Vegas baby!!!

ㅤㅤBeleza. Dois deles tão comigo, eu acho. Só falta saber do nerdão. Sai do elevador, antes que ele resolvesse subir ou descer, e tirei o celular do bolso mais uma vez. - Pera aí, véi. Rapidão. - Os vampirões coroas tem uma penca de poderes legais, mas são piores que os meus professores da universidade quando o assunto é eletrônicos. De que servem dois doutorados, se você é incapaz de ligar um data show? Por que eu tô falando isso? Não sei. O fato é que esse aparelhinho chamado celular tem várias funções maneiras. E uma delas é detectar ofuscação de vampiro xereta. 

ㅤㅤQuando eu mostrei pra Mari que eu tava manjando das ofuscações, ela me deu um tabefe. Disse que Toreador tem é que se mostrar e não o contrário. Mesmo não gostando muito, no fundo ela reconhece que é um poderzinho muito da hora. Daí ela acabou me dando esse toque... Ofuscação não rola com câmeras e pá. Fiquei #xatiadu. Achei que isso ainda ia acabar me ferrando por aí, mas no fim das contas eu quem estou usando agora, haha! Da hora a vida, só que não. 

ㅤㅤBotei na câmera e comecei a gravar. Gravei em 360 graus, e fiquei ligado pra que o safado não ficasse atrás de mim enquanto eu tentava pegar ele na gravação. Depois dei play. Se aquele cretino ainda estivesse por aqui eu saberia. E se não tivesse, aí eu poderia continuar. - Então... O que rola é o seguinte... - Falei em voz baixa. Ninguém mais precisava escutar a conversa. Ninguém além dos outros três. - Se a gente faz o que ele quer, a gente arruma treta com o Capriotti. E o Capriotti manda em muita gente. Mas se a gente não faz, a gente arruma treta com ele e com os amigos dele. E a gente não sabe se é muita gente. Eu acho que não é. Se fosse, o Capriotti taria ligado e ele não entraria aqui tão de boa assim.

ㅤㅤ- De qualquer forma, acho que a gente se ferrou. - Mesmo tomando a dianteira, não sabia exatamente o que dizer pra eles. Afinal, de qual lado vamos ficar? - Acho que o mais inteligente é a gente não sair daqui separado. 

Após todos fazerem suas perguntas e suas afirmativas, o lunático acaba ficando com cara de puto.

ESCUTEM AQUI, SEUS MERDINHAS!!!
— Vocês deveriam estar se sentindo honrados de serem escolhidos para tal tarefa e, ao invés de ficarem gastando meu tempo com perguntas inúteis, deveriam estar atrás de pistas sobre o paradeiro do verdadeiro príncipe.
— Fiquem sabendo que estão sendo vigiados, e quem não for atrás de pistas e informações vai ser eliminado sem piedade.

è, a coisa acabou de ficar feia, percebo a agitação no olhar de cada um dos presentes ali, o elevador chega no destino prémeditado, ele nos deixa um cartão e uma dica:

Entraremos em contato

A moça, aparentemente mal amada, solta logo os palavrões:

Hey filho da puta!? Eu tou pouco me fudendo pro seu príncipe, da SUA CIDAD

que pena, ele já foi, eu meio que gostei desse cara, ele é bom, continuo observando todos ali, quando de repente surge uma boa teoria e uma possível conversa de adultos.


- E aí, galera? Vocês acreditam nesse cara? Ele não me parece muito confiável. Pergunta Paul.


- Confiável?! o cara sabe nossos telefones, nos ameaça se não fizermos o que ele diz e sai sem dar explicações! Acho que a pergunta não é se confiamos ou não nele, e sim o que devemos fazer agora!

-Bem, eu acredito que devemos investigar, ganhar tempo e quem sabe de brinde sair com nossos corpos inteiros da cidade, mais pra isso, precisamos nos unir, ou morremos juntos, o que acham? - Falo enquanto um dos companheiros, que aparentemente tem mania de perseguição, filma o elevador tentando pegar o maluco, ele ja deve está longe, ele volta a falar:

Então... O que rola é o seguinte...  Se a gente faz o que ele quer, a gente arruma treta com o Capriotti. E o Capriotti manda em muita gente. Mas se a gente não faz, a gente arruma treta com ele e com os amigos dele. E a gente não sabe se é muita gente. Eu acho que não é. Se fosse, o Capriotti taria ligado e ele não entraria aqui tão de boa assim.

