Os Livros de Eluna - VtM (A quem interessar)

Liliana

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West Hollywood - 19:40

Liliana se preparava para mais uma noite, desta vez lá fora, quando a noticia que o prefeito da cidade havia morrido, transmitido pelo pequeno rádio, carrega um tom de mistério para os ouvintes. O prefeito havia morrido por um ataque inexplicável de um suposto animal, dizia o locutor. Em seguida era anunciado um show no Tremont Music Hall, perto dali.

Após finalizar seus preparativos, a cainita se dirige à recepção do hotel para pegar um táxi. A atendente prontamente fez um chamado na linha direta dos taxistas e em menos de dez minutos, o carro havia chegado. O motorista tinha um visual moderno com características pós punk. O dialeto diferente denunciava sua origem dos guetos e condição social. Quando deu partida logo perguntou:

- Aí meu bem, onde devo deixá-la?

Apesar de tudo, o carro estava quase limpo, se não fosse uma lata de refrigerante no tapete. Ciente do destino, o taxista dirigia rapidamente pela Sunset Boulevard, quando foram parados em uma blitz. Claramente frustrado, o motorista sai do carro reivindicando a situação. De dentro do carro podia-se ouvir o policial falando.

- Senhor se acalme! Documentos do carro e identificação por favor!
- Não se pode nem trabalhar mais nessa droga de cidade - Berrava o taxista irado

Como consequência fora mobilizado pelo policial e algemado para conferencia dos documentos. O policial então dirigiu-se à Liliana que ainda se encontrava no taxi sentada.

- Senhorita, me perdoe, mas você terá que pegar outro taxi, posso chamar para você.

Mad Max

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Los Angeles - 02:55

- Errrnnn .. . P-por que não ? Apenas sejamos breve, por favor, estou com um pouco de pressa.

De posse de uma câmera Kodak na mão, a jovem tirou algumas fotos com o Brujah e feliz, agradeceu veementemente pelas fotos e comentou que assistiria a próxima luta. A esta altura algumas pessoas começavam a se aproximar, ainda curiosas sobre a possibilidade de estarem frente a frente com uma celebridade, mesmo que nunca a tenha visto antes. Ao perceber a movimentação, a garota segura no enorme braço de Max e com um sinal e poucas palavras comenta:

- Hey isso aqui vai ficar agitado! Vamos cair fora daqui. Quer uma carona? O Maverick do meu pai não está muito longe e se você vier comigo, o deixo dirigir. Ou isso, ou serás engolido pela multidão que vai se formar e tomar todo seu tempo.

Enquanto ela puxava Max com esforço pelo braço, continuava tagarelando: À propósito... Me chamo Claire. Falava enquanto dava um sorriso.

Chris Sanchez

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West Hollywood - 19:00

Um cheiro perturbador de sangue pelo ar e podridão invadia as narinas golpeando os sentidos e um barulho sufocante, multidão, gritaria e morte. Crianças chorando e sendo dilaceradas como manteiga, a visão embaça e a agonia deturpa a mente causando vômitos quando de repente uma pancada e escurece. A consciência se esvai como lama pelo esgoto e aquele barulho se torna abafado. Chris tenta abrir os olhos e não consegue, é difícil se mexer e novamente aquele odor terrível, mas por algum motivo passa a se tornar atrativo. Seria isso a morte?

Ela já estava preparada quando escutou um grito absurdamente aterrorizante e abriu os olhos. Ela estava deitada no sofá cama do Whisky a Go Go e o telefone tocava. Tudo não passara de um pesadelo de quando tudo começou. Ainda atônita, a cainita se dirigiu ao telefone e recebeu uma ordem de surpresa.

Como uma das mais jovens e recém abraçada da cidade, Chris ainda tentava compreender o significado da maldição que havia se submetido. Ética e moral não eram mais valores compreendidos por ela e após o massacre no restaurante, tudo era muito novo e recente, mas seu brilhantismo pessoal e disciplina fizeram ela alcançar uma posição de destaque entre os novatos durante a incursão do Sabath na cidade.

