Crônica: Águas Profundas - Narrativa Solo para o Player: Rian

A centelha de razão persistente em sua mente teme a repercussão de um incidente desses, colocando-o em batalha contra a Besta. Ele pode sentir suas presas se projetando e seu corpo começando a envergar para a frente, mais animal que homem. Droga! Ele não pode ceder! Por Deus! Ele acabou de ser avisado quanto a quebras da mascara! Ele não pode, Claire precisa dele... Mas a Besta Ruge! Harrrr! Ele serra os dentes com força. Não! Não! Não!

Ele sente os pelos de seu corpo erriçar e seus sentidos se aguçarem enquanto sua racionalidade cada vez mais precaria tenta lembra-lo que não pode ceder.... Claire....Claire! Em um esforço hercúleo, o Forasteiro relembra a visão patética e frágil de sua irmã, mais morta do que viva, tentando suprir dois corações com um corpo decrepito que mal sustenta um. Claire! Pensando na irmã, enquanto range os dentes para se impedir de grunhir como um animal, o gangrel começa a correr e se afastar do rebanho (Ação condizente ao gasto de: 1 FdV). Enquanto corre, ouvindo o pulsar do coração do velho que deixou estatelado ao chão, (mas ainda vivo). Riam é novamente impulsionado ao conflito com a Besta, desejosa por voltar e terminar o trabalho.

Dudum! Dudum! Dudum! O coração do idoso ecoando juntamente as passadas de seus pés velozes, ambos soando em um mesmo ritmo aos ouvidos do Gangrel, enquanto sua boca saliva e suas pernas tornam-se dissonântes a medida que a fome o incita a se virar e a razão o leva para o lado oposto tentando afasta-lo da tentação.

Ele luta contra a fome, seus sentidos de caçador despertos deixando-o ainda mais consciente do velho a suas costas, suas garras saindo e tomando o temível aspecto da Besta sem seu consentimento, enquanto continua correndo e se afastando ainda movido pela fagulha agora já quase desaparecida de racionalidade. Combatendo seu instinto de predador, por pura determinação.  


Com a visão de sua irmã moribunda motivando-o, a mente disciplinada do artista marcial persiste apesar da dificuldade e reacente a fragil fagulha da razão. Repelindo como pode a Besta que contra-ataca. Um combate implacável e feros, que mesmo o experiente combatente não tinha segurança de vencer. Por quanto tempo ainda seria ele?


Descendo a rua enquanto corre, o Forasteiro lembra que na segunda quadra nessa direção, virando a próxima esquina existia um parque verde, se o parque estiver lá ele pode se fundir com a terra ou mesmo simplesmente adentrar a área de bosque (contudo passaram-se vinte anos desde a ultima vez que o gangrel esteve na cidade e não é sabido se o parque permanece lá, ele dará esse salto de fé)? Indo nessa direção, Rian também avista uma caçamba de lixo, alguns becos sem saída, com escadas de incêndio para os prédios nas laterais e claro as habituais tampas de bueiro dando acesso para os esgotos. O gangrel até pensa em se enfiar no fundo de um desses becos e se transformar em um animal mais inofensivo para diminuir o possível estrago, entretanto, com a magnitude de sua força é difícil imaginar algo que possa conte-lo em frenesi.

Localização Atual:

Características:

A difícil batalha entre humanidade e bestialidade era travada mais uma vez. Eu poderia simplesmente deixar que a fera assumisse o controle, me esbaldar sem me importar com as consequências e como uma tempestade tropical sair destruindo todo e a todos em minha volta, não dar a mínima para a degeneração e me tornar cada vez mais parecido com um animal. Mas eu tinha alguém que precisava de mim e, por minha irmã, a pessoa que eu mais amava, eu não podia ceder. Se um dia ela se fosse provavelmente eu não me importaria no monstro que eu poderia me tornar. Mas esse dia ainda não havia chegado e, por causa dela, eu usaria todas as minhas forças para me preservar deste caminho sem volta.

"O parque! Sim, o parque! Ele ainda deve estar lá!"

Corria na direção do parque enquanto lutava para fazer os sentidos aguçados voltarem ao normal que tinham sido intensificados pela situação. Além disso recorria aos legados do clã Gangrel usando os dons do sangue para modificar o meu corpo, meu esqueleto, minha carne. Em breve meus ossos começariam a se quebrar assumindo um novo esqueleto enquanto eu me tornava um animal de menor porte e com asas. No fim das contas se eu não conseguisse me segurar, o máximo que teriam era um boato como "um morcego agressivo", infinitamente melhor que a imagem de uma pessoa com a minha fisionomia comportando-se como um animal nas ruas e assassinando alguém de forma animalesca. E dentro do bosque espero que esse morcego encontre outro animal para canalizar sua raiva, o que seria perfeito.

Metamorfose 4 - Forma de Morcego

Sentindo as alterações da metamorfose em seu corpo, enquanto ossos estalam e músculos se comprimem em um misero e alarmantemente desesperado ‘rato aéreo’, o carateca bombeia sua vitae com a potencia de uma bomba petrolífera, acelerando a metamorfose o quanto pode e saltando no ar o mais rápido possível.

Torcendo para que a cidade não tenha mudado tanto quanto parece ter mudado. O que.... é sua primeira boa noticia nessa noite tenebrosa.  

 
No inicio da praça, como na sua época há uma construção de valor histórico. Ela era usada com fins políticos a 20 anos atrás e funcionava até as 17hs. Mas é difícil intuir sem investigar com mais calma, qual é a sua destinação atual.


Passando a construção e voando mais o seguir, o morcego de grande porte veria o topo de varias arvores, com caminhos planos e bem iluminados entre elas. O que possibilita que pedestres, ciclistas e mesmo pessoas de patins ou skate transitem pelo parque, embora com o avançar da hora, os únicos transeuntes visíveis são alguns desafortunados dormindo espalhados pelos bancos enquanto se cobrem com papelão.  
 

Obs. Como sua reserva sanguinea caiu, o proximo teste de Frenesi sera feito com apenas 2 dados a não ser que a sua reserva de sangue suba até o final do turno.

“Características”: