Vampiros - A Máscara
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Nova Iorque está me matando - Parte Um

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Mensagem por Samuka Sáb maio 04, 2019 1:26 am



É impossível não ouvir New York City e não vir à mente, imediatamente, imagens dessa megalópoles. E mais, é quase, senão impossível sua conotação coincidir com de duas pessoas - para um, ela é um antro de sujeira; para outro, ela é um pólo cultural. Já para um terceiro, é um paraíso financeiro; e, para um quarto, é um grande cortiço. Essa é a Gotham, a Big Apple, o portal da América e a cidade que nunca dorme. Ela é um ícone de esperança e desespero, uma cidade onde se custa dois mil dólares para alugar um apartamento e, provavelmente, quatro milhões de nova iorquinos não ganham isso num mês. É a cidade reformulada por Giuliani do inferno que era a de Koch. É a filha de Sam cheia de galerias subterrâneas. Ela é tudo isso, ou mais que isso, ou então um pouco disso, ou nada disso.


Vagam sem saber que o inimigo caminha ao lado, espreitando e querendo os abater. Pelas ruas de New York vejo a morte, vejo ela nela e em vocês. Não há nada que eu possa fazer. A chuva cai. Molha o asfalto, a floresta de concreto. A escuridão toma New York, e não há nada que possamos fazer. Enquanto isso, em algum lugar da Upper Bay, Theon busca se desprender; do Bronx, Dezmond tenta amenizar a merda que fez; em Setauket, Antony procura pela peça que vai fazer a Camarilla descer; e, em Manhattan, Eric toca piano, e seu lacaio se joga no prazer que a noite pode oferecer, mesmo sem saber das criaturas que surgem após o anoitecer.
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Mensagem por Samuka Sáb maio 04, 2019 12:04 pm

Eric



O que seria de um artista sem os espectadores; sem os olhos, inocentemente, curiosos daqueles que não sabem o que a arte poderá provocar em suas mentes? Idolatração é algo que todo Toreador cobiça, e a forma que se dará é irrelevante. Seria diferente com Eric? Claro que não. Ele cria que no fundo estava extravasando suas angústias, as quais todas desembocavam em Barbara. Talvez fosse, ou talvez fosse só seu ego querendo ser cultuado, amado. Aliás, estavam, quer dizer, uma considerável parte estava amando-o, cultuando-o, e no fundo Eric queria isso.


Enquanto a música reverberava pelo ambiente, atravessando janelas, portas, preenchendo as ruas vazias, molhadas e silenciosas. A mulher sentava-se e parecia não se importar com a cena.


Thompson escreveu:

- Claro... – murmurou em meio ao êxtase e ao prazer que sentia (por conta das) duas jovens sobre seu corpo. – Claro – repetiu uma vez mais, esforçando-se para falar – o que você precisa? Eric me chamou lá pra dentro, é isso?


- Não - respondeu ela.
- Ele me ofereceu transporte até minha casa. Não se preocupe, posso aguardar você terminar - disse ela colocando a bolsa no colo, e se ajeitando no banco após bater a porta do carro.
- A propósito, minha casa é casa de vocês também - completou ela olhando para as moças com certo desejo.
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Mensagem por Samuka Sáb maio 04, 2019 2:40 pm

Antony



Em terras estranhas, há quem acredite que a prudência seja uma forma de evitar problemas. Antony, porém, chegou num ponto, da sua insignificante não-vida, que prudência não combina com sobrevivência. Ou se é prudente, e morre; ou se ultrapassa, aniquila, tudo que lhe atrapalhe, e sobreviva, viva.


Antony Salon escreveu:

_Amigo você não (quer) iniciar um problema ao qual você não possa lidar.


O sujeito estava sentado, encarando Antony, mesmo sem saber o que se passava por detrás dos óculos dele. Ele solta um “tsk” após arreganhar os braços no encosto da poltrona.


- E quem vai ser um problema para mim? - ele pergunta sorrindo.


Rolagem:



A escuridão tomava o corpo de Antony, saindo de seus poros e orifícios, como olhos, ouvidos, boca, nariz. Era algo assustador de se ver para uns.


Off:



Antony, então, questionava-o.


Antony Salon escreveu:

_Vou perguntar apenas mais esta vez.
_Você conhece o Asmay?
_Pense bem qual resposta você pretende me dar.


Antes de terminar sua ameaça, Antony observou o sujeito se levantar rapidamente da mesa e, num “piscar de olhos”, seu rosto ser atingido por um soco.


Rolagem 1:



O golpe, ainda mais agora, tornara-se insignificante para Antony, o qual estava envolvido em sua própria escuridão materializada em seu corpo. Serviu, porém, para ser atrapalhado. Mal teve tempo de retomar sua postura, Antony sentiu duas mãos segurá-lo e seu corpo ser lançando pela janela. Antes de ouvir os vidros se espatifarem por causa de seu corpo, Antony ouviu.


- Vai ser fuder, otário!
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Mensagem por Samuka Dom maio 05, 2019 2:55 pm

Dezmond



Antes do carro parar e o telefone tocar, Dezmond aproveitou para (des)conversar.


Zed escreveu:

- Não precisa se preocupar, ele é policial, eu não. E ele não está em condição de fiscalizar ninguém.


- Entendi - ele disse.


Zed escreveu:

– Mas nem esquenta... Esse filho da puta é resistente, no máximo quebrou um osso ou dois. Vazo ruim não quebra fácil. Morrer ele não vai. (Mas) você ainda não disse seu nome... Pode me chamar de Steve. – Usava o nome recém aprendido enquanto estendia a mão até o ombro do motorista, dando alguns leves tampinhas


- Eu me chamo Ringo - respondeu ele, olhando para Dezmond pelo retrovisor.


Rolagem:



O vampiro desconfiado tentava observar a aura do velho, novamente. A cor era diferente, difícil de dizer se era laranja-avermelhado, ou vermelho-alaranjado, em meio a um tom frio de azul escuro. Aliás, até se misturavam num marrom terra de Siena. Que merda. Dezmond, então, resolve voltar pras perguntas.


Zed escreveu:

– Eu faço história na faculdade daqui. E você? O que faz da vida?


- Eu sou aposentado - respondeu o coroa. Aposentado é um ofício?
- Ah, você é estudante!? Então acho que já sei porquê de estar com ele. Só espero que quando ele acordar, eu não me foda por causa de um democrata como você, disseminador de balbúrdias - ele disse, voltando olhar para Dezmond pelo retrovisor.


O telefone toca.


- Posso parar aqui? Aqui tá bom? Posso atender? - o coroa pergunta com o celular em mãos.


Zed escreveu:

– Claro, não é como se eu tivesse sequestrado ou algo do tipo. Só mantém o motor ligado e as portas trancadas, se aparecer alguém suspeito eu grito. – Isso também de certa forma o obrigava a ficar no interior do carro durante a ligação. – Eu não conheço bem essa região, mas segurança nunca é demais.


- Não é? - questionou o velho, que mais parecia resmungar consigo mesmo, antes de atender o celular.


O trem passava encima do carro pelos trilhos suspensos, e, o limpa brisa arranhava o para brisa abafado pela mudança brusca de temperatura. Dezmond aguçava sua audição, queria saber do que se tratava. Podia ouvir a correia do alternador bater repetidamente num intervalo de 1s, e uma voz feminina.


- Estou te esperando, vai demorar? - perguntou a dona da voz.
- Eu não sei… - respondeu o velho, que tornou olhar para Dezmond pelo retrovisor. - Acho que sim - completou ele.
- Venha logo! - disse ela antes de desligar.


O coroa jogova o celular no banco do carona, coçava a cabeça e olhava para Dezmond através do retrovisor, dizendo.


