Vampiros - A Máscara
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Bozo >>> Benjamin Lockheart - HUMANO

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Mensagem por joan silvergate Seg Mar 22, 2010 4:39 pm

Nome: Bozo
Personagem: Benjamin Lockheart
Natureza: Fanático
Comportamento: Excêntrico
Conceito: Investigador

ATRIBUTOS

Físicos (4)

- Força: 2
- Destreza: 3
- Vigor: 2

Sociais (3)
- Carisma: 2
- Manipulação: 3
- Aparência: 1

Mentais (6)

- Percepção: 4 (Perspicaz) [5 pb]
- Inteligência: 3
- Raciocínio: 3


HABILIDADES Obs: por eu ser um Carniçal com mais de 100 anos eu ganho 3 pontos a mais para gastar em Perícias e Conhecimentos. Estão marcados de verde

Talentos (11)
- Prontidão: 2
- Esportes:
- Briga: 2
- Esquiva: 3
- Empatia: 3
- Expressão:
- Intimidação:
- Liderança:
- Manha:
- Lábia: 1

Perícias (4)
- Empatia c/ Animais:
- Ofícios:
- Condução: 1
- Etiqueta:
- Armas de Fogo:
- Armas Brancas: 2
- Performance: 2
- Segurança:
- Furtividade:
- Sobrevivência:

Conhecimentos (7)
- Acadêmicos:
- Computador:
- Finanças:
- Investigação: 5 (Pistas Ocultas, Criminologia) [4 pb]
- Direito:
- Lingüística: 1
- Medicina:
- Ocultismo: 3
- Política:
- Ciências: 2


VANTAGENS

Antecedentes
(5)
- Recursos: 3 ( Dinheiro acumulado em mais de 100 anos de serviços )
- Aliados: 1 ( *Sun Mei )
- Contatos: 1 ( Investigador da Scotland Yard)

Disciplinas
- Potência: 1

Númina e Outras Características
- Telepatia: 1 [7 pb]

Virtudes (7)
- Consciência: 2

- Autocontrole: 3

- Coragem: 5

: 0

HUMANIDADE
: 5

FORÇA DE VONTADE
: 7 [2 pb]

QUALIDADES
- Carniçal [5 pb]
- Visão Clara [3 pb]
- Memória Eidética [2 pb]

DEFEITOS
- Vingança [+2 pb] : ** Jack
- Objetivo Condutor [+2 pb] : "derrotar" Jack em seu jogo
- Anacronismo [+3 pb]

OBS:

* SUN
- Sendo gerado por Jack ele tem de ser de 7a. geração. Entretanto a falta de um tutor responsável e empenhado acarretou na falta de aprendizado por parte dos poderes vampíricos. Ele também possui poderes mentais do tipo Auspícios, Dominação, Demência e Ofuscação, só que todos em níveis baixos. Quanto a seus atributos deve-se considerar que ele possui em destaque com 5 pontos a Destreza, por seu grande treinamento em kung-fu e a Inteligencia, por ser o homem mais sábio que Ben já conheceu. Nas habilidades ele possui um grande Conhecimento em diversas áreas, e Briga, Esquiva e Armas Brancas bem destacados. Para qualidades deve-se considerar Imunidade ao Laço de Sangue, Vontade de Ferro, Ambidestria, e principalmente Fé, que ele conseguiu evoluir bastante com o tempo que passou em um mosteiro. Talvez ele possa até ter desenvolvido o Punho de Deus devido a sua elevada Fé e habilidades marciais. Por fim Humanidade 10 e Força de Vontade 7.
> Caso ache necessário eu monto uma ficha para ele, mas acho que isso já consegue descrever bem o personagem

** JACK - Jack é um vampiro bem velho e mto poderoso. A idéia é que ele seja realmente um adiversário mto forte e que o acerto de contas entre ele e Ben demore, ou até que nunca ocorra. Pense como se ele fosse de 6a.geração e possui poderes mentais elevados. Disciplinas como Auspícios, Ofuscação, Dominação, Demencia e talvez até Quimerismo e que tivesse em torno de uns 500 anos de idade. Mas como ele mesmo disse, Ben foi o melhor jogador que ele poderia ter encontrado para suas brincadeiras.

