Jean Bernard - Brujah - Independente
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Jean Bernard - Brujah - Independente
1. Dados
Nome: Dylan
Personagem: Jean Bernard
Clã: Brujah
Natureza: Juíz
Comportamento: Juíz
Geração: 10°
Refúgio: Hotéis baratos, porões de casas abandonadas, armazéns, por ai...
Conceito: Andarilho, investigador e pesquisador.
Saldo de XP: 137/137
2. Atributos - 9/6/4
Físicos - 4
- Força: 1+1(4xp)
- Destreza: 3
- Vigor: 3
Sociais - 9
- Carisma: 5 (Eloquente e Distinto)
- Manipulação: 4 (Convincente)
- Aparência: 3
Mentais - 6
- Percepção: 3
- Inteligência: 3
- Raciocínio: 3
3. Habilidades - 16/11/7
Talentos - 11
- Prontidão: 2
- Esportes: 1+2 (6xp)
- Briga: 1+1 (2xp)
- Esquiva: 1
- Empatia: 1+2 (6xp)
- Expressão: 2
- Intimidação: 1+2 (6xp)
- Liderança:
- Manha: 1
- Lábia: 1+3 (Sedução) (10xp)
Perícias - 7
- Empatia c/ Animais:
- Ofícios:
- Condução: 1+1(2xp)
- Etiqueta: 1+1(2xp)
- Armas de Fogo: 1+1(2xp)
- Armas Brancas: 1+2(6xp)
- Performance: 1+1(2xp)
- Segurança: 1
- Furtividade: 3 (9xp)
- Sobrevivência: 1+1(2xp)
Conhecimentos - 16
- Acadêmicos: 1+1(2xp)
- Computador: 1
- Finanças: 1+1(2xp)
- Investigação: 2+1(4xp)
- Direito: 4 (Contratos)
- Linguística: 2 (Inglês e francês)
- Medicina:
- Ocultismo: 3
- Política: 2
- Ciências:
4. Vantagens
Antecedentes - 8+2(2PB)
Geração - 3
Contatos - 4 (Traficantes de armas e Hackers)
Recursos - 3
Disciplinas - 6
Presença - 3
Rapidez - 2
Potência - 1
5. Virtudes - 7
Virtudes
- Consciência: 1+2
- Autocontrole: 1+2
- Coragem: 1+3
Humanidade: 6
Força de Vontade: 4+3(3PB)
Qualidades
Madrugador (1 ponto)
Rubor de Saúde (2 pontos)
Memória Eidética (2 pontos)
Peregrino (2 pontos)
Reconhecimento Vampírico (3 pontos)
Vontade de Ferro (3 pontos)
Defeitos
Tique Nervoso (1 ponto) - Estralar os dedos.
Sono Pesado (1 ponto)
Pesadelos (1 ponto)
Equipamentos:
- Smartphone motorola - moto X
1 - Smith & Wesson M640 (.38) - dano 4 - CdT 3 - Pente 5 - B - Alcance 12
3 - Adagas de arremesso (kit) - Força+1 - B
1 - Pocket knife - Força+1 - B
1 - Maço de cigarros baratos
1 - Isqueiro zippo
Observações
- Idioma Natal: Português
- Aparência: Cabelos e olhos castanhos. Cabelo cortado curto. Magro-atlético, estatura mediana.
6. Prelúdio
Minha vida não tinha nada de muito chamativo. Eu não me destacava na sociedade. Era mais um lutando pra sobreviver, com mais motivos pra chorar do que pra sorrir e ainda assim sorrindo mais do que chorando, pois era assim que a vida era pra mim.
Eu fui uma criança travessa nas ruas de São Paulo. Em termos de altura nunca fui avantajado, mas nunca fui o menor da turma também, mas com certeza aquele que menos se destaca fisicamente (a não ser pra correr) e que era menos corajoso.
Minha adolescência e juventude não foram tão diferente.
