Vampiros - A Máscara
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Miséria e Insanidade

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Miséria e Insanidade - Página 2 Empty Re: Miséria e Insanidade

Mensagem por Fox Qui Fev 14, 2019 11:33 am

Zoran

Nas últimas noites
Meses após seu Abraço, Zoran já havia cruzado praticamente metade do mundo. Desde sua iniciação na Mão Negra, o continente americano tinha sido seu lar, ou algo parecido. Naquele momento, não havia como criar muito vínculo com a terra, uma vez que sua condição era outra e seu objetivo muito mais importante. A tutoria de Ali era como aqueles nas guerrilhas, só que muito pior. Não existia espaço para falha nem incompetência. Um guerreiro da Mão tinha que ser habilidoso, mortal e decisivo, e era nisso que o Assamita antitribu queria torná-lo. Claro, o dogma do Sabá também era importante e não podia deixar de ser ensinado, por isso todo o tempo apto de Zoran era preenchido com atividades físicas e acadêmicas.

A maior parte desse treinamento se deu na, controlada pelo Sabá, Cidade do Mèxico. Era um ambiente propício e controlado, no entanto, depois de uma mensagem recebida do Serafim, Ali aprontou sua cria e partiu para a fronteira americana. A mensagem dava dados sobre uma cidade alvo, Phoenix, e tratava sobre a futuro de Zoran dentro da seita. Após um tempo estudando os territórios que circundavam o Arizona e reunindo mais informações, os dois Assamita partiram para o seu objetivo pelo Deserto de Sonora. Já na grande capital, Zoran via que a Espada de Caim estava atuante. Vários bandos já haviam se instalado em locais estratégicos e causavam alvoroço sempre que tinha a oportunidade, no entanto organização era algo que não existia lá. Era uma surpresa que poucos Filhos haviam encontrado seu fim naquelas terras inóspitas, mas seus ataques não pareciam causar um impacto duradouro na já estabelecida Camarilla. Aí que se encaixava seu papel.

Depois de montar refúgio num depósito velho frequentado (não por muito tempo) por viciados, Ali enfim deu as instruções do objetivo de Zoran lá. O Assamita possuía um teste a sua frente, que mediria suas capacidades físicas, planejamento, sabedoria e tomada de decisão. Não havia trilhos nessa missão, o que ele deveria fazer era agir contra a Camarilla, tomando um rumo que causasse à seita inimiga um abalo digno de nota e para isso ele poderia usar quaisquer meios necessários. Era um desafio digno de alguém que queria se provar para a Mão Negra e para o Clã. Seu Mestre, por sua vez, tinha seus próprios objetivos na cidade e logo se pôs em ação.

Na noite atual
A noite começara a pouco tempo. Zoran, recém alimentado, anda pelas ruas refletindo sobre as informações frescas que conseguira. Ele tinha fortes suspeitas de um prédio no subúrbio que abrigava um dos "defensores da lei" da Camarilla. A identidade do Membro e detalhes maiores ainda lhe eram estranhos, mas já era um conhecimento muito importante. Além disso, ouviu rumores de um grupo de motoqueiros Caniçais que andavam despretensiosamente por ruas e bares vazios da cidade. Isso e as informações repassadas por seu Mentor já lhe davam um ponto de partida para colocar sua missão em andamento. Agora, qual seria o curso a ser tomado?
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Mensagem por Tubal Caim Qui Fev 14, 2019 8:03 pm

Era muito raro para Zoran sorrir desde que aquelas noites de treinamento começaram. Não tinha, de fato, nenhuma queixa contra o treinamento pesado da Mão Negra — de fato, era grato pela rigidez que poderia dá-lo uma chance de tornar-se mais forte. Simplesmente, o treino era agitado e duro, mas monótono. O único risco era errar uma segunda vez e ser morto pelo seu Mentor. O que queria mesmo era ter uma chance de enfrentar o inimigo: os peões dos Antediluvianos em pessoa. A Camarilla era inimiga dos Assamitas, e era divertido ver seus dois inimigos presos pela Jyhad, acertando as cabeças uns dos outros em nome de servirem aos seus inefáveis mestres. Porém, ainda mais divertido, era causar o estrago ele próprio. Por isso, seu rosto se desfigurava num sorriso diabólico, suas presas projetando-se sobre os dentes da mandíbula inferior, os lábios se levantando enquanto os olhos brilhavam de genuína felicidade, com uma pitada de perversidade.

Estava livre para causar o dano que quisesse sobre o inimigo. As duas pistas do mestre Ali eram do jeito que ele mais gostava. Promissoras, sem muito detalhes, mas bastante curiosas.

—Esta noite está mesmo magnífica! — Pensou Zoran consigo mesmo, passeando pelas ruas de Pheonix.

Observava a vida noturna enquanto caminhava. Os carros, as pessoas andando todas despreocupadas. Lembrava-se de como a vida na Síria para seu povo mortal era difícil; uma fraqueza que ainda não esquecera por completo, verdade. Imaginava como era a vida do povo americano, que usava tanto do petróleo das suas terras longínquas, financiava esquadrões de morte em todos os cantos do Oriente Médio... para que os automóveis daquela cidade continuassem funcionando. Estava certo de que a Camarilla era a mesma coisa: uma forma de explorar todos os vampiros para que os Antediluvianos pudessem ter um refresco noturno enquanto assistiam ao show. O ódio dera lugar ao simples cinismo e só podia sorrir da tolice dos mortais (e "Membros") ignorantes.

Deu outra observada no mapa e nos dados da cidade. Poderia sim, ir aos subúrbios, dar uma olhada. Mas lembrava-se que todos os subúrbios americanos — ao menos, nos filmes — eram lugares pacatos, os quais uma pessoa estranha andando no meio da madrugada poderia chamar muito a atenção. Não descartaria a ideia de passar por lá; mas acreditava que os carniçais espalhados seriam uma melhor fonte de informação... exceto que se um desaparecesse, os outros estranhariam. E sendo carniçais, seu mestre logo estaria ciente da presença de Zoran.

—O subúrbio, então.

Envolvido pelas brumas mentais que desviavam o olhar dos incautos, Ofuscou-se enquanto rondava o subúrbio. Fez tudo com muita cautela. Primeiro, andou ao redor dos limites do bairro, segundo o mapa, para familiarizar-se com o ambiente. Olhava em todos os postes do seu caminho em busca da localização das câmeras — se houvesse alguma. Se as câmeras fossem um problema, precisaria manter-se o mais discreto possível.

