Vampiros - A Máscara
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Sob a Água

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Mensagem por painkiller Qui Nov 13, 2014 2:13 pm

@ Dr. Ulrich Kaminski

No interior da Universidade, o renomado Dr. Kaminski acorda, folhas de papel compõem a sua mesa de trabalho, laptops abertos ainda com programas de cálculos, variantes, fórmulas físicas suntuosas por toda a parte, que só perdiam em beleza e complexidade para quele grande aposento construído sob a ala de Ciências Exatas daquela enorme Universidade, a única preocupação de Ulrich por anos foram apenas os cálculos, as implicância das leis da física e da química na vida atual, quando o interfone toca.

Ulrich o atende, ainda atordoado pelos poucos minutos que faziam após o despertar e reconhecia a voz velha, rouca e embolada de Sauvio, que o tratava sempre com muitos elogios acadêmicos, que para evitar importunar o gênio da física moderna ali presente, ele fora capaz de solicitar que todas as ligações fossem transferidas para ele.

-- Nobre Dr. Ulrich, um sernhor que se autodenomina "Príncipe", aguarda na linha e disse que tudo para o senhor depende da complacência dele, ele exige falar com o senhor agora, devo transferir a ligação?




@ Juliette Graham

Na Big Apple, Juliette encontrava-se sem ideias, longe de suas empresas, longe de seu avô e apenas acompanhando o seu Sire em alguns compromissos sociais com outros membros, era interessante, aquela vida noturna, o Arquiduque sempre dizia a ela que seu agogue era feito diariamente e que ela teria que ler e estudar bastante sobre linhagens, brasões e uma série de informações sobre os membros, assim as noites se dividiam, na vida social e na escrivaninha do quarto de hotel luxuoso, com pelo menos 5 ou 6 grossos, amarelados e empoeirados livros que tratavam basicamente dos mesmos assuntos, formalidades de clã, de seita e sobre o Sabá.

Foi numa dessa noites que Juliette debruçada sobre um de seus livros, entediada, escutava a porta bater em seu quarto, uma pancada firme, dada com os nós dos dedos, ela sabia quem batia daquela forma, como homens antigos, provavelmente alguém que vivera a muitos anos, assim Juliette encontrava seu Sire que olhava para ela e dizia friamente.

-- Mestre em Diplomacia, namorada de um membro da nobreza da Noruega, selecionada entre tantos poucos que podem dizer que são os nobres entre os nobres "crème de la crème" e agora está na hora de se mostrar útil e angariar alguma dignitas, respeito e ter o direito de se tornar um membro pleno do clã.

Naquele instante o Petrucci adentra o quarto, com seu fiel lacaio e com um gesto dele, o lacaio corre e começa a recolher os livros um a um, sempre com a vista baixa, o lacaio obedientemente recolhe um a um.

-- Teoria sem prática é nada minha cara, já lhe dei tempo suficiente para estudar, não vou pedir para que me recite quais os clãs, nem os sires de meus sires, a partir de hoje você tem a chance de se tornar um membro pleno, de mostrar o que sabe na prática, a sua capacidade de ser e de estar na nata da sociedade vampírica, você queria ser Diplomata quando mortal, agora estou lhe dando uma dupla oportunidade, de amadurecer e de ser Diplomata de verdade.
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Mensagem por Colecionador Qui Nov 13, 2014 7:32 pm

Havia despertado a pouco tempo e permanecia intacto na cama pensando em como a fama poderia me ajudar a alcançar prestígio em seio cainita. No rádio tocava uma melodia filógina e obscena em tons baixos que competia com o som do condicionador de ar. Um odor almiscarado surgia no ar, resultado da limpeza dos vãos da Universidade.

”Já faz vinte anos desde aquele fatídico dia em que vislumbrei uma nova realidade. O sobrenatural me surpreendeu e por pouco perdi minha sanidade total. Venho pagando o preço a cada noite e durante todo esse tempo alcancei à fama e a riqueza, mas ainda não é suficiente. Não sei se um dia será... A eternidade é perturbadora. Talvez o reconhecimento e o status venham sanar minhas necessidades. Para pensar nisso, preciso suprir minha base de relacionamentos. O experimentar com resignação e paciência institui nossa trajetória em nosso processo contínuo de relacionamentos.”

O telefone toca e desligo o som que tocara o medley de James Brown.

Nobre Dr. Ulrich, um senhor que se autodenomina "Príncipe", aguarda na linha e disse que tudo para o senhor depende da complacência dele, ele exige falar com o senhor agora, devo transferir a ligação?

“Ora essa, duvido que seja o príncipe em pessoa e ainda sim, esse ardiloso indivíduo tem que me oportunar a essa hora? Não posso parecer ignóbil ou insolente, nem posso tolerar alogia da minha parte. Não preparei um discurso decente à altura do príncipe, a tensão me faz estalar os dedos constantemente, mas não posso ser pretensioso e optar por não falar, então que assim seja.”

--Sim Sauvio, transfira, por favor -> Falava enquanto ia à mesa.

Sob a mesa colonial em mogno maciço com tampo em vidro temperado, havia os estudos quânticos separados por títulos em ordem alfabética, ensaios em geral separados por marcadores coloridos e entre outras coisas, uma Gaia High Luxury – Presente de minha mentora.

Imagem:

De posse da caneta e da minha agenda pessoal  em mãos me apresentei -- Dr. Kaminski falando, quem deseja?   A voz soou amena e firme em tons graves.

Quem quer que fosse se desejasse me encontrar e adentrar em meu recôndito o faria acompanhado de ao menos dois de meus seguranças sob minha autorização. Normalmente não receberia ninguém, mas se tratando do príncipe ou seu representante se faz necessário apresentações.

“Minha intuição é mal adaptada a situações que envolvem incerteza, mas preciso encontrar oportunidades nesse contato inesperado.” -- Processo cerebral deficiente “Psicologia cognitiva. Preciso me concentrar”.

“Com auxílio do príncipe posso alcançar meus objetivos, mas o que posso dar em troca? A falta de informações leva, frequentemente, à concorrência em diferentes interpretações. Não importa o que eu faço, mas sim o que eu levo as pessoas a crer”. – Credo quia absurdum

“É impossível, com efeito, crer no contrário do que se sabe sem deixar, por isso mesmo, de o saber, e é igualmente impossível chegar a saber o contrário do que se crer sem deixar imediatamente de crer.”
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Mensagem por JosephineRaven Sáb Nov 15, 2014 12:46 pm

A Mont Blanc de ouro branco rodopiava entre os seus dedos enquanto Juliette recomeçava aquela frase pela quinta ou sexta vez. Normalmente, sua concentração nunca lhe deixava na mão, mas esta noite era diferente. Já fazia algum tempo que Graham havia deixado San Diego e a empresa que estava indo de vento em popa depois da resolução da crise que a trouxera para o Novo Mundo. Como parte de seu agoge, a Ventrue havia saído da casa do Arquiduque e comprado um refúgio novo, adaptado para as suas novas condições. Mas com o cotovelo apoiado sobre a mesa, ainda fitando o livro a sua frente, ela pensava em como não pudera desfrutar da sua nova propriedade.

Devido a algumas razões pessoais do seu senhor, ambos haviam se mudado momentaneamente para Nova York e a inglesa dividia as suas noites entre os estudos e os eventos do Arquiduque. Aquela nova existência era deveras envolvente, a cainita se surpreendia da maneira como aprendia tanto em tão pouco tempo. Mas ao passar das semanas, Graham já não se entretia tanto quanto no começo. As condições eram sempre as mesmas, a neófita sempre acompanhava o Arquiduque aqui e ali, como se fosse a sua sombra, sem poder dizer nada nem dar sua opinião nos assuntos que ela escutava. Certamente, um bom exercício de observação mas que já bastava para a inglesa. Graham havia lido que inúmeros vampiros na mesma situação dela permaneciam muitas décadas, quiçá mais de um século, nessa condição. Mesmo assim, não havia nada que ela podia fazer, afinal era ainda muito depende do seu senhor e provavelmente ainda não sobreviveria se saísse sozinha por ai, além disso, isso não seria bem visto pela sua nova família.

Juliette repousava a caneta ao lado de um dos livros empoeirados e buscava uma folha em branco na gaveta. Ela não sabia o que iria escrever, mas sentia que precisava rascunhar qualquer coisa que vinha a sua mente. Novamente com a Mont Blanc em mãos, a cainita escrevia a data e o local na parte superior direita do papel. Pelo visto, seria uma carta. Uma correspondência adereçada para algum destinatário incógnito. Talvez Juliette escreveria para o seu avô ou para o seu namorado, a inglesa não havia tido nenhum contato pessoal com ambos desde o seu abraço. Por outro lado, ela postergava essa situação ao máximo. Mas a noite fatídica teria que vir e Graham pensava delicadamente em como lidaria com os dois. Contudo, antes que a Ventrue pudesse inserir o nome de seu destinatário, ela ouvia algumas batidas firmes na porta que já confessavam quem estaria do outro lado.

Juliette tampava a ponta fina da sua caneta e se dirigia a porta, dando no caminho uma rápida olhada no espelho, pois desejava se certificar que estaria sempre apresentável na presença do Arquiduque. Ao abrir a porta, fazia como em todas as outras noites, o cumprimentava com uma singela reverência de acordo com a sua etiqueta aristocrática. O tom de voz do Arquiduque era frio e sério e Graham sabia o que isso significava, na verdade esse timbre lhe dava duas possibilidades: ou seu mestre queria lhe dar alguma lição sobre algum fator desse novo mundo o qual ela desconhecia ou desejava lhe dar uma ordem importante. Nesse caso, foi a segunda opção.