Mesmo no princípio do século 20 já existiam valentões e eu não raramente era alvo deles, só não era mais pois conseguia não chamar a atenção deles ou mesmo desvia-la as vezes.
O mundo sempre foi dos mais fortes fisicamente. Se fosse pela seleção natural talvez eu nem estivesse aqui, ou talvez justamente por conta dela estou aqui, não importa... Essa coisa de ser vampiro foi um golpe de sorte meu ou o destino me desafiando novamente.
Vamos pra quando a coisa fica realmente interessante...
Neste ano eu terminei meus estudos e me formava advogado. Eu era um rapaz com boas notas e uma oportunidade de bolsa de pesquisa surgiu na europa. Financiada por Ruy Barbosa e outros juristas famosos e influentes os contemplados com a bolsa de pesquisa se formariam no direito europeu e americano e em troca trariam o que havia de melhor nas ciências jurídicas ao país tupiniquim.
Eu vim de família pobre mas não miserável. Não passávamos fome, mas eu não tinha perspectiva de abrir um escritório e ficar rico, com muito esforço conseguiria passar em um concurso público e ter uma vida confortável, diferente de colegas com famílias influentes e ricas, sendo assim a bolsa de pesquisa foi algo que realmente seria de muita ajuda e me possibilitaria um outro destino... E eu estava certo.
Eu já estava estudando o direito francês e sua construção histórica faziam alguns meses. Conjuntamente com as aulas de francês, que na época era uma língua muito falandano mundo, eu me exauria de tanto estudar, porém um belo dia de noite eu resolvi caminhar a noite por uma praça da Sorbonne. Todo aquele lugar estava carregado de história. Eu me sentei e uma mulher se sentou ao meu lado alguns minutos depois.
Era uma moça ruiva que aparentava ser pouco mais jovem que eu. Não era comum ver uma jovem como ela a noite desacompanhada, fiquei com medo dela logo de cara, mas algo me fez baixar a guarda, talvez o sorriso, na verdade foi a presença, mas na época eu não sabia.
Ela puxou assunto comigo, me perguntou sobre muita coisa e sobre minhas pesquisas, minhas ideias, minha maneira de ver o mundo, foi um interrogatório filosófico que durou algumas horas, mas estarna presença dela era algo tão bom. No fim ela foi caminhando pra casa e tudo que eu sabia dela era o nome.
Pouco tempo depois desta estranha conversa com a estranha e enigmática jovem de nome Élise eu terminei minha pesquisa na frança e então resolvi que expandiria meus horizontes nos EUA. Uma terra de oportunidades onde os direitos relativos aos negócios estavam em grande expansão.
Quando cheguei na terra do Tio Sam eu já havia mudado. Eu ainda era um homem esforçado e batalhador. Determinado a não ficar no fundo do poço como muitos que cresceram comigo e hoje eram meros operários. Eu escalava com as unhas pra sair da estagnação, mas meu desejo de crescimento me tornava cada vez mais egoísta e mais distante do sonho de tornar o mundo um lugar melhor pra todos. Sim, era um sonho utópico, mas por isso era um sonho e não um objetivo. Meu objetivo era poder fazer a diferença no mundo para melhora-lo, só isso.
Nos EUA eu vivenciei mais da podridão do mundo. Meu talento para conversar e convencer pessoas se mostrava, eu ganhava confiança de todos muito facilmente e empresários ricos me ofertavam muitos trabalhos, minhas pesquisas estavam indo bem mas eu precisava terminar tudo e voltar ao Brasil pra lecionar na Universade.
Em um desses muitos encontros com homens ricos eu reencontrei Élise. Curiosamente ela se lembrava de mim e de nossa conversa. Passamos todo o jantar conversando e desta vez Élise falou um pouco sobre ela, que trabalhava com investimentos em industrias de armas nos EUA, me disse algo sobre ter herdado do pai a empresa mas aquilo era tudo fachada na verdade, só que eu só descobri isso depois que era tarde. O que importa é que Élise me ofereceu a possibilidade de trabalhar com ela.