- De qualquer forma, acho que a gente se ferrou.
- Acho que o mais inteligente é a gente não sair daqui separado.

- Concordo com você, separados seremos mais fracos e menos uteis, devemos jogar nos dois times, coletando e protegendo, caso o cara esteja louco, protegeríamos o príncipe e caso não, protegeríamos a nós mesmos, posso começar a sondar em alguns lugares da cidade, mais devemos ficar combinados de agora, estão todos dentro, ou alguma nova ideia?

OFF: Podem ir dialogando ai galera, quando achar necessário, farei um post.

@Roiran, sua empreitada com o celular não resultou em nada exceto a atenção de alguns membros que acharam você bem esquisitão.

-Hum, então aparelhos eletrônicos podem captar membros usando ofuscação?! Isso poderia ser útil para saber se o Príncipe é um impostor da próxima vez que nos depararmos com ele!

Eu olho para o contato do Lunático e o adiciono ao meu celular, me perguntando se seria seguro entrarmos em contato com ele.

- Então, qual o contato de vocês? se vamos ficar juntos nessa, precisamos nos manter informados!

- Concordo, vou visitar a casa dos nosferatus e ver o que consigo, nos separaremos por agora e nos encontramos onde?
Prefiro algum lugar mais isolado, meu numero é este. - Vou pegando o celular do mais novo companheiro e anotando meu contato, incluindo um email.

- Esse email é seguro, qualquer coisa se comunica por aqui.

- onde nos encontraremos? - pergunto a todos no local

ㅤㅤAê, o Nerdão também tá comigo. - É, isso aí. - Ele entendeu mais ou menos. - Mas tem que ficar esperto, cara. Se você perguntar pro vampiro errado, a gente tá ferrado. Imagina se ele vai e conta isso pro Príncipe... Se ele faz isso, aqueles cinco motoqueiros vem e créu na gente. Eles parecem ser tensos. - Talvez ele fosse mais inteligente que eu, e eu estivesse chovendo no molhado, mas quando a sua cabeça tá em jogo, não custa nada dar uma reforçada no raciocínio.

ㅤㅤO engravatado pareceu ter manjado o que eu quis fazer. Impressionante. Eu nem comentei nada sobre... E a ideia que ele deu também foi boa. É... talvez eu seja o cara mais burro por aqui mesmo. Melhor eu ficar ligado, se não esses caras vão acabar me sacaneando. - Verdade... Me lembra da próxima vez. - Meu número? - Anota aí. - Passei o número. - E o teu? - Gravei no celular. - Qual é mesmo o seu nome?

ㅤㅤ- Tem certeza, cara? - Falei pro Nerdão. - Seu clã parece ser bem próximo do Príncipe. Sei lá, e se der merda isso aí? - Encarei desconfiado daquela ideia. - Aê galera, não sei se vocês se ligaram, mas agora a gente tá meio que amarrado um no outro. Se um de nós for pego, os outros também se lascam. Se for pra se separar, é melhor que pelo menos façamos duplas e pá. Assim fica melhor pra um proteger o outro. - Olhei pra esquentadinha e pro engravatado. - Alguém pilha de ir com o bicho? Eu ainda preciso ir falar uma parada com a minha senhora rapidinho. Ela tá bem ali, não vai demorar. Mas daí se vocês já quiserem ir indo... 

ㅤㅤOk, e agora? - Por onde começamos? - Perguntei pro que sobrou. - Aquele cara só pode tá de zoação com a gente. Vem aqui, manda a gente trabalhar pra ele e não dá nem uma pista. Ah, não... isso é demais. - Peguei o celular e liguei pro número do cartão. Se atender... - E aí, velho... beleza? Seguinte... A gente vai fazer o que você quer, mas dá uma luz aí? Me conta o que você já sabe. Não dá pra fazer nada sem saber por onde começar. 

- Tem certeza, cara?
- Seu clã parece ser bem próximo do Príncipe. Sei lá, e se der merda isso aí?