Após o período inicial se irrompeu uma calmaria que antecedia batalhas mais duras e estratégias mais sofisticadas que iriam assolar a população mais uma vez. Desta forma, uma pequena comitiva liderada por Mihai foi convocada para uma reunião com ninguém mais que Sascha Vykos que aguardava na mansão. Seria dada uma missão especial para o pequeno grupo de cinco cainitas recém abraçados, mas ninguém, além do arcebispo sabia ainda. Nem mesmo o pelotão de elite conhecido como flagelos.

Na ligação, seu mentor comentava sobre a reunião e pedia para a cria se arrumar que uma limusine iria busca-lá em uma hora. Chris se lembrava aos poucos que havia sido encarregada de garantir a segurança no clube e por isso estava ali. Após uma hora, o automóvel chegou e nele já estava o restante da comitiva. Eles partiram para a mansão, mas não esperavam o que estava para acontecer quando ouviram o som de um balaço e o vidro traseiro estilhaçando.

Quando deram por conta, outro tiro explodiu a cabeça de um soldado e fez o motorista pasmo acelerar e tentar fugir de uma perseguição em plena Sunset Strip. Não levou dez segundos para Mihai identificar o perseguidor e sacar duas pistolas automáticas enquanto gritava:

- Soldados retaliar agora! Estamos lidando contra um inimigo formidável, o arconte Theo Bell! E ele tem uma espingarda calibre 12, se abaixem!

Por sorte na Limusine, haviam compartimentos com pistolas semi automáticas e um tiroteio se deu inicio.

“Esse cheiro nojento” e ... ao mesmo tempo estimulante do sangue. “DROGA!” Tenho nojo de como me sinto desejosa por essa coisa asquerosa. “É assim que um cracudo ama seu ‘pedacinho do céu’? Não passo de uma maldita viciada agora?” Depois do cheiro de sangue vem a podridão, um lembrete de minha própria putrescência. “Eu sou um soldado, minha missão: Defender a américa no exterior e interior”. Recito esse mantra desde o final da adolescência quando me juntei a marinha. O patriotismo profundamente enraizado em mim, estar em ação pelos motivos certos dando sentido a minha vida. “Eu sou... um soldado... minha missão...”. Meu mantra perdeu todo sentido agora, sou um flagelo para as pessoas que jurei (por duas vezes) defender. PORRA! Como se a deturpação de meus princípios não fosse o bastante, ainda tenho de interiorizar a saudade e preocupação com meus filhos torcendo para que meus sogros e companheiros de armas terminem de cria-los. “Eu... eu não posso tentar contata-los.” Não posso arrastar meus próprios filhos pra essa merda toda, não posso levar esses monstros as minhas crianças! “Tenho de conseguir de alguma forma, tenho de fazer isso dar certo”. Persevero e incentivo Sarah a conjuntamente perseverar. “Por Deus...” falando nele “Onde esta você maldito!?! Como pode deixar essas coisas existirem!?! Como pode deixar fazerem isso comigo!? Conosco?! Penso na minha esposa, presa nessa merda toda assim como eu e fico ainda mais irada. “Se Deus realmente existe, ele é um filho da puta sem coração!” O banho de sangue a minha volta aumenta, pessoas gritam, agonizam e morrem, incapazes de resistir a esses monstros reais, uma materialização de pesadelo. “NÃO!” Eu mesma sou uma dentre os incapazes, todo meu treinamento, táticas, técnicas... tudo inútil mediante a força absoluta dos putos. “Sarah!” Apago incapaz de ajuda-la, incapaz de ajudar a mim mesma. “Eu morri?” Meu corpo é pressionado por todos os lados em meio a escuridão, enquanto um fel doce adentra minha garganta. “Por que não consigo me... porque isso é tão bo...” Um grito estridente e aterrador me faz acordar sobressaltada, literalmente pulando do sofá com os punhos fechados em posição de guarda.