Mesmo tendo lhe explicado meus empecilhos com relação a bolsa de pesquisa ela não quis ouvir um não e me convidou gentilmente para acompanha-la até o hotel onde estava hospedada.
Ela era muito bonita e não foi difícil me convencer a ir ao quarto com ela. Você já deve imaginar o que ela fez comigo. Ela começou a me falar sobre o mundo das trevas e me explicar suas reais intenções. Ocorria que ela precisava de um bom advogado, alguém com lábia e que pudesse auxilia-la com a política da Camarilla. Sim, ela me falou sobre a Camarilla.
A grande questão de Élise para ter uma cria era a necessidade de alguém em que pudesse confiar e que tivesse a paixão e determinação necessárias. Ele viu essas coisas em mim, mesmo eu mesmo não as vendo.
Ela cravou suas presas em mim com velocidade e eu não consegui esboçar reação... Minha visão ficou turva e quando acordei eu estava envolto por uma nevoa vermelha, na verdade a minha visão estava nublada por esta nevoa vermelha. Como se eu estivesse embriagado eu fraquejei sobre meus braços. Eu prestei mais atenção no ambiente notei que estava deitado sobre o corpo de uma camareira, Élise por sua vez estava sentada ao pé da cama esperando eu me recompor. Ela disse que aquele seria meu primeiro teste... Eu devia me livrar do corpo e encontra-la em outro endereço na noite seguinte se eu não sobrevivesse eu não era digno. Como conselho ela me disse pra não dormir em um lugar desprotegido.
Ela saiu pela janela do quarto saltando e escalando por paredes e telhados com uma velocidade assustadora, eu não sabia se alguém podia se mover assim. Eu me sentia em um pesadelo horrível. Eu estava sentindo um misto de medo e vergonha. No desespero eu enfiei o corpo no armário, minhas roupas estavam ensanguentadas e saltar pela janela como Élise era suicídio, se eu caísse estaria morto, ao menos na minha mente naquele momento, eu estava no 5° andar, então eu tentei lavar meu rosto no banheiro e sair como Élise, mas com mais cautela. Eu sentia muito medo de saltar para outra varanda de outro quarto. Não tive escolha e o medo me fez recuar. Andei pelos corredores do hotel buscando uma saída discreta e implorando pra não ser visto, quando cheguei ao hall de entrada do hotel eu olhei firmemente pro porta e corri o máximo que pude e por incrível que pareça eu realmente era muito rápido, menos que Élise mas ainda assim muito rápido para os seguranças do hotel. Eu corri pelas ruas de New York sem saber onde me esconder. Eu corri muito mais do que aguentava antes. Naquela noite eu entendi que poderia ser bem mais forte do que achava que fosse. Chegar no endereço não era possível antes do nascer do sol então me escondi em no porão de uma casa abandonada.
A poeira não incomodava meu nariz, o sol nascia e meu sono me dominava, eu me escondi entre algumas caixas de madeira ou algo assim e adormeci.
Eu acordei assustado com o som de algo caindo. Alguma luz entrava por uma pequena janela do porão. Parecia que a casa estava sendo habitada por mendigos que quebraram uma caixa. Quando me viram tentaram me expulsar de lá, eu resisti e disse que não queria problema, só um lugar pra dormir até a noite e que depois iria deixar o lugar, mas eles então queriam meus poucos pertences e começaram a me agredir, eu resisti nos primeiros golpes, mas foi então que a Besta tomou conta de mim novamente. A nevoa vermelha em minha visão não me permitia enxergar os membros arrancados e tudo que eu estava fazendo, no fim eu estava um pouco chamuscado do Sol mas tinha uma bela refeição. Dois mendigos. Voltei a dormir e fui assombrado em meus sonhos pelas mortes que causei.