- Na verdade, to ciente do risco, mais não vou ser burro de perguntar diretamente sobre a questão, outra coisa, alguém poderá sim ir comigo, mais não garanto a entrada, afinal, uma moeda foi dada, é o refúgio do clã, desacredito que permitam a entrada de membros de fora, mais não custa tentar. - Falo mostrando a moeda que me foi dada.

- Planejo dá uma olhada no local, conversar com alguns membros e depois quem sabe, tentar invadir uns computadores, estou na verdade com um pensamento que não me larga, olhe se vocês concordam comigo em alguns pontos que darei a seguir.

* Nosferatus morando em apartamentos de luxo e nas alturas, vocês concordam que isso raramente é visto.
* Não entendo porque o sangue azul é tão antiquado com aparelhos eletrônicos.
* O senescal tem muito, mais muito prestigio na primigenie, coisa incomum também para um Nosferatu.

Resumindo, acredito que tudo isso é um jogo de mascaras do meu clã, explicaria muita coisa essa teória, inclusive a incomum rixa com os "modelos" - Tentando me referir aos toreadores

Falei minha teoria para demostrar boa fé, mesmo sabendo que agora todos irão pensar que tenho muito a ganhar com a permanecia desse jogo, bem, mais como não sei ao certo, é melhor eu está do lado deles, braços fortes sempre ajudam.

(OFF ri alto com a "mal amada")

*Anna estava calada, as mãos no bolso, nada do que era dito ali lhe fazia nexo. Pensava que o melhor era juntar as malas e ir embora, não estava ali por nenhum motivo grandioso, ir embora antes da coisa ficar preta era o melhor, mas, tá... e se o cara tiver falando a verdade? E se ao atravessar a linha da fronteira, sei lá, sua cabeça explodir? Franze o cenho, é, essa não é uma ideia legal...*

-Ok... Acho que tudo isso é idiotice, não vai dá certo, mas... *dá de ombro* -Tou dentro... *mordisca os lábios ouvindo o Nosferatu falar que iria sozinho*
-Não é seguro... *olha o jovem tagarela* -Falar com sua Senhora sobre isso pode colocá-lo na mira também... Vai ser mais uma fudida. *ai, ai, Anna e seu comportamento ranzinza*

Nós trocamos nossos contatos e combinamos de nos dividirmos em duplas, Anna e Paul vão para um lado, eu e Smith por outro.

Eu e o nosferatu pegamos um seguimos rumo á Stratosphere Tower. Smith apresenta a moeda dada por Montrose á recepcionista, que me dá um rápido olhar de desconfiança (provavelmente uma nosferatu usando ofuscação, que deve ter percebido que não sou um deles)

— Oh sim, vejo que o mestre Montrose permitiu sua entrada a superfície da torre. Ele está com você? - Perguntava se referindo a mim. — Se sim, sabia que será responsável por ele aqui dentro, e caso ele venha a fazer algo de errado, você receberá a mesma punição que ele. - Ela fazia uma pequena pausa. — Veja bem, não quero assustá-los, nem duvidar da intenções do senhores, mas faz parte do meu trabalho avisar as regras a todos que trazem acompanhantes, ok? Sejam bem-vindos.


Após pegarmos o elevador, chegamos a um grande cômodo redondo, cercado de janelas, de onde podia se ver a cidade inteira, repleta de mesas, sofás e mobílias, onde era possível notar diversos nosferatus ainda mais feios que Montrose.

Como sou apenas um convidado, prefiro deixar que Smith fale, mantendo-me na minha até que fosse necessário me manifestar.

ㅤㅤ- Normal, pô. - Falei pro Nerdão. - Os coroas não manjam das tecnologias, mas isso não tem nada a ver com clã. É da época mesmo. - Apesar disso, o resto das coisas que ele disse fazia algum sentido. O que ele planejava nos contando isso? Não sei dos outros, mas pra mim ele acabou de se tornar uma ameaça. Veja bem, por que ele escolheria ficar do lado de estranhos e virar as costas para a própria família? Isso é, se realmente houver um impostor... e se esse impostor realmente for um Nosferatu. Putz, todo esse ambiente já tá me fazendo acreditar que tem. Aquele louco de pedra já tá passando maluquice pra mim também. Preferi nem comentar sobre o lance dos Nosferatu pra ele não sacar que eu tô desconfiado.

