Uma Sede Sem Fim - Cap 2

Agora sim o corretor estava prestando o seu papel devidamente — Apesar de ainda fazer perguntas idiotas como o número de quartos. Eu quero o melhor, o maior o mais caro. Diante da pergunta tola, eu simulava um suspiro antes de responder num tom impaciente. — Max, eu quero o melhor apartamento do centro de Denver. Não tenho preferência quanto ao andar. Só faço uma ressalva, não quero cobertura. Até porque já tenho uma. Mas ele não precisa saber.

Após alguns cliques, ele me mostrava um imóvel realmente maravilhoso. Continha o luxo que eu pedia e, a localização. Eu analisava as fotos com um semblante satisfeito a cada clique. — Pronto, foi difícil? Dizia em um tom mais bem humorado do que antes. — Vou ficar com as duas propriedades. Coloque tudo no nome da JP&VM Petrollium. Saco o meu smartphone e entro no app do banco. Enquanto carrega as informações eu peço os dados da conta: — Me passe os dados bancários para que eu possa efetuar a transferência senhor Max. De posse das informações eu transferia o dinheiro após o corretor me entregar o recibo devidamente preenchido. Pronto, não tenho mais nada a fazer aqui. Me levanto e abotoo o botão do meu terno. — Obrigado por me atender fora do horário senhor Max, foi um prazer fazer negócio com o senhor. Preciso que agilize a parte burocrática. Me avise quando o imóvel estiver disponível. Preciso ir agora.

[...]

Assim que chego no Mount Olympus, sigo para o banheiro para por para fora o café que tomei com o corretor. Processo esse que me deixava bastante enojado. Saio do box e caminho até o espelho. Lavo meu rosto e o seco com papel. Pronto, a noite continua e eu preciso estar em forma para continuar. Sigo para a recepção em direção a umas poltronas mais afastada. Desabotoo o botão do meu terno e me sento em uma delas. Aguardo chegar a hora marcada com as candidatas a secretária. O primeiro quesito já estava sendo avaliado, a pontualidade.

Eve Blackrose PdS 09/13; FV 6/7; Vit. Ok
Dex +2


Eve e Kayla continuam seguindo o alvo. A Albigiense consome sua própria vitae, tornando seus músculos mais eficientes. Ela agora era como um felino. Ágil, rápida e silenciosa. Sua passada era ainda mais leve e sorrateira. Era como se ela conseguisse caminhar quase que por cima das folhas secas, ou talvez seus pés sabiam escolher exatamente onde pisar.  Mantendo uma distância segura ela continuava seguindo sua presa, como uma predadora da noite que ela era. Por fim elas iam se aproximando de uma clareira dentro da mata. Naquele lugar não havia mais folhas secas no chão como dentro da floresta.  E sim, grama verde. Era como um lugar construído, preparado dentro da mata. O barranco alto, a gruta do lado e a densa vegetação fazia com que aquele ponto não fosse visto do céu. Era o esconderijo perfeito. E um lugar era bem amplo. Havia quatro enormes pedras predispostas como num círculo. Ao se aproximar um pouco mais, Eve percebia que as quatro pedras formavam uma espécie de "quadrado" com a exata distância entre elas.

O homem colocava o saco no chão e o abria. Revelando a imagem de um garoto caucasiano de cabelos castanhos escuros, lisos e olhos claros. De aproximadamente 7 anos. Estava com a boca amordaçada. Braços e pés amarrados. Enquanto isso Kayla mexia rapidamente no telefone, certamente enviando alguma mensagem, já que não podia usar o rádio. O garoto estava vivo mas tudo que podia fazer era apenas ficar deitado ou rolar no chão de um lado para o outro.

O homem retirava um relógio velho e dourado do bolso. Ele olhava as horas. Parecia ansioso. O tempo passava e ele continuava olhando as horas a todo instante. Eve tinha o instinto de fazer o mesmo e então via que faltava 2 minutos para a meia noite. Será que algo aconteceria quando o relógio desse meia noite? Ou será que era apenas uma coincidência e tudo não passava de uma suspeita infundada da Toreador?

Finalmente era meia noite. O sujeito fitava o relógio de bolso. Algum instante se passava. Nada acontecia. Então quando parecia que nada realmente aconteceria, eis que Eve presencia  algo sinistro. Ruído de folhas das árvores e, do nada, um sujeito aparece caindo do alto e parando em pé em frente ao homem que as vampiras haviam seguido, como se tivesse saltado de um dos galhos acima. Embora não tinha sido aquilo. Eve tinha certeza que ele não estava ali e realmente surgira do nada, como se tivesse vindo de outra dimensão.