Seu plano era simples. Se não houvesse nenhum impedimento em sua pequena ronda, procuraria uma casa ou prédio de segurança baixa que tivesse uma vista razoável para o prédio suspeito. Ali, se instalaria, de preferência, em segredo do próprio habitante. Enquanto seu anfitrião dormisse — talvez proporcionando-lhe uma refeição ocasional, ficaria de tocaia enquanto observaria a movimentação. Um "policial" da Camarilla provavelmente precisa sair com frequência e tem algumas atividades suspeitas. Assim que descobrisse se é, realmente, o refúgio de tal Cainita, Zoran esperaria seu alvo chegar extenuado do trabalho para alvejá-lo. Até lá, faria de tudo para saber mais sobre ele: sua aparência, seu carro (se tivesse um), seus asseclas, quem tinha acesso ao local e tudo o que pudesse descobrir.
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Mensagem por akalanato Sex Fev 15, 2019 9:14 am

Matt estava sentado em seu escritório a frente do computador resolvendo pequenos casos que haviam chegado a ele, a noite bem calma até ali e ainda não haviam consultas marcadas para aquela hora, ele ainda pensava a respeito de Phill, pois ele estava se tornando alguém irreconhecível, então frente a isso Matt prefere evitar se tornar um empecilho para Phill é pensa na possibilidade de deslocar-se para perto dali, então ele diria a Phill que estava com muita carga de trabalho é que facilitaria a sua vida.

Com aqueles pensamentos em mente vem as batidas na porta da senhorita Rose ela então entra é deixa a porta entreaberta é fala:
_senhor Mathew, um cavaleiro apareceu na recepção sem horário marcado.Ele insiste em ver o senhor agora.O que devo dizer? sua voz tremula um pouco.
(Achei meio estranho aquilo,pois não via Rose assim muitas vezes)
Antes que eu possa dar alguma resposta a Rose,ele invade ô escritório sem anunciar-se.Ele é alto,cabelo loiros reluzentes penteados para trás, pele branca e traja um terno novo de marca com gravata preta, exibindo um sorriso auto confiante,ele se aproxima,enquanto Rose permanece estática próxima à mesa. Estendendo sua mão larga para um comprimento, ele profere:

_Joseph Matthew... é um prazer finalmente conhecê-lo.Vejo que seus negócios estão indo muito bem e, na verdade, esse é o motivo de eu estar aqui. enquanto ele fala, o sorriso não sai de seu rosto. (Matt olha com um olhar de frieza e seriedade, demonstrando não gostar do que ele fez até ali,é esse sorriso de alto confiança e algo a mais para se analisar, pois ao seu ver pessoas com muita alto confiança costumam tropeçar em Seu próprio ego, então Matt pensa,ele é alguém de um alto escalão pois essas vestimentas e essa auto confiança, Só pelo futuro do escritório ele iria relevar essa entrada impertinente.)

Então Matt se levanta da cadeira e diz a Rose pra dar licença, ele a acompanha até a porta e depois a fecha é volta a seu lugar. Entao olha pra ele em pé é o comprimento e digo:
_O que o traz em meu escritório senhor??E por onde ficou sabendo das minhas façanhas?
_Sou representante da Megan é Headt,me chamo Clark Froe,é vim aqui especialmente para contratar seus serviços.Sua reputação o precede é estamos numa situação onde sua especialidade é conhecimentos superam os de nossos advogados.Sera um caso que demandará tempo extra,mas creio que o senhor não recusaria algo de tamanha importância. (Matt já tinha escutado reportagens sobre eles,com certeza é algo muito grande mas por que ele está atrás dele
então ele diz:
_por favor sente-se é explique a situação para que possa ajudá-lo.

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Mensagem por Fox Sex Fev 15, 2019 11:04 am

Angelo D'la Fere

A conversa dos dois Membros cessa quando eles começam a se preparar para a chegada da mercadoria. A rua escura aumentava a apreensão, mas, depois de alguns minutos, um caminhão aparece com os seus faróis ofuscantes. A luz se espalha e logo o motorista diminui a intensidade, vendo que os recebedores já se encontravam no local programado. Ele se aproxima com seu casaco encapuzado que lhe cobre a aparência e estaciona próximo à van, obedecendo um sinal de Cassidy, que se aproxima antes que o sujeito desça. Os dois conversam sobre os últimos detalhes da transação e o Gangrel entrega-lhe um envelope marrom, talvez o pagamento. Nesse momento, ele chama Angelo.

- Angelo, me ajude aqui, por favor.

Cassidy se dirige para a parte de trás do caminhão. O veículo não aparenta ser nada demais, com rodas desgastadas e pintura mais ainda. Os dois abrem a traseira e a lanterna de bolso do Gangrel revela dois contêineres. Eles são pouco menores que uma mesa de jantar média, contorno metálico e tampo de vidro do qual sai uma luz fria. Ambos estão presos a barras laterais por suportes metálicos, que, aos poucos, começam a ser removidas pelos dois. Olhando por um dos vidros, Angelo pode ver o objeto de seu estudo, uma tabuleta de rocha maciça cinzenta com inscrições que se destacam, como ranhuras, por toda sua extensão.

Miséria e Insanidade - Página 2 Torre-de-babel

A tabuleta está presa a uma estrutura metálica com suporte acolchoado e mantida sob algum tipo de sistema de refrigeração ou controle de temperatura. Depois de desacoplar todos os aparatos, os dois levam os contêineres, um de cada vez, até a van, na qual o motorista grisalho já aguarda. Para a surpresa de Angelo, que só havia visto a cabine, esse veículo não é comum. Dentro da parte de carga, é possível ver uma estrutura tecnológica de compartimentos e aparelhos que parece justamente feita para esse trabalho. Um elevador retrátil faz a elevação e o encaixe perfeito dos contêineres, enquanto alguns cabos são conectados a eles. Finalmente estão prontos para partir.

Cassidy sai na frente, guiando o caminho no seu Lumina. Eles fazem o caminho de volta ao centro, mas fazem um desvio antes, por baixo de um viaduto. Depois de algumas horas, os dois veículos chegam até um estacionamento vertical, que não parece lá estar em ótimas condições. Eles giram alguns minutos pelas mini ruas internas até chegarem a um elevador de carros. O Gangrel desce, vai até um painel e digita alguma coisa, depois volta até a van.

- O elevador só tem espaço para a van. Eu encontro vocês depois.

O motorista entra no elevador, que fecha as portas e começa a descer quase que imediatamente. As luzes fracas deixam o ambiente ainda mais claustrofóbico, até que, por fim, eles chegam a seu destino. Um espaço pequeno e confinado com chão e paredes de cimento, luz no teto e uma porta levadiça de metal. O motorista estaciona a van da melhor maneira que consegue, de forma que os dois consigam descarregar as obras. Quando estão quase finalizando, a porta se eleva, com Cassidy aparecendo do outro lado. Atrás dele, revela-se um pequeno laboratório bioquímico, com certos improvisos, mas dotado de aparatos tecnológicos de ponta.
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Mensagem por Zim Sex Fev 15, 2019 12:13 pm

Ângelo a cada instante se encontrava mais ansioso e ao notar as luzes do farol demonstrou bastante animação esfregando uma mão na outra:
_ Até que fim!!!

O caminhão estaciona perto da van que o trouxe, D'la Fere tenta reparar no motorista, más o mesmo mantivera sua aparência em sigilo trajando roupas que ocultavam sua identidade. Cassidy se aproxima do veiculo entregando um envelope ao motorista, certamente o pagamento.
Ângelo espera por ser requisitado, não queria causar uma má impressão sendo "entrão" demais.