>>> os dois são Malkavianos, embora nenhum dos dois ligue para isso. São independentes pois nunca tiveram contato direto com a "organização" do clan.
- Perturbações:
> Sun: compulsão por conhecimento. Caso ele se depare com uma situação onde ele poderá aprender uma coisa nova... ele terá problemas.
> Jack: múltipas personalidades... múltiplas mesmo! tipo umas 7. Entretanto curiosamente todas conhecem Ben e são fãns dele! Por isso o jogo nunca termina, embora era só ele querer que Ben estaria morto.

PRELÚDIO:


Nunca lhe vi. Não sei seu nome, aparência ou religião. Escrevi esse texto muito antes de você imaginar que leria. Aliás, quando o escrevi, nem sabia que você seria o leitor, mas já tinha certeza que alguém como você seria o portador de minhas palavras. Sei que você gosta de ler e é fascinado por histórias complexas e teorias da conspiração. Também sei que não irá acreditar em minha história, dirá que os fatos não são reais, ou que eu não passo de um escritor barato. Entretanto, depois que passar seus olhos por todas as palavras destas páginas, ficará intrigado e curioso em saber se tudo o que digo é verdade. Como sei disso? Costumo dizer que conheço melhor as pessoas do que elas mesmas, pois sei quem são, de onde vieram, e principalmente para onde vão. Eu sei, eu sei... você quer que eu comece logo minha história... não precisa gritar... isso demonstra falta de paciência e uma ponta de raiva... acertei? A medida que o tempo passa você diz cada vez mais sobre si mesmo...


Meu nome é Benjamin Lockheart, mas me chame apenas de Ben... ou de Lock se preferir. Nasci em julho de 1851 em Londres. Minha família era de classe média alta, aliás nessa época na Inglaterra não existia meio termo, era somente pobre ou rico. Mas prefiro usar o termo classe média, pois assim posso diferenciar os empresários, como era meu pai, dos esnobes e inúteis sustentados pela rainha. Minha família sempre foi feliz. Nunca tivemos problemas com dinheiro, saúde ou outros sociais. Talvez seja por isso que minha vida foi sempre tão conturbada... deve ser a tal Lei do Equilíbrio que muitos imaginam existir.


Desde de criança fui fascinado pelas pessoas. Sempre observava as expressões, os olhares, os movimentos sutis do corpo ao falar e até mesmo a entonação das palavras. É claro que uma criança não saberia distinguir insinuações ou frases irônicas bem formuladas. Mas aos 10 anos de idade já compreendia quando uma pessoa tinha suas atenções voltadas exclusivamente a outra, ou não estava feliz com alguma coisa, mesmo dizendo o contrário. Os pés, os movimentos da cabeça e da boca... era admirável como os padrões de comportamento se repetiam. Ficava observando as pessoas da escada quando meu pai dava festas em casa. E foi assim que desenvolvi essa habilidade.

Com o passar dos anos fui ganhando cada vez mais rapidez e exatidão em minhas deduções. Certa vez andava com meu pai pela rua quando fomos parados por um conhecido dele. Eles conversaram menos de dez minutos sobre um negócio futuro, mas foi o suficiente para eu saber tudo sobre o sujeito. Após as despedidas disse ao meu pai para desconfiar de seu futuro sócio. Meu pai olhou para mim com uma expressão de surpresa e perguntou:
- De onde você tirou essa idéia? John é de confiança.
Olhei bem para ele e disse:
- Certo... ele disse quando saiu da cadeia? Disse também o que aconteceu com sua esposa... ou mesmo falou quanto tempo trabalhou no campo?
Meu pai olhou para mim abismado. Seu rosto de surpresa ficou ainda mais expressivo. Então me propus a dizer-lhe antes mesmo dele perguntar:
- Suponho que ele seja ex-presidiário por ter uma tatuagem que o paletó não consegue tampar por completo e deixa aparecer um pouco em seu pulso. Isso não prova nada, ele podia ser marinheiro. Mas seu dedo anelar possui uma marca sutil de sol onde antes estava uma aliança. Isso me faz pensar que esse possa ser o motivo de seu confinamento. E por fim a pele um pouco queimada e os calos nas mãos são estranhos à posição social que ele diz ocupar.
Meu pai se mostrou impressionado e curioso com a história que eu acabara de contar. Decidiu ir ao distrito policial mais próximo e investigar o sujeito. Três dias depois policiais batem na porta de casa dizendo que o tal John era um foragido e que tinha sido preso graças a ajuda de meu pai. John estava preso por assassinar sua esposa com uma faca de cozinha. Ele tinha fugido da prisão onde estava e ido trabalhar em uma plantação vizinha para ganhar um pouco de dinheiro para vir as cidades aplicar golpes. Da escada ouvi tudo e fiquei orgulhoso de mim mesmo por ter ajudado meu pai. O inspetor ficou extremamente curioso para saber quando meu pai ficou desconfiado do rapaz. Meu pai, sempre muito correto disse:
- Mas não fui eu... foi meu filho adolescente que descobriu.
- Seu filho? Pode chamá-lo por favor?
Convocado pelo oficial, vou até o encontro deles. Explico exatamente o que vi e como enxerguei os fatos. O policial muito interessado sugere um desafio: olhar para ele e dizer tudo o que acha de sua personalidade. As noites de bebedeira com os amigos, a falta de cuidados com a saúde e até mesmo a amizade com seus subordinados foram citados por mim. Todos ficaram ao mesmo tempo surpresos e felizes pela descoberta de meu talento.
Fui convidado a trabalhar como assistente do inspetor por meio período. Todos me olhavam com suspeita e desprezo. Não viam sentido em ter um garoto no meio daquele ambiente. Mas os olhares e humores começaram a melhorar depois de alguns casos resolvidos com minha ajuda.


