O Ruir do Velho Mundo - A Sombra dos Anciões IV

Após ser convocado pelo Bispo Lugh para o território do Arcebispo Kingson, o cemitério de Glasgow, Simon passa por um teste proposto pelo Bispo. O Gangrel consegue passar, não sem antes deixar seu sangue pela sala. Logo após, ele é chamado para fazer parte de um Bando que está incumbido de buscar a cria do Príncipe de Edimburgo: Peter, um Tremere.

Dois bandos chegam no castelo de Peter. Alguns membros ficam do lado de fora para impedir que o Tremere ou qualquer outro possa fugir e avisar o que está acontecendo. Os demais entram no castelo e iniciam a invasão.

Indo do subsolo à superfície para tentar pegar Peter de surpresa, os Cainitas são pegos na primeira armadilha. Um lobo gigantesco, parte do corpo de animal, parte de magia, surge na frente deles. Após uma batalha sangrenta, o grupo consegue finalmente se livrar do ser. Eles continuam sua jornada até uma sala completamente sem som e cheia de armadilhas, dando de cara com uma criatura muito estranha.... as batalhas são duras, e contra criaturas que o Gangrel nunca imaginou encontrar em toda a sua vida, mas finalmente eles conseguiram chegar ao topo do castelo e capturar o Tremere, fincando uma estaca em seu coração.

Parte do grupo que invadiu o castelo está morta... muitos estão gravemente feridos... mas a missão foi cumprida. O Feiticeiro está preso, e agora eles precisam levar o Vampiro capturado para Glasgow e retirar dele a informações necessárias para facilitar o ataque do Sabá à Camarilla de Edimburgo.

Em meio a comemoração, algo chama a atenção de Simon. Antes de ter a estaca enfiada no peito, o Tremere havia olhado para uma porta em específico e mostrado uma cara de receio. o Gangrel então abre a porta e da de cara com um pequeno tesouro em jóias, moedas, pedras preciosas e alguns objetos que parecem ter sido desenterrados de uma escavação arqueológica.

O grito do Tremere preenche a sala e Miles responde entre dentes, como se segurasse sua fúria.

- Respostas, feiticeiro! Respostas! Não se faça de estúpido! Minha paciência com você já está no fim, e sua dor não vai parar até me dizer tudo!

O Lasombra põe a mão no ombro deslocado de sua vítima, com uma ameaça silenciosa de o pressionar caso ele não começasse a falar. Aquele homem era muito resistente, e isso fazia Miles ter que pensar em uma abordagem diferente caso sua tortura física não desse frutos. Talvez seu próprio ódio fosse uma abertura, ele pensa ao olhar para o sangue pingando pela palma da mão. Porém, dessa vez, o Guardião estava um pouco mais cauteloso com os seus arredores. Enquanto espera a resposta de Peter, ele caminha até uma posição que o permita observar melhor o sangue e a mão ferida dele. Não queria cair em mais um truque sujo.

Me aproximo do grupo ainda um pouco apreensivo

-Ritual do Sabá? Vocês...são do Sabá?

Após receber dos espíritos a mensagem, Amino se preparar para deixar o prédio. Ele tenta limpar o quarto para retirar o cheiro de sangue e segue para tomar um banho. O Tzimisce sente em seu corpo o esforço que precisou fazer para ficar acordado e realizar o ritual, ele está pesado e dolorido... a cabeça está pesada, sem conseguir focar em uma linha de pensamento. A água caindo pelo corpo ajuda a clarear as idéias, mas Amino sabe da estafa que se abateu sobre ele. Mesmo assim, o Cainita decide seguir para a área das fábricas para tentar descobrir algo mais sobre as bolsas de sangue.

Assim que sai do prédio, o Imortal percebe que há mais pessoas andando pela rua do que na noite anterior. Com sua mente parcialmente  nublada, ele não consegue avaliar facilmente quais as emoções que as pessoas aparentar estar sentindo. Então ele continua sua busca.

Amino caminha pelo que parecem ser algumas poucas centenas de metros quando ele sente uma leve pressão no bolso de seu casaco, como se algo tivesse o puxado para baixo, mas bem de leve. Uma voz soa em seu ouvido:

- Você está do lado errado.

O Imortal parece acordar de um sonho e nota estar ao lado de um banco, em uma parte da cidade que ele ainda não havia conhecido. Ele leva a mão ao bolso e sente que há algo ali dentro.

OFF:

Ao abrir o bolso, ele pega um pequeno papel. Nele está escrito:

Às 20:00, amanhã, seu relatório.
Lixo do prédio
Outro em três dias.

Ainda com o som do gritos de Peter ecoando pelas paredes, Miles se posiciona atrás do Tremere e segura seu ombro para intimidar o Vampiro.

