Vampiros - A Máscara
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Crônica: Águas Profundas - Narrativa Solo para o Player: Rian

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Mensagem por Winterfell Sáb Dez 24, 2016 3:36 pm

Crônica: Águas Profundas Player: 01 - Rian / Welistaner

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Cidade: Saint Barthelemy Interligação: Cidade em que Rian e Claire foram adotados, também onde esta localizado seu dojo familiar.  

Historia Cainita: A crônica vai se iniciar em Janeiro de 2017, na cidade fictícia de Saint Barthelemy, que juntamente com Lawrence, forma a sede do Condado de Essex no estado americano de Massachusetts. A cidade foi fundada há 373 anos atrás, mas só passou a ser oficialmente da Camarilla há 250 anos, quando Augustus Bartholomew, um Ventrue Inglês residente na localidade desde a fundação da vila (que inclusive por sua influencia denominou-se "Saint Barthelemy") decidiu assumir o principado e fazer da localidade um reduto da Seita. O Ventrue Gerard Montgomery e o Nosferatu Abraham Montmorency assumem a primigênie como representantes de seus clãs e são também as figuras mais significativas, até a chegada da Toreador Henrietta Devereux. 10 (dez) anos após sua chegada, Henrietta se fixar como Senescal e consorte do Príncipe. O clã Toreador ganha mais espaço na corte e a também Toreador Samantha Marjorie torna-se primigênie. O Tremere Horatio Followes, da inicio as tratativas para a construção de uma Capela em Saint Barthelemy. Seu pedido é negado por Augustus. Stephanie Desdemona ocupa a primigênie Malkaviana. O Rebanho é duramente afetado por um surto epidêmico, alguns cainitas também são contaminados. Entre os contaminados esta Theodore Ambrose, cria de Henrietta Devereux. O Toreador agoniza por meses até por fim, tirar a própria vida. Henrietta Devereux entra em depressão e cai em torpor. Vários cainitas deixam o domínio temendo a contaminação. As fatalidades continuam aumentando no rebanho e também entre os cainitas. O Tremere Horatio Followes é contactado pelo Príncipe e identifica o agente viral responsável pelas fatalidades (Ébola). O Tremere guia os pesquisadores mortais e ajuda a conter o avanço da doença. Por seu auxilio, Horatio Followes passa a integrar a primigênie e recebe permissão para a construção da Capela Tremere. A cidade volta a crescer e o Brujah Clint Eastwood e suas crias Hector e Henry Marmaduke se fixação na cidade. Entretanto ainda se aproveitando desta fragilidade temporária, o Sába ataca Saint Barthelemy. Clint Eastwood e Scott Rivers (Brujah), Giles Montgomery (Ventrue), Nathan Lawrence (Malkaviano) e Fergus (Nosferatu) são baixas no confronto. Mas por fim, o Saba é expulso com sucesso e vários Membros são honrados por suas respectivas participações no combate. Hector e Henry Marmaduke são reconhecidos como anciões e vários outros cainitas também são reconhecidos como Ancillas ou ainda recebem outras permissões e honrarias. Após o recuo do Sabá, uma cova coletiva com alguns recem abraçados é encontrada. Estas crias são capturadas e então julgadas. Rowena Baxter uma recem abraçada Ventrue é condenada ao sol. Gerard Montgomery recebe o direito de criar progênie e abraça Tristram Montgomery. Lyon Lovell intervem por Sarah Wyndham e se torna tutor da Toreador. Henry Marmaduke intervem para que Matthew Swann (Brujah) e Charles Godwin (Gangrel) sejam poupados. Os irmãos Marmaduke também recebem direito a progênie. Erasmus Vernon intervém pelo novo Nosferatu Edmund Valmere, passando a tutorar o mesmo. Abraham Montmorency recebe salve contudo para eliminar cainitas que invadam os esgotos, alem de direito a progênie. Stephanie Desdemona e Horatio Followes também recebem direito a progênie. Stephanie Desdemona intervem por Ágatha Caversham fazendo com que a Malkaviana seja poupada. Horatio Followes abraça seu antigo carniçal Elliott Gilliat e toma Francesca Ellwood (Lasombra) como cobaia de experimentos. Um ano depois, Hector Marmaduke abraça Thomas Goddard e alguns meses mais tarde Henry Marmaduke abraça Joanne Radcliffe.

15 (quinze) anos apos esses acontecimentos, Rian é abraçado e apresentado ao Príncipe Augustus. Mas logo se ausenta da corte local, no intuito de cumprir sua vingança. Stephanie Desdemona abraça Charlotte de Lisle. O tempo vai passando enquanto o Gangrel transita por outras cortes como Las Vegas e Edimburgo. Ainda que mantendo "um olho" nas noticias locais de Saint Barthelemy (bairrismo), encontrar os assassinos de sua família tinha se torna uma espécie de obcessão (vingança).    
   
(OFF: Você estará em qualquer lugar que queira do mundo, a exceção de Saint Barthelemy. Quando ver esta reportagem).

Reportagem local, (seção de fofocas): "O Dojo Kimura, administrado pela campeã regional Claire Kimura. Estará encerando suas atividades a partir do mês que vem. Segundo a própria Campeã, a partir de fevereiro Claire dara mais enfoque a sua vida particular e essa escolha esta diretamente relacionada ao seu casamento com Benjamin Travers, marcado para o inicio do mês que vêm. O noivo inclusive já confirmou que vai recepcionar o sobrenome da esposa e que eles tem planos para reabrir o dojo depois da lua de mel. Mas não estipularam nenhuma data para essa reinauguração. Meus votos de boa sorte aos pombinhos, embora alguns boatos atentem para outras causas. Ca entre nos meus leitores assíduos. Claire Kimura parece ter perdido 13 alunos nos últimos dois meses e alguns rumores quanto a sua instabilidade e indisposição física e emocional circulam a "boca pequena". A felicidade com o casório "encaducou" a mulher? Ou na verdade ela esta grávida e sofrendo com os "humores" do Benjamin Junior? Fica a duvida meus caros leitores, até nosso próximo encontro".        

Saint Barthelemy

População Mortal: 3.697.845 habitantes
População Cainita: 29

Clã Ventrue
- Príncipe: Augustus Bartholomew - ♂ - Ancião - Ventrue - Domínio: Portos marítimos e fluviais.
- Primigênie Ventrue: Gerard Montgomery - ♂ - Ancião - Ventrue - Domínio: Empresa Montgomery.
- Progênie do Príncipe: Anthony Bradford - ♂ - Ancilla, Xerife - Ventrue - Domínio: Empresa Bradford.
- Progênie do Príncipe: Charlotte Delamere de Blois - ♀ - Ancilla, Zelador de Elísio - Ventrue
- Progênie da Primigênie: Geoffrey Montgomery - ♂ - Ancilla, Secretário - Ventrue
- Progênie da Primigênie: Giles Montgomery - ♂ - Neófito - Ventrue
- Progênie da Primigênie: Tristram Montgomery - ♂ - Neófito - Ventrue
- Cria do Sabá: Rowena Baxter - ♀ - Neófito - Ventrue

Clã Toreador
- Senescal: Henrietta Devereux - ♀ - Anciã - Toreador - Atualmente em Torpor.
- Primigênie Toreador: Samantha Marjorie - ♀ - Anciã - Toreador
- Progênie da Senescal: Mary Marshall - ♀ - Ancilla, Hárpia Oficial - Toreador
- Progênie da Senescal: Theodore Ambrose - ♂ - Neófito - Toreador
- Progênie da Primigênie: Eleanor Loveless - ♀ - Ancilla, Algoz - Toreador
- Lyon Lovell - ♂ - Ancilla, Secretário, Hárpia Informal - Toreador
- Cria do Sabá / Tutor Lyon Lovell: Sarah Wyndham - ♀ - Neófito - Toreador  

Clã Brujah
- Primigênie Brujah: Clint Eastwood - ♂ - Ancião - Brujah - Sire de Hector e Henry Marmaduke.
- Primigênie Brujah: Hector Marmaduke - ♂ - Ancião sem Idade - Brujah
- Henry Marmaduke - ♂ - Ancião sem Idade, Secretário - Brujah
- Progênie do Primigênie: Thomas Goddard - ♂ - Neófito - Brujah
- Progênie do Secretario da Primigênie: Joanne Radcliffe - ♀ - Neófito - Brujah
- Scott Rivers - ♂ - Neófito - Brujah
- Cria do Sabá: Matthew Swann - ♂ - Neófito - Brujah

Clã Nosferatu
- Primigênie Nosferatu: Abraham Montmorency "Greenwood" - ♂ - Ancião - Nosferatu
- Erasmus Vernon "O Verme" - ♂ - Ancilla, Secretário - Nosferatu
- Progênie do Primigênie: Fergus - ♂ - Neófito - Nosferatu
- Progênie do Primigênie: Barnabas - ? - Neófito - Nosferatu
- Cria do Sabá / Tutor Erasmus Venon: Edmund Valmere - ♂ - Neófito - Nosferatu

Clã Malkaviano
- Primigênie Malkaviano: Stephanie Desdemona - ♀ - Ancião - Malkaviano
- Progênie da Primigênie: Nathan Lawrence - ♂ - Neófito - Malkaviano
- Progênie da Primigênie: Charlotte de Lisle - ♀ - Neófito - Malkaviano
- Cria do Sabá: Ágatha Caversham - ♀ - Neófito - Malkaviano

Clã Tremere
- Primigênie e Regente da Capela Tremere: Horatio Followes - ♂ - Ancião - Tremere  
- Miranda Chamberlain - ♀ - Ancilla, Secretária - Tremere
- Progênie da Primigênie: Elliott Gilliat - ♂ - Neófito - Tremere

Outros Clãs
- Cria do Sabá: Charles Godwin - ♂ - Neófito - Gangrel
- Cria do Sabá: Francesca Ellwood - ♀ - Neófito - Lasombra AT - Cobaia Tremere
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Mensagem por Abigail Seg Dez 26, 2016 12:55 pm

A noite começava em Edimburgo. Minha primeira ação era pedir um dos servos da Camarilla local que acessasse para mim o noticiário de minha cidade. Desde que saí de Saint Barthelemy  eu não consegui deixar de pensar em minha irmã e na vida que eu deixei para trás... Contudo, Roden, o Xerife de Edimburgo me disse que a mulher que assassinou minha família pode estar relacionada com o ataque à capital da Escócia e, por isso, a Camarilla local me escolheu para esta misstão... É por isso que sempre que posso eu procuro ler e saber o que está acontecendo em minha cidade. 

Entretanto, diferente das outras vezes, nesta noite eu não encontrava apenas notícias da política e economia de Saint Barthelemy. Eu encontrava algo diretamente relacionado com minha irmã e, por seguinte, comigo.
"- Claira, você vai se casar? Bom, isso por si só, não é uma notícia ruim. Seria bom mesmo que minha irmã conseguisse levar uma vida normal. Ela é tudo o que tenho, é a única família que me restou... É claro que, preciso conversar com esse tal Benjamim, embora à primeira vista ele parece gostar dela, afinal também irá assinar Kimura..." 
Continuo lendo o noticiário até que algo me fazia acreditar que as coisas no dojo tinham piorado bastante desde a minha partida. "- 13 alunos? Isto não está certo... Será mesmo que Claire está grávida?"


Era desconcertante.  Um sobrinho, um herdeiro a esta altura, era algo que me deixava perplexo. Eu não sabia se isto era bom, eu me sentia confuso. Minha irmã estava tentando levar a vida para frente e provavelmente estava precisando de mim neste momento, enquanto eu continuava obcecado com nossa vingança. Cerrava meu punho, me colocava de  pé e caminhava até uma daquelas grandes janelas que tinham no castelo de Hotgan, o príncipe de Edimburgo que desaparecera e desde então o Xerife assumira a cidade provisoriamente.
"- Preciso voltar para casa..." Era a conclusão que eu tinha enquanto contemplava a paisagem de um país estrangeiro, um lugar estranho ao qual eu estava acostumado. Com a decisão tomada, eu procuro Roden, o Xerife, e o informo que preciso retornar com urgência para os EUA. Já estava há um bom tempo na Escócia e já tinha lhes prestado meus serviços da melhor forma que podia, tanto que fui visto com novos olhares pela Camarilla local (Status 1). Não ficariam ressentidos de minha partida, não... de forma nenhuma.

Vou até o salão principal do castelo, onde normalmente Roden toma conta de seus afazeres. Ele é um sujeito alto, com um semblante rústico e cabelos longos e grisalhos. Embora ele nunca tenha dito isto, meu palpite é que ele também seja um membro do Clã Gangrel.
- Roden... Preciso voltar para casa. É um assunto particular, mas eu não seria útil na cruzada contra o Sabá aqui em Edimburgo, se minha cabeça se volta novamente para Saint Barthelemy contra a minha vontade. Talvez, se não for pedir muito, ficaria muito agradecido em voltar neste exato instante, no mesmo avião particular que me trouxera para a Europa juntamente com Marcílius e os outros... Havia uma boa possibilidade de que Roden aceitasse meu pedido. (qualidade amigo do xerife). No entanto, ainda assim uma segunda possibilidade, menos onerosa, estaria à disposição, eu apenas precisava ir embora.
- Mas é claro que... Também posso me virar por conta própria. Só preciso de um ticket em um navio com um quarto privativo e sem janelas que vá direto para NY.
 Uma passagem de navio, certamente seria algo quase irrelevante para os cofres de Hotgan.
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Mensagem por Winterfell Qua Jan 04, 2017 1:30 am

Catedral Saint Giles, Edimburgo, Escócia, Reino Unido.
Horário 21:00
 

Local:

Rian despertara relativamente tarde. Uma inconveniência constante em suas ultimas noites. (Por do sol as 19h + Humanidade 05) De qualquer forma o Gangrel não mudara tanto que esquecera sua irmã. Na verdade ... sua preocupação com Claire, bem podia ser a coisa mais "genuína" no Cainita. Imediatamente após seu despertar, pede à serva que aguardava externamente próxima a porta do quarto.  

Serva:

Os jornais e qualquer outras formas de mídia, de Saint Barthelemy. - Imediatamente Senhor. Ela se curva servilmente evitando contato visual com o Cainita. - Já foi providenciado, peso-lhe apenas mais dois minutos e será devidamente depositado sobre sua escrivaninha. Ela tinha uma postura dura e rígida, mas absolutamente submissa e servil. Era uma das Carniçais a serviço do antigo Príncipe, que como os outros, agora servia ao Xerife.

- Vossa Senhoria deseja desta serva mais alguma coisa? Ela certamente vinha esperando do outro lado da porta desde o anoitecer. A mulher sempre esperava plantada como uma arvore por pelo menos duas horas antes que o Cainita despertasse. A mulher vinha fazendo isto toda santa noite desde que Rian começou a se hospedar no Castelo de Hotgan. Posteriormente quando lhe foi cedido refugio em Saint Giles. A serva veio junto. Designada a atender as necessidades do Gangrel. (Ela ouve seu novo pedido e/ou na ausência dele, sai). Provavelmente para lhe trazer os exemplares.        

Sua acomodação na catedral era relativamente pequena. Não que tivessem lhe designado um quarto ruim, na verdade os quartos tinham sido construídos originalmente para acomodar membros do clero e "manter a fé" na época era diretamente associada a abdicar de "alguns confortos". De qualquer forma seu quarto "unitário" tinha uma cama de solteiro, um armário de duas portas e uma escrivaninha em alguma madeira de lei. Com uma cara de "velho e histórico" tão descarada que as vezes era até desconfortável. Rian podia ver algum historiador desmaiando ao ver qualquer arranhão que ele sem querer fizesse naquela tralha toda... ou mesmo tendo chiliques só por ele se referir aos moveis daquele quarto como "tralha".

De qualquer forma só a cama já podia valer um pequeno jatinho. Certamente muito mais do que o Karateca um dia teve nas mãos e a cama nem era tão confortável assim.  

Exatos dois minutos depois, a serva retorna. Depositando os exemplares sobre a escrivaninha. - Vossa Senhoria deseja o desjejum? Pergunta à serva. Caso o Gangrel desejasse uma taça de vitae ou mesmo uma fonte de quem se alimentar, a mulher providenciaria.