Ele parecia um sujeito comum. Mas usava um chapéu preto da década de 30, com um paletó também ultrapassado. Ele fitava o garoto. Então se colocava de cocoras pertinho, face a face da criança. Que parecia assustada e queria fugir com a presença daquele indivíduo mas não podia.
- Fiz a minha parte. E o meu pagamento? Indagava o homem que Eve e Kayla seguiram. O outro então colocava a mão dentro do paletó para pegar algo, talvez o pagamento. Mas então ele parava, percebendo que algo estava errado. Ele dava duas fungadas. -Eu não disse para vir sozinho?
Demonstrando medo o outro recuava balbuciando: - E-eu... eu vim! E-eu vim so-sozinho!

O sujeito estranho retirava um pequeno objeto de dentro do paletó que parecia uma varinha de madeira. Apontava para cima e dizia: ipsum revelare. Um vento agitava o lugar. E uma lufada forte de vento jorrava na direção de Eve e Kayla abrindo toda a vegetação na direção delas e em torno delas expondo a presença delas àquele sujeito. E agora?

Vince; PdS: 15/15; FdV: 8/8; Vitalidade: Ok


Finalmente de volta ao seu apartamento de alto padrão, o Ventrue preparava-se para receber as candidatas à vaga de secretária. Max já havia lhe entregue as chaves da mansão e do apartamento, afirmando que o senhor Mondstat já poderia desfrutar do imóvel enquanto a papelada ficava pronta. Faltando 5 minutos para o início das entrevistas duas das três candidatas já haviam chegado. Olhando seus currículos, Vince lia novamente sobre um pouco de cada uma delas. Meg, Suzan e Vivian. Finalmente no horário marcado Meg e Suzan estavam lá. Vivian ainda não havia chegado, portanto estava atrasada.

Henry Crow; Pds 06/15; FdV 07/10; Vit.: Ok
dex+1
vigor +1

-Bom, muito bom. Imagino que o Sr. tenha ciência de que se fosse meu desejo exterminá-lo isso já teria ocorrido.

- Sim, eu sei... eu percebi... o que você quer? Quem é você?

Controlando o ímpeto da besta o Ventrue agora estava em uma posição mais firme. Aquele forte desejo irrazoável por sangue havia passado e, com ele, o perigo de transformar aquele lugar numa carnificina sem escrúpulos e sem limite. A luz da razão batia à porta na consciência do vampiro novamente.

O tempo de espera termina quando o relógio marca o horário combinado. 22h. Duas, das três candidatas haviam chegado. Infelizmente para a outra, ela já perdeu a sua chance. Se tem uma coisa que prezo é a pontualidade e o compromisso. Mas no fim, fico até grato pelo atraso. Ela me poupou de um risco futuro. Me levanto e a passos lentos caminho na direção das duas que estavam presente. Abotoo o meu terno no trajeto e paro diante delas. — Boa noite Srtas! Obrigado por terem vindo. Você deve ser a Meg e você a Suzan... estou certo? Vamos começar a entrevista. Sento-me, desabotoando o terno e escoro minhas costas no encosto da poltrona. Descanso minha perna direita sobre a esquerda e digo: — Me chamo Vince Mondstadt e sou sócio da JP&VM Petrollium. Acabei de me mudar para essa cidade e estou recrutando uma equipe nova para trabalhar diretamente comigo. Meg, vamos começar por você. Me fale um pouco sobre você. Suas experiências, seu network, ambições, habilidades e defeitos. Quero que seja sincera em suas palavras. Enquanto ela falava, eu abria o seu perfil nas redes sociais. Sem ela perceber que eu fazia isso. Vou deslizando o dedo na tela e procurando por incoerências. Quando ela terminou, eu fiz mais algumas perguntas, ainda observando o perfil na internet. — Muito bem, agora vou fazer algumas perguntas pessoais, se não se importar de responde-las. Você bebe? Fuma? Me fale um pouco sobre a sua estrutura familiar e sua relação com eles. Depois que tiver todas as respostas eu agradeço e repito o mesmo processo com Suzan. Sim, a entrevista foi coletiva. Isso me poupa tempo e cria uma situação desconfortável para elas.

Eve Blackrose PdS 09/13; FV 6/7; Vit. Ok
Dex +2

- Surpreeeeesa... Yey...

A postura adotada por Eve após ser descoberta deixava a todos sem reação. Até mesmo Kayla sofria um pequeno delay até processar o que Eve estava fazendo. Mas ela ficava ali, parada. Não fugia. Talvez fugira té fosse seu plano. Mas de algum modo ela parecia querer apostar no plano de sua cria.