“O que...” Inicialmente sem muita noção do que esta acontecendo. “O que que esta...” Vou aos poucos me situando. “Porra! Abaixo os punhos e cabisbaixa volto a sentar no sofá, tapando ambos os olhos com uma das mãos enquanto tento me livrar das emoções e confusão mental persistentes. “Era só um sonho, um sonho...” Parece que nem dormindo consigo me livrar destes malditos... suspiro longamente abrindo os olhos logo depois. “Então já é noite”. Volto a levantar do sofá, olhando para a porta do cômodo a frente. “Sim, estou no Whisky a Go Go”. A mando de Mihai, venho agindo como segurança desse lugar, o lugar todo é só uma fachada para as atividades desses monstros.

Trinn! Trinn! “O telefone!” Vou correndo atender: - Alo? Pergunto de forma propositalmente genérica, para não dar qualquer informação a quem esteja do outro lado da linha. - Sim senhor. Mas eram eles, me dando uma nova ordem.

Desligo o telefone e rapidamente volto ao sofá, recolhendo a terra que atirei para todos os lados quando anteriormente levantei sobressaltada. “Só cumpra as ordens, não questione, não desobedeça.” Faço o possível para manter minha instabilidade emocional e psicológica apenas para mim, me comportando como uma engrenagem lubrificada de relógio. “Missão dada é missão cumprida”. Não que esteja sendo fácil pra mim, muito pelo contrario... mas diferentemente dos outros recrutas em sua maioria civis, tenho um grande histórico militar e policial que me fazem mais ... ‘adaptável’?

Enfim, em pouco tempo minhas poucas coisas são separadas. Aliança no dedo (como sempre), carteira no bolço dianteiro direito da calça, faca na bainha colocada dentro da bota esquerda, roupa no corpo e mochila (contendo a terra) nas costas. “Agora...” Procuro meu superior no lugar, informando-o da minha saída. - Eu vou precisar sair da função daqui a uma hora, tenho outras ordens do Mihai a cumprir. Informo com antecedência para que possam arrumar outra segurança com calma, e não me substituir as pressas quando já estiver saindo. (Off. Se os outros reclutas também estiverem no Whisky a Go Go, vou avisa-los e dizer para que se preparem para ir dentro do prazo, depois vou voltar para a função de segurança e continuar atuando até que a limusine chegue para me apanhar).

“Vamos lá”. Parece que vamos encontrar uma superior, alguém com um nome estrangeiro feminino. “Sasha Vykos...” Era um nome bem diferente. “Ela é russa? Não sei muito o que esperar, espero que continuar fazendo o ‘meu trabalho’ diligentemente seja suficiente.

Contudo, antes que cheguemos a essa ‘Vykos’ somos emboscados. “Droga!” Além de me abaixar rápida e reflexivamente protegendo minha própria cabeça, com a mão direita abaixo também a cabeça de Sarah enquanto com a mão esquerda faço o mesmo com outro recruta dentro do meu alcance, protegendo os aliados que consigo. Entretanto um recruta um pouco mais longe de mim (e menos rápido) teve a cabeça explodida. “Porra! O corpo cai desfalecido como uma pedra, salpicando sangue em todas as direções enquanto o motorista acelera tentando despistar quem quer que seja o filho da puta atrás de nos.

“Caralho desse jeito, além desse puto logo também vamos ter a policia na nossa cola”. Estamos em plena Sunset Strip pelo amor de Deus! (Mihai): - Soldados retaliar agora! Estamos lidando contra um inimigo formidável, o arconte Theo Bell! E ele tem uma espingarda calibre 12, se abaixem!