Quando eu finalmente cheguei ao endereço que Élise me forneceu me deparei com um armazém abandonado, adentrei o local onde encontrei minha senhora e outros membros do clã aos quais fui formalmente apresentado. Todos faziam um tipo muito primitivo ou até mesmo criminoso e riram da minha condição, mas quando Élise disse eu seria útil os risos cessaram e o que ficou foi só um olhar de desconfiança.
Eu mudei de nome e desapareci pro mundo mortal que antes conhecia. Meu nome agora é Jean Bernard. Meu nome antigo era Bernardo Oliveira então não perdi a essência.
Com meus conhecimentos em Direito ajudei Élise a expandir sua influência tanto em New York como na França e em São Paulo. Descobri que ela me observava desde o Brasil e que foi ela quem manipulou pessoas pra me fazer trilhar o caminho até a Europa e posteriormente até a America.
Ela não era uma Brujah convencional, a maioria do clã é bem enérgica e explosiva. Não sabem se portar, eu na verdade penso que eles não querem se portar bem.
Na década de 70 minha senhora encontrou a morte final nas mãos de outros membros que achavam que ela tinha sido muito ambiciosa. Anciões revoltados que encobriram bem o seu rastro mas tiveram a decência de colocar a culpa em um Sabá que foi executado sumariamente sem possibilidade de defesa. Depois disso me vi sem propósito.
Resolvi viajar pelo mundo e visitei lugares como a Índia e a Inglaterra. Passei pela Aústria e pelo país de Gales. Conheci membros de todos os tipos e de todas as seitas, vi aparições e lupinos, fui caçado por padres e vampiros orientais. Fiquei fascinado com a variedade de horror que existia no mundo.
Meus problemas com a besta se tornaram mais frequentes e me vi forçado a controlar-me mais se quisesse viver em sociedade, mesmo que esta sociedade fosse a Camarilla.
Desde os anos 90 quando retornei aos EUA tenho andado de um Estado pra outro sem muito propósito. Me envolvi com muitos Brujahs em Los Angeles pra me inteirar sobre a anarquia da costa oeste, seus medos e suas ambições, enfim entender a mentalidade deles e por fim desisti após alguns anos, os coitados não sabem o que fazem, apenas lutam por um pedaço de terra como se ainda vivessem na idade média. O lado bom foi que nos anos que permaneci em LA fui ensinado em várias artes de combate e fiz contatos valiosos desde hackers até traficantes de armas que atuam por todo o país, mas como não mantenho um refúgio fixo eu não tenho muita influência em lugar algum, sou só um cainita vivendo e aprendendo sobre o mundo das trevas, buscando um sentido nisso tudo ao invés de ficar brigando contra sistemas falidos.
Sou um dos poucos Brujah que dizem ser independentes e não anarquistas. Como muitas nem acham que eu sou um Brujah a primeira vista, até pelo fato de eu ter uma tonalidade mais humana de pele nem chegam a achar que sou membro.
Estou buscando um sentido para isso tudo ainda. Ouvi dizer em uma Algaravia certa vez sobre uma sociedade equilibrada entre cainitas e humanos em Cártago, quero investigar sobre isto.
Expandir a influência de Élise me rendeu tantos "prêmios" financeiros que eu pude financiar minhas viagens, porém hoje tenho que manter o "fluxo de caixa" da maneira que posso. Como não posso mais advogar por questões óbvias, eu tenho trabalho com investigações, tanto para mortais quanto para membros.
Oficialmente não sou um membro do Sabá, mas também não sou um sócio de carteirinha da Camarilla. Acho que me encaixo na definição de Autarca, se bem que prefiro o termo independente. Não se envolver na Jyhad é difícil mas é a melhor coisa que um vampiro pode fazer em tempos loucos como estes.
7. Banco de Dados
- 70xp (Ancilae)
- 4xp (Atributos)
- 30xp (Talentos)
- 25xp (Perícias)
- 8xp (conhecimentos)
Nome: Dylan
Personagem: Jean Bernard
Clã: Brujah
Natureza: Juíz
Comportamento: Juíz
Geração: 10°
Refúgio: Hotéis baratos, porões de casas abandonadas, armazéns, por ai...