- Pois faça uma pergunta seu desgraçado.. tudo o que você fez até agora foi me machucar. - Peter fala entre os dentes, como se forçando a não mais gritar. - Mas já te aviso, não é porque eu sou cria de Hotgan que sei tudo o que há na cidade. - Há certo orgulho na voz de Peter.

Enoch vai se aproximando do grupo. O Cainita com a adaga e a vasilha começa a falar rapidamente, mas o MAlkaviano não consegue entender o que está sendo dito...

- Há! Por que, está com receio de algo? - Diz o Capitão. - Mas não, não somos do Sabá.

- Vocês ainda não formaram o círculo? Vão logo ou o Ritual ficará inacabado. Seus imbecís. - A voz sai do Cainita menor, aqueles com os utensilhos. É claramente a voz de uma mulher. Ela se vira para os demais e começa a circundar aqueles que formaram o círculo pelo lado de fora até chegar em um espaço aberto que ela mesmo ocupa. Enquanto caminha, ela aponta com a adaga para os Cainitas, formando um círculo imaginário com o desenho formado pela adaga cortando o ar. - É agora. - Ela passa a vasilha e a adaga para o Capitão, que corta a palma da mão e deixa o sangue escorrer. Ele passa para o próximo, que passa para o próximo, até chegar em Enoch.

- Vamos, você já viu o que tem de fazer. - Diz o Capitão

Balanço a cabeça positivamente.
-Certo
"A hora é agora penso"
Pego a adaga de forma um pouco apressada, corto a palma da minha mão e deixo algumas poucas gotas escorrerem na vasilha

Ao ouvir sobre os itens que podem manipular a natureza dos Cainitas, Miles percebe que Peter tem uma leve mudança de comportamento.. tão leve que logo some. Então ele começa a falar.

- O castelo é muito mais velho do que eu. Não tenho como dizer todos os segredos que existem lá dentro. O lugar é de Hotgan.. além disso, era o local escolhido para funcionar como Templo antes de Bristol assumir como regente. Então não tenho como falar muito mais do que àqueles que os enfrentaram e conseguiram me capturar... Sobre os itens, de quais você está falando? Nós, os Tremeres, temos muitos itens mágicos com esse tipo de propriedade. Quer que eu te mostre alguns? Você não imagina o poder que poderia conseguir... - Embora tenha perdido o controle por um momento, o Vampiro parece ter se recuperado momentaneamente e consegue dar uma resposta evasiva, ainda dando a entender que existem segredos que ele poderia mostrar ou ensinar ao Lasombra.

Percebendo que estava sendo vigiado, Amino desiste de seguir o caminho até as fábricas e retorna para a região que visitou na noite anterior. Seu objetivo é observar o pub. Poucas pessoas passam pela rua, embora muitos jovens parecem estar indo naquela direção. A noite no pub será movimentada. Ao colocar a mão no bolso, o Tzimisce sente que há uma folha de papel dentro.

Ao chegar, o Cainita vê que não há muita diferença da noite anterior. Pessoas estão bebendo e cantando, parece que há uma banda tocando em um tipo de palco improvisado. Passando o olhar pelo pessoal no bar, Amino se depara com o olhar de uma bela jovem. Não foi algo pensado, mas ela estava virando-se para fora e o seu olhar encontrou com o do Tzimisce, ou foi isso que pareceu acontecer. Ela passa dois ou três segundos focada completamente em Amino e, sem parecer ter notado a presença do Cainita, ela segue para o meio da multidão. Talvez ela nem tenha visto o Imortal, talvez ela olhasse para alguém que passou atrás de Amino, mas aquele olhar fixo por instantes conseguiu chamar a atenção.

Assim que recebe a vasilha junto com a adaga cerimonial, Enoch percebe que não foram só algumas gotas de sangue derramadas dentro do objeto por cada um.. ele precisará de mais... todos estão olhando para ele, esperando pelo sangue que jorrará e se juntará com os demais. Há uma tensão no ar, algo que o Vampiro não consegue explicar, mas é forte.

Ele corta a mão e deixa o vitae fluir de encontro ao sangue dos outros Cainitas, entregando a vasilha de barro para a mulher. Ela recebe, levanta o objeto e fala mais algumas palavras bem baixo. Depois corta a própria mão e deixa o líquido fluir. A Vampira coloca a adaga dentro do líquido e começa um movimento circular, como se mexesse o sangue, unindo como um só.

Algum tempo depois, ela entrega o objeto para o Malkaviano novamente.

- Você deve beber um pouco e passar para a pessoa que está ao seu lado. - A mulher explica. - Assim, todos nós estaremos ligados uns aos outros.

Eu pego a vasilha
"Vamos acabar logo com isso"- eu penso, estava um pouco aflito quanto ao futuro. Enfrentaria Coleman? Me reencontraria com Ophelia?
Após uns poucos segundos absorto em pensamentos, finalmente bebo um gole de sangue e passo para o vampiro ao lado