Vampiros - A Máscara
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Testemunho perpétuo.

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Ury Wayne
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Mensagem por Ury Wayne Ter Nov 05, 2013 11:25 am

Capítulo primeiro:  Ecos de um sussurro.

""Se eu manejasse um arado, pastoreasse um rebanho, cultivasse uma horta, remendasse uma veste, ninguém me daria atenção, poucos me observariam, raras pessoas me censurariam e eu poderia facilmente agradar a todos. Mas, por ser eu delineador do campo da natureza, por estar preocupado com o alimento da alma, interessado pela cultura do espírito e dedicado à atividade do intelecto, eis que os visados me ameaçam, os observados me assaltam, os atingidos me mordem, os desmascarados me devoram. E não é só um, não são poucos, são muitos, são quase todos." Giordano Bruno.

"Homens ofendem por medo ou por ódio". Maquiavel.

" O afã da epifania não subtrai o mérito da Glória; questiona-se, hodiernamente, quão relativo poder-se-ia mostrar-se o poder do conhecimento, ao passo que, absoluta fulgura a ignorância, revelando apenas a ribalta, majestoso grilhão da consciência". Günter Fritz - Baviera - 1768.

Há algo comum em todo abraço. A revelação socrática jamais se consubstancia de forma tão tangível quanto na transição à imortalidade. Logo, "só sei que nada sei", deixa de ser um aforismo truísta para tornar-se hermenêutica do sofisma que é a Máscara.

Percuciente leitor, os eventos que se seguem transcorrem em data hodierna e retratam o dramático evento da morte final de Günter Fritz.
A história cainita está repleta de violações da Máscara, todavia, o ocorrido na derradeira sexta-feira em Fayetteville-Arkansas causou uma caótica crise, tanto no mundo mortal quanto no imortal.

As investigações sobre as gravações e demais evidências deixaram a comunidade científica intrigada. Não foi verificada nenhuma fraude sobre o vídeo, as cinzas oriundas da combustão são orgânicas e revelam traços de DNA humano, as peças do quebra-cabeça começam a se encaixar. Especulações generalizadas têm criado um clima de sombrio mistério, onde comumente a histeria é a regente. Notícias, esparsadas por todo o globo, relatam ataques e outros fatos correlatos, mas nenhum tão exteriorizado como o de Fayetteville. A sociedade mortal está dividida com relação à questão. Os próprios governos estão temerosos.

Entre os membros, outrossim, a agitação foi inevitável. Se por um lado a Camarilla não vê solução melhor, senão a letargia e o escárnio, como remédios para a situação; temendo pela Máscara, influentes membros de todo o globo tentam desacreditar o ocorrido; necessitarão de toda a prática adquirida ao longo da existência da seita.

No sabá, o que a priori, para uma criança da noite, poderia ser considerado algo útil, logo mostrou-se como um perigo real. Apesar da ideologia de seus integrantes, um temor de outrora tem alertado os integrantes anciões, e esses, por conseguinte, suas crias. A Máscara certamente tem sua utilidade.

Os demais vêem o fato como algo a ser tratado como sempre o foi, qual seja, deixar que o próprio tempo exerça sua força de esquecimento, mergulhando toda a história no abismo do fantástico e mítico.

Enquanto isso vampiro e humanos caminham, cautelosamente, lado a lado como o fazem desde tempo imemoráveis, sem saberem ao certo o findar desse estado anímico. Fayetteville está recebendo tantos curiosos, e outros, que as autoridades locais começaram a especular a possibilidade de limitar o fluxo de ingresso na cidade. As engrenagens de poder cainitas começam a entrar em movimento, buscando uma solução definitiva para a questão; cada um a seu modo, busca silenciosamente sair ileso do embaraçoso momento. Logo, sobreviver discretamente é a palavra de ordem.
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Mensagem por Ury Wayne Ter Nov 05, 2013 11:31 am

Annatolli Estacado

"Tenha cuidado! Você corre grande risco nesse momento".

O alvitre proferido por Haskel  na noite passada reverberava na memoria daquela aparente criança, imergindo-o em introspecção. Havia uma preocupação extraordinária naquele momento, como se não bastasse a costumeira precaução, dada a sua natural condição, a Camarilla andava mais avivada, qualquer violação da Máscara era tratada pontualmente.

Annatoli estava atento, notadamente, por já ser um alvo habitual. Enquanto seus pensamentos o faziam enveredar nos meandros de sua existência uma voz o trouxe à realidade.

O que foi?

Era Haskel. Indagava-o ao ver a divagação mental de seu pupilo. Estava sentado, como de costume, em sua velha poltrona, lia algumas cartas vindas do velho mundo. Alguns de seus contatos não acompanharam a modernidade e utilizavam-se do meio epistolar para interagir. Aquela mansão parecia, em cada detalhe estético, exteriorizar as sombras insertas na alma do sua proprietário. Havia um misticismo naquele ambiente, ainda que velado, o temor era sensível.
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Mensagem por Ury Wayne Ter Nov 05, 2013 11:38 am

Vallek Morton

Havia algo estranho na "rede". Uma pertubação em seu caráter cognitivo impossibilitava a compreensão e seu uso. Mensagens confusas, foi tudo que Vallek havia conseguido captar desde que aquele ancião malkaviano tornou-se cinzas diante do mundo mortal. Parece que o próprio clã sentia o abalo do ocorrido.

Anabelle havia o contatado por meio de uma ligação telefônica, havia um tom de mistério em sua voz, afirmara que estava regressando da Alemanha e precisava encontrá-lo. O dia de sua chegada em Detroit havia chegado, e com ele uma excitação tomava conta de Vallek. Ela chegaria ao Aeroporto exatamente à meia-noite, contudo, o relógio ainda contavam 20 horas...
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Mensagem por Ury Wayne Ter Nov 05, 2013 11:44 am

Christopher Powers

Da sacada de seu flat Chris observava aquele nebuloso aspecto noturno, pareciam-lhe faltar alguns veículos na rua. Nesse instante fugaz, relembrou o chamado do Regente "convidando-o" para uma reunião, ocasião em que ressaltou a importância do seu comparecimento.