- Angelo, me ajude aqui, por favor.
sem uma resposta o Lasombra se dirige junto ao Gangrel até a traseira do caminhão onde os dois começam a desprender os containers que guardavam as tabuletas. Ângelo ficara impressionado com o que virá, era um artefato e tanto, deu uma rápida analisada na intenção de saber qual língua se tratava aquelas escritas. 
Depois de retirarem as caixas do caminhão as levaram até a van. em sua cabeça D'la Fere pensava que poderia haver algum problema no transporte das peças, pois todo cuidado seria pouco se tratando de relíquias tão antigas e a van que o trouxera  não era o veiculo mais indicado! nesse momento a surpresa toma conta do semblante do Lasombra, 

_ Uau!!! agora você me surpreendeu de verdade meu amigo!
Ângelo comenta com Cassidy ao ver toda tecnologia dentro da van, era realmente muito impressionante.

após guardarem os containers, saíram daquela zona a caminho do centro, Cassidy em seu carro e  o lasombra na van, no caminho pegaram outro sentido e depois de algum tempo chegaram a um estacionamento vertical que aparentava bastante descuido, mas depois da "surpresinha" que ele presenciou não seria loucura imaginar encontrar algo magnifico naquele lugar!
ao chegarem no destino final para confirmação de sua intuição, chegam a um laboratório, que de certo ponto era algo improvisado, mas o mesmo continha materiais de ponta.

_ Sr Devland!! já podemos retirar as caixas??
ele aguarda a resposta do gangrel

depois das instruções de Cassidy, Ângelo prestará bastante atenção no trabalho do gangrel pois era um intelectual e todo aprendizado era bem vindo!

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Mensagem por Marcelhus Sex Fev 15, 2019 4:25 pm

Fox escreveu:
Logan Johnson

Diante da conversa, Logan percebe a seriedade do assunto. O olhar de sua Mentora não lhe deixava dúvidas. Mas antes que ele pudesse pensar num plano de ação pra resolver os seus problemas, ela adverte-o mais uma vez.

- Se meter com esses gangsters foi o que lhe causou esses problemas em primeiro lugar. Simplesmente se livre dos corpos, você não vai querer um grupo inteiro atrás da sua cabeça. Mude o local do seu refúgio e tente evitar mais problemas.

Ela dá alguns passos na direção oposta do trailer e continua.

- Quando terminar tudo, me encontre no topo da construção do prédio Headt. Lá eu irei explicar tudo melhor.

Por fim, após qualquer resposta de seu pupilo, Sandra se afasta ainda mais. Seu corpo começa a mutar-se. Sua pele e roupas começam a fundir-se e adotar uma coloração negra. Penas surgem dessa fusão, enquanto que sua cabeça e pernas começam a diminuir. Nascem garras, asas e bico, e a Gangrel assume a forma de uma águia negra que iça voo pela noite.

Logan estava naquele momento bastante tenso, mas atencioso quanto aos ensinamentos de sua mentora. O sentimento de decepção consigo mesmo não deveria ser o obstáculo para seus objetivos. Crescer e se desenvolver como membro era uma tarefa pessoal, para sobreviver com seu clube de motoqueiros “espírito livre”. Esta situação seria apenas um percalço corrigível, se ele fosse rápido e enérgico.

Quando ele percebeu sua mentora partindo, na forma de uma águia negra esplendorosa, Logan pensa consigo mesmo... “pena que ela sempre se vai...”


Logan fecha a porta de seu trailer, e vai em direção ao trailer de seus colegas. Por um momento havia se confundido, na pressa de fugir da polícia. Sua intenção era chegar ao local, reunir o grupo e partir para outro local que eles tenham mapeado como razoavelmente seguros. Mas enquanto caminhava ele pensava, “preciso cuidar mais da minha turma”, eles não têm os dons e podem sofrer as consequências de maneiras piores que eu”. Ele cumpria um pouco o estereótipo de seu clã vampírico. Logan é um rapaz quieto, dos guetos suburbanos e áreas remotas. Mais do que isso, ele adorava pessoas e seres simples, desapegados e que viviam a vida e a não-vida longe de futilidades e motivações vazias. Mais do que tudo, ele era um animal de bando. Sua solitude é melhor aproveitada a partir de um grupo que com a mesma ideia se deslocasse de “Babilônia”.  Estes eram os Motoqueiros Fantasmas. Ele verificaria se Big Smoke estava bem e depois falaria para seu Clube mudar de refúgio o mais rápido possível, para outro lugar da mesma característica, porém mais afastado daquela área dos gangsters Los Culebras. E finalmente, tudo ajeitado iria o mais rápido possível encontrar-se com sua mentora. Apressando o passo, mas de maneira atenta ele se aproxima do trailer dos seus manos e bate na porta do trailer deles.

-Big Smoke, Pedrito, Sarah, preciso agora conversar com vocês!
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Mensagem por Fox Ter Fev 19, 2019 12:08 pm

Zoran

Muita coisa podia ser dita sobre Phoenix, mas 'pacata' não era uma delas. Mesmo os subúrbios, normalmente com ruas vazias, eram preenchidos por mendigos, viciados e veículos que passam sem se importar com o que acontece ao redor. O conceito de superpopulação podia ser identificado facilmente naquela cidade, o que criava uma sensação inquietante de estar sempre sendo observado. Claro, para alguém habituado, havia ruelas e becos que podiam servir como um caminho escuso, mas Zoran ainda não tinha esse conhecimento empírico. De toda forma, sua condição sobrenatural lhe dava meios de contornar isso. O Manto de Sombras se ergue e engloba seus passos. Num instante, os olhares que podiam avistá-lo desviam como se ele não existisse.

O bairro do seu alvo era pequeno. Pelo mapa em mãos, o Assamita conseguia se situar e traçar um perímetro de avaliação. Rondando ofuscado, ele começa a observar as redondezas. A maiorias das construções ali eram prédios de apartamentos, com não mais de seis andares. Alguns deles davam a impressão de estarem abandonados, mas com um pouco de atenção nota-se que era apenas falta de cuidados estéticos. As ruas não são muito longas, com poucas paradas de ônibus em suas extensões. Procurando por câmeras de vigilância, Zoran não acha uma sequer. Aparentemente, seu caminho estava livre.

Ele, enfim, se dirige ao local escolhido. Seu alvo ficava a dois terrenos de um cruzamento, então o Cainita escolhe o local de observação no outro lado da rua, na diagonal da travessia. Um prédio residencial de fachada simples. Só é preciso um dos moradores sair sem lembrar de fechar a porta de entrada para o Assamita ter acesso livre. Ele sobe as escadas até o andar adequado. As luzes alaranjadas dão um tom ainda mais antigo ao lugar. O corredor, com um tapete vermelho desbotado, leva ao apartamento escolhido. 503. Com um grampo, Zoran destranca facilmente a porta e adentra o cômodo escuro. Nenhum som, mas um odor forte de whiskey barato e poeira. A residência parecia vazia por hora, mas certamente era habitada. A mobília era semi nova. Sofá, poltrona, tv, geladeira, fogão, cama, armário. Tudo de comum num apartamento de classe média baixa. Uma garrafa sem rótulo contendo um líquido marrom alaranjado repousa num canto próximo à janela que dá visão da rua.