- Como te disse, no porta luvas está minha carteira, deve ter uns 200$. O que acha, pego uns trocados pra pegar o metro, dou no pé e você ainda fica com o carro? - pergunta ele.
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Mensagem por Zed Seg maio 06, 2019 1:56 am

Dezmond seguia sendo guiado pelo mortal no volante, enquanto estava no banco de trás ao lado do policial que aparentemente havia transformado em um vampiro. Durante o tempo que observava o coroa, Dez começava a notar uma tendência a frases mais curtas, de forma a parecer que ele queria evitar conversar ou dizer qualquer coisa que não devia. “Está escondendo alguma coisa?” Se perguntava, enquanto analiticamente observava “Ringo”. “Isso é o real nome dele?... Pais fãs de Beatles? Ou uma mentira óbvia?” Acusá-lo não traria benefício algum, então era melhor guardar seus pensamentos.

A análise pela aura falhava, as cores eram excessivamente confusas para que Green pudesse tirar qualquer conclusão descente. “Que porra foi essa?” Cessou o uso do poder ao se ver quase atordoado com tantas cores, teria sido aquilo um sucesso excepcional ou uma falha desastrosa? Não soube dizer, e não quis se forçar a descobrir a resposta com uma nova tentativa. Preferia seguir fazendo suas analises com base no comportamento do coroa, utilizando de sua intuição e conhecimentos de psicologia, que muitas vezes eram tão eficientes quanto seus dons, se não mais.

Continuando a conversa, conseguiu uma reação melhor do mortal quando mencionou ser um estudante. Ele começou a falar de uma forma que parecia uma crítica direta a sua pessoa. – Qual é a nóia de vocês americanos com política? Eu nem voto cara! – Rebateu em reposta a ser acusado de Democrata. “Eu nem sei qual é a ideologia do partido!” Seguiu reclamando para si mesmo em seus pensamentos. Mesmo quando morava na Irlanda, Dezmond não era interessado pela política, começar a se preocupar com o assunto em um pais tão longe de casa parecia uma ideia idiota para ele. Mas claro, sequer considerou os privilégios e vantagens de ter políticos como contatos ou aliados. Sua mente imediatamente o forçava a assumir o papel de protagonista, onde ele tentava imaginar o que diabos faria como político e o quão tedioso seria aquele tipo de trabalho e vida.

O celular tocava, cancelando a conversa fútil. O Caitiff tentava se intrometer e ouvir a conversa, aguçando seus sentidos, e novamente sendo bombardeado com informações, poluição sonora do próprio motor do carro que se tornava alto e claro. Mas não tanto quanto a voz feminina do outro lado da linha. “Esposa? Amante?... Mestra?” Imaginava alguns cenários em sua mente, procurando nos dedos do homem algum tipo de aliança. Porém seus pensamentos eram interrompidos com a estranha proposta. – Tem certeza? – Perguntou o jovem, que não sabia o que pensar a primeiro momento.

“Carro de graça! Boa!...” A ideia inicialmente era empolgante, e como ele havia oferecido de bom grado, parecia um desperdício recusar. Porém um segundo pensamento lhe veio à tona. “Carro de graça.... Tem alguma coisa errada...” Desta vez, não segurou tão bem as acusações. Porém as disfarçava como perguntas, ainda que um tanto quanto ríspidas. – Qual é a pegadinha? Esse carro é roubado ou algo do tipo? – Afinal, quem não desconfiaria de tamanha “generosidade”. Claro, Dezmond estava ciente da voz no outro lado da linha o apressando, mas era uma urgência tão grande a ponto de abandonar o carro e ainda oferecer dinheiro a um estranho?

- Tudo bem... – Concordou hesitante. “Eu vou deixar esse carro de isca em um canto aleatório, se ele estiver por lá amanhã, eu pego ele de volta.” Planejou, imaginando que mesmo se fosse um carro furtado ou irregular, poderia rapidamente voltar até seu Corolla antes de chamar atenção de qualquer tipo de autoridade.

“Ele ainda vai me deixar dinheiro?” Se perguntava, observando se o coroa além do veiculo deixaria parte do que tinha. Afinal, segundo ele, levaria apenas alguns “trocados”. – Ai já é demais. – Diria, caso o velho deixasse mais do que 50 dólares, não queria abusar da generosidade do estranho. Devolvendo qualquer quantia extra. – Ao menos quer uma carona até o metrô? É o mínimo que eu posso fazer. – Ofereceu seus serviços como motorista, mesmo que ainda não fosse o dono do veículo. Independente do coroa aceitar ou não a carona, Dezmond utilizaria seus dons sobrenaturais, apenas como precaução. – Então cara, desculpa pelos problemas, mas eu também tenho mais uma coisa a pedir. – O que ele realmente queria, era fazer contato visual com o mortal. – Caso alguém pergunte sobre essa noite, não diga nada sobre o atropelamento, só vai pegar mal pra você. Apenas diga que você encontrou o policial ferido acompanhando de alguém. Se perguntarem sobre o seu carro você pode dizer que deu ao acompanhante do policial para que ele o levasse ao hospital. – Diria em uma tentativa de dominar a mente de Ringo. (Dominação 2)

Antes de qualquer coisa, teria certeza de trancar as portas de trás. Normalmente, os carros mais modernos tinham travas para segurar crianças (ou reféns) de abrir as portas. Trancaria ambos os lados, para evitar que o policial fugisse caso voltasse a acordar em pânico. E então assumiria o banco do motorista. Levando o dono original do carro até a estação de metrô mais próxima, caso ele aceitasse a carona. E imediatamente após, ou logo que recusada a carona, seguiria seu rumo até o ponto onde aquela noite tinha “iniciado” realmente. O local próximo ao acidente, onde também havia deixado o seu carro.

Ao chegar em seu destino “final”, iria observar a região antes de fazer qualquer ação idiota. Procurando por observadores que pudessem notar sua movimentação, e principalmente, a polícia, que ainda podia estar investigando a cena, procurando por testemunhas, suspeitos e etc. Em um cenário onde o caminho estivesse livre, realizaria a troca de veículos, abrindo a porta dos fundos. Colocando o policial apoiado em seu corpo, enquanto tentava carrega-lo até o velho e fiel 86. Deixando-o no banco de carona frontal mesmo com os traseiros livres, por preguiça uma vez que só tinham duas portas em seu velho carro. Trancaria o carro novo, procurando por um botão de alarme no chaveiro que recém iria adquirir. Também aproveitando para dar uma olhada pelo lado de fora em seu novo possante. Mesmo que não entendesse tanto de mecânica, motores e afins, ainda era capaz reconhecer o potencial do veículo ao assumir o volante, estimando coisas menos técnicas e mais praticas, como tempo de reação, torque, estabilidade do veículo e volante em velocidades mais elevadas. Claro, não deixaria de usar o caminho para conhecer o novo veículo, testaria a aceleração durante o caminho, mas sem fazer manobras arriscadas e chamativas uma vez que estava carregando um corpo semimorto e não-voluntário. Focando apenas em ver a velocidade máxima e na variação dela ao longo das marchas. “O que eu faço com você?” Tentaria silenciosamente decidir enquanto observava também o exterior do carro, imaginando também quanto dinheiro poderia obter ao vende-lo, ou se era realmente mais conveniente mantê-lo consigo.

