta Abdul? Você vai aceitar, não é? - A excitação de Leone era completamente perceptível. Seus olhos brilhavam com uma ganância jamais vista antes.

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A Monarquia Da Meia-Noite Empty Re: A Monarquia Da Meia-Noite

Mensagem por Killer Instinct Seg Ago 20, 2012 2:59 pm

Eu estava limpando e fazendo manutenção no meu querido e único revolver, sempre era uma coisa chata cuidar das armas, mas sem dúvidas era algo importante e todo assassino de respeito devia cuidar ele mesmo disso, verificar a mira da arma, passar olhe nas peças, montar e desmontar conferindo cada peça, e é claro, limpar resíduos de pólvora. Se em um caso improvável ele fosse pego pela policia antes mesmo de usar a arma eles veriam uma arma limpa e sem resíduos, então seu advogado teria menos problemas em soltar ele da cadeia. As facas eram mais simples e de cuidar, só devia afiar e untar a lâmina para evitar ferrugens.

E sem saber como tudo iniciara, eu já encontrava-me perdido em pensamentos sobre minha existência amaldiçoada, no meu caso tudo já era maldito antes mesmo de ser abraçado, meu morto pai que o diga. Todo esse lance de imortalidade e poderes era uma parte muito boa, ainda mais para alguém que vive lidando com a morte.


Mas será que devo ficar toda a eternidade só nisso? Não consigo me ver daqui dez anos, muito menos consigo pensar o que fazer com cem, cento e cinquenta, e quem dirá com trezentos anos, nem me vejo chegando há isso. Morte existe até mesmo para um de nós.

Nunca tinha interessado nessas velhas historias, seja as que estavam no Alcorão ou ainda mais nessas historias velhas e podres dos membros. Intrigas, mentiras e dissimulações. E é claro, muitas conclusões errôneas. Mas ainda sim talvez fosse hora de pensar e planejar uma nova etapa para ser seguida na minha não-vida.

Preferia ficar sozinho e seguir com uma imitação em preto e branco da minha antiga vida, mas talvez devo entrar ativamente nessa historia de membro, seja simplesmente na minha cidade ou fincando fidelidade e compromisso com meu Clã, Haqim pelas historias, seja as contatas pelos outros ou pela nossa próprio Clã me parece ser um dos "meus".

Termino a manutenção e recarrego rapidamente usando o speedloader, era uma tolice colocar bala por bala em determinadas situações, o seedloader foi feito justamente para as armas de tambor poderem competir com as que usam pente de balas. Era uma excelente arma, ele gostava de usar ela mesmo contra membros, isso que ela se tornara pouca coisa se comparada aos seus poderes unidos de uma faca, mas ainda sim devia muito a ela.

Então do nada ele escuta uma batida brusca na porta, sempre prevenido e usando de seus indistintos miro a porta, pergunto rapidamente e de forma casual.


Abdul - Quem é?

- É o Leone. Tenho boas novas para você.

Relaxo, ao menos por enquanto, aparentemente era meu "agente", meu empresário que organizava e pegava meus serviços. Levando da cama e vou calmamente até à porta, destranco ela e abro para ele, mas ainda continuo atento. O homem entra logo no apartamento, parecia estar agitado e feliz. Ele logo senta em uma das minhas cadeiras segurando uma maleta. A euforia também toma conta de mim, parecia que era coisa boa tanto pelo dinheiro como pelo desafio.

- Abdul, fui contatado via e-mail por um homem chamado Theodore Lancaster, da cidade inglesa de Norwich. A mensagem do sujeito era esquisita, cheia de analogias, gírias estranhas e duplos sentidos. Eu tive quase que pagar um Acadêmico para decifrar essa maldita mensagem.

Já ouvi falar desse sobrenome. Lancaster. Era uma familia envolvida nas Guerras das Rosas ou outra briguinha medieval de ingleses.

Se existia alguma coisa que Abdul gostava de estudar quando era novo era sobre guerras, nenhum tema escolar era melhor do que historias de guerras e assassinatos, sempre coisas que mudavam o mundo. Leone pega a maleta que carregava e mostra o conteúdo para mim. Era uma folha em uma coisa que talvez pudesse ser chamada de inglês, talvez algo bem medieval e antigo, os americanos sempre riem do modo que os ingleses falam.