ㅤㅤO engravatado acabou indo com o nerdão e a mulher ficou comigo. Não sei se isso é uma coisa boa ou ruim. Tipo, ela é bonitinha e pá... Mas sei lá, se eu não ficar esperto a TPM dela vai acabar me matando. Vou tentar não falar nenhuma merda e sair apanhado. Liguei pro doidão e... nada. Só falou o óbvio. - Esse aí sabe exatamente como ser um perfeito filho da puta. - Comentei depois que ele desligou. - Relaxa que minha senhora manja. Ela não vai foder com a gente. - Eu acho... Atravessei o lobby em direção à Mariana.

ㅤㅤEla dispensou aqueles otários de merda que tentavam tirar alguma casquinha dela e veio falar comigo. Aquela carinha de brava a deixava ainda mais lindinha. Não consegui esconder o sorrisinho de apaixonado abobalhado. - Ah, é. - Fiquei sério. - Um maluco chegou na gente e disse que o Príncipe é, na verdade, um impostor. E disse que se a gente não resolvesse a porra toda, ele vai matar a gente. - No fundo, no fundo, eu me sentia um molequinho contando as merdas que o irmão mais velho fez com ele para a mãe. Esse pensamento me deixou incomodado. É sempre assim, quando eu lembro da minha mãe.

ㅤㅤ- Ele só falou isso e sumiu. Com ofuscação, provavelmente. Tentei achar ele com a câmera do celular, igual você me disse, mas ele não tava mais por aqui. - Falei e vi o que ela iria dizer disso tudo. Depois continuei. - Eu tava pensando em fingir que aceito trabalhar pra ele, só pra tentar ir descobrindo mais coisas sobre ele, quem são seus amiguinhos e pá. Daí assim quando o Príncipe for atacá-lo, não vai ter ninguém pra se vingar, nem como ele escapar, nem nada. Daí a gente ganha uns pontos com o Capriotti. O que tu acha? - Aposto que ela ia adorar a ideia! - Só tem um problema... - Agora ela deve tá pensando "Ah, sabia! Bom demais pra ser verdade!" ou alguma coisa parecida. Haha, linda! - Tem uns caras que trabalham pro Príncipe que são muito cabulosos, aposto que eles vão me descobrir e me matar se eu fizer isso. Você bem que podia conversar com o Príncipe e contar o meu plano pra pegar esses safados. Acho que não tem treta, né? Afinal, ou tô ajudando ele.

Então ficou resolvido, o engravatado vai comigo.

- Normal, pô, os coroas não manjam das tecnologias, mas isso não tem nada a ver com clã. É da época mesmo.

- É, veremos, possivelmente no final de tudo descobriremos, ou não... - Falo dando as costas e pegando no ombro do engravatado - Vamos lá Bonitão - Saimos a pé, como sempre procurando as vias menos populosas.

Nós dois seguimos rumo a Stratosphere Tower, adentramos e seguimos até a recepção, - Boa noite. - Calmamente sacava a moeda e a mostrava.

A recepcionista então fala.

— Oh sim, vejo que o mestre Montrose permitiu sua entrada a superfície da torre. Ele está com você? - Perguntava se referindo a George.

- Sim ele está. - Falo com uma certa dúvida, já que é de praste ser responsável por convidados.

— Sabia que será responsável por ele aqui dentro, e caso ele venha a fazer algo de errado, você receberá a mesma punição que ele. - Ela fazia uma pequena pausa.

- Estou ciente e ele também, mais obrigado por esclarecer.

— Veja bem, não quero assustá-los, nem duvidar da intenções do senhores, mas faz parte do meu trabalho avisar as regras a todos que trazem acompanhantes, ok? Sejam bem-vindos.

- Ok, muito Obrigado.

Ela então nos libera, nos leva a um elevador a parte, passava sua credencial e saia do elevador, que por sinal não tinha botões, o que implicava que apenas se era possível utilizá-lo com as credenciais. A porta se fecha e o elevador começa a subir, alguns segundos depois ele para e a porta se abre dando acesso à um enorme e redondo cômodo, cercado por janelas de vidro, era possível ver a cidade inteira dali, um tanto quanto conveniente para um Senescal convenhamos. Repleto de mesas, sofás e outros diversos tipos de mobílias, rapidamente era possível notar a presença de diversos nosferatus no lugar.

