Vampiros - A Máscara
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Enoch Campbell - Malkavian - Independente

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Mensagem por Ghost Dom Jul 30, 2017 2:33 pm

Nome: Carol
Personagem: Enoch Campbell
Clã: Malkavian
Natureza:  Esperto
Comportamento:Enigma
Geração: 10ª
Refúgio: Casa suburbana em Edimburgo.
Conceito: Escritor
Perturbação: Paranoia/Esquizofrenia.
Saldo de XP: 0/0

________________________________________

2. Atributos

Físicos (3)
- Força: 1+1
- Destreza: 1+1
- Vigor: 1+1

Sociais
- Carisma: 1+1
- Manipulação:
- Aparência:

Mentais
- Percepção:
- Inteligência:
- Raciocínio:

________________________________________

3. Habilidades

Talentos(9)
- Prontidão: 2
- Esportes:0
- Briga: 0
- Esquiva:0
- Empatia: 1
- Expressão: 3
- Intimidação: 0  
- Liderança: 0
- Manha:
- Lábia: 3

Perícias(5)
- Empatia c/ Animais:
- Ofícios:
- Condução:
- Etiqueta: 2
- Armas de Fogo: 0
- Armas Brancas: 1
- Performance: 0
- Segurança: 0
- Furtividade: 2
- Sobrevivência: 0

Conhecimentos (13)
- Acadêmicos: 3
- Computador: 2
- Finanças: 0
- Investigação: 3
- Direito: 0
- Linguística: 2 (Inglês + Gaélico Escocês).
- Medicina: 0
- Ocultismo: 3
- Política: 0
- Ciências: 0

________________________________________

4. Vantagens

Antecedentes (5):
Geração: 2 +1*
Recursos: 1
Fama:  1
Mentor (Incorpóreo): 1


Disciplinas(3):

Auspícios:1+1*
Demência: 1+1*
Ofuscação: 1

________________________________________

5. Virtudes

Virtudes (7)
- Consciência: 1+3
- Autocontrole: 1+1
- Coragem: 1+3

Humanidade: 6

Força de Vontade: 4

________________________________________

Qualidades e Defeitos
Pesadelos D1
Mentor Incorpóreo Q5
Frieza Lógica Q1
Vingança D2
Estigmata D4
Conhecimento Proveitoso Q1


Observações
Equipamento:
Pequeno encadernado com anotações e um retrato de sua filha; punhal; óculos escuros arredondados para esconder os sintomas do defeito “Estigmata”.