A velha volta a sua postura de arvore, estacionada ao lado da porta, mas dessa vez pelo lado de dentro. Atenta e predisposta a qualquer ordem do Cainita.

- Claira, você vai se casar? Bom, isso por si só, não é uma notícia ruim. Seria bom mesmo que minha irmã conseguisse levar uma vida normal. Ela é tudo o que tenho, é a única família que me restou... É claro que, preciso conversar com esse tal Benjamim, embora à primeira vista ele parece gostar dela, afinal também irá assinar Kimura..." Ao ouvir Rian falar sozinho, a mulher ainda se mantém como antes. Imóvel e silenciosa como se não houvesse ouvido as divagações de Gangrel. A velha não parecia uma "serva sem mente", mas ainda assim não se arriscaria a dar uma opinião não solicitada. "- 13 alunos? Isto não está certo... Será mesmo que Claire está grávida?"

Um casamento, um cunhado, um sobrinho. Aparentemente sua irmã continuara a viver. Com ou sem a presença dele. Agora o que essa perda de alunos significava?

Rian caminha até a pequena janela em vitral em seu quarto. Nos contornos a imagem da Virgem Maria acalentando o Menino Jesus. Mas forçando a visão um pouco alem do desenho, era possível ver algumas estrelas em partes especificas do céu. Entretanto a noite parece um pouco nublada.

Vitral:

Saindo da Catedral o Gangrel passa pelo local de adoração dos fieis, a parte da estrutura que também era aberta a turistas e ao publico no geral.

Visão Interna Altar:

Visão Interna:
 

---xXx---

Castelo de Hotgan, Edimburgo, Escócia, Reino Unido.
Horário 21:47
 

Sozinho com Roden, em uma sala de reuniões. "- Preciso voltar para casa..." Roden se mostra um tanto contrariado. - O que quer que seja, não pode ser resolvido daqui? Ele falava de forma seria, ainda que um tanto informalmente. - Veja bem Rian, depois de tudo que houve. Pensei que você se juntaria a "nos". Você bem sabe pelo que já passamos e que estamos em um momento importante. Sair agora fará com que boa parte do que fez seja esquecido. Você estará dispensando os lucros do seu próprio trabalho. Ele fala como quem aconselha um amigo. - Não é por ser um "Forasteiro" se referindo ao termo usado para os Gangreis, e também por Rian se um estrangeiro. - Que você não pode criar raízes aqui. Sinceramente, pensei que você pretendia ficar. - Roden... Preciso voltar para casa. É um assunto particular, mas eu não seria útil na cruzada contra o Sabá aqui em Edimburgo, se minha cabeça se voltar novamente para Saint Barthelemy contra a minha vontade. Talvez, se não for pedir muito, ficaria muito agradecido em voltar neste exato instante, no mesmo avião particular que me trouxera para a Europa juntamente com Marcílius e os outros...- Mas é claro que... Também posso me virar por conta própria. Só preciso de um ticket em um navio com um quarto privativo e sem janelas que vá direto para NY. -Você não quer pensa melhor nisso? Ele parece fazer uma ultima tentativa, não iria se impor ao Gangrel, mas visivelmente discordava da alegação de inutilidade que Que o outro via pregando. Rian seria muito util em um embate contra o Sabá.
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Mensagem por Abigail Seg Jan 09, 2017 2:49 pm

A serva era um luxo que eu nunca jamais tinha esperado receber. Como o garoto pobre que eu fui e o clã rústico que me abraçou, uma pessoa para me servir parecia até algo estranho, senão, constrangedor. Seu modo de evitar até olhar para mim me fazia pensar um pouco sobre a arrogância de alguns vampiros que se diziam a elite social da Seita, como os Ventrue e Toreador. Naturalmente eu já não nutria muita simpatia por este tipo de gente que se acha superior aos demais, apenas os tolerava. A verdade é que no final das contas somos todos monstros (bestas). A diferença é que eles tentam rejeitar a fera que mora dentro de suas entranhas enquanto nós (Gangrel) aceitamos.

- Vossa Senhoria deseja desta serva mais alguma coisa?

- Não, obrigado!
Logo ela voltava com os jornais e me fazia outra pergunta...

- Vossa Senhoria deseja o desjejum? 
“- Sempre tão disposta a ajudar e servir...” Era o que eu pensava. Por outro lado eu não podia deixar de comentar a estranheza da palavra “desjejum.” Na verdade eu sabia do que se tratava, apenas não estava acostumado com o termo e nem com sangue servido assim, “de bandeja”. Nós do clã Gangrel adoramos uma boa caçada e esse modo de vida dos sangue-azuis, muito me estranhava.
- Desjejum? Hahahaha! Desculpe... eu ainda estou tentando me habituar com toda essa... Eu olhava para os lados, para a cama, o todo e, por último, para a serva, enquanto levantava ambas as mãos e dava de ombros: - Mordomia!
Contudo, o fato é que sangue é sangue e eu simplesmente não podia recusar, não importando a fonte ou de que forma fosse adquirido. Rejeitar o sangue era rejeitar à nossa necessidade básica.
- Vou aceitar sim, da forma que lhe for menos trabalhosa.
--
Finalmente com Roden a conversa era diferente. Ele estava determinado a me segurar na Europa.

- O que quer que seja, não pode ser resolvido daqui?

- Infelizmente não Roden...

- Veja bem Rian, depois de tudo que houve. Pensei que você se juntaria a "nos". Você bem sabe pelo que já passamos e que estamos em um momento importante. Sair agora fará com que boa parte do que fez seja esquecido. Você estará dispensando os lucros do seu próprio trabalho. Ele fala como quem aconselha um amigo. - Não é por ser um "Forasteiro" se referindo ao termo usado para os Gangreis, e também por Rian se um estrangeiro. - Que você não pode criar raízes aqui. Sinceramente, pensei que você pretendia ficar.
- Sim, claro... De fato eu pretendia ficar um bom tempo aqui. Mas nem sempre as coisas acontecem como queremos, e você sabe disso, Roden! Você é um vampiro mais velho e já deve ter passado por situações semelhantes. Quanto à recompensa, já sou mais do que grato pela simples emoção do que eu vivi aqui, além disso, bem sabe essas... Eu girava o corpo em 360º abrindo os braços olhando para aquele ambiente requintado. – essas “recompensas” não tem o mesmo valor para mim que teria para um Ventrue ou um Toreador.

-Você não quer pensa melhor nisso?

- Já pensei sobre isso. Eu gostei daqui... pode ser que eu volte. Eu caminhava três passos para um lado enquanto encarava a decoração do lugar. Meu pensamento parecia distante. Na verdade agora que meus pensamentos tinham se voltado para minha irmã, dificilmente eu conseguiria ficar naquele lugar. – Mas não sei te dizer quando! E obrigado pela serva! É um luxo que eu nunca tive e realmente fico agradecido por sua hospitalidade.

Estendo a mão para Roden, num sinal de gratidão e, após o aperto de mão, eu deixaria o Velho Mundo para trás. Meu coração morto parecia bater novamente. Aqueles fatos não saíam da minha cabeça. Eu queria atravessar o oceano correndo sob meus próprios pés...
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Mensagem por Winterfell Sáb Jan 14, 2017 5:56 am

Catedral Saint Giles, Edimburgo, Escócia, Reino Unido.
Horário 21:00


O carateca se sentia até desconfortável com o tratamento dos servos e todo aquele ambiente “pomposo”. Provavelmente se ele a mandasse lamber o chão, a velha o faria. Indiferente a toda indignidade e humilhação do gesto. O quanto tinha sobrado na mulher, do que ela um dia tinha sido? No geral isso “diz” ou melhor dizendo “mostra” como os Membros enxergam os mortais. Comida com a qual se divertir e brincar, o “rebanho” como usualmente gostam de dizer. Seus bichos para procriação e sustento.

Pior .... supostamente a Camarilla abrigava os “mocinhos” e por mais romântica que seja essa visão simplista de certo e errado ou bem e mal. O Sabá conseguia ser mesmo pior... portanto aparentemente o dilema de um cainita na Camarilla não era mais ser “humano”, mas sim ser um “monstro melhor” ou mesmo “mais evoluído” que os Monstros do Sabá. Como se alguém com lama até a cintura, pudesse se vangloriar de quem esta com lama até o pescoço.

Avesso a essa monstruosidade enrustida de “bons costumes” e etiqueta. O Forasteiro ainda se mantinha o mais humano possível. Consciente que tinha sua “própria bagagem”, não sendo é claro nenhum Santo. Mas sim “honesto” quanto a suas necessidades e diferente dos Ventrue e Toreador, que escondiam suas intenções por debaixo de uma fachada de altruísmo e nobreza.

- Vossa Senhoria deseja o desjejum?

- Desjejum? Hahahaha! Desculpe... eu ainda estou tentando me habituar com toda essa... Eu olhava para os lados, para a cama, o todo e, por último, para a serva, enquanto levantava ambas as mãos e dava de ombros: - Mordomia!

A velha inicialmente se mostra preocupada, como quem aparentemente fez algo errado e espera alguma forma de reprimenda. Contudo ao perceber do que de fato se tratava, ela vai ficando envergonhada enquanto sua face vai ganhando um pouco mais de cor. Ela ainda tenta disfarçar sua vergonha falando com o mesmo tom polido. - Claro Senhor. Mas a face toda vermelha da mulher contradiz suas palavras, deixando a cena um tanto quanto cômica e constrangedora. - Tentarei me ater a termos que ... Dizia a mulher toda rígida e envergonhada, tentando não mostrar o quão envergonhada e pouco a vontade estava, mas falhando miseravelmente. o agradem mais.

- Vou aceitar sim, da forma que lhe for menos trabalhosa.

Ela faz que sim com a cabeça. Saindo rapidamente do quarto como quem agradece a oportunidade de se recompor. Atendendo alguma ordem qualquer, onde possa mostrar eficiência e com isso “esconder” os momentos anteriores.

Ela volta pouco tempo depois com uma bandeja com duas taças em vitae. Uma em cristal vermelho com o típico sangue engarrafado. Não tão bom quanto o “diretamente colhido” de uma fonte, mas ainda assim sangue humano com um “bom gosto” pra sangue engarrafado. A taça roxa também parecia conter sangue humano, contudo um sangue muito mais saboroso e encorpado. Tinha um gosto que preenchia toda a boca e permanecia no paladar ainda um bom tempo depois de engolido. Era quase como estar bebendo diretamente de alguém, um “pequeno beijo” por assim dizer.

Alem disso beber um sangue “regular” e logo em seguida um “tão melhor”, deixaria a diferença das “safras” clara mesmo para o cainita mais rude.

Taças:


---xXx---

Castelo de Hotgan, Edimburgo, Escócia, Reino Unido.
Horário 21:47


- Sim, claro... De fato eu pretendia ficar um bom tempo aqui. Mas nem sempre as coisas acontecem como queremos, e você sabe disso, Roden! Você é um vampiro mais velho e já deve ter passado por situações semelhantes. Quanto à recompensa, já sou mais do que grato pela simples emoção do que eu vivi aqui, além disso, bem sabe essas... Eu girava o corpo em 360º abrindo os braços olhando para aquele ambiente requintado. – essas “recompensas” não tem o mesmo valor para mim que teria para um Ventrue ou um Toreador.

Por um lado: Você não parecia ter ofendido o Xerife. Ele podia ser “Príncipe Interino” mas continuava sendo o mesmo Roden. O que por consequência, tornava esse dialogo bem mais “simples”. Sem todos aqueles “não me toques” e formalidades, “armadilhas complexas” disfarçadas como “bons modos”. Por outro lado: Também esta bem claro que ele não aprova a sua escolha e é o tipo que “diz isso na lata”.

- Já pensei sobre isso. Eu gostei daqui... pode ser que eu volte. Eu caminhava três passos para um lado enquanto encarava a decoração do lugar. Meu pensamento parecia distante. Na verdade agora que meus pensamentos tinham se voltado para minha irmã, dificilmente eu conseguiria ficar naquele lugar. – Mas não sei te dizer quando! E obrigado pela serva! É um luxo que eu nunca tive e realmente fico agradecido por sua hospitalidade.


O semblante dele fica mais contrariado. - Você não esta “sabendo” me dizer muita coisa. Diz como quem claramente sabe que você esta ocultando coisas dele. - Mas cada um com suas escolhas. Ele meio que “deixa pra lá” afinal ser insistente não parece que trará melhores resultados e ele não pretendia “obriga-lo” a ficar. - Vou providenciar o seu voo então. Mas já que você gostou da Margareth (ele claramente se referia a serva) - Pode ficar com ela. Roden sorri pra você enquanto vai se aproximando e lhe estende a mão. - Considere-a um empréstimo e me devolva quando voltar a Edimburgo. Ele espera o comprimento um tanto “informal” de despedida. Que selaria o fim das tratativas e consequentemente a partida do Gangrel para os Estados Unidos. - Você vai fazer falta rapaz. Ele continua a falar informalmente e com um “que” de camaradagem para com Rian. Entretanto talvez Roden não fosse “tão ruim” assim na posição de Príncipe. Ele tinha conduzido a conversa de forma a tornar uma recusa complicada.

Rian se sentia meio “obrigado” a aceitar a proposta de levar à serva. O que o obrigaria a de fato voltar em algum momento a Edimburgo, nem que fosse só pra despachar a mulher... - Lucio! Assim que chamado o servo desponta a porta. - Avise a Margareth que seu mestre esta deixando este principado e que ela ira acompanha-lo. Instrua-a devidamente nos preparativos para o transporte aéreo. O servo faz uma leve e polida inclinação em seu tronco. Como resposta positiva ao Príncipe e se retira do aposento. Provavelmente indo providenciar o que lhe fora ordenado.

Estendo a mão para Roden, num sinal de gratidão e, após o aperto de mão, eu deixaria o Velho Mundo para trás. Meu coração morto parecia bater novamente. Aqueles fatos não saíam da minha cabeça. Eu queria atravessar o oceano correndo sob meus próprios pés...

---xXx---

Jato Particular no Aeroporto Local, Edimburgo, Escócia, Reino Unido.
Horário 22:30


Jato:

(Margareth) - O Principado de seu destino já foi contatado e todo resto foi providenciado para seu conforto durante a viagem senhor. A mulher parecia um pouco fora do seu “eixo normal” como se esta viagem a tivesse pego de surpresa e mesmo não fosse muito “querida”. - Contudo o pouso em Saint Barthelemy, Massachusetts esta previsto para as 6:30 p.m portanto ainda haverá algum sol. Indiferente ao que quer que passe pela cabeça da idosa. Ela continua sendo eficiente como de costume. - Por esse motivo vossa senhoria talvez prefira viajar mais protegido na bagagem. Se este for o caso já pesquisei alguns hotéis que podem atender as suas expectativas de privacidade. Relata a mulher, enquanto folhei algumas folhas, aparentemente checando alguma papelada. - Vossa Senhoria gostaria de mais alguma providencia para o desembarque? Ou mesmo têm algo a acrescentar? Ela então pergunta. Submissa e solicita.
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Crônica: Águas Profundas - Narrativa Solo para o Player: Rian  Empty Re: Crônica: Águas Profundas - Narrativa Solo para o Player: Rian

Mensagem por Abigail Qua Jan 25, 2017 12:33 am

O presente de Roden acabava me vinculando ao lugar. Um dia eu teria que voltar. Não achava isso desagradável, muito pelo contrário. Sentia-me bem por isso, seria bom ter um segundo lar, talvez um dia eu precisasse, afinal... minha irmã não duraria para sempre, ah menos que... “- Ah droga, isso não seria certo, Rian!” Ela ainda tinha uma vida pela frente, era algo que eu poderia resolver simplesmente afastando esse tipo de pensamento de minha cabeça... de que um dia eu teria que decidir-me sobre deixá-la partir ou amaldiçoá-la.
- Obrigado Roden! Cumprimentava-o firmemente como ele esperava.
Saía do Castelo agradecido, Roden era um grande homem que inspirava admiração, respeito, confiança e força. Dava uma última olhada para trás como se pudesse vê-lo em uma daquelas janelas, mas eu não via nada além de janelas vazias...
(...)- Vossa Senhoria gostaria de mais alguma providencia para o desembarque? Ou mesmo têm algo a acrescentar?
- Sim, inicialmente ficaremos em um hotel, por favor providencie isto. Antes que ela confirmasse eu levantava o dedo indicador como se tivesse esquecido de algo importante. – E não precisa ser nada caro. Na verdade, acomodações simples, como o “Half Night”. Eu conhecia a cidade, sabia de alguns lugares e tinha acabado de me lembrar que Margareth talvez estivesse acostumada aos costumes extravagantes de alguns vampiros providos de dinheiro infinito, o que não era meu caso. De qualquer forma, ela saberia atender a minha necessidade. “- Ainda haverá um pouco de sol... recluso em meu próprio mundo nunca tinha imaginado o quão útil pode ser uma serva... interessante.”
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Mensagem por Winterfell Qua Mar 01, 2017 1:12 pm

Jato Particular no Aeroporto Local, Edimburgo, Escócia, Reino Unido.
Horário 22:39


Um novo lar ... ponderar um futuro naquela terra distante, mas agora já familiar fazia o Forasteiro lembrar de sua origem, A Família Kimura em Saint Barthelemy e principalmente sua irmã.Seu mais forte vínculo, a “personificação” de seu lado humano e consciência ... Aquela incerteza que tão prontamente tentava ignorar também voltava ao pensar na irmã. Seria ele ocarrasco de seu próprio sangue? Ele a condenaria a “não-vida” ou conseguiria mesmo deixa-la ir e perecer com a idade como acontece com os mortais?