A cainita ouvia com atenção o que o seu Sire falava, se sentido ao mesmo tempo orgulhosa e temerária de suas palavras. Aquela miríade de elogios relembrava à Juliette que seus títulos e méritos na verdade angariavam muita responsabilidade, responsabilidade a qual a inglesa de certa maneira duvidava que possuísse. A Ventrue se concentrava no seu senhor sem sequer notar a presença do lacaio que recolhia todo o seu material na escrivaninha. Seus olhos brilhavam enquanto ele discorria sobre a teoria e a prática. Graham agora teria uma nova oportunidade de passar para o próximo estágio de sua iniciação e o seu íntimo indicava que ela já estava mais do que pronta:

- Perfeitamente, Arquiduque. – dizia ela com um sorriso tímido que transparecia a sua ansiedade – Estou pronta para qualquer tipo de projeto que tenha em mente.
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Mensagem por painkiller Dom Nov 16, 2014 12:26 pm

@ Ulrich Kaminski

A voz que soava no interfone era grave, ao mesmo tempo rouca, afável, mas ao mesmo tempo rude, era aquela a voz de um ancião, um poderoso mestre do jogo social e de vários outros, que ecoava agora na sala de Ulrich.

-- Eu, senhor dessas terras em que você pisa,-- ele enfatizava essa parte -- exijo que venha ao elísio, tenho assuntos a tratar contigo, há uma limusine lhe esperando do lado de fora, no pátio da universidade, seja rápido e até breve. -- o telefone era desligado.

A mensagem era rápida, mal tivera dado algum tempo para que Urich falasse, a mera voz do príncipe era intimidadora, antigos não costumam se meter com neófitos, não quando não tem algo a ganhar. E duas coisas não são inteligentes, contrariar um ancião, ou simplesmente deixá-lo esperando, a limusine provavelmente deve estar lhe esperando logo depois da larga escadaria de mármore que fica na entrada principal do Campus, utilizada para visitantes.

[off] faça sua próxima ação saindo do estabelecimento, pegando o que você acha que deve pegar, essas coisas, te juro que seu próximo post vai ser bem maior do que esse. [/off]

Juliette Graham

-- Pois bem, faça as malas, é hora de ir para Veneza, você tem exatamente 40 minutos para recolheres os seus itens pessoais.

Enquanto Juliette juntava suas roupas às pressas, o seu sire sentava-se sobre uma cadeira, fitando-a com seus olhos vítreos e secos, com as pernas levemente cruzadas e passando a mão ainda envolta em uma luva branca sobre a aba de sua cartola, parecia estudá-la minuciosamente com seu olhar, sem mostrar aborrecimento ou impaciência, apenas uma fria e calma expressão analítica, como se estivesse avaliando, pesando e medindo num jogo de Xadrez imaginário.

Assim que Julitte termina de fazer, apressadamente, é bem verdade, as suas malas, o Petrucci faz um gesto para que ela se sente à sua frente e agora olhando nos seus olhos de forma incisiva, mas ao mesmo tempo paternal, ele começa a falar:

-- Já viu alguma película antiga do James Bond? Já ouviu falar que diplomatas são espiões e cobras de um país enfiados em outro? Pois bem, você é uma diplomata agora, uma emissária de Nova Iorque em Veneza, mas ninguém lá de Veneza precisa saber disso.

Ele fazia um gesto para o carniçal e uma pequena maleta, de couro preto, com um acabamento dourada, muito bela, que amoldava-se perfeitamente às mãos de Juliette, abaixo do pegador, havia uma pequena placa de metal que deslizava lateralmente, descobrindo um pequeno teclado e uma tela digital, nesse pequeno teclado, o carniçal digitava os caracteres, 8,0,2,5,6, bem diante dos olhos da ventrue, com um complemento de seu Sire. -- Decore essa senha.

Ao abrir a maleta, devidamente organizados, vários pacotinhos de Euros, uma arma feita de cerâmica, um cartão corporativo e uma pequena pasta com alguns papéis, além de um pequeno celular. Mal Juliette tivera tempo para analisar aqueles itens, quando seu Sire novamente encheu o quarto com sua voz.

-- Muito bem Srta. Graham, vejo pelo seu olhar surpreso que nunca esperava ver tais itens, lhe sugiro colocar fogo nessa pequena pasta com papéis depois de ler o seu conteúdo, guardar essa arma como se fosse a garantia de sua não-vida, ela tem pequenos detalhes que estarão melhor especificados no dossiê e esse celular como garantia de comunicabilidade, claro, gastar bem o dinheiro. Encontrará também um cartão de créditos praticamente sem limites abaixo das cédulas. Agora vamos responder às perguntas que inquietam o seu coração.

Havia uma pausa dramática, Petrucci começava novamente.

-- Veneza é uma cidade importante, governada por um colega de clã, Ulrich Van Baabic, ali é uma porta de entrada para a Itália e para o velho mundo, como um todo, temo que Ulrich tenha cedido à frieza do passar dos anos e começou a sentir que é de uma raça à parte e que por isso todos devem se curvar a seus caprichos e vendo que não crescerá, não pelos próximos dois séculos dentro da seita, esteja cooperando com o Sabá, planejando uma traição. E aquela maldita Veneza é uma verdade fortaleza, perdê-la para o Sabá significaria anos de uma guerra infindável e provavelmente não muito vantajosa para nós, os anciões, a Camarilla temem que a queda da Europa comece pela queda de Veneza, imagine eles podendo atacar de uma cidade facilmente navegável e ao mesmo tempo de fácil defesa, não posso nem imaginar isso.

Novamente ele voltava para Juliette.

-- Então minha cara, para todos os efeitos você estará em Veneza para tratar de assuntos com o seu noivo mortal, rever alguns negócios e passear, como um prêmio pela conclusão satisfatória de seu Agoge, mesmo que ninguém saiba que você não o tem. Você é inofensiva e assim deve ser, já está tudo arranjado entre nós e eles para que você possa ficar em Veneza, mas você deverá seguir todas as formalidades. Lembra das tradições? Fale-me sobre elas e as siga ao pé da letra. Ulrich não vai lhe ignorar, ele apenas vai ser menso vigilante com relação à você.
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Mensagem por Colecionador Dom Nov 16, 2014 7:58 pm

“...Bem ou mal, coisa e tal, sobrevivi como uma fênix que renasce, sou guerreiro de fé e por Deus ou Diabo abençoado... No sentido da perfeição... A fé na vitória tem que ser inabalável”


Eu, senhor dessas terras em que você pisa, exijo que venha ao Elísio, tenho assuntos a tratar contigo, há uma limusine lhe esperando do lado de fora, no pátio da universidade, seja rápido e até breve.

Anotei cada detalhe em minha agenda, inclusive a rispidez e o autoritarismo intrínseco à frase, bem como a irrupção do momento. Sublinhava as palavras “senhor e assuntos” e colocava aspas nos verbos “exijo e tenho.” Não tive tempo de falar nada, o que foi bom, pois não tinha palavras suficientes para me expressar naquele momento, e se assim o fizesse, não sairia sublime ou perfeito. Tendo em vista que teria o caminho inteiro para pensar em um discurso, passara minha tensão. Com devida cautela e atenção comecei a me preparar para a visita. De uma coisa eu sabia, ele fazia questão de exibir sua sumidade.
Religuei o som o qual tocava agora Robert Johnson. O que se seguiu foi um leve sorriso devido a ironia daquele momento. Robert Johnson cantando Me And Devil e eu indo ao encontro do tirano. Com certo arroubo tomei um banho, coisa que não fazia a uma semana. Cortei as ramificações do cabelo, o deixando temporariamente mais curto e em seguida apliquei uma leve e quase imperceptível maquiagem escondendo as poucas falhas faciais. Não demorei mais de vinte minutos e então fui ao armário e peguei meu melhor terno. Estava pronto, agora teria que focar nas palavras.

Imagem:

Liguei imediatamente para Sauvio que estava na reitoria e disse que iria sair, que cancelasse meus compromissos da noite. Levava comigo meu celular, agenda de bolso, a supracitada caneta e uma caixinha incólume de madeira. Uma verdadeira antiguidade. Dentro da caixinha tinha uma Visconti – Presente que eu daria ao príncipe.

Fora do quarto/escritório pessoal, comuniquei aos seguranças que me acompanhassem até a Limousine e posteriormente, dois dos seguranças deveriam acompanhar a Limousine em uma das Hummers estacionadas na garagem particular. Agora o momento entre o percurso pela universidade e a chegada ao elísio seria de pura reflexão, pensamentos e planejamento. Estava eu, acompanhado pelos seguranças passando pelos corredores da universidade até chegar ao elevador. Os olhares dos funcionários se voltavam a minha pessoa. Invejosos, “puxa sacos” entre outros desagradáveis sujeitos.

“Eu entendo a inocente alegria das pessoas comuns, mas amo a angústia de ser incomum.”

Até então, naquela ala só perambulavam funcionários. Os pisos inferiores contemplam a unidade dos discentes e laboratórios, bem como biblioteca. Meu percurso era privilegiado, sempre optando pelo elevador pessoal, que me levava direto a garagem particular.