Zoran se instala da melhor maneira possível e começa sua "contemplação". Era uma atividade monótona, mas tudo fazia parte de seu plano. Durante várias horas, ele observa o trânsito dos residentes do prédio. Apenas três pessoas saem nesse meio tempo. Um homem e uma mulher saem por volta do primeiro terço da noite. A mulher traja roupas extravagantes num visual punk gótico, usa um cabelo curto preso e sai a pé. O homem, por sua vez, usa uma jaqueta preta e sai numa moto, com o rosto coberto pelo capacete, também sozinho. O terceiro sujeito sai do prédio depois da meia noite. Ele usa sobretudo marrom, chapéu e óculos escuros. Um carro preto para na frente do local e o leva no banco do carona. Próximo do fim da noite, apenas o homem da motocicleta retorna. Ele guarda o veículo na garagem, que é acoplada ao prédio e abriga motos e bicicletas.

Por sua observação, o prédio investigado é similar ao que Zoran está. Há uma porta de entrada e uma garagem, ambas trancadas com chave e ligadas por dentro. Aparentemente, não há porteiro nem segurança. Há apartamentos voltados para a rua, mas também parece ter apartamentos voltados para os fundos.
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Mensagem por Tubal Caim Ter Fev 19, 2019 3:01 pm

Zoran tomou nota das pessoas que entravam e saíam do apartamento do alvo, descrevendo suas roupas, cabelo e maneirismos, o suficiente para que ele pudesse identificá-las posteriormente. Vampiros não suavam e não precisavam se preocupar muito com a troca de roupas — exceto, talvez, os mais devassos cujo prazer era se enfeitarem como se fossem penas de pavão. Recordou-se da tradição de seu povo, do orgulhoso Tawûsê Melek, o Anjo Orgulhoso, o Rei Pavão, que de tão vaidoso, desejou governar todo o universo e não se curvou diante de Adão. Seu orgulho o derrubou no inferno por 7000 anos, até que todas as suas lágrimas apagaram as chamas do abismo. A diferença era que o anjo tinha orgulho de servir somente a Deus e os clãs da Camarilla tinham orgulho de proteger apenas seus traseiros. Lamentável! Ao menos, ficaria de olho caso aparecessem de novo.

O Assamita então concebeu um plano. A Mão Negra tinha consigo inúmeros estratagemas, os quais eram ensinados aos seus membros, resumidos por termos muitos simples. Seu Mentor havia lhe ensinado um que se chamava Contemplar da margem oposta ao incêndio. Tinha pouco tempo para realizar tudo; afinal, o dia já estava chegando e esse era o momento ideal para realizá-lo: o momento em que seu inimigo havia começado a descansar.

Primeiro, pediu à força do sangue que o encobrisse. Não só pelo Manto das Sombras da Ofuscação, mas seria essencial que não fosse sequer ouvido. O primeiro poder da Disciplina do seu clã, Silêncio Mortal, abafaria o barulho que estaria prestes a causar. Então, improvisou luvas com sacolas de lixo plástico, para cobrir toda a mão e o braço. Não tinha certeza se ainda era capaz de deixar digitais no que tocasse (estava morto e não suava; são essas secreções que deixam as marcas das digitais), mas era absolutamente necessário se prevenir.

Pediu pela força do sangue de Caim mais uma vez, pois tinha pressa: a Rapidez acelerava seus passos furtivos e silenciosos. Combinava assim a celeridade com a sutileza, se dirigindo a um outro quarteirão, em um dos outros prédios desprotegidos. Dirigindo-se ao primeiro andar, arrombou em silêncio a porta da fechadura.

Se tudo se desse de forma correta, faria o seguinte:

  • Removeria suas botas antes de entrar, para não deixar marcas no chão da casa. Deitaria elas de lado, para não deixar sua estampa no solo, e entraria apenas de meia.
  • Certificaria-se de quantas pessoas há na casa. O ideal é que haja apenas uma vítima; mas se houvesse mais, trabalharia com cuidado para drenar a todas.
  • Drenaria a fonte até secá-la: usaria o excesso para aumentar sua Destreza e para pagar o tributo às Disciplinas que acabou de usar.
  • Procuraria por uma arma na casa: desde uma arma de fogo até uma faca de cozinha, para fazer parecer um suicídio mal feito, desses que não engana ninguém: "como o cara cortaria os pulsos se não tem mais sangue no corpo?".
  • Depois colocaria as botas do lado de fora e voltaria para o posto do qual estava observando e dormiria lá. Sempre Ofuscado e usando a Rapidez para poder evitar o nascer do Sol. Não destrancaria a porta: era preciso fazer parecer que se tratava tudo de um engano amador.

Sua intenção era deixar a cena tal qual um Cainita bebeu todos aquelas bolsas de sangue ambulantes até drenar e, depois de notar o que fez, tentou fazer parecer um suicídio muito mal feito para "manter a Máscara". Tal cena chamaria certamente a atenção da polícia e da Camarilla. E acontecendo bem do lado de onde mora seu alvo, jogaria raposa contra raposa.

A Camarilla teme a Mão Negra e o Sabá. Atacados, porém, seus Membros unem suas forças sob a pressão das circunstâncias. Deixados em relativa paz, eles conspiram uns contra os outros. O mantenedor das leis da Camarilla ficará pressionado sob o peso de sua própria autoridade desafiada bem do lado do seu refúgio e se tornará um alvo fácil para ser eliminado ou, quem sabe, até diablerizado. Bastaria apenas "contemplar da margem oposta ao incêndio" que causara.
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Mensagem por Fox Ter Fev 19, 2019 8:35 pm

Joseph Mathew

Vendo que captara o interesse de seu interlocutor, o homem loiro abre um sorriso de dentes brancos reluzentes. Ele é muito bonito, não havia como negar, e seu discurso parece captar a atenção.

- Veja Sr. Mathew. Nossa empresa lida diariamente com atividades do ramo imobiliário. É uma tarefa difícil nessa área tão competitiva, então muitas vezes temos que tomar atitudes mais drásticas. Nas últimas semanas, perdemos uma parcela de mercado para uma empresa rival e isso complicou nosso orçamento. Algumas obras tiveram que ser adiantadas e outras adiadas. O senhor deve entender bem. Mas o problema principal foi a aquisição de um terreno para uma obra de destaque, requisitada por uma empresa multimilionária. Uma coisa afeta a outra e o capital para a compra desta foi reduzido, por isso tivemos que optar por outra abordagem para cumprir nosso contrato.

Ele tira do paletó algumas fotos e coloca sobre a mesa. Todas as fotos são de um conjunto habitacional de uma zona de transição comercial e suburbana da cidade. Pelas fotos, não parece haver nada de errado com o local.