Considerando que até então o policial não tivesse acordado. Seguiria a carrega-lo por ai, optando pela ideia de leva-lo até seu apartamento. Lá poderia esperar confortavelmente pelo despertar de sua cria e também por uma conversa particular e séria, infelizmente agora Dezmond estava responsável por cuidar de um vampiro mais jovem e menos experiente do que ele, o que era difícil de imaginar já que ele próprio era bem jovem, tanto para os padrões mortais quanto para o Cainita. – Finalmente acordou? – Falaria em um tom sereno e acolhedor, procurando tornar a explicação e nosso “primeiro encontro” o mais amigável e silencioso possível. – Por favor, não fica gritando por aqui. As paredes não são tão espessas pra abafar todo o som. – Pediria, antes que ele começasse a ter surtos. Um dos problemas de se viver em um prédio de baixo custo.
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Mensagem por NightChill Seg maio 06, 2019 11:05 am

Éric deixou o palco pela lateral. Caminhava com passos firmes, decididos, seguros. Sentia uma espécie de êxtase, de satisfação, após a performance daquela peça feroz, intensa e sombria, por meio da qual extravasara aquele ódio recém-descoberto por Barbara. Aliás, durante os minutos que estivera no palco, apenas ela estivera em sua cabeça. Por isso, golpeara as teclas do piano com intensidade crescente, até chegar ao ápice da apresentação, quando fez o instrumento ressoar seus acordes finais, enquanto o eviscerava, arrancando-lhe as cordas, em um gran finale violento, expressivo e dramático. Era inegável que a satisfação que sentia decorria, também, dos aplausos e dos gritos que escutara durante a apresentação e, principalmente, ao seu final. Era inequívoco que aquele simulacro de alegria, que sentia com intensidade, agora, era devido à aprovação, à adoração que provocara e que, de uma maneira ou de outra, era grande parte do que buscava quase sempre, em tudo o que fazia, ainda que deixasse esse desejo por exaltação escondido em algum ponto obscuro de seu inconsciente, talvez por não querer reconhecê-lo.

Conforme caminhava pelo clube, ia em direção a Patricia, enquanto terminava de posicionar, perfeitamente, a gola e as mangas, de sua camisa branca, bem como o caimento de seu paletó negro. Passou as mãos pelos cabelos e, uma vez mais, abriu o sorriso confiante. Impecável, sempre. Durante o caminho, deixou os olhos correrem, uma vez mais, pelo clube. Buscou, discretamente, por Thompson, que já deveria ter chegado ao segundo andar e, ao não ver seu mestre, deveria ter descido à pista ou aonde Patricia estava, já que Éric o havia chamado sem qualquer dúvida quanto à urgência. Buscou, também, por Kingsley, seu Senhor, que lhe dissera que iria ao clube. Sim. Esperava que Kingsley estivesse lá, para ter tido a oportunidade de exibir-se para aquele cainita tão importante em sua vida e em sua não-vida. Esperava a presença de Kingsley, também, para obter informações sobre Dorian e Antoinette.

Antoinette. Subitamente, os últimos acontecimentos da noite voltaram e caíram como um balde de água fria no êxtase e em todas as demais caricaturas de sentimentos que tinha tomado conta de seu corpo até instantes atrás. O senso de perigo iminente voltou a Éric como um raio. Era inquestionável que tanto ele quanto Thompson estavam em perigo, ameaçados por Antoinette e por seu ódio. A ameaça feita por ela, aliás, fora aberta e inquestionável. A razão para aquilo permanecia uma incógnita, mas, de alguma forma, estava relacionada a Barbara. Estava? Apressou um pouco os passos, o que era muito incomum para ele. Sentia que sim, ele estava em perigo, Thompson estava em perigo e, por que não, Patricia estava em perigo. Estava sendo paranoico? Sua vida na competitiva alta sociedade e sua não-vida na cruel sociedade cainita tinham ensinado a ele que um pouco de paranoia fazia muito bem à saúde.

*

Para Thompson, era extremamente difícil raciocinar e ter controle de si, naquele momento. Era tomado pelo prazer das bocas, das mãos, dos corpos daquelas duas beldades sobre si. Ao mesmo tempo, as palavras da inesperada “Charlotte” despertavam em si um impulso estranho e quase incontrolável de aquiescer com tudo o que ela dizia. Era como se sua mente estivesse tomada por uma neblina que, juntamente com o prazer físico, o deixavam passivo e sujeito ao que quer que acontecesse. Por isso, seguiu naquele quase delírio, enquanto tinha os cabelos das mulheres entre seus dedos, como se fossem rédeas, ao passo que “Charlotte” adentrava o carro, sentava-se e, olhando à cena voluptuosamente, dissera-lhe aquelas últimas frases.

*Off: Gostaria de gastar 1 ponto de Força de Vontade, para resistir à Dominação.

E foram justamente aquelas últimas frases que o despertaram daquele estado de entrega quase total. Éric havia o mandado voltar ao clube imediatamente. Aliás, seu mestre fora bastante incisivo quanto à ordem de que ele deveria parar de fazer o que quer que estivesse fazendo e voltasse ao clube, para encontrá-lo no segundo piso. A informação que "Charlotte" lhe passava, portanto, era suspeita e o fez entrar em alerta. Alguma coisa estava errada. As peças não estavam se encaixando. Thompson segurou firme os cabelos das duas loiras e puxou-os, afastando-as de seu corpo, mantendo-as sob seu controle, enquanto endireitou seu corpo no banco, de forma a olhar bem “Charlotte”, agora com desconfiança.

- Ah... claro. – disse, respirando fundo, tomando conta de sua respiração, aos poucos. –  Espere aqui, um instante.

*Off: Post editado para corrigir erros do jogador bobão.


Última edição por NightChill em Ter maio 07, 2019 9:24 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Antony Salon Seg maio 06, 2019 8:20 pm

A confusão estava armada, Antony já não sabia se fora tomada a melhor estratégia para quem precisa de informações, pelo menos não em um local público e desconhecido.

As palavras que saíram de sua boca pareciam não ter surtido efeitos, pelo menos não como Antony espera, afinal a intimidação a qual pretendia aplicar ao homem havia falhado e a resposta vinha com um soco no rosto sofrido por Antony. O dano não havia sido grande, mas o suficiente para faze-lo dar um ou dois passos para trás.

Filho da puta, eu se quer tive tempo de reação. Mas isso não vai ficar assim. Era o tempo de dar um passo em direção ao homem que havia lhe agredido, e logo se via seguro por duas mãos as quais ele não saberia de quem são, sua cabeça girava-se para trás na tentativa de visualizar que lhe segurava. Mesmo com toda a força desenvolvida ao longo de sua não vida, que para Antony parecia ser muita, para a pessoa que o segurava simplesmente não era nada, pois no instante seguinte Antony se via sendo arremessado pela janela do estabelecimento sem se quer conseguir oferecer resistência. Seu corpo parecia ter si tornado uma pedra que era arremessada janela a fora e a única coisa que foi possível escutar foi;

- Vai ser fuder, otário!

A queda por outro lado Antony fora capaz de absorver, minimizando os danos sofridos em seu corpo, mais os danos em sua alma talvez necessitassem de um tratamento muito maior, afinal ele acabava de receber a prova que todos os anos de treinamento e busca por poder não haviam sido suficientes para resistir ao indivíduo que o arremessou.

Merda, o que aconteceu? Quem conseguiu fazer isso comigo com tanta facilidade assim.  Antony parecia se irritar, mas precisava se acalmar, sua reserva de vitae não esta das melhores, e após dar um passo errado em sua estratégia sabia que não poderia simplesmente voltar lá em cima e tentar dialogar, esta fase já havia passado, pelo menos na noite de hoje, e ele precisaria de uma nova forma de abordagem.

O melhor a se fazer nas circunstâncias por Antony enfrentadas era se retirar e tentar encontrar Asmai outro dia, afinal ele já não era bem vindo no estabelecimento.

Antony gastava mais um ponto de sangue para ativar sua rapidez para sair do local rapidamente, sua estratégia de evasão seria buscar algum beco que pudesse lhe servir de subterfugio para desaparecer da vista das pessoas do estabelecimento e tentar se alimentar, afinal precisava se recompor.


OFF: Durante a rapidez, se possível carregarei um humano para o beco para me servir de alimento.

Samuka, essa sua mão de dados tá azarada em mano, você me permite utilizar o rolador de dados do próprio fórum para rolar os dados de minhas ações? Uma das emoções do RPG é a rolagem dos dados, assim a diversão fica mais empolgante.


OFF 2: Mano não teria que haver um teste de resistência para eu tentar não ser arremessado pela janela não mano?  Very Happy  Chorar com o mestre as vezes funciona Very Happy Very Happy

OFF 3: Quando de sangue esta minha reserva?
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Mensagem por Samuka Ter maio 07, 2019 12:07 am

Theon



Tudo o que Gangrel queria era sossego. As coisas, porém, pareciam não ir em favor do vampiro. A cabeça lateja um pouco, sangue ainda verte por causa da tacada inesperada. Não deram escolha para o vampiro, simplesmente foi jogado ali, como se joga um saco de lixo no lixo.