- Antes que você fique louco tentando ler isso, o resumo é o seguinte: Ele trabalha para um cara que ele menciona apenas como "The Trickster", que é um Anarquista. Ele disse que um tal Príncipe contratou um homem como você para matá-lo. Na verdade, ele enfatizou muito a parte da semelhança entre você e o outro assassino. Ele quer pagar na mesma moeda e quer que você vá até lá dar cabo do tal Príncipe.

Membros, os serviços do tipo sempre envolvem esse tipo. Anarquistas, seitas, clãs, para mim tudo isso é besteira. E sempre existe idiotas como eu para fazer o serviço.

Abdul - Príncipe do velho mundo... de qual cidade ele é? Norwich?

Pergunto de maneira casual, enquanto isso tentava pensar se era possível que o outro assassino era justamente outro do meu clã e quais tramóias os membros do velho mundo poderiam estar tramado para envolver até mesmo ele.

Mustafar sempre pode estar envolvido, um maldito nem tão velho assim, mas parecia vagar com a morte por todos os lados do mundo.

- Eu juro que não sei como esse sujeito ficou sabendo de você Abdul, mas ai vem a melhor parte: O cara prometeu U$10.000.000,00 se você dar cabo do Príncipe antes do outro assassino matar o "patrão" dele. U$10.000.000,00! Vamos ficar milionários!

Continuo escutando atentamente tudo isso, já me encontrava sentado perto de Leone e ainda segurava a folha de papel na minha mão esquerda e com à direita fico acariciando minha arma.

Sem dúvidas vai ser meu maior desafio até o momento, talvez meu divisor de águas. Um Príncipe do Velho Mundo certamente é poderoso de todas as maneiras. Muito dinheiro envolvido, talvez me sinta com receio justamente por causa disso, uma isca e tanto essa soma de grana.

-E aí, qual a sua resposta Abdul? Você vai aceitar, não é?

O humano estava pulsando de excitação, ele ficaria com dez por cento dos ganhos de Abdul, mas enquanto Abdul lidava com o grosso ele poderia continuar na casa dele bebendo ou fazendo qualquer porcaria.

Se eu morrer não tem problemas, ao menos não para ele. Se eu conseguir ele ficou milionário e pode largar totalmente os serviços prestados a mim.

Digo com uma voz meio embargada para ele e coloco a folha na mesa.

Abdul - Aceito, mas devemos descobrir um pouco mais sobre tudo isso antes de eu prosseguir. Procure algumas informações e marque minha viagem, lembre-se. Eu exijo certas condições para poder viajar sem riscos. Procure ver se está a disposição algum jato particular que me leve rapidamente até a Inglaterra ou se vou ter que ir em um porão de navio.

Dou um sorriso cruel para o homem.

Abdul - Caso contrario você nunca vai ver essa grana.
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Mensagem por Asura Qua Ago 22, 2012 10:43 pm

(OFF: Desculpa a demora, estagiar acaba comigo. Desculpa também qualquer deslize, minha idéia é ir melhorando com o exercício, à medida que vou usando mais o “Crocodilo”).

Disparo em perseguição, como o animal voraz que na verdade sou. Sedento por expor as vísceras e saborear as entranhas do Desgraçado, arrancar e engolir cada órgão mais irrigado por sangue, ate restar apenas uma casca vazia, que estando onde estamos (os esgotos) ainda seria devorada por outro alguém. (Nesse mundo tudo é “devorado por alguém”, acho que chamam isso de “cadeia alimentar”. Eu chamo de “fome” mesmo). Algum predador menor ficaria com o pouco que sobrace dele depois de mim, nada seria desperdiçado.

Sendo sincero estava bem alimentado e não tinha fome nem sede, mas caçar sempre me desperta este apetite “maligno” e agora desejava sua carne como desejei poucas coisas nesses últimos tempos.