Talvez não fosse apenas vingança motivando as ações do Forasteiro, no fundo ... bem podia estar tentando deixar Claire para trás. Ou ao menos evitar o dilema moral, que se importar tanto com uma mortal causava.

De qualquer forma devidamente selado em seu caixote, por algum tempo sentiu sua caixa ser movida e movida de novo e de novo até estacionar em algo que também começava a se mover, inconfundivelmente um transporte aéreo pela decolagem incomoda. Ser uma “bagagem consciente” é uma forma bem diferente de viajar, mas ao menos estavam respeitando os lados certos e não o colocaram deitado ou pior, de cabeça pra baixo. Ainda assim seria uma longa viagem, com muito tempo para pensar antes que o dia lhe trouxe-se por fim o sono.    

Hotel Half Night, Saint Barthelemy, Massachusetts, EUA.
Horário: 20:03


Você desperta ainda naquele mesmo caixote. Ao sair de seu interior percebera estar em um quarto relativamente bem simples, e profundamente contratante com o que vinha ocupando antes.

Quarto:

Com sua “serva empestada” o aguardando serenamente. (Margareth) - Boa Noite Senhor. Ela faz uma reverencia, e então torna a se erguer. Falando servil. - Sinto pela deselegância de seu despertar, contudo não achei adequado retirar o Senhor das acomodações de viagem sem seu prévio consentimento. Ela justificava não ter retirado Riam do caixote, afinal ele podia não querer que seu corpo fosse tocado. - Como pedido pelo Senhor, estamos em um quarto do Half Night ela apontava para uma mesinha - e estes são os exemplares de notícias locais, caso o Senhor queira continuar com a rotina a que estava habituado. A três jornais dispostos sobre a mesinha. - As provisões das quais disponho, nos permitiram permanecer um mês com alguma folga nesta acomodação. Ela parecia ter também algum dinheiro e não ter tocado os fundos do carateca, se bem que pelo dito essas reservas não durariam tanto. -O Senhor deseja se apresentar no Elísio local? O Príncipe desta localidade já foi avisado de sua estadia aqui, mas as formalidades em respeito às tradições ainda são devidas.  

Seção de Fofocas:“... E voltando a nossa estrela do esporte que já despencou do céu, minhas fontes atestam que Claire Kimura deu entrada inconsciente esta manhã no hospital geral de Saint Barthelemy, vamos esperar que ela não tenha despencado da cama também. Mas esta repórter que vôs fala não faria a maldade de manter vocês no suspense, não vocês meus amores! Pois sim, fui até lá cobrir a matéria pessoalmente! E segundo esse enfermeiro gostoso ... quer dizer segundo essa fonte secretíssima, a paciente Claire Kimura fez uma bateria de exames cerebrais com o psiquiatra plantonista o Senhor Elliott Gilliat, que não quis comentar o caso.Fica a dúvida meus caros leitores, e o pré-natal? Por que caduca já confirmamos que a pobre noiva está. Até nosso próximo encontro nessa mesma página, em um dia diferente.”
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Mensagem por Abigail Sáb Mar 04, 2017 10:48 am

- Boa Noite Senhor.  - Sinto pela deselegância de seu despertar, contudo não achei adequado retirar o Senhor das acomodações de viagem sem seu prévio consentimento.
- Olá Margareth! Obrigado por me trazer até aqui em segurança!- Quando é que você vai parar com esse seu jeito servil ao extremo de ser? Isso me chega a me incomodar...”
- e estes são os exemplares de notícias locais, caso o Senhor queira continuar com a rotina a que estava habituado.
- Obrigado! Rapidamente eu me sentava à escrivaninha e começava a ler os jornais. Estava ansioso para encontrar mais daquela jornalista fofoqueira. Ela certamente devia falar alguma coisa sobre Claira.
- As provisões das quais disponho, nos permitiram permanecer um mês com alguma folga nesta acomodação.
- Não se preocupe, ficaremos no máximo uns dois ou três dias aqui. Eu tenho uma residência na cidade. Só não mencionei antes porque não queria chamar atenção com a minha chegada.
Eu respondia sem tirar os olhos dos jornais.
-O Senhor deseja se apresentar no Elísio local? O Príncipe desta localidade já foi avisado de sua estadia aqui, mas as formalidades em respeito às tradições ainda são devidas.  
- Você sempre tão eficiente! Eu desviava minha atenção dos jornais para olhá-la. “- Caramba... essa mulher parece um cão adestrado. Chego a ficar assustado com tamanha eficiência em servir.”
Mas logo eu encontrava a coluna da dita cuja. E como um garoto que devorava um chocolate eu me desligava do mundo a minha volta para ler a coluna da jornalista fofoqueira. Assim que começava a ler, uma má notícia eu recebia. Se ainda fosse um mortal, provavelmente precisaria de um calmante e meu corpo reagiria de acordo. Mas ainda assim, sendo um vampiro, emocionalmente sofria uma queda.
- Dane-se o príncipe! Ele fica para mais tarde! Tenho outras coisas mais urgentes a tratar. Minha irmã está internada, Margareth. Vou para o hospital agora.
“- E essa repórter logo vai aprender uma boa lição de boas maneiras!”
Saia do hotel e rumava para o hospital o mais rápido que meu corpo permitisse. Para evitar inconveniências, assim que eu saía pela porta do quarto do hotel desaparecia nas sombras como alguém que nunca estivera naquela cidade. (Ofuscação 2) Afinal, o que menos precisava agora era me apresentar para um príncipe idiota e suas futilidades camarílicas ou algum de seus espiões fofoqueiros a sondar forasteiros na cidade. Em verdade, a apresentação viria após a passagem pelo hospital.
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Mensagem por Winterfell Qui Mar 16, 2017 1:28 pm

O carateca destinava sua atenção a leitura, enquanto a carniçal destinava sua atenção ao Gangrel. - Dane-se o príncipe! Ele fica para mais tarde! Tenho outras coisas mais urgentes a tratar. Minha irmã está internada, Margareth. Vou para o hospital agora. Ela se curvava servil, muito seriamente e então voltava a erguer o tronco. - Como queira, Senhor. Como a dar peso e importância a informação, pela sua postura rígida de resposta. - Devo chamar um taxi ou o senhor prefere um veículo alugado? Ela pergunta, fazendo uma pequena pausa e tornando a perguntar. - O Senhor requer minha presença? Perguntava a mulher, incerta se deveria acompanha-lo ou se de fato, o Forasteiro queria alguma privacidade. (Caso a resposta seja positiva ela o acompanhara, caso seja negativa segue o dialogo a seguir). Por fim ela lhe estende um pequeno pedaço de papel, com uma grafia de destaque, redonda e bonita, como muitas vezes se espera da grafia feminina. - Este é o meu numero senhor. Esclarece a mulher. - Caso possa lhe ser útil no que quer que seja, estarei sempre acessível. Dizia se despedindo.        
 
Ao deixar o quarto, ainda no corredor do hotel. O Gangrel se afina as sombras, utilizando-se desse dom inerente a sua filiação ao primeiro homicida (Caim). Passando completamente incógnito e despercebido pela recepção, um fantasma na cidade onde antes viveu. Uma cidade que diferente do Cainita, não tinha parado no tempo.

A cidade estava diferente. As ruas ainda mantinham sua posição, mas rua após rua, Riam vislumbrava coisas novas. Um estabelecimento comercial aqui e ali, casas diferentes, um prédio novo, droga aquilo é um shopping? (Sim). Mas nessa parte da cidade? (Sim). Em sua época como mortal, essa região da cidade era bem pobre. Não parece mais ser a mesma coisa. No geral o bairro demonstrava um poderio econômico muito superior ao da época do carateca e a disparidade entre sua memoria e a realidade a sua volta, faziam o cainita se conscientizar de algo que como cainita ele vinha ignorando completamente. O tempo passou....  

Hospital Geral, Saint Barthelemy, Massachusetts, EUA.
Horário: 21:07


Depois de caminhar por quase uma hora, o Gangrel finalmente chega a seu destino, e como tanto antes de chegar ali, a fachada do lugar estava diferente. Mais moderna, melhor.

Hospital Geral de Saint Barthelemy:

Adentrando o hospital pela recepção central, está o que parece um saguão de pré-triagem. Onde três recepcionistas atendem com obvia celeridade os pacientes que ao chegar se dirigem a seus guichês.

Saguão de Triagem:

Ignorando essa primeira área de triagem e se valendo da ocultação sobrenatural para não ser abordado. O carateca pode seguir adiante, indo parar em uma segunda sala de espera.

Nesse saguão de espera secundário, os pacientes parecem aguardar consulta com os plantonistas (casos não emergenciais). O lugar talvez desse também acesso aos leitos dos internados, onde supostamente Claire deveria estar (Segundo a reportagem). Ou isso seria na pré-triagem? Este é o maior hospital de Saint Barthelemy e o único a tratar algumas modalidades mais especificas, mesmo sendo referência estatal em algumas coisas... (Riam só não lembra quais). Haviam muitas pessoas sentadas, aguardando comodamente diante a um banner eletrônico que ia chamando por senha. Quando a senha da vez era chamada o paciente apresentava a senha a uma atendente exclusiva a essa função de gerencia da fila, que dava acesso a área dos consultórios e também instruía quanto ao procedimento a seguir (Os pacientes recebem um cartão eletrônico que abe a porta para os consultórios e depois na saída devolvem o cartão a atendente). Nesta recepção só a duas recepcionistas, uma delas obviamente cuida do andamento da fila, enquanto a outra inicialmente não parecia atender o publico. Observando as recepcionistas por mais algum tempo, é possível perceber que essa segunda recepcionista cuida da parte de exames e remarcação de consultas. Já que alguns pacientes se dirigem a ela ao retornam da área de atendimento medico.

Além dessa segunda recepção a três portas. Uma porta dupla (maior), que parece dar vasão a alguma área de enfermaria ou emergência. A porta que da acesso aos consultórios e uma terceira que parece conduzir a área de exames. Todas as três portas tem leitores de cartão magnético, indicando um acesso mais restrito a partir desse ponto.

O hospital como um todo mostra rígido controle quanto a entrada de pessoal. Tanto que as únicas portas que não requeriam esses cartões magnéticos são as portas dos banheiros. (A toalete masculino e feminino tanto neste segundo saguão, quanto no primeiro). Também a câmeras enfocando todas as portas, assim como outras monitorando o ambiente de forma mais genérica.  

Primeira Recepção:
- Porta - (Com restrição)
- Porta - (Com restrição)
- Porta - (Com restrição)
- Porta - (Com restrição)
- Porta Dupla - (Com restrição)
- Elevadores - (Com restrição)
- Banheiro Masculino - (Sem restrição)
- Banheiro Feminino - (Sem restrição)

Segunda Recepção:
- Entrada de Exames - (Com restrição)
- Entrada de Consultas - (Com restrição)
- Porta Dupla - (Com restrição)
- Banheiro Masculino - (Sem restrição)
- Banheiro Feminino - (Sem restrição)
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Mensagem por Abigail Sáb Mar 25, 2017 9:54 am

- Devo chamar um taxi ou o senhor prefere um veículo alugado? - O Senhor requer minha presença?
- Não, pode ficar aqui e pode deixar que eu me viro. Prefiro correr um pouco... Dizia enquanto pegava o número de Margareth, já saindo pela porta, às pressas.
Enquanto corria um pouco pela rua, relembrando o meu treinamento e as vezes em que o mestre me colocara para correr naquelas mesmas ruas, via como tudo agora estava diferente. “- Droga! Como o tempo passou! Não acredito, até parece outro lugar... Será que... os cainitas daqui também são outros agora?”
Eu sabia que a resposta para esta pergunta seria parcialmente um sim. Com certeza encontraria novos membros que me tratariam como um novato, embora eu estaria apenas retornando à minha terra.
Assim que chegava ao hospital eu tinha uma péssima surpresa. O lugar estava mais moderno, mais... seguro? “- Mas que droga! Eu vim correndo para cá porque acreditei que o lugar era como antigamente, que eu poderia passar desapercebido até as enfermarias!”
Desapontado e com receio das mudanças eu caminho até a primeira recepção.
“- O jeito é seguir as regras mesmo... Se não puder visitá-la agora eu volto depois.”
- Oi, boa noite! Dizia a uma das atendentes. A este ponto eu sabia que naturalmente o poder das sombras se quebraria, mas já havia desistindo de entrar clandestinamente no lugar.
- Meu nome é Rian Kimura e minha irmã está internada aqui. Vim de muito longe para visitá-la, e preciso muito vê-la agora. Dizia enquanto tirava minha identidade da carteira e a entregava à recepcionista.
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Mensagem por Winterfell Seg Mar 27, 2017 2:08 pm

Quarto 307, Ala Psiquiátrica do Hospital Geral, Saint Barthelemy, Massachusetts, EUA.
Horário: 21:18


Já no hospital e vendo que mais uma vez os tempos eram outros. O Carateca opta por uma abordagem mais natural, já que se infiltrar não parecia nada simples como ele supunha que deveria ser (ou ao menos teria sido). O progresso é mesmo uma coisa boa afinal? De qualquer forma, como irmão da paciente ele não precisava de fato invadir o lugar para vela.

Na pré-triagem: Assim que a moça a frente finaliza seus questionamentos a atendente, recebendo como os outros também um cartão. Ela segue até um elevador não tão distante e Riam ocupa seu lugar a frente de uma atendente sorridente, bonita, branca, jovem, magra e loira. Possivelmente um recurso de Market, mesmo alguém que foi contratada justamente por seu padrão estético.  

Recepcionista:


Ela sorria como se convém a uma atendente. Um sorriso que contudo não chega até os olhos. - Boa noite Senhor. Bem vindo ao Hospital Geral de Saint Barthelemy. Em que posso ajuda-lo?

- Oi, boa noite! Meu nome é Rian Kimura e minha irmã está internada aqui. Vim de muito longe para visitá-la, e preciso muito vê-la agora. Dizia enquanto tirava minha identidade da carteira e a entregava à recepcionista.

- Um momento, por favor. Ela capta a sua identidade momentaneamente, a digitalizando em um pequeno scanner próximo, possivelmente próprio para esse tipo de função. Enquanto simultaneamente digita e checa alguma coisa no computador. Por fim, no que levou apenas uns 2 minutos. Ela torna a lhe sorrir. Aquele mesmo sorriso falso de serventuária, enquanto lhe devolve o documento. - A sua irmã tem algumas restrições a visitação, tanto pela natureza de seu quadro, quanto pela atenção que vem recebendo da mídia local. Provavelmente culpa daquela coluna de fofocas. - O que me leva a pedir que o Senhor não fotografe nem filme no interior desse hospital, muito menos no quarto da paciente. Ficando também ciente que o não cumprimento dessa norma acarretara na apreensão dos dispositivos de mídia utilizados e também na responsabilização legal cabível. Ela lhe entrega um crachá branco onde está escrito: “Ala Psiquiátrica – Visitante”, além de uns códigos numéricos dispostos aqui e ali. - O Senhor deve se dirigir aos elevadores. A paciente se encontra no quarto 307 do terceiro andar.