Aos 25 já experiente e conhecido, decide passar minhas férias na China. Os costumes e a cultura do país me fascinavam. Antes de ir tentei aprender um pouco de mandarim, mas quando cheguei lá percebi que meus esforços não valiam de nada. Mas o espírito mais nobre que conheci em minha vida acabara de entrar nela. Um jovem pescador chamado Sun Sheringam Mei, chinês de pai inglês e mãe chinesa, me encontrou perdido em um bar. Começava ali uma grande amizade. Ele me ajudou a me virar em Xangai e me mostrou toda a cultura oriental. Uma pena que parte daquilo se tornaria colônia britânica um ano depois. Sun ficou entusiasmado com a possibilidade de conhecer a terra natal de seu pai e decidiu ir comigo a Londres para passar uma temporada. Temporada que se estendeu por mais de uma década.
Com o tempo Sun foi se acostumando com seu novo lar. Descobri aos poucos a genialidade dele ao me ajudar a resolver casos. Possuía uma inteligência fora do comum, superior a qualquer pessoa que tinha conhecido na vida. Além disso era um exímio lutador de kung-fu. Passou a me ensinar os golpes, as armas e a língua de sua terra. Querendo não dar satisfação aos outros, decidi deixar a policia local e trabalhar como detetive por conta própria. Sun e eu formávamos uma bela dupla.


A década seguinte foi a mais emocionante e divertida de minha vida. A Scotland Yard constantemente me procurava para resolver mistérios e casos "insolucionáveis". Minha habilidade de dedução somado aos conhecimentos de Sun, eram implacáveis aos criminosos. Aprendi o mandarim e a lutar um pouco com Sun, mas eu gostava mesmo era de lutar com armas, especialmente bastões ou bengalas. Lutas que foram necessárias em diversas ocasiões, causando-nos ferimentos leves e às vezes mais sérios. Por sorte nosso vizinho, Arthur Doyle, era médico e sempre cuidava de nós. Ouvia detalhe por detalhe de nossos feitos, e por vezes anotava para contar aos outros. Em 1887 Sun e eu fomos surpreendidos ao ver alguns fatos familiares em A Study in Scarlet (Um estudo em Vermelho) publicado pela revista Beeton's Christmas Annual. Ali nascia a lenda Sherlock Holmes. Não me importei muito em ele transpor nossos feitos para uma revista, afinal para mim, era apenas uma história. Um século depois ainda escuto falar do tal detetive que morava em Baker Street 221B, que por sinal era o próprio endereço de Arthur, visto que eu morava no 221A. Mas Sun não gostou em ser substituído pelo próprio Arthur, no papel de Dr. James Watson, em suas histórias. Ele ainda juntou nossos sobrenomes, Sher de Sun SHERingam Mei e Lock de LOCKheart, para compor o tão famoso nome Sherlock. Em fim, fico feliz em ter nossas aventuras perpetuadas.