Legenda: *Pontos bônus usados.
________________________________________

6.Prelúdio
Talvez eu não tivesse tudo, mas eu tinha uma vida confortável. Eu tinha uma esposa que me amava. Eu tinha uma filha. Um cargo em um jornal local o qual me permitia ter renda o suficiente para me dedicar à arte da escrita. Isso até ele aparecer. Até aquele maldito virar minha vida de cabeça para baixo. Quando tudo começou mesmo? Há mais ou menos dois anos e meio. Naquele pequeno pub que eu frequentava após o expediente, quando um homem sentou-se ao meu lado no balcão, pediu o seu uísque e se apresentou a mim como Ebenezer Coleman, dizendo ser um grande fã das minhas histórias. Foi lá que uma certa amizade entre nós nasceu, mas por quê? Eu não conhecia aquele homem, nunca o vira uma única vez na vida e certamente não confiava nele. Por que eu deixei que ele se aproximasse? Certamente me deixei levar pelo orgulho, eu não estava acostumado com a ideia de alguém vir falar comigo a respeito do que eu escrevia. Eu sabia que eu possuía uma certa fama, mas as pessoas que me admiravam era um grupo seleto de jovens antissociais os quais você não via com frequência pelas ruas da cidade.
Nunca tive muitos amigos durante minha infância, eu tinha dificuldades em criar fortes laços afetivos com outras pessoas. Estudei em casa quase até os dez anos, o que contribuiu um pouco para meu isolamento e para que eu criasse um certo gosto por livros, em parte de leitura e principalmente escrita, onde eu descarregava todas minhas frustrações, transformava tudo que dera errado em minha juventude, minha vida social quase inexistente e minha família que ‘desmoronava” cada vez mais com o passar dos anos, em contos de Terror. Escrevia tudo da forma mais perturbadora possível. Sinto que sempre fui bom com .palavras. Transformar o nada em algo.
Entretanto, minha vida começou a mudar para melhor depois que eu conheci aquela garota Meredith, nos casamos um tempo depois, apesar de ambas as família estarem infelizes com nossa escolha. Um ano depois de nosso casamento, Amélia nasceu. Meredith e Amélia, eram as únicas pessoas quem eu me importava, além de mim mesmo. Assim eu pensava. Minha amizade com o tal do Ebenezer se desenvolveu incrivelmente rápido, assim como minha confiança nele. Se eu pudesse ver o que aconteceria a partir dali, as coisas teriam sido diferentes.  
Só posso dizer que durante os meses que vieram a seguir, tudo passou muito rápido, o divórcio, minha demissão no cargo do jornal e...Aquela maldita noite. Meu mundo havia virado cinza. Não consigo me lembrar de segurar Amélia em meus braços antes de sua respiração cessar, não lembro de suas últimas palavras, apenas sangue...muito sangue. E escuridão. Apaguei por quase 12 horas, quase não pude comparecer ao funeral de minha própria filhinha. Ebenezer me ajudou a chegar até o local em segurança. Quando cheguei lá, fui barrado por alguns parentes de minha esposa, que educadamente me aconselharam a voltar para casa, aquela mesma casa humilde que eu vivera com minha família e que agora nada mais era que uma caixa fria e vazia, eu insisti e me deram dois minutos, depois Ebenezer me levaria embora. Tudo o que pude ver foi um caixão infantil selado. Entrei em colapso. Insisti para que me deixassem vê-la. Eu não queria acreditar. Fui retirado dali com uma camisa de força e levado a um hospital psiquiátrico onde fui diagnosticado com Esquizofrenia. Deixaram-me lá, em um pequeno aposento vazio e escuro, até que Ebenezer deu um jeito de me tirar de lá. Coisas que só ele conseguia. Foi naquela noite o meu abraço, isso foi há dois anos, eu tinha 38 anos na época. Nunca achei que poderia sentir sofrimento maior que a perda de minha filha, aquela noite serviu para me provar que eu estava errado mais um vez . Eu sentia o sangue Malkaviano percorrendo minhas veias, corrompendo minha mente. Tudo da forma mais dolorosa o possível. Enquanto isso, meu amigo observava tudo com olhos de águia e um sorriso sádico em seu rosto, ali eu comecei a suspeitar que algo poderia estar errado.
Os meses que se seguiram foram...inquietantes. Sr. Coleman, como eu deveria chamá-lo a partir de então, após minha apresentação com o Príncipe continuou a me mentorear sobre o que eu precisava saber sobre a Família: Explicou-me sua história, ensinou-me a disciplina Demência, contou-me sobre a rede de Loucura. E as vozes que sussurravam em minha mente, os pesadelos onde sempre aparecia o maldito caixão selado, além do sangue que escorre livremente por minhas órbitas oculares, quando lembranças desconexas do assassinato vêm à memória, tudo isso me lembrava constantemente de minha demanda, minha vingança. É ela. Amélia. Ela não quer que eu esqueça. Ela quer que eu separe a cabeça de seu assassino do corpo e não poderei fazer nada a não ser obedecer. Eu quero obedecer.
Conversei com meu senhor sobre aquela fatídica noite quando meu mundo começou a ruir, a última vez que nos vimos. Sugeri alguma coisa sobre vingar-me de quem quer que seja o responsável. Sr. Ebenezer Coleman agiu estranho e eu questionei sua atitude, o enfrentei. Seria ele um traidor? A voz em minha mente disse que sim e me aconselhou a matá-lo ali mesmo, entretanto eu me contive. Precisa investigar antes. Ele olhou para mim com uma decepção profunda em seus olhos. Chamou me de ingrato, virou-se de costas para mim e saiu. Assim nossos caminhos se separaram. Cada um seguiria com sua pós-vida.  
Eu estava mais solitário que nunca, por mais cercado de Cainitas, os quais eu poderia usar ao meu favor, com meu exímio dom de saber escolher as palavras com astúcia e sabedoria, eu estava só. Apenas eu e a Voz em minha mente, a única em quem eu poderia confiar, me guiar. Não me aliei à nenhuma seita então, eu precisaria de uma certa autonomia caso eu quisesse juntar todas as peças do assassinato. Era com isso que eu gastava a maioria das minhas noites dessa pós-vida, procurando por evidências ou então no cemitério, junto à lápide de Amélia. O jovem quem antes estudava Ocultismo e Mitologias pagãs para que assim pudesse expressar tais assuntos com maestria em suas história, se tornara algo parecido com as criaturas que escrevia. Uma criatura que tentava se agarrar ao máximo à sua vida mortal. Isso era o que eu me tornara.


________________________________________

7. Banco de Dados
Ghost
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Mensagem por Padre Judas Seg Ago 07, 2017 8:14 am

Bom dia!

Seja muito bem-vinda ao nosso Fórum! Peço desculpas pela demora na avaliação da sua ficha. Como deve ter percebido, muitas fichas fora postadas quase ao mesmo tempo, de modo que devo dividir minha atenção entre todas. Somado isso a grande demanda de trabalho, resultou no que você pôde perceber. De qualquer forma, eu gostei do personagem. Sempre preferi os personagens investigativos, na minha opinião propiciam o melhor tipo de jogo. Enfim, seu personagem é bom mas é preciso fazer alguns ajustes para ser aprovado, não fique desmotivada a continuar por causa disso, só estamos ajudando a deixá-lo ainda melhor! Por motivos de celeridade na avaliação, peço que as alterações no prelúdio feitas a partir de agora sejam destacadas com alguma cor de sua preferência. Fico no aguardo das alterações. Abraço!


Perturbação - Você escolheu duas perturbações; Paranoia e Esquizofrenia. Se for isso mesmo que você quer, não vou vetar, mas saiba que interpretar uma perturbação é um desafio para muitos jogadores, duas então... seria realmente muito difícil.

Atributos - Você esqueceu de gastar o restante dos pontos em Atributos.

Linguística - Com dois pontos nessa Habilidade, você pode ser fluente em duas línguas adicionais.

Recursos - De onde vem os recursos de Enoch? Ele continua trabalhando como jornalista?

