Preludio de Douglas colega de mesa
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Preludio de Douglas colega de mesa
"A Cidade Marcada"... Um conto Tremere
O portão de mármore se abre propositalmente no marcar da primeira vigília. Ao levantar a minha movimentação é estranha, não sinto mais nada ao acordar e com um dialeto morto a argila enriquece o vigor, mesclando-se a minha própria pele.
O alimento que estivera preso e sedentário sacia novamente a fome que cresce. Geburah não acordará hoje, poucas vezes o mesmo tomou o controle e sou capaz de qualquer coisa para não deixá-lo vencer, pois não importa os danos materiais ou psicológicos que venha a sofrer, minha existência depende de seu controle.
Principalmente entre aqueles que precisam de sua cognição em perfeito estado: Nós os Feiticeiros do Sangue.
É Terça Feira e tenho que me organizar. Mesmo a Capela estando próxima de minha residência, pode ocorrer imprevistos. Tanta destruição programada, tantas sabotagens sendo tramadas diante de nossos olhos, me pergunto como muitos tentam manter seus preceitos mortais, agindo com seu falso moralismo. De fato, sinto que algo mal cresce dentro de minha consciência e devo confessar que perdi o deslumbre pela humanidade, mas tenho certeza que não tem nada a ver com a Besta.
Vitória, minha Carniçal, prepara o carro, e já deixa tudo organizado, pois provavelmente não conseguirei dirigir com toda essa multidão. As prévias carnavelascas em Olinda me deixam atordoado e ainda me lembro da vez em que Geburah acordou nas primeiras noites de abraço, há exatos 38 anos e as torturas em que meu Senhor, que era um sádico perito no assunto, me fez experimentar por minha falta de controle em um local com muitas pessoas.
Como tenho uma resistência à dor, estouro os meus tímpanos e peço para que ela me guie até lá. Mesmo surdo, consigo sentir o medo dos inquietos, o Mundo dos Mortos está marcado, eu posso sentir; E a Umbra sofrera tantas mudanças que um especialista do assunto ficaria completamente perdido.
"Feliz é o Leito em que nenhum feiticeiro padeceu, pois maldito é o solo onde os pensamentos mortos rapidamente se tornam novos e estranhamente incorporados, pois o mal é a mente que nenhum crânio aprisiona."
O poder do Sangue nos possibilita realizar milagres com pequenos gestos e expressões, mas mentes totalmente sagazes e deturpadamente "brilhantes" conseguiriam fazer coisas absurdas. E acho difícil mapear ou descobrir o que houve com o conhecimento dos que viveram aqui e desapareceram subitamente, pois muitos devem ter conseguido maneiras bastante desconvêncionais para manterem-se existindo.
Estou chegando, sinto que a porta destravou, faço o Sangue cobrir os ferimentos no ouvido e saio do carro. Sinto que o seu Guardião notificou minha presença, pois consigo sentir seu movimento entre as paredes, sei que ele está dentro da Casa e ao chegar vislumbro as nuances do local, consigo sentir seu poder sem estar em sua presença, Gaius Lepidus.
Gaius é um dos membros mais velhos e respeitados no qual já estive presente dentro do clã. Os exagerados rumores a seu respeito não são nem sombra do seu real potencial, visto que ele é um Magus, e deve possuir segredos incomensuráveis em relação ao poder e magia do sangue.
Ao cruzar a entrada da Casa, sinto que já estou em meu quarto, onde me aguarda um medalhão e um manto. O mais interessante é que não estou surpreso, pois já presenciei tal recepção diversas vezes.
Hoje ele cobrará atitudes, não o conheço bem, nem possuo laço algum de afetividade, mas ele está no topo e não cabe a mim, nem a nenhum dos convidados ousar questionar esta autoridade. Esta é nossa sina, união e obediência, mesmo que isso seja passível de interpretação e diversas contradições, nos mantém vivos até hoje.
O portão de mármore se abre propositalmente no marcar da primeira vigília. Ao levantar a minha movimentação é estranha, não sinto mais nada ao acordar e com um dialeto morto a argila enriquece o vigor, mesclando-se a minha própria pele.
O alimento que estivera preso e sedentário sacia novamente a fome que cresce. Geburah não acordará hoje, poucas vezes o mesmo tomou o controle e sou capaz de qualquer coisa para não deixá-lo vencer, pois não importa os danos materiais ou psicológicos que venha a sofrer, minha existência depende de seu controle.
Principalmente entre aqueles que precisam de sua cognição em perfeito estado: Nós os Feiticeiros do Sangue.
É Terça Feira e tenho que me organizar. Mesmo a Capela estando próxima de minha residência, pode ocorrer imprevistos. Tanta destruição programada, tantas sabotagens sendo tramadas diante de nossos olhos, me pergunto como muitos tentam manter seus preceitos mortais, agindo com seu falso moralismo. De fato, sinto que algo mal cresce dentro de minha consciência e devo confessar que perdi o deslumbre pela humanidade, mas tenho certeza que não tem nada a ver com a Besta.
Vitória, minha Carniçal, prepara o carro, e já deixa tudo organizado, pois provavelmente não conseguirei dirigir com toda essa multidão. As prévias carnavelascas em Olinda me deixam atordoado e ainda me lembro da vez em que Geburah acordou nas primeiras noites de abraço, há exatos 38 anos e as torturas em que meu Senhor, que era um sádico perito no assunto, me fez experimentar por minha falta de controle em um local com muitas pessoas.
Como tenho uma resistência à dor, estouro os meus tímpanos e peço para que ela me guie até lá. Mesmo surdo, consigo sentir o medo dos inquietos, o Mundo dos Mortos está marcado, eu posso sentir; E a Umbra sofrera tantas mudanças que um especialista do assunto ficaria completamente perdido.
"Feliz é o Leito em que nenhum feiticeiro padeceu, pois maldito é o solo onde os pensamentos mortos rapidamente se tornam novos e estranhamente incorporados, pois o mal é a mente que nenhum crânio aprisiona."
O poder do Sangue nos possibilita realizar milagres com pequenos gestos e expressões, mas mentes totalmente sagazes e deturpadamente "brilhantes" conseguiriam fazer coisas absurdas. E acho difícil mapear ou descobrir o que houve com o conhecimento dos que viveram aqui e desapareceram subitamente, pois muitos devem ter conseguido maneiras bastante desconvêncionais para manterem-se existindo.
Estou chegando, sinto que a porta destravou, faço o Sangue cobrir os ferimentos no ouvido e saio do carro. Sinto que o seu Guardião notificou minha presença, pois consigo sentir seu movimento entre as paredes, sei que ele está dentro da Casa e ao chegar vislumbro as nuances do local, consigo sentir seu poder sem estar em sua presença, Gaius Lepidus.
Gaius é um dos membros mais velhos e respeitados no qual já estive presente dentro do clã. Os exagerados rumores a seu respeito não são nem sombra do seu real potencial, visto que ele é um Magus, e deve possuir segredos incomensuráveis em relação ao poder e magia do sangue.
Ao cruzar a entrada da Casa, sinto que já estou em meu quarto, onde me aguarda um medalhão e um manto. O mais interessante é que não estou surpreso, pois já presenciei tal recepção diversas vezes.
Hoje ele cobrará atitudes, não o conheço bem, nem possuo laço algum de afetividade, mas ele está no topo e não cabe a mim, nem a nenhum dos convidados ousar questionar esta autoridade. Esta é nossa sina, união e obediência, mesmo que isso seja passível de interpretação e diversas contradições, nos mantém vivos até hoje.
Nanda- Data de inscrição : 23/07/2014
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