Não que não tivesse motivos suficientes para matar, e não que precise de muitos motivos também. (Naturalmente já mato os infelizes que encontro, me encontrar por si já é uma “infelicidade”, uma vez que eles são “comida” e eu tenho “fome”). Mas quem quer que esse infeliz seja, não faz idéia do “estado sacrossanto” em que um Bestial coloca seu Território. Ele não sabe o quão furioso me deixou! O quanto quero estripá-lo! – rRoOOArRRRRr!!! Que droga, quero tanto destroça-lo, que se não me refrear nem conseguirei saber de Lucas. Terei de me segurar bastante pra não “dar cabo” dele, antes que ele diga o que precisa disser.

Portanto sua morte teria de ser lenta. Afinal antes tirar dizer de Lucas. Para só depois disso ... Comer!

Mas antes disso ainda tinha de alcançá-lo. Não fugir de mim! Amo esta sensação que caçar me trás, talvez ate mais do que a refeição que caçar me dá (ainda que não desperdice alimento). Não vai conseguir... Penso enquanto sigo em perseguição focada, como o monstro predatório e adaptado que sou.

Ele não deveria conseguir fugir ... mas tinha fugido ...


Não poder ser! O tinha perdido. – ROOAARRRR!!! Urro irado. Maldição! Como ele pode me escapa? Como? Irritado, frustrado, olho a toda volta tentando ainda encontra-lo. Como poder fugi assim de mim? Não sou um caçador da “boca pra fora”, mantenho minha “não-vida” do que consigo caçar. (Faz idéia de quantos ratos um corpo desse tamanho precisa)? A segurança que demonstro não é “gratuita”. Sou um dos caçadores mais capazes que conheço e em meu próprio território, digo com segurança ser o melhor. O que torna toda essa situação ainda mais frustrante ... ainda mais indigerível.

................. Fico tão irritado que demoro a conseguir voltar a pensar. Acho que já deve ter se passado algum tempo desde que perdi o rastro, não sei ao certo quanto tempo mas continuo irritado. Maldito! Enfim ao menos já consigo pensar agora, o que não deixa de ser alguma coisa ... Como passar mim? Eu não deixar passar assim, como passar sem mim ver? Como passar ser mim ver? Repasso o sumiço do “Filho da Puta”. Ainda sem aceitar toda essa Droga. (Já disse que continuo irritado)?

Passar sem mim ver... as coisas então ao menos começam a fazer algum sentido. Dom do sangue? Poder como podem Nosferatu? Ele realmente não passaria despercebido por mim, a menos é claro que não pudesse ser visto. Ocultar do sangue. (OFF: Ofuscação). O Filho da Puta tinha me passado à perna ...

Contraio o maxilar e forço dente inferior contra superiores, serrando-os com forças enquanto tendo me acalmar (o que tendo em vista o quanto estou frustrado) não é uma tarefa fácil.

Ainda não tinha pensado no que fazer, nem conseguido me acalmar com sucesso quando sinto algo tocar meu ombro, gerando um impulso reflexivo de ataque. Eu me viro pronto pra Morder. (OFF: Morgoth não é bem o que queria fazer mais puxa vida , :^/ Como ele vem assim de fininho pelas costas? Assim fico sem alternativa, vou ter de atacar :^( Vou me valer da “Manobra Agarrar”, e se conseguir agarra-lo vou iniciar a “Manobra Morder” com a intenção de causar dano. Claro que vou parar assim que perceber que ele é o Lucas, pode parar o meu ataque quando considerar que o “Crocodilo” consiga perceber a identidade dele).

(Continuando depois que o ataque tiver cessado).

(OFF: Como Crocodilo possui a desvantagem Incoerente não consegue falar por “vias normais” portanto vou me valer da Disciplina “Animalismo” para que ele se comunique com o Lucas). (Animalismo) – Desculpar, mim não querer mau a Lucas. Me afasto um pouco, preocupado com o que fiz. (Animalismo) – Não vir por trás mim, não surpresa mim, mim não querer mau Lucas. Desculparrr.