Conceito: Andarilho, investigador e pesquisador.
Saldo de XP: 137/137
2. Atributos - 9/6/4
Físicos - 4
- Força: 1+1(4xp)
- Destreza: 3
- Vigor: 3
Sociais - 9
- Carisma: 5 (Eloquente e Distinto)
- Manipulação: 4 (Convincente)
- Aparência: 3
Mentais - 6
- Percepção: 3
- Inteligência: 3
- Raciocínio: 3
3. Habilidades - 16/11/7
Talentos - 11
- Prontidão: 2
- Esportes: 1+2 (6xp)
- Briga: 1+1 (2xp)
- Esquiva: 1
- Empatia: 1+2 (6xp)
- Expressão: 2
- Intimidação: 1+2 (6xp)
- Liderança:
- Manha: 1
- Lábia: 1+3 (Sedução) (10xp)
Perícias - 7
- Empatia c/ Animais:
- Ofícios:
- Condução: 1+1(2xp)
- Etiqueta: 1+1(2xp)
- Armas de Fogo: 1+1(2xp)
- Armas Brancas: 1+2(6xp)
- Performance: 1+1(2xp)
- Segurança: 1
- Furtividade: 3 (9xp)
- Sobrevivência: 1+1(2xp)
Conhecimentos - 16
- Acadêmicos: 1+1(2xp)
- Computador: 1
- Finanças: 1+1(2xp)
- Investigação: 2+1(4xp)
- Direito: 4 (Contratos)
- Linguística: 2 (Inglês e francês)
- Medicina:
- Ocultismo: 3
- Política: 2
- Ciências:
4. Vantagens
Antecedentes - 8+2(2PB)
Geração - 3
Contatos - 4 (Traficantes de armas e Hackers)
Recursos - 3
Disciplinas - 6
Presença - 3
Rapidez - 2
Potência - 1
5. Virtudes - 7
Virtudes
- Consciência: 1+2
- Autocontrole: 1+2
- Coragem: 1+3
Humanidade: 6
Força de Vontade: 4+3(3PB)
Qualidades
Madrugador (1 ponto)
Rubor de Saúde (2 pontos)
Memória Eidética (2 pontos)
Peregrino (2 pontos)
Reconhecimento Vampírico (3 pontos)
Vontade de Ferro (3 pontos)
Defeitos
Tique Nervoso (1 ponto) - Estralar os dedos.
Sono Pesado (1 ponto)
Pesadelos (1 ponto)
Equipamentos:
- Smartphone motorola - moto X
1 - Smith & Wesson M640 (.38) - dano 4 - CdT 3 - Pente 5 - B - Alcance 12
- Spoiler:
3 - Adagas de arremesso (kit) - Força+1 - B
- Spoiler:
1 - Pocket knife - Força+1 - B
- Spoiler:
1 - Maço de cigarros baratos
1 - Isqueiro zippo
Observações
- Idioma Natal: Português
- Aparência: Cabelos e olhos castanhos. Cabelo cortado curto. Magro-atlético, estatura mediana.
6. Prelúdio
Minha vida não tinha nada de muito chamativo. Eu não me destacava na sociedade. Era mais um lutando pra sobreviver, com mais motivos pra chorar do que pra sorrir e ainda assim sorrindo mais do que chorando, pois era assim que a vida era pra mim.
Eu fui uma criança travessa nas ruas de São Paulo. Em termos de altura nunca fui avantajado, mas nunca fui o menor da turma também, mas com certeza aquele que menos se destaca fisicamente (a não ser pra correr) e que era menos corajoso.
Minha adolescência e juventude não foram tão diferente.
Mesmo no princípio do século 20 já existiam valentões e eu não raramente era alvo deles, só não era mais pois conseguia não chamar a atenção deles ou mesmo desvia-la as vezes.