Acima, o bichano caminhava pelo convés molhado e abarrotado de caixas, paletes e containers. A cada passada o gato sacudia suas patas para secá-las. Chegava até a porta que levava para o andar inferior, sentava por alguns segundos e olhava para o mapa com os olhos de… Gato, arregalados e indecifráveis. Que porra é isso, poderia estar se perguntando. Voltava a caminhar. O som de uma televisão reverberava pelas escadas, era reprise de algum jogo da NFL. O cheiro de Theon impregnava o ar, um cheiro de mato, de capim e coisa morta, que poderia ser captado milhas de distância. O gato o conhece. Já no piso abaixo do convés, era possível ver um sujeito numa espécie de sofa assistindo tv, e um outro sentado numa mesa fazendo algo desconhecido pelo gato. Além disso, se via a porta por onde o cheiro de Theon se manifestava.
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Mensagem por Lipe Ter maio 07, 2019 1:31 pm


Theon



Trancado dentro de um quarto escuro, como um animal capturado e enjaulado, sem explicações, sem entender o que sua vida se tornou nos últimos dias. Completamente perdido, com vozes, loucos, agressividade, medo, raiva. A minha cabeça estava estourando, sem tempo para pensar mais, estava cansado do que estava acontecendo. Eu não podia mais permitir que fizessem de mim um otário.

Enquanto eu esperava meu felino trazer alguma pista para eu sair dali, minha mente começou a viajar. Imaginando o que poderiam fazer comigo. Por que não me mataram lá no parque? E pra que me trazer com vida para este lugar? Vou ter que esperar por quanto tempo ainda? E a porra da minha fome está aumentando, preciso sair daqui e beber de um idiota qualquer até seca-lo!

Eu observei atentamente todas as possíveis saídas daquele lugar, portas, janelas, frestas, e mesmo que estivessem trancadas, eu não permitiria ficar sedado ali. Posso ter vivido a parte da civilidade da sociedade mortal moderna a vida toda, e ter sido treinado para apenas matar por muito tempo, e quanto mais eu tentava deixar meu passado para trás, mas ele voltava a tona. As politicas mortais, e os idiotas imortais como eu, todos se interessavam em me ver morto, ou longe de suas coisas, e eu não sei nem o porquê! Chegou a hora de eu começar a trilhar o meu próprio caminho!

Usei minha audição e meu olfato sobrenaturais para tentar localizar pessoas escondidos atrás da porta e janela, assim eu poderia saber o que teria que enfrentar ao derrubar a porta na porrada! (Auspícios: Olfato e Audição) Mas dessa vez eu fiz um esforço além do que tinha, para conseguir sentir mais do que eu costuma. Me concentrei, e respirei com calma, devagar, profundamente, tentando identificar cada característica diferente no aroma e sons que eu podia detectar. Para conseguir localizar os seres que rodeavam a minha cela.

Traço o meu plano: derrubar o obstaculo da saída mais segura, e ir o mais longe possível desse lugar. Simples assim. E se alguém tentar me impedir, eu tiro da minha frente!

As vezes a gente tenta fazer as coisas do jeito certo, amigável, mas as pessoas insistem em se meter na nossa frente, querendo briga, querendo problema. O jeito certo passa a ser o errado, e o errado passa a ser o inevitável.  Até onde estou disposto a ir por minha sobrevivência? Eu vou lutar com toda a minha força, mas parado aqui não fico. Sei o que fazer, e farei, e se tiver que derrubar todo mundo, eu irei fazer sem medo!
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Mensagem por Samuka Sex maio 10, 2019 12:01 pm

Dezmond



Por um momento, enquanto o velho falava no telefone, Dezmond se pegava perguntando se era a mulher, ou a amante. Uma pergunta difícil para se responder, afinal seria necessário relacionar quem era cada uma, mas Dezmond nunca as viu e cade elas?


O velho, despropositadamente, ajudava-o em esboçar as primeiras ideias. Ele segurava o celular com a mão direita e, enquanto falava, repousou a esquerda no volante, exibindo a aliança. Era casado. Logo, estaria falando com sua mulher? Não importa, ou não?


À proposta do coroa, Dezmond respondeu:


Zed escreveu:

– Tem certeza? – Perguntou o jovem, que não sabia o que pensar a primeiro momento.


- Você é idiota, ou o quê? Se ofereci, por que acha que não tenho certeza? Olha para mim, olhe bem rapaz, acha que para chegar no ponto que cheguei foi através de incertezas? Acha que sou igual aos seus amiguinhos? - respondeu ele tranquilamente, olhando para Dezmond pelo retrovisor.


Zed escreveu:

– Qual é a pegadinha? Esse carro é roubado ou algo do tipo? – Afinal, quem não desconfiaria de tamanha “generosidade”.


- Eu sou quero terminar esse sequestro de maneira positiva, para ambos os lados - concluiu ele.


Zed escreveu:

- Tudo bem... – Concordou hesitante. – Ao menos quer uma carona até o metrô? É o mínimo que eu posso fazer. – Ofereceu seus serviços como motorista


- Para um bandido, você é bem generoso. Quero sim, Steve - respondeu ele.


Os dois trocavam de lugar, o coroa passava para o carona e Dezmond do banco de trás para o do motorista. O policial continuava deitado, apagado.


A porta bate. O coroa senta e vira para Dezmond, perguntado: - Cê não vai colocar o cinto?
- Jovens - resmungou.
- Tem uma uns seis quarteirões, só seguir em frente - ele orienta.


Dezmond conduz o carro até a estação. A rua deserta. A chuva caía forte e os pingos batiam no teto do carro.


- Vou pegar a carteira, okay? - disse o coroa abrindo o porta luvas antes do carro estacionar.


Rolagem:



Dezmond concentrado no volante, não teve tempo de impedir o coroa, o qual abriu e pegou a “carteira”.


Rolagem 1:



Bam.. Bam…


O coroa descarregou a pistola automática em Dezmond. O sangue espirrava nos vidros, e podia sentir as balas atravessando sua cabeça e peito. Que filho da puta, não?


Off:
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Mensagem por Zed Sex maio 10, 2019 7:58 pm

Dezmond podia observar a aliança no dedo do coroa, o que não era necessariamente importante. Ao menos não naquele momento, mas talvez pudesse ser relevante posteriormente. O velho continuava a agir igual a um imbecil preconceituoso, arrogantemente se endeusando enquanto parecia me colocar junto a algum grupo imaginário de amigos. – Meus amigos? – Perguntou confuso, mas sem esperar por uma resposta.

Mesmo com toda aquela atitude, o ele aceitava a carona, no caminho, seguindo com acusações e pequenos insultos. Ao ponto que chegava a ser um incomodo. “Ele acha que eu quero ficar colado nele durante a noite toda por acaso?” Da mesma forma que Dezmond era um incomodo ao velho, ele também era uma companhia indesejada e em um momento inoportuno.

- Olha cara, eu não sequestrei ninguém, eu não sou bandido. Você que atropelou o cara, eu só quero levar ele pro hospital e te deixar em um local adequado, você que me ofereceu o carro. – Ia discursando durante o trajeto, e em um ato de rebeldia ignorando a dica do cinto de segurança. Finalmente chegando ao local, esperava que tudo fosse ocorrer naturalmente, que o maldito fosse simplesmente ir embora com sua presença indesejada após pegar suas coisas. Mas não, ele tinha que complicar as coisas puxando uma maldita pistola automática e abrindo fogo contra o Caitiff.

“Quantos tiros eu tomei?” Sequer teve tempo de contar, estava surpreso demais com o fato de ter sobrevivido. Seu sangue fervia, agilidade parecia estar aguçada, os dons de sangue entravam em funcionamento. Dialogar? Nem mesmo era uma opção, o homem sequer tinha avisado antes de atirar mesmo sem receber nenhuma ameaça ao longo do caminho.