- Tudo bem, em defesa do pobre coitado, ele realmente não sabia que estava sendo seguido, ele ia ser nosso jantar mas percebemos que algo diferente estava acontecendo e pagamos pra ver, mas a bem da verdade você precisa de fornecedores melhores, quer negociar? Conseguimos pegar um monte dessas bem fácil, até maiores se preferir, aceitamos pagamento em Sangue, ou outra coisa interessante que tiver como moeda de troca.

O sujeito escutava a cada palavra de Eve, com seus olhos atentos, dentro de um rosto de um homem comum na casa dos 30 anos. Ele olhava para o garoto quando Eve dizia que podia pegar até um maior. E depois voltava a fitar a vampira. Então por fim ele quebrava o silêncio:
- Vampiros... Entendi. Então ele não tinha certeza sobre a natureza de Eve e Kayla. Mas talvez a menção à palavra sangue o fizera chegar àquela conclusão. O sujeito fazendeiro que tinha sido seguido, resmungava em seu pequeno mundo humano coberto pelo véu da máscara:
- Peraí... mas vampiros não existem! Ele falava sozinho. Era completamente ignorado.

Então o mago continuava: - Infelizmente não é bem assim. Há algo especial neste aqui. E eu só estou aqui por ele. Só peço que não me impeçam e cada um segue seu rumo como se nunca tivéssemos nos encontrado.

Ele se abaixa tocando o menino com a mão esquerda, enquanto segurava aquele objeto de madeira com a direita. Ao fazer isso o homem que havia carregado o garoto nas costas avança esbravejando: - Ei, espera aí! Ainda não recebi meu pagamento!

O mago aponta o objeto em sua mão para o homem e diz: obriguerunt E então eis que instantaneamente era como se os músculos do homem enrijecessem e ele caía duro como uma estátua de carne no chão com os olhos arregalados e a boca aberta como se tivesse parado no tempo enquanto pronunciava sua última palavra dita.

Então ele tocava o garoto e preparava um novo movimento. Talvez apenas desparecer dali...

Vince; PdS: 15/15; FdV: 8/8; Vitalidade: Ok

— Me chamo Vince Mondstadt e sou sócio da JP&VM Petrollium. Acabei de me mudar para essa cidade e estou recrutando uma equipe nova para trabalhar diretamente comigo. Meg, vamos começar por você. Me fale um pouco sobre você. Suas experiências, seu network, ambições, habilidades e defeitos. Quero que seja sincera em suas palavras.

O ventrue começava a entrevista com as candidatas. Meg era loira e tinha 27 anos. Boa aparência. Ela estava sentada em uma cadeira ao lado da candidata adversária e ambas de frente para o vampiro.
- Sou formada em Administração, com MBA em orçamento e controle de estoque. Trabalhei por 5 anos como secretária da presidência da AT&T Telefonia móvel. Além do inglês, falo francês, alemão, espanhol e português. Não tenho e filhos e sou casada, o que me permite dedicar horas extras no trabalho. Quero comprar um apartamento de alto padrão em Denver e sei que para isso preciso trabalhar muito. Tenho facilidade com computador e não ajo pela emoção, portanto sou difícil de ser manipulada, mesmo pelo melhor vendedor do mundo. Meu defeito é que tenho sono pesado, portanto não consigo trabalhar no período noturno.

— Muito bem, agora vou fazer algumas perguntas pessoais, se não se importar de responde-las. Você bebe? Fuma? Me fale um pouco sobre a sua estrutura familiar e sua relação com eles.

- Eu não bebo e não fumo. Como disse, sou casada e minha relação com meu marido é boa. Ele é vendedor de carros em uma concessionária e meus pais moram no interior do Colorado.

Então chegava a vez de Suzan. Ela dizia:
- Sou formada em Contabilidade e Economia. Trabalhei 2 anos na Glock Armas, e 5 anos na Sólida Empreendimeentos. Falo espanhol, francês e italiano. Meu objetivo é construir minha própria empresa. Minha principal habilidade é a argumentação. Posso conseguir convencer um esquimó a comprar os gelos do senhor Mondstat. Ela dava um sorrisinho. Parecia confiante e parecia mais ousada que Meg. Parecia o tipo de mulher que era capaz de, inclusive, se envolver com o chefe de trabalho para conseguir o que queria. Ao contrário de Meg, que era séria e parecia possuir um sério código de ética próprio. - Meu defeito é que talvez eu seja bastante ambiciosa... Ela sorria maliciosamente.
Ela prosseguia com as respostas da vida particular:
- Sou solteira, 31 anos. Bebo mas não fumo. Não tenho mãe e meu pai mora com uma mulher no subúrbio de Denver. Suzan era ruiva, muito bonita e aparentemente não tinha uma ligação forte com o pai.