O mundo sempre foi dos mais fortes fisicamente. Se fosse pela seleção natural talvez eu nem estivesse aqui, ou talvez justamente por conta dela estou aqui, não importa... Essa coisa de ser vampiro foi um golpe de sorte meu ou o destino me desafiando novamente.
Vamos pra quando a coisa fica realmente interessante...
1907 - São Paulo/Brasil
Neste ano eu terminei meus estudos e me formava advogado. Eu era um rapaz com boas notas e uma oportunidade de bolsa de pesquisa surgiu na europa. Financiada por Ruy Barbosa e outros juristas famosos e influentes os contemplados com a bolsa de pesquisa se formariam no direito europeu e americano e em troca trariam o que havia de melhor nas ciências jurídicas ao país tupiniquim.
Eu vim de família pobre mas não miserável. Não passávamos fome, mas eu não tinha perspectiva de abrir um escritório e ficar rico, com muito esforço conseguiria passar em um concurso público e ter uma vida confortável, diferente de colegas com famílias influentes e ricas, sendo assim a bolsa de pesquisa foi algo que realmente seria de muita ajuda e me possibilitaria um outro destino... E eu estava certo.
1909 - França
Eu já estava estudando o direito francês e sua construção histórica faziam alguns meses. Conjuntamente com as aulas de francês, que na época era uma língua muito falandano mundo, eu me exauria de tanto estudar, porém um belo dia de noite eu resolvi caminhar a noite por uma praça da Sorbonne. Todo aquele lugar estava carregado de história. Eu me sentei e uma mulher se sentou ao meu lado alguns minutos depois.
Era uma moça ruiva que aparentava ser pouco mais jovem que eu. Não era comum ver uma jovem como ela a noite desacompanhada, fiquei com medo dela logo de cara, mas algo me fez baixar a guarda, talvez o sorriso, na verdade foi a presença, mas na época eu não sabia.
Ela puxou assunto comigo, me perguntou sobre muita coisa e sobre minhas pesquisas, minhas ideias, minha maneira de ver o mundo, foi um interrogatório filosófico que durou algumas horas, mas estarna presença dela era algo tão bom. No fim ela foi caminhando pra casa e tudo que eu sabia dela era o nome.
Pouco tempo depois desta estranha conversa com a estranha e enigmática jovem de nome Élise eu terminei minha pesquisa na frança e então resolvi que expandiria meus horizontes nos EUA. Uma terra de oportunidades onde os direitos relativos aos negócios estavam em grande expansão.
1911 - EUA
Quando cheguei na terra do Tio Sam eu já havia mudado. Eu ainda era um homem esforçado e batalhador. Determinado a não ficar no fundo do poço como muitos que cresceram comigo e hoje eram meros operários. Eu escalava com as unhas pra sair da estagnação, mas meu desejo de crescimento me tornava cada vez mais egoísta e mais distante do sonho de tornar o mundo um lugar melhor pra todos. Sim, era um sonho utópico, mas por isso era um sonho e não um objetivo. Meu objetivo era poder fazer a diferença no mundo para melhora-lo, só isso.
Nos EUA eu vivenciei mais da podridão do mundo. Meu talento para conversar e convencer pessoas se mostrava, eu ganhava confiança de todos muito facilmente e empresários ricos me ofertavam muitos trabalhos, minhas pesquisas estavam indo bem mas eu precisava terminar tudo e voltar ao Brasil pra lecionar na Universade.
Em um desses muitos encontros com homens ricos eu reencontrei Élise. Curiosamente ela se lembrava de mim e de nossa conversa. Passamos todo o jantar conversando e desta vez Élise falou um pouco sobre ela, que trabalhava com investimentos em industrias de armas nos EUA, me disse algo sobre ter herdado do pai a empresa mas aquilo era tudo fachada na verdade, só que eu só descobri isso depois que era tarde. O que importa é que Élise me ofereceu a possibilidade de trabalhar com ela.