Ainda que não fosse uma pessoa violenta, sabia exatamente o que fazer. Era instintivo, o sangue em suas veias fervia, aguçando ainda mais o caçador adormecido dentro do vampiro. ( - 1 PS/ + 1 Destreza). A dor era debilitante, mas em momentos extremos a mente humana é capaz de ignorar qualquer dor ou limite e atingir feitos impressionantes. (- 1 FV*)



FV: Se possível, usar a FV pra confirmar a imobilização. Se não, só pra ignorar as penalidades dos danos.



Dezmond avançaria contra o atirador, tentando agarrá-lo, aproveitando da curta distância. Levando uma das mãos até o pulso tentando afastar a arma e a outra contra o rosto, forçando-o para o lado e abrindo espaço no pescoço para que pudesse cravar as presas nas veias do mortal, não com o objetivo de estraçalhar com a carne, e sim mantê-lo sob controle, no êxtase do beijo enquanto sugava o sangue, tentando manter o controle e pegando apenas o necessário para apaga-lo. (- 1 FV*)

Terminando de se alimentar, apagar o mortal e lamber a ferida, imediatamente começaria o processo de cura enquanto voltaria até o volante, seguindo diretamente com seu antigo plano de troca de veículos, utilizando ruas alternativas e desertas, evitando chamar atenção, principalmente após o tiroteio e possíveis marcas de disparos e sangue que pudessem ter sobrado. Desta vez, levando consigo dois corpos ao invés de um.


FV: Caso dê merda no teste de autocontrole e o cara morra, usar FV se possível no teste de consciência. Já seria um turno e situação diferente, então acho que pode.



Já em um cenário onde o plano inicial de agarrar o mortal e atacar com as presas não funcionasse. Dezmond iria continuar a queimar o sangue que tinha com ele. (- 2 PS/ 1 pra Rapidez 1, + 1 Destreza ). Imaginando que a arma estaria descarregada, aproveitaria para tentar expulsar o atirador do carro com chutes para empurrá-lo para fora do carro atravessando a janela. Em caso de sucesso neste segundo plano, tentaria rapidamente voltar ao volante e acelerar o carro o mais rápido possível para se afastar do atirador. No caminho, enquanto se afastasse, iniciando o processo de cura de seus ferimentos.


OFF: Eu não faço ideia de quanto sangue eu tenho. Nem quanto de FV tinha sobrado. A partir do próximo turno vou começar a deixar marcado nos meus posts pra não me perder.
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Mensagem por Samuka Sáb maio 11, 2019 6:57 pm

Eric



A impotência diante das lembranças e memórias de Barbara, fazia Eric questionar até mesmo sobre sua existência. Num instante, enquanto tinha Barbara consigo, era tudo, e depois, sem ela, um nada, um mais morto do que vivo. O pior era que ele era realmente, mas algumas coisas parecem (re)vivificar os cainitas. Para Eric, Barbara.


O vampiro, elegantemente, se retirava do palco após o dueto com Four Three. Eric caçava com os olhos por seu lacaio e seu sire, mas apenas destacava a jovem mulher, que observava-o desde sua chegada, e Patricia, que estava encostada numa coluna bebendo algum coquetel e com um olhar sedutor.


Off:



Thompson era um cara esperto, e não tem nada haver por causa de sua cor. Simplesmente era, afinal se é ou não é. E olha que nem a bela mamada, nem o chupão no pescoço, estava atrapalhando-o de pensar. Pelo contrário, talvez estivesse fazendo-o pensar melhor ainda com a cabeça debaixo ocupada. Ele desconfiou que algo estava errado. Eric havia ordenado que voltasse para o interior do clube, agora, segundo essa tal Charlotte, Eric mandou levá-la até a casa dela. Por que não telefonou avisando, como fez anteriormente? Alguém estava mentindo.


NightChill escreveu:

- Ah... claro. – disse, respirando fundo, tomando conta de sua respiração, aos poucos. –  Espere aqui, um instante.


O carniçal, por um instante, se sentia livre da mulher estranha, mas só por um instante. Antes que Thompson pudesse esboçar qualquer ação de fuga da presença dela, a voz de Charlotte rompeu suavemente no interior do veículo.


- Onde você pensa que vai? - perguntou ela, fazendo Thompson stuckar sem reação e com as mãos trêmulas.
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Mensagem por Samuka Dom maio 12, 2019 10:55 pm

Antony



Off:



Off 2:



Off 3:



Antony não esperava que o carinha fosse reagir dessa maneira, talvez pensou que sua ameaça junto com seus tenebrosos poderes seria suficiente para…? Engraçado. Por quê? É que, apesar de ser vampiro, Antony ainda era tão humano. Não satisfeito em ouvir um “não”, foi logo apelando para violência. Não considera mais o que os outros dizem, se não for aquilo que se quer ouvir ou familiar ao ouvido. Se distoar, faça a voz harmonizar com a do resto. Simples assim. Tão cammy. Camarilla? Não, Sabá!


Apesar de cair de mal jeito, as sombras suavizaram o impacto. O vampiro olhava para a janela e os vidros quebrados como se olhasse para si próprio: o ego em pedaços. Todos esses anos lhe mostraram que quando se está, ou mesmo se acredita estar, no topo, haverá alguém um pouco mais acima e vai te mostrar o seu lugar. O universo é heliocêntrico, não antonycêntrico.


Off 4:



Ciente da oportunidade que perdeu, e talvez temeroso pela forma que se encontrava, Antony decide sair dali através de sua velocidade sobrenatural, que surpreenderia até Bolt. O vampiro atravessa ruas e quarteirões rapidamente, chegando até uma viela formada por dois baixos prédios residenciais de baixo custo, dois “pombal”. Num lugar como esse, pode-se matar que já se tem até álibi: “pombal, né, gente”.
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Mensagem por Samuka Dom maio 12, 2019 10:57 pm

Theon



A besta não aguentava mais esperar, e Theon era a besta. A liberdade é valiosa, valiosíssima. O vampiro, em meio a vários pensamentos, aguçava sua audição e seu olfato, enquanto que procurava algum meio de sair dali. O cheiro podre das águas novaiorquinas impregnavam o interior do recinto. Cheiro de corrupção, da natureza se definhando, aquilo demandava muito esforço por parte de Theon.


Off:



Além disso, o vampiro podia ouvir o som da TV…


Time is about to over, and Patriots has the chance to finish this, just 5 yards keep apart of a touchdown. But we should praise the Chiefs, they has been hard so far


… E alguém resmugando.


- Wow, acho que vou ganhar uma bolada nesse poker online, cara, gostei.


A porta metálica jazia em frente de Theon, era o obstáculo. Para sair dali, só abrindo-a por fora ou arrombando-a. E aí, qual vai ser? Enquanto isso, o bichano, ao ver os dois sujeitos entretidos, sentava e coçava a orelha.
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Mensagem por Lipe Seg maio 13, 2019 3:17 pm

Theon

   O cheiro desagradável das águas de Nova Iorque me tiravam a atenção. Resolvi abrir mão de localizar as pessoas ali por meio do olfato, e continuei focando apenas na audição e visão.
   Me coloco em posição animal, com os membros apoiados no chão, como um felino, e fecho os olhos, me concentrando nos sons que vêem de trás das paredes e porta. Mas a visão eu uso na sala, prestando atenção em cada detalhe, gaveta, canto, dispositivo, tapete, móvel, ou objeto que eu possa usar à meu favor, de alguma forma.