- Contatamos a prefeitura para relatar a existência de um conjunto habitacional... indevido, como você pode ver. O terreno, claro, é o objetivo de nossa compra, pois terá um preço bem menor do que o anterior visado. A defensoria do estado tentará impedir nossa ação e é aí que você entra. Precisamos de alguém que nos garanta que a desocupação ocorra, para que a Megan e Headt possa continuar com seus empreendimentos. Nós iremos fornecer... o apoio de documentos necessários para corroborar com o parecer dos peritos, assim como resolver qualquer outro detalhe que se apresente como empecilho. E claro que o seu cachê será bem elevado se ganharmos o caso. O que acha?
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Miséria e Insanidade - Página 2 Empty Re: Miséria e Insanidade

Mensagem por Fox Qua Fev 20, 2019 11:20 am

Angelo D'la Fere

Angelo, com a ajuda do motorista, retira as duas tabuletas de dentro da van e leva até o laboratório. Cassidy, por sua vez, pega um jaleco branco de um cabide no canto do cômodo e pede para que seu companheiro faça o mesmo, caso queira continuar no ambiente. Após isso, ele fecha a porta levadiça, deixando o mortal na van, do lado de fora. Os contêineres são ligados a alguns aparelhos para começar o procedimento.

Angelo não era tão versado em bioquímica, mas conseguia compreender alguns das técnicas aplicadas pelo Membro e também era capaz de ajudar minimamente. A maior parte do tempo se deu na preparação e aplicação de soluções sobre as tabuletas, através de equipamentos de sucção e dispersão. Entre um momento e outro, Cassidy explicava sobre os efeitos de controle biológico de cada composto. Tudo tinha o propósito de eliminar resquícios de contaminantes e deixar o material nas condições ideais para os procedimentos seguintes, sem que houvesse nenhuma alteração nos atributos base da rocha. O resto de noite que ainda havia se esvai rapidamente e os dois finalizam os trabalhos, só restando esperar os aparelhos terminarem a descontaminação.

- Creio que já vai amanhecer, então você terá que ficar aqui. É um lugar improvisado, então um sofá é o máximo que você vai ter. Tem bolsas de sangue no refrigerador se precisar. Fique à vontade, ao anoitecer levamos as obras pra universidade.

O cômodo ao lado é pequeno, assim como o laboratório. As paredes são de cimento e tem um sofá, um refrigerador com duas bolsas de sangue e uma televisão pequena. Cassidy se despede e passa por uma porta diferente da do laboratório.
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Miséria e Insanidade - Página 2 Empty Re: Miséria e Insanidade

Mensagem por Fox Qua Fev 20, 2019 9:10 pm

Logan Johnson

Logan fazia seu caminho pensativo. Apesar do pouco tempo, os eventos recentes lhe deram muito sobre o que refletir. O percurso até o trailer de seus amigos era curto, por um barranco tortuoso com vegetação rasteira. A areia sobe com as pisadas fortes do Gangrel. Pouco distante, é possível ver as fogueiras e carroças adornadas do grupo de ciganos. O murmúrio das rodas de conversa voava pelo ar, trazido pelo vento. Aquilo dava a sensação de estar em um lugar completamente diferente, no entanto, a realidade batia à porta.

Uma discussão é interrompida quando Logan entra no trailer, frustrado por ninguém escutá-lo na porta devido ao barulho. Big Smoke, ainda irritado, tentava explicar aos berros para os dois o que tinha acontecido, enquanto Sarah adicionava mais urros à conversa, tentando fazer o careca se acalmar. Pedro, com suas olheiras aparentes e bigode fino, apenas ria enquanto fumava um cigarro sentado no sofá. Os três esboçam a mesma surpresa ao ver o quarto membro do grupo entrar.

- Logan! Você tá bem, mano?! Eu tava tentando explicar pra eles dois...

- Cala boca seu cabeça dura! Não vê que ele tem algo importante pra falar... Dá pra ver pela sua cara, Logan. O que houve?
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Mensagem por Marcelhus Qua Fev 20, 2019 10:20 pm

“Desgraçados, eu vou fuder com esses merdas quando ajeitarmos as coisas!” - Pensava o jovem neófito ao caminhar em direção ao trailer de seus amigos. Ao passar pelo penhasco, sua raiva se esvaiu um pouco. O vento era agradável quando balançava seus dreads. E ouvir os sons das rodas de músicas ciganas lhe era muito agradávél. Por um momento lembrou-se das coisas simpes que o deixavam feliz. Pelo menos em certas companhias esse clãs de rednecks acertaram, pensava Logan, com respeito à longa amizade entre seu clã Gangrel e os ciganos. Mas ele precisava corrigir aquela situação o mais rápido possível.

Ao bater no trailer,  ninguém o atendeu, mas ele podia ouvir as vozes alteradas de seus camaradas ao fundo. Principalmente a voz de Sarah, que dava medo até nele às vezes. Ao abrir a porta viu os três. Big Smoke parecia a salvo, Sarah estava muito brava, quase arrancando seu blackpower. Pedro como sempre estava sorrateiro. E fumando um cigarro que parecia de tabaco de qualidade ruim.


Logan! Você tá bem, mano?! Eu tava tentando explicar pra eles dois...

- Cala boca seu cabeça dura! Não vê que ele tem algo importante pra falar... Dá pra ver pela sua cara, Logan. O que houve?


- Galera que bom que tá todo mundo bem. A “chefe” matou dois culebras do carajo no meu trailer. Ta muito ruim pra gente ficar aqui. – ele faz uma pausa e continua, embolando um pouco tudo o que queria falar. – Big Smoke, que porra você aprontou man? Me assustou pra cacete, que bom que você está bem. Tenho algumas ideias de lugares para onde podemos ficar, vou tentar deixar um cão carniçal de guia, mas como está amanhecendo não sei se dá tempo.

Depois de um suspiro, fala um pouco mais devagar.

- Se for necessário, um de vocês terão que dirigir pra mim. Agora, antes de partirmos, por favor Big Smoke me conta que treta foi essa, foram os putos dos Los Culebras? E Pedro, to precisando muito desse tabaco no meu sangue, você não me dá uma forcinha não mano?

Como amigos e confidentes, Pedro deveria saber de que a “forcinha” era fornecer um pouco de seu sangue a Logan.
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Mensagem por Zim Qui Fev 21, 2019 1:09 am

Ângelo observa todo o processo na tentativa de absorver o máximo que pudera, Cassidy instruia o lasombra como se desse uma aula particular, explicando todas reações nos seus minimos detalhes.

Depois do trabalho manual completo os dois se dão conta que já é quase manhã.


- Creio que já vai amanhecer, então você terá que ficar aqui. É um lugar improvisado, então um sofá é o máximo que você vai ter. Tem bolsas de sangue no refrigerador se precisar. Fique à vontade, ao anoitecer levamos as obras pra universidade.


_ Ficarei bem! Está ótimo, obrigado por me deixar ficar, espero que não seja um encomodo.
D'la Fere se retratava educadamente exaltando a cordialidade de Devland, não seria um problema para Ângelo passar a noite naquelas condições ja que o mesmo não tinha tanto mais em seu humilde apartamento.

