Vampiros - A Máscara
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Kane - Gangrel Urbano - independente

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Mensagem por Antony Salon Sáb Jul 23, 2011 9:51 pm

Nome: Rodrigo Casque
Personagem: Kane
Clã: Gangrel Urbano
Natureza: Sobrevivente
Comportamento: Solitário
Geração: 8º
Refugio: Oásis
Conceito: Marginal

Experiência: 27/28

ATRIBUTOS

Físicos (7)
- Força: 4 (Mãos fortes)
- Destreza: 5 (Reflexos Rápidos, Velocidade)
- Vigor: 2

Sociais (3)
- Carisma: 2
- Manipulação: 1
- Aparência: 4 (Atraente)

Mentais (5)
- Percepção: 2
- Inteligência: 2
- Raciocínio: 5 (Iniciativa, Emboscadas)

HABILIDADES

Talentos (13)
- Prontidão: 3
- Esportes: 1
- Briga: 3
- Esquiva: 3
- Empatia: 1
- Expressão:
- Intimidação:
- Liderança:
- Manha: 2
- Lábia:

Perícias (9)
- Empatia c/ Animais:
- Ofícios:
- Condução:
- Etiqueta:
- Armas de Fogo:
- Armas Brancas:
- Performance:
- Segurança: 3
- Furtividade: 3
- Sobrevivência: 3

Conhecimentos (5)
- Acadêmicos:
- Computador:
- Finanças:
- Investigação: 2
- Direito: 1
- Linguística:
- Medicina:
- Ocultismo: 2
- Política:
- Ciências:

VANTAGENS

Antecedentes (5)
. Geração: 5

-------------
DISCIPLINAS (3)
. Metamorfose: 2
. Ofuscação:
. Potência: 3
. Rapidez:
-------------

Virtudes (7)
- Convicção: 1
- Instinto: 2
- Coragem: 5

TRILHA DO CORAÇÃO SELVAGEM: 3
FORÇA DE VONTADE: 5

QUALIDADES (7)
- Disciplina Adicional 5 (Potência)
- Existência Abençoada 5
- Nervos Amortecidos 4
- Racionalmente Frio 1
- Noção de perigo 2
- Ambidestro 1
- Silêncio 1
- Blasé 3

DEFEITOS (7)
- Cabeça Quente 2
- Vitae Infértil 5

EXPERIÊNCIA 27/28
. Metamorfose: 0 -> 1 = 10
. Metamorfose: 1 -> 2 = 5
. Vigor: 1 -> 2 = 4
. Carisma: 1 -> 2 = 4
. Inteligencia: 1 -> 2 = 4

PRELÚDIO

Nasci em um bairro pobre no Brooklyn onde as oportunidades de vida eram escassas. O governo nunca olhou para nós direito. Só eramos alguém quando as eleições se aproximavam, depois eramos esquecidos e humilhados. Sempre vou me lembrar de quando um politico foi na escola onde eu estudava fazer seu marketing pessoal. Entrou na sala todo pomposo, cercado por câmeras e assessores. Acenou para nós onde retribuímos com um simples gesto de simpatia. Só que ele não esperava que seus assessores dariam a oportunidade para algum aluno perguntar algo. Ele aceitou, não podia negar, estava diante das câmeras. O aluno escolhido? Eu, logicamente. Me levantei, andei até ele, tirei algumas fotos e depois me colocaram em close na câmera. Perguntei ha ele por que depois da sua visita na ultima eleição nada tinha mudado. Todos me olharam, o safado ficou sem resposta, os assessores começaram a cochichar entre si e a resposta não veio. Ele saiu com um piada pronta e todos riram. Só que poucos sentiram o olhar que eu senti, eu vi sua reprovação, só não sabia que viria tão cedo.

O vídeo saiu em todas as emissoras de tv, a repercussão foi grande e isso obviamente não o agradou muito. Senti o peso da pergunta quando meus pais perderam o emprego. Certamente eles pegaram meu nome, procuraram onde meus pais trabalhavam e me deram a resposta. Os próximos meses foram difíceis, meu pai trabalhava de vez em quando e minha mãe ficou responsável pela casa. Com todas as dificuldades a vida fácil começava a me tentar. No colégio eu começava a ver garotos da minha idade com roupas bacanas, tinham moral e andavam com belas garotas. Aquilo me tentou tanto que acabei entrando para essa vida fácil. Comecei fazendo parte de uma gangue. Consequentemente comecei a vender maconha e outras drogas menores. Por estar com um pessoal bacana, usar roupas de grifes e fazer aquilo que os adultos faziam me trazia uma certa 'fama'. Comecei a ser respeitado, meu nome saia da boca de pessoas que eu mal conhecia, as garotas se aproximavam com segundas intenções... Tudo estava perfeito. Ficava com uma num dia e no outro já estava arrastando asa para outras duas. O problema é que tudo acontece muito rápido e alguém sempre percebe a mudança. O direto da escola começou a me vigiar, a pegar no meu pé, bastava uma vacilada minha e já era, estava expulso. Na altura do campeonato pouco me importava em estudar, tirava notas baixas, não estudava direito e mal frequentava as aulas. Minha preocupação era que eu dentro da escola poderia vender mais, ganhar mais dinheiro. Bom, o sonho logo acabou, fui pego, fui expulso, fui denunciado e meu pai respondeu a um processo, quase foi preso.