   Era uma jaula perfeita para mim, sem escapatórias, sem meios de sair! Me movo rapidamente dentro da sala, nervoso, como um animal acuado, irritado. Aquela sensação de trancafiado me deixa muito fora de controle. Mas eu poderia tentar, ao menos, sair dali do meu jeito, sem ter que depender de ninguém, nem meus carcereiros, ou meu lacaio. E decido fazer isso. Eu não aguentava continuar esperando, e depender do gato estava me tirando a paciência. "Felino idiota", penso comigo. (Defeito: Impaciente) Então eu me viro para a porta, e tento, silenciosamente arrombar ela:


   Primeiro procuro na sala algo que eu possa usar para arrombar a fechadura, e depois eu uso na fechadura. Não achando nada, eu procuro algo que possa, somado à minha força, quebrar a tranca. E por último, caso não consiga ser bem sucedido, meto a porrada na porta, próxima da tranca, para arrebenta-la na força.


   Por hora não uso minhas Garras, para evitar desperdiçar meu pouco Vitae ainda no meu corpo, e procuro usar os meios que as ferramentas ali perto podem me proporcionar, apelando para minhas habilidades mentais, sem usar o físico, por enquanto.


   O que eu sentia ali? Uma pessoa, ou duas, uma TV ligada e um joguinho eletrônico? Eu teria que derrubar, ou apenas abrir, a porta, para descobrir, e eu faria isso, de uma forma ou de outra.


Off:
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Mensagem por NightChill Seg maio 13, 2019 5:25 pm

Os olhos de Éric percorriam o clube. Buscavam Thompson e Kingsley, mas não eram capazes de encontrá-los ali, naquele ambiente cheio e escuro, tomado por perfumes e sons estimulantes. A ausência de Kingsley não causava surpresa ao cainita, mas constatar que Thompson não estava ali, mesmo depois daquela ordem direta e seca, somente permitia a Éric pensar que, provavelmente, Thompson teria sido impedido de voltar ao clube por Antoinette. Aquele pensamento invadiu sua cabeça como uma punhalada dolorosa, cujo principal veneno era um sentimento de impotência penetrante. Se Antoinette havia encontrado Thompson, não havia muito o que Éric pudesse fazer agora. Sair do clube e ir atrás do carniçal o deixaria exposto a qualquer tipo de armadilha que houvesse sido armada para ele. E ele, Éric, era o verdadeiro alvo do que quer que fosse que estivesse acontecendo. Sabia que Thompson era apenas um meio para o fim pretendido, seja qual fosse. Naquele momento, restava a Éric, apenas, conseguir informações e proteger Patricia. O valor daquela mulher, para ele, ficava cada vez mais claro.

Apesar de Thompson estar, talvez, perdido, simplesmente assumir sua morte era inaceitável. Enquanto caminhava pelo clube, Éric tomou o telefone na mão direita e, uma vez mais, ligou para carniçal, usando o atalho de chamadas de emergência. Enquanto o fazia, seus olhos encontraram a bela mulher indiana que vira mais cedo, assim que entrara no clube. Sorriu para ela uma vez mais, enquanto caminhava, com o telefone ao ouvido; mas ela não estava em seus planos imediatos. Patricia, por sua vez, estava, e os olhos de Éric logo repousaram sobre ela. Estava mais bela do que antes. Apressou seus passos em direção a ela.

Com o telefone ainda ao ouvido, enquanto esperava que Thompson atendesse, sorriu e abraçou Patricia, dizendo-lhe:

- Será que não existe nada que mate a sua sede?

Sua cabeça funcionava a mil e os pensamentos pareciam acelerar-se. Era imperioso conseguir falar com Thompson. Era imprescindível conseguir mais informações sobre Antoinette, e quem poderia ajudá-lo com aquilo, ainda não havia chegado, ou era um inútil desprezível, que estava no segundo andar. Era, ainda, importantíssimo decidir o que faria com Patricia, a partir daquele momento e protegê-la da investida de outros cainitas – especialmente de Dorian e de Antoinette. A chegada de Antoinette, sem dúvida, despertara em Éric um sentimento visceral e primitivo de sobrevivência. Aquilo, de certa forma, o fazia sentir-se vivo, ainda que não com a mesma força, provavelmente, que o ódio-amor por Barbara o fazia sentir.

*

*Off: gostaria de gastar mais 1 FV de Thompson.

Os instantes de claridade que tivera em sua mente, que foram capazes de permitir a Thompson interromper a orgia em que se encontrava e esboçar alguma reação em face de “Charlotte”, subitamente, desapareceram. Ao ouvi-la questionar aonde ele pensava que ia, seu corpo paralisou-se por completo, exceto por suas mãos, que começaram a tremer.  Seu corpo não respondia. Sua mente nublava-se uma vez mais. Mas Thompson, não sabe de onde, retomou um pouco de autonomia, subitamente, e dominou-se. Havia alguma coisa muito errada, realmente. Estava consciente de que seu livre arbítrio estava sendo esmagado a cada segundo e de que o que aquela mulher lhe dissera não tinha qualquer respaldo no que seu Mestre havia comandado. Precisava sair dali. Precisava sair dali rápido.

*Off: gostaria de usar Celeridade 1.

Thompson nem sequer se dera ao trabalho de responder a Charlotte. Rapidamente, soltou as duas loiras, cujos cabelos tinha em suas mãos, e abriu a porta do carro, lançando-se para fora, sem hesitar. Precisava sair dali. Precisava escapar. Precisava encontrar Éric. Suava e sentia a respiração disparada. Seu coração bombeava o sangue cada vez mais rápido por suas veias. A adrenalina o transformara num animal acossado e pronto para reagir instantaneamente. Fazia muito tempo que não sentia medo. Mas o medo, agora, era seu maior aliado.
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Mensagem por Antony Salon Sex maio 17, 2019 8:51 pm

Antony se retirava rapidamente do local e dos olhos de quem lhe arremessava, hoje a noite não havia sido boa para Antony, e se recolher seria o melhor a se fazer no momento, reagrupar seus pensamentos e readequar suas estratégias, mas antes precisaria se alimentar, afinal sua reserva estava extremamente baixa o que lhe colocava em uma situação desconfortante.

Antony observava o local, tentava encontrar uma forma de se alimentar e se recompor, talvez alguém que ousasse passar pelo local ou uma janela ao alcance de um simples salto de Antony, seus sentidos (auspícios 1) eram ativados o tempo necessário para lhe ajudar a localizar o alvo em potencial.

Pouco tempo se passa ate que a caçada era iniciada por Antony, veremos o que esta por vir.


Off: Acredito que eu não tenha carregado ninguém para o beco, então minha próxima ação será me alimentar.
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Mensagem por Samuka Sáb maio 18, 2019 3:07 pm

Dezmond



Enquanto conduzia o carro pela avenida à caminho da estação, Dezmond conversava, ou melhor, buscava esclarecer algumas coisas.


Primeiramente, ele se defendia:


- Olha cara, eu não sequestrei ninguém, eu não sou bandido.



Depois, passava o ônus para o coroa:


- Você que atropelou o cara



E, por fim, justificava o que fazia - pasmem! - afirmando que:


- Só quero levar ele pro hospital e te deixar em um local adequado



Ou seja, que só quer ajudar. Que canalha!


Então, ao embocar o carro na vaga em frente da estação, o coroa descarrega sua pistola automática em Dezmond, que perdeu até a contagem de quantos tiros havia levado. Ele nem sequer pôde esboçar uma reação no momento, não esperava. Velho sacana!


Só depois que a pistola fez “tic! tic!” sem balas, foi que Dezmond percebeu o estrago. Vidro quebrado. Roupa suja de sangue. Ao correr os olhos para o coroa, Dezmond passou pelo retrovisor e viu seu rosto destroçado. Buracos, muitos buracos na cara; e até era possível ver seu maxilar, que estava exposto por causa das balas. Rasgaram as maçãzinhas de seu rosto, tadinho.


O velho ficou perplexo. “Como podia ainda estar vivo?”, deveria estar se perguntando; e pelo jeito Dezmond não responderia essa pergunta. Perdeu a paciência para com o coroa. Ação e reação, inevitavelmente.


