Vampiros - A Máscara
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Kane Sullivan

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Mensagem por Kane Sullivan Qua Jul 03, 2019 8:09 pm

Nome: Kane Sullivan
Clã: Caitiff
Natureza: Galante
Comportamento: Caçador de Emoções
Geração: 11º
Refúgio: Apartamento simples
Conceito: Bombeiro

Saldo de XP: 0/0

Atributos

Físicos (7)
- Força: 3
- Destreza: 4 (velocidade)
- Vigor: 3

Sociais (3)
- Carisma: 2
- Manipulação: 2
- Aparência: 4 (sedutora)

Mentais (5)
- Percepção: 3
- Inteligência: 2
- Raciocínio: 3

Habilidades

Talentos (13)
- Prontidão: 2
- Esportes: 2
- Briga: 2
- Esquiva: 2
- Empatia: 2
- Expressão: 0
- Intimidação: 1
- Liderança: 0
- Manha: 1
- Lábia: 2

Perícias (9)
- Empatia c/ Animais: 0
- Ofícios: 0
- Condução: 0
- Etiqueta: 1
- Armas de Fogo: 1
- Armas Brancas: 1
- Performance: 2
- Segurança: 1
- Furtividade: 1
- Sobrevivência: 2

Conhecimentos (5)
- Acadêmicos: 0
- Computador: 1
- Finanças: 0
- Investigação: 1
- Direito: 0
- Linguística: 0
- Medicina: 1
- Ocultismo: 1
- Política: 0
- Ciências: 1

Antecedentes (5)
. Recursos 2
. Geração 2
. Contato 1
(William Sullivan - irmão - juiz federal)

Disciplinas (3)
. Fortitude: 1
. Potência: 1
. Rapidez: 1

Virtudes (7)
- Consciência: 2
- Autocontrole: 3
- Coragem: 5

Humanidade: 5
Força de Vontade: 5

Qualidades (7)
. Sentido Aguçado Audição +1
. Sentido Aguçado Olfato +1
. Sentido Aguçado Visão +1
. Voz Encantadora +2
. Rubor de Saúde +2
. Aura Enganosa +1
. Concentração +1
. Ambidestro +1

Defeitos (7)
. Aperto Dos Amaldiçoados -4
. Vício (adrenalina) -3

Informações do personagem
- Idade antes do abraço: 28
- Idade total: 28
- Data de nascimento: 20/10/1991
- Aparência: 1,80 de altura, aproximadamente uns 90kg, olhos azuis claros, cabelo castanho escuro, barba bem cuidada, cabelo curto, sem tatuagem.
- Personalidade: Sedutor. Gosta de se cuidar, boas roupas, gosta de conversas produtivas. Procura não se meter em brigas, gosta de aprender novas coisas, mantém ainda uma postura de militar, um andar um pouco mais rigido que para os mais atentos irão reconhecer.

Observações
- 3 Pontos Bônus em Qualidades
- 5 Pontos Bônus em Carisma
- 5 Pontos Bônus em Manipulação
- 2 Pontos Bônus em Esportes

