A Mentira.
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A Mentira.
Eu sou David Grahan, emérito conselheiro de sua majestade o Príncipe Giuliam, e são nessas horas que sinto uma vontade louca de perder a compostura e enviar esses malditos para o quinto do inferno, mas não, tenho de manter a compostura, manter a porra da dignidade, mesmo quando estou com um círculo de neófitos furiosos porque um dos seus foi destruído por um dos oficiais, o algoz. Eu por um acaso sou babá de alguém, esse imbecis acham que essa merda é uma democracia, mas adivinhe só sua mula de sangue fraco, essa merda é um feudalismo comandado por assassinos psicopatas sugadores de sangue. Mas não posso lhes dizer isso, me limito a lamentar a perda, ´´ choro com os senhores o incidente, eu pessoalmente vou investigar o caso, vou levar a conhecimento de sua majestade´´ como se isso fizesse alguma diferença, eles estão furiosos, quebram minha mesa, atacaram um dos meus carniçais.
Eu perco a paciência e os mato certo? ERRADO! Eu os convenço, falando por horas a fio na noite, finjo interesse, lamento a perda, tomo notas, tudo isso sem mais sangue, sem mais violência, odiaria que sua majestade puxasse minha orelha por incapacidade de reagir com cautela em uma situação tão doméstica.
È para isso que sou pago, ouvir reclamações, tomar notas, organizar agenda da corte, vigiar os rivais da corte, e não, não me envolvo nos assuntos militares, o Xerife Quabad é remunerado para isso.
Pode parecer simples, mas essas tarefas, não são. Gasto noites ouvindo reclamações, queijas melodramáticas de uns mimados que querem a atenção da corte, observo na escuridão quando o príncipe discursa, ou tem conversas privadas com membros considerados poderosos, a essa altura sei mais sobre a cidade do que o letárgico príncipe Giullian, e isso senhores é algo do qual todos vão se arrepender.
Meu nome não é David Grahan, esqueci meu nome a tempos atras, quando fui abraçado, quando aquela pá acertou minha cabeça e cai corpo e sangue na terra molhada do cemitério, passei dias soterrado, pesadelos invadiram minha mente, dizem que fiquei apenas dois dias e duas noites, me pareceu décadas, e isso foi a quase cem anos. Fui enviado para cá, eu era uma porra de um desajustado em uma seita de desajustados, eu era sociável demais, meu bando me abandonou em um cerco com vergonha de mim, ok, o fato do Ductus me odiar ajudou um bocado esse abandono. Não fiquei chateado, tá, fiquei sim, mesmo porque por algum motivo bizarro os delinquentes da Mão Negra que participavam do assalto me resgataram, eu confesso fiquei chateado sim, tanto que nosso ductus faleceu noites depois dedurado por alguém, claro que fui eu.
Eu sempre fui um lixo e continuo sendo, e fui o lixo da Mão Negra, o animal de estimação dos bastardos dos quais hoje chamo de irmãos e irmãs, não vou me lamentar aqui, a última vez que chorei foi quando partiram minha cabeça com uma pá, provei me u vamor, ascendi na Mão Negra, e um maldito Bispo de dentro de sua mansão apodrecida resolveu que era hora de tomar das mãos cobertas de luvas de pelica do Giuliam a sua maldita cidade, e olha que feliz coincidência, o puto do Bispo, recorreu a Mão em busca de um espião e cabum...eles me enviaram, e cá estou, por anos enviando relatórios secretos, geralmente digo ao príncipe que preciso de um final de semana de folga para visitar minha cidade natal na Europa, e assim parto para Montreal, e lá emito um relatório razoável para meus irmãos e irmãs da Mão, que por seu turno envia para os Priscus, bispo e Arcebispo.
Eu perco a paciência e os mato certo? ERRADO! Eu os convenço, falando por horas a fio na noite, finjo interesse, lamento a perda, tomo notas, tudo isso sem mais sangue, sem mais violência, odiaria que sua majestade puxasse minha orelha por incapacidade de reagir com cautela em uma situação tão doméstica.
È para isso que sou pago, ouvir reclamações, tomar notas, organizar agenda da corte, vigiar os rivais da corte, e não, não me envolvo nos assuntos militares, o Xerife Quabad é remunerado para isso.
Pode parecer simples, mas essas tarefas, não são. Gasto noites ouvindo reclamações, queijas melodramáticas de uns mimados que querem a atenção da corte, observo na escuridão quando o príncipe discursa, ou tem conversas privadas com membros considerados poderosos, a essa altura sei mais sobre a cidade do que o letárgico príncipe Giullian, e isso senhores é algo do qual todos vão se arrepender.
Meu nome não é David Grahan, esqueci meu nome a tempos atras, quando fui abraçado, quando aquela pá acertou minha cabeça e cai corpo e sangue na terra molhada do cemitério, passei dias soterrado, pesadelos invadiram minha mente, dizem que fiquei apenas dois dias e duas noites, me pareceu décadas, e isso foi a quase cem anos. Fui enviado para cá, eu era uma porra de um desajustado em uma seita de desajustados, eu era sociável demais, meu bando me abandonou em um cerco com vergonha de mim, ok, o fato do Ductus me odiar ajudou um bocado esse abandono. Não fiquei chateado, tá, fiquei sim, mesmo porque por algum motivo bizarro os delinquentes da Mão Negra que participavam do assalto me resgataram, eu confesso fiquei chateado sim, tanto que nosso ductus faleceu noites depois dedurado por alguém, claro que fui eu.
Eu sempre fui um lixo e continuo sendo, e fui o lixo da Mão Negra, o animal de estimação dos bastardos dos quais hoje chamo de irmãos e irmãs, não vou me lamentar aqui, a última vez que chorei foi quando partiram minha cabeça com uma pá, provei me u vamor, ascendi na Mão Negra, e um maldito Bispo de dentro de sua mansão apodrecida resolveu que era hora de tomar das mãos cobertas de luvas de pelica do Giuliam a sua maldita cidade, e olha que feliz coincidência, o puto do Bispo, recorreu a Mão em busca de um espião e cabum...eles me enviaram, e cá estou, por anos enviando relatórios secretos, geralmente digo ao príncipe que preciso de um final de semana de folga para visitar minha cidade natal na Europa, e assim parto para Montreal, e lá emito um relatório razoável para meus irmãos e irmãs da Mão, que por seu turno envia para os Priscus, bispo e Arcebispo.
@nonimous- Data de inscrição : 01/06/2011
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