“Devo fazer uso de minha oratória encomiástica, exorna e suasória. Além disso, o nome do meu senhor que outrora me ensinara parte de meus conhecimentos, haverá de repercutir certa positividade em meus argumentos. Se alguém lhes fala em nome da inteligência e do amor, escutá-lo-ão? Atração física mais atração moral – “desconfusão”, resposta”

Enquanto pensava, o elevador alcançou seu destino e a partir dali, eu faria uma breve caminhada seguido de meus seguranças até o lado oeste, onde estaria a Limousine do príncipe. No percurso chamamos atenção de algumas pessoas que começaram a tirar fotos. Uma criança veio em minha direção, mas fora barrada pelos seguranças. E assim alcancei o veículo do elísio, o adentrando enquanto meus seguranças faziam o mesmo na Hummer a espera. Dentro da Limousine, nada eu falei, nada eu indaguei e nada eu fiz, se não, apenas aguardar até a chegada enquanto ainda formulava palavras a serem ditas para o príncipe.
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Mensagem por painkiller Seg Nov 17, 2014 2:09 pm

Dr. Ulrich Kaminski

Ulrich percorria o caminho a passos largos, havia alguns alunos no largo corredor da Universidade, os seguranças o seguiam de perto e como uma celebridade do meio acadêmico, o renomado professor era perseguido por não menos que dezenas de olhares, femininos e masculinos, uns dotados de incredulidade, outros de inveja, alguns de desejo, sua aparência jovial não fazia jus ao seu enorme conhecimento, mostrando uma pequena disparidade entre ambos, que causava um incomum espanto entre as pessoas.

Os seguranças seguiam próximo, mas à uma distância razoável, eram homens brancos de constituição atlética, dispensavam os tradicionais óculos escuros, seguido pelo ponto caindo pela orelha esquerda, não, não ali, estavam numa Universidade e em meio acadêmico, logo fã histéricas não faziam parte do repertório de pessoas que cruzavam o caminho de Ulrich.

Após percorrer o longo campus e descer a escadaria, pôde ver a limusine negra como a noite, mas sem a peculiar altura da sua Hammer, assemelhava-se mais a um carro esportivo, que fora adaptado para tal função, as rodas de aros largos e prateados contrastavam com o negro espelhado que refletia as luzes dos postes do pátio, com a porta aberta, e numa posição erétil e de rara empáfia para um motorista qualquer, trajando um terno e com o tradicional quepe, encontrava-se o motorista, que sem dizer muita coisa, apenas confirmando o nome do passageiro.

-- Dr. Kaminski, eu presumo, tenho ordens de levá-lo ao Empire Gobble.

Empire Gobble era um novo prédio dotado a ser um dos mais exemplares do mundo, formado com uma telas de led em sua fachada e rodeado por câmeras, possuía a capacidade de transmitir o que se passava atrás dele, dando a impressão de ser invisível à distância, o lugar fora construído por um importante grupo de investidores que provavelmente deve ter algo a ver com o príncipe, afinal ele transferiu o elísio para aquele lugar, os 4 últimos andares e mais alguns outros são de uso exclusivo da Camarilla local.

O interior da limusine era luxuoso, bancos de couro, devidamente climatizado, para amenizar a incômoda temperatura dessa estação do ano, havia um pequeno frigobar, provavelmente com alguma vitae nele, mas nenhuma bebida alcoólica ou petisco, o que indicava que realmente aquela limusine era utilizada exclusivamente para transporte de membros ou foi adaptada para causar essa impressão em seus passageiros.

Apesar do horário não ser dos melhores e as ruas da Big Apple estarem entupidas de veículos o caminho fora até rápido, considerando o tempo de deslocamento normalmente perdido nas grandes cidades e a dificuldade de fazê-lo com um carro de proporções enormes, como uma limusine, que deslizava suavemente no mar asfáltico da cidade.

Logo chegavam à frente do prédio e deveras o cainita apenas pôde aperceber-se de que estava em seu destino apenas quando bem próximo do colossal prédio e logo a limusine mergulhava no enorme estacionamento subterrâneo, em seguida dava algumas voltas internas, o motorista estacionava em uma vaga próxima a uma porta de ferro preta e enferrujada. Descia do carro, abria a porta, pedia para que Kaminski descesse e lhe acompanhasse até a tal porta que ao ser aberta revelava-se um belíssimo e suntuoso elevador.

O motorista agora era seu ascensorista, guiava-lhe, digitando um código rapidamente, o malkavian, percebeu estalos em travas do elevador e que esse suavemente deslizava na horizontal, mais precisamente para a esquerda e só então subia, engenhosamente devem ter feito um sistema para ocultar o local reservado aos cainitas dos mortais e curiosos.

O Elevador então subia e as portas abriam-se em um enorme salão, coberto de mármore do mediterrâneo, que poderia ser facilmente utilizado como um espelho e bem no centro, sentado numa poltrona vitoriana, trajando um terno tão transado como o de Kaminski, observando um quadro de Monet, sim, um que trazia um barco navegando ao por do sol, revelando o tom impressionista, na obra "Impression, soleil levant".

Sem retirar os olhos do quadro o príncipe fala com Ulrich.

-- Boa noite Dr. Kaminski, creio que temos muito que conversar essa noite.

--
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Mensagem por Colecionador Seg Nov 17, 2014 6:18 pm

Dr. Kaminski, eu presumo, tenho ordens de levá-lo ao Empire Gobble.

-- Positivo!

O interior da Limousine me fazia sentir em casa com variedades luxuosas e ambiente confortável – digno de uma realeza. Sentia-me muito bem por todo o percurso, pensativo e boçal. Contemplei o exterior do Elísio quando o vi pela janela fechada do veículo ao passo que via minha Hummer logo atrás com dois seguranças que não subiria ao elevador comigo por motivos óbvios. No elevador senti uma leve ansiedade, todavia já havia preparado o discurso. Passei a imaginar o que o príncipe queria comigo. Teria eu, cometido alguma infração ou desordem? Poderia ter acontecido algo com Gaia ou pior poderiam ter descoberto algum fator sinistro sobre ela ou será que vossa autoridade gostaria de fazer um pedido? Ele não parece o tipo que pede, mas sim que manda e esse é o problema. Nunca me dou bem com indivíduos autocráticos demais.

“De praxe, aqueles que desejam obter favores de um príncipe, apresentam-se a ele com os pertences que lhe são mais estimados e à vista dos quais veem que ele mais se encanta. Devo considerar que não há coisa mais difícil a tratar, nem mais incerta a alcançar, nem mais arriscada a gerir que a efetiva manutenção da ordem. É aí que eu entro. Devo parecer fiel à ordem, o que sou e devo ajudar a mantê-la com esforço e sem cobrar por isso, por ora. Talvez assim eu consiga alcançar meus objetivos a longo prazo.”

A porta do elevador se abriu e ali eu vi a figura de um ser notável. Membros como ele enfrentam grandes dificuldades nos conduzindo. Todos os perigos interpõem-se em seu caminho, perigos que eles, com as suas virtudes pessoais, têm de superar.

Boa noite Dr. Kaminski, creio que temos muito que conversar essa noite.

O homem apreciava uma pintura antiga com um mesclado de tintas, o qual eu não saberia apreciar. A arte nunca fez parte da minha vida, ou pelo menos não esse tipo de arte. O local trazia de forma transcendente o poder daquele ser. Eu quase podia sentir minhas pernas tremerem. O príncipe é uma figura serena, perene e talvez até pérfida, mas emite uma sumidade absurda.

-- Boa noite, Milorde! Desejoso de apresentar-me a vossa onipotência, com alguma prova de minha submissão, nada encontrei, que prezasse e estimasse tanto quanto o frugal presente que a vossa onipotência, eu remeto.

Nesse momento eu pego a caixinha e vagarosamente caminho até a poltrona do príncipe, se assim o permitisse para entregá-lo em mãos o referido presente. Retornaria ao meu posto com distancia suficiente que não permanecesse como “invasor” da zona de conforto do príncipe, curvar-me-ei e com um joelho no chão e em tom baixo falo – O que posso fazer por vossa onipotência?

Eu podia sentir a excitação no âmago de minha alma naquele momento.

“A necessidade nós torna escravos de sua vontade. A mim, portanto, não é necessário que tenha grandes qualidades, é necessário, porém, e muito, que eu pareça possuí-las.”
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Mensagem por painkiller Seg Nov 17, 2014 8:26 pm

-- Boa noite, Milorde! Desejoso de apresentar-me a vossa onipotência, com alguma prova de minha submissão, nada encontrei, que prezasse e estimasse tanto quanto o frugal presente que a vossa onipotência, eu remeto.

-- Não sou divino, nem onipotente, do contrário, meu caro, não estaria havendo um surto de HIV no campus da Universidade em que o senhor atua e creio que certamente o senhor se não estiver infectado, certamente o estará, tenho agentes investigando o surto, o gado precisa ser são, para que nós permaneçamos bem também.

Ele se colocava de pé e estendi suas mãos pálidas e cadavéricas para frente, recebera a caixa, não abria, mas suavemente erguendo sua mão esquerda com um gesto único, fazia com que o motorista a recebesse e a guardasse na gaveta de um outro móvel mais distante.

--- Estou certo de que irei apreciar tal presente num futuro breve.

– O que posso fazer por vossa onipotência?

-- Primeiramente, pare de me chamar de onipotência, tal qualidade chega a ser um insulto para qualquer um membro, lembra-nos de nossa pequenez diante do infinto, diante do poder eterno e gigantesco que tece nossos caminhos.