6. Prelúdio

Nasci em Columbus, Ohio no ano de 1991. Meu pai, Robert Sullivan, um bombeiro militar de alta patente como havia sido seu pai, sempre exigiu uma educação rígida seguida de regras e castigos para desobediências. Minha mãe, Serena Sullivan deu aulas de canto em algumas universidades e depois preferiu dar aulas particulares em casa. Sempre ouço que minha voz é agradável, forte, falavam para eu investir na carreira de cantor ou de dublagem e isso só foi possível graças aos exercícios diários que minha mãe nos obrigava a fazer para cuidar da voz.  Meu irmão, William Sullivan é cinco anos mais velho e eu o tinha como grande inspiração, tínhamos uma relação de amizade muito grande que hoje se estende para uma pareceria gigantesca. Ele não seguiu na carreira militar, preferiu ajudar de um jeito diferente. Hoje ele é juiz federal, é casado, tem duas filhas lindas e mora em Nova York. Minha mãe era muito religiosa e era normal irmos a igreja aos domingos. Ela fazia a gente ajudar em qualquer festividade, frequentar o coral na qual ela era professora e uma vez por mês nos confessar. Não nasci em berço de ouro mas nunca me faltou nada, tínhamos uma boa casa, morávamos em um condomínio, tive a oportunidade de frequentar uma boa escola, nossa situação financeira de vez em quando ficava entre altos e baixos e tudo isso serviu de base para a minha formação e meus valores.  Eu sempre fui muito agitado, tinha muita energia para gastar e desde criança meu pai viu que devia ser aproveitado então frequentei muitas escolinhas desportivas e na adolescência, na época da escola, cheguei a jogar como quarterback e se levasse a frente poderia me tornar um profissional. Fui sondado por uma agencia de atores e modelos a fazer algumas fotos e quem sabe trabalhar nesse ramo. Naquela época apesar de não ter nenhuma intenção profissional foi bom para ganhar algum dinheiro extra, ajudou em casa e também elevou mais ainda minha fama no colégio e no bairro.

Dia 11 de setembro de 2001 e dia 23 de agosto de 2005. Datas onde jamais poderei esquecer. A primeira foi o dia em que eu comecei a ver meu pai e seu trabalho com outros olhos. Foi a primeira vez que eu vi meu pai com o semblante de preocupação e medo. A segunda data foi quando eu vi minha mãe com mais medo em toda a sua vida. Meu pai foi o comandante chefe de cada ação feita. Foram dias de aflição, medo e incerteza. Foi uma época de união também, depois desse dia eu percebi minha família mais unida. A descoberta do que eu queria seguir profissionalmente foi ao ver o quanto meu pai salvou e ajudou tanta gente, minha admiração já era grande e cresceu ainda mais, na minha cabeça eu já sabia o que ia fazer, daria continuidade ao legado que ele estava deixando. Eu desenvolvi um senso de adrenalina onde sabia que a profissão daria conta dessa minha sede. Bombeiro não tem rotina, horário, descanso, cada chamada é uma diferente. Você faz de tudo para sair vivo e ter uma nova oportunidade. Ao terminar o colégio eu já havia decidido o que iria fazer e como iria fazer. Meu irmão já estava morando em outra cidade e havia chegado a minha hora, eu havia decidido morar mais perto de onde eu serviria e de ter minhas próprias responsabilidades, de começar o meu legado. Mesmo com essas mudanças a gente nunca deixava de se falar, de se ver, era comum irmos visitar nossos pais em dias de folga, almoçarmos todos juntos.

Essa sede de aventura, emoção e adrenalina sempre me fez procurar por novos desafios. Depois que entrei na corporação eu pudi bancar essa loucuras. Comecei a fazer aulas de defesa pessoal por puramente sentir a emoção e o prazer do desafio. Fui em um estande de tiro e tive alguma noção de como segurar uma arma, como mirar e qual era a sensação do impacto ao apertar o gatilho. Fiz escaladas, acampei algumas vezes com amigos de infância e desenvolvi alguns hobbys. Como minha mãe era professora de canto e eu frequentei o coral da igreja por alguns anos, a musica como um todo me trazia um pouco de paz de espirito então de vez em quando eu cantava no Karaoke junto com os amigos do quartel e dei inicio a aulas de guitarras com um amigo da escola. Sempre procurei ser saudável, me vestir bem e ter uma aparência boa. Sempre tive um cuidado rígido na alimentação e procurava sempre trabalhar o corpo e a mente igualmente. O ultimo livro que havia lido era A arte da guerra. Eu gostava de sair um pouco dessa agitação e impeto que eu vivia para me concentrar em algo mais calmo, que me faria refletir.