Em 1888 eu já era famoso, e alguns que leram as histórias de Arthur já percebiam as semelhanças. Mas talvez tenha sido isso que atraiu o meu Nêmesis. Em agosto daquele ano um terrível assassinato ocorrera na região de Whitechapel. O investigador do distrito local disse que cuidaria do caso, mas a Scotland Yard com receio da repercussão que o caso tomaria decidiu me chamar para investigar o caso paralelamente. A vítima tinha cortes na garganta e abdômen. O estrago era horrível de ver e deixava Sun com enjôo. Mas depois de muito estudarmos o local e a vítima, tínhamos um padrão do perfil do possível assassino. A policia de Whitechapel não quis ouvir nossas conclusões e mandou ficarmos fora do caso. Uma semana depois outra vítima com as mesmas características da anterior fora encontrada. Em 25 de setembro a Scotland Yard recebe uma carta supostamente do assassino dizendo que irá “arrancar as orelhas das senhoritas”. Era hora de agir.
Os conhecimentos de Sun, e o descuido do assassino em mostrar sua incrível habilidade manual, visto a beleza de sua escrita, levaram-nos a um pintor local que mostrava mulheres sofrendo em suas obras. Ficamos a espreita no endereço do tal artista e decidimos segui-lo. Walter Sickert, nosso suspeito, ficou a noite toda em um bar com prostitutas. No começo da madrugada saiu de lá como se fosse ir para casa, mas seus olhares já tinham me mostrado que ele possuía um alvo. Fomos atrás dele em direção a uma rua deserta. Virando a esquina vimos Walter cortar o pescoço de sua vítima com uma ferocidade sem tamanho. Nessa hora, Sun, por instinto, corre em direção do assassino, mas com uma velocidade sobre-humana, ele é golpeado fortemente no abdômen e desmaia. Sem pensar muito, avanço com minha bengala para cima dele, mas nada o acertava. Depois de desferir golpes ineficazes, ficamos parados olhando um para o outro medindo-se de cima a baixo. Walter da um leve sorriso e diz:
- Achei que não viriam mais... pensei que teria que cortar as orelhas das moças mesmo.
As palavras soaram apavorantes aos meus ouvidos. Agora eu entendia que a única coisa que queria era chamar a minha atenção e a de Sun. Ele estava brincando conosco. Os dizeres da carta “arrancar as orelhas das senhoritas” eram para nós! Lentamente ele levanta sua mão esquerda e mostra uma orelha ensanguentada. Imediatamente olho para Sun percebo que aquela orelha na mão de Walter era a dele. Ele cortou tão rápido, que eu nem cheguei a ver como ele fez isso. Anos mais tarde entendi como foi. E Walter diz:
- Dizem por ai que você é o melhor. Então quis comprovar suas habilidades. Agora que nos apresentamos eu vou sumir e você terá que me encontrar... hã, o que acha? Sei o que vai dizer... falará que não participará de meus jogos e que eu não escaparei de hoje... viu... também sou bom com deduções. Mas agora você tem um motivo para vir atrás de mim, pois sem querer matei seu grande amigo Sun Mei.
Suas frases mostravam que ele já nos estudava a tempos e sabia muito sobre nós. E ele continua:
- Não quero te machucar... só quero me divertir com você, da mesma maneira que me diverti com tantos outros antes. Mas depois de te estudar por mais de uma década sei que você me renderá bons anos de alegria. Só quero que pense que cada vez que eu matar alguém será culpa sua por não ter evitado. Vamos ver o quanto sua consciência pode suportar. Isto é apenas um jogo, um teste, de suas habilidades contra as minhas. Já disse tudo o que você precisava saber, agora pode ir...
Essa foi a última coisa que lembro daquela noite. Por motivos de "força maior", que anos depois pude entender, perdi minha memória e só lembro de acordar em minha cama pela manhã. Ao abrir os olhos, ainda meio perplexo, corri desesperadamente para o distrito de Whitechapel. Lá os policiais me informaram de que foram encontrados dois corpos, mas ambos eram de mulheres. Fiquei realmente paralisado com a informação. Ele queria brincar comigo... por isso levara o corpo de Sun. Pouco tempo depois ele enviou uma outra carta para a policia, só que desta vez tinha um embrulho com a metade de um rim dentro. Imediatamente pensei que ele mandaria o corpo de Sun aos poucos, e que essas "brincadeiras" não iriam parar até que eu o pegasse. Decidi então entrar em seu jogo.
Pela felicidade das mulheres locais ele atacou apenas mais uma vez, provavelmente apenas para me provocar... apenas para somar à minha contagem de mortos. Descobri anos mais tarde que ele já fazia isso há séculos, e por isso teve várias identidades. O nome Walter Sickert era apenas o temporário, pois os policiais deram a chance dele conseguir um muito melhor ao publicar suas cartas. Ficou tão famoso que até hoje escuto falar seu nome por ai. Seu nome?... Jack ... Jack o Estripador.