Quando Vince estava finalizando com Suzan, Vivian chegava, bastante atrasada. Já havia se passado 20 minutos. Ela parecia desesperada e muito preocupada. E agora?


Obs: AT&T era a maior empresa de telefonia celular dos EUA.
Obs 2: Sólida é a maior empresa de engenharia dos EUA. Responsável por grandes obras como construção de hidroelétricas, pontes e outras estruturas.

Henry Crow; Pds 06/15; FdV 07/10; Vit.: Ok
dex+1
vigor +1

-Acredito que eu e você possamos nos tornar bons amigos. Como seus amigos o chamam?

- Ronald Campbell. Respondia ele um pouco sem jeito, afinal não tinha outra alternativa a não ser prosseguir com o diálogo, uma vez que Crow já demonstrara que fugir e lutar eram inúteis.

Eve Blackrose PdS 09/13; FV 6/7; Vit. Ok
Dex +2

Então estava tudo certo. Eve deixaria que o mago fosse embora e ela teria cumprido o seu papel, afinal era exatamente para aquilo que ela estava ali. Apenas monitorar. Não lhe deram uma ordem de capturar um alvo, mas apenas monitorar. Não poderiam dizer que ela não havia cumprido as ordens do Sabá. A Toreador, curiosa tenta enxergar as nuances da aura daquele pirralho. Se ele fosse assim tão importante, deveria haver algo de especial em sua aura? A vampira imerge em seus sentidos extra sensoriais e aos poucos as informações vão chegando. Ela não conseguia mergulhar tão profundamente como talvez gostaria. Mas havia enxergado uma pista: Parecia haver um pequeno rastro magia nela...

Então quando estava pousando a mão sobre o menino para ir embora dali, o mago se levanta alerta. Eve vê alguns vampiros se aproximando sorrateiramente e em velocidade sobrenatural. A cavalaria havia chegado. Um dos vampiros movendo-se em rapidez vai de frente com o mago. Mas o mago não espera para ver o que acontece e sem dizer nada, usa uma magia. O corpo daquele vampiro cai no chão e sai rolando como uma estátua congelada. Algo similar ao que havia acontecido ao capacho humano. Mas o efeito da velocidade em que o vampiro estava, faz ele rolar no chão, duro como uma pedra até chocar-se contra o tronco de uma árvore, onde para e continua estático.

Mas não era apenas um vampiro. E sim, um bando. Um bando experiente. O bando com o qual certamente ela e Kayla estavam trabalhando em cooperação. Outros dois vampiros usam um cabo de aço, cada um segurando em uma ponta e, em uma velocidade sobrenatural, enrolam o corpo do mago no cabo de aço, como se eles fossem duas aranhas, imobilizando o mago. Um quarto vampiro surge por trás e tampa a boca e o nariz do mago com um lenço vermelho. O mago cai duro no chão desmaiado.

- Foi mais fácil do que pensamos. Dizia o vampiro que estava com o lenço na mão, com um tom gozador. Kayla se aproximava e cumprimentava eles, apresentando-os a Eve.
- Esta é Eve, minha cria. Os vampiros cumprimentava Eve com um aceno firme e sério de cabeça. Eles se comportavam como militares.
- Peguem o Joshua e vamos dar o fora daqui. Dizia o vampiro com o lenço na mão que parecia ser o líder. A única mulher entre eles, uma loira de cabelos lisos e curto apanhava Joshua, o vampiro estátua e o transportava nas costas. O líder apanhava o garoto e em fila eles saíam dali rapidamente. O líder era o último da fila e a mulher com o vampiro congelado na frente. Kayla também começava a segui-los.

Obs: fique livre para fazer diálogos caso deseje.

— Quero as duas! — Digo em um tom de voz ligeiramente bem humorado porém, sem parecer que estava brincando. As duas candidatas são bastante impressionantes. Ambas possuem um currículo respeitável. São ambiciosas. Cada uma tem o seu valor. Difícil decidir. Todavia, não é uma má ideia ter alguém trabalhando durante o dia e outra me assessorando durante a noite. Ambas possuem networks interessantes que, poderia me ser útil em algum momento. Tudo que elas falaram, batem com o que postam nas redes sociais — que hoje em dia é uma das melhores fontes para colher informações sobre alguém, basta ter um olhar crítico e não se deixar levar pelas aparências.