Findada aquela conversação telefônica, outra logo se iniciara.

Habermas logo dissera: "mas é claro que nas circunstâncias atuais você seria chamado. Como eu sabia? Senão fora eu próprio quem convencera 'sua majestade' de tua imprescindível importância para atuar junto à questão".

Disse com sua costumeira astúcia. Antes de encerrar a ligação, esse o alertou ainda: "quando se tem as melhores armas não é preciso defender-se. Fique atento, pois esse é o nosso momento".

Falava da crise atual em que vivia a Camarilla. Com a violação da Máscara ocorrida em Fayetteville, a máquina pública precisaria entrar em ação. Habermas adiantara-se, usando de sua força junto à Camarilla, convencendo o príncipe a pedir ao Regente a atuação de Christopher, assim, teria os olhos duplicados. Era como ter nas mãos um par de ás.

A hora de ir à Capela chegara, era preciso "descobrir" o que o Regente desejava...


Última edição por Ury em Ter Nov 05, 2013 11:51 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Ury Wayne Ter Nov 05, 2013 11:50 am

Thorsten Schneider

Imerso na trama de sua própria existência, aquele setita fitava o mapa da cidade como se esse pudesse lhe revelar a resposta que buscava à questão. A proposta que recebera parecia, a primeira vista, irrecusável, mas como bem aprendera ao longo de seu centenário, não há poder sem custo. Restava-lhe então calcular se o lucro valia a paga.

Os eventos em  Fayetteville não pareciam um problema para aquele germânico, mesmo diante da animosidade instalada desde então, uma espécie de "déjà vu" havia lhe tocado, e a lembrança da Alemanha nazista fez-lhe crer que era momento de ascensão.

Todavia, a forma como a oportunidade se apresentara deixava-o receoso. Fugia-lhe o controle, o que era desconcertante para alguém que conquistou tudo pela manipulação e obliquidade.

De toda forma, uma escolha deveria ser feita, a saber, seguir ou não o presságio de sua pupila. A ruína de um ancião, anunciada por aquela não era exordial, contudo, era a primeira vez que aquele presente o revelara uma oportunidade de obter poder.

E naquele hermético vão, eis que a dúvida se consubstancia-se cada vez mais; ir ou não a Fayetteville em busca daquela relíquia?
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Mensagem por Undead Freak Ter Nov 05, 2013 1:19 pm

Off: Bela narrativa.

On


As vozes ainda ecoavam na minha mente. Bastava eu pensar nelas e podia ouvi-las tão claramente como no momento da "conexão". Não havia nada de proveitoso na teia, pelo menos não naquele presente momento. Era como uma interferência de um rádio; uma avalanche de incoerências e inutilidades, nada muito diferente de LSD, eu suponho.

Tudo aquilo me irritava. Toda aquela atenção me deixava nervoso. Engraçado, nós sempre vimos isso como uma coisa positiva, mas nem mesmo os nossos anciões se deleitavam com essa... Revelação. Todos estavam sentindo a respiração gélida da morte final arrepiando suas nucas; todos sentiam o perigo rondando, ameaçando nossa existência já morta, pútrida e esquecida. Suponho que agora todos têm mais um motivo para odiar a família. É sempre assim. De uma forma ou de outra sempre conquistamos a antipatia alheia com os nossos... Como se diz mesmo?... Ah, sim! Com as nossas piadas de mau gosto. Agora que Fritz nos deixou Fayetteville se tornou "interessante", visada para os mortais. É engraçado como o medo avassalador que agora sentem pelo desconhecido consegue ser superado pelo fascínio e curiosidade que tal situação provoca. Todo esse burburinho me lembra da Bruxa de Blair. De certa forma, Fritz realmente se tornou a nossa Bruxa de Blair; não vai demorar até algum idiota escrever um roteiro de quinta para um filme com isso.

Agora escuto outros barulhos, mas não são os barulhos da teia; sequer penso neles agora. Estou ouvindo os barulhos mundanos. Sirenes e buzinas de carro razoavelmente longe daqui. O mesmo barulho que ouço todas as noites, mas hoje não tenho motivos para me aborrecer com essa rotina. Anabelle... Ouvir a sua voz no telefone me faz sorrir, mesmo involuntariamente. Oh, meu amor... Nem faz tanto tempo que o bando se dispersou pela última vez, mas ainda assim sinto como se não a visse por séculos. A falta que você me faz é terrível, e a dor da sua ausência é desesperadora, causando um verdadeiro colapso astral em minha alma.

Oito da noite... Conto os minutos, conto os segundos... Sinto vontade de me cortar cada vez que um segundo a mais passa. Sinto vontade de correr para o aeroporto agora, mas ainda faltam quatro horas. Quatro longas e malditas horas. Preciso fazer alguma coisa. Se ficar aqui estático todo esse tempo vou enlouquecer (...). Melhor caminhar um pouco, ver como as coisas estão nas ruas.

Off: Vallek deixa seu refúgio.


Última edição por The Undead One em Ter Nov 05, 2013 7:20 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por painkiller Ter Nov 05, 2013 3:46 pm

Sentava à penumbra deixada por uma lanterna amarelada, enquanto recostado na cadeira observava o meu tabuleiro, remoía os últimos acontecimentos, os sonhos de minha vidente. O poder, sempre ele, nunca se perde, jamais se acaba, apenas se transformas nas mãos dos que mudam o destino. Pensamentos esvaem de minha cabeça enquanto tento misturar a recente crise da máscara com uma possível morte de um ancião poderoso. Certamente Fayetteville não será por muito tempo um lugar seguro para os de nossa raça, mas desde quando algum canto fora?

Insistentemente sentia a prata fria do meu grosso anel na ponta de meu dedão, enquanto insistentemente fitava o tabuleiro, tentando imaginar a situação dos membros naquela cidade, confusão é sempre uma oportunidade, confusão com um presente perdido no meio dela, mais oportunidade ainda, os membros lá devem estar um tanto quanto escaldados depois dos recentes acontecimentos.