“O que diabos é um arconte?” O termo não é nada familiar, mas isso não importa agora. Sem perder tempo e ainda abaixada saco uma das semi automáticas e usando o assento em que estou como cobertura parcial, levanto devagar tentando mirrar na porra do carro desse ‘Theo’. “Mesmo que esse puto também seja vampiro, um carro ainda é só um carro”. Posso não entender dessa condição de morto-vivo, mas entendo de perseguições. “Quero ver ele continuar com essa merda a pé”. Começo (dentro do possível) a mirrar em um dos pneus dianteiros do carro perseguidor, enquanto uso o acento em que estou no veiculo como cobertura (parcial). “Toma filho da puta”. Quando tiver o pneu na mirra vou ‘sentar o dedo no gatilho’. (Meu objetivo é estourar o pneu dele, fazendo com que quem quer que seja esse ‘Theo’ não possa mais nos acompanhar e alvejar).

- Eu não falei antes, eu acho, mas o patrão é um pouco excêntrico, então se possível não tente fazer contato físico com ele, ainda que seja por cordialidade e condição social. Isso quer dizer, sem apertos de mão, sem abraços, tapinha nas costas, essas coisas. E também, peço encarecidamente que não fiques encarando seu rosto e trejeitos.

Ali naquele ponto Magnólia já tinha certeza que de "o patrão" era um vampiro. Ela só precisava agora descobrir de que lado Mr. Giusepe estaria.
- Tudo bem, no meu ramo de negócios já lidei com esse tipo de pessoa com muito mais frequência do que você poderia imaginar.

- Muito prazer, por favor entre, o Giu vai falar com você.

Magnólia fitava Annet, retribuindo aquela "escaneada".
"- Ela provavelmente deve ser uma carniçal de longa data, ou talvez até uma cria de Giusepe. E por Cain! Como ela é linda!"
- O prazer é todo meu Annet! Não é todo dia que tenho o privilégio de contemplar uma beleza rara como a sua! Magnólia rasgava logo um elogio. Como uma Toreador ela não deixou de reparar na roupa fora de moda, mas não diria nada até porque a mulher com ou sem aquela roupa era bela do mesmo jeito e a beleza era algo que o Clã Toreador valorizava. Estava no sangue da portuguesa.

Magnólia e Annet finalmente estavam na presença de Giusepe. Ela reparava o cenário, o vampiro à sua frente e o livro que ele lia. Aquele livro certamente diria um pouco sobre que tipo de homem ele era.

- Boa noite minha cara, como posso ajudar?

Um sorriso discreto se formava no rosto de Magnólia. Ou Giusepe estava sendo discreto ou então nem mesmo ele tinha reparado que Magnólia era um vampiro. E ela adorava a forma com que isso se mostrava. Ela não sabia o porque, sentia-se privilegiada por não manifestar a aparência doentia dos vampiros. Misturava-se aos humanos muito facilmente. Ela adorava ser assim.
Por outro lado Giusepe parecia um vampiro bem velho, um Ancilae ou talvez até mesmo um ancião, bem debaixo do nariz dos vampiros envolvidos na guerra de seitas de Hollywood e ao mesmo tempo distante de tudo aquilo.

- Senhor Giusepe, meu nome é Magnólia. Eu venho de Nova York, a trabalho. Achei que seria um desrespeito hospedar-me em seu refúgio sem que Vossa Mercê tomasse conhecimento da presença de outro "Membro" em suas dependências. Ela esboça um singelo sorriso sem de fato o fazê-lo, enquanto observa as expressões de Giusepe e Annet.

Chris Sanchez

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West Hollywood - 19:03

A cada segundo que passava mais a tensão aumentava com a expectativa do próximo tiro. Chris levantava da posição preparada para atirar no automóvel quando percebeu que o perseguidor pilotava uma Harley Davidson breakout 114 modificada para o combate. O homem sobre ela era um gigante negro, parecia ter saídos direto daqueles filmes de brutamontes hollywoodianos que por coincidência era bem ali.

O carro em perseguição balançava a cada ultrapassagem, chegando a subir nas calçadas e o tiroteio de retaliação se deu início e para surpresa de todos, o arconte não recuou, ele veio ainda mais puto para cima, e vendo uma oportunidade, Chris finalmente conseguiu estabilidade para mirar no pneu e atirar.