Mentor - Se você já comprou a Qualidade "Mentor Incorpóreo" é desnecessário gastar pontos no Antecedente "Mentor".

Estigmata - O Defeito não foi citado no Prelúdio. Como, por que e por onde Enoch sangra?

Conhecimento Proveitoso - A Qualidade também não foi citada. Qual é o conhecimento de Enoch e para quem pode ser proveitoso?

Prelúdio - Imagino que seja nova em Vampiro e talvez não conheça o cenário com profundidade, então vou explicar como funcionam as Seitas. Para ser um Independente, você precisa pertencer a um Clã Independente (Assamita, Ravnos, Seguidores de Set ou Giovanni). Se você pertencer a um Clã da Camarilla (Como Malkavian, por exemplo) você seria um Autarca. Autarcas precisam, de duas uma, ser um vampiro tão poderoso a ponto da Camarilla como um todo respeitar sua decisão de permanecer a parte da Jyhad ou sumir dos radares da Camarilla e se esforçar muito para fingir que não existe. Fora os Clãs Independentes, a Camarilla só te dá duas opções. Ou você faz parte dela ou você está contra ela, não existe meio termo. Não vejo empecilhos para Enoch fazer parte da Camarilla e investigar o assassinato de sua filha.
Padre Judas
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Mensagem por Ghost Ter Ago 08, 2017 8:41 am

Nome: Carol
Personagem: Enoch Campbell
Clã: Malkavian
Natureza:  Esperto
Comportamento:Enigma
Geração: 10ª
Refúgio: Casa suburbana em Edimburgo.
Conceito: Escritor
Perturbação: Paranoia/Esquizofrenia.
Saldo de XP: 0/0

________________________________________

2. Atributos

Físicos (3)
- Força: 1+1
- Destreza: 1+1
- Vigor: 1+1

Sociais(5)
- Carisma: 1+2
- Manipulação:1+2
- Aparência: 1+1

Mentais(7)
- Percepção: 1+2
- Inteligência: 1+2
- Raciocínio: 1+3

________________________________________

3. Habilidades

Talentos(9)
- Prontidão: 2
- Esportes:0
- Briga: 0
- Esquiva:0
- Empatia: 1
- Expressão: 3
- Intimidação: 0  
- Liderança: 0
- Manha: 0
- Lábia: 3

Perícias(5)
- Empatia c/ Animais:
- Ofícios: 0
- Condução: 0
- Etiqueta: 2
- Armas de Fogo: 0
- Armas Brancas: 1
- Performance: 0
- Segurança: 0
- Furtividade: 2
- Sobrevivência: 0

Conhecimentos (13)
- Acadêmicos: 3
- Computador: 2
- Finanças: 0
- Investigação: 3
- Direito: 0
- Linguística: 2 (Inglês + Gaélico Escocês + Scots(dialeto)).
- Medicina: 0
- Ocultismo: 3
- Política: 0
- Ciências: 0

________________________________________

4. Vantagens

Antecedentes (5):
Geração: 3
Recursos: 1
Fama:  1



Disciplinas(3):

Auspícios:1+1*
Demência: 1+1*
Ofuscação: 1

________________________________________

5. Virtudes

Virtudes (7)
- Consciência: 1+3
- Autocontrole: 1+1
- Coragem: 1+3

Humanidade: 6

Força de Vontade: 4

________________________________________

Qualidades e Defeitos
Pesadelos D1
Mentor Incorpóreo Q5
Frieza Lógica Q1
Vingança D2
Estigmata D4
Informações Alheias D2* (Um ponto bônus usado).

Observações
Equipamento:
Pequeno encadernado com anotações e um retrato de sua filha; punhal; óculos escuros arredondados para esconder os sintomas do defeito “Estigmata”.