Levantava da cadeira, mantendo-me na penumbra enquanto recolhia o sobretudo que estava estendido sobre o apoio para as costas da cadeira, retirava-o e o vestia, enquanto apressadamente o colocava, um pequeno movimento de ombros e o sobretudo estava finalmente adequadamente vestido, pegava as chaves do carro, em crises o importante é não ser o elemento estranho, ao mesmo tempo que é necessário ser considerado um bom salvador.

Não pretendo ingressar como um setita em meio à uma cidade que está beirando o caos, afinal um intruso será completamente indigesto e a "manutenção da máscara" é o melhor álibi para se livrar de qualquer indesejável não membro da Torre de Marfim, enquanto caminhava para o carro pensava, ingressar como toreador, um vistante distante e distinto preocupado com os problemas de uma outra cidade em prol da raça cainita, sem dúvidas é algo mais agradável, mas ninguém gosta de malditos bedelhudos intrometidos.

Abria a porta e rapidamente abria a porta do carro, sentava, sentia e ouvia o motor dando partida, enquanto esperava a porta automática da garagem abrir, esperava rumar para o elísio, certamente convenceria o príncipe ou alguém próximo a ele a enviar algum membro para apoiar a máscara e confundir os abutres da imprensa e realmente eu tenho talentos para isso. Sim, um enviado certamente teria passe livre, afinal ninguém gostaria de se indispor com um outro príncipe, ou criar atritos de graça dentro da seita, transporte seguro garantido, "Sim, a trama está perfeita", dizia isso para mim mesmo enquanto desviava meu olhar dos incômodos faróis dos outros carros, por sorte o trânsito me ajudava e logo chegava até o Elísio, lá encontraria o que busco.
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Mensagem por @nonimous Sex Nov 08, 2013 10:14 pm

Da sacada da janela ele suspira, embora sinta o ar cáustico invadir seus pulmões mortos. Seus olhos duas esferas cinzas, acrílicas.

Seus cabelos bem penteados escapam a fúrias da brisa noturna, ele ele sente o vento frio lhe atingir, entra por sua narina, seus olhos, em um mortal uma lágrima brotaria com estilhaços microscópicos acariciando suas órbitas oculares.

Pega sua pasta com o notebook, rádio via satélite usando um serviço voip, sem imagem. Ele usa uma calça de linho escura, da Armani, blusa manga longa preta, e sapatos Carmichael Donne de Nova Iorque.

Caminha lentamente até seu carro, entra no SUV 4x4 blindado, aspira um pouco do cheiro de couro dos bancos, e parte.


No caminho ele sente a necessidade de alimento, o despertar lhe custara Vitae, ele faz um truque para sua pele ruborizar, ele pisca, o que arde um pouco, seu corpo fica quente, embora ele sinta um tremendo frio interno.
Para em algum bar tipo Scoth, seu jeito superior, gestos finos haverá de chamar atenção, ele busca alimento.
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Mensagem por kausnecro Sáb Nov 09, 2013 12:21 pm

Na mesma noite que chegará à cidade, Annatolli já via que nada realmente mudará, desde sua infância o mundo continuava escondendo sua sujeira e detritos e todos eram uma grande massa de ignorantes fúteis, nada nunca muda. E isso inclui a eterna guerra entre o sabá e a camarilla.

Ury escreveu:
Annatolli Estacado

"Tenha cuidado! Você corre grande risco nesse momento".

O alvitre proferido por Haskel  na noite passada reverberava na memoria daquela aparente criança, imergindo-o em introspecção. Havia uma preocupação extraordinária naquele momento, como se não bastasse a costumeira precaução, dada a sua natural condição, a Camarilla andava mais avivada, qualquer violação da Máscara era tratada pontualmente.

Annatoli estava atento, notadamente, por já ser um alvo habitual. Enquanto seus pensamentos o faziam enveredar nos meandros de sua existência uma voz o trouxe à realidade.

O que foi?

Era Haskel. Indagava-o ao ver a divagação mental de seu pupilo. Estava sentado, como de costume, em sua velha poltrona, lia algumas cartas vindas do velho mundo. Alguns de seus contatos não acompanharam a modernidade e utilizavam-se do meio epistolar para interagir. Aquela mansão parecia, em cada detalhe estético, exteriorizar as sombras insertas na alma do sua proprietário. Havia um misticismo naquele ambiente, ainda que velado, o temor era sensível.
Annatolli Olha diretamente para seu mestre e depois de deliberado instante diz, com uma voz calma e clara:

-- Estou pensando em usar essa situação a meu favor...será muito fácil para mim atrair meus algozes direto e apenas elimina-los, por outro lado se eu falhar em minha pretensão posso atrair mais atenção ainda...o Que melhor prouver-lhe meu senhor.

-- Mas antes eu não devo falar com o Arcebispo? Cheguei agora a cidade, uma cortesia ao anfitrião desta cidade é tradição de nós, os demônios. O que acha meu senhor?
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Mensagem por Ury Wayne Qua Nov 13, 2013 1:54 am

Perdão pela demora. Compensarei a todos postando mais vezes.

Shirou e Ignus farei a inserção de suas personagens depois que ler suas respectivas fichas.
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Mensagem por Ury Wayne Qua Nov 13, 2013 1:58 am

Vallek Morton

Não demorou até que Anabelle desembarcasse, para Vallek, sua presença era auguras de infinita satisfação, contudo, logo iria descobrir que a inesperada chegada de sua aprazível companheira lhe imporia consequências.

Cruzaram o saguão a passos compassados, ainda que céleres; o ânimo causado pelo reencontro não lhes passava sem que a inferência do afeto tocasse a alma de ambos.

Sentiam-se, decerto, vivos, posto que mortos fossem seus corpos. Dirigiram-se a uma locadora de veículos automotores. Até então, Anabelle ainda houvera revelado o que lhe trazia à cidade, mas indagava-lhe sobre as noites atuais, e se Vallek dispunha de tempo para lhe ajudar em assuntos particulares.