Spoiler:

Com grande sucesso, a jovem cainita conseguiu acertar vários projeteis e embora o pneu fosse a prova de balas, não suportou a quantidade de danos e estourou, levando o arconte ao chão. Temeroso, mas vislumbrando uma oportunidade, Mihail freiou subitamente contornando o veículo pelo trajeto passado. Agora ele mirava o carro contra o arconte caído e acelerava pela contramão, quando escutou os primeiros sinais de polícia o que o fez parar.

- Chris e Albert, vocês ficam comigo e o restante desçam do carro e terminem o serviço ou ele virá atrás de nós novamente! Depois nos encontrem na mansão. Está a 200m daqui a frente. Agora vão!!

A essa altura, qualquer indício de deserção ou desobediência, seria tratado como traição e o pequeno grupo se dividiu. Provavelmente teriam dois minutos antes da policia chegar e novamente o carro se pôs a correr até a mansão.

Magnólia

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Burbank - 04:50

O prazer é todo meu Annet! Não é todo dia que tenho o privilégio de contemplar uma beleza rara como a sua!

Não era a primeira vez que Annet ouvia tais gracejos, mas foi o suficiente para diminuir uma tensão que havia pelo ar. Mesmo sem demonstrar suas emoções, Annet se tornara melhor receptiva segurando a porta para Magnólia passar, mas nenhuma palavra soou da sua boca a partir do momento que Giuseppe falou.

Desde o momento em que adentrou na sala, Mag percebeu, apesar de tudo mais parecer com as demais salas, esta em particular possuía um clima um tanto quanto macabro. Talvez fosse a presença do ancião ou o próprio solo, a morte habitava aquele lugar e faria qualquer ser vivo arrepiar-se instantaneamente. A mobília era velha e gasta se alternando entre escritório, quarto e um misto de biblioteca. Não haviam janelas nem saídas de ar, nem ventilação interna e a única luz se estabelecia sobre o balcão e poltrona em que descansava Giuseppe.

Pouco podia-se ver nas prateleiras, mas o livro em mãos do ancião possuía figuras greco romanas em uma linguagem estranha na capa, que mais parecia hieróglifos.

- Senhor Giusepe, meu nome é Magnólia. Eu venho de Nova York, a trabalho. Achei que seria um desrespeito hospedar-me em seu refúgio sem que Vossa Mercê tomasse conhecimento da presença de outro "Membro" em suas dependências

Giuseppe não fazia movimentos desnecessários, se movendo com tamanha lentidão que deixaria os impacientes com muita ansiedade. Ele não fazia nenhuma questão de respirar ou demonstrar características dos vivos, por causa disso, quando falava, era sempre um atropelo de palavras sem aquelas pausas obrigatórias que o humano precisa para respirar. Ele parecia colado naquela cadeira, como se não saísse dali a alguns dias, na mesma posição, ou talvez fosse só impressão.

- Eu aprecio sua intenção filha, mas desde que desejastes me conhecer, chegou aos meus ouvidos de que se tratava de uma cainita. Eu reconheço que até demoraram muito para perceber e se não fosse por Annet e suas pesquisas, realmente você teria passado batido. Me anima saber da presença de um semelhante e por quanto tempo quiseres, considere-se minha hóspede especial. Annet cuidará para que o que você precise, seja providenciado.

Completando as palavras de Giuseppe, Annet prosseguia:

- E pedimos que tente não chamar atenção indesejada para o hotel, principalmente de L.A. É minha função cuidar desse lugar e não gostaria ter que lidar com membros desqualificados.

- Ann !! - Pronunciou o ancião em tom repreendedor.

Annet calava-se em respeito imediatamente abaixando a cabeça enquanto Giuseppe retomava a conversa calmamente dirigindo o olhar para Magnólia.

- Então filha, há algo mais que posso fazer por você?