O vampiro usando sua velocidade sobrenatural, segurava a mão do coroa, mas a rapidez do movimento lançava a pistola para longe. Batia no parabrisa e caía debaixo do banco. Além disso, empurrava a cabeça do coroa para trás, para expor o pescoço dele. Sem controle de sua velocidade, acabava batendo a cabeça do coroa contra o vidro do carona, que trincava e até se via gotículas de sangue na trinca.


Dezmond, então, cravava seus caninos no coroa, que nada pôde fazer.


Off/Rolagem:



O coroa estava apagado no banco do carona. Dezmond sentia a vitae percorrer seu corpo, regenerando suas feridas. As balas, que se encontravam alojadas em seu corpo morto, eram simplesmente expelidas para fora; os buracos, eram fechados; e a carne, eram sobrenaturalmente refeita. Dezmond estava novinho em folha, bem do jeito que havia morrido.


Off 3:
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Mensagem por Samuka Sáb maio 25, 2019 1:31 pm

Theon



A vida em NY era completamente diferente das terras abandonadas por Theon. Era um desafio para ele lidar com tudo aquilo tão estranho. Ele via a Mãe Natureza se definhando diante de seus olhos, e a grande maioria nem ligava para isso. A sensação desagradável do cheiro era o mínimo dos sentimentos que tomavam o Gangrel. Bóias, coletes e remos eram lançados numa busca pela saída, mas tudo em vão. Não encontrava nada além da fria e rígida parede de metal, que lhe dava uma sensação claustrofóbica de estar enlatado.


Mas, de repente, o barco pára. Pela escotilha, Theon via que se ancorava numa estação da qual era possível ver, no horizonte noturno, a famosa estátua da liberdade, como também boa parte de Manhattan. Os sons mudaram. A tv calou-se. Não se ouvia muito além de passos frenéticos pelo barco. Uma movimentação que deixava Theon ainda mais angustiado.


Então, passos lentos e firmes se aproximam da porta que trancara a liberdade do vampiro. Theon sentia que havia gente do outro lado. O som das travas abrindo reverberavam pelo interior do barco. A porta era aberta revelando o tal Jab, a vampira de outrora chamada Ramon alguma coisa e mais duas figuras, estas porém desconhecidas pelo vampiro. Um negão e um cara de cabelos crespos, parrudo e num sobretudo de pele de urso.


- É ele - diz a vampira para o cara do sobretudo, o qual sorri exibindo suas presas antes de falar: - Welcome to the jungle Jersey, vampy. Qual o seu nome? Eu me chamo Callihan -.
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Mensagem por @nonimous Dom maio 26, 2019 9:08 pm

Stanislav estava diante do que poderia ser o primeiro grande passo para seu maior objetivo até aqui, se tornar um Astor, a polícia secreta do clã, uma organização secreta que caça traidores e infiltrados na pirâmide a identidade é de conhecimento dos pontificies e alguns tem agendas tão sigilosas que apenas o Conselho dos Sete sabe de suas identidades.
O custo foi elevado, quase um século de servidão, infiltrando, sabotando, assassinando, torturando e caçando tremeres e não tremeres que cometeram alguma infamai contra a pirâmide, contra o clã, Stanislav era o machado que cortava o mal, ele era o Malleus Malefficam, o temível martelo das bruxas, no seu caso dos feiticeiros, dos magus.
Seu novo mentor, o Astor que iria o iniciar era Roy, e acreditem ele não parecia estar feliz, novatos são um estorvo, foi assim quando ele era apenas uma criança da noite na capela de Paris no final do século 19, e foi assim também quando ele se tornou acólito, iniciado e quando adentrou no círculo dos Regentes, como um mestre artificie da taumaturgia ele é considerado capaz de liderar sua própria Chantry, mas ao invés disso ele submeteu a um dever mais honrado  e glorioso, seria de agora até a eternidade um Astor.

Nesse percurso ele soube que um Pontifex Tremere estava sendo investigado por traição.

Ele medita após despertar, concentrando em seus feitiços, preparando cada um deles, calmamente, alguns já haviam sido feitos, era apenas fazer a manutenção noturna, o lenço azul é colocado no bolso do casaco, ele pega sua bengala, a qual carinhosamente chama de Carmina malleo, uma temível arma anti vampírica alimentada com círculos de proteção e com o encantamento que o batizou nos auspícios da regência Tremere, e segue para conversar com Roy, seu novo mentor.


Última edição por @nonimous em Seg maio 27, 2019 11:48 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Samuka Seg maio 27, 2019 12:20 am

Eric



Veja esse vampiro, possui a capacidade sobrenatural de atrair e fazer sobressair sua presença em qualquer lugar, porém diante do perigo, quando também se faz necessário ter uma presença de espírito característica, ele parece simplesmente desnorteado, agindo como uma criança à procura de alguém mais experiente para servir de porto seguro. Irônico, não é?


Kingsley não era visto pelo salão, pelo menos Eric não encontrava-o. Na verdade, desde que chegaram em Big Apple, Kingsley se envolveu na sociedade cainita de tal maneira que dificilmente era visto. Eventos como esse que colocava, quando ele não dava um "bolo", cria e criador em contato, de novo. Todavia, parecia que seria mais um "bolo".


O vampiro se preocupava com Patricia. Porque para ele, ela é um meio para que possa chegar em algum lugar, isto é, em lugar nenhum. Ou estaria aliviando sua carência na mortal? Os olhos dela brilhavam ao ver Eric se aproximar, e seus lábios até estalavam antes de pôr a taça na boca. Patricia deixava escapar um sorriso safado ao ouvir:


NightChill escreveu:

- Será que não existe nada que mate a sua sede?


Ao mesmo tempo que tentava seduzí-la, Eric ligava para o lacaio.


Off:



O medo tomou Thompson, aquela mulher assustava-o mais do que até a imagem do diabo. Na verdade, ele até achava que o diabo fosse ela. O sangue de Eric percorria seu corpo, o mesmo que há pouco havia lhe dado uma ordem, e Thompson sentia que algo estava errado, então agia rapidamente numa velocidade sobrenatural, a qual passou ter após beber do sangue de Eric.


A porta abria, Thompson caía no chão molhado. Ele se levantava e corria, deixando as garotas, que estavam perplexas com sua velocidade, junto com a mulher. Algo vibrava em seu bolso, e não era sua piroca. Percebeu que era o telefone, Eric. Durante o dilema de correr e atender, Thompson, que se aproximava da entrada da boate, se chocava sem querer com um sujeito.


- Thompson!? - disse a figura, a qual parecia ser familiar e depois de uma breve analisada, sim, tinha certeza que era, pois era Kingsley.
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Mensagem por NightChill Seg maio 27, 2019 11:15 am

A vida não é uma linha reta e constante, em movimento contínuo e uniforme, mas sim um enredado de fatos, muitas vezes provocados por atos, que se encontram e se encaixam, ou, ainda, por vezes, se chocam, se repelem ou se anulam. Sim. A vida é, normalmente, feita da sobreposição de forças e das inúmeras contradições que existem no universo. Com a não-vida, o mesmo ocorria, mas as contradições e os choques pareciem ainda maiores, dados as forças envolvidas, que eram capazes, até mesmo, de sobrepujar a morte, enganar a vida e forçar a existência concomitante delas. Éric era apenas mais um elemento nesse enredado, com suas forças e suas contradições – ainda que ele jamais admitisse ser só mais um. Sua capacidade de exercer atração, de manipular, de dissimular e de conseguir o que queria era uma grande parte de suas forças. Elas, contudo, naquele momento, se chocavam com o medo, com a ignorância sobre o que estava efetivamente acontecendo e quais eram as forças opostas que se estavam movendo contra ele, naquele instante. Apesar de seu desnorteamento e de sua insegurança, ele seguia em frente. A mente funcionando rapidamente, a fim de descobrir quais seriam os próximos passos – quais seriam os corretos e quais seriam aqueles que poderiam colocar tudo a perder.