— Preciso que trabalhem para mim em caráter de pessoa jurídica. Apesar de ser sócio da JP&VM Petrollium, vocês não serão funcionárias da petroleira. Como disse no início da conversa, farão parte da minha equipe particular... Tudo bem pra vocês? Espero ambas se manifestarem quanto a minha proposta antes de continuar. — Me mandem a pretensão salarial de vocês por mensagem... Ou melhor, o valor dos seus serviços... Vou analisar e fazer uma proposta. Estava disposto a pagar bem porém, não cheguei onde cheguei dando dinheiro de graça para desconhecidos. Elas precisam provar seus valores. Se conseguirem, saberei recompensar.

A entrevista era interrompida pela terceira candidata que  chegava atrasada. Não deixo ela escutar nada da nossa conversa. Pauso meu diálogo e me dirijo a ela, me pondo de pé e, abotooando meu terno. Caminho em sua direção e apoio minha mão em seus ombros, indicando uma direção que eu queria que ela seguisse. Assim que ficamos distantes de Meg e Suzan, eu dizia: — Boa noite! Vivian não é mesmo? Obrigado por ter vindo, sinto muito por não ter conseguido chegar a tempo. Mas o cargo acaba de ficar ocupado. Já estávamos finalizando a entrevista. Surgindo uma outra oportunidade, faremos contato. Meu tom de voz era daqueles de dispensar as pessoas. Espero ela entender e sair da minha frente o mais rápido possível. Detesto pessoas incompetentes.

Voltando para as minhas quase novas secretárias, eu abro o meu aplicativo de mensagens para conferir as pretensões salariais. Faço uma média entre as duas e chego a minha proposta que, apresento verbalmente ao me sentar novamente na presença delas. — Pois bem, esse ordenado que vos ofereço, será para o período de experiência. Passando por essa fase, voltaremos a conversar para chegarmos a um valor mais compatível com o trabalho mostrado por vocês... O que me dizem?

Eve Blackrose PdS 08/13; FV 6/7; Vit. Ok
Força +1

Eve queria garantir o jantar e não deixava a comida para trás. Ou será que aquele bando acharam que o saco de sangue era missão de Kayla e Eve justamente não puseram a mão nele? E se fosse isso, certamente Kayla deixaria o trabalho para a cria, afinal Eve era a criança de Kayla e não o contrário. E se fosse mesmo aquilo?

Durante todo o trajeto o silêncio era total, bem como a atenção de todos os vampiros ali. Afinal estavam em terreno hostil. A medida que os vampiros iam passando pelos lugares, hordas de pássaros voavam fugindo assustados. O mesmo acontecia com pequenos animais, tais como rãs, coelhos e roedores. Quando eles saem da mata, finalmente Franchesca vislumbra o céu estrelado, que antes estava coberto pela copa das árvores. E que imagem espetacular os olhos da vampira captam. Aquelas luzes com diferentes intensidades de branco e amarelo piscando a milhares de quilômetros de anos luzes de distância. Umas mais e outras menos. Um show pirotécnico que há anos, não! Décadas! Que a décadas a vampira não via, uma vez que a cidade grande impedia aquele show de acontecer.

Além disso sair ilesa da mata sem nada de espetacular acontecer talvez fizera Eve lembrar que nenhum lobisomem aparecera. Eles continuam caminhando... caminhando... As folhagens do capim molhado lambendo as pernas dos vampiros. As luzes da cidade apareciam no horizonte. Então eis que repentinamente Eve escuta um uivado logo e alto vindo de algum monte próximo.
"Auuuuuuuuuu..."
Ninguém falava nada. Todos continuavam caminhando em total silêncio, alertas, mas aparentemente calmos. Tudo indicava que era só um coiote, afinal, aquele bando experiente não adotara nenhuma ação preventiva em relação ao uivado.

Então finalmente eles vão chegando à cidade. Os sons de carros, de TV e rádio ligados em algumas casas chegam aos ouvidos ultra sensíveis da Toreador, bem como sons de conversas, gritos, choros e todo ruído característico de uma cidade, embora fosse uma pequena cidade. Então não chegava a ela sons de sirenes de carros de emergência, nem turbinas de aviões e rotores de helicópteros.