Ao se aproximar dos elevadores você percebe que aquela mulher, a que estava tratando antes de você com a atendente, também aguarda - Boa noite. ela o cumprimenta, o típico pela educação e vocês juntamente com mais algumas pessoas que também aguardavam acabam entrando no elevador. No elevador não a botões, mais sim um leitor eletrônico. Um por um dos presentes, vão passando seus crachás sobre o leitor. O que ascende um sinal luminoso indicando um número de andar. Provavelmente o andar onde a pessoa descerra. Quando você passa o seu cartão sobre o leitor, o número 3 se ascende. Além do número três o número 2, 5, 7 e 8 também tinham se ascendido.  

Leitor Magnético:

Enquanto o elevador se movimenta, talvez movida por aquela sensação inconveniente de estar com desconhecidos em um lugar apertado, ela pergunta: - É sua primeira vez aqui? Seu andar logo chegaria, mais havia tempo suficiente para uma conversa trivial como essa de elevador se assim você quisesse.

Do elevador você sai no terceiro andar.


Terceiro Andar: http://www.pompeia.org.br/media/adminfiles/corredor_pompeia_finalizado.jpg

(Essa plaquinha onde está escrito “direção clínica e técnica” na verdade é uma espécie de letreiro em led, onde constam os números dos quartos).

Ao se aproximar da porta do quarto 307 o forasteiro percebe o mesmo leitor do elevador.

Leitor Magnético:

Na verdade cada porta em todo o andar contava com um leitor desses. (Se você passar o seu cartão em outra porta qualquer que não seja a 307, percebera que ela não abre e uma luz vermelha, diferente da azul que acendeu no elevador se mostrara. Passando o cartão no leitor da porta 307, uma luz azul volta a acender e a trava da porta se abre. Do outro lado da porta, não é necessário passar o cartão para sair do quarto. Podendo se recorrer simplesmente a maçaneta).

Ao adentrar o quarto o carateca percebe que o cheiro de hospital continuava presente, mas dessa vez muito suprimido por aquele ”que de girassol”, o perfume favorito de sua irmã desde sempre e também já seu ”cheiro característico”. Algo enfim era o mesmo nessa cidade mutante. Riam finalmente reconhecia seu lar, ainda que em ”uma pessoa” e não em “um lugar” como seria de se esperar.

A sensação de familiaridade inicial foi ótima, até o choque chegar também. Destruindo aquela ilusão de felicidade.
             

Embora aquele cheiro de girassol realmente fosse preponderante, ao fundo, não tão bem disfarçado assim ... estava aquele odor de doença.

Mesmo que a cidade estivesse de “ponta a cabeça”, rever sua irmã em sua “atual realidade” continuaria a ser uma surpresa maior do que quer que o destino ainda esperasse lhe revelar. Aquela era mesmo a Claire? Contrariando as memorias do carateca, sua irmã já tinha a muito deixado seu “auge”. Fisicamente bem mais velha que o próprio Riam. Quer seja, pela idade ou ainda pela enfermidade... talvez mesmo pelo acumulo de ambas as coisas. Sua irmã parecia completamente diferente e ainda assim a mesma. Tão frágil hoje, quanto foi em sua infância ... naquela noite quando acordou Riam na barraca ... ainda na caravana quando toda sua família vivia...

(Descrimine para mim se entrara Ofuscado ou não no quarto). Sua irmã, uma mulher já bem envelhecida para os seus .... são apenas 5 anos de diferença entre vocês dois? Ou melhor ... seriam se você ainda fosse humano... Ela já têm 49 anos... enquanto você mesmo estagnou nos seus 32.... Os papeis se alteraram sobrenaturalmente ... ela não pode sequer ser tida como sua irmãzinha mais, não fisicamente ao menos. O tempo dela passou...Na verdade continuar a usar seus próprios documentos podia vir a causar problemas. Riam certamente não parecia estar na casa dos cinquenta...

Mas droga ela deveria parecer assim mesmo? Mesmo para uma pessoa doente devia ser tão ruim assim? Tão pálida, magra ... ela esta tão frágil que um simples abraço parece suficiente pra feri-la. Você vê pelas unhas que a extremidade da maior parte dos dedos esta meio azulada, como se ela estivesse tendo problemas de circulação ou sei lá. O que diabos houve com a sua irmã? (Ela está entubada, além de também estar ligada a um soro duplo e a um aparelho de monitoramento bem complexo que faz uns bips constantes além de ficar mostrando uns números e rabiscos que pela sua noção de primeiros socorros e dedução do contexto deve ter uma função de monitoramento cerebral). Sua certeza é que Claire fede a morte... como um mendigo com tuberculose. Ela está inconsciente. Isso é bom ou Ruim? (A um acompanhante masculino, acordado olhando para ela sentado bem perto da cama). Ele (Provavelmente o Benjamin) segura a mão dela, mão que você talvez estivesse segurando se ele não estivesse aqui. Mas o que aconteceria se você tivesse de fato estado aqui para ela?        

Motivado pelo descontrole emocional que essa visão deve despertar: Teste de Frenesi (Autocontrole) 4 dados de 10 lados. Dif.7 (ameaça a ente querido). Rolagem ?, ?, ?, ? (Secreta) = Resultado: Se controlando por pouco.

Com a Besta tão próxima, seus instintos e sentidos voltam a ser mais primais e você consegue sentir um pequeno, sutil e fraco batimento cardíaco no quarto... um segundo batimento que também vinha da sua irmã.
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Mensagem por Abigail Ter Mar 28, 2017 10:22 am

- A sua irmã tem algumas restrições a visitação, tanto pela natureza de seu quadro, quanto pela atenção que vem recebendo da mídia local.
"- Ah sim, claro.... não posso me esquecer de fazer uma visita para a repórter fofoqueira..."
- O Senhor deve se dirigir aos elevadores. A paciente se encontra no quarto 307 do terceiro andar.
- Obrigado!
- Boa noite.
- Boa noite.
- É sua primeira vez aqui?
- É sim!
Eu não estava afim de conversar com ninguém. A cada instante que o reencontro com minha irmã se aproximava eu ficava mais tenso e ansioso, só pensava nisso agora, embora eu tinha apreendido desde muito cedo a controlar muito bem esse tipo de emoção através da meditação oriental. Mal sabia eu que logo não desejaria ter tanta pressa assim em reencontrar a pessoa que eu mais amava... No entanto, uma conversa cordial pode abrir portas inesperadas e eu poderia precisar daquela mulher futuramente ali no hospital, afinal eu não sabia o que estava prestes a encarar ali dentro.
- É sua primeira vez também? Não está com medo? Deixava um sorriso maroto no rosto enquanto a olhava de "rabo de olho" fazendo uma careta irônica fazendo uma pequena piadinha sem graça apenas para deixar a mulher com uma boa primeira impressão sobre minha pessoa.
No terceiro andar saía do elevador e me despedia da funcionária lhe desejando uma boa noite de trabalho. Eu era um sujeito que conseguia ser brincalhão e tirar uma boa primeira impressão com as pessoas (carisma 3). Mas agora meu olhar voltava a ficar sério e eu me voltava para meus demônios pessoais. Caminho até o 307 enquanto encaro o leitor magnético com antipatia. "- As coisas mudaram muito... não sei porque não usam as boas e velhas maçanetas..."
A verdade é que, embora eu não percebia, eu estava ficando velho e o mundo à minha volta começava a mudar.
Não entraria no quarto ofuscado. Entraria o mais próximo que eu conseguia ser de o irmão mais velho de Claire. Encostava a porta devagar, enquanto sorria por dentro e um sentimento bom tomava conta da minha mente. O cheiro do perfume de Claira trazia consigo uma avalanche de pensamentos... No entanto, a realidade não era como a expectativa...

Assim que contemplo a situação deplorável de minha irmã recebo um choque terrível. "- Quando li nos jornais, não imaginava que fosse.... tão grave assim!" O sorriso interno se desfazia, e sem que eu percebesse cerrava meu punho com uma força insana. Ficava parado, estático, no quarto, olhando para aquele corpo frágil e moribundo. Aquela visão me dilacerava por dentro. Será que eu havia ficado tanto tempo fora assim? Não havia percebido como o tempo havia passado à minha volta. "- Claire, o que aconteceu com você?!" Me perguntava levantando a mão em direção a ela, no entanto ainda parado ali perto da porta, em seguida meu braço caía, meus olhos se fechavam e a vontade de chorar vinha muito forte e, com ela, a Fera primal de minha existência. Por muito pouco eu conseguia me conter e não piorava as coisas.*

Ainda tentando me controlar, a visão de Benjamim me trazia uma culpa.... Ele estava fazendo um papel que inicialmente era meu. Eu é quem devia estar ali ao lado dela, segurando sua mão. Pior do que isso... Arregalava meus olhos enquanto levava um susto com meus próprios pensamentos: "- Será que.... se eu não tivesse deixado minha irmã... se eu tivesse ficado com ela.... será que isto teria acontecido?!"

Eu saía do quarto rapidamente, fechando a porta atrás de mim enquanto desmoronava no chão, ficando agachado com a cabeça entre os meus joelhos e entre os meus braços. Não sabia se iria conseguir não chorar ali, mas precisava segurar.... isso não podia acontecer, não ali... mas era um sentimento muito forte. Uma culpa destruidora. Eu chegava a uma conclusão: "- Após perder a minha família, a nossa família, jurei uma vingança e essa minha obsessão acabou destruindo a coisa mais valiosa que eu tinha: Claire, minha irmã, minha única familiar viva... Só agora eu vejo o quanto fui um idiota!! Você é um idiota, Rian! O que passou, eles se foram... porque você não cuidou de quem ainda estava viva: a Claire!"

Eu então levantava a minha cabeça. Era como se subitamente lembrasse eu me tocasse de algo: "- Se Claire morrer, eu jamais irei me perdoar por isso! Preciso lhe dar uma segunda chance! Preciso que ela me perdoe!"

Me colocava de pé e entrava pela porta do quarto. Havia pensado muito à frente agora. Uma decisão já estava tomada, talvez não pela razão, mas sim pela emoção. - Benjamim... lamento conhecê-lo numa situação dessa. O que ela, tem? Você sabe?
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Mensagem por Winterfell Sáb Nov 04, 2017 11:12 am

---xXx---
Antes do quarto 307.

Sua irmã parecia estar em um quadro delicado, o que, contudo, não coíbe o assédio da imprensa. Talvez Riam que sempre fora tão humilde, mesmo após a “perda” da “condição humana”, não tenha imaginado ter de lidar com essa publicidade. Um “não-humano” a tornar forçosamente um “humano mais humano”. A vida, ou melhor dizendo a morte nunca param de nos surpreender.

Ele então troca algumas palavras no elevador, um mínimo para não deixar a mulher falando sozinha, mas não o suficiente para que o diálogo se desenvolvesse. A outra parecia ter se conformado em deixar o assunto morrer. Bem como o próprio Gangrel, quando contudo ele muda a abordagem:

“- É sua primeira vez também? Não está com medo”?

A mulher sorri sutilmente, não se sabe se em resposta às perguntas do carateca ou se simplesmente pela possibilidade de continuar conversando. - Na verdade estou bem acostumada a esse ambiente. Venho sempre ao menos uma vez por mês, então aquele “medo hospitalar” que a maioria das pessoas tem já não me aflige tanto. Ela sorri bem humorada mas sem excessos. O que parece ser uma característica de personalidade mais contida, ainda que suficientemente extrovertida para iniciar uma conversa. - Pra falar a verdade sinto-me mais segura aqui que em casa, a estrutura e segurança desse hospital da “de dez a zero” no meu apartamento. A intenção do carateca parece ter sido alcançada, ela estava bem aberta a continuar conversando com Riam. Mas o andar do gangrel logo aparece no visor, interrompendo a evolução da conversa. (Caso queira fazer um comentário rápido, ou perguntar mais alguma coisa antes de descer no seu andar, fique à vontade. Só não se estenda muito. A menos que queira segurar a porta no andar e continuar a conversa, ou ainda continua a subir no elevado conversando para depois descer).

Já no andar o Forasteiro continua a se sentir fora de seu ambiente. Ele olha o leitor magnético do quarto 307 com visível desagrado. Um desagrado que cresceria ao olhar para qualquer direção. Todas as portas igualmente caracterizadas por um desses leitores.

---xXx---
No quarto 307.

Ele entra no quarto devagar, como condiz o abrir de uma porta hospitalar. Mas não se utiliza de nenhum “dom” ou artificio sobrenatural. Entra como é, como Riam Kimura. Para ser o que por muito tempo não tinha sido. Um irmão, enfim.

Mas isso ainda seria possível? Ver sua irmã daquela forma quebrou bem mais que o sorriso do gangrel. Toda felicidade do “reencontro” substituída pela dor pulsante da realidade. Um sentimento esmagador, capaz de sufocar mesmo um “não respirante” como ele.

Certamente nada poderia telo preparado para uma coisa dessas, Ele não pensava que fosse tão grave, não tinha ideia que... que o que? Afinal o que diabos tinha ocorrido com ela? Como ela ficou assim? E ainda mais importante, isso era reversível? Por Deus é a Claire! A Claire!!!

Benjamin é completamente esquecido por Riam, que imerso em sua própria dor também não nota o carateca. Riam queria alcança-la, mas na verdade estava petrificado próximo a porta. Ele estende a mão, mas torna a baixa-la. Será que seu toque a machucaria? Sem coragem de se aproximar? Ou estaria simplesmente sem forças para fazê-lo?

Riam sempre foi forte. Antes como mortal, e ainda mais agora. Um membro do temido Clã da Besta. Os selvagem de garras afiadas que mesmo os arruaceiros Brujah temem encarrar. Ele sem dúvidas era forte, mas mesmo Riam podia sentir as lagrimas chegando aos olhos...

Ele perdera seus pais, depois perdera seu outro pai e agora perderia também sua irmã? Seria uma sina particular perder aqueles que lhe importavam até ficar completamente sozinho? ...... É ele parecia ter um coração afinal. Essa “coisa” que tinha revivido só para doer...

Essa coisa que ... que pulsava? Não... não era um pulsar verdadeiro, não era seu coração, era apenas dor... pura, ininterrupta e insuportável, DOR!

“Haaaarrrrr”! Ele sentia a Besta surgir, perto de mais de tomar o controle, perto de mais de Claire! Claire! Esse pensamento o ajudava a refreá-la de novo. Enquanto uma torrente se abria revelando ainda mais dor, inveja, culpa e arrependimento, por fim quase soltando a Besta novamente. O que o faz deixar o quarto. Uma pequena fuga daquela realidade intolerável.

---xXx---
No lado de fora do quarto 307.

Riam impõe alguma distância. (Ainda que a distância de apenas uma porta), antes de desmoronar. Agachado, encolhido como uma criança enfiada dentro dos próprios braços e joelhos. Retrocedendo dentro de si mesmo, ele se continha e sofria, frágil como nunca antes esteve, desesperado por retroceder no tempo e impedir que esse “presente” viesse um dia a acontecer. E ela estava mesmo gravida...

A imagem de sua irmã moribunda e quase tão morta quanto o próprio Riam não deixava a cabeça do carateca. Uma assombração em sua mente, tentando instigar a Besta a sair.

Teste de Frenesi (Autocontrole) 4 dados de 10 lados. Dif.7 (ameaça a ente querido). Rolagem ?, ?, ?, ? (Secreta) = Resultado: Se controlando melhor, mas ainda não completamente.

Mas o medo de ser ele próprio o ceifeiro da irmã, o auxilia a continuar prendendo a Besta. O que contudo nada diminui sua dor... ou a dela... Quanta dor ela deve estar sentindo agora? Ela está sedada?

"- Após perder a minha família, a nossa família, jurei uma vingança e essa minha obsessão acabou destruindo a coisa mais valiosa que eu tinha: Claire, minha irmã, minha única familiar viva... Só agora eu vejo o quanto fui um idiota!! Você é um idiota, Rian! O que passou, eles se foram... porque você não cuidou de quem ainda estava viva: a Claire!" "- Se Claire morrer, eu jamais irei me perdoar por isso! Preciso lhe dar uma segunda chance! Preciso que ela me perdoe!"

---xXx---
No quarto 307.