Depois que Cassidy se retira o lasombra vai até o refrigerador e se alimenta do sangue que lá havia até que se sinta saciado, depois de seu jantar ele se reencosta sobre o sofá onde antes de adormecer pensa em algumas medidas que deverão ser tomadas após o incidente de mais cedo!
Ângelo adormece dando fim a mais uma noite!

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Mensagem por Fox Seg Fev 25, 2019 9:47 pm

Zoran

O jovem Assamita terminava de fazer suas observações e logo se punha em ação. Inspirado nas táticas ensinadas por seu Mentor na Mão, ele optava por uma abordagem inteligente. As coisas sempre vão bem quando estão de acordo com o plano, mas adicione uma pitada de caos e veja erros serem cometidos a torto e a direito. Com a Camarilla não era diferente.

Primeiro, Zoran valia-se de todos os seus dons do sangue. O Quietus de seu clã cobria o som de seus passos, a Ofuscação ocultava sua presença de olhares curiosos, enquanto a Rapidez lhe dava velocidade o bastante para cruzar a rua sem que isso atraísse atenção do que quer que ignorasse sua Disciplina anterior. Claro, suas ações também tinham que ser rápidas, embora seu Dom só funcionasse por poucos instantes quando usado. De toda a forma, o Anjo de Caim passa para o quarteirão vizinho rapidamente e dirige-se a outro prédio. Dessa vez, devido à urgência, é necessário arrombar o portão de entrada, o que demanda certo tempo, pois as luvas improvisadas com sacolas plásticas dificultam o manuseio mais acurado. O primeiro andar é o objetivo principal, precisamente um dos apartamentos nele. A porta deste também é arrombada, revelando uma moradia ampla, com vários cômodos.

Olhando pelo local, o Assamita identifica três moradores, um casal e uma criança. Esta última é neutralizada facilmente e primeiro. O garoto nem tem tempo de esboçar alguma reação, tão rápido é o Cainita em drená-lo. Depois, ele alveja a mulher, que dorme ao lado do marido. A mesma tem um susto ao sentir as presas entrarem no seu pescoço e tenta se mover, porém Zoran, com sua força superior, a contém. A vida da mulher se esvai, enquanto o sangue consumido preenche o corpo do seu assassino no silêncio absoluto. Por último, o homem nem sequer acorda, tomado pelo prazer do Beijo enquanto dorme. Neste momento, as capacidades físicas de Zoran estão em seu máximo, melhoradas com o vitae de suas vítimas.

Para finalizar o seu plano, Zoran pega uma faca na cozinha da casa e faz os últimos retoques. Os pulsos cortados da família e a arma do suposto crime na mão do pai pintam uma cena grotesca que faria qualquer um vomitar ou entrar em pranto, mas essas reações humanas já não faziam mais parte daquele ser de olhar cruel. Concluindo sua trama, o Anjo de Caim, tomando os cuidados necessários, voltava até seu refúgio improvisado, já com a sonolência pesando seus olhos. Ele tenta ser rápido, se ajustando no banheiro, local que lhe protegeria do sol pela manhã.

- - - - - - - - - -

Zoran desperta numa situação incomum. Durante seu sono, ele não percebera nada, mas a primeira imagem vista ao abrir os olhos é de um homem loiro trajando um uniforme azul escuro olhando para seu corpo. O sujeito, que está agachado ao lado da banheira em que o Assamita dormiu, cai assustado ao cruzar olhos com ele, emitindo um grito alto de pavor. A porta de acesso do banheiro ao quarto dá a visão de um policial que vem correndo com a mão no coldre.
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Mensagem por Fox Seg Fev 25, 2019 10:04 pm

Logan Johnson

Logan ainda tinha certo tempo até o amanhecer, mas certamente tinha que ter pressa se quisesse se mudar antes de encontrar sua Senhora. Seus amigos pareciam preocupados, mas também aliviados por estar tudo bem com ele. Eram caras com quem se podia contar. No entanto, eles logo ficam cabisbaixos ao ouvir que vão ter que sair dali. Eles não eram tão apegados ao lugar, mas sabiam que encontrar um canto como aquele ia ser difícil.

- Mano, eu arrumei um bico de entregador. Essa caminhonete é do meu patrão. Parei no caminho pra encher o tanque - ele dá um tapa na barriga - e esses filhos da puta apareceram. Quando vi, os desgraçados tinham pegado toda a mercadoria e saíram cantando pneu. Depois, eles se separaram e eu só consegui seguir um. Mas só quebrar a cara daquele filho da puta já iria me fazer sentir melhor. Agora eu vou ter que dar uma explicação pro chefe, eu tô fudido.

- Não esquenta a cabeça grandão, você vai dar um jeito. Logan, nós vamos pra onde você for, é só dizer o lugar.

- Pedro, to precisando muito desse tabaco no meu sangue, você não me dá uma forcinha não mano?

Pedrito fica até animado com o pedido. O prazer do Beijo era melhor que qualquer cigarro e claro que ele não se importaria em ajudar seu mano. Ele logo arregaça a manga da camisa surrada e estender o braço direito sem cerimônias para o Gangrel.
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Mensagem por Fox Seg Fev 25, 2019 11:01 pm

Angelo D'la Fere

O dia passava rápido, e logo era noite novamente. Angelo havia se alimentado das duas bolsas de sangue antes de deitar-se, então a sede não lhe aplacava tão forte ao despertar. Cassidy sai do outro cômodo, já se aprontando para o transporte das obras. Ele ajusta os aparelhos, que haviam completado o processo de descontaminação, para manter as condições ideais até que chegassem à universidade. Por fim, os dois abrem a porta levadiça e levam os contêineres até a van novamente. Tudo pronto para, enfim, o Lasombra utilizar seu conhecimento.

Cassidy, mais uma vez, liderava o caminho em seu carro pessoal, enquanto Angelo seguia na van guiada pelo mortal. O rádio ligado passava as últimas notícias. Além de acontecimentos comuns, o locutor relata sobre um corpo encontrado num dos canais de escoamento da cidade. Segundo os relatos policiais, a identidade da vítima ainda não foi confirmada, mas ele possuía escoriações e os globos oculares haviam sido removidos. Apesar disso tudo, a causa da morte também não havia sido determinada. Ao fim das notícias, a rádio começa a tocar músicas de bandas locais.

Música do Rádio:

Angelo já estava na metade do caminho para a Universidade de Phoenix. Cassidy passa por um cruzamento à frente, mas quando a van faz a passagem, um carro a atinge com uma força tremenda. O impacto amassa a porta do lado do Lasombra e faz a van rodopiar e tombar para o lado esquerdo ao fim do giro. Vidro é espalhado para todas as direções, enquanto o som de pneu, motor, batida e música se embaralha na cabeça do vampiro. Ele ainda consegue ver, enquanto tenta se recuperar da pancada, um sujeito se distanciando do local, mancando. O motorista está desacordado e sua cabeça sangra, enquanto que o cinto de segurança parece ter emperrado. Angelo escuta passos se aproximando do lado de fora e um som de algo como uma furadeira começa a tomar conta do ambiente.
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Mensagem por Zim Ter Fev 26, 2019 4:45 am

Ângelo despertava mais uma vez e apesar de estar entusiasmado com sua tarefa ele não se livrara dos pensamentos da noite anterior, os acontecimentos ainda estavam frescos em sua memória.