O grupo seguia para outro rumo que não a casa do saco de sangue. Era uma casa com dois pisos e uma garagem ao lado. Uma construção tão comum como qualquer outra e que ficava a dois quarteirões da casa do saco de sangue que Eve carregava. Eles paravam a poucos metros da casa e o líder do bando, um sujeito moreno claro, cabelos lisos, escuros e compridos soltava um assobio duplo, com uma "melodia" única. Dois segundos depois outro assobio duplo com um "musicalidade" diferente vinha de dentro da casa. Então o bando prosseguia. Chegando próximo à porta dos fundos da casa, alguém a abria. Era um rapaz, loiro, magro, com aparência entre 19 e 22 anos. Usava cabelo partido ao meio em chanel, uma modinha dos anos 90. Assim que todos entravam ele fechava a porta.

O vampiro petrificado era carregado para uma escada que descia para um porão. Todos os outros subiam rapidamente as escadas. Na parte de cima havia um corredor com algumas portas, mas um dos ambientes não havia porta. Era uma espécie de grande sala, que estava com pouca decoração e sem móveis. Exceto por um carpete no chão e algumas mochilas deixadas nos cantos das paredes. No final do cômodo uma grande janela que dava para a rua, de onde era possível acompanhar todo o movimento de quem passava do lado de fora. Uma cortina grande e escura cobria toda a janela. O líder puxava apenas o canto da cortina e dava uma olhadinha rápida lá fora. Ele soltava a cortina e pontava para o chão, no carpete, sem dizer uma única palavra.

Os membros do bando colocavam o mago no chão.
- Gerold, assuma a Weatherby Mark. Ordenava o líder ao rapaz jovem que havia aberto a porta. Ele assentia e imediatamente saía. Franchesca escutava ele saindo da casa e, com os seus sentidos ultra aguçados podia acompanhá-lo caminhando discretamente até a casa da frente, onde entrava e fechava a porta.
Enquanto isso acontecia um dos vampiros trazia uma cadeira. Em um movimento rápido e sincronizado eles retiravam toda a roupa do mago, deixando-o nú e privando-o de qualquer objeto pessoal. Eles tinham pressa em amarrá-lo a uma cadeira, algemando-o com os braços para trás e amarrando também as pernas.
- Espero que seja suficiente. Dizia a vampira loira.
- Vai ser. Confirmava o líder. - Ele vai acordar em breve.
Então o líder do bando dirigia-se para Eve e se apresntava: - Prazer! Meu nome é Lucas. Presumo que você e Kayla devem estar com mil e uma dúvidas na cabeça. Ele olhava no relógio. Em seguida para o mago. E então dizia: - Acho que temos alguns minutos. Quer perguntar alguma coisa?

Kane Sullivan; PdS: 10/12; FV: 05/05; Vit. Ferido Gravemente (contuso) -2d


Enquanto dormia o caitiff tinha um sonho. Naquele sonho havia um show de rock no corredor do apartamento dele, com várias pessoas. A banda tocava uma música do Bon Jovi, It's my life. O ex bombeiro curtia o som ao lado da vizinha idosa com quem ele tivera um momento de sexo e alimentação. Então o baterista começava a bater com mais força na bateria. E aquele "Bum-bum" da bateria ia ficando cada vez mais forte até incomodar e doer os tímpanos de Kane.

Então o vampiro acorda, ainda um pouco desorientado. Ele nota que havia algo diferente nas imediações do apartamento. Havia uma intensa movimentação de alguma coisa e estavam batendo na sua porta. Mas não com mãos e sim com algum objeto muito pesado. Então ele escutava a porta da entrada sendo arrombada. Várias vozes diziam:
"Polícia! Polícia!"

Um helicóptero pairava a alguma altura distante da sua janela e um canhão de luz entrava pelas janelas do apartamento. De fato, o apartamento do Caitiff estava sendo invadido pela polícia. E agora?

Takashi Antony Johnson; PdS: 14/15; FV: 7/7; Vit. Ok

- Boa noite Sr.?

- Alex! Respondia ele.

- Creio que ele já me conheça, ou pelo menos já tenha ouvido falar de mim. De qualquer forma ficarei encantado se tiver a oportunidade de conversar com Máximo no dia de hoje. Ele se encontra?

- Sim, ele está no escritório. Respondia Alex. Mas ele era chamado para resolver uma pendência e pedia licença saindo: - Com licença, senhor Takashi. Preciso ir.
O vampiro estava agora dentro da boate e podia explorar todo o ambiente. Uma música eletrônica era tocada e o ambiente estava lotado, tanto por rapazes quanto por moças bonitas.

Vince; PdS: 15/15; FdV: 8/8; Vitalidade: Ok

— Quero as duas!