Legenda: *Pontos bônus usados.
________________________________________

6.Prelúdio
Talvez eu não tivesse tudo, mas eu tinha uma vida confortável. Eu tinha uma esposa que me amava. Eu tinha uma filha. Um cargo em um jornal local o qual me permitia ter renda o suficiente para me dedicar à arte da escrita. Isso até ele aparecer. Até aquele maldito virar minha vida de cabeça para baixo. Quando tudo começou mesmo? Há mais ou menos dois anos e meio. Naquele pequeno pub que eu frequentava após o expediente, quando um homem sentou-se ao meu lado no balcão, pediu o seu uísque e se apresentou a mim como Ebenezer Coleman, dizendo ser um grande fã das minhas histórias. Foi lá que uma certa amizade entre nós nasceu, mas por quê? Eu não conhecia aquele homem, nunca o vira uma única vez na vida e certamente não confiava nele. Por que eu deixei que ele se aproximasse? Certamente me deixei levar pelo orgulho, eu não estava acostumado com a ideia de alguém vir falar comigo a respeito do que eu escrevia. Eu sabia que eu possuía uma certa fama, mas as pessoas que me admiravam era um grupo seleto de jovens antissociais os quais você não via com frequência pelas ruas da cidade.
Nunca tive muitos amigos durante minha infância, eu tinha dificuldades em criar fortes laços afetivos com outras pessoas. Estudei em casa quase até os dez anos, o que contribuiu um pouco para meu isolamento e para que eu criasse um certo gosto por livros, em parte de leitura e principalmente escrita, onde eu descarregava todas minhas frustrações, transformava tudo que dera errado em minha juventude, minha vida social quase inexistente e minha família que ‘desmoronava” cada vez mais com o passar dos anos, em contos de Terror. Escrevia tudo da forma mais perturbadora possível. Sinto que sempre fui bom com .palavras. Transformar o nada em algo.
Entretanto, minha vida começou a mudar para melhor depois que eu conheci aquela garota, Meredith era seu nome, nos casamos um tempo depois, apesar de ambas as famílias estarem infelizes com nossa escolha. Um ano depois de nosso casamento, Amélia nasceu. Meredith e Amélia, eram as únicas pessoas quem eu me importava, além de mim mesmo. Assim eu pensava. Minha amizade com o tal do Ebenezer se desenvolveu incrivelmente rápido, assim como minha confiança nele. Se eu pudesse ver o que aconteceria a partir dali, as coisas teriam sido diferentes.  
Só posso dizer que durante os meses que vieram a seguir, tudo passou muito rápido, o divórcio, minha demissão no cargo do jornal e...Aquela maldita noite. Meu mundo havia virado cinza. Não consigo me lembrar de segurar Amélia em meus braços antes de sua respiração cessar, não lembro de suas últimas palavras, apenas sangue...muito sangue. E escuridão. Apaguei por quase 12 horas, quase não pude comparecer ao funeral de minha própria filhinha. Ebenezer me ajudou a chegar até o local em segurança. Quando cheguei lá, fui barrado por alguns parentes de minha esposa, que educadamente me aconselharam a voltar para casa, aquela mesma casa humilde que eu vivera com minha família e que agora nada mais era que uma caixa fria e vazia, eu insisti e me deram dois minutos, depois Ebenezer me levaria embora. Tudo o que pude ver foi um caixão infantil selado. Entrei em colapso. Insisti para que me deixassem vê-la. Eu não queria acreditar. Fui retirado dali com uma camisa de força e levado a um hospital psiquiátrico onde fui diagnosticado com Esquizofrenia. Deixaram-me lá, em um pequeno aposento vazio e escuro, até que Ebenezer deu um jeito de me tirar de lá. Coisas que só ele conseguia. Foi naquela noite o meu abraço, isso foi há dois anos, eu tinha 38 anos na época. Nunca achei que poderia sentir sofrimento maior que a perda de minha filha, aquela noite serviu para me provar que eu estava errado mais um vez . Eu sentia o sangue Malkaviano percorrendo minhas veias, corrompendo minha mente. Tudo da forma mais dolorosa o possível. Enquanto isso, meu amigo observava tudo com olhos de águia e um sorriso sádico em seu rosto, ali eu comecei a suspeitar que algo poderia estar errado.
Os meses que se seguiram foram...inquietantes. Sr. Coleman, como eu deveria chamá-lo a partir de então, após minha apresentação com o Príncipe continuou a me mentorear sobre o que eu precisava saber sobre a Família: Explicou-me sua história, ensinou-me a disciplina Demência, contou-me sobre a rede de Loucura. E as vozes que sussurravam em minha mente, os pesadelos onde sempre aparecia o maldito caixão selado, além do sangue que escorre livremente por minhas órbitas oculares, cada vez que havia um momento de tensão, geralmente quando lembranças desconexas do assassinato vêm à memória (Como Sr. Coleman me falou, “heranças” do sangue), tudo isso me lembrava constantemente de minha demanda, minha vingança. É ela. Amélia. Ela não quer que eu esqueça. Ela quer que eu separe a cabeça de seu assassino do corpo e não poderei fazer nada a não ser obedecer. Eu quero obdecer.
Conversei com meu senhor sobre aquela fatídica noite quando meu mundo começou a ruir, a última vez que nos vimos. Sugeri alguma coisa sobre vingar-me de quem quer que seja o responsável. Sr. Ebenezer Coleman agiu estranho e eu questionei sua atitude, o enfrentei. Seria ele um traidor? A voz em minha mente disse que sim e me aconselhou a matá-lo ali mesmo, entretanto eu me contive. Precisa investigar antes. Ele olhou para mim com uma decepção profunda em seus olhos. Chamou-me de ingrato, virou-se de costas para mim e saiu. Assim nossos caminhos se separaram. Cada um seguiria com sua pós-vida.  
Eu estava mais solitário que nunca, mesmo que eu estivesse cercado de Cainitas que eu estivesse, os quais eu poderia usar ao meu favor, com meu exímio dom de saber escolher as palavras com astúcia e sabedoria. Apenas eu e a Voz em minha mente, a única em quem eu poderia confiar, me guiar. Permaneci aliado à Camarilla, mas não sem uma certa relutância, eu precisaria de uma certa autonomia caso eu quisesse juntar todas as peças do assassinato e não estava certo no início se a seita proporcionaria isso para mim. É com isso que eu gastava a maioria das minhas noites dessa pós-vida, procurando por evidências, juntando informações sobre outros Membros, os quais eu achava necessário investigar, também trabalhar como uma espécie de Ghostwriter, de onde eu conseguia a quantia mensal necessária para pagar um teto onde eu pudesse me refugiar da luz do sol, sem que minha carreira de escritor chamasse a indesejada atenção de bem...Meredith.  Ou, então, ocupava meu tempo noturno no cemitério, junto à lápide de Amélia. O jovem quem antes estudava Ocultismo e Mitologias pagãs para que assim pudesse expressar tais assuntos com maestria em suas história, se tornara algo parecido com as criaturas que escrevia. Uma criatura que tentava se agarrar ao máximo à sua vida mortal. Isso era o que eu me tornara.