Ao ver todo esse glamour, acabo por ter certeza que isso tá errado, nunca vi ao assim para os Nosferatus, sinto um certo orgulho, na verdade, eu desejaria morar aqui para sempre, isso é um sonho. - por alguns momentos eu chego a vislumbrar o paraíso.

Avalio ao meu redor, sistemas visíveis de segurança, olho para o engravatado e aviso:

- Gentileza, fique sentado por ali, acredito que meus irmãos não ficarão confortáveis ao conversar do seu lado e cuidado com acordos e negociações por aqui. - aponto as acomodações do local.


Desfaço minha ofuscação e mostro minha verdadeira face, tento localizar algum nosferatu com cara de mais nerd como eu, se possível, de pouco tempo de abraço, me dirijo a ele.

- Boa noite, tudo bem?

Smith me diz para esperar que ele mesmo consegue as informações, creio que seja melhor assim mesmo, então me ajeito em uma poltrona de frente para a janela, onde metade da cidade podia ser vista á noite. Meu mentor me disse que chegaria á cidade logo depois de mim, e olho no celular na espera de alguma mensagem dele.

Adiantando

Enquanto Smith vai buscando informações, vou observando os nosferatus presentes, como eles interagem, e observo o número que o estranho individuo do elevador de Caesar's Place deixou. Não seria oportuno ligar agora, os Nosferatus são famosos por escutarem de tudo e negociarem informações, então guardo o cartão no bolso e espero para mais tarde. O individuo muito provavelmente seja um Malkaviano, que assim como meu clã e os nosferatus presentes, são especialistas em ofuscação. Caso realmente exista uma conspiração no ar, me pergunto por que resolveriam chamar novatos para resolver isso ao invés do pessoal da cidade, mas em seguida a resposta já vem á tona. Onde quer que cainitas vivam em grande quantidade, eles formam uma grande rede de intrigas, nem mesmo os mais antigos podem ter certeza absoluta de em quem confiar, logo, o mais sábio seria procurar a ajuda de alguém de fora!

*Anna percebe que cada qual tomou seu rumo, e ela? Bem, ela tava fudida mesmo, tudo que queria era um pouco de sossego e já se via numa armação que pro seu bom olfato só cheirava ruína... Força um suspiro, olhado o aparente jovem vampiro se afastar depois de fazer a ligação, falar com sua Senhora? Mesmo? Bom, ninguém ouvia seus conselho, nunca, melhor ficar calada, sempre...
Fica por ali, olhando as obras de artes, as peças, os quadros e... faz uma careta pensando que isso a fazia um pouco Toreador!

Credo! O pensamento abominável a faz balançar a cabeça em negativa e prefere ficar olhando pros próprios pés. Talvez ligaria também pro seu Senhor, perguntaria que ele acha e ... não, não quer ser tão fedelha assim! Coça o queixo, brincando com o piercing sob os lábios. E quando Paul finalmente voltasse para falar com ela, seria novamente recebido por uma mulher com cara emburrada, mas a de Anna, não era nada simpática... (mas bonita, ora!).*

-...

ㅤㅤWhat? Quer dizer que o safado é impostor mesmo? Puta merda, esse lance de ser vampiro é muito tenso, que merda. Eu não acredito naquele esquisitão, mas se a minha senhora disse que é, é porque é. - Pera aí! - Segurei o braço dela, antes que ela me deixasse. Provavelmente fiz merda, mas foi uma parada que não deu pra pensar. - Você não pode se meter, Mari. - Havia preocupação na minha voz. E na minha cara. - O esquisitão disse que nós devemos resolver isso. Se ele souber que eu te contei, ele pode... - Eu não queria me mostrar tão babão assim, tentei contornar a situação da melhor maneira que eu pude. - te machucar, ou te matar... sei lá. - Acho que não fez muita diferença.

ㅤㅤ- Deixa eu tentar resolver isso. - Olhei nos olhos dela, confiante. - Afinal, se der merda, ninguém vai ligar se eu morrer mesmo. - Descontraí com um draminha. Provavelmente ela se aproveitaria dessa brecha pra pisar mais em mim, mas no fundo, eu me convenço de que foi uma boa tática para deixá-la de fora disso. Sou um herói no fim das contas, haha!