Nesse instante finalmente a face pálida do príncipe poderia ser visto, deveras seria um belo cadáver, sua pele era branca quase translúcida, seu nariz lembrava o de um senhor escandinavo, era curvado para baixo e lhe dava altivez, sua testa era coberta pelos fios e lisos fios de cabelos loiros que caiam por sobre sua cabeça e com seus perfurantes olhos azuis que se assemelhavam a duas tochas que davam vida a um ser melancólico ele seguia falando.

-- Tenho certa amizade com um outro príncipe e ele almeja poder construir uma rede de túneis especiais sobre sua cidade, para garantir maior dinamicidade e melhor movimentação para os cainitas de sua seita, perguntou-me se conhecia algum engenheiro capaz de tal obra e na verdade todos os que conheço estão mortos, ou creio que não estão à altura de um projeto tão enorme, seu nome me surgiu indicado por um outro ancião, também estudante de física. -- ele dava uma pequena risada -- mas seus métodos são um tanto quanto arcaicos para os dias atuais. Mas como você já publicou um trabalho dele, gostaria de saber, és mesmo capaz de algo grande e inovador, ou só mais um caduco, que se perdeu no tempo e hoje é uma peça antiga em um mundo moderno?
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Mensagem por JosephineRaven Ter Nov 18, 2014 10:17 am

- Veneza? –de todos os lugares que o Arquiduque poderia pedir, Juliette nunca imaginava que ele diria Veneza. “o que um cara poderoso como ele vai querer em Veneza? Cidade milenar e turística que não tem nada de econômico...” pensava a inglesa enquanto escutava as ordens para arrumar as malas. Além disso, quarenta minutos não é o suficiente para arrumar uma mala nem aqui nem na China. Mas de qualquer maneira, a Ventrue não contestou. Ainda incomodada com os olhares secos e indiferentes do seu Sire enquanto separava as suas roupas, ela continuou até o final o mais rápido que podia. Colocava um terço do guarda roupa na mala, calculando precisamente vestimentas para todas as ocasiões, maquiagem, distintos sapatos e todos os outros acessórios que fariam a inglesa apresentável em qualquer situação. Aliviada por ter conseguido organizar tudo no tempo determinado, ela se virava para o Arquiduque com um rosto orgulhoso, como que dissesse “terminei!”.

- Realmente, Veneza, com seus barcos e canais, é um cenário clássico para a espionagem – dizia Juliette em um tom leve, mas ao ouvir essas palavras por dentro ficava nervosa. Em seguida olhava tudo aquilo, realmente estava parecendo um filme de ação. A Ventrue decorava a senha como mandado pelo seu Sire e olhava com curiosidade o conteúdo da mala. “aaahnn uma arma?”- ela ficava mais nervosa ainda mas tentava não transparecer isso a ele. Quase que ela disse: “mas eu não sei atirar”, mas achou melhor ficar quieta e ver o que ele diria em seguida.

- Uhum... então o destino de Veneza e da queda da Camarilla na Europa está nas mãos? – indagava a inglesa.

- Eles quem? Sim, posso arrumar qualquer coisa para fazer em Veneza para não deixar rastros. – Juliette já começava a maquinar algumas possibilidades de negócios, além disso, voltar a Europa a deixava animada.

- As tradições... – quase dera um suspiro se ainda pudesse - A primeira tradição é a da Máscara, não podemos revelar a nossa verdadeira natureza àquele que não seja do sangue. A segunda tradição é a do Domínio, nosso domínio é de nossa inteira responsabilidade. Todos os outros devem-nos respeito enquanto nele estiverem. Ninguém poderá desafiar nossa palavra enquanto estiver em nosso domínio. A Terceira tradição é a da progênie, apenas com a permissão de nosso ancião geraremos outro de nossa raça. Se criarmos outro sem a permissão de nosso ancião, nós e nossa progênie seremos sacrificados. A quarta tradição é a da responsabilidade, aqueles que nós criarmos serao nossas próprias crianças. Até que a nossa progênie seja liberada, nós os comandaremos em todas as coisas. Os pecados de nossos filhos recairão sobre nós. A quinta tradição é a da hospitalidade, nós honraremos o domínio de nosso próximo. Quando chegarmos a uma cidade estrangeira, nós nos apresentaremos perante aquele que a governa. Sem a palavra de aceitação, nós não somos nada.A sexta e última tradição é a da destruição, estamos proibidos de destruir outro de nossa espécie. O direito de destruição pertence apenas ao nosso ancião. Apenas os mais antigos dentre nós convocarão a Caçada de Sangue. - Graham ditava uma a uma e desejava realmente colocar em prática tudo que havia lido nos últimos meses.

- Ele pode ser o quão vigilante quiser, pois serei um Membro exemplar. – dizia ela com convicção.

A Ventrue não sabia mais o que sentia, um misto de nervosismo e excitação se sobressaía. Realmente, se ela saísse viva dessa missão, poderia conquistar o resto do mundo. Além disso, seria bom estender alguns tentáculos até a Itália.
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Mensagem por Colecionador Ter Nov 18, 2014 1:40 pm

Não sou divino, nem onipotente, do contrário, meu caro, não estaria havendo um surto de HIV no campus da Universidade em que o senhor atua e creio que certamente o senhor se não estiver infectado, certamente o estará, tenho agentes investigando o surto, o gado precisa ser são, para que nós permaneçamos bem também.

Ainda em posição de reverência, tentei explicar ao príncipe minha metodologia alimentar.

-- Milorde, eu não sabia dessa incidência viral na universidade. Minha agenda tem andado cheia e passei a delegar muitas funções na diretoria, sem falar que nada me comunicaram sobre isso, inclusive o reitor que compõe meu círculo social. Em relação a mim, sim, este corpo está infectado, mas jamais faria nada, direta ou indiretamente para romper a máscara. Me alimento em provetas e bolsas de vitae como me foi ensinado por meu senhor, Vicent.


Após receber o simbólico presente, o príncipe continuou, agora de pé e com isso, levantei-me também.

Estou certo de que irei apreciar tal presente num futuro breve.

Um leve e imperceptível sorriso me escapou como um alívio e a ansiedade aumentava.

Primeiramente, pare de me chamar de onipotência, tal qualidade chega a ser um insulto para qualquer um membro, lembra-nos de nossa pequenez diante do infinto, diante do poder eterno e gigantesco que tece nossos caminhos.

-- Perdoe-me Milorde, me perdi em tal comparação, pois diante deste humilde servo és tão superior... Ainda sim, perdoe-me.


Tenho certa amizade com um outro príncipe e ele almeja poder construir uma rede de túneis especiais sobre sua cidade, para garantir maior dinamicidade e melhor movimentação para os cainitas de sua seita, perguntou-me se conhecia algum engenheiro capaz de tal obra e na verdade todos os que conheço estão mortos, ou creio que não estão à altura de um projeto tão enorme, seu nome me surgiu indicado por um outro ancião, também estudante de física. -- ele dava uma pequena risada -- mas seus métodos são um tanto quanto arcaicos para os dias atuais. Mas como você já publicou um trabalho dele, gostaria de saber, és mesmo capaz de algo grande e inovador, ou só mais um caduco, que se perdeu no tempo e hoje é uma peça antiga em um mundo moderno?

Por um breve momento franzi a testa e enxerguei uma oportunidade.

"Poderia ser esse trabalho, o primeiro degrau da escada?"

-- Nunca realizei trabalhos do tipo, eu confesso, nem muito menos compreendo os complexos trabalhos da engenharia, no entanto, aliado à profissionais certos, com certeza eu poderia liderar uma equipe.

" Mecânica, optica, eletrodinâmica, termologia e ondulatória - Seleção realizada"

Agora seria o momento para expor tudo que havia pensado desde a ligação até a chegada do elísio.

-- Os detalhes do que preciso para efetuar o trabalho, demanda um planejamento completo, isso levaria alguns dias e algumas reuniões com o príncipe da cidade em questão. Porém, como havia dito, tenho uma agenda cheia,  com a fama, vieram muitas responsabilidades... Eu precisaria de influência e de uma quantia substancial nessa cidade, bem como o financiamento de todos os meus gastos para suprir com todas as obrigações.

"Influência é tudo que eu preciso para iniciar meus planos"

-- À propósito Milorde, sinto que poderia fazer mais pela seita. Com as palavras certas posso aquecer um determinado mercado de negócios como também posso prejudicar. Basta um elogio e cientistas do mundo investigariam uma teoria. O simples fato de ser famoso incute em mover a massa. Eu sou uma celebridade!

"Status Status Status Status"
"O príncipe não é tolo. Ele sabe o que eu quero e agora sabe que de alguma forma posso ajudá-lo. As respostas dele me farão prosseguir ou mudar meus planos, mais uma vez."
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Mensagem por painkiller Qua Nov 19, 2014 3:04 pm

@ Juliette Graham

-- Deverá ser, deverá pisar em ovos, cumprir e fazer valer essas tradições, as leis como nunca.

O carniçal corria e rapidamente e com cuidado pegava as malas de Juliette, seu mentor levantava-se da cadeira e fazia um gesto para que ambos saíssem, durante o caminho ele suavemente colocava a mão sobre de sua cria lhe guiando, enquanto o mordomo seguia atrás carregando a bagagem e fazendo algum barulho, às vezes esbarrando em alguma parede. Os três caminhavam até o hotel e uma vez que todos estivessem devidamente acomodados, o carniçal apertava no botão para a cobertura do hotel.

-- O jato que vai lhe levar é blindado, possui todas as comodities que qualquer quarto de hotel, ele não possui janelas, nem mesmo a sua cabina pode ser aberta por fora, para sua segurança, você chegará na Itália no fim dessa noite, sua ida para lá me custaram alguns favores, mas graças à sua qualidade de criança da noite e potencial inofensividade perante a um ancião secular, não foi tão difícil uma autorização para sua entrada em Veneza.