Quando você entra no crime, fica difícil de sair. O colégio era coisa do passado, morava com meus pais ainda por pura acomodação. Mal ficava em casa, só passava para trocar de roupa e tomar um banho, minha vida estava voltada totalmente a fazer merda e ser um babaca. Hoje eu vejo isso, na verdade, de ontem pra hoje, não mudou muita coisa. Ficava com meus parceiros, aqueles que eu tinha plena confiança, que nunca iriam me trair. Mero engano. Já estava com idade de ir pra prisão e isso me fazia ter um pouco mais de cuidado. Por causa da gangue minha ficha na policia já estava com algumas escritas. Andava armado por pura segurança, nunca havia atirado em ninguém mas mais cedo ou mais tarde isso aconteceria. Só não esperava que fosse tão rápido. Estava no carro de um parceiro quando paramos num mercadinho para comprar bebida. Entramos na loja e o olhar torto do dono já era comum, o que não era comum era a gangue rival comprar no mesmo mercadinho. Quando percebemos a porrada estancou. Começamos a brigar feitos loucos, tomei um soco onde voei na prateleira de salgados. Revidei com uma joelhada e um direto na fuça que fez o carinha apagar. Estava sob controle, estávamos em maior numero só que alguma coisa tinha que acontecer, alguma merda tinha que rolar. E rolou. Um puto puxou uma arma e atirou. O tiro pegou na cabeça do dono da loja... Morreu na hora. Todos saíram correndo, já era possível escutar as viaturas chegando. Quando fui fugir, fui pego. O cara que eu estava brigando me deu uma porrada por trás e eu cai, fiquei mole, minha visão ficou torta, não conseguia levantar.

Fui pego. Fui preso. Fui julgado. Parei no chilindró. Estava com vinte anos. Durantes os doze anos em que fiquei condenado ninguém veio me visitar. Minha família que eu pensei que me amava não me escreveu uma carta sequer. Meu amigos que eu pensei que eram para sempre eu nunca mais vi, estava sozinho. Foram longos anos passando por cima de muita coisa. Apanhei, fui esfaqueado, briguei, assassinei. Tudo isso na prisão. Quem fala que a prisão muda as pessoas esta certo. Torna o homem num bicho, sem sentimentos, sem coração. Lá você realmente vê que o governo nada faz além de enriquecer os próprios bolsos. Vê que a justiça nada mais é do que cega. Percebe que se você quer alguma coisa, tem que ir lá e fazer. Depender dos outros é fraqueza. Você tem que se tornar um caçador. Ir atrás de sua presa. Defender seu território e lutar quando for preciso. Foi isso o que eu aprendi lá dentro. Aprendi a dar valor a pequenas coisas e saber muito bem quem é quem. Meus últimos anos dentro do chilindró foram tranquilos. Já conhecia a maioria das pessoas, todos me respeitavam, até por que eu lutei por isso, lutei para me deixarem quieto e mostrei o que acontecia com que me perturba-se. Saí da prisão e encontrei um novo mundo. Estava sem rumo e sem direção mais algo não me saia da cabeça. Por que minha família me abandonou? Era uma boa hora para perguntar.

Foi bom sentir o cheiro do lugar onde eu nasci, cresci e passei parte da minha vida. O bairro não tinha mudado muito e com isso foi fácil reconhecer a casa em que eu morava. Eles ainda estavam lá. Nada tinha acontecido com eles. E eu pensando que o motivo deles não terem me visitado foi por que minha mãe estava doente ou então eles não tinham dinheiro nem para pegar uma condução. Bati na porta e minha mãe abriu. Seus olhos encheram de lagrima no mesmo instante em que tinha me visto. Entrei sem pedir licença e me sentei. Pedi uma explicação logica e obviamente eles não tinham nenhuma. Sai dando as costas e tentando esquecer que um dia eu tinha família.