Ainda mau se controlando, mas não conseguindo esperar mais. Ele volta a entrar no quarto, completamente emocional, alterado. Ainda que intrinsecamente decidido.

Pego de surpresa pelo barulho vindo na abertura da porta. O acompanhante de Claire primeiramente olha curioso em direção ao som. Como quem acha ter ouvido coisas, mas não espera de fato encontrar algo. Seu semblante estava profundamente carregado. Um semblante de desalento e impotência a traduzir o pesadelo de um homem incapaz de proteger o que ama. Um semblante de dor como o do próprio Riam.

- Benjamim... lamento conhecê-lo numa situação dessa. O que ela, tem? Você sabe?

Ao te perceber ali, ele primeiro franze a testa olhando pra você sem acreditar. Até que a ficha parece ir caindo e ele leva as duas mãos ao rosto cobrindo os olhos e respirando ruidosa e profundamente. Seu ar é muito sério e ele parece profundamente irritado. Mas ainda com uma mão sobre o rosto ele começa a rir. - Só pode ser brincadeira. Ele ri uma rizada sem humor, claramente sem achar nenhuma graça. Como riem as pessoas que riem quando querem chorar. - É claro que eles deixaram você subir. Supostamente são irmãos. Ele volta a olhar pra você, ao mesmo tempo que se levanta da cadeira visivelmente alterado falando meio gritando. - Nos já nos conhecemos seu animal! Isso parece agir como um gatilho pra sua memória, o rosto e o nome dele eram familiares...

Crônica: Águas Profundas - Narrativa Solo para o Player: Rian  David_10

Teste de Memoria, (Inteligência) 3 + (Empatia) 1 dados de 10 lados. Dif.6 (Para reconhecer). Rolagem ?, ?, ?, ? (Secreta) = Resultado: Embora esteja ao menos 20 anos mais velho agora, você ainda consegue reconhecer em Benjamin Travers, o “pequeno Ben”. Um aluno do dojo ainda “do seu tempo” que tinha começado a fazer caratê por sofrer bullying. Naquela época ele sempre ficava acanhado perto da sua irmã, o que você costumava tirar por timidez. Ele era meio sem jeito e todo duro nos treinos, mas era um bom garoto e tinha um bom porte físico, só precisava aprender a usar.

Ele leva a mão ao rosto, como quem tenta se acalmar e falha. Dizendo ainda com raiva mas ao menos sem gritar enquanto te olha nos olhos. - Vinte anos. Ele olha pra você com uma raiva que você nunca imaginou ver no “pequeno Ben” e repete. - Vinte anos Riam! Que porra você tava pensando? Ele vai rapidamente até você e te agarra pelo colarinho. - Você sabe que ela nunca quis ser uma lutadora não é? Ele joga na sua cara olhando fundo nos seus olhos sem qualquer misericórdia. - Você que supostamente daria continuidade ao dojo porra! Por que mudou de ideia do nada!? Se afastando e vindo só quando bem queria! Duas noites por semana quando ainda vinha! O que foi afinal? Drogas? Ele pergunta mas não te deixa responder. - Mas o que ela disse? O que ela fez? O que a Claire sempre faz. Ele fala amargo. - Pensou em você primeiro e entendeu que você precisava de espaço. Uma “fase”, a porra da crise dos trinta anos! Vai saber! Ele continua despejando em cima de você. - Ela podia cuidar do dojo por um tempo, até você se “reencontrar”. Os sonhos dela podiam esperar a sua maturidade voltar daonde quer que ela tenha ido! As mãos dele se prendem a sua camisa com tanta força que vão começando a ficar vermelhas. A circulação comprimida pelo esforço. - Mas então você some! Porra! Ela prestou queixa de desaparecimento, fez anúncios, contratou um detetive! Tudo tentando te encontrar e o resultado? Um vídeo no youtube de você se divertindo batendo em seguranças? Ele te solta e se afasta de você, andando de um lado pro outro ainda incapaz de se acalmar. Respirando pesadamente e então volta a te olha nos olhos mais uma vez. - Ela não podia “ir embora” até você voltar sabia? Ela não podia deixa o dojo Kimura fechar, ela precisava estar aqui caso você ligasse ou voltasse. Ele sorri, claramente não achando graça nenhuma. - Ela se dedicou pra caramba. Ela fez esse dojo dar certo e mesmo venceu a regional feminina. Riam nunca esteve próximo de alguém que o odiasse tanto. - Você faz alguma ideia do que é viver uma vida suprimindo seus sonhos? Uma vida esperando um puto sem consideração que chega vinte anos depois perguntando “o que ela tem” como se nada tivesse acontecido!? Ele soca a parede próxima a ele. - Porra! Olha só pra você?! Assombração maldita! Não parece ter envelhecido um único dia! Ter socado alguma coisa parece ter o ajudado a se controlar um pouco mais. Tanto que ele volta a se sentar próximo a cama de Claire, olha pra ela por um tempo e só então volta a falar com você. (Ainda olhando para ela). - Que bom que ela não pode te ver. Ainda sentado perto dela, como o protetor que ele provavelmente tinha sido durante toda ausência de Riam. (A função que antes era do gangrel). Ele volta a olhar pra você e diz: - Vá embora. Depois volta a olhar para ela. - Não vou deixar você brincar ainda mais com ela. Seu quadro já é grave demais sem essa “surpresa desagradável”. Essa “surpresa desagradável” parecia ser o próprio Riam. - Faça-nos um favor e suma de novo. Você faz isso como ninguém afinal.

(OFF: Aviso que levando em conta a agressividade de Benjamin, o teste de frenesi do proximo post, terá sua dif. acrescida em +1).
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Mensagem por Winterfell Sáb Nov 04, 2017 11:15 am

Rian escreveu:Concordava com a mulher, abaixando a cabeça em um leve movimento afirmativo enquanto dizia:
- Não entendo... Você já foi assaltada em sua casa? “- Desde quando Saint Barthelemy se tornou tão perigosa?!”
Meu andar chegava e eu não podia continuar a conversa, embora eu queria, fugir um pouco, adiar o que não podia ser mais adiado. No entanto, antes de deixar o elevador eu abria minha carteira despropositalmente e retirava um cartão pessoal bem velho, um desses exemplares que a gente guarda quando faz uma tiragem. Era um mestre de artes marciais e sempre tinha algum exemplar comigo.
- Tome! Meu telefone está aí. Se precisar de algo, pode contar comigo.
Virava as costas e me dirigia para meu objetivo onde enfrentaria um dos meus dragões.
“- Geralmente pessoas que estão em um hospital estão passando por alguma batalha pessoal, é bom ser gentil e ajudar espontaneamente uma boa pessoa como ela aparenta ser.”
Talvez eu já começava a me redimir de meus pecados, cumprir minha penitência.

Após o choque e o trauma sofrido em ver a minha irmã naquele estado, eu me culpava. Eu não queria acreditar, eu não queria aceitar. Claira tinha sido abatida pelo tempo e pela amargura, pelo sofrimento e por algo a mais que eu não sabia o que era. Como uma criança que chorava pela mãe eu sentia mil e uma estacas atravessarem meu coração do lado de fora e tentava me recompor para finalmente enfrentar a realidade. Eu sabia que nada de bom me aguarda.

Dentro do quarto novamente, a primeira reação de Benjamim já denunciava que a recepção não seria nada calorosa. Benjamim reagia pessimamente à minha presença e enquanto ele começava a falar eu me recordava de quem ele era. “- Hummm... então é você?! Quem diria... está bem diferente, ficou mais forte, mais confiante.... não é mais aquele garotinho assustado!”

O pequeno, agora grande “Ben” começava a descarregar os esporros e esfregar a realidade em minha cara. À medida que ele me mostrava o quão vil eu tinha sido com minha irmã, eu sentia vontade de chorar, eu reprovava a mim mesmo, me sentia o pior monstro do mundo. Infelizmente ele estava certo. Eu tinha sido um vilão com a pessoa que tanto me amava e que eu também amava. A busca cega pela vingança havia causado um mal irreversível à minha irmã. Benjamim me segurava pelo colarinho e eu desejava que ele socasse a minha cara como uma expiação que eu precisava passar. Contudo, leviano seria eu se acreditasse que apenas uns socos na cara seriam o bastante. Eu desejava que sim, mas eu sabia que tudo o que eu fizesse não seria suficiente. O tempo havia passado. A única maneira de mudar isto, seria voltando no tempo...
“- Voltar no tempo?! Seria isso possível?”
Eu desejava que sim. Já procurava uma maneira de consertar o meu erro, embora Benjamim ainda não havia terminado sua bronca.
O monstro dentro de mim era atiçado por Benjamim. “- Não! Agora não!” Fechava os olhos e tentava me concentrar na figura da minha irmã saudável. Uma lembrança do passado. Era o combustível que eu precisava para me conter. Não podia piorar as coisas... (-1FV para autocontrole)

Finalmente Bem começava a se acalmar, após socar a parede. E após reclamar mais um pouco sentava ao lado de minha irmã, terminando suas lamúrias e lamentações. Enquanto olhava para o corpo magro, frágil e envelhecido da minha irmã naquele leito, eu cerrava meus punhos com uma força estupenda sem que eu percebesse enquanto fazia uma promessa...

- Vou te trazer de volta, irmã... Vou te trazer de volta! O som de minha voz soava apenas como sussurros... “- E irei até as últimas consequências por você!” Fechando meu olhos e me contendo para não chorar dentro daquele lugar eu selava uma nova promessa: “- A busca pela “Maldita” está encerrada. Recuperar Claira agora é meu objetivo de vida!”

- Faça-nos um favor e suma de novo. Você faz isso como ninguém afinal.

Eu caminhava até a porta como se estivesse atendendo ao pedindo de Bem. Mas antes de abri-la e sair eu ainda o respondia:
- Trarei Claira de volta como ela era, com ou sem sua ajuda.
Saio do quarto e, determinado, saio do hospital em direção ao Elísio da cidade. Me apresentaria ao príncipe...
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Crônica: Águas Profundas - Narrativa Solo para o Player: Rian  Empty Re: Crônica: Águas Profundas - Narrativa Solo para o Player: Rian

Mensagem por Winterfell Sáb Nov 04, 2017 11:17 am

Elevador do Hospital Geral, Saint Barthelemy, Massachusetts, EUA.
Horário: 21:20

- Não entendo... Você já foi assaltada em sua casa?

- A graças a Deus não, desculpe se te levei a pensar isso. Ela diz como quem conduziu o assunto a um ponto não desejado. Mesmo expondo não muito jeito com as palavras. - Vai ver a “propaganda” que a minha irmã sempre faz daqui aderiu mais do que imaginei a cabeça. Ela se justifica por assim dizer. - Na verdade esse hospital é referencia no tratamento de doenças infectocontagiosas então acho que uma “segurança pesada” como essa que tem aqui faz sentido e é até bem vinda. Um rapaz jovem com calça jeans e blusa camuflada que vinha conversando com um outro rapaz de muletas comenta. - Com todos esses mulçumanos malucos, explodindo tudo a torto e a direta, alguma segurança vem a calhar pra variar. O rapaz de muletas revira os olhos. Ele está com a perna esquerda imobilizada e parece estar no inicio da casa dos vinte anos, sendo apenas um pouco mais velho que o outro (ambos caucasianos). - Você aproveita qualquer brecha pra voltar nesse assunto. Tudo pra você é uma deixa pro seu contraterrorismo. - Não venha me dizer que não é uma preocupação real, você viu a reportagem do ataque aquela boate em Orlando.

- Tome! Meu telefone está aí. Se precisar de algo, pode contar comigo.

Ela vinha prestando atenção nos dois rapazes, mas retorna a atenção a você aceitando o cartão prontamente com uma expressão curiosa, em seguida lendo o cartão. - A! Riam Kimura, mestre de artes marciais. Ela diz como quem se surpreende de forma positiva. - Vou ter isso em mente, ela parece ter interesse mas logo desconversa com alguma tristeza. - Se bem que não posso fazer nenhuma atividade que requeira muito esforço. Ela não se aprofunda muito mais nesse tema, mas parece ser uma questão de saúde. Enquanto isso os rapazes continuavam. - A boate gay ne? Ele afirma com a cabeça. - Vi sim. - Esses putos também estão super ativos na Europa, a França já sofreu mais de 10 ataques. - Cara eu sei, você não me dá a opção de não saber. Ela aproveita para mudar de assunto, se misturando a conversa dos rapazes. - Mas acho que a preocupação do rapaz, como é mesmo o seu nome? Ela pergunta e ele responde. - Bennett, Aspen Bennett. - Do Bennett é bem fundada. - Esses putos ... O assunto parece evoluir bem, contudo é a parada do Gangrel e ele tem de descer, se ausentando da discursão.

Quarto 307, Ala Psiquiátrica do Hospital Geral, Saint Barthelemy, Massachusetts, EUA.

Riam vinha entrando em um rodamoinho de auto aversão, mas essa aversão era ou não justificada?

Quantas vezes mesmo, o próprio carateca tinha visto outros cainitas e se regozijado por ser alguém melhor? Alguém mais humano e menos monstruoso que aqueles seres? Vendo-os como um reflexo decadente e deturpado do que já tinham sido em vida.

Agora... o próprio “Riam” não seria também apenas um reflexo dele mesmo? Depois de ver o que seu afastamento causara a irmã, ele podia realmente se achar melhor que alguém? Ou ele na verdade era tão monstruoso quanto os cainitas que desprezava? O Riam que ele tinha sido e ainda achava ser, realmente teria deixado isto acontecer a Claire? Se “aquele Riam” fosse posto frente a frente com “este Riam”, o que aconteceria? O que “aquele Riam” teria feito?

A reação de Benjamim, talvez já fosse por si só uma forma de resposta. Uma resposta tácita e caustica a ferir ainda mais o Gangrel...

A pergunta é quem o odeia mais, Benjamim ou ele próprio?

Riam desejou voltar no tempo, concertar seu passado, concertar a Claire... Droga! Ainda podia concerta-la? Ainda poderiam voltar a ser o que antes tinham sido? Ou mesmo se pudessem Ele a merecia?

Ele desejava que sim, e quer seja certo ou errado no fim não é isso que importa aos seres da noite? Ter força o suficiente para fazer cumprir suas vontades? Isto seria qual dos “Rians” falando? Riam sempre se viu como um cara simples e bom, mas se nos prendermos a esse estereótipo de bem e mal, certo e errado, Riam de fato seria algo “próximo de bom”? O que ele tinha feito com sua não-vida até agora? Que “bem” ele tinha trago a qualquer um? Ele era “bom” pra si mesmo ao menos? Para Claire a resposta estava um tanto quanto obvia.

A Besta ainda tentava se rebelar, mas o forasteiro sentia-se tão destruído emocionalmente que mesmo os “espasmos” dela não alcançavam a superfície. Na verdade no fundo ele até “sabia merecer” toda dor que sentia agora. Mesmo bem mais que isso... Não poderia ele tomar o lugar de Claire naquele leito? Como se só tela em um leito já não fosse doloroso o suficiente... Será que Claire o trataria como Benjamim o tratava? Será que ela sequer acordaria? (Pela chocante gravidade do que via, Riam não tinha porque supor um prognostico tão bom).

Teste de Frenesi (Autocontrole) 4 dados de 10 lados. Dif.8 (ameaça a ente querido + “Humilhação” Verbal). Rolagem ?, ?, ?, ?, +1 FdV (Secreta) = Resultado: Besta completamente controlada.

De qualquer forma ele não podia tirar ainda mais de sua irmã, e não cederia a Besta na presença dela ameaçando a já claramente ameaçada vida da mesma. Enfiando a força a Besta novamente naquele “canto escuro” da qual ela não devia ter saído.

Enquanto “Ben” o pai do filho de sua irmã continuava a despejar “veneno”... ele não deixa de pensar. Seria tio? Seria menino? Menina? Será que a criança de Claire pareceria com um de seus irmãos quando crescesse? Pareceria com a própria Claire, ou mesmo com Riam? ... isso se a criança e a própria Claire sobrevivessem para tanto...

- Vou te trazer de volta, irmã... Vou te trazer de volta!