Ao chegarem no topo do prédio, havia um pequeno helicóptero particular parado sobre ele, rapidamente o carniçal acomodava as bagagens nele, enquanto puxava uma escada, para que ambos subissem, aquele mordomo definitivamente era um canivete suíço.

-- Estude bastante as informações que existem aí, duvide mesmo de sua sombra Juliette. Há um agente nosso infiltrado no Elísio, ela tem informantes em pontos interessantes na cidade, mas deve evitar contatos com ela. Quanto à arma, sei que jamais atirou em sua vida e na não-vida, essa é a trava de segurança -- ele apontava para um pequena trava na lateral da arma -- tente mirar e atirar, essa arma foi desenhada especialmente para causar danos em cainitas, um composto que queima ao se despedaçar ao atingir um corpo morto como o nosso, queimando de forma rápida, use-a apenas como um último recurso, tente subjugar seus inimigos pela mente.

-- Essa é Tânya Smith. -- ele retirava uma foto de uma mulher ruiva extremamente bela, tinha cabelos ruivos, sobrancelhas negras como a noite, utilizando pequenos óculos e com a cara séria. -- Ela é uma membro da casa tremere, é uma de nossas informantes, atualmente ocupa o cargo de hárpia e me falou que descobriu algo sobre túneis sendo construídos secretamente sob. a cidade. Alguma dúvida até aqui?

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Mensagem por JosephineRaven Qui Nov 20, 2014 11:09 am

Seu senhor lhe explicava mais alguns detalhes da viagem enquanto saíam do quarto e pegavam o elevador. Apesar de estarem em um hotel cinco estrelas, o corredor era mal-iluminado e o Arquiduque guiava levemente Juliette pelo caminho. A inglesa ficava cada vez mais admirada com seu sire, tudo que ele falava parecia ter uma certeza absoluta e seu toque, apesar de frio, era reconfortante. Graham se perguntava o que aconteceria se ela se separasse dele, ela temia ficar sozinha pelas próximas noites. Afinal, no mundo das trevas tudo ainda parecia novo para a neófita, que nem tinha certeza se poderia caçar sozinha. Nas últimas semanas, ela se alimentara do rebanho do Arquiduque, o que lhe dera certa experiência. Mas ainda assim, não tinha certeza se conseguiria fazer isso de maneira independente.

Inofensiva?” – pensava a cainita. “Por que será que as pessoas pensam que eu sou tão inofensiva assim?” – Juliette via a si mesma como um monstro desde o episódio do homem da boate, por isso começava a se perguntar se ela era realmente inofensiva. Se esse fosse o caso, a Ventrue não iria conseguir ajudar em nada e a missão falharia.

Enquanto subiam no helicóptero, Juliette fazia mais uma nota mental. Ao olhar o carniçal ela prometera a si mesma que assim que tivesse uma oportunidade, iria buscar alguém tão flexível e dinâmico como aquele homem. Ela esperava que não demorasse muito para encontrar alguém perfeito. Em seguida, como uma boa pupila, Graham prestava atenção em tudo que era ensinado e todos os conselhos passados por alguém com séculos de experiência. Ao examinar a arma novamente, ela continuava receosa e definitivamente pensava que só ia realmente usar o objeto em última instância.

A cainita pegava o envelope com as informações importantes e colocava debaixo no braço para ler no jato sem perder tempo, além de decorar a foto que o Arquiduque mostrava a ela.

- Aparentemente não, senhor. – dizia Juliette com a voz mais firme possível.
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Mensagem por painkiller Qui Nov 20, 2014 11:59 am

Dr. Ulrich Kaminski

-- Os detalhes do que preciso para efetuar o trabalho, demanda um planejamento completo, isso levaria alguns dias e algumas reuniões com o príncipe da cidade em questão. Porém, como havia dito, tenho uma agenda cheia,  com a fama, vieram muitas responsabilidades... Eu precisaria de influência e de uma quantia substancial nessa cidade, bem como o financiamento de todos os meus gastos para suprir com todas as obrigações.

O príncipe olhava friamente para Ulrich, na verdade ele agia com naturalidade, compenetrado nos gestos e movimentos do mlakavian.

-- Eu entendo que não desejas trabalhar de graça, afinal todos nós, direta ou indiretamente possuímos desejos pessoais, profissionais e sociais a alcançar, devo-lhe falar, que para um luminar, como o Príncipe Van Baabic, que coincidentemente possui o mesmo primeiro nome que o seu, Dr. Kaminski, dinheiro não se trata logicamente de problema, creio que os desafios profissionais, os Euros que entrarão em sua conta corrente, certamente valerão o tempo e as noites investidas à fio nesse trabalho, além de quê será um favor pessoal que estará prestando a mim, entende isso? Caso não desmereça meu nome, nem me envergonha e consiga êxito, receberei-lhe com honrarias aqui, que não se limitam à tapinhas nas costas.

-- À propósito Milorde, sinto que poderia fazer mais pela seita. Com as palavras certas posso aquecer um determinado mercado de negócios como também posso prejudicar. Basta um elogio e cientistas do mundo investigariam uma teoria. O simples fato de ser famoso incute em mover a massa. Eu sou uma celebridade!

-- Entendo que esteja disposto a arriscar seu nome pela seita, mas temos nossos próprios meios de sujar nomes de mortais ao invés os de imortais como o senhor, guardemos isso para arruinar devidamente os negócios de boa parte do Sabá e de alguns Milliners inconvenientes. Mas vamos focar-nos em nosso projeto de Veneza, entende que estará prestando um relevante serviço profissional para a seita, para você e para mim?
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Mensagem por painkiller Qui Nov 20, 2014 12:14 pm

@ Juliette Graham

Aparentemente não, senhor.

-- Lembre-se Juliette, pense à longo prazo, pensar à longo prazo é sempre essencial quando se é imortal. Daqui a 200 anos você ainda estará aqui, então faça planos e os concretize.

Ele seguia falando lentamente.

-- Veneza é uma cidade em constante Estado de Sítio para nós, cainitas, faz mais ou menos 30 anos que o Lord da cidade assim instituiu essa lei marcial, todos os vampiros que devem entrar na cidade precisam, necessariamente passar pelo seu crivo antes de ter tocar seus pés em suas terras, sob pena de morte final e com o passar do tempo ele se torna cada vez mais irredutível, um Brujah, conhecido meu que por lá andou a algum tempo, relatou-me que existem carniçais misturados nas multidões de turistas com o único intuito de seguir os membros, de início duvidei, mas agora percebo que não. Então ao chegar no seu hotel, antes de desfazer as malas, antes de tudo, observe cada fresta, cada pedaço de tomada, cada lugar, podem haver câmeras ou escutas, junto ao seu pedido de entrada, acredite, tive que enviar o seu local de refúgio.

Ele parava um pouco, olhava para a Juliette novamente e prosseguia:

-- A máscara deve ser mantida a qualquer custo, a pena normalmente é o amanhecer à luz do sol em uma balsa no meio do Mediterrâneo, para quem comete tal crime, uma morte dolorosa e em chamas, por isso controle sua besta, esforce-se, jamais deixe que ela saia, nunca, ou você vai ter sérios problemas e estará fora de minha jurisdição.

Nesse instante o helicóptero pousava em uma planície próxima a um hangar, ao longe Juliette poderia ver uma enorme mansão, provavelmente uma das várias propriedades do seu sire. rapidamente o carniçal repete todo o procedimento com a escadinha, ambos descem, mas ainda era muito cedo para partir, a grama era devidamente aparada e por isso não oferecia dificuldades ao caminhar. Do lado esquerdo havia um enorme Hangar.

-- Agora você deve ligar para o seu noivo, fazê-lo cancelar os jantares e todos os seus compromissos subsequentes de realeza e de todo o resto, preciso que seja capaz de trazê-lo até Veneza, para que nosso disfarce seja completo.
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Mensagem por Colecionador Sex Nov 21, 2014 1:02 pm

Eu entendo que não desejas trabalhar de graça, afinal todos nós, direta ou indiretamente possuímos desejos pessoais, profissionais e sociais a alcançar, devo-lhe falar, que para um luminar, como o Príncipe Van Baabic, que coincidentemente possui o mesmo primeiro nome que o seu, Dr. Kaminski, dinheiro não se trata logicamente de problema, creio que os desafios profissionais, os Euros que entrarão em sua conta corrente, certamente valerão o tempo e as noites investidas à fio nesse trabalho, além de quê será um favor pessoal que estará prestando a mim, entende isso? Caso não desmereça meu nome, nem me envergonha e consiga êxito, receberei-lhe com honrarias aqui, que não se limitam à tapinhas nas costas.

Discretamente abri um sorriso e acompanhei ele dizer cada palavra ao passo que pegava minha agenda, que servia mais como um bloco de notas, já que a agenda profissional era controlada por Sauvio. Anotei no bloco de notas as palavras: Possuímos, favor pessoal e honrarias. Eram as palavras que eu queria escutar naquele momento. Ao lado dessas palavras e sublinhado eu anotei palavras que haviam inundado minha mente minutos atrás como influência e status. Foi como uma previsão.

Entendo que esteja disposto a arriscar seu nome pela seita, mas temos nossos próprios meios de sujar nomes de mortais ao invés os de imortais como o senhor, guardemos isso para arruinar devidamente os negócios de boa parte do Sabá e de alguns Milliners inconvenientes. Mas vamos focar-nos em nosso projeto de Veneza, entende que estará prestando um relevante serviço profissional para a seita, para você e para mim?