Após apresentar uma habilitação para dirigir falsa, os dois entraram no Ford Escape alugado, quando, então, estavam discretos o suficiente para o diálogo seguinte:

Tenho que encontrar uma pessoa na cidade! Ela está com um objeto muito importante. Ela desconhece o valor do que possui, mas isso não vai continuar assim por muito tempo. Logo, alguém irá procurá-la e, então, será tarde pra mim. Preciso de sua companhia. Pode me acompanhar?
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Mensagem por Ury Wayne Qua Nov 13, 2013 2:03 am

Thorsten Schneider

O Elísio parecia incitava-lhe o espírito, como se fora, deveras, um degenerado. Aquela convivas parecia pitoresco, digna de uma memória. Os membros tocados pela excitação dos dias precedentes ansiavam por uma oportunidade de, velados pela defesa da Máscara, poderem dar uma "solução final" a seus desafetos do Sabá. Noutro giro, os anciões presentes mantinham suas marionetes em seus respectivos grilhões.

Jhonatan! A voz pertencia ao primógeno Mandinson.

Thorsten não conversara muitas vezes com aquele ancião. Possuía uma aparência e desenvoltura corporal que remetia aos fidalgos. Portava numa das mãos uma maleta, a outra apoiava numa bengala.

Você me concederia alguns minutos de seu tempo? Michael afirmou-me que esse assunto seria do seu interesse!
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Mensagem por Ury Wayne Qua Nov 13, 2013 2:07 am

Christopher Powers

A reunião nada mais era que um encontro, estavam a sós. Aclarado por intuição matemática Jordan fora certeiro.

Christopher! Passaram-se alguns segundos até que as próximas palavras surgissem, fazendo com que o silêncio desse ao nome ares de súplica.

Imagino que estejas inteirado dos acontecimentos em Arkansas, igualmente, creio na sua ciência quanto aos motivos de sua vinda até aqui hoje. Assim sendo, vou direto ao ponto.

Recebemos ordens diretamente de Viena, oriundas do próprio circulo, no sentido de perquirirmos um insólito diário pertencente a Günter Fritz. Essa relíquia deve ser encontrada o quanto antes. O clã pede o esforço conjunto para que tal objeto não caia em mãos diversas.

Por essa razão, devo lhe pedir um favor antes de prosseguirmos. Preciso que Habermas deixe de lado suas preferências políticas da Camarilla e dê prioridade ao clã. Necessito que lhe fale tudo isso, devemos deixar de lado as diferenças e concentrarmos nossas atenções em prol do clã.

Preciso que cuide da reportagem do noticiário de amanha, juntamente com o editor chefe do jornal local. Quero que esse seja instruído a divulgar esses documentos de Fritz; são prontuários médicos relatando um suposto comportamento suicida, bem como tendências incendiárias do mesmo.

É uma pena que alguém que trabalhou tanto pela Máscara tenha de ser tratado dessa forma.

Depois disso, desejo que o senhor e Habermas voem para a Philadelphia, quero que encontrem Robert Martin, curador do museu Rodin ele tem indícios sobre o suposto diário. Mantenha-me informado.

Posso contar com sua colaboração?
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Mensagem por Ury Wayne Qua Nov 13, 2013 2:11 am

Annatolli Estacado

Seu tolo! Não é somente a Camarilla que você deve temer, mas, sobretudo, os próprios homens.

Havia uma força na voz de Haskel que não podia ser ignorada. Levantou de sua poltrona, examinou a resposta corporal de sua cria, e continuou.

Qualquer sábio que tentar algo no momento só conquistará a morte final. É tempo de fazer política. E quanto a você, é melhor que evite socialidade. Sua posição é delicada! Vejo que estais ansioso em fazer algo. Pois faça o que lhe digo.

Haskel retirou a fotografia de um homem de cabelos grisalhos, aparentando possuir 40 anos, vestido num terno negro.

Esse sujeito receberá visitas essa noite, preciso que você faça um trabalho de reconhecimento de quem são os recém-chegados. Faça-o da forma mais discreta.

Notadamente, Haskel preocupava-se com sua criança, o comportamento daquele aparente menino, nas noites hodiernas, chamaria muita atenção. Há muito a imortalidade furtara de Annatoli sua infância, sobretudo, sua própria humanidade. Dessa forma, a precaução de seu mentor era legítima.

Leve o Markus consigo, faça-o se passar por seu pai. O encontro será no Crowne Plaza.
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Mensagem por Undead Freak Qua Nov 13, 2013 3:27 am

Nem mesmo a caminhada pela rua pôde trazer alguma paz que sufocasse a ansiedade que atormentava o meu espírito. Era como caminhar com um maldito diabrete no ombro que de forma travessa sussurrava constantemente o nome dela em meu ouvido. "Anabelle! Anabelle! Hihihi! Anabelle! Escute-me! Anabelle! Hihihi!". De fato bastou eu pensar nisso e realmente tive a impressão de escutar uma vozinha fina e irritante rindo e me atormentando. “Foda-se. Vou até lá agora”.

Por algum motivo as pessoas estavam me encarando mais do que o habitual. Talvez fosse o fato de eu morder constantemente o lábio e tremer dos pés a cabeça; claro, o fato de eu estar falando sozinho o nome dela enquanto encarava o nada pode ter ajudado, mas isso não importa. Depois de algumas horas finalmente eu a vi. Assim que desembarcou ela abriu um sorriso para mim. Aquele sorriso que somente ela sabe esboçar. Ela abriu os braços e eu corri até ela como uma criança correndo para uma máquina de chocolate, e a abracei, beijei demoradamente a sua boca e coloquei sua cabeça em meu peito, cheirando os seus cabelos e acariciando-os com as pontas dos dedos. Aquele perfume, aquela pele macia... Como ela era maravilhosa. Se o meu coração ainda batesse, ele estaria pulando para fora do peito, com toda a certeza. Ela me olhou novamente com os seus olhos lindos, profundos e brilhantes sem tirar o sorriso do rosto, me beijou a boca, o rosto e depois o pescoço, onde ela pousou a boca mais demoradamente, e depois deu uma leve lambida. Eu fechei os olhos de prazer; eu entendi a sua nostalgia. As lembranças do abraço, da sua doce boca sugando o meu vitae, e por sua vez seu vitae escorrendo doce em minha garganta...