Como falei no inicio, é difícil sair do crime. Tinha acabado de sair da prisão, não tinha dinheiro e precisava me arrumar em alguma coisa. Minha primeira ação foi procurar os amigos de antigamente, tentar pegar alguma grana e depois desaparecer. Começar uma nova vida em um novo lugar. A chance surgiu por mera sorte. Um assalto estava planejado mais um cara pulou fora e me convidaram para ocupar seu lugar. Estava tudo armado, ia ser uma divisão legal para cada um e pra mim era o suficiente para dar um sumiço. Entravamos na loja com armas em punhos e capuz na cabeça, declarávamos o assalto, pegávamos o dinheiro do caixa e do cofre que havia nos fundos. O filho da mãe estava guardando uma boa quantia, pretendia aumentar seu patrimônio. Saiamos correndo para os carros. Dois para ter mais facilidade de escapar e um ponto de encontro perto das docas. Conseguíamos chegar no local combinado sem ninguém nos seguir. Esperávamos pelo segundo carro que não demorava a chegar. Dividíamos o dinheiro como o combinado e sumíamos como de costume, ninguém falava nada, cada um age por si só e pronto. Sai com uma bolsa de viagem nos ombros e fui direto para pegar um ônibus para a cidade mais próxima. Não ficava muito longe um lugar do outro e fui andando até lá... Caminhos escuros, vielas sem vidas, achei que seria tudo tranquilo. Andava por cerca de quinze minutos, já dava para ver o ônibus quando fui pego por alguém. Não vi seu rosto e senti algo forte sendo cravado no meu pescoço. Uma fraqueza me consumia e minha visão novamente voltava a ficar confusa. Só que não desisti, lutei ate onde podia. Tentei me soltar de todas as maneiras, joguei o corpo para todos os lados mais parecia inútil. Desmaiava sem saber e sem ver quem tinha feito tal coisa.

O resto da história é o que vocês conhecem. Acordei, estava confuso, faminto e tinha um homem ao meu lado. Os ensinamentos básicos da sobrevivência foram passados e o resto eu aprendi com o tempo. Não desenvolvi todos os poderes originais apesar de o mais significativo, o que fala de qual família eu sou ter evoluído bastante. Com a transformação algumas coisas além dos poderes também pareceram aumentar. Fiquei mais ágil, mais forte, minha atenção evolui além de ter apreendido muitas coisas em minhas caçadas. Mais todo lado bom tem seu lado ruim. Eu desenvolvi uma certa anomalia durante o abraço. Meu sangue não tem poder o suficiente para transformar alguém em vampiro e meus e nervos parecem ter sofrido alguma alteração. Quando estava na cadeia, apenhei muito, as surras eram diversas e em certo lugares do corpo eu já não sentia mais dor... Só que com o abraço, parece que meu sistema nervoso se desenvolveu de uma maneira errada me tornando imune a dores e prazeres. Não sabia ao certo como isso tinha acontecido mais era uma faca de dois gumes. Apesar de originalmente minha família, meu clã pertencer são Sabá eu não fui para nenhum dos lados assim como meu mentor e criador. Segundo suas crenças, o quanto mais afastado da politica você estiver mais chances você tem.

Meu criador e meu mentor foi um completo inútil. Desde do primeiro dia me tratou como se eu não merecesse a não-vida, me ensinou o básico do básico para sobreviver e me jogou no mundo para aprender. Ele dizia que a melhor forma era aprender errando. Só que algo batia contra seus argumentos. Anos depois ele viu do que eu era capaz e que tinha um grande futuro, não sei até hoje não sei exatamente que futuro seria esse. Ele seguia um tipo de fé, um tipo de verdade e me contava parábolas de fatos e me passava certas éticas. Quando você é humano, você acredita em Deus e acha que as pessoas que estão em volta vão te ajudar a ser alguém. Você acredita que pode confiar no governo e acha que a tecnologia só veio para acrescentar... Mas quando você se torna um vampiro, você vê que essas coisas já não importam mais, que a dadiva de ser imortal já tem o suficiente para você não depender de ninguém. Os poderes que ganha, os conhecimentos que obtêm durante os anos são as armas para sobrevivência. Percebi que o que ele falava era o mais correto. Já não eramos mais humanos, então por que viver, agir e pensar como um? Quando finalmente entendi o que ele queria eu pedi para que me ensinasse a ser como ele, a ter os mesmo tipo de pensamento e agir como um verdadeiro vampiro. Selvagem e cruel. O caminho foi árduo, tive que fazer coisas que poucos conseguiriam mas consegui. Passei anos sendo doutrinado e em meu ultimo teste eu tive que provar que era forte o suficiente para seguir a diante. Um teste foi pedido, uma missão foi dada. A tarefa? Reduzir de vez o que ainda tinha de humano dentro de mim, quebrar o laço familiar e esquecer que um dia eu tive sentimentos. Rasguei a garganta da minha mãe e arranquei a cabeça do meu pai.

Atualmente me encontro sozinho. Sobrevivendo a cada noite, me alimentando quando tenho vontade e seguindo meus instintos. Caminho pela e escuridão na busca de evolução. Meu mentor e criador partiu me deixando livre para escolher meu próprio caminho. Um bom Caçador não precisa de ferramentas além de seus poderes. Mato para sobreviver. O proposito da morte é o sustento. Sou um predador e minha natureza é essa. Passo as manhãs num refugio provisório, sou um peregrino, não paro só em um lugar. Fico no máximo dois meses em uma cidade. Faço alguns serviços caso apareçam e depois parto em um novo rumo. Sempre ali e aqui. Aprendendo coisas novas, evoluindo os conhecimentos me matando aqueles que cruzam meu caminho.



Antony Salon
Antony Salon

Data de inscrição : 17/04/2010
Idade : 38

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