Mesmo tendo lhe explicado meus empecilhos com relação a bolsa de pesquisa ela não quis ouvir um não e me convidou gentilmente para acompanha-la até o hotel onde estava hospedada.
Ela era muito bonita e não foi difícil me convencer a ir ao quarto com ela. Você já deve imaginar o que ela fez comigo. Ela começou a me falar sobre o mundo das trevas e me explicar suas reais intenções. Ocorria que ela precisava de um bom advogado, alguém com lábia e que pudesse auxilia-la com a política da Camarilla. Sim, ela me falou sobre a Camarilla.
A grande questão de Élise para ter uma cria era a necessidade de alguém em que pudesse confiar e que tivesse a paixão e determinação necessárias. Ele viu essas coisas em mim, mesmo eu mesmo não as vendo.
Ela cravou suas presas em mim com velocidade e eu não consegui esboçar reação... Minha visão ficou turva e quando acordei eu estava envolto por uma nevoa vermelha, na verdade a minha visão estava nublada por esta nevoa vermelha. Como se eu estivesse embriagado eu fraquejei sobre meus braços. Eu prestei mais atenção no ambiente notei que estava deitado sobre o corpo de uma camareira, Élise por sua vez estava sentada ao pé da cama esperando eu me recompor. Ela disse que aquele seria meu primeiro teste... Eu devia me livrar do corpo e encontra-la em outro endereço na noite seguinte se eu não sobrevivesse eu não era digno. Como conselho ela me disse pra não dormir em um lugar desprotegido.
O início
Ela saiu pela janela do quarto saltando e escalando por paredes e telhados com uma velocidade assustadora, eu não sabia se alguém podia se mover assim. Eu me sentia em um pesadelo horrível. Eu estava sentindo um misto de medo e vergonha. No desespero eu enfiei o corpo no armário, minhas roupas estavam ensanguentadas e saltar pela janela como Élise era suicídio, se eu caísse estaria morto, ao menos na minha mente naquele momento, eu estava no 5° andar, então eu tentei lavar meu rosto no banheiro e sair como Élise, mas com mais cautela. Eu sentia muito medo de saltar para outra varanda de outro quarto. Não tive escolha e o medo me fez recuar. Andei pelos corredores do hotel buscando uma saída discreta e implorando pra não ser visto, quando cheguei ao hall de entrada do hotel eu olhei firmemente pro porta e corri o máximo que pude e por incrível que pareça eu realmente era muito rápido, menos que Élise mas ainda assim muito rápido para os seguranças do hotel. Eu corri pelas ruas de New York sem saber onde me esconder. Eu corri muito mais do que aguentava antes. Naquela noite eu entendi que poderia ser bem mais forte do que achava que fosse. Chegar no endereço não era possível antes do nascer do sol então me escondi em no porão de uma casa abandonada.
A poeira não incomodava meu nariz, o sol nascia e meu sono me dominava, eu me escondi entre algumas caixas de madeira ou algo assim e adormeci.
Eu acordei assustado com o som de algo caindo. Alguma luz entrava por uma pequena janela do porão. Parecia que a casa estava sendo habitada por mendigos que quebraram uma caixa. Quando me viram tentaram me expulsar de lá, eu resisti e disse que não queria problema, só um lugar pra dormir até a noite e que depois iria deixar o lugar, mas eles então queriam meus poucos pertences e começaram a me agredir, eu resisti nos primeiros golpes, mas foi então que a Besta tomou conta de mim novamente. A nevoa vermelha em minha visão não me permitia enxergar os membros arrancados e tudo que eu estava fazendo, no fim eu estava um pouco chamuscado do Sol mas tinha uma bela refeição. Dois mendigos. Voltei a dormir e fui assombrado em meus sonhos pelas mortes que causei.