Anabelle não havia me dito o motivo da visita. Não queria falar em um local tão cheio de gente Ela apenas me disse que se tratava de um assunto em particular, e precisaria da minha ajuda.

– Como se você precisasse pedir... – Agarrei sua mão e a beijei. Ela como sempre sorriu com ternura e retribuiu a carícia da mesma forma. Saímos abraçados como velhos namorados.

Anabelle me conduziu para uma locadora de veículos. Ela já tinha uma licença falsa para dirigir. Continuava astuta, assim como mortalmente linda. Era uma atitude estranha, confesso, já que Anabelle e eu roubávamos carros como se fossem doces anos atrás, mas eu a compreendia. Ela já estava ciente da situação, e achava melhor não chamar a atenção sem necessidade. Entramos no Ford Escape que ela escolheu, e lá dentro finalmente me disse do que se tratava.

– Tenho que encontrar uma pessoa na cidade! Ela está com um objeto muito importante. Ela desconhece o valor do que possui, mas isso não vai continuar assim por muito tempo. Logo, alguém irá procurá-la e, então, será tarde pra mim. Preciso de sua companhia. Pode me acompanhar?
“Pode me acompanhar?”, ela disse. Ela sabe que eu morreria (de novo) por ela, mas ela gostava de ouvir, gostava de um elogio, de uma declaração, de um ato romântico. Ela sempre gostou de
ser adorada, idolatrada e amada. E era justamente com esse jeito mimado que ela me conquistava. Segurei suas mãos e olhei em seus olhos, e disse calmamente sorrindo:

– Você não é apenas aquela que me deu o dom da imortalidade. Você é o meu amor. Eu te amo. Eu te amo desde que te vi pela primeira vez, quando ainda era mortal, e vou te amar eternamente. Eu faço tudo o que você quiser. Não estou com nenhuma arma no momento, mas com certeza irei te acompanhar. Se é algo importante não quer que vá sozinha. Quero estar lá para te proteger. Eu quero estar com você sempre.

Nos abraçamos de novo. Ficamos em silêncio por um segundo, entrelaçados um no outro, sentindo a presença um do outro. Era maravilhoso.

– Antes que eu me esqueça, deixe-me te avisar caso ainda não esteja ciente: A teia não está respondendo bem essa noite. Está com algum tipo de interferência. De qualquer forma, eu estou aqui. Estou com você agora e sempre. Vamos lá.
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Mensagem por kausnecro Qui Nov 14, 2013 11:26 am

Ury escreveu:
Annatolli Estacado

Seu tolo! Não é somente a Camarilla que você deve temer, mas, sobretudo, os próprios homens.

Havia uma força na voz de Haskel que não podia ser ignorada. Levantou de sua poltrona, examinou a resposta corporal de sua cria, e continuou.



Annatolli se espanta pela enxurrada de emoções de seu senhor, afinal como um ser pode ser tão frio com os outros e demonstrar tamanha volatividade ali, sempre quando isso acontece Annatolli se sente orgulhoso por seu  mentor ter tal estima para demonstrar seu eu verdadeiro para com ele. ENtão Annatolli limpa a garganta e corrigindo sua postura fala:

-- Sim meu senhor como desejar, evitarei ao máximo me arriscar.


Ury escreveu:Qualquer sábio que tentar algo no momento só conquistará a morte final. É tempo de fazer política. E quanto a você, é melhor que evite socialidade. Sua posição é delicada! Vejo que estais ansioso em fazer algo. Pois faça o que lhe digo.


Haskel retirou a fotografia de um homem de cabelos grisalhos, aparentando possuir 40 anos, vestido num terno negro.


Esse sujeito receberá visitas essa noite, preciso que você faça um trabalho de reconhecimento de quem são os recém-chegados. Faça-o da forma mais discreta.


Annatolli olha para a foto, para tanto memoriza-la, quanto para tentar identificar se o homem é um membro. Após algum tempo de analise, Annatolli pergunta a seu senhor, com clara dúvida:

-- Ele é um membro? Ou um carniçal? Alguma informação sobre quem são as visitas e por que disso chamar vossa atenção milorde?


Ury escreveu:Leve o Markus consigo, faça-o se passar por seu pai. O encontro será no Crowne Plaza.

Preocupado sobre a situação, e sobre as escolhas de seu senhor, Annatolli comenta preocupado:

-- Não seria melhor levar Lawliet? Afinal ele pode facilmente se passar por meu avô, só precisaria evitar o elevador, e um avô e uma criança seriam muito menos chamativos do que Markus e sua cicatriz no rosto, alias devemos usar ternos, não?
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Mensagem por painkiller Sex Nov 15, 2013 12:28 am

O mar dos incautos, onde as cobras se devoram uma a uma, notava a tensão no ar, sabia que os mais jovens iriam pensar em destruir o Sabá naquele momento difícil, mas os mais antigos temem outros males e sabem que para exterminar o Sabá faz-se necessário quebrar vários ovos, os ovos vão feder e não vão gostar de ver quem irá vir limpar a sujeira. Todos sabem que devem evitar se opor à rota do príncipe, analisava tudo enquanto entrava no ambiente vitoriano, com a mão sobre o queixo e novamente analisando todo o lugar, quando uma voz me chama

Um personagem retirado de alguma história longínqua, de cavaleiros e dragões, o fato é que nosso Don Quixote nada mais é que alguma cobra desesperada por ajuda, me enxergando como um possível peão, me falava algo sobre uma proposta

Você me concederia alguns minutos de seu tempo? Michael afirmou-me que esse assunto seria do seu interesse!
Algo de meu interesse, o que poderia ser? pensava enquanto cinicamente estendia minha mão adiante num cumprimento e falava-lhe atenciosamente.

