NY II - A Maçã Podre

Leitura imprescindível do primeiro post deste tópico: Prólogo da cidade




    Densas brumas enublam as vistas dos membros que ousam se aventurar pelas noites de Grande Maçã. Em meio a uma troca de principado em NY, acontecimentos isolados e inusitados levam os membros a questionarem o verdadeiro significado de seguir os dogmas de uma seita. Aproveitando-se da instabilidade da Camarilla no Novo mundo, pequenos grupos de Cainitas se avizinham da cidade que carrega a falsa promessa de prosperidade e liberdade, longe do olhar pungente dos antigos vampiros do velho mundo e dentro do olho do furacão... A única certeza que os membros possuem na cidade é que algum olho os espreita.

Noites passadas...
    Miro, o príncipe da cidade teve que lidar com uma breve visita de dois Justicares, ambos vistoriava a queda da antiga Príncipe Blair e legitimaram o Ventrue como novo Príncipe. A Regente da cidade Hermione Kensigton se absteve de todos os eventos que precederam a posse de Miro, o que levou as más línguas das harpias a supor que a regente carrega uma antiga inimizade com o atual Principe... Poucas harpias, diga-se de passagem, compactuam com essa verdade, pois duas delas (Bricmont e Norfolk) á noites não são avistadas pelos Elisios da cidade, algumas especulações dizem que a loucura contagiante também as atingiu, devido a isso se afastaram da cidade.

    Boatos de que uma loucura silenciosa contagiou mais uma vez os lunáticos, além da maldição do sangue muitos Malkavianos viam-se afetados demais para permanecerem dentro da cidade, parece que uma loucura contagiante se espalhou entre eles... Nunca se sabe até onde as “brincadeiras” e as verdades se separam, ou se é apenas uma meia-verdade para não levantar alardes para o que o Clã organiza pelas costas do novo Príncipe.

THEÔNIOS ALBUQUERQUE
O gato moribundo lambia o rosto do Gangrel numa tentativa mesquinha de lhe agradar em troca de alguma recompensa, a noite fria e ventaneira anunciava o inverno que se avizinhava, aquele gotejar incessante e irritadiço lembrava que seu novo refugio nao era tão aconchegante quanto o ultimo, mas era seguro o bastante, ainda mais com a porção de solo rustico para a metamorfose do Gangrel oferecer uma garantia extra durante o torpor diurno.

A galeria abandonada, ja havia sido crucial para abastecimento e saneamento do velho Bronx, agora apenas acolhia Theon e seu lacaio, ambos ja estavam próximos ja haviam algumas noite, desde o incidente do ultimo refugio, do encontro com Ezequiel e a estranha descoberta do laboratório que havia sumido do dia pra noite.

Desde então, sua noite seguia pontual, sem maiores interferência externa, mas a politica havia enfim o chamado. Sua seita havia solicitado sua presença no Elisio da Cidade, e a própria Srta. Rasputim havia agendado essa noite com o neófito desgarrado.

STATUS
PS 10/10
FV 3/3
VIT - OK

THEÔNIOS ALBUQUERQUE

   Abro os olhos, e sinto o cheiro de esgoto que exala pelo local, tento me acostumar com isso, pois esse será meu lar por um bom tempo, espero eu! Olho para os lados e me certifico de estar seguro e sozinho, exceto pelo meu gato.

   'Meu leal e fiel mordomo felino me desperta para mais uma noite nessa cidade decadente. As coisas não são mais como antigamente, e um Gangrel não é mais respeitado como deveria ser. Talvez a vida no campo, ou em mata fechada seja o verdadeiro lar para alguém como eu, ainda me pergunto o porque decidi viver na cidade! Ah, sim, minha busca... às vezes eu esqueço, há há há.'


   Relembro os acontecimentos das últimas noites, e paro um pouco para meditar, e tentar chegar à alguma conclusão de tudo o que ouvi e presenciei.
   'Essa cidade está um caos. E depois não entendem porque os Gangrel são aversos à politica! Um careca que descobriu meu esconderijo e pode entrar em minha mente, vampiros mais letárgicos do que múmias mortas num museu, e uma plano de conspiração à nível de Príncipe, e coisa pior, quem sabe!'


   Faço um agrado no meu felino enquanto penso nisso tudo, e então volto minha atenção para os problemas políticos. Eu havia recebido o convite para uma reunião no Elísio, e deveria comparecer diante de pessoas importantes. 'Baboseiras que inventam para se entreter pela maldita eternidade!'
   ||Animalismo: Sussurros Selvagens||: Me dirijo ao felino: "Vá lá fora e veja se tem alguém por perto, se estiver tudo limpo, volte e me avise. E não vá errar de novo, como da outra vez!"


   Então, quando o gato voltar, levanto, me limpo o melhor que posso (e que considero adequado, o que não deve ser o suficiente para os aristocratas da Torre de Marfim, com toda a certeza), me cubro com trapos velhos, para parecer um mendigo, e saio de meu esconderijo, com cautela e atento à minha volta. Olho para o gato e digo ||Animalismo: Sussurros Selvagens||: "Fique aqui, e me avise se alguém aparecer por perto."

  Do lado de fora eu observo o céu, e procuro a lua, observo as estrelas, se as nuvens não as está cobrindo.
   Sigo na direção do Elísio, mas vou prestando atenção em lugares que posso usar como esconderijo novo, e animais perdidos que podem me ser uteis, não faço nada, apenas observo e vou cuidando de não ser surpreendido por ninguém. Ignoro as pessoas, não estou com fome.