Quando eu finalmente cheguei ao endereço que Élise me forneceu me deparei com um armazém abandonado, adentrei o local onde encontrei minha senhora e outros membros do clã aos quais fui formalmente apresentado. Todos faziam um tipo muito primitivo ou até mesmo criminoso e riram da minha condição, mas quando Élise disse eu seria útil os risos cessaram e o que ficou foi só um olhar de desconfiança.
Primeiros anos e além
Eu mudei de nome e desapareci pro mundo mortal que antes conhecia. Meu nome agora é Jean Bernard. Meu nome antigo era Bernardo Oliveira então não perdi a essência.
Com meus conhecimentos em Direito ajudei Élise a expandir sua influência tanto em New York como na França e em São Paulo. Descobri que ela me observava desde o Brasil e que foi ela quem manipulou pessoas pra me fazer trilhar o caminho até a Europa e posteriormente até a America.
Ela não era uma Brujah convencional, a maioria do clã é bem enérgica e explosiva. Não sabem se portar, eu na verdade penso que eles não querem se portar bem.
Na década de 70 minha senhora encontrou a morte final nas mãos de outros membros que achavam que ela tinha sido muito ambiciosa. Anciões revoltados que encobriram bem o seu rastro mas tiveram a decência de colocar a culpa em um Sabá que foi executado sumariamente sem possibilidade de defesa. Depois disso me vi sem propósito.
Resolvi viajar pelo mundo e visitei lugares como a Índia e a Inglaterra. Passei pela Aústria e pelo país de Gales. Conheci membros de todos os tipos e de todas as seitas, vi aparições e lupinos, fui caçado por padres e vampiros orientais. Fiquei fascinado com a variedade de horror que existia no mundo.
Meus problemas com a besta se tornaram mais frequentes e me vi forçado a controlar-me mais se quisesse viver em sociedade, mesmo que esta sociedade fosse a Camarilla.
Ultimamente
Desde os anos 90 quando retornei aos EUA tenho andado de um Estado pra outro sem muito propósito. Me envolvi com muitos Brujahs em Los Angeles pra me inteirar sobre a anarquia da costa oeste, seus medos e suas ambições, enfim entender a mentalidade deles e por fim desisti após alguns anos, os coitados não sabem o que fazem, apenas lutam por um pedaço de terra como se ainda vivessem na idade média. O lado bom foi que nos anos que permaneci em LA fui ensinado em várias artes de combate e fiz contatos valiosos desde hackers até traficantes de armas que atuam por todo o país, mas como não mantenho um refúgio fixo eu não tenho muita influência em lugar algum, sou só um cainita vivendo e aprendendo sobre o mundo das trevas, buscando um sentido nisso tudo ao invés de ficar brigando contra sistemas falidos.
Sou um dos poucos Brujah que dizem ser independentes e não anarquistas. Como muitas nem acham que eu sou um Brujah a primeira vista, até pelo fato de eu ter uma tonalidade mais humana de pele nem chegam a achar que sou membro.
Estou buscando um sentido para isso tudo ainda. Ouvi dizer em uma Algaravia certa vez sobre uma sociedade equilibrada entre cainitas e humanos em Cártago, quero investigar sobre isto.
Expandir a influência de Élise me rendeu tantos "prêmios" financeiros que eu pude financiar minhas viagens, porém hoje tenho que manter o "fluxo de caixa" da maneira que posso. Como não posso mais advogar por questões óbvias, eu tenho trabalho com investigações, tanto para mortais quanto para membros.
Oficialmente não sou um membro do Sabá, mas também não sou um sócio de carteirinha da Camarilla. Acho que me encaixo na definição de Autarca, se bem que prefiro o termo independente. Não se envolver na Jyhad é difícil mas é a melhor coisa que um vampiro pode fazer em tempos loucos como estes.
7. Banco de Dados
- 70xp (Ancilae)
- 4xp (Atributos)
- 30xp (Talentos)
- 25xp (Perícias)
- 8xp (conhecimentos)
Undead Freak- Data de inscrição : 02/05/2013
Idade : 35
Localização : São Paulo - SP
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