D'la Fere se punha de pé quando Cassidy saia do quarto e sem um comprimento formal os dois retomam o trabalho. Depois de tudo pronto tomam a estrada novamente, entre algumas notícias e outras uma era bem pertubadora oque fazia o lasombra se questionar por que Anny o queria ali, já haviam tempo desde o ultimo encontro e isso começara a preocupa-lo ainda mais, em meio a musica que tocava e seus pensamentos um forte impacto fizera tudo se embaralha, a van estava capotada de banda, fazendo com que Ângelo ficasse dependurado pelo cinto, em nenhum instante passou por sua cabeça que poderia ser um acidente:

Ele se utiliza da potência do sangue para aumentar sua força em 2, ainda pendurado chuta o parabrisa da van terminando de quebra-lo, Ângelo agora com mais força arranca o cinto e sai pelo vidro quebrado, futivamente caminha até onde intensificava o som da furadeira! Chegando lá observa a situação e com o gasto de mais 1 pt de sangue ele estende as sombras que ali haviam tomando todo perímetro observado.

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Mensagem por Fox Ter Fev 26, 2019 3:46 pm

Angelo D'la Fere

A situação não era das melhores para Angelo. Naquele momento, ele era vulnerável, embora não parecesse que o mesmo era o alvo ali. No entanto, o Lasombra precisava agir, e rápido. Seu sangue ferve, fazendo seus músculos enrijecerem e ganharem poder. Seu corpo fraco, em instantes, se torna potente devido ao poder vampírico. Ele tenta chutar o para-brisa da van, mas na posição que estava, era impossível suas pernas o alcançarem. Angelo luta para ficar numa posição adequada para o chute, mas o cinto de segurança emperrado impede que isso aconteça. Mesmo com sua força aumentada, a situação impedia que ele a aplicasse completamente. O som de furadeira continua, agora, parecendo furar metal.

A melhor chance do Lasombra, nesse momento, era se livrar do cinto. Na primeira tentativa, ele tenta arrancá-lo na base da força bruta, mas o material extremamente resistente suporta toda a pressão empregada pelo vampiro. Ele olha para os lados, tentando imaginar uma forma de se desvencilhar daquela situação. Então, surge a ideia de tentar quebrar o fecho, pelo menos o suficiente para soltar o cinto. Angelo começa a desferir uma série de socos laterais com sua mão direita. A estrutura é bastante resistente, mas com o tempo e insistência ela começa a ceder. Enquanto isso, o som da furadeira cessa e escuta-se duas batidas, na traseira e na lateral da van. Um pouco distante, mais um som de batida e vidro quebrando.

Com persistência, Angelo consegue, finalmente, danificar a estrutura e arrancar o cinto preso. Ao fazer isso, ele despenca sobre o corpo inerte do motorista e se agarra ao volante. Estando tombado, o carro não o ajuda muito, mas ele tenta se ajustar para o chute que pretendia dar desde o início. O para-brisa, já trincado e faltando alguns pedaços, é jogado para fora, despedaçando-se por completo no chão, e o Lasombra se esgueira da van, evitando se cortar no que restou do vidro. Quando sai, ele consegue ver dois sujeitos vestidos de preto jogando o que parece ser um dos containers na traseira de um caminhão. O veículo, visto de lado, está no meio do cruzamento, a pouco mais de 20 metros de Angelo, e tem o logo da Deister Industries. Seu motorista, com o mesmo uniforme dos outros caras, está olhando para trás, preparado para dar a partida.
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Mensagem por Zim Ter Fev 26, 2019 4:19 pm

Angelo gasta mais 3 pts de sangue para aumentar agr sua destreza e corre o mais rapido que conseguira até os dois capangas chamando atenção dos mesmos que estavam colocando o container no caminhão, chegando até eles o lasombra olha fixamente nos olhos de um dos homens e ordena
_ fuja (usando manipulação)

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Mensagem por Tubal Caim Ter Fev 26, 2019 5:24 pm

Zoran não teve muito tempo para pensar. O grito de susto do policial denunciava que não eram agentes da Camarilla; fossem carniçais, estariam com estacas em mãos, não revólveres. Podia mostrar-lhes sua pior face, mas deixar mais cadáveres ou mesmo policiais caídos traria rastros indesejáveis. Essa seria sua última opção; também não queria lidar com a polícia inteira da cidade atrás de si. A melhor opção era fazer-se de solícito. Não era um ator, mas aproveitou o sono para parecer inofensivo, talvez bêbado, e levantou os braços.

—Não atira, não atira. — Disse com o seu sotaque mais forçado. Menos era mais: quanto menos dissesse, melhor.

Tentou comprar tempo. O seu crime, na pior das hipóteses, até então, era invasão de domicílio. Exceto pelo despertar matinal, estava bem alimentado. Dependendo do que fizessem os policiais, ou iria preso com eles, ou fugiria com Rapidez, ou, se fosse possível, causaria um estardalhaço suficiente para bater o mato e desentocar a cobra, isto é, forçar o oficial da cidade da Camarilla ir até ele. Não deixaria que o revistassem nem que o algemassem. Veria, primeiro, a reação deles.
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Mensagem por Fox Qua Fev 27, 2019 8:26 pm

Angelo D'la Fere

Angelo não era lá um dos mais ágeis, mas seu controle preciso sobre o sangue podia compensar essa falta de destreza. Ele, mais uma vez, fazia sua vitae queimar dentro de si e disparava em direção aos homens. Com um grito a plenos pulmões, também tentava chamar a atenção deles. Os dois viram, surpresos, mas o motorista, que estava atento à cena, vê que o Lasombra se aproxima e puxa uma pistola.

- Vamos embora, idiotas!

Ele aponta e dispara contra o vampiro, acertando na sua coxa direita, o que o faz desequilibrar no meio da corrida e perder o ímpeto (Escoriado). Isso dá tempo para os dois capangas subirem na parte de trás do caminhão, que acelera, revelando mais dois homens que já haviam subido e o segundo contêiner sob posse deles. Neste momento, Cassidy vem correndo do outro lado do cruzamento com uma arma em punho. Ele descarrega o revólver contra o caminhão em fuga, atingindo a lataria, a placa e, por fim, um dos ladrões. O sujeito, imediatamente, desfalece, caindo no asfalto, enquanto o caminhão segue em velocidade com as portas traseiras batendo e os demais capangas se protegendo dos tiros como podem.

- Droga! - Cassidy esbraveja.

A alguns metros atrás do Gangrel, estava seu Lumina, com a frente amassada devido a um choque com outro carro que bloqueia a passagem. A van estava bastante avariada, tombada com a lateral destruída e as portas traseiras escancaradas, revelando os compartimentos vazios e alguns equipamentos emitindo faíscas. Próximo a ela, estava outro carro vazio com a frente amassada, o qual, possivelmente, causou o acidente.
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Mensagem por Zim Qua Fev 27, 2019 10:35 pm

Naquele momento a única coisa que passava pela cabeça do lasombra era "que diabos de tabuletas são essas?." ta certo que Pheonix  estava longe de ser um local pacato, mas tanto esforço por alguns artefatos?.