-- Tome quanto tempo puder, ilustre membro, pois tudo que vier de tão sabia alma com certeza será de meu completo interesse -- sorria para ele enquanto imaginava o que traria para mim.
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Mensagem por @nonimous Sex Nov 15, 2013 8:54 pm

A reunião nada mais era que um encontro, estavam a sós. Aclarado por intuição matemática Jordan fora certeiro.

Christopher estava ponderando a respeito daquela situação, ele passara antes de vir até essa reunião, se alimentou de uma jovem mortal, ainda sentia o cheiro de sangue, era doce, fortificante, entrou no seu organismo como uma torrente liquida de prazer, em seguida ele apagou a mente da mortal, reconstruiu sua mente criando informações detalhadas de uma nova serva, ele cuidadosamente cedeu seu vitae,transformando a em uma Ghoul, todas as informações pertinentes a Máscara foram devidamente implantadas em suas memórias, e plantou um poderoso comando.


PROTEGER OS INTERESSES DE SEU MESTRE.


Os efeitos da Dominação iriam se encarregar de manipular a vontade da mortal, se não fosse o suficiente, sua vitae o faria. Ele a enviou para seu apartamento, deveria esperar por instruções.


Christopher! Passaram-se alguns segundos até que as próximas palavras surgissem, fazendo com que o silêncio desse ao nome ares de súplica.

- Sim.  Respondeu prontamente ao Tremere.


Ele divagava mentalmente do chamado que Viena fizera para ele, Habermas usou sua influência para que fosse dada a Chris essa dádiva, ele aumentaria muito sua reputação dentro do clã.


Pensava também na sua nova Carniçal, seus investimentos,negócios em Washington,no Ancião que violou a frágil Máscara da Torre de Marfim, pensou na Gehena, aquilo não era algo simples.



- Estarei a serviço integral da casa e do clã Tremere meu senhor, conte com minha fidelidade, meu zelo, minha total dedicação aos serviços tão sérios, confiado a mim, farei além do melhor,como nos comunicaremos?

Off espero o canal de comunicação.




Em seguida Chris parte, faz ligações para Washington( influência 04) liga para alguns canais de televisão, precisa marca audiências com renomados psiquiatras, entra em contato com a CNN, ABC e o principal jornal de Philadelphia, calcula um saque para os custos da viagem, no seu notebook, reserva75 mil dolares para a viagem, liga para seu flat.


- Minha doce, me encontre no Bellagios, em seguida liga para Habermas o convidando para um jantar no Bellagios.




Depois reserva três passagens no vôo noturno para Philadelphia.





Imagino que estejas inteirado dos acontecimentos em Arkansas, igualmente, creio na sua ciência quanto aos motivos de sua vinda até aqui hoje. Assim sendo, vou direto ao ponto.

- Sim senhor, tenho ciência de forma superficial, ainda não tive oportunidade de me aprofundar muito. Responde ele agradecendo pela objetividade de seu irmão de clã;


Chris se sente envaidecido, mas vê que não será fácil dissuadir Habermas, mas haveria formas, trabalharam nas últimas décadas juntos,sempre foram eficazes ao extremo em suas empreitadas, agora não seria diferente.


- Claro Senhor, conte comigo, eu e meu senhor ficaremos mais do que honrados em levar a cabo a vontade de nosso clã, nossa casa. Será uma dádiva e reitero, minha cooperação e foco será total para com essa empreitada.

Faz uma pausa dramática.


- Falarei com meu ancião, e devo afirmar categoricamente que Lord Habermas é absolutamente leal a vontade de nossa Casa, leal a taça, leal ao Conselho dos Sete, e não colocaremos a vontade da Camarilla acima da vontade de nossos anciões, posso garantir isso ao senhor.  Mente Chris vulgarmente, tentando ser convincente.

- E senhor posso fabricar relatórios da insanidade dele, levar especialistas em rede nacional para falar do surto dele, desacredita-lo, e apagar qualquer vestígio da credibilidade de suas afirmações, meus contatos em Washington ficariam mais do que felizes em me servir. A respeito do editor, terei uma conversa com ele, e minimizaremos o impacto dessa revelações. Arrumarei um especialista e pedirei que vá até o conselho de psiquiatria, para clamar para que todos falem em rede nacional, isso em duas ou três noites será esquecido completamente.
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Mensagem por Ury Wayne Qua Nov 20, 2013 8:19 pm

Amin el-Husseini

O despertar na Filadélfia não era em nada extraordinário, o ir e vir era, pois, uma constante na existência de Amin. Contudo, estar naquela histórica cidade fazia-o, de algum modo, sentir-se um vetor da história. Chegara na noite passada, desembarcou no aeroporto, e logo dirigiu-se ao hotel no qual fizera sua reserva. A hospedagem havia sido escolhida em local que facilitasse a sua evasão, empós logrado êxito em seu objetivo.

O quarto 2021, localizado no vigésimo andar, servira de albergue contra o sol; apesar das grossas cortinas que impediam a entrada de qualquer luminosidade, a precaução fez com que o descanso fosse realizado em um compartimento mais fechado. Havia sobre a escrivaninha um envelope cujo conteúdo consubstanciava as razões de sua ida à cidade do amor fraterno.

Uma encomenda oriunda do príncipe em pessoa era algo relevante. De fato, as poucas palavras de sua senhoria emanavam a importância do serviço.

- "Robert Martin! Curador do Museu Rodin; preciso que mate-o. Conto com sua discrição. Esse mortal possui informações que podem comprometer ainda mais a situação iniciada por Günter".

No envelope continha além do endereço do museu, o de sua residência e uma fotografia de Robert. Amin sabia que devia ser o mais célere possível; o museu era próximo.
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Mensagem por Ury Wayne Qua Nov 20, 2013 8:24 pm

Henry Crow

Sentado em uma poltrona na sacada de sua cobertura, Henry acabara de atender a um cliente, por telefone. A varanda era uma charmosa extensão de seu escritório, decorado com o mais belo fulgor aristocrata, era ali onde diversas vezes fora arquitetada as mais ímprobas teses jurídicas.