ㅤㅤDe volta na presença da emburradinha... - É... a coisa ficou tensa... - Falei como quem não quer nada, na verdade, tudo que eu queria era que ela perguntasse o porque. É muito chato ficar falando sozinho enquanto a outra pessoa só fica calada. Seria ótimo conseguir tirar umas palavras dela. Haha, quem sabe um sorriso? Será que isso é possível? - Minha senhora também notou que o Príncipe tá estranho. O esquisitão tá certo, o cara é um impostor. Como que a gente vai resolver essa treta sem ser pego pelos homens do Capriotti?

*Anna arqueia uma das sobrancelhas. " - É... a coisa ficou tensa..." - até pensou em perguntar o por que, mas antes disso, ele já continuou a falar. Era quase uma mulher de tanto que falava! Urgh! Anna caminha ao lado dele, com as mãos nos bolsos e o olhar claríssimo pro chão. Escuta o que ele diz com atenção. Pensa que primeiro deveriam procurar um bom Refugio, um lugar onde o grupo pudesse se reunir sem o risco de estar sendo vigiado, algo assim, depois, ver o que os outros dois descobriram e tentar dá uma fuçada na vida do Caprioti, jornais, arquivo da cidade, internet, qualquer informação poderia ser um começo, mas... Olha pro garoto, podia dizer tudo isso que pensou, concordarem, sorrirem e começarem o novo plano, mas, dá de ombro e se resume.*

-Que tal sairmos daqui? Ou vamos esperar algum homem dele ouvir nossa conversa e já sermos presos aqui mesmo?

ㅤㅤNossa, mas que mulher chata! Se você quer tanto ficar calada, eu vou fazer o seu joguinho, tá? Vamos ver se ela aguenta o meu silêncio. - É... tanto faz. - Falei seco, como quem não quer estender a conversa. Afinal, se ninguém veio atrás da gente ainda, ficar mais ou menos naquele lugar não faria diferença nenhuma. Mas como eu disse, vou ficar na minha agora. Deixei ela caminhar um passo na minha frente, enquanto eu a acompanhava. Quis perguntar se ela veio de carro, mas guardei minha curiosidade em prol do meu novo juramento secreto.

*Anna não era realmente sociável, por isso mesmo, não era de esperar que fosse convidada para jantares, socialização, ou dividir apartamentos. Desde pequena, isso muito antes de se tornar imortal, aprendeu a fazer as coisas sozinha sem esperar ajuda. Não seria diferente, mesmo trabalhando em grupo, se ninguém dava as ordens, seu lado rebelde agia por si mesma. Foram andando até a saída do Elísio, pois para ela um “tanto faz” era sinal de que poderia escolher o caminho.

Na rua, olha pros lados. Tinha deixado sua mochila com suas coisas num buraco de pensão próximo a rodoviária. Se estava correndo perigo, ou ia começar uma guerra, era bom se armar! Chama o primeiro táxi que aparece, entra e fica olhando pro garoto com cara de “e aí? Vai esperar um convite?”*

ㅤㅤToda essa pinta de quem não gosta de ninguém... Eu queria ver continuar assim depois de eu brincar um pouquinho com minha Presença. Haha, a tentação é grande, mas acho que não é muito inteligente usar isso em outro vampiro. Cedo ou tarde eles percebem que o sentimento é artificial, e aí ficam putinhos. Essa aí já é bravinha por natureza, quando ela descobrir vai querer cortar minha cabeça. Não, melhor deixar do jeito que está, haha! 

ㅤㅤEla não veio de carro, afinal. Preferiu chamar um táxi. Nem sequer se deu ao trabalho de perguntar de como eu tinha chegado até aqui. Todo aquele mal-humor... a ponto de perder o bom senso. Vamos ver até onde isso vai nos levar. Entrei no táxi sem perguntar pra onde íamos.

*Anna passa o endereço da pensão. E aí mais uma vez a voz rouca é ouvida, curta e grossa. Olha pro garoto ao lado, estranha, tão tagarela e do nada fica caladinho? Isso lhe faz pensar que talvez ele tivesse criado bom senso e começado a apreciar o silêncio ou, como muitos, estava tentando lhe imitar... Isso a faz sorrir, um risinho baixinho sozinha, olhando pras ruas para ele não lhe ver sorrindo.* ...