- Você também o viu, não foi? Afirmo ter o visto, movendo a cabeça positivamente. Depois estendo para Lucas a parte da Blusa dele que estava comigo. (Animalismo) – Mim caçar, querer saber de Lucas. Preocupado. Tirar saber do que ele saber. Depois comer ele. Me fazer entender era muito difícil pra mim, mas Lucas ao menos já estava acostumado a minhas “peculiaridades” esperava que ao menos entendesse algumas partes do que tentava dizer. O desgraçado me atacou com uma faca, mas dei uma lição nele. Quando viu que não poderia comigo, deu no pé. Me mostro irritado. (Animalismo) – Também fugir mim. Passar sem mim ver, dom do sangue. Ter o deixado escapar ainda me frustrava. (Animalismo) – Lucas bem?

- Como ele conseguiu invadir nossa galeria com tanta facilidade, eu não sei. Talvez ele seja tão bom em ser discreto quanto nós. Mas o que me perturbou foi o motivo de sua vinda. Realmente isso mostra que preciso dar mais atenção a segurança daqui, mas diferente de Lucas o que me perturbava é ele ainda estar “vivo”, seus “motivos” quaisquer que sejam não me importam. Ele só tem que MORRER! (Como podem ver sou um animal simples).

Lucas se jogou no chão, sentando-se, então também me “sento” ainda que a minha própria maneira me agachando devagar ate ficar recolhido sobre as quatro patas, lembrando ainda mais a postura de um animal.

- Vou te explicar direito: Anos atrás quando eu estava na Inglaterra um irmão da minha antiga ninhada conseguiu roubar um artefato de uma capela Tremere. Era um livro antigo, uma espécie de tomo escrito em uma língua estranha que eu não compreendia. O irmão que me deu isso disse-me apenas que se tratava de um artefato demoníaco, maldito, que lidava com a invocação de um ser chamado Karondom, ou algo assim. Ele me pediu para esconder o tomo, pois aquele que conseguisse invocar esse ser teria a sua fidelidade e seu poder de destruição aos seus pés.

Um Livro? Não poderia me importar menos, (Nem conseguia ler). Ele tentar matar Lucas por Livro? Que motivo mais inútil. Não se pode comer um livro, alem disso não entendo a magia Tremere nem me interesso por ela. (Animalismo) – Porque este ninhada não destruir ele mesmo? Porque Lucas guardar, não destruir? Porque guardar algo que só trás inimigos? Não entendia a lógica disso, mais entendia que Lucas estava com problemas e isso me mantinha bem interessado. Então Lucas saber de Livro de poder. E o fujão querer poder de livro que Lucas ter. Essa parte de Karondom demônio, maldito era literal? “Fidelidade” e “Demônio” são duas palavras que mesmo eu não colocaria na mesma frase. (Se é que demônios existem mesmo, mais bom ... eu existo não é mesmo? Sei que deve ter outras coisas estranhas por ai também). Mas enfim o Demônio não interessa, Fujão voltar atrás de livro? Teria uma nova chance de caçar o filho da puta que tinha escapado? (Isso me interessava).

- O intruso que veio até aqui pretendia me raptar e me interrogar para saber a localização do livro. Ele era um cainita do Sabá, e mencionou uma vampira poderosa chamada Carmilla e um "plano de erradicação". Eu não entendi bem, mas algo grande está para acontecer lá. Não temos escolha. Precisamos ir para a Inglaterra e descobrir o que essa tal Carmilla está tramando. E o mais importante, se o tomo estiver envolvido nesse plano, precisamos destruí-lo! É perigoso demais se cair nas mãos do Sabá, você me entende? O olho um tanto quanto incerto. Croc, eu sei que não gosta de deixar seu território, mas não posso fazer isso sozinho e você é o único que vejo como confiável. Não posso me arriscar a levar outro de nós e vê-lo se apoderar no tomo gananciosamente para algum proveito próprio.