O carateca falava mais para si do que para Benjamim ou ainda a própria Claire, talvez tentando se convencer que de fato conseguiria reverter o que quer que a afligisse. Sendo mais uma vez o “protetor”. Embora pela expressão de Benjamim, esse também tinha ouvido. Riam de fato estava se retirando, mas não sem antes deixar claro ser apenas temporário.

- Trarei Claira de volta como ela era, com ou sem sua ajuda.

Ele continuava o olhando com um ódio mal disfarçado e muito seriamente, um olhar tão intenso que Riam continuava sentindo-o perfurando suas costas sem nem mesmo precisar velo. - Mesmo que suas intenções fossem de fato o que diz. Benjamim fala como quem não espera nada vindo de você. Muito diferente do jovem “Ben” que já o viu como um exemplo e ídolo quando estava começando no caratê. - Não a muito mais que qualquer um possa acrescentar. Já consegui que o caso dela fosse aceito pela junta medica e ela está sendo tratada pelo próprio Dr. Elliott Gilliat, então se você de fato tem alguma “espécie de consciência”, pode ficar tranquilo. O noivo de sua irmã parece realmente estar fazendo tudo humanamente possível por ela, ou ao menos e essa impressão que ele te passa enquanto tenta se livrar de você.

Teste de Memória, (Inteligência) 3 + (Medicina) 1 = 4 dados de 10 lados. Dif.6 (Para reconhecer o Dr. Elliott e sua reputação). Rolagem: ?, ?, ?, ? (Secreta) = Resultado: O nome não lhe diz nada propriamente, mas Benjamim age como se esse Doutor significasse alguma coisa, então o mesmo deve ter alguma reputação.

Você consegue escutar ele se levantando da cadeira novamente, meio que levado pela raiva. - De qualquer forma ao menos tenha a decência de não me fazer desperdiçar dinheiro com advogados. Ele diz deixando claro que protegera Claire de você, como se você fosse uma espécie de vigarista e aproveitador de qual ele teria de protege-la. (Você pode ouvir ele voltando a se sentar). - De qualquer forma você esta em um hospital. Vá dar um jeito nessa cara! Se Claire de fato estivesse acordada o que você esperava? Conseguir a simpatia dela por estar ferido? Ele completa deixando claro o quão baixo considerou o que entendeu ser sua “manobra de aproximação”. Ele de fato não tinha como saber que isso não fora intencional e que o gangrel na pressa de reencontrar a irmã simplesmente esquecera de curar aquele “pequeno aborrecimento”, uma “lembrança da Escócia”.

Riam sai do quarto, abalado mas também determinado a concertar a situação. Pé ante pé mais próximo do Elísio, ainda que a cidade lhe parecesse agora muito mais sem vida do que antes... Ver Claire daquela forma parecia ter deixado seu mundo um tanto mais sem cor.

(Referência): http://citywallpaperhd.com/uploads/photo/original/170-rua-sombria.jpg Ruas próximas ao hospital, relativamente movimentada.

A imagem dela entubada e deitada daquela forma ia quebrando a imagem mental que ele tinha dela até então. Aquela imagem da Claire feliz, saudável e sorridente a qual ele recorria quando precisava ter forças ia sumindo substituída pela doente, flácida, frágil, inconsciente e gravida de momentos atrás... uma conversão, que por si só, quebrava seu coração.

Sua vida de alguma forma tinha se convertido em um “filme de terror” e um medo crescente de perder Claire ia se enraizando... Uma possibilidade dolorosamente real...

O gangrel caminhava pelo que parecia ser uma viela. http://1.bp.blogspot.com/-wSPQvhYxNAA/U0SIRecC4LI/AAAAAAAARV8/buILswQpkLk/s1600/dark_city_streets_389416.jpg (Referência), menos pessoas passavam por aqui (o numero de pedestres era maior na rua principal) mas essa rua o pouparia algum tempo de caminhada, e ainda teria de caminhar “um bocado” para chegar ao Elísio então o atalho seria útil. - Se você não fizer questão de ir andando posso te levar até lá. Ela estava encostada em um carro, provavelmente seu meio de “leva-lo”. (Referência Carro): https://www.carrodegaragem.com/wp-content/uploads/2012/06/bentley-continental.jpg Desde quando ela estava ali? Riam não a viu se aproximando.

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[Mulher

Ela era deslumbrantemente linda, mas também passava uma impressão de força. Vestia roupas confortáveis e bem comuns, que lhe davam um aspecto pratico e ainda casual elegante. - Não entenda errado isso é só um convite mesmo. Dizia-lhe deixando claro que poderia recusar se assim o quisesse “sem consequências”. - Mas quem você está indo encontrar só aceita requisições de audiência até a meia-noite, então se quiser se apresentar ainda hoje, suas pernas talvez não sejam o mais indicado.
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Mensagem por Winterfell Sáb Nov 04, 2017 11:18 am

Rian escreveu:Saía do hospital com mil pensamentos em minha mente. Um turbilhão de imaginações e suposições, desejos e emoções. Coisas que eu planejava fazer, lembranças do passado e necessidades do presente. Tudo ao mesmo tempo. A imagem de Claira doente turvava a minha mente e eu cogitava de tudo para resgatá-la.
“- Será que tem como voltar no tempo? Talvez meu sire tenha essa resposta, embora eu não sei por onde ele anda...”
Mais alguns passos enquanto caminhava solitário pelas ruas, uma pessoa solitária no meio de uma cidade cheia de pessoas.

“- Será que meu sangue pode curá-la? Ela ficaria refém de mim e isso seria um estupro de suas vontades... No entanto, é algo a considerar...”
Perdido em minha mente não via o momento em que uma provável cainita havia não só me seguido, mas até lido a minha mente...

- Se você não fizer questão de ir andando posso te levar até lá.

A olhava de cima em baixo, e após, desprezá-la, voltava a andar novamente como se eu nem tivesse escutado o que ela tinha falado.

- Mas quem você está indo encontrar só aceita requisições de audiência até a meia-noite, então se quiser se apresentar ainda hoje, suas pernas talvez não sejam o mais indicado.

Eu interrompia a caminhada. Olhava para o horizonte distante num semblante de raiva. “- Mas que bosta! Que diabos...” Já estava mal comigo mesmo, com um péssimo humor por conta do que acontecera a Claira e agora isso! Uma maldita cainita invadindo minha mente?!

Olho para ela novamente, ainda sem nada dizer. Olho em minha volta. “ – Era só o que me faltava! Ah que ótimo! Agora tenho que aceitar uma carona dessa esquisita se eu quiser chegar a tempo!”
Resignado caminho até o carro e sento no banco do caro sem nada dizer. O mau humor era evidente em meu semblante.
- Quem é você? Por que acha que eu estou indo me apresentar ao príncipe?
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Mensagem por Winterfell Sáb Nov 04, 2017 11:19 am

O Forasteiro tentara voltar pra casa, mas sua recepção não poderia ter sido mais surpreendente (ou desagradável). A perseguição que fora sua obsessão desde antes do vampirismo ... mesmo o valor de tudo que conquistara ao sair de Saint Barthelemy ... tudo, tudo que tinha feito perderia “o brilho” se Claire fosse levada pela morte.

Riam sentia-se quase “bêbado de vinho”. Lembranças, inseguranças, temores e emoções, tudo vindo ao mesmo tempo fazendo a cabeça do Gangel girar. Um carrossel desgovernado e medonho, saído da deturpação do que deveria ser inocente, puro e sagrado. Sua elação com Claire...

Talvez esse carrossel também se torne uma obra de Stephen King, certamente é mais perverso do que “It” (referencia ao filme a coisa, de Stephen King em 1990) e caso Claire mora... caso Claire morra...

Riam sentiu-se tão desvalido que mesmo desejou a volta de seu Sire. Um aliado incerto ainda era melhor do que nenhum, e o golpe tinha sido tão duro que o carateca considerou que qualquer “apoio” seria bem vindo... ele queria amparar a Claire, quando na verdade era ele mesmo também um desamparado.

O que não quer dizer contudo, que permitira que usem sua dor para se aproximarem. Manobra baixa típica de cainitas inescrupulosos, ou melhor dizendo de cainitas no geral (já que todo cainita é um “filho da puta”). Porra! Ela ainda tinha lido a mente dele?

A olhava de cima em baixo, e após, desprezá-la, voltava a andar novamente como se eu nem tivesse escutado o que ela tinha falado. - Mas quem você está indo encontrar só aceita requisições de audiência até a meia-noite, então se quiser se apresentar ainda hoje, suas pernas talvez não sejam o mais indicado. Eu interrompia a caminhada. Olhava para o horizonte distante num semblante de raiva. Já estava mal comigo mesmo, com um péssimo humor por conta do que acontecera a Claire e agora isso! Uma maldita cainita invadindo minha mente?! Olho para ela novamente, ainda sem nada dizer. Olho em minha volta. Resignado caminho até o carro e sento no banco do caro sem nada dizer. O mau humor era evidente em meu semblante.

- Quem é você? Por que acha que eu estou indo me apresentar ao príncipe?

Ela o observa também, mas seu semblante é um “neutro tendendo para o positivo”. O humor acido do forasteiro estava longe de ser compartilhado pela mulher, que se mantinha elegantemente neutra e composta. Mesmo com um “que” de distância profissional, mas com empatia o suficiente para não ser tida simplesmente como “distante”. Ela da partida no carro que pega de primeira e começa a dialogar com você, enquanto observa a estrada. - Sou Eleanor Loveless, um membro do clã da rosa desta cidade. Ela responde enquanto faz uma curva, ainda observando a estrada e intercalando o foco de seus olhos entre a rua e Riam a seu lado. - A sua requisição de retorno a Saint Barthelemy, não é nenhum segredo na corte. Ela diz sem contudo tentar ofender, ou se gabar da informação. Também mencionando que: - Como não temos muitas “caras novas” por aqui, você deve esperar que outros membros também já saibam algo a seu respeito, mesmo que você ainda não os conheça. Vocês param em um sinal fechado, quando então ela observa melhor a ferida em seu rosto, aproveitando para abrir o porta-luvas a sua frente e retirar de lá um pequeno lenço branco e uma garrafa de agua pela metade. Entregando ambos a você antes de voltar a acelerar quando o sinal abre.

Teste de reconhecimento, (Percepção) 3 + (Manha) 0 = 3 dados de 10 lados. Dif.5 (Para reconhecer percurso). Rolagem ?, ?, ? (Secreta) = Resultado: Embora muita coisa tenha mudado em Saint Barthelemy, você ainda reconheceria o trajeto para o Dojo Kimura com os olhos vendados. Essa Cainita parece estar te levando a sua casa quando mortal, e não para o Elisio.

- Sinto dizer isso, mas não requer tanta pesquisa assim ligar seu retorno ao estado da sua irmã. Vocês ainda tem o mesmo sobrenome. Ela para e desliga o carro em frente ao Dojo Kimura, e então se volta completamente para você ainda dentro do carro. - É apenas um conselho, se você quiser ainda te levo até o Elísio hoje. Mas se estivesse no seu lugar, antes de me expor na corte tentaria me acalmar e bolar um plano de ação. Ela fala como quem vê com preocupação o que você esta fazendo. - Sei que você não tem motivos para crer em mim, mas ao menos escute. Ela faz uma pequena pausa e então retoma. - Nosso monarca tem uma visão um tanto objetiva e independente do que você tenha feito pela Camarilla na Escócia. Augustus Bartholomew não lhe permitira ficar aqui, sem que você se comprometa com e por Saint Barthelemy. Se você já chegar a presença do príncipe com essa expressão irritada e isso se acentuar quando estiver lidando com ele, você pode muito provavelmente despertar a “má disposição” do príncipe e isso... é algo que você não deve fazer. Ela diz alertando o gangrel. - Além disso, creio que você vá pedir a permissão para tornar sua irmã uma carniçal. Não é essa a sua intenção? Ela pergunta.

- Você ainda desconhece, mas o Hospital Geral de Saint Barthelemy é a Capela Tremere e eles tem domínio sobre todos os mortais que adentram como pacientes. Elliott Gilliat, o psiquiatra que vem cuidando do caso da sua irmã é ele próprio um Tremere. Suspeito inclusive que o caso de sua irmã foi aceito, justamente para usarem-na contra você. Ela lhe diz. Alertando lhe. - Portanto esteja preparado para ser negado quando pedir domínio sobre sua irmã, o príncipe dificilmente despojara os Tremere em seu favor. Ela lhe avisa, prevendo o golpe que o Forasteiro receberia.
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Crônica: Águas Profundas - Narrativa Solo para o Player: Rian  Empty Re: Crônica: Águas Profundas - Narrativa Solo para o Player: Rian

Mensagem por Winterfell Sáb Nov 04, 2017 11:21 am

Rian escreveu:- Como não temos muitas “caras novas” por aqui, você deve esperar que outros membros também já saibam algo a seu respeito, mesmo que você ainda não os conheça

Me mantinha em silêncio, não ignorando o que ela falava. Minha atenção estava dividida, entre meus pensamentos e àquela vampira. “-Eleanor Loveless... Que tipo de pessoa teria um sobrenome que lembra o amor?!” Um pensamento espontâneo, eu nem me lembrava que ela poderia estar lendo meu pensamento. Enquanto isso eu aceitava o lenço com a água para dar uma limpada no meu ferimento. A medida que avançávamos eu começava a reconhecer aquele percurso. “- Peraí! Este caminho... Mas que diabos é isto?! Por que estamos vindo para o dojo e não para o Elísio?! Que tipo de piada é essa?! Isso é algum tipo de ameaça velada?!”
Logo ela parava em frente à minha antiga casa. Eu já estava pronto para pular na garganta daquela vaca quando ela começava a falar e então a explicação vinha expontaneamente.

   - É apenas um conselho, se você quiser ainda te levo até o Elísio hoje. Mas se estivesse no seu lugar, antes de me expor na corte tentaria me acalmar e bolar um plano de ação. - Sei que você não tem motivos para crer em mim, mas ao menos escute.

“- Não tenho mesmo!” Não estava olhando para ela. Meus olhos estavam congelados, contemplando a fachada do dojo. Minha mente estava perdido, em um passado distante. A voz da Toreador era apenas um ruído distante. As memórias do passado estavam muito mais fortes e vívidas agora.

   - Nosso monarca tem uma visão um tanto objetiva e independente do que você tenha feito pela Camarilla na Escócia. Augustus Bartholomew não lhe permitira ficar aqui, sem que você se comprometa com e por Saint Barthelemy. Se você já chegar a presença do príncipe com essa expressão irritada e isso se acentuar quando estiver lidando com ele, você pode muito provavelmente despertar a “má disposição” do príncipe e isso... é algo que você não deve fazer. Ela diz alertando o gangrel. - Além disso, creio que você vá pedir a permissão para tornar sua irmã uma carniçal. Não é essa a sua intenção?

- Aãn, o quê?! Ao falar da minha irmã ela me puxava de volta da nostalgia em que eu estava mergulhando naquele momento. “- Ah sim... infelizmente ela tem razão. Eu preciso me acalmar... Pensando bem eu estava indo de supetão para o Elísio. No estado em que eu me encontrava iriam descobrir essa fraqueza em mim rapidamente e usá-la contra mim. Eu também estou irritado, poderia perder a cabeça facilmente e isto seria um desastre...”
Finalmente voltava a fitar a minha motorista. – Foi um pensamento momentâneo, não quer dizer que é o que eu farei.

   - Você ainda desconhece, mas o Hospital Geral de Saint Barthelemy é a Capela Tremere

“- O que?! Isso explica toda aquela segurança exagerada...”

   e eles tem domínio sobre todos os mortais que adentram como pacientes. Elliott Gilliat, o psiquiatra que vem cuidando do caso da sua irmã é ele próprio um Tremere. Suspeito inclusive que o caso de sua irmã foi aceito, justamente para usarem-na contra você.

- DESGRAÇADOS!! Sem pensamentos. Eu não conseguia contar minha raiva. Minhas presas surgiam instantaneamente e eu desejava dilacerar esse tal Gilliat com minhas presas e minhas garras, fazer picadinho daquele maldito! Abria a porta do carro e socava um poste que estava posicionado em frente ao dojo. – Merda! Maldição!!

   - Portanto esteja preparado para ser negado quando pedir domínio sobre sua irmã, o príncipe dificilmente despojara os Tremere em seu favor.