D'la Fere não tinha oque fazer, uma perseguição chamaria muita atenção e sair dando tiros por ai nunca seria a melhor opção. Ângelo tinha algumas informações, que eram suficientes para poder procurar pelas pessoas certas, mas aquilo de fato não era um problema seu.

Ângelo resolve aguardar uma ação mais incisiva do Gangrel...

D'la Fere já havia gastado muito sangue para aperfeiçoar seus atributos, a fome já começava a aparecer! Ele então gasta mais 1ps para curar sua ferida e enquanto o Gangrel pensa em agir, ele corre até o caminhão tombado antes que as pessoas se aglomerassem, e se alimenta do vitae do motorista que se encontrava desmaiado, beberia uma quantidade que não ô matasse, depois daria um pt de sangue ao homem para que o mesmo recobrasse seus sentidos, e logicamente extreitaria suas relações com ele.

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Mensagem por Fox Qui Fev 28, 2019 8:52 am

Zoran

Apesar do despertar repentino, Zoran não sentia o sono pesado que lhe normalmente acometia durante o dia. Talvez fosse o início da noite ou algo assim. O homem loiro, mais próximo e ainda assustado, não parece estar armado e usa luvas de borracha. O policial, alto e trajando uniforme completo, ao ver a súplica do Cainita e que o mesmo estava desperto, saca a arma, mas não aponta, mantendo-a em punho. Ele se aproxima da porta do banheiro, também parecendo estar bastante surpreso.

- Vocês não disseram que o cara tava morto?! - grita ele.

- Si-si-sim, ele tava sem pu-pulso e nem respirava. - gagueja o homem loiro no chão.

- Você, fique parado aí. - o policial se dirige a Zoran e depois grita pra alguém que parece estar fora do apartamento - Ben, vem aqui rápido.

Zoran tinha razão em suas expectativas. Dificilmente ele sairia dali sem estar algemado, mas estava bem alimentado e podia esperar alguma oportunidade de escapar aparecer. Sua sorte residia no fato de, aparentemente, todos ali serem mortais, no entanto sua condição já havia levantado suspeitas. Quem sabe que problemas isso poderia trazer?
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Mensagem por Tubal Caim Qui Fev 28, 2019 3:42 pm

—Devem ter me envenenado. — Resmungou à boca miúda e de maneira audível. A despeito do pedido do policial, moveu-se devagar, fingindo letargia.

Não era nenhum especialista em medicina, mas já tinha visto um programa sobre baiacus e vodu. Nunca entendeu direito como faziam pra fazer "zumbis", mas aparentemente envolvia um veneno que diminuía o metabolismo. Não que os policiais entendessem qualquer coisa sobre baiacus e vodu — e o próprio Zoran, ainda menos! — mas precisava de uma desculpa que facilitasse o encobrimento da Máscara. O Sabá podia não ter nenhum apreço pela Tradição da Camarilla, mas a Mão Negra conhecia muito bem o valor do Segredo do Sangue. Que a Camarilla depois usasse isso como forma de acobertar sua própria existência.

Calculava os movimentos enquanto se levantava da banheira. Ir com os policiais parecia menos perigoso. Estava em território inimigo. Se precisasse matar os dois ali mesmo, precisaria fazer de maneira discreta. Talvez usando o silêncio mortal, segredo dos seus ancestrais de sangue, poderia atirar na cabeça de um apontar para o outro com agilidade. Por outro lado, mesmo que ninguém ouvisse o que aconteceria ali, causaria um estardalhaço desnecessário: os policiais se mobilizariam muito mais ativamente para procurar um matador de tiras do que um estranho que acordou na banheira da casa de alguém. Um rastro mais difícil de seguir daria a ele tempo, mesmo que ele tivesse que se atirar pela janela e fugir usando a Rapidez. É claro que, estando tão próximo do inimigo, nada impediria o Cainita da Camarilla aparecer no pior momento possível e vê-lo pulando da janela. Um combate ali seria sua desvantagem, mesmo se vencesse: a cidade estaria inteiramente ciente da sua presença.

Não havia nenhuma opção sem riscos. Mas o risco de ser preso por meros mortais, nem que fosse pra ser levado à delegacia (ou escapar ainda do próprio carro), era menor do que ser pego pelo vigilante da Camarilla. Se seu alvo era o motoqueiro, era improvável que ele usasse os policiais como lacaios; era provável que a gangue de motoqueiros que havia ouvido anteriormente fosse dele. Usaria isso em seu favor. Embora fosse bem plausível que outro Ancião tivesse o controle dos policiais, não poderia fazer nada até que fosse muito tarde. Tinha que apostar nas possibilidades. Enfim, se levantou e levantou os braços em torno da cabeça. Quanto menos dissesse, melhor. Jogaria o jogo dos policiais.

Se precisasse escapar, encontraria uma brecha na situação. Melhor fugir de mortais desavisados do que fugir de um vampiro experiente, cujos recursos ele ainda desconhece. Ainda tinha algumas cartas na manga e podia pressupor saber quase todas as cartas dos policiais.
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Mensagem por Fox Sáb Mar 09, 2019 3:54 pm

Angelo D'la Fere

Angelo se questionava sobre o motivo daquele acontecimento e qual o valor daqueles itens. De fato, suas mãos estavam atadas, mas a reação do Gangrel mostrava que o mesmo não estava disposto a deixar aquilo acontecer. Ele corre de volta até seu carro, enquanto o Lasombra aproveita e se dirige até a van. Passando com cuidado pelo buraco do para-brisa, ele encontra o pobre motorista, ainda inconsciente e preso ao cinto de segurança. O homem tem um corte na têmpora esquerda, do qual escorre sangue pela lateral do rosto, pingando no chão, sendo este o único ferimento mais grave visível. Além deste, ele possui alguns hematomas e arranhões menores. Arrastando-se para conseguir uma posição apropriada, Angelo morde o pulso do homem e começa a sugar seu sangue. Sabendo da condição avariada de sua presa devido, principalmente, à perda de sangue, ele decide ingerir uma quantidade menor de vitae (três pontos), para evitar alguma casualidade, e logo após cede uma parte deste sangue consumido de volta ao homem. Apesar disto, ele não desperta. Talvez estivesse bem fraco e a potência da vitae doada não fosse suficiente para reverter a condição.

Quando Angelo retorna, Cassidy parece não ter tido sucesso com o seu veículo. Ele verifica os outros carros da cena, mas logo sai com uma cara de decepção. Enquanto isso, o Lasombra cura o ferimento feito a bala em sua perna.

- Você sabe fazer ligação direta? Não podemos deixar esses caras fugirem com os artefatos.

Apesar das suas palavras de inquietação, ele parece saber que não há como conseguirem seguir os ladrões naquelas condições. Neste momento, chega uma mensagem no celular de Angelo de um número que ele não conhece, mas, pelo conteúdo, suspeita de quem seja. "Como está o andamento das análises das obras? R. E.".
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