(Animalismo) – Lucas não poder esconder meu esgoto? Lucas poder ficar esgoto inundado do Croc. Ser difícil achar Lucas lá, lá seguro, Lucas ficar parte protegida com Cruela. Croc ficar aqui, Croc achar fujão. Croc caçar, caçar ate deixar lar Lucas seguro. Olho serio pra ele. (Animalismo) – Croc não quer sair, outro jeito ter? Sair do meu território? Nunca faria isto de boa vontade. Na verdade desde que me estabeleci aqui, não deixei meu lar uma vez que fosse. Mal podia suportar a idéia. (Animalismo) – Croc ajudar Lucas, outro jeito ter? Cruela minha menininha linda, ia deixa-la sozinha? Abandonar meu domínio? Por quanto tempo? Não sairia se houvesse qualquer outra possibilidade. Mas se esse parecer ser o único jeito, ajudarei, ainda que contrariado e aborrecido por ter de sair. (Animalismo) – Croc ir Lucas então. Falo aborrecido, (Animalismo) – Croc não deixar Lucas sozinho. Olho preocupado para ele e então pergunto: (Animalismo) – Quanto levar? Tempo. Quanto tempo levar?

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Mensagem por Morgoth Ter Ago 28, 2012 10:00 pm

Ciara Fay

A multidão aguardava ansiosa pela apresentação, mas mesmo os sorrisos simpáticos que mascaravam a ansiedade da multidão não conseguia transmitir calma e confiança a Ciara. A garota tremia, soava frio e evitava falar para não gaguejar. Ela não conseguia disfarçar. Estava em pânico, encurralada. Estava se sentindo como um claustrofóbico no metrô de Tókio. Conseguiu localizar Helena no meio da multidão que lhe fez um sinal positivo com a mão, que queria dizer "prossiga" e "seja confiante". Prossegui vacilante até sua maleta para expor sua primeira escultura, mas quando abriu acidentalmente fez a maleta escorregar da mesa, e de lá não saíram belas esculturas, e sim seringas carregadas com heroína.

O riso cruel da multidão soava alto ecoando por todo o vasto hall do castelo. Ciara sentiu suas pernas perderem a força. Caiu de joelhos, sem conseguir encarar a multidão. De repente notou que havia buracos em seus braços. Buracos que estavam sangrando muito. Levantou a cabeça para pedir ajuda a Helena e notou que a multidão não eram as pessoas que riam outrora. O riso continuava, mas quem ria era uma horda de Demônios horrendos que gargalhavam de forma gutural da agonia da pobre menina. Ciara tentou pedir por socorro, mas o ar mal saiu de seus pulmões, sendo capaz apenas de um sussurro incompleto. Sua vista ficou turva, começou a escurecer. Logo Ciara não via nada além das próprias mãos, rodeada por uma grossa penumbra. A gargalhada dos demônios continuavam cada vez mais alta, até que todas as vozes se uniram compassadas para produzir um grito alto e agoniante de doer os tímpanos.

Ciara acordou gritando. Olhou ao redor várias vezes de forma rápida até sua mente assimilar que estava segura em seu quarto. Suspirou, tentando controlar a respiração ofegante. Sentou na cama e levou a mão a testa, notando que estava encharcada de um suor gelado, como se tivesse recebido um jato de água enquanto dormia. Fitou por um instante a maleta que havia guardado as esculturas para a apresentação. Se encontrava no mesmo canto aonde havia deixado, mas correu até ela e abriu, por precaução. Ficou aliviada ao notar que lá dentro havia apenas suas esculturas. Tudo não havia passado de um maldito pesadelo, mas a garota ainda estava em choque, e se virou assustada quando alguém bateu na porta.

- Qu...Quem é?
- A única pessoa que te visita essa hora. - A voz de Ericka trouxe algum conforto conforme a porta era aberta para ela.
- Por Deus mulher! Essa hora e você ainda não está pronta?! Você tem uma exposição para marcar presença hoje, lembra? Helena me deu dinheiro para um taxi para nos levar até o castelo.

Novamente o pânico começou a consumir Ciara. Havia se esquecido que era Domingo e só havia lembrado de olhar no relógio após Ericka repreendê-la por não estar pronta. Já eram quase sete horas da noite, sendo que o evento teria início a partir das oito.

- Bom, agiliza ai. Eu vou dizer para o taxista que você vai demorar um pouco. Me encontre lá embaixo, sim?