Eu caía debruçado de joelhos em frente ao dojo. Talvez lágrimas começassem a minar em meus olhos que agora contemplavam o céu nebuloso ou estrelado daquela cidade. “- Claire...” Eu sentia o meu mundo desabar. A situação era muito pior do que eu imaginava. “- Não acredito! Minha única esperança, que era usar os dons do sangue para curar minha irmã... agora descubro que esta alternativa não me será dada!”

- AAAAAAAAAAH!! Socava o chão da calçada, com a mão direita, com a esquerda e com a direita novamente. Eu não percebia, mas acabava estragando a calçada com a força impregnada pela força sobrenatural e pela emoção da raiva. Sozinho, sem minha irmã, sem família, sem meu sire, sem amigos... Até o pequeno Ben estava contra mim. Por sorte Roden me cedera Margareth. Ainda assim éramos apenas dois contra uma alcateia de inteira de lobos. E eu não poderia expô-la, precisava devolvê-la para Edimburgo. Então no fim das contas era apenas eu...

Alguns minutos se passavam. A posição em que eu me encontrava era propícia para a meditação, coisa que o velho mestre me ensinou desde cedo. Pouco a pouco eu me recompunha e recuperava a razão. “- Essa estranha... por mais que não seja minha amiga ela acabou me ajudando. Agora sabendo como estão as coisas, eu tenho certeza que eu perderia a cabeça na Corte. Não somos amigos, mas meu palpite é que talvez teremos inimigos em comum e ela se antecipou a isso... bom, isso é o que eu suponho. A realidade pode ser outra. Ainda não a conheço, não sei suas intenções.”

- Muito bem! Dizia eu me virando e ficando frente a frente com a mulher.

– Me desculpe, pelo... descontrole. Dizia um pouco sem graça enquanto usava a palavra certa para descrever aquela cena que para ela deveria ser algo perto do ridículo. Um vampiro emocionalmente fraco e dependente de um mortal qualquer. - Você tem razão. Não posso ir de qualquer jeito para o Elisium. Talvez eu precise meditar algum tempo ou deixar isso para amanhã. Creio que os algozes daqui não vão criar problemas com minha presença.

Voltava-me novamente para o dojo com um olhar distante e melancólico. Após algum segundo, voltava a fitar Eleanor. – Quer entrar? Dizia fazendo o convite para o dojo. – Se minha irmã não tiver trocado as fechaduras, ainda tenho a chave. Dizia sem graça, afinal eu poderia preferir entrar ali sozinho. No entanto, ter algum estranho por perto seria bom para eu conter minhas emoções e não deixar que elas tomassem a minha razão.
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Crônica: Águas Profundas - Narrativa Solo para o Player: Rian  Empty Re: Crônica: Águas Profundas - Narrativa Solo para o Player: Rian

Mensagem por Winterfell Sáb Nov 04, 2017 11:43 am

Dojo Kimura, Saint Barthelemy, Massachusetts, EUA.
Horário: 22:30


Em um sutil esforço, você passa o lenço sobre a pele e a umidade e textura do tecido limpa o percurso do sangue. Uma pequena distração externa, a distancia-lo da confusão interior. Contudo essa umidade quando próxima ao ferimento incita-o e novas gotas tornar a manchar o que mal fora limpo. Todo aquele esforço claramente inútil, em uma noite onde mesmo as coisas mais simples se recusavam a transcorrer a favor do Gangrel, que teria de recorrer a vitae se quisesse se livrar daquela “lembrança da Escócia”.

- Aãn, o quê?! Ela tinha muito trato e não expressou nenhum desagrado ou indisposição, como se entendesse o pouco trato do próprio Riam como algo natural, quer seja pela pessoa dele, quer seja pela situação. Na verdade... o carateca estava tão aturdido e imerso em seu próprio tormento que notou pouco do que quer que fosse, mau prestando a mínima atenção a mulher, até que está mencionasse “Claire”. – Foi um pensamento momentâneo, não quer dizer que é o que eu farei. Ela o fitou sutilmente sem dizer nada, como muitas vezes fazem as mulheres ao perceber uma mentira. Mas logo tornou a continuar, expondo o que sabia ao forasteiro e não deixando que o clima ficasse desagradável.

Aquele hospital começava enfim a fazer algum sentido e ainda aturdido, Riam enxergava o quão enredado já estava, mesmo antes de chegar a Saint Barthelemy. Ele agora era um peão na Jyhad? Pior, mesmo sua irmã, tinha se convertido em uma peça? Uma peça contra ele ainda por cima!? Quão simples teria sido para Riam estragar tudo, se Eleanor não o tivesse avisado? O quão rápido cairia na teia dos feiticeiros, que sem nenhum escrúpulo envolviam sua irmã (e uma criança que sequer nasceu) para manipula-lo, ou pior... A condição de sua irmã era natural? Pensando bem o que impedia os Tremeres de serem eles mesmos os causadores daquele quadro débil que Riam nunca conseguiria esquecer?

O que seria pior que ter alguém amado, como cobaia Tremere?

- DESGRAÇADOS!! Sem pensamentos. Eu não conseguia conter minha raiva. Minhas presas surgiam instantaneamente e eu desejava dilacerar esse tal Gilliat com minhas presas e minhas garras, fazer picadinho daquele maldito! Abria a porta do carro e socava um poste que estava posicionado em frente ao dojo. – Merda! Maldição!! Eu caía debruçado de joelhos em frente ao dojo. Talvez lágrimas começassem a minar em meus olhos que agora contemplavam o céu nebuloso ou estrelado daquela cidade. “- Claire...” Eu sentia o meu mundo desabar. A situação era muito pior do que eu imaginava. “- Não acredito! Minha única esperança, que era usar os dons do sangue para curar minha irmã... agora descubro que esta alternativa não me será dada!” - AAAAAAAAAAH!! Socava o chão da calçada, com a mão direita, com a esquerda e com a direita novamente. Eu não percebia, mas acabava estragando a calçada com a força impregnada pela força sobrenatural e pela emoção da raiva. Sozinho, sem minha irmã, sem família, sem meu sire, sem amigos... Até o pequeno Ben estava contra mim. Por sorte Roden me cedera Margareth. Ainda assim éramos apenas dois contra uma alcateia inteira de lobos. E eu não poderia expô-la, precisava devolvê-la para Edimburgo. Então no fim das contas era apenas eu...

Riam estava desolado, mais destruído do que pensou uma noite chegar a estar, em uma junção de emoções excruciante e dolorosamente palpável. Como quem descobre da pior forma, uma nova forma de dor. Uma dor que seus músculos treinados não amenizavam... uma dor que ele não tinha como parar... Não, isso era uma especie de inferno particular e sem fim, criado para o Gangrel e pior, em parte criado por ele mesmo. Incessantemente urticante e tão imenso como a própria noite... um inferno frio, como afundar no abismo ártico, puxado para baixo pela escuridão e garras de gelo, absolutamente sozinho e nu, fraco, desesperado e vulnerável. Riam se sentia como alguém que se debate enquanto se afoga. Mas... mas havia uma mão quente o puxando para cima... uma mão quente em seu ombro direito.

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Eleanor Loveless

Seus olhos vermelhos e rosto manchado, voltaram-se ao vivido cinza claro de Eleanor, que sem recuar estava ali, em silencio mas presente, com uma mão supreendentemente quente tocando o ombro do Gangrel, firme e reconfortante. Dois estranhos, e ainda assim ela tinha visto mais do Gangrel do que ele mostraria a quem quer que fosse. Pois para seu Sire e Roden, o Gangrel nunca desejaria expor essa fraqueza e para sua irmã, nunca exporia essa monstruosidade. Serem dois estranhos, talvez tenha trazido um também estranho desprendimento, que de forma peculiar mas agradável, fazia Riam sentir-se livre e acolhido. Apesar do momento de dor, uma situação muito confortável que não lembrava já ter tido com qualquer outro cainita.

- Muito bem! Ela então sorriu sutilmente, um pequeno definir dos lábios sem chegar a mostrar os dentes. Como se ver a sua “retomada” a tivesse contentado. Eleanor então retira a mão de seu ombro se afastando um pouco mais, no que na verdade parece apenas uma cortesia e respeito ao seu espaço pessoal, mantendo-se próxima, sem contudo ser invasiva. – Me desculpe, pelo... descontrole. Como de fato quem não se ofendeu nem precisa de desculpas, ela comenta que: - Ninguém é uma rocha. Voltando a esboçar aquele sorriso sutil, mas impactante ela complementa: - Na verdade, me alegra que você tenha “padrões humanos” por assim dizer, você não é uma pessoa desagradável Riam e foi bom poder interferir. Ela não estava evidenciando que cobraria qualquer favor pelos “serviços prestados” e conversar com ela era surpreendentemente simples. Como se ela reunisse todas as “boas características” pelas quais os Toreador são conhecidos, sem seus defeitos detestáveis. - Você tem razão. Não posso ir de qualquer jeito para o Elisium. Talvez eu precise meditar algum tempo ou deixar isso para amanhã. Creio que os algozes daqui não vão criar problemas com minha presença. Ela sorri mais abertamente, comentando de forma leve: - Na verdade a Algoz daqui é simpática a sua situação. Ela diz evidenciando ser ela mesma a detentora desse cargo, enquanto com uma seriedade maior complementa: - E ainda que está seja a sua função, não particularmente simpática a reduzir os números da própria espécie, ela lhe avisa, expandindo mais uma vez seu panorama: - Portanto, não agirei a menos que receba uma ordem direta para tanto, o que segundo as diretrizes do próprio Augustus, só ocorrera ao final da terceira noite, caso você não tenha se apresentado até então. Ou antecipadamente caso lhe seja denunciado alguma quebra sua das tradições. Ou seja contando que ele ficasse “na linha”, teria três noites contando com essa.

– Quer entrar? - Obrigada. Ela agradece recusando com educação. - Mas isso me parece um tanto particular, creio já ter me intrometido demais em uma mesma noite. Ela tira um pequeno bloco e caneta da bolsa e escreve algo por alguns instantes, voltando a olhar para você quando torna a falar. - Aceitarei esta cortesia em outro momento, caso você volte a me dispor tal gentileza. Você tinha muito no que pensar, e é obvio que ela sabe disso, desejando dar algum espaço,
- Não vou lhe enganar tentando amenizar a situação de sua irmã, você bem sabe que não será simples reverter essa “posse” dos feiticeiros. Contudo esta também é sua primeira noite aqui, você tem tempo de se preparar e nada está perdido ainda. Ela é como um balsamo curativo nas feridas do Gangrel.

- Pegue. Ela lhe estendo o papel recém escrito, e nesse haviam dois números telefônicos e três endereços em bela caligrafia. - O primeiro é o meu número particular. O segundo é o número de Charlotte Delamere. A guardiã do elísio principal, cria do próprio Augustus e com quem você poderá agendar sua apresentação ao príncipe previamente. Pode lhe parecer supérfluo, mas os Ventrue dão muita importância a pequenas formalidades como está e também é uma forma simples de iniciar sua apresentação já “bem visto” por assim dizer. Ela continua explicando, enquanto recosta as costas no poste que você entortou. - Os endereços são lugares pelos quais você pode começar. O primeiro é da boate “Marma”, domínio Brujah e local frequentado pela maior parte dos neófitos da cidade, como você precisa começar a “fazer amigos” isso pode vir a calhar. Se passar por lá, também procure Henry Marmaduke. Ele é o secretario e irmão mortal e imortal do primigênie brujah. Portanto creio que não vá ser insensível ao seu problema, além de também ser o ancião mais “acessível” aos cainitas mais novos.

- O segundo endereço é a boate e club fetichista “underground”, domínio Nosferatu. Os nosferatu mais abertos a negociação de informações nesse domínio são Erasmus Vernon "O Rato" e Edmund Valmere “O Rorschach”, ambos comumente encontrados no Underground, ainda que "O Rato" também seja muito encontrado no elísio principal, enquanto “O Rorschach” bem frequentemente também no “Marma”. O underground é outra boa forma de começar, mas Erasmus Vernon "O Rato", costuma ser tido motivadamente pelas costas como “O Verme” e pode ser um tanto ardiloso para se negociar. Recomendo que procure “O Rorschach” se for recorrer aos nosferatu. Em Saint Barthelemy você não deve se aventurar nos esgotos se procura tratar com os ratos. Eles tem salve contudo para eliminar invasores, portanto por medida de segurança mantenha-se longe dos subterrâneos ainda que venha a considerar descer a seus domínios.

O terceiro endereço você reconhece como o local ao qual ia até ser abordado por Eleanor. - O terceiro endereço, creio que não seja surpresa para você. É o endereço do elísio principal. - Olhe. Ela diz mais uma vez como quem aconselha. - É compreensível que com tantas emoções fortes você não tenha se atentado para esse corte, mas observe melhor sua camisa. Caso você mire suas vestes vera uma imensa mancha pegajosa e pesada de sangue, já chegando a manchar suas calças. (Sua blusa sequer parece ter sido uma vez branca). - Não esqueça que esse tipo de coisa alardeia os mortais, além de ser tida como uma quebra de etiqueta em nossas cortes. Na verdade o próprio Riam já cedera ao frenesi por estímulos menores. Expor muitos neófitos a sua vitae de fato não parecia uma das melhores ideias. Na verdade quanta vitae o forasteiro teria desperdiçado nesse tingir da sua blusa? Agora que parava para pensa nisso, sentia uma fome não tão “suave” (e ele tinha viajado saciado). O surpreendente é que não tinha percebido, até ela mencionar. - Vou chamar minha equipe e cuidar disso. Diz se referindo ao poste e ao chão meio explodido pela força do Gangrel, - Compreendo seus motivos, mas tenha mais cuidado de agora em diante. Inclusive esse dojo tem sido visado por uma reporter, cuidado para não se deixar fotogravar sem "sua mascara". Ela aconselha enquanto se desprende do poste em que se encostava, indo até o Gangrel. - Boa sorte Riam, pode me ligar se ficar sem saída. Ela encosta mais uma vez no ombro direito do Gangrel e então vai para seu carro. Dando partida e deixando o lugar (caso o gangrel não faça algo para impedi-la). Ao menos o forasteiro não se sentia mais tão perdido ou sozinho.

(Off. A casa estará exatamente como era, portanto você tem toda liberdade para descreve-la em seu próximo post. Incluindo escolhendo imagens se desejar, as únicas mudanças são que o quarto do antigo senhor Kimura foi transformado em um quarto de bebê, e que o quarto da sua irmã agora é um quarto de casal. Seu quarto esta EXATAMENTE como você deixou, e parece ser limpo com regularidade, como se sua irmã ainda esperasse você voltar).
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Mensagem por Abigail Dom Nov 05, 2017 7:47 am

Eleanor me entregava alguns endereços e telefones, que eu aceitava de bom grado. Ela havia me ajudado muito, mais do que o que eu poderia esperar de qualquer cainita e, aparentemente, a troco de nada.
“- Essa mulher...”
Em seguida ela ia embora após me dar as últimas instruções.
- Obrigado, Eleanor! Agradecia fazendo um gesto oriental, com o punho cerrado de uma mão  colado a palma aberta da outra mão, um sinal de honra, respeito e confiança que ela havia despertado em mim. Virava as costas para o carro e encarava de frente a fachada do dojo enquanto cicatrizava minha ferida (1pds/cura). Passava pelo portão do dojo e estava agora dentro de uma área de treino grande, como se fosse uma  casa com um quintal na frente. A arquitetura era típica de uma casa oriental, afinal o velho mestre japonês acabou dando um jeito de se sentir mais em casa, mesmo nos EUA. Assim que estava dentro do dojo, eu tirava a minha camiseta e a carregava no ombro.

Inevitavelmente as lembranças vinham em minha mente. Em cada canto, em cada detalhe daquele lugar. Bastava ver um dos Makiwara em um canto e eu já me lembrava da primeira vez que o havia socado e machucado a minha mão. E assim era com cada detalhe daquele lugar. Por fim eu dava uma volta completa pelo ambiente e descobria que apenas o quarto do velho mestre ainda havia mudado. Não pretendia ficar muito ali. A fome batia à minha porta e agora eu era um vampiro um pouco mais vivido, que sabia que não era sábio cortejar a Besta. E o tempo já estava correndo, eu precisava ser rápido e agir o quanto antes para impedir  que o pior acontecesse à minha irmã.