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7. Banco de Dados
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Mensagem por Padre Judas Ter Ago 22, 2017 8:23 pm

Informações Alheias - Essa Qualidade me passou batida no prelúdio. Quais seriam as informações e sobre qual grupo Enoch tem.

Me parece ser o último detalhe. Reitero: Tem certeza que deseja manter as duas pertubações?
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Mensagem por Ghost Ter Ago 22, 2017 11:08 pm

Nome: Carol
Personagem: Enoch Campbell
Clã: Malkavian
Natureza:  Esperto
Comportamento:Enigma
Geração: 10ª
Refúgio: Casa suburbana em Edimburgo.
Conceito: Escritor
Perturbação: Esquizofrenia (Paranoide)
Saldo de XP: 0/0

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2. Atributos

Físicos (3)
- Força: 1+1
- Destreza: 1+1
- Vigor: 1+1

Sociais(5)
- Carisma: 1+2
- Manipulação:1+2
- Aparência: 1+1

Mentais(7)
- Percepção: 1+2
- Inteligência: 1+2
- Raciocínio: 1+3

________________________________________

3. Habilidades

Talentos(9)
- Prontidão: 2
- Esportes:0
- Briga: 0
- Esquiva:0
- Empatia: 1
- Expressão: 3
- Intimidação: 0  
- Liderança: 0
- Manha: 0
- Lábia: 3

Perícias(5)
- Empatia c/ Animais:
- Ofícios: 0
- Condução: 0
- Etiqueta: 2
- Armas de Fogo: 0
- Armas Brancas: 1
- Performance: 0
- Segurança: 0
- Furtividade: 2
- Sobrevivência: 0

Conhecimentos (13)
- Acadêmicos: 3
- Computador: 2
- Finanças: 0
- Investigação: 3
- Direito: 0
- Linguística: 2 (Inglês + Gaélico Escocês + Scots(dialeto)).
- Medicina: 0
- Ocultismo: 3
- Política: 0
- Ciências: 0

________________________________________

4. Vantagens

Antecedentes (5):
Geração: 3
Recursos: 1
Fama:  1



Disciplinas(3):

Auspícios:1+1*
Demência: 1+1*
Ofuscação: 1

________________________________________

5. Virtudes

Virtudes (7)
- Consciência: 1+3
- Autocontrole: 1+1
- Coragem: 1+3

Humanidade: 6

Força de Vontade: 4

________________________________________

Qualidades e Defeitos
Pesadelos D1
Mentor Incorpóreo Q5
Frieza Lógica Q1
Vingança D2
Estigmata D4
Informações Alheias D2* (Um ponto bônus usado).

Observações
Equipamento:
Pequeno encadernado com anotações e um retrato desgastado de sua filha; punhal;  par de óculos escuros arredondados para esconder os sintomas do defeito “Estigmata”.