A decisão de Vince fazia as duas mulheres abrirem um largo sorriso. Suzan que era mais dada, de fato comemorava abertamente. Meg, mais contida esboçava um sorriso. O clima de rivalidade entre elas acabava e agora elas se cumprimentavam e abraçavam amistosamente uma parabenizando a outra.

— Preciso que trabalhem para mim em caráter de pessoa jurídica. Apesar de ser sócio da JP&VM Petrollium, vocês não serão funcionárias da petroleira. Como disse no início da conversa, farão parte da minha equipe particular... Tudo bem pra vocês?

Elas respondiam concordando.

— Me mandem a pretensão salarial de vocês por mensagem... Ou melhor, o valor dos seus serviços... Vou analisar e fazer uma proposta

- Sim, senhor Mondstat! Elas respondiam.

— Boa noite! Vivian não é mesmo? Obrigado por ter vindo, sinto muito por não ter conseguido chegar a tempo. Mas o cargo acaba de ficar ocupado. Já estávamos finalizando a entrevista. Surgindo uma outra oportunidade, faremos contato.

Vivian parava na frente de Vince. Ela se recusava a ir embora. Então num tom firme ela dizia:
- Senhor Mondstat, eu sei que o senhor tem todos os motivos para me dispensar, afinal eu cheguei atrasada. Mas foi uma terrível obra do ocaso. Eu não sou essa pessoa que o senhor está pensado. Imprevistos acontecem e, algumas vezes, eles estão fora do alcance do senhor para resolvê-los. Em determinados momentos de nossa vida surgem situações em que somos apenas passageiros dentro de um trem desgovernado ou um avião em queda durante um mal tempo. Após uma pausa ela continuava:
- Senhor Mondstat, eu sou a melhor secretária que o senhor poderia ter e jamais vai encontrar alguém com a minha qualificação. Ela olhava firmemente dentro dos olhos do vampiro. Havia determinação em suas palavras.

Como Vivian havia segurando o vampiro, ele recebe as mensagens. Ao verificar vê que Meg pedia um salário de 20mil e Suzan, 25mil.

Henry Crow; Pds 06/15; FdV 07/10; Vit.: Ok
dex+1
vigor +1

-De toda forma, considerando a forma como a polícia o tratou no local em que eu preparei aquela pequena cena com o objetivo de chamar a atenção dos investigadores locais, parece-me razoável concluir que você estava lá em missão oficial da Camarilla. Estou correto?

- Parece que Alex Troy sabe escolher bem os seus emissários, hehe... Ele respondia com uma pequena risada irônica, uma risada de quem detestava mas tinha que admitir que "hassam" estava certo em seu palpite.
- Sim, detesto admitir mas você está certo... o acontecido chamou atenção da Camarilla e como algoz é meu dever checar do que se tratava o evento na igreja.

- Senhor Mondstat, eu sei que o senhor tem todos os motivos para me dispensar, afinal eu cheguei atrasada. Mas foi uma terrível obra do ocaso. Eu não sou essa pessoa que o senhor está pensado. Imprevistos acontecem e, algumas vezes, eles estão fora do alcance do senhor para resolvê-los. Em determinados momentos de nossa vida surgem situações em que somos apenas passageiros dentro de um trem desgovernado ou um avião em queda durante um mal tempo. Após uma pausa ela continuava: - Senhor Mondstat, eu sou a melhor secretária que o senhor poderia ter e jamais vai encontrar alguém com a minha qualificação.

Confesso que temia que isso acontecesse. Por outro lado, me admira a garra, confiança e argumentação dessa mulher. Talvez exista espaço para ela. Mas isso depende de um detalhe muito importante. — Confesso que estou impressionado com sua perseverança. Admiro isso. Quem luta por aquilo que quer. Você não se deixou abater pelo infortúnio do atraso. Pelo contrário. Isso te deu um gás para me bombardear com argumentos... bem... vamos lá então... Ali mesmo, de pé, faço as mesmas perguntas que fiz para Meg e Suzan a alguns minutos atrás. Uso o mesmo método de verificar a rede social.

Vince; PdS: 15/15; FdV: 8/8; Vitalidade: Ok

. — Confesso que estou impressionado com sua perseverança. Admiro isso. Quem luta por aquilo que quer. Você não se deixou abater pelo infortúnio do atraso. Pelo contrário. Isso te deu um gás para me bombardear com argumentos... bem... vamos lá então...

Vince decidia dar uma chance à candidata atrasadinha. Ela havia sido persistente e argumentou bem para convencer o vampiro a ouvi-la. Talvez valeria a pena, por que não tentar, não é mesmo? Aquilo talvez já fosse um diferencial da para as outras.