Assim, apenas guardava a camisa e a calça sujas em um canto separado no meu antigo guarda roupa e procurava um par de roupas limpos. Se não achasse nenhum*, pegaria um dos kimonos do dojô e sairia para a rua. Meu destino era o Marma. Pretendia fazer amizade com os Brujah local, quem sabe, e por sorte ainda poderia encontrar Rorscharch por lá, o que seria uma mão na roda. Claro que só seguiria para lá depois de saciar minha fome.
Ao sair do dojo, ficava alguns segundos parado ali. Olhava pacientemente para os lados, afinal eu não queria uma repórter me seguindo enquanto eu fosse me alimentar.


* O dojo não é a casa de Rian. Depois que ele se tornou um vampiro, por medida de segurança para a irmã ele comprou uma casa velha perto dali, assim ele poderia visitá-la com frequência. Portanto fique a vontade para considerar se ele ainda tem alguma coisa lá no dojo, embora eu acredite que sim, pois ele deixou sua parte "mortal" no dojo e não levou quase nada para sua nova casa a não ser os jornais que noticiaram o massacre de sua família e outras coisas íntimas. A casa velha funcionava como uma base de operações de sua vingança. Então considere que há jornais espalhados e pregados na parede, anotações, rabiscos, e todo o progresso (ou não) que ele fez investigando a assassina.
A descrição completa do dojo ficará em um futuro post.
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Mensagem por Winterfell Ter Fev 25, 2020 8:57 pm

Já mais afastada a Toreador sorri sutilmente, como sorriem as mulheres de classe, sem minimizar a importância do gesto do Gangrel, recebendo-o com sutileza, sem contudo, estender mais sua estadia ali. Dirigindo-se ao próprio carro e dando a partida em seguida.

Já estando uma vez mais sozinho, o carateca flui sua vitae, direcionando-a a face e cicatrizando o corte que ia desde o nariz, passando por toda bochecha até chegar a orelha. (-1 pds) Ao menos pelo resto da noite este inconveniente não voltaria a atrapalhar, contudo, sua fome é tão incisiva que chega a doer, e a consciência de seu estado perigosamente sedento o atinge como um soco (reserva em 03 pds). Um soco tão forte quanto o impacto do que veria a seguir, passando o muro:

Dojo:

A imponência de seu lar primal, conservado exatamente como fora em sua infância. Uma espécie de “materialização” do laço afetivo que desenvolveu com seu professor e pai, quando o Senhor Kimura acolheu o casal de irmãos. Cada canto desde Dojo, uma memória dessa época feliz, onde apesar da “grande tragédia” que circundava os “pequenos ciganos”. Tanto Claire, quanto Riam voltaram a sorrir... Os pés de Riam se movem sozinhos, levando-o automática e irrefreadamente ao tatame principal:

Tatame:

O lugar estava limpo, mas mantinha aquela essência de suor que tanto se impregna nesse tipo de ambiente (ainda que não chegue a ser desagradável). Uma mistura de cheiros e odores que se traduzia em “tradição” e “esforço”. Mas ainda mais impressionante que a exatidão de sua memória quando confrontada com a realidade (como se o dojo, como o próprio Riam, tivesse também parado no tempo), fora o momento em que os olhos do gangrel se prenderam no pequeno detalhe em uma das madeiras ao fundo. Em uma das portas que daria para um ambiente interno, um detalhe sutil e pouco conhecido pelos alunos saltou aos olhos do cigano. Aqueles entalhes na madeira marcados com “R”s ou “C”s. As marcas que o Senhor Kimura ia fazendo conforme os irmãos iam crescendo.
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Mensagem por Winterfell Ter Fev 25, 2020 8:58 pm

Riam escreveu:Inevitavelmente as lembranças vinham em minha mente. Em cada canto, em cada detalhe daquele lugar. Bastava ver um dos Makiwara em um canto e eu já me lembrava da primeira vez que o havia socado e machucado a minha mão. E assim era com cada detalhe daquele lugar. Por fim eu dava uma volta completa pelo ambiente e descobria que apenas o quarto do velho mestre ainda havia mudado. Não pretendia ficar muito ali. A fome batia à minha porta e agora eu era um vampiro um pouco mais vivido, que sabia que não era sábio cortejar a Besta. E o tempo já estava correndo, eu precisava ser rápido e agir o quanto antes para impedir que o pior acontecesse à minha irmã.

Assim, apenas guardava a camisa e a calça sujas em um canto separado no meu antigo guarda roupa e procurava um par de roupas limpos. Se não achasse nenhum*, pegaria um dos kimonos do dojô e sairia para a rua. Meu destino era o Marma. Pretendia fazer amizade com os Brujah local, quem sabe, e por sorte ainda poderia encontrar Rorscharch por lá, o que seria uma mão na roda. Claro que só seguiria para lá depois de saciar minha fome. Ao sair do dojo, ficava alguns segundos parado ali. Olhava pacientemente para os lados, afinal eu não queria uma repórter me seguindo enquanto eu fosse me alimentar.

Riam consegue algumas de suas velhas roupas sem muito esforço, como já era de se imaginar. Elas estavam onde foram deixadas no armário e ainda que com uma regularidade menor que o quarto, também pareciam receber algum cuidado, já que não havia acumulo de poeira, nem aquele incomodo cheiro de guardado que roupas sem manuseio costumam adquirir.

Teste de Observar: Percepção 03 + Prontidão 03 = 06 – Dif.6 – Resultado: 10, 10, 9, 9, 6, 2 (5 Sucessos).

Observando seus arredores, com alguma atenção. Não consegue notar ninguém que o esteja “espreitando” propriamente, embora, algumas pessoas lhe observem enquanto cruzam seu caminho, ao transitar na calçada e uma loja de esquina pareça ter uma câmera com ângulo para o Dojo (o que a permitiria inclusive ter pego seu acesso de raiva destruindo a calçada). Além disso, parece haver um grupo de delinquentes mais a direita em uma viela (dois estão visíveis, mais parece haver mais deles ao fundo da viela), a quanto tempo eles estão lá. Você não sabe dizer.

Teste de Caçada: Percepção 03 – Dif.6 – Resultado: 10, 7, 2 (2 Sucessos).

(Vou interromper por aqui, mais caso você queira prosseguir já adiantei seu teste de caçada portanto se desejar você tem liberdade para descrever a pessoa que encontrou com base em seu numero de sucessos).

Riam escreveu:"- Câmeras... agora para todo lado tem uma parafernália dessas! Bons eram os tempos em que não havia isso! No entanto, não foi nada muito flagrante. Se divulgarem isso ainda aproveito uma propaganda para o dojô dizendo que descobri uma nova técnica inovadora de artes marciais que só o Dojo Kimura possui, afinal alavancar esse dojo é um de meus objetivos agora que estou de volta. Preciso de alunos... criar um séquito de rebanho e carniçais com habilidades marciais..."

Vou caminhando pela rua passando pelo grupo de marginais, observando o que eles estão aprontando na viela perto do meu dojô e sigo em busca de comida. Assim que encontro um local apropriado, uma árvore fazendo muita sombra ou um post com a lâmpada queimada fico ofuscado encostado no muro, na árvore ou no post, enfim, um lugar escuro à espreita de um possível alvo. Como um gangrel eu não tenho restrições quanto a comida, sangue é sempre sangue, desde que a fonte seja limpa. E assim que surgir a oportunidade perfeita, agarro por trás a vítima com uma poderosa chave imobilizando-a e tapando sua boca. Em seguida cravo minhas presas e inicio o beijo (03 pds). Após fechar a ferida e deixar a vítima em ecstase, abandono a comida atordoada no chão e desapareço tão rápido quanto apareci.

Repito a operação, afinal ainda estou muito perto da fome. A fonte não precisa ser humanos. Animais que sejam alvos fáceis também estão no meu cardápio.
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Mensagem por Winterfell Ter Fev 25, 2020 9:07 pm

Pensando que alguma visibilidade viria a calhar, o Forasteiro não chega a se preocupar com as câmeras. Apenas se dando ao trabalho de passar próximo ao grupo de marginais, curioso quanto ao que estariam aprontando na viela.

De fato, parecia haver alguma espécie de estabelecimento mais escuso ao fundo, sendo esses marginais alguma espécie de frequentadores ou mesmo “seguranças”. – O caralho, circulando awe maluco! Diz um homem corpulento vindo mais do fundo, aparentemente apesar de ser um dos mais distantes da borda, este fora o primeiro a notar o Gangrel. O que também alertou seus companheiros dispersos da presença de Riam. – Awe seu porra, vaza daqui! Diz um branquelo magro, com um cheiro forte de suor e fumo. Já vindo na direção do Karateca, como um “incentivo” para que Riam continuasse andando e parasse de olhar.

Branquelo:

Mais dois “manos” já vinham se aproximando, como que pra dar suporte ao branquelo e colocar o “abelhudo” (Riam) “na linha” se chegasse a ser preciso. – Cê ouviu o cara! É difícil enxergar quantos são na viela ao todo, já que embora o “estabelecimento” tivesse alguma luz, a ruazinha estreita não tinha. Estimando pelas bitucas de cigarro acessas, deviam ser algo acima de 6 e abaixo de 15, uma “boa galera” por assim dizer. Com um obvio clima hostil e cheiro desagradável, misturando os odores sujos do beco com tabaco, maconha e urina.

(Se o carateca continuar seguindo em frente o branquelo apenas rira um pouco, como se aceitasse o acovardamento de Riam e voltara a fumar na viela).

xXx

Riam escreveu:Assim que encontro um local apropriado, uma árvore fazendo muita sombra ou um post com a lâmpada queimada fico ofuscado encostado no muro, na árvore ou no post, enfim, um lugar escuro à espreita de um possível alvo. Como um gangrel eu não tenho restrições quanto a comida, sangue é sempre sangue, desde que a fonte seja limpa. E assim que surgir a oportunidade perfeita, agarro por trás a vítima com uma poderosa chave imobilizando-a e tapando sua boca. Em seguida cravo minhas presas e inicio o beijo (03 pds). Após fechar a ferida e deixar a vítima em ecstase, abandono a comida atordoada no chão e desapareço tão rápido quanto apareci.

Caçada:

O Forasteiro aborda um homem um tanto mais velho, mas de aspecto saldável que parecia retornar do trabalho. Ele andava um pouco distraído, imerso em algo que fazia mexendo no celular e já estava preso ao beijo antes de perceber qualquer coisa. – Hammm.. Um meio gemido, meio grito escapa entre surpresa e prazer. Ele indo aos braços de Riam, enquanto tanto o celular quanto a bolsa iam ao chão.

Teste de Frenesi: Autocontrole 04 (Entretanto como possui apenas 03 PdS, rolarei 3 dados) – Dif.6 – Resultado: 9, 7, 3. (02 de 05 para o controle total).

Ao sentir o primeiro sorver da vitae, escorrendo por sua garganta você precisa se refrear para não morder com ainda mais força. Rompendo pele, carne, veias e artérias. Talvez mesmo os ossos daquele pescoço frágil do velho, a mercê em suas mãos famintas e predatórias. (+1 PdS). Mas apesar da fome e da abundancia de alimento em suas mãos, a mente disciplinada do artista marcial o mantem no controle. Se isso seria suficiente para de fato rechaçar a Besta... Só o próprio Riam poderia saber. A vida daquele senhor, uma aposta na diligência do Gangrel.
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Mensagem por Winterfell Ter Fev 25, 2020 9:15 pm

Riam escreveu:Voltar para casa e andar pelas ruas nas quais eu havia crescido era simplesmente fabuloso. Cada esquina, cada árvore que ainda estava lá me trazia uma lembrança diferente. Aqueles manos do beco antigamente não existia. Eles eram petulantes, atrevidos e se baseavam na certeza de que ninguém nunca os desafiaria. Pobres vermes que nem de longe sonhavam que estavam lidando com um predador que poderia ser o pior pesadelo de cada um deles ali. Ao ser provocado meu espírito era atiçado e meu sangue parecia ferver (Caçador de Emoções). Eu desejava ceder às provocações e colocar aquele todo aquele lugar de pernas para o ar. No entanto, minha mente estava focada em um objetivo maior, resgatar Claira. E para isso, o primeiro passo era me alimentar devidamente, não de viciados. Ficar drogado poderia interferir na minha busca por aliados e talvez reduzir minhas chances de sucesso.

- Tá bom, relaxa cara, só estava olhando... Saía dali como um covarde e deixaria que eles rissem de mim naquela noite. "- Desde que não interfiram no dojo, não me importo com essa gente..."

Após espreitar uma presa, um potencial alvo surgia. Por ser um senhor, mais frágil que uma pessoa jovem eu restringiria minha alimentação a 2pds. Em seguida, sairia em busca de uma nova presa. Aquilo não seria suficiente. Pelo visto, esta primeira noite seria usada apenas em caçada.

O artista marcial figura o acuado e com o rabo entre as pernas (o que mesmo chega a ser uma realidade, para esconder sua cauda), começa a se retirar do lugar. Enquanto ainda escuta a cacofonia de risadas e o branquelo usando-o como um trampolim, se mostrando aos amigos. – Viram o viadim hahahah. – hahaha deixa pra lá, awe da uma tragada aqui. – Valeu brô. Aparentemente todos iam voltando a seus “passatempos”.

xXx

Sentindo os impulsos da Besta, mas se sobrepondo a eles. O forasteiro não cede a gula e se limita a absorver apenas um pouco mais (+ 1 PdS), se desprendendo do trabalhador antes que sua fome rompesse a barreira do seu controle, afastando-se do homem caído enquanto tenta tanto tomar distancia quanto se conter.

Teste de Frenesi: Autocontrole 04 – Dif.6 – Resultado: 6, 2, 1, 1 (Falha).

Mas a verdade é que Riam está sobrecarregado. Um homem pode se conter tanto em uma mesma noite sem estrangular sua própria natureza? Ver sua irmã e seu quadro lamentável, descobrir sua gravides, ser ofendido por seu ex-aluno, a Toreador, a trama dos Tremere, a fome, os cracudos denegrindo-o e agora por fim, a vitae do velho... O quanto mais alguém pode aguentar antes de ceder? Quanto um Gangrel, naturalmente seres já tão próximos a Besta, podem repeli-la antes de por fim abraça-la?

Riam parece ter chegado a sua resposta, enfim atingido seu ponto de ruptura.

(Riam você está em descontrole emocional, Frenesi, por um turno. Por favor descreva suas ações destrutivas levando em conta este contexto, assim como indique como procedera para o próximo turno. Não esqueça que você pode usar 1 ponto de FdV para controlar 1 ação do seu personagem durante o frenesi, se assim desejar).

Localidade: http://citywallpaperhd.com/uploads/photo/original/170-rua-sombria.jpg

Você ainda está próximo a arvore e ao velho. (Considere a arvore essa “moita” a direita na foto, e que o velho esta caído ao chão próximo a ela). A rua esta vazia, mas a vozes e musica vindo de um pub seguindo em frente a esquerda.

Enquanto o velho, se meche um pouco no chão. – Humm...o que? Ele meio geme, meio fala. Como se tentasse se situar sem conseguir, ainda sem entender o que aconteceu com ele.

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Mensagem por Winterfell Ter Fev 25, 2020 9:16 pm

Riam escreveu:O gosto do sangue disparava a fagulha que faltava. Após suportar tantas emoções em um única noite, finalmente as minhas forças minavam. Considerando tudo  o que tinha acontecido, até que eu tinha resistido bastante. O monstro que havia dentro de mim se soltava. E agora? O que eu poderia fazer? Como alguém que segura um vômito, não poderia segurá-lo por muito tempo, no máximo retardar a manifestação da maldição que me assolava.

"- Ficar aqui próximo a essa fonte de vitae vai ser uma desgraça! No dia seguinte todos vão querer investigar o "animal" que atacou em plena zona urbana um ser humano. Preciso sair daqui, preciso de privacidade!"

Rapidamente procuro um lugar mais isolado possível, enquanto que em um flash minha visão e minha audição são amplificados (Auspícius 1), afinal eu corria contra o tempo. Assim que encontro a direção certa, corro para lá, me afastando o máximo possível da fonte, enquanto deixo os sentidos voltarem ao seu natural e desprendo de uma enorme vontade para tentar minimizar e tornar as consequências da liberação da besta o mais discreto possível. -1FV
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