*Ficam boa parte do trajeto em silêncio. Até que ela se vira para ele, o encara por um tempo com aqueles olhos claros depois volta a olhar o motorista*

-Aqui... *diz quando passam em frente a uma velha pensão, num parte afastada e bem esquecida da cidade. Enfia a mão no bolso, tirando um bolinho pequeno de dinheiro.*

ㅤㅤFicar calado é uma tarefa fácil quando a única pessoa que te acompanha é uma mal amada que só sabe te cortar. Mas ficar calado e ficar em silêncio são duas coisas diferentes. Ficar em silêncio é horrível. O silêncio abre brechas pra pensamentos horríveis. Não. Silêncio não. Peguei os fones na mochila e botei alguma coisa pra ouvir. Hm... vejamos... Estamos em Vegas, o que combina com essa vibe? Vegas, Poker, Ace of Spades... Motorhead, porra! Hahaha! Épico. 

Motorhead - Killed by Death:

ㅤㅤNão me importei em não fazer o clássico air drums no início da música. E foda-se o que ela pensaria de mim, haha! Motorhead é do caralho. Quando percebi, ela tava me encarando. Encarei de volta. O que diabos ela tava pensando, hein? Tá, eu disse "foda-se o que ela pensaria de mim.". Mas agora eu fiquei curioso. Que mina estranha, velho. Muito estranha. O táxi parou e a gente desceu. E agora? Olhei pra ela, esperando ela falar alguma coisa.

*Chegaram à pensão, o quarto de Anna não era nada luxuoso, bem simples até, mas era limpinho e aparentemente bem seguro. Com janelas grossas e cortinas pesadas e escuras. Havia passado fita preta pelas brechas também. Sobre a cama estreita estava sua mochila e uma bag de guitarra. A morena entra, espere que ele entre também e tranca a porta. O silêncio era tão delicioso, mas, apreciar o silêncio não era sinônimo de burrice. Vai até a mochila, a abre, deixando bem claro as armas que tinha, e enquanto vai ajeitando seu pequeno arsenal de segurança, pergunta.*

-Não gostar de falar, não é sinônimo de não saber, nem de ser burro o suficiente para ficar se fazendo de mudo. Ok? *o fita por um breve segundo* -Mas fale apenas o necessário, já tá bom... Sua senhora tinha alguma informação importante?
*volta a mexer na arma, esperando saber alguma coisa que fosse útil.*

ㅤㅤEntrei no quarto da mulher. Era um lugar simplinho. Pelo visto ela era tão pobre quanto eu. Uma guitarra, haha! Maneiro. Ela trancou a porta, vish. Joguei minha mochila num canto e sentei no chão mesmo, apoiado na parece. Ela começou a tirar uma pistola da mochila, o que me deixou um pouco apreensivo. Tudo bem que agora elas dificilmente me matariam, mas só de pensar a dor, já fico meio tenso. A encarei, esperando dizer algo. Não ia perder o nosso duelinho secreto. Ela que falasse primeiro. 

ㅤㅤVenci. - Haha, ué... Quando eu tava falando, você achou ruim. Agora que eu tô calado, também tá achando ruim? O que quer que eu faça? - Sorri. - Hm... ela disse que o Príncipe tava muito esquisito, e que o que o doidão disse faz todo o sentido. - Dei de ombros. - E então? Você tem banda é? 

-Eu achei ruim? Em que momento te disse que achei ruim? *Anna arqueia a sobrancelha confusa. Dá de ombro e tira onda*
-Lê mentes? *porque sim, tava achando péssimo, mas não havia falado nada! Oxe, quase nunca fala mesmo!*

-... *escuta o que ele fala sobra a Senhora dele e bufa baiinho* -Que merda, isso não vai acabaer bem, vai vendo... *olha para a guitarra, e seu olhar, milagrosamente se torna mais carinhoso!*

-Tinha... Mas nada sério... *Também, se resumiu a isso*

-E aí, o tempo caladinho te fez criar algum plano? *guarda o canivete no bolso da calça e a arma na cintura, que ela cobriria com uma jaquetinha básica.*