Quando meu pai anunciou sua aposentadoria era possível ver no rosto de cada um daqueles bombeiros a emoção e o prazer que tinha ele te-lo com líder. Já estava na hora do velho poder descansar e poder ter uma vida mais tranquila ao lado de minha mãe. Eu por um lado ficava feliz porque depois de muito tempo ele poderia descansar e triste em saber que não teria mais sua companhia e seu auxilio. Como um Sullivan a pressão em minhas costas cresceram pois eu seria o homem a continuar o legado. Eu nunca fui líder igual ao meu pai, sempre fui um soldado que obedecia e procurava fazer as coisas da melhor maneira possível. Eu tinha a força necessária e a habilidade certa para executar com perfeição cada ordem posta. Para ser um bombeiro não precisa só de coragem e sim um conjunto de habilidades para lidar com o desconhecido e com o inesperado. Tinha que possuir uma grande concentração diante dos acontecimentos e isso não se aprendia em curso e sim na vivencia, na experiencia. Demorei algum tempo para conseguir deixar as coisas do lado de fora não atrapalharem meu real objetivo.

Dia 25 de outubro de 2018. Recebemos uma chamada. Um prédio estava em chamas e possíveis vitimas ainda estavam no recinto. Em poucos minutos nós saiamos com as sirenes ligadas e chegávamos ao nosso destino. O prédio era de uma fabrica que estava para ser derrubado mas mendigos o faziam de abrigo, principalmente no frio. O fogo se alastrava rapidamente e nossa ação tinha que ser rápida para evitar que aquilo piorasse. As mangueiras eram ligadas, nosso foco era não deixar que atingisse o lado norte da fabrica que era onde tinha possíveis substancias que poderiam piorar ou até explodir aquilo tudo. Depois de árduos minutos conseguimos fazer com o que o fogo chegasse a quase zero e nossa próxima ação era entrar na fabrica e ver se haviam feridos ou possíveis mortes. Eu entrava. A gente se separava com cuidado para cobrir áreas maiores em menor tempo. O lado oeste da fabrica permaneceu intacto e se alguém sobreviveu podia ter procurado abrigo por ali, ao chegar me deparei com um cenário de pouca visibilidade e silencioso. - Olá, alguém ai? É do corpo do bombeiro, viemos ajudar - eu gritava. Pelo walkie talkie eu descrevia como estava o lugar e onde estava - Aqui é Sullivan no lado oeste. Visibilidade media, por enquanto não achei ninguém. Sem foco de incêndio. Over - Lembro de que assim de ter terminado de relatar a situação eu via um vulto passando de um lado para o outro - Olá, esta tudo bem, precisa de ajuda? Eu posso ajuda-lo. - Me aproximava devagar pois a pessoa podia estar em choque e qualquer movimento brusco poderia alerta-la. Conseguia enxergar o desconhecido de cocoras encolhido na parede, eu me aproximava devagar colocando uma das mãos em suas costas e me agachando devagar para tentar ter algum contato visual. Notava que sua roupa estava bastante suja e que seu braço esquerdo estava bem ferido. - Esta tudo bem, esta tudo bem... Vou fazer um curativo no seu braço, ok? Você deixa? - Tentava sempre manter a voz serena para demonstrar que não precisava mais ter medo. Ao ver que o desconhecido balançava a cabeça consentindo eu abria o kit de primeiro socorros. Ao olhar para baixo para pegar o material aquele ser pulava em cima de mim e encravava seus dentes em meu pescoço. Eu tentava resistir, me debatia, gritava mas parecia que quanto mais eu resistia mais aquela criatura gostava. Minhas forças foram diminuindo, minha consciência ia apagando, meus olhos se reviravam e minha ultima lembrança era de mais alguém vindo que a principio pensei que estivesse a salvo, que era um companheiro mas a verdade era alguém que conhecia aquele desgraçado

- Droga Jack! Droga! Vamos embora antes que alguém nos veja...
- O que eu fiz, o que eu fiz?
- Vamos embora Jack, anda... Deixa esse cara, já esta quase morto mesmo.