Ericka mal havia fechado a porta quando Ciara disparou como um raio em direção ao banheiro. Repetiu a velha rotina mortal à favor da estética, porém com uma agilidade nunca vista antes. Tentava pensar em como seria. Pensou em desistir várias vezes, mas o que diria a Helena? Ela se deu ao trabalho de agendar sua apresentação com o Lorde. Seria muito falta de respeito se ela se atrasasse ou não comparecesse. O ritmo frenético que seguia contra o tempo apenas intensificava o pavor da visão de estar diante de milhares de pessoas no hall do castelo. E se ela falhasse, não seria apenas ela que passaria de ridícula. Helena poderia também sair socialmente prejudicada por ter sido a responsável pela indicação.

Banho tomado, dentes escovados e cabelos penteados. Tudo aos trancos e barrancos. Revirou o guarda-roupa como uma louca, jogando várias peças no chão em busca de suas melhores vestes. Vestiu-se rápido, dando apenas uma atenção meticulosa a maquiagem, pois não poderia se afobar enquanto se maquiava, a menos que quisesse sair na rua como uma palhaça ou uma desvairada. Agarrou a mala contendo seus trabalhos e correu até o taxi.

A corrida até o castelo seguiu silenciosa o tempo todo. Ciara estava reflexiva, distante e receosa (coisa facilmente perceptível graças aos leves espasmos que seu corpo dava involuntariamente). Vez ou outra olhava brevemente para Ericka que respondia com um sorriso, tentando animar a amiga. Helena foi recebê-las quando o taxi chegou, que desapareceu na estrada ao ser pago.

- Ahn ai está a nossa artista! - Helena estava sorridente e animada. Era muto difícil vê-la eufórica. - Venham. Vou apresentá-las ao lorde.

Ciara não teve como dizer nada, afinal Ericka estava tão animada para conhecer o novo "cidadão" que simplesmente empurrou ela em direção ao castelo.

A visão do hall era assustadora. Muitas pessoas conversavam, bebiam e riam de forma desconstraída. Pela vestimenta era possível perceber que eram todos membros da alta sociedade. Eram todos refinados, e eram tantos! O hall estava lotado. Ciara não se sentia a vontade com aquelas pessoas. Sentia que não se encaixava com elas e com esse modo de vida sofisticado e exótico. Tudo piorou quando um homem veio saudar Helena de modo cortês.Era ele, o Lorde.

A Monarquia Da Meia-Noite Vampire_by_lilian_art-d349de1

Trajava um terno negro, com uma gravata de vermelho intenso. Tinha cabelos longos e brancos como neve, apesar de ser bem jovem.

- Deixem-me apresentá-los. Lorde Arthur Combermere, essas são Ericka e Ciara, nossa artista.

O Lorde com o seu modo carismático, porém reservado cumprimentou as duas de forma sorridente, mas ao olhar para Ciara ele o fez com um olhar penetrante, intenso, como se a cobiçasse, causando um arrepio intenso na espinha da garota, como se ele pudesse ver dentro dela.

- Muito prazer, senhorita Ciara. Helena não estava exagerando, você fato é bem interessante, não é mesmo?

Ciara sentiu um misto de vergonha e prazer com essas palavras, mas não conseguiu dizer nada, apenas dar um sorriso.

- Bem, que tal iniciarmos a noite com suas esculturas? Estou muito curioso para vê-las!

Ciara sentiu uma onda de pânico e ia pedir mais tempo, mas já era tarde demais. O Lorde se aproximou de uma grande mesa e pediu a atenção de todos. Agradeceu a presença de cada um, e anúnciou Ciara como se ela fosse uma mágica ou ilusionista de grande fama. Assim que o Lorde a chamou para começar a apresentação, todos olharam para ela, aguardando ansiosos Ciara se pronunciar.

- Vai lá amiga! Arrasa! - Ericka procurava incentivá-la sempre. Helena apenas observava ela em silêncio aguardando sua manifestação. O Lorde fora muito rápido, inesperado e agora todas aquelas pessoas estavam olhando para ela, aguardando o início da exposição. Ela tinha que fazer algo (mesmo estando em pânico).


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