Seus olhos estavam sobre Patricia, vendo-a sedutora, bela e completamente alheia a tudo o que estava acontecendo. Ao mesmo tempo, seu ouvido estava junto ao telefone, enquanto ele ouvia o som da chamada direcionada a Thompson, sem que ele a atendesse. Aquilo era um péssimo sinal, mas, ao menos, era um sinal, em meio àquela névoa que o impedia de ver, com clareza, tudo o que estava acontecendo. Thompson estava perdido. Antoinette o havia agarrado. O que ela faria com ele era uma de tantas incógnitas. Sabia, de qualquer maneira, que não poderia simplesmente sair do clube e ir atrás do carniçal. Exceto se estivesse disposto a arriscar, inutilmente, o próprio pescoço, por ele. E não estava. Não era o mais inteligente a se fazer. Desligou o telefone e enfiou-o no bolso do paletó. Seu sorriso se desfez, por um instante, mas Éric logo o retomou. Sabia que, com aquele sorriso, era mais fácil conseguir o que queria.

- Love, onde você conheceu Antoinette e Dorian? – Perguntou à mulher, mantendo seu sorriso e os seus olhos sobre os dela.

*

O choque de seu corpo com o asfalto molhado, após se lançar do carro estacionado, sequer fora sentido por Thompson. O frio causado pela água, que molhava seu terno, se misturava com o frio provocado pela água da chuva e com o frio decorrente da adrenalina e do senso de perigo imediato que percorriam seu corpo. Com velocidade sobrenatural, ergueu-se e principiou uma disparada. Foi aí que sentiu, em seu bolso, algo vibrar. Por milésimos de segundo, Thompson pensou que alguma coisa estivesse errada com seu membro inferior, mas logo se deu conta de que era o telefone. Agarrou-o, tirando-o de seu bolso, ao mesmo tempo em que girava o corpo para voltar ao movimento de corrida. Foi aí que, antes que pudesse atender, se chocou com um homem, que o fez parar, a poucos metros da entrada do clube. Seus olhos, inicialmente, pareciam não deixar que seu cérebro identificasse quem era aquele homem. Talvez pela adrenalina. Talvez pelo medo que a dominação de sua mente por aquela “Charlotte” lhe havia provocado; mas logo ficava claro que aquele homem era Kingsley. E aquela visão o surpreendera tanto quanto tudo o que havia acontecido havia poucos instantes.

- Senhor Kingsley?! – disse Thompson surpreso, com o coração disparado e o terno absolutamente molhado. O carro atrás, com a porta escancarada. – O senhor Éric está lá dentro! Tem alguma coisa muito errada! – Dito isso, olhou para trás, para o carro, ao mesmo tempo em que enfiava a mão dentro do terno, buscando por sua arma. A chamada era perdida, por não ter sido atendida.
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Mensagem por Samuka Seg maio 27, 2019 4:00 pm

Stanislav






Quais eram as necessidades básicas de Stanis? Será que é mesmo apenas poder? Afinal, conhecimento não é poder? Mas para quê? Olhe para ele, uma figura tão longe de um... Ditador… Não, ele não é, apesar de saber a arte de liderar. Ele deve ser ainda aquele garoto mimado e curioso. Sim, papai não o mimava mais, morreu há tempos, mas ainda tinha o espírito curioso, aquele mesmo de muito tempo atrás. O bom é que o velho não enchia mais o saco, "Pare com isso, moleque". Não? A voz dele ainda ecoava no interior de Stanis, o qual estava em meio a livros e outras bugigangas muito estranhas. Via seu reflexo ao checar sua espada, e podia sentir a feitiço que emanava dela. O seu pai ficaria doido.


Stanis parece aqueles velhos cheio de simpatias, tem uma para tudo. Na verdade, tudo se torna ritual ou cheio de simbolismo, até pegar num livro. O livro que Roy havia entregado, após aquela estranha reunião, ao calouro à Astor. Claro, para Stanis, tudo aquilo deveria ter um significado oculto. Por que será que Roy entregou este livro e escreveu na contra capa, "Estou te esperando em Nova Iorque, Letchworth Village Thiells"? Tantas formas de manter contato, será que há algo mais do que ter procurado em vão por um papel e ter escrevido no livro? Poderiam manter contato telepático, ou coisa parecida, mas um livro? Talvez Roy seja um cara cauteloso, sistemático, mas isso passava longe das suposições de Stanislav. Antes de sair, ao se virar, um defunto estava sentado no sofá, rindo para Stanis e uma voz falava ao seu ouvido:


- E aí, cara, não acha que tem que tomar um suquinho, não?


Off:
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Nova Iorque está me matando - Parte Um Empty Re: Nova Iorque está me matando - Parte Um

Mensagem por Samuka Seg maio 27, 2019 4:01 pm

Rafael estou refazendo o seu post, não gostei. Me dê mais um, ou dois dias. Abcs mano
Samuka
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Mensagem por @nonimous Seg maio 27, 2019 9:04 pm

Maslow define cinco categorias de necessidades humanas: fisiológicas, segurança, afeto, estima e as de autorrealização. Esta teoria é representada por uma pirâmide onde na base se encontram as necessidades mais básicas pois estas estão diretamente relacionadas com a sobrevivência;
Nova Iorque está me matando - Parte Um 408px-Hierarquia_das_necessidades_de_Maslow.svg

A mais básica é fisiologica, boa parte delas Stannis estava divorciado, exceto por alimentação por vitae todo o resto era dispensável, fútil ou repulsivo.

Segurança?
Estou bem obrigado, fisicamente poucas coisas podem fazer frente ao poder de Stanis, que poderia incendiar uma casa de três andares apenas gesticulando, claro que existem seres com nível de poder igual ou maior que Stannis, mas esses era possivel vencer de outras formas, ok, isso era uma preocupação, distante, mas algo que Stannis superou ou supera.

Amor relacionamento, aqui começa as complicações, Stannis não sente nada por ninguém, é como se seu coração fosse algo tão gélido e distante de relações humanas, ele é um monstro par anão se tornar definitivamente um monstro, claro, ele ainda tem lembranças de sua mãe na antiga casa na Inglaterra, ou das conversas com seu pai, de amores perdidos, mas nenhum mortal ou Membro ou cativou, ah, bom tem a Malia, mas ela é um Lobisomem, vez ou outra ele manda alguma mensagem e seu relacionamento é mais algo profissional do que algo afetivo, isso claro pelo ao menos por parte dele, ela parece gostara um pouco do vampiro, sente um certo carinho por ele, enquanto pensa isso Stannis manda uma mensagem para ela:

" Oi pequena Encrenca, faz algumas noites que não te vejo, estou indo para Nova Iorque, que tal nos vermos por lá e tomarmos um café na Broadway, eu soube que vai ter uma premier de o Fantasma da Opera"

Estima: Droga isso é verdadeiramente um problema, Stannis precisa e busca alguma graduação na pirâmide, ele alcançou o grau de Regente, mas ter sido empalado por Anarquistas meio que fez ele perder um pouco de confiança em si, fez ele ser humilhado perante o conselho, e as coisas só voltaram ao normal agora, e claro o fato dele ter destruído um poderoso Ancião Malkaviano fez dele alguém digno de nota perante o clã, ele anseia por ser um Astor, parece que conseguiu, mas e agora, ele anseia por mais, vislumbra liderar seu próprio grupo de regentes na sua cruzada, ele sente que esta enxugando gelo, para cada criminoso que ele destrói um pior toma seu lugar, era hora de assumir uma capela, ou quem sabe algumas capelas como Alto Regente ou Lorde......

Por último o mais profundo e complexo estado da existência, alguma elevação espiritual, algo maior que seus desejos por poder, por controle, sua jornada é parte de um grande plano, eliminar esses monstros que rastejam por ai.

- Você? Indaga Stannis para o homem morto.

- Já estava sentindo saudades de você, afinal da ultima vez você quase me matou, e só lembrando que me parece que não sirvo morto, que tal uma trégua? Diz Stannis puxando um lenço branco em forma de paz.
Enquanto conversava com o " demônio" ele articulava sua ida, chamando um motorista particular de um aplicativo.
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