- Sou formada em Administração de empresas com MBA em Gestão de Pessoal. Também tenho especializações em psicologia, pois eu gosto da área. Fui secretária executiva da America Airlines em Denver por 6 anos e trabalhei mais 2 anos como Gerente Comercial da mesma empresa. Eu era responsável por processos importantes da empresa, como inclusive o fechamento dos contratos de compra ou aluguel de aeronaves. Também trabalhei por 1 ano como secretária executiva do último prefeito de Denver. Sou fluente em espanhol, francês, alemão, italiano, russo, chinês e português. Senhor Mondstat, meu defeito é que eu me divorciei porque comecei a gostar de mulheres.. E sou divorciada, tenho 34 anos e tenho um filho cuja guarda é compartilhada com meu ex marido. Esqueci alguma coisa, senhor?

Humm... Experiência com políticos locais... Era exatamente o que eu estava procurando. — Tem disponibilidade para trabalhar a noite? Se a resposta for sim ela estará contratada. Tem o histórico que eu quero. É boa argumentadora. Não desiste fácil... Muito determinada... gostei. Infelizmente para Meg isso é ruim. Ela de fato tem um excelente currículo também porém, achei ela tradicional demais. Considerando o meu novo leque de opções. Então é isso, Suzan me assessora durante o dia, enquanto Vivian a noite. — Então está certo Vivian. Pode começar amanhã. Não precisa vir até mim, o que preciso de você por enquanto, pode ser feito através de home office. Amanhã a noite eu faço contato. Obrigado por ter vindo e, bem vinda ao time Mondstadt. Aperto a mão dela com um sorriso no rosto. Tento ler suas emoções em relação a nova contratação. — Deixo por você redigir o contrato de trabalho que, será feito em nome da JP&VM Petrolluimm. Você será uma prestadora de serviços e não uma funcionária. Me mande o seu endereço que, amanhã passo na sua casa junto do meu advogado. Tudo bem pra você? Isso me faz lembrar que preciso de um advogado. Eu poderia pedir para ela encontrar um para mim mas, prefiro eu mesmo procurar. Aliás, já tenho um plano para isso. Terminando com Vivian, me despeço dela e, volto para Meg e Suzan.

— Desculpe a demora, ela foi bem persistente. Sento-me na poltrona diante delas novamente, desabotoando o botão do meu terno e, cruzando a perna direita sobre a esquerda. Apoio meus antebraços nos braços da poltrona e, me encontro numa posição bem confortável. — Agora é a hora que gostaria de ter uma conversa a sós com cada uma de vocês, ok? Gostaria de começar com Meg. Suzan, fique a vontade para pedir o que quiser no bar, por minha conta. Ninguém é obrigado e esperar com a boca seca, não é mesmo? Dou uma piscadela. Assim que me vejo a sós com Meg, começo a falar. [Dominação 3] — Você veio até mim cheias de expectativas, porém, minha oferta não foi aquela que você estava esperando. Decepcionada, você decidiu que não valeria a pena trabalhar para esse empresário pão duro. [Dominação 2] — Agora, você irá para sua casa, ter com seu marido e relaxar, aproveitando esse resto de noite. Espero Meg ir embora e, chamo Suzan para a conversa final.

Espero ela se sentar a minha frente e, passo para ela as mesmas orientações que passei para Vivian. Só deixo uma ressalva. Não confirmo que passarei na sua casa amanhã, explico que talvez passarei depois de amanhã... Não sei se terei tempo de passar na casa das duas na mesma noite. Acabando a conversa com Suzan, espero ela sair e saco o meu telefone. Abro meu aplicativo de mensagens, e procuro pela resposta que mandei para meu senhor na noite em que estive no Elísio dessa cidade. O comportamento do Primigéno Tremere me deixou bastante intrigado. Depois, ligo para o advogado geral da JP&VM Petrolluim lá em Londres. Já são mais de 6h da manhã em Londres, com certeza ele já está de pé... — Alô! Vince Mondstadt falando. Gostaria de uma indicação sua. Estou residindo em Denver, como bem sabe. E preciso de uma indicação para advogado. Tem algum escritório famoso no país, que tenha filial em Denver ou um nome em particular para me sugerir? Olho as horas, tentando administrar meu tempo. Logo mais estaria em meu apartamento com as garotas de programa, para receber o Primígeno Toreador. Vampiro com o qual pretendo formar uma boa aliança. Ventrue e Toreador trabalharam juntos no decorrer da história e, são os maiores responsáveis pela manutenção da Camarilla.