Legenda: *Pontos bônus usados.
________________________________________

6.Prelúdio
Talvez eu não tivesse tudo, mas eu tinha uma vida confortável. Eu tinha uma esposa que me amava. Eu tinha uma filha. Um cargo em um jornal local o qual me permitia ter renda o suficiente para me dedicar à arte da escrita. Isso até ele aparecer. Até aquele maldito virar minha vida de cabeça para baixo. Quando tudo começou mesmo? Há mais ou menos dois anos e meio. Naquele pequeno pub que eu frequentava após o expediente, quando um homem sentou-se ao meu lado no balcão, pediu o seu uísque e se apresentou a mim como Ebenezer Coleman, dizendo ser um grande fã das minhas histórias. Foi lá que uma certa amizade entre nós nasceu, mas por quê? Eu não conhecia aquele homem, nunca o vira uma única vez na vida e certamente não confiava nele. Por que eu deixei que ele se aproximasse? Certamente me deixei levar pelo orgulho, eu não estava acostumado com a ideia de alguém vir falar comigo a respeito do que eu escrevia. Eu sabia que eu possuía uma certa fama, mas as pessoas que me admiravam era um grupo seleto de jovens antissociais os quais você não via com frequência pelas ruas da cidade.
Nunca tive muitos amigos durante minha infância, eu tinha dificuldades em criar fortes laços afetivos com outras pessoas. Estudei em casa quase até os dez anos, o que contribuiu um pouco para meu isolamento e para que eu criasse um certo gosto por livros, em parte de leitura e principalmente escrita, onde eu descarregava todas minhas frustrações, transformava tudo que dera errado em minha juventude, minha vida social quase inexistente e minha família que ‘desmoronava” cada vez mais com o passar dos anos, em contos de Terror. Escrevia tudo da forma mais perturbadora possível. Sinto que sempre fui bom com .palavras. Transformar o nada em algo.
Entretanto, minha vida começou a mudar para melhor depois que eu conheci aquela garota, Meredith era seu nome, nos casamos um tempo depois, apesar de ambas as famílias estarem infelizes com nossa escolha. Um ano depois de nosso casamento, Amélia nasceu. Meredith e Amélia, eram as únicas pessoas quem eu me importava, além de mim mesmo. Assim eu pensava. Minha amizade com o tal do Ebenezer se desenvolveu incrivelmente rápido, assim como minha confiança nele. Se eu pudesse ver o que aconteceria a partir dali, as coisas teriam sido diferentes.  
Só posso dizer que durante os meses que vieram a seguir, tudo passou muito rápido, o divórcio, minha demissão no cargo do jornal e...Aquela maldita noite. Meu mundo havia virado cinza. Não consigo me lembrar de segurar Amélia em meus braços antes de sua respiração cessar, não lembro de suas últimas palavras, apenas sangue...muito sangue. E escuridão. Apaguei por quase 12 horas, quase não pude comparecer ao funeral de minha própria filhinha. Ebenezer me ajudou a chegar até o local em segurança. Quando cheguei lá, fui barrado por alguns parentes de minha esposa, que educadamente me aconselharam a voltar para casa, aquela mesma casa humilde que eu vivera com minha família e que agora nada mais era que uma caixa fria e vazia, eu insisti e me deram dois minutos, depois Ebenezer me levaria embora. Tudo o que pude ver foi um caixão infantil selado. Entrei em colapso. Insisti para que me deixassem vê-la. Eu não queria acreditar. Fui retirado dali com uma camisa de força e levado a um hospital psiquiátrico onde fui diagnosticado com Esquizofrenia. Deixaram-me lá, em um pequeno aposento vazio e escuro, até que Ebenezer deu um jeito de me tirar de lá. Coisas que só ele conseguia. Foi naquela noite o meu abraço, isso foi há dois anos, eu tinha 38 anos na época. Nunca achei que poderia sentir sofrimento maior que a perda de minha filha, aquela noite serviu para me provar que eu estava errado mais um vez . Eu sentia o sangue Malkaviano percorrendo minhas veias, corrompendo minha mente. Tudo da forma mais dolorosa o possível. Enquanto isso, meu amigo observava tudo com olhos de águia e um sorriso sádico em seu rosto, ali eu comecei a suspeitar que algo poderia estar errado.
Os meses que se seguiram foram...inquietantes. Sr. Coleman, como eu deveria chamá-lo a partir de então, após minha apresentação com o Príncipe continuou a me mentorear sobre o que eu precisava saber sobre a Família: Explicou-me sua história, ensinou-me a disciplina Demência, contou-me sobre a rede de Loucura. E as vozes que sussurravam em minha mente, os pesadelos onde sempre aparecia o maldito caixão selado, além do sangue que escorre livremente por minhas órbitas oculares, cada vez que havia um momento de tensão, geralmente quando lembranças desconexas do assassinato vêm à memória (Como Sr. Coleman me falou, “heranças” do sangue), tudo isso me lembrava constantemente de minha demanda, minha vingança. É ela. Amélia. Ela não quer que eu esqueça. Ela quer que eu separe a cabeça de seu assassino do corpo e não poderei fazer nada a não ser obedecer. Eu quero obdecer.
Conversei com meu senhor sobre aquela fatídica noite quando meu mundo começou a ruir, a última vez que nos vimos. Sugeri alguma coisa sobre vingar-me de quem quer que seja o responsável. Sr. Ebenezer Coleman agiu estranho e eu questionei sua atitude, o enfrentei. Seria ele um traidor? A voz em minha mente disse que sim e me aconselhou a matá-lo ali mesmo, entretanto eu me contive. Precisa investigar antes. Ele olhou para mim com uma decepção profunda em seus olhos. Chamou-me de ingrato, virou-se de costas para mim e saiu. Assim nossos caminhos se separaram. Cada um seguiria com sua pós-vida.  
Eu estava mais solitário que nunca, mesmo que eu estivesse cercado de Cainitas que eu estivesse, os quais eu poderia usar ao meu favor, com meu exímio dom de saber escolher as palavras com astúcia e sabedoria. Apenas eu e a Voz em minha mente, a única em quem eu poderia confiar, me guiar. Permaneci aliado à Camarilla, mas não sem uma certa relutância, eu precisaria de uma certa autonomia caso eu quisesse juntar todas as peças do assassinato e não estava certo no início se a seita proporcionaria isso para mim. É com isso que eu gastava a maioria das minhas noites dessa pós-vida, procurando por evidências, juntando informações sobre outros Membros, os quais eu achava necessário investigar, principalmente aqueles  que outrora foram os contatos mais próximos de meu Senhor (os quais,  eu acabei descobrindo segredos sombrios, tão sombrios que poderiam me levar até o assassino de minha filha, mesmo que indiretamente, ou então levá-los a serem caçados pela Camarilla), também trabalhar como uma espécie de Ghostwriter, de onde eu conseguia a quantia mensal necessária para pagar um teto onde eu pudesse me refugiar da luz do sol, sem que minha carreira de escritor chamasse a indesejada atenção de bem...Meredith.  Ou, então, ocupava meu tempo noturno no cemitério, junto à lápide de Amélia. O jovem quem antes estudava Ocultismo e Mitologias pagãs para que assim pudesse expressar tais assuntos com maestria em suas história, se tornara algo parecido com as criaturas que escrevia. Uma criatura que tentava se agarrar ao máximo à sua vida mortal. Isso era o que eu me tornara.
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Mensagem por Padre Judas Qua Set 06, 2017 7:57 pm

Ficha aprovada. 