Aquela chamada telefônica aguçara a curiosidade daquele causídico, o clamor por socorro vindo de seu cliente era, além de dramático, perturbador. Faltava concatenação nas palavras de seu cliente, magnata do ramo do tabaco, que atravessava a sequência lógica das palavras, tornando incompreensível a narrativa envolvendo seu irmão. Pediu que, se possível, Henry fosse encontrá-lo em Dearborn-Michigan.  Nesse ponto, a ligação fora interrompida.

Por certo haveria outra ligação. Enquanto isso, Henry examinava a peculiar situação, imaginando o que aquele homem desejava dele. Tratava-se de um cliente ímpar, merecedor de toda a atenção de Henry.

O celular tocava novamente, era o mesmo número, idêntica súplica.

- Senhor Crow? O senhor virá?
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Mensagem por Shirou Qui Nov 21, 2013 3:41 pm

Amin chegava e tratava de organizar suas coisas, quase como um ritual realizado sistematicamente onde ia pegando item por item de sua pequena mala e organizando, suas armas eram conferidas se estavam carregadas e limpas, e logo após guardadas longe de lugar que fossem fáceis de serem encontradas, sua adaga era limpa e logo colocada próxima a sua mão em cima da cama, ele tratava de pegar a carta que lhe espantava um pouco devido ser diretamente do Príncipe local, lhe causava estranheza afinal existia toda uma hierarquia na Camarila e um Príncipe deixava esses assuntos a cargo do Senescal ou outro de sua confiança, logo lia o que havia sido lhe designado a realizar.
- "Robert Martin! Curador do Museu Rodin; preciso que mate-o. Conto com sua discrição. Esse mortal possui informações que podem comprometer ainda mais a situação iniciada por Günter".
Assassinar um humano? Mas pra isso existem os Carniçais, mas as tramas da Camarila são muito complexas de entender, este cara deve ter alguma ligação e não podem usar os seus soldados habituais bom devo me adiantar e começar a minha campana para me livrar logo desde incomodo

Ele observava bem o rosto do seu alvo e pegava o endereço do mesmo, olhava e anotava no celular o endereço.
Olhava para o telefone e ligava para a recepção do hotel
(...)
- Boa noite, eu gostaria de saber se você saberia me informa até que horas o Museu fica aberto?
(...)
- Muito obrigado pela informação, e gostaria de lhe pedir que mande uma garrafa de vinho por favor, apenas o vinho, muito obrigado

Aguardava o seu pedido ser entregue em seu quarto e se preparava para começar a sua missão, começava a se preparar, preparando seu corpo e sua adaga (vou gastar 2 pontos de sangue pra converte 2 pontos de sangue em veneno Quietus 2) após se concentrar e começar a transmutar o seu sangue em uma veneno que poderia lhe ajudar a matar seu alvo com mais facilidade ele logo começa a juntar o mesmo em sua boca para passar na lamina¹

OBS: ¹ só passarei na lamina caso venha a ter sucesso na conversão do sangue em veneno okay?
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Mensagem por Ignus Sex Nov 22, 2013 3:10 am

Sentado em uma poltrona na sacada de sua cobertura, Henry acabara de atender a um cliente, por telefone. A varanda era uma charmosa extensão de seu escritório, decorado com o mais belo fulgor aristocrata, era ali onde diversas vezes fora arquitetada as mais ímprobas teses jurídicas.


Enquanto sentia o ar da noite Henry acariciar seu rosto Henry tira os óculos de leitura que estava usando e os coloca sobre a edição do Washington Post que ele estivera lendo antes de receber o telefonema enquanto reflete sobre o que lhe foi dito.


Aquela chamada telefônica aguçara a curiosidade daquele causídico, o clamor por socorro vindo de seu cliente era, além de dramático, perturbador. Faltava concatenação nas palavras de seu cliente, magnata do ramo do tabaco, que atravessava a sequência lógica das palavras, tornando incompreensível a narrativa envolvendo seu irmão. Pediu que, se possível, Henry fosse encontrá-lo em Dearborn-Michigan.  Nesse ponto, a ligação fora interrompida.


{Henry se lembra de algo em particular sobre esse cliente em particular? Seu último contato com ele foi na atuaçaõ como lobista ou como advogado? Caso não seja incoerente com o passado deles Crow pensará o seguinte:}

"Nenhum peixe é capaz de nadar com tubarões por longo tempo impunemente e o mercado de tabaco certamente não é conhecido como um mlugar para fracos. Um magnata do ramo não é o tipo de cliente de quem eu esperaria uma ligação chorosa e incoerente."


Por certo haveria outra ligação. Enquanto isso, Henry examinava a peculiar situação, imaginando o que aquele homem desejava dele. Tratava-se de um cliente ímpar, merecedor de toda a atenção de Henry.


"Não posso negligenciar um cliente como ele e se ele realmente tem motivos para estar tão abalado, ainda que existe proteção legal enter o que ele me falar caso ele seja meu cliente, caso ele seja um terceiro pode haver questionamento sobre a aplicação do privilégio advogado-cliente. Isso sem falar que telefones nunca são seguros do ponto de vista de interceptações ilícitas. Se o assunto é da gravidade que aparenta ser, melhor tratar dele pessoalmente. Além disso, não tenho nada que me prenda no momento aqui e é sempre bom se mostrar solícito a seus clientes. Especialmente quando eles vão pagar seu deslocamento e seu tempo de toda forma."


O celular tocava novamente, era o mesmo número, idêntica súplica.

- Senhor Crow? O senhor virá?


-Eu sempre estou à disposição em momento de necessidade. Pegarei o próximo avião para o aeroporto mais próximo e de lá alugarei um carro para me dirigir a sua presença. Vou consultar os horários dos voos para confirmar se isso será possível, mas creio que ainda esta noite consigo podemos conversar pessoalmente sobre a razão de sua ligação.