Mais uma vez o príncipe incitava o favor que eu estaria fazendo a ele.

-- Certamente Milorde. Irei à essa viagem e farei o meu melhor e consiguirei retornar com êxito da missão ofertada. Em três dias, terei terminado meus afazeres por aqui e estarei disponível para partir.

"Veneza é certamente uma cidade desafiadora para mim. Uma cidade que mais parece um labirinto, que as chances de infiltração são grandes, imersa em água e imprópria à automóveis. Isso vai ser difícil. Terei que levar o Richard. Além de ser de minha confiança é o único que fala italiano."

-- Milorde, como faço para contactar o príncipe, Van Baabick?(Pronunciado incorretamente)
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Mensagem por JosephineRaven Sex Nov 21, 2014 1:44 pm

O que mais Juliette poderia falar? Fazer planos para o futuro era exatamente o que ela estava fazendo. Na verdade, comprar um refúgio e administrar a empresa farmacêutica da sua família eram os seus primeiros passos para planejar seus próximos duzentos anos, mas aparentemente o próprio Arquiduque estava minando os seus planos, no entanto, obviamente Graham não iria mencionar nem uma palavra sobre isso.

- Por falar em concretizar planos de longo-prazo. O senhor já conversou com o meu avô? Nós havíamos combinados que ele passaria as cotas da Drug Corps para o meu nome, agora que eu estou a cargo da empresa. – a Ventrue tentava colocar o assunto da maneira mais diplomática possível.

Em seguida, a inglesa continuava a fazer anotações mentais de tudo que seu Sire dizia, investigar o refúgio, observar carniçais nas ruelas de Veneza, manter a Máscara, controlar a besta. Era todos aspectos que na teoria ela reconhecia e esperava que na prática fosse o mesmo.

- E onde será o meu refúgio? – perguntava a cainita com genuína curiosidade. Ela já conhecia Veneza de passar férias e agora queria saber se lembrava de algo.

Ambos desciam em uma suntuosa mansão que Juliette não conhecia, na verdade, havia muitas propriedades do Arquiduque sobre as quais ela não tinha o menor conhecimento. Um campo bem-cuidado e bem-iluminado que agradava Juliette assim como todo o resto do bom gosto que o Arquiduque sempre demonstrava. Talvez por isso ela se identificava tanto com o seu senhor. Ou provavelmente pela relação consanguínea que ambos partilhavam desde o seu Abraço. Criador e cria andavam lado a lado em direção ao Hangar quando um pedido inesperado pegava Juliette de surpresa.

- Mas são 4 horas da manhã na Noruega! – dizia Juliette preocupada com a falta de etiqueta.

De qualquer maneira, ela sacava o seu celular e discava o número de Eric imediatamente e assim que seu namorado atendesse, ela diria:

- Oi querido, não se preocupe, está tudo bem comigo. Desculpe ligar para você a essa hora, mas nós não nos falamos pessoalmente desde que vim para os Estados Unidos. Realmente as questões da empresa continuam muito conturbadas e eu não tenho tempo de respirar – Juliette pensava como era irônico dizer isso – mas finalmente conseguimos fechar uma reunião hoje a noite, acabei de sair dela e consegui me liberar por uns cinco dias. Gostaria de passar um fim de semana em Veneza com você, já preparei tudo, era pra ser uma surpresa, mas não consegui me segurar! (manipulação (convincente) + lábia)
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Mensagem por painkiller Seg Nov 24, 2014 11:39 am

@ Ulrich Kaminski

-- Milorde, como faço para contactar o príncipe, Van Baabick?

-- Você irá até Veneza, lá o encontrará pessoalmente, mas antes disso, existem algumas instruções que eu me obrigo a fazer para que não tragas problemas para ti. -- O príncipe parava e olhava novamente para -- Primeiramente saiba que Van Baabic -- enfatizava a pronúncia -- é um membro rígido, rigoroso, tradicionalista e que controla sua cidade com punhos de ferro, em Veneza não há essa liberdade toda que os membros usufruem na Big Apple, na verdade acredito que cada um de seus passos será cuidadosamente vigiado. Lhe serão fornecidas diariamente algumas bolsas de sangue, para garantir que não espalhe a praga que carrega em um polo turístico da Itália.

O príncipe caminha para mais perto de Ulrich e fala em tom sério.

-- Sei da inconstância de seu clã, por isso lhe alerto logo de imediato que não é algo inteligente se descontrolar em Veneza, se perder em algum desaire e romper o véu da Máscara, por dois pequenos motivos, proximidade com o Vaticano é o primeiro deles e o segundo a punição de encontrar o sol numa blasa no meio do mediterrâneo. É assim Van Baabic trata os infratores das tradições. Porém ao mesmo tempo ele é generoso e lhe pagará muito bem pelos seus serviços, como de praxe entre os mais nobres da nossa casta. Agora, que já lhe coloquei os meus termos do contrato, os riscos e os muitos prêmios, quero saber se tem mais alguma exigência e mais que isso, quero saber quando poderá ir até lá? Se puder partir amanhã melhor ainda.

O príncipe lhe olhava de cima abaixo, ele parecia estar particularmente interessado no negócio.


[off] Considere o próximo post continuando o diálogo, se não tiver nada mais a dizer, ou a acrescentar no assunto, pode fazer as ações preparatórias para a viagem à Veneza. [/off]
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Mensagem por painkiller Seg Nov 24, 2014 12:12 pm

@ Juliette Graham

- Por falar em concretizar planos de longo-prazo. O senhor já conversou com o meu avô? Nós havíamos combinados que ele passaria as cotas da Drug Corps para o meu nome, agora que eu estou a cargo da empresa.

-- Tudo a seu tempo, minha cara, considere que se for aprovada em seu Agoge a empresa será sua.

- E onde será o meu refúgio?

-- Ficará no Belmond, centralizado e próximo às principais rotas, haverá um piloto nativo exclusivo para você, não confiaria muito nele se fosse você, pois mais deve ser um espião do Elísio.

- Mas são 4 horas da manhã na Noruega!

Seu senhor apenas lhe lançava um olhar reprovador com uma cara de quem diz "quem se importa?" o como quem fala, etiqueta são para os outros, não entre os próximos, o fato é que Juliette se obrigava a ligar para seu noivo, que atendia o telefone com uma voz de sono enorme, porém sem perder a educação e sutileza dignas de um nobre.

- Oi querido, não se preocupe, está tudo bem comigo. Desculpe ligar para você a essa hora, mas nós não nos falamos pessoalmente desde que vim para os Estados Unidos. Realmente as questões da empresa continuam muito conturbadas e eu não tenho tempo de respirar – Juliette pensava como era irônico dizer isso – mas finalmente conseguimos fechar uma reunião hoje a noite, acabei de sair dela e consegui me liberar por uns cinco dias. Gostaria de passar um fim de semana em Veneza com você, já preparei tudo, era pra ser uma surpresa, mas não consegui me segurar!

-- Calma, meu anjo, me mande as instruções do passeio por mensagem, se for para te ver, a Europa é uma distância muito pequena, estou saudades minha pequena, a quanto tempo não sinto o calor de seu abraço.

Juliette percebia o sono na voz dele e que deveras o encontro estaria bem próximo, poderia se despedir dele e prestar maior atenção no arquiduque, que encontrava-se parado na sua frente, olhando para Juliette e prestando atenção em cada uma das suas palavras, na expectativa de seu engenhoso plano dar certo.
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Mensagem por JosephineRaven Seg Nov 24, 2014 5:17 pm

Juliette precisava de um pouco mais de independência, tanto como do seu avô quanto do Arquiduque, portanto, almejava conseguir a empresa para poder ter os seus próprios meios de sobrevivência durante os próximos séculos. A cainita então se dava conta de que a viagem para Veneza seria provavelmente um divisor de águas na sua nova existência, ela precisaria dar o melhor de si para poder alcançar algo mais na sua não-vida.

- Sim, já estou ciente que não devo confiar em ninguém naquela cidade. – dizia em um tom sério.

Graham ficara feliz por Eric ter atendido o telefone, isso significava que o futuro príncipe ainda se importava deveras com ela, mesmo após o afastamento dos dois desde que a Ventrue foi para o Novo Mundo. No entato, por uma fração de segundos, ela não sabia o que dizer. Toda essa nova realidade que caíra na frente da inglesa como um Tsunami, havia deixado a sua vida amorosa guardada a sete chaves no fundo de um baú. Agora que ela ouvia a voz de seu namorado, uma centelha de humanidade começava a ressurgir no fundo de sua alma, mesmo que apenas presente por alguns minutos. Enquanto ouvia a resposta de Eric, Juliette se entristecia, não por perceber que ele ainda a amava muito, mas pela grande probabilidade de ter de quebrar o seu coração assim que voltasse a Europa, afinal, o nobre nunca mais iria conseguir sentir o calor do seu abraço.

- Não tem problema, lhe mandarei todos os detalhes por mensagem. Apenas se certifique de que você estará livre de todas as suas obrigações reais nesse fim de semana para que possamos ficar juntos. Eu também não vejo a hora de abraça-lo novamente.