Por mais de uma década segui suas pistas por diversas cidades, mas sempre sem sucesso. Às vezes ele deixava um bilhete em seus antigos abrigos com dizeres do tipo "quase meu caro Ben" ou "você está ficando velho meu amigo". Outras, ele deixava uma charada dizendo para onde ele iria ou o que ele iria fazer.
Mas depois de muito tempo consegui achá-lo em uma cidade no sul da Inglaterra, Torquay. Me hospedei por 2 meses na casa de um amigo meu só para me preparar para o encontro com Jack. Todos os dias contava algumas de minhas histórias para a filha do casal, que mostrava-se muito interessada e criativa. Anos mais tarde a garota lançou diversos livros policiais e tornou-se a autora mais conhecida da história. Seu nome? Agatha Cristie. Em 1921 ela me mandou uma carta me agradecendo pelas histórias contadas. Na carta ela disse que a habilidade de deduzir os fatos do famoso personagem Hercule Poirot fora inspirado em mim. Enfim... voltando a minha história real... estudei por dois meses o esconderijo de Jack. Uma noite decidi agir. Invadi a casa e o procurei com muita cautela por todos os cômodos. Ele não estava, mas tive uma surpresa imensa... Sun estava lá, com uma estaca enfiada em seu peito. Com muito trabalho consegui tirá-lo dali, e levá-lo ao hospital. Eu fiquei em um misto de euforia e surpresa em vê-lo, para mim, depois de anos, de seu corpo só poderia ter restado os ossos. Estava tão feliz e eufórico, que deve ter sido depois deste dia que Agatha teve a idéia sobre personalidade do detetive Hercule Poirot.
Quando acordou, Sun teve um susto grande ao me ver. Jack lhe falou que eu tinha morrido naquele dia fatídico. Disse que a metade de rim enviada para a policia era mesmo de uma de suas vítimas e não dele. Mas fui surpreendido ao ouvir de Sun que ele tinha virado um vampiro. É evidente que não acreditei, mas Sun me convenceu em menos de 30 segundos, logo depois de usar seus poderes em mim. Jack teve que abraçá-lo para que ele não morresse depois de perder tanto sangue devido aos seus golpes lá em Whitechapel. Disse que o plano de Jack era usar Sun contra mim, mas por motivos místicos ele era imune ao laço de sangue, o que dificultou todo seu plano. Fiquei quase um dia inteiro ouvindo as histórias de Sun e de vampiros. Voltamos a Londres empenhados em achar Jack. Gentilmente ele nos enviou uma carta dizendo: "...eu não queria ele mesmo ".


Por mais de um século Sun e eu investigamos todos os Serial Killers pelo mundo, tudo em busca do maior e mais famoso deles. Obviamente não o encontramos, mas passamos todo esse tempo evoluindo nossas habilidades para o dia do "juízo final" entre nós. Ajudamos até a policia brasileira a encontrar o maníaco do parque, um amador perto de Jack.
Sun passou alguns anos na China em um templo de monges budistas só para aperfeiçoar suas técnicas. Voltou todo confiante e até me converteu à sua religião, a qual eu pratico arduamente. Aprendemos juntos muito sobre o mundo sobrenatural, e fizemos até experiências com vampiros capturados por nós. Eu sei o que está pensando... como sobrevivi tantos anos? Bem, depois de achar Sun ele me recomendou que eu tomasse seu sangue continuamente para não envelhecer, visto que achar Jack seria uma tarefa árdua e demorada. Por isso mantenho até hoje uma aparência de um homem de 45 anos. Descobri que minha habilidade de dedução também é ajudada por um tipo de poder mental que tenho: posso sondar a mente das pessoas. Por fim, minha percepção elevada me trouxe o benefício de poder enxergar vampiros que usam poderes para se ocultar.
Descobri também o poder da fé após um vampiro recuar só por Sun chegar perto dele. Fé... é ela que me condena todos os dias ao lembrar que preciso tomar sangue para me manter vivo... e tudo por causa de Jack, meu único objetivo em vida. Objetivo que me traz um grande dilema: me tornar ou não um vampiro.


Sei que não acreditou em muita coisa que falei, mas não tem problema, não ligo para sua opinião mesmo. Escrevi tudo isso apenas para relatar minha história, e para que ela não se perca caso eu tenha um fim trágico. Mas tenho certeza que minha alma descansará em paz no final, pois Jack irá perder esse jogo...
joan silvergate
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Localização : Nova Iorque

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