Esquizofrenia (Paranoide) seria o mesmo que a perturbação "Paranoia". Para não ficar prendendo mais a ficha aqui, vou alterá-la eu mesmo e liberá-lo para solicitar vaga em alguma crônica. Se for contrário, basta se manisfestar!
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Mensagem por Ghost Qua Set 06, 2017 10:47 pm

Boa noite,
Pode mudar, sem problemas
Só para confirmar, ficarei com a perturbação Esquizofrenia, então. Pelo prelúdio, se encaixaria mais ao personagem
Obrigada
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Mensagem por Ghost Qui Set 21, 2017 8:13 pm

*Algumas pequenas mudanças de última hora, se causar muitas complicações, desconsidere e deixe valendo a última alteração feita. Agradeço ^^
Nome: Carol
Personagem: Enoch "Nook" McNeal
Clã: Malkavian
Natureza:  Esperto
Comportamento:Enigma
Geração: 10ª
Refúgio: Casa suburbana em Edimburgo.
Conceito: Escritor
Perturbação: Esquizofrenia
Saldo de XP: 0/0

________________________________________

2. Atributos

Físicos (3)
- Força: 1+1
- Destreza: 1+1
- Vigor: 1+1

Sociais(5)
- Carisma: 1+2
- Manipulação:1+2
- Aparência: 1+1

Mentais(7)
- Percepção: 1+2
- Inteligência: 1+2
- Raciocínio: 1+3

________________________________________

3. Habilidades

Talentos(9)
- Prontidão: 2
- Esportes:0
- Briga: 0
- Esquiva:0
- Empatia: 1
- Expressão: 3
- Intimidação: 0  
- Liderança: 0
- Manha: 0
- Lábia: 3

Perícias(5)
- Empatia c/ Animais:
- Ofícios: 0
- Condução: 0
- Etiqueta: 2
- Armas de Fogo: 0
- Armas Brancas: 1
- Performance: 0
- Segurança: 0
- Furtividade: 2
- Sobrevivência: 0

Conhecimentos (13)
- Acadêmicos: 3
- Computador: 2
- Finanças: 0
- Investigação: 3
- Direito: 0
- Linguística: 2 (Inglês + Gaélico Escocês + Scots(dialeto)).
- Medicina: 0
- Ocultismo: 3
- Política: 0
- Ciências: 0

________________________________________

4. Vantagens

Antecedentes (5):
Geração: 3
Recursos: 1
Fama:  1



Disciplinas(3):

Auspícios:1+1*
Demência: 1+1*
Ofuscação: 1

________________________________________

5. Virtudes

Virtudes (7)
- Consciência: 1+3
- Autocontrole: 1+1
- Coragem: 1+3

Humanidade: 6

Força de Vontade: 4

________________________________________

Qualidades e Defeitos
Pesadelos D1
Mentor Incorpóreo Q5
Frieza Lógica Q1
Vingança D2
Estigmata D4
Informações Alheias D2* (Um ponto bônus usado).

Observações
Equipamento:
Pequeno encadernado com anotações e um retrato desgastado de sua filha; punhal;  par de óculos escuros arredondados para esconder os sintomas do defeito “Estigmata”.