A inglesa tinha dificuldade em se despedir do seu namorado, pois na verdade não sabia o que dizer porque bem no fundo ela não tinha a mínima ideia do que sentia. Provavelmente ainda era apaixonada por ele, mas não da mesma maneira inflamada do seu tempo de humana. Graham só teria certeza de alguma coisa depois que o visse pessoalmente. Finalmente mencionara apenas que o amava e desligara o telefone

- A principio, tudo irá ocorrer como o esperado. O senhor também só precisa levar em conta que se o príncipe Eric for para Veneza, uma massa de paparazzi também irá nos seguir. Não sei se isso é bom ou ruim, mas é algo com que terei de lidar.

Em seguida Juliette fazia uma pergunta mais coerente com os seus instintos:

- Ainda temos tempo o suficiente para eu me alimentar?
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Mensagem por Colecionador Ter Nov 25, 2014 3:36 pm

Sei da inconstância de seu clã, por isso lhe alerto logo de imediato que não é algo inteligente se descontrolar em Veneza, se perder em algum desaire e romper o véu da Máscara, por dois pequenos motivos, proximidade com o Vaticano é o primeiro deles e o segundo a punição de encontrar o sol numa blasa no meio do mediterrâneo. É assim Van Baabic trata os infratores das tradições. Porém ao mesmo tempo ele é generoso e lhe pagará muito bem pelos seus serviços, como de praxe entre os mais nobres da nossa casta. Agora, que já lhe coloquei os meus termos do contrato, os riscos e os muitos prêmios, quero saber se tem mais alguma exigência e mais que isso, quero saber quando poderá ir até lá? Se puder partir amanhã melhor ainda.

Conforme o príncipe falava eu desenhava no bloco de notas uma balança. De uma lado eu anotei perigos e do outro lado da balança anotei benefícios.

"Preciso de uma opinião de Gaia para fazer a balança pender à esquerda, onde se encontram os benefícios."

-- Milorde, preciso de duas noites a contar por esta, para resolver minhas problemáticas e cumprir com minhas obrigações pessoais e profissionais. Na terceira noite partirei ao despertar.

Após o pronunciamento, me curvei novamente e pedi  educadamente permissão para sair. Nada mais eu tinha a acrescentar àquela conversação. Durante àquela noite e a posterior eu planejaria a viagem e executaria as atividades em minha agenda. O primeiro passo foi telefonar para Richard e Claudine para que fizessem as malas. Levarei Richard primeiramente porque ele será meu tradutor de confiança e em troca irei financiar seus estudos provisoriamente na Università Ca'Foscari Venezia, além de supri-lo financeiramente. Claudine será meu aporte físico. Irá trabalhar ativamente no projeto como supervisora geral. Ela será meus olhos no período diurno e vespertino. Estarei pagando ela muito bem.

Para os demais que ficarem, me ajudarão à distancia em âmbito profissional. Estarei deixando com Sauvio, algumas bolsas do meu sangue para supri-los enquanto eu estiver longe e claro, levarei outras bolsas de sangue dos garotos, os quais me refiro como lanchinho fixo.

"Me prometeram vitae por lá, mas nunca se sabe. Contingências acontecem".

Mais tarde, contactei a empresa de seguranças terceirizados e contratei dez guarda costas que se juntaria aos meus seguranças particular e me acompanhariam em minha viagem. Esses seguranças terceirizados deveriam ter fluência na língua italiana, afinal não poderíamos todos, depender de Richard. Ao fim daquela noite chamei Sauvio ao meu quarto e o pedi que cancelasse as reuniões e palestras emergentes. Pedi também que adequasse minha agenda aos horários da companhia aérea, para que eu pudesse me apresentar sem atrasos quando fosse preciso me apresentar em qualquer lugar do mundo.

Na noite posterior me reuni aos meus assessores de imprensa e marketing. Os informei da minha viagem e os pedi para "bolar" uma mensagem que informasse a mídia de minha viagem à negócios e que também chamasse atenção dos regentes de Veneza da minha chegada. Eu quero que o prefeito e assembleia saibam que eu estarei indo para lá, exclusivamente em benefício da cidade. Provavelmente eles são bonecos manipulados do príncipe e já sabem de tudo, mas a mensagem na mídia irá pressioná-los a me favorecer, assim eu acredito.

"A confiança do ingênuo é a arma mais útil do mentiroso"

Contactei o diretor da rede televisava, a qual eu apresento um programa para me transferir para o estúdio de Veneza, onde pretendo continuar as gravações que serão exibidas em inglês para todo o mundo, normalmente. Aproveitei para fazer minha última gravação antes de partir e retornei aos meus aposentos onde dei uma festa para amigos íntimos e esperava que Gaia comparecesse, pois na próxima noite, eu viajaria para Veneza.
Estava tudo certo. Agenda refeita, hotel, passagens, absolutamente tudo. Havia mandado 23 sms para o celular de minha mentora e aguardava na festa por sua presença.

"Pensamos demasiadamente e sentimos muito pouco. Parece que quanto mais aumenta meu conhecimento, mais evidente fica minha ignorância. Antes da vitória vem a tentação."

A palavra: Tempo inunda minha mente e não estou certo do porquê.

"O tempo leva tudo. O que você quer e o que não. O tempo leva tudo. O tempo arrasa tudo. E, no final, só resta a escuridão. Às vezes, encontramos outros nessa escuridão. E outras vezes, perdemos eles de novo"

Minha mente continua a querer me dizer alguma coisa e somente Gaia pode me ajudar nesse momento. "Foi um erro ou um acerto aceitar a proposta do príncipe?"

Sussurrando a mim mesmo declarei - Não sabemos quanto tempo nos resta, não podemos desperdiçá-lo lamentando coisas que não podemos mudar

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Mensagem por painkiller Ter Dez 02, 2014 11:35 am

[off] Mals pela demora, mas não esqueci de vocês [/off]

@ Juliette Graham

- A principio, tudo irá ocorrer como o esperado. O senhor também só precisa levar em conta que se o príncipe Eric for para Veneza, uma massa de paparazzi também irá nos seguir. Não sei se isso é bom ou ruim, mas é algo com que terei de lidar.

-- Não se preocupe com os paparazzi, Veneza é repleta de câmeras curiosas de turistas, que querem levar consigo as lembranças da arquitetura local, o romantismo dos canais, além do mais, você tem suas próprias de se livrar desses pequenos inconvenientes.

- Ainda temos tempo o suficiente para eu me alimentar?

-- Haverão bolsas de sangue te esperando no frigobar, agora é hora de ir, não deixe de ler o dossiê, é importante.

O Arquiduque levava Juliette consigo, ambos atravessavam o enorme hangar com alguns jatos e caminhavam agora pela pista de pouso, um trajeto que em condições normais seria feito de carro, poupando assim, o mordomo que se encontrava atolado com as bagagens de Juliette, porém as levava bravamente, sem nenhuma reclamação.

Pararam então diante à um belo e limpo jato branco, não possuía nenhuma janela aberta, deveriam ser eletrônicas, para poder se realizar viagens diurnas sem incômodo dos raios solares transformarem seus tripulantes em cinzas, o mordomo rapidamente subia no jato, arranjava uma pequena escada que saltava da porta do jato, quando este abria.

-- James irá com você, ele será seu segurança pessoal, ele é bom, mas cuidado, ele sangra e ele morre assim como os demais mortais. -- Petrucci colocava a mão em seu ombro, dava-lhe um abraço e mais uma vez lhe prescrevia uma boa dose de cuidado, enquanto você subia as escadas.

@ Dr. Ulrich Kaminski

O tempo passara, Ulrich aprontara-se de todas as formas possíveis, mas ainda assim sentia a necessidade de aconselhar-se com sua senhora, saber o que ela pensava sobre isso, era estranho, mas Gaia não o havia procurado naqueles últimos dias, quem sabe a festa viria a chamar a sua atenção, porém as respostas para os seus pensamentos não eram ouvidos, no relógio já eram três da manhã, pela época do ano, mais duas horas até o nascer do sol e nada de Gaia, chegara algumas vezes a olhar para a porta de entrada da festa, mas não pôde vislumbrá-la.

Quando em um canto escuro da escada, via ela saindo das sombras, com um olhar preocupado para ti, ela era um pouco lunático, às vezes estava de bom humor, às vezes irritada, outras horas tristes, mas pela fase da lua ela deveria estar bem humorada, ela caminhava, vestida para a ocasião, deve ter se ofuscado, por isso que Ulrich não conseguiu vê-la, ela era dotada de beleza, mas não uma beleza comum, dessas que vemos em anúncios, sua pele morena, seus olhos verdes e seu cabelo encaracolado que caía até os ombros, faziam com que mesmo morta, parecesse viva e que aquele cadáver ali chamasse atenção por sua beleza.

-- Ulrich, estou preocupada com você, a lua e a teia do destino me mostram uma incógnita sobre ti, essa noite dormi e sonhei, eu vi um cordeiro, vi um lobo e vi um garoto brincando com blocos de construção, vi então pequenas formigas beliscando o garoto, enquanto o lobo ria, depois o lobo bebia vinho com a ovelha, enquanto o garoto fugia das formigas já crescidas, mas ele não tinha para onde ir, até que pequenos soldados, com a forma de cartas apareciam, afugentavam as formigas e então começavam a tentar atacar o garoto, mas havia uma incógnita, haviam outros garotos, que vinham com tochas, eles eram amigos desse garoto, mas o resto do sonho desapareceu.

Gaia era uma poderosa vidente, Ulrich não podia negar isso, normalmente ela acertava tudo e sabia que sua busca pelo aprendizado da física foi motivado para poder entender as implicâncias das leis físicas e das partículas em suas previsões.