Sendo possível, Henry então pegaria o endereço (caso já não tivesse), rapidamente se trocaria, colocando um terno cinza escuro com risca de giz da Armani, uma camisa branca, uma gravata que combinasse e sapatos sociais de couro. Colocaria suas lentes de contato e montaria uma mala leve, apenas com roupa íntima, um perfume, uma troca de roupa social, uma calça jeans, uma camisa polo. Feitos esses breves preparativos pegaria um táxi par ao aeroporto com o objetivo d eir ao encontro de seu cliente.

No caminho ele ligaria para Julian Tong, seu carniçal e diria que talvez ele tivesse de viajar amanha para encontrá-lo. Ele não daria maiores detalhes, nem sente que deveria fazê-lo, porém faz a cortesia de avisar o lacaio para que ele possa terminar ou suspender eventuais negócios privados que tenha em curso. Crow procurava tratar bem seus subordinados, na medida do possível.

Tudo dando certo ele alugará um carro e procurará algum hotel caro da cidade onde ao fazer check-in já deixará instruções expressas de em hipótese nenhuma deverá ser acordado durante o dia enquanto usa Presença 3 e dá uma gorjeta de U$100,00 ao atendente do estabelecimento. A partir daí, se nada imprevisível ocorrer ele buscará se encontrar com seu cliente.
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Mensagem por Ury Wayne Ter Nov 26, 2013 11:35 pm

Vallek Morton

A perspectiva existencialista da imortalidade, ao longo de seu transcurso, revela que não importa quão obstinada seja uma alma, o tempo sempre irá transformá-la. Por certo, considerando a particular forma de sobrevivência de um cainita, apresenta-se o "amor" como engodo à realidade, a saber, a cada noite que avança, sentir se torna mais raro.

A jovialidade de Vallek, em parâmetros imortais, somada à presença de Anabelle faziam-no transbordar de entusiasmo, contudo, não há serenidade moral que corte uma polegada sequer da aba do tempo, notadamente quando se tem de fazer o mais curto. A ânsia de tornar a vê-la, fizera do curto espaço de tempo as horas mais arrastadas, de forma que ainda não se mostrara aclarada a visita de sua amada.

Era uma época estranha, do lado da Camarilla sentia-se a maior animosidade de estado de espírito, é como se se visse no portador da superioridade ( Günter) um traidor à mediocridade, ao anonimato. Noutro giro, os outros, como o predador que estuda a presa, apenas aguardavam.

Havia barulho suficiente no ambiente para ofertar-lhes a discrição querida, ou pelo menos assim lhes pareceu. Estavam os três sentados à mesa, Vallek, Anabelle e o senhor Abelardo; esse descrevia a situação que se encontrava Fayetteville, falava de rumores sobre um Camarilla oriundo do antigo mundo que estava tomando conta das coisas por lá, quando findou-se esse tema, inquiriu-lhe Anabelle:

- Sobre o problema da rede, o que sabe?

- Pouco. Apenas que deixou de funcionar quando o ancião virou cinzas, mas dizem que dois Anciões estão para chegar em dois dias à Fayetteville. Aqui está o nome da pessoa que está esperando por você, ela disse que não sabe por quanto tempo pode guardar em segredo, por isso, não demore.

Abelardo havia se infiltrado na Camarilla, gostava de difundir informações esparsadas mediante pecúnia, era astuto, poucas vezes revelava algo que não deveria...

Olhou para Vallek e perguntou-lhe, chamando-o ao diálogo:

- Você também irá à Fayetteville?
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Mensagem por Ury Wayne Ter Nov 26, 2013 11:37 pm

Annatolli Estacado

Chegaram a um restaurante, localizado no centro da cidade, Lawliet e Annatolli reconheceram o homem de cabelos grisalhos, o mesmo da fotografia, tratava-se de Abelardo, um misterioso membro, conforme alertara Haskel, era alguém que sabia muito, pois seus ouvidos eram muitos.

Coincidentemente, havia uma mesa disponível próxima onde estava Abelardo. Ele estava só, suas companhias ainda não haviam chegado. Contudo, não demoraram muito. Um homem e uma mulher, aparentemente jovens, chegaram após cerca de dez minutos, pareciam não conhecer bem Abelardo, o encontro aparentava ser formal.

Enquanto isso, na mesa visinha, fingindo tratar-se de uma refeição familiar, espionavam a suposta família, avô e neto. De fato, a sugestão de Annatolli parecia mais razoável, a desfiguração de seu outro carniçal certamente atrairia atenção desnecessária, principalmente por terem ficado tão próximos ao espionado.

- Você está ouvindo tudo? Perguntou Lawliet a Annatolli.

Cada palavra era audível.
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Mensagem por Ury Wayne Ter Nov 26, 2013 11:41 pm

Thorsten Schneider

Posto se achasse acostumado aos olhos admirativos, via agora em toda a desenvoltura do envaidecido ancião a sua degeneração. Mandinson vivia assim, sentindo que a política movera-o ocultamente para o eixo da Camarilla. Tratava-se de um notável que, muito embora negasse abertamente, gabava-se pelo fato de ter muita influência sobre o pensamento de sua majestade. Por vezes, fora uma extensão de sua voz, brandando ordens em nome daquele.

Após deslocarem-se alguns metros, Mandinson observou mais uma vez se estavam a sós e voltou-se para Thorsten, o ancião não era feroz nem mau, antes bom e até generoso, se isso for possível na sua condição, mas era fervorosamente defensor da máscara e tinha na Camarilla uma ideia religiosa e transcendente. Fazia repousar nela toda a felicidade que sua existência carregava e não admitia que a quisessem de outra forma que não aquela que imaginava boa. Fora daí, entre os membros, não havia fé, sinceridade; eram heréticos interesseiros, e, dominicano do seu barrete frígio, raivoso por não poder queimá-los em ato de fé congesto.

O elogio notoriamente havia produzido bom efeito, ainda que fosse inicial e perfunctório, o Ancião depositara, entretanto, uma certa esperança na ação de Thorsten, pois lhe confiara:

- Jhonatan, esta noite há um grupo partindo da cidade com destino a Fayetteville, passarão algumas noites nesta cidade, sob as ordens de um emissário vindo do velho mundo. Note que será uma boa oportunidade perante a seita. Então o que me diz?
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