Legenda: *Pontos bônus usados.
________________________________________

6.Prelúdio
Talvez eu não tivesse tudo, mas eu tinha uma vida confortável. Eu tinha uma esposa que me amava. Eu tinha uma filha. Um cargo em um jornal local o qual me permitia ter renda o suficiente para me dedicar à arte da escrita. Isso até ele aparecer. Até aquele maldito virar minha vida de cabeça para baixo. Quando tudo começou mesmo? Há mais ou menos dois anos e meio. Naquele pequeno pub que eu frequentava após o expediente, quando um homem sentou-se ao meu lado no balcão, pediu o seu uísque e se apresentou a mim como Ebenezer Coleman, dizendo ser um grande fã das minhas histórias. Foi lá que uma certa amizade entre nós nasceu, mas por quê? Eu não conhecia aquele homem, nunca o vira uma única vez na vida e certamente não confiava nele. Por que eu deixei que ele se aproximasse? Certamente me deixei levar pelo orgulho, eu não estava acostumado com a ideia de alguém vir falar comigo a respeito do que eu escrevia. Eu sabia que eu possuía uma certa fama, mas as pessoas que me admiravam era um grupo seleto de jovens antissociais os quais você não via com frequência pelas ruas da cidade.
Nunca tive muitos amigos durante minha infância, eu tinha dificuldades em criar fortes laços afetivos com outras pessoas. Estudei em casa quase até os dez anos, o que contribuiu um pouco para meu isolamento e para que eu criasse um certo gosto por livros, em parte de leitura e principalmente escrita, onde eu descarregava todas minhas frustrações, transformava tudo que dera errado em minha juventude, minha vida social quase inexistente e minha família que ‘desmoronava” cada vez mais com o passar dos anos, em contos de Terror. Escrevia tudo da forma mais perturbadora possível. Sinto que sempre fui bom com .palavras. Transformar o nada em algo.
Entretanto, minha vida começou a mudar para melhor depois que eu conheci aquela garota, Meredith era seu nome, nos casamos um tempo depois, apesar de ambas as famílias estarem infelizes com nossa escolha. Um ano depois de nosso casamento, Amélia nasceu. Meredith e Amélia, eram as únicas pessoas quem eu me importava, além de mim mesmo. Assim eu pensava. Minha amizade com o tal do Ebenezer se desenvolveu incrivelmente rápido, assim como minha confiança nele. Se eu pudesse ver o que aconteceria a partir dali, as coisas teriam sido diferentes.  
Só posso dizer que durante os meses que vieram a seguir, tudo passou muito rápido, o divórcio, minha demissão no cargo do jornal e...Aquela maldita noite. Meu mundo havia virado cinza. Não consigo me lembrar de segurar Amélia em meus braços antes de sua respiração cessar, não lembro de suas últimas palavras, apenas sangue...muito sangue. E escuridão. Apaguei por quase 12 horas, quase não pude comparecer ao funeral de minha própria filhinha. Ebenezer me ajudou a chegar até o local em segurança. Quando cheguei lá, fui barrado por alguns parentes de minha esposa, que educadamente me aconselharam a voltar para casa, aquela mesma casa humilde que eu vivera com minha família e que agora nada mais era que uma caixa fria e vazia, eu insisti e me deram dois minutos, depois Ebenezer me levaria embora. Tudo o que pude ver foi um caixão infantil selado. Entrei em colapso. Insisti para que me deixassem vê-la. Eu não queria acreditar. Fui retirado dali com uma camisa de força e levado a um hospital psiquiátrico onde fui diagnosticado com Esquizofrenia. Deixaram-me lá, em um pequeno aposento vazio e escuro, até que Ebenezer deu um jeito de me tirar de lá. Coisas que só ele conseguia. Foi naquela noite o meu abraço, isso foi há dois anos, eu tinha 38 anos na época. Nunca achei que poderia sentir sofrimento maior que a perda de minha filha, aquela noite serviu para me provar que eu estava errado mais um vez . Eu sentia o sangue Malkaviano percorrendo minhas veias, corrompendo minha mente. Tudo da forma mais dolorosa o possível. Enquanto isso, meu amigo observava tudo com olhos de águia e um sorriso sádico em seu rosto, ali eu comecei a suspeitar que algo poderia estar errado.
Os meses que se seguiram foram...inquietantes. Sr. Coleman, como eu deveria chamá-lo a partir de então, após minha apresentação com o Príncipe continuou a me mentorear sobre o que eu precisava saber sobre a Família: Explicou-me sua história, ensinou-me a disciplina Demência, contou-me sobre a rede de Loucura. E as vozes que sussurravam em minha mente, os pesadelos onde sempre aparecia o maldito caixão selado, além do sangue que escorre livremente por minhas órbitas oculares, cada vez que havia um momento de tensão, geralmente quando lembranças desconexas do assassinato vêm à memória (Como Sr. Coleman me falou, “heranças” do sangue), tudo isso me lembrava constantemente de minha demanda, minha vingança. É ela. Amélia. Ela não quer que eu esqueça. Ela quer que eu separe a cabeça de seu assassino do corpo e não poderei fazer nada a não ser obedecer. Eu quero obdecer.
Conversei com meu senhor sobre aquela fatídica noite quando meu mundo começou a ruir, a última vez que nos vimos. Sugeri alguma coisa sobre vingar-me de quem quer que seja o responsável. Sr. Ebenezer Coleman agiu estranho e eu questionei sua atitude, o enfrentei. Seria ele um traidor? A voz em minha mente disse que sim e me aconselhou a matá-lo ali mesmo, entretanto eu me contive. Precisa investigar antes. Ele olhou para mim com uma decepção profunda em seus olhos. Chamou-me de ingrato, virou-se de costas para mim e saiu. Assim nossos caminhos se separaram. Cada um seguiria com sua pós-vida.  
Eu estava mais solitário que nunca, mesmo que eu estivesse cercado de Cainitas que eu estivesse, os quais eu poderia usar ao meu favor, com meu exímio dom de saber escolher as palavras com astúcia e sabedoria. Apenas eu e a Voz em minha mente, a única em quem eu poderia confiar, me guiar. Permaneci aliado à Camarilla, mas não sem uma certa relutância, eu precisaria de uma certa autonomia caso eu quisesse juntar todas as peças do assassinato e não estava certo no início se a seita proporcionaria isso para mim. É com isso que eu gastava a maioria das minhas noites dessa pós-vida, procurando por evidências, juntando informações sobre outros Membros, os quais eu achava necessário investigar, principalmente aqueles  que outrora foram os contatos mais próximos de meu Senhor (os quais,  eu acabei descobrindo segredos sombrios, tão sombrios que poderiam me levar até o assassino de minha filha, mesmo que indiretamente, ou então levá-los a serem caçados pela Camarilla), também trabalhar como uma espécie de Ghostwriter, de onde eu conseguia a quantia mensal necessária para pagar um teto onde eu pudesse me refugiar da luz do sol, sem que minha carreira de escritor chamasse a indesejada atenção de bem...Meredith.  Ou, então, ocupava meu tempo noturno no cemitério, junto à lápide de Amélia. O jovem quem antes estudava Ocultismo e Mitologias pagãs para que assim pudesse expressar tais assuntos com maestria em suas história, se tornara algo parecido com as criaturas que escrevia. Uma criatura que tentava se agarrar ao máximo à sua vida mortal. Isso era o que eu me tornara.
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