-- Para onde você vai Ulrich e exatamente o que vai fazer nesse lugar?
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Sob a Água Empty Re: Sob a Água

Mensagem por Colecionador Ter Dez 02, 2014 3:36 pm

Tentei agradar a todos durante a festa, mas era evidente que eu estava preocupado e esperando por alguém. Quando Gaia emergiu das sombras, já era tarde e muitos dos convidados já tinham partido. Não pude conter minha surpresa e alegria ao vê-la, mas ela parecia preocupada e então veio a mim.

Ulrich, estou preocupada com você, a lua e a teia do destino me mostram uma incógnita sobre ti, essa noite dormi e sonhei, eu vi um cordeiro, vi um lobo e vi um garoto brincando com blocos de construção, vi então pequenas formigas beliscando o garoto, enquanto o lobo ria, depois o lobo bebia vinho com a ovelha, enquanto o garoto fugia das formigas já crescidas, mas ele não tinha para onde ir, até que pequenos soldados, com a forma de cartas apareciam, afugentavam as formigas e então começavam a tentar atacar o garoto, mas havia uma incógnita, haviam outros garotos, que vinham com tochas, eles eram amigos desse garoto, mas o resto do sonho desapareceu.

Para onde você vai Ulrich e exatamente o que vai fazer nesse lugar?

Não tive tempo de alcançar meu bloco de notas e escrever o que me dissera Gaia, mas nem precisou. Sua preocupação inundou minha mente mais uma vez.

“Um cordeiro, um lobo e um garoto. Sou eu, o garoto? As formigas seriam o Sabath? Se assim for e o lobo beber com a ovelha significa... Oh Meu Deus !!”

Senti meu corpo palpitar como se ainda estivesse vivo e derrubei a taça de cristal com vitae no chão e vi o sangue escorrer no chão. Ali eu pressentir um fenômeno horrível e passei a deduzir a resposta para o enigma. Eu poderia estar redondamente enganado, mas o que vinha em minha mente era terrível.

“Cordeiro = Príncipe Camarilla; Lobo = Autoridade Sabath; Formigas = Bando do Sabath; Pequenos soldados = Membros da Camarilla”

Passei a andar de um lado para outro muito rápido e pensativo.

“Se isso for verdade o Príncipe de Veneza é aliado de algum Arcebispo ou pior, um Conde. Tentarão me eliminar e encontrarei outros garotos. Mas porque me eliminariam? Queima de arquivo? Descobrirei alguma coisa no processo? Porque os soldados das cartas afugentarão as formigas para só então perseguir o garoto e melhor, quem são os demais garotos com tochas? Terá o príncipe daqui algum envolvimento? Não pode ser verdade. Eu não quero acreditar nisso, não posso, a não ser que... A suposta aliança seja na verdade uma armadilha. E ainda sim, porque tentariam eliminar o garoto?”

E então eu parei. Olhei fixamente os olhos de Gaia e respondi:

-- Estão jogando em Veneza e é para lá que eu vou. Serei um peão. Estarei às ordens do rei branco e possivelmente do rei preto porque um jogador está roubando. Encontrarei os bispos perto das torres e os cavalos brancos e pretos em minhas adjacências sempre. Usarão outros peões como eu, mas no fim, espero que essa incógnita me favoreça.

Por um momento olhei para o chão e voltei a encarar minha mentora.

-- Gaia, você não pode aparecer por lá. Não posso te envolver nisso e quanto menos você souber, melhor para você. Amanhã estarei partindo. Há alguma coisa que você possa me aconselhar? Se eu estiver errado coisas muito ruins irão acontecer e se estiver certo, coisas piores ainda acontecerão.
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Mensagem por painkiller Qui Dez 04, 2014 4:26 pm

@ Dr. Ulrich Kaminski

-- Estão jogando em Veneza e é para lá que eu vou. Serei um peão. Estarei às ordens do rei branco e possivelmente do rei preto porque um jogador está roubando. Encontrarei os bispos perto das torres e os cavalos brancos e pretos em minhas adjacências sempre. Usarão outros peões como eu, mas no fim, espero que essa incógnita me favoreça.

-- Faça o que tiver de fazer lá bem feito, então se retire, não acredito que o príncipe de Nova Iorque tenha algo haver com isso, afinal é muito mais fácil mudar de lado aqui no novo mundo do que no velho mundo, de qualquer forma, você deve ser perseguido por alguma coisa lá, apenas fuja se for preciso, muitas das visões não necessariamente tem que acontecer.

-- Gaia, você não pode aparecer por lá. Não posso te envolver nisso e quanto menos você souber, melhor para você. Amanhã estarei partindo. Há alguma coisa que você possa me aconselhar? Se eu estiver errado coisas muito ruins irão acontecer e se estiver certo, coisas piores ainda acontecerão.

-- Sim, não confie nos seus seguranças, não confie nos seus aposentos, nem nas roupas que lhe derem, não confie em ninguém lá, há coisas que são jogadas na minha consciência, ecos distorcidos de membros que encontraram sua morte final pro desobedecer o punho de ferro, ele será educado e generoso, como manda a educação. -- ela se aproxime, envolve suas mãos em seu pescoço, enquanto fala girando ao seu redor. -- sim, lhe dará presentes, assessores, sim, ele lhe dará também prestígio, bailes em seu nome, mas não se deixe iludir, você é um objeto, um martelo que ele mareta, uma vez feito o seu trabalho, deixe seus salões e volte para seu lar.
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Mensagem por Colecionador Sex Dez 05, 2014 1:26 am

... você deve ser perseguido por alguma coisa lá, apenas fuja se for preciso, muitas das visões não necessariamente tem que acontecer.

Peguei meu celular e abri o gravador de voz e então, iniciei uma gravação.

-- Dossiê aberto. Dr. Kaminski em New York. Noite antecessora à viagem. Estarei indo à Veneza a fim de liderar um projeto para o Príncipe Van Baabic que consiste em uma rede de túneis. Me fora alertado que serei perseguido.

Após a gravação, enviei o arquivo em mp3 para um email pessoal.
 
... não confie nos seus seguranças, não confie nos seus aposentos, nem nas roupas que lhe derem, não confie em ninguém lá ...

“Ok! Não confiar em nada ou ninguém. Se assim for, mesmos os meus lacaios serão privados de algumas informações. Não poderei levantar suspeitas, então preciso fingir que estarei fingido que não confio em ninguém ao passo que realmente não confiarei. Muito, porém, eu mesmo poderei ser iludido, então não poderei confiar em mim mesmo ou em meus instintos, pois posso estar sendo manipulado sem saber, logo agirei fora da lógica. Devo transcender o impulso e assim agir. Correrei menos riscos se assim for.”

-- Gaia, obrigado pelos conselhos. Levarei isso tudo muito a sério então se por acaso me vires durante a missão, não serei eu que estarás vendo, mas sim uma natureza impulsiva e desconfiada materializada.

“Eu sempre acabo levando as coisas muito a sério de um jeito muito perfeccionista. Se não poderei confiar nem em mim mesmo, também não poderei confiar em Gaia. Ela pode estar sendo manipulada sem saber. Mesmo com a intenção de me ajudar, ela pode me atrapalhar e se atrapalhar. Não quero isso para ela e por isso preciso de uma válvula de escape. O dossiê será essa válvula e também a minha segurança enquanto eu estiver em um estado mental alterado pela desconfiança.”

Até o término daquela noite passei com Gaia conversando nos corredores da Universidade e perto de amanhecer eu a perdi de vista. Na próxima noite eu iria à Veneza.

OFF Não tenho mais nada a acrescentar até a chegada em Veneza. Se quiser, pode narrar minha chegada, hospedagem e encontro com o príncipe ou assessor. ON
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Mensagem por JosephineRaven Sex Dez 05, 2014 8:43 am

Indubitavelmente Juliette estava acostumada com os paparazzi, mas o que a deixava levemente preocupada era o fato que ela deveria ter mais atenção antes de dar um passo nessa sua nova condição. Se houvesse pessoas escondidas por ai atrás dos monumentos a paisana com câmeras durante a noite, significaria que poderia ser muito mais fácil de quebrar e Máscara e causar um estrago. Sendo assim, Graham adicionava mais um nota mental na sua lista.

Pelo visto, o Arquiduque não teria muito tempo para enviar a sua cria para a Europa. Por isso, por mais que tivesse animada para esta nova aventura, também se sentia um pouco desapontada pelo fato de que não seria possível se alimentar de uma fonte verdadeira. Como neófita, a Ventrue ainda não sabia muito bem como faria nessas situações, além disso, seu Sire mencionara que ela descobriria uma fonte muito mais exclusiva do que as outras. Mas por hora, ela já estaria conformada em conseguir se alimentar com sucesso.
A cainita pensava nisso enquanto atravessava a pista de pouso, parando em frente a um grande jato totalmente adaptado para pessoas de sua espécie. Juliette olhava para cima com apreensão, cada passo que ela dava significava que aquilo era real, que na verdade continuaria passando as noites em claro e nunca mais veria o sol como estava acostumada. Provavelmente sua frustração transparecia em seu rosto, pois inesperadamente o Arquiduque lhe apertava em seus braços. Um abraço gélido mas que significava muito para a inglesa. Seu Sire seria para sempre alguém insubstituível na sua existência.

Juliette subia então no jato junto com James. Acenava mais uma vez para o seu senhor antes da porta ser lacrada pela pressão da aeronave e se sentava em uma das confortáveis poltronas de couro creme ao fundo do avião. Ela pedia a James que lhe trouxesse uma taça de vitae do frigobar e o dossiê de Veneza para ler atenciosamente.
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