Liliana

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West Hollywood - 20:00

- Se não for muito incômodo, eu quero sim policial Brendon.

A jovem Cainita se retirava do taxi e a cidade ao redor parecia mais normal que nunca, exceto pela blitz. Liliana observava atentamente ao movimento com certa cautela até que um Cadilac estacionou próximo e pode-se ouvir os agudos dançantes de Michael Jackson direto do som do automóvel. Dele saiu um rapaz loiro de aparência jovem, trajando um bom terno que dirigiu-se ao policial.

Liliana viu quando o policial apontou a ela e o rapaz veio sorridente e quanto mais próximo, mais seus sentidos eram inundados naquele perfume almiscarado forte e peculiar, mas curiosamente atrativo.

- Boa noite senhorita. Me chamo Raphael e sou irmão do oficial Brendon. Ele me disse da situação lamentável que a senhorita passou e me contatou. Eu sou motorista particular, mas estou de folga hoje e sinceramente, estou precisando de um extra, então, será que eu poderia levá-la aos vosso destino hoje? E caso precisares, estarei disponível pelo resto da noite.

A esta altura, a cainita tinha a opção de ir com o rapaz ou buscar a pé, algum ponto de taxi, caso não desejasse sair por aí com um bonitão desconhecido. Na avenida, podia-se presenciar de tudo: Bêbados e mendigos pelas vielas mais sombrias, bares de motociclistas, os gigantes arranha-céus corporativos que se encontravam fechados, além do transito denso e um clube noturno.

Mad Max

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South LA - 03:00

Fico muito agradecido por me tirar de lá antes da confusão . . . a propósito aonde está o carro que você mencionou ?

A garota metia a mão no bolso e retirava uma chave automotiva com um chaveiro de caveira e sorrindo jogou-a para cima fazendo o brujah gigante segurar em um ato de reflexo. Sorrindo ela apontava em direção ao Maverick.

- Veja, ali está o meu bebê! - Eu já te disse meu nome não? - Falava a garota enquanto se dirigia correndo até o carro como uma menininha feliz. - Ah, e você vai dirigir! Mas.. O som eu escolho e a bebida também.

A carro estava posicionado no final da garagem que possuía poucos carros e ao se aproximar, Max conseguiu vislumbrar a beleza da maquina. Era vermelha, rebaixado e visualmente modificado para correr. Parece que além dos esportes de luta, a garota curtia velocidade também. A área interna fedia a cigarro e whisky. As peças internas eram novas e customizadas, com pinturas e formas que lembram caveiras. Tudo sinalizava rock 'n roll, exceto por uma coisa...

Claire havia clicado em uma tecla do som e o que se seguiu foi um som extremamente melodramático quase lírico que não combinava em nada com o restante do carro. Mas ela sorria e com alguma dificuldade tentava pegar alguma coisa embaixo do banco.



- Veja o que eu encontrei! Uma garrafa de Jack. Agora liga esse motor e pega a primeira a direita para evitarmos uma blitz.

Enquanto bebia o whisky direto da boca da garrafa, Claire colocava os pés sob o para brisa e fitava Max. - Então... Para onde você queria ir mesmo?

Mr.V escreveu:  South LA - 03:00

- Veja o que eu encontrei! Uma garrafa de Jack. Agora liga esse motor e pega a primeira a direita para evitarmos uma blitz.

Max acelerava apreciando o som do ronco do motor enquanto via de canto de olho a jovem Clarie bebia whisky direto no gargalo.

Clarie: - Então... Para onde você queria ir mesmo?

Com um singelo sorriso o Brujah responde para a sua anfitriã - Não tenho um destino certo, estava me perguntando em que hotel me hospedaria antes de você me abordar de uma forma como posso dizer ?Peculiar . . . de uma forma Peculiar. Termina de responder encarando a jovem Clarie nos olhos enquanto o veiculo acelera pelas ruas de Las Vegas ultrapassando qualquer limite de velocidade.