Quando o agressor se levantava eu agarrava sua perna e o encarava como se fosse um pedido de ajuda e essa havia sido minha ultima ação como um ser vivo. Ele me olhava, agachava sobre meu corpo, cortava um de seus braços e derramava seu sangue em minha boca. Não consigo descrever o gosto que aquilo tinha, só sei que era algo viciante. O melhor exemplo que eu posso lhe dar é como se você estivesse no meio do deserto e alguém lhe oferecesse uma água bem gelada. Aqueles dois se mandavam e me deixaram a própria sorte. Daquele momento em diante eu havia me tornado um ser a merce do destino.Sua primeira vitima era seu companheiro que se aproximava assustado, tentava manter algum contato mas só de ouvir os batimentos de seu coração algo me levava a fazer a mesma ação que o desconhecido fazia, eu pulava em seu pescoço e sugava todo seu sangue, algo parecia ter me possuído e quando eu recobrei a consciência eu vi o que tinha feito. Assustado e com medo do que havia acontecido comigo eu fugi, eu voltei para o meu apartamento sem falar com ninguém. Me trancava assim que chegava, fechava as cortinas e ligava o chuveiro. O sangue escorria pelo ralo enquanto eu chorava e tentava entender o que estava acontecendo comigo. Meu celular não parava de tocar. Mensagens não paravam de chegar. Por mais que eu não atendesse de imediato eu poderia muito saber o teor de toda aquela agitação, meu desaparecimento e o corpo de Ryan. Como eu explicaria aquilo tudo, como eu sairia dessa.

Lembro de ter ido deitar depois daquele longo banho, eu simplesmente apagava e só acordava no outro dia, no fim da tarde. Eu me sentia bem, me sentia forte, apesar de sentir um incomodo, como se fosse uma fome crescendo. Com a cabeça um pouco melhor eu sabia que devia tratar daquilo o mais rápido possível. Eu me arrumava e ia para o quartel. Chegava em poucos minutos e todos vinham saber como eu estava, eu mentia dizendo que estava tudo bem, que estava me sentindo melhor e que assim que eu falasse com o chefe eu desceria e explicaria tudo o que havia rolado. Ryan havia sido enterrado naquela manhã, o clima estava pesado e todos queriam uma resposta. Na sala do chefe eu menti novamente, não foi difícil, precisei ocultar o que nem eu entendia, colocar a culpa em um terceiro e falar que entrei em choque quando vi tudo aquilo. Não sei se minha mentira havia sido tão boa ou se ele caiu por outros motivos. Fui afastado e logo eu seria avaliado por um grupo de psicólogos e psiquiatras para determinar o que aconteceria com a minha carreira. Se eu estaria apto para continuar ou se me colocariam de lado, de fora de toda a emoção. Imediatamente liguei para meu irmão e conversei sobre o que estava prestes a acontecer. Fui instruído a contar a verdade sobre se eu realmente tinha condições de seguir em frente ou não. Pensando no que tinha ocorrido e não tendo informação do que havia me tornado, era melhor eu me manter afastado de todos até entender tudo. Uma ideia veio a minha mente e precisaria da ajuda do meu irmão. Fazendo diferença ou não eu havia lutado muito para conquistar tudo aquilo que eu tinha e não poderia perder, eu me afastaria dos bombeiros porque eu não queria machucar mais ninguém e aproveitaria o ocorrido para conseguir isso. Eu diria que ao ver Ryan morto no chão, aquilo havia me deixado traumatizado e com dificuldades para encarar toda aquela situação, buscaria uma aposentadoria por incapacidade. Para isso acontecer, meu irmão teve que fazer algumas ligações e fazer com que o psicologo e o psiquiatra fosse alguém de sua confiança. Certamente ele ficou devendo favores para me conseguir tudo isso mas foi feito. Eu fui afastado dos bombeiros por incapacidade e ainda receberia uma quantia de aposentadoria.

Após a reunião e todo aquele jogo teatral eu saia do quartel e ia para a casa dos meus pais, eles estavam preocupados e eu precisava acalma-los. Eu recebia um abraço forte de minha mãe que com os olhos cheio de lagrimas segurava minhas mãos enquanto meu pai massageava meus ombros em um sinal de força. Explicava a eles a historia que havia contada para o meu chefe, a decisão tomada pelos psicólogos e meu afastamento por incapacidade. Pedia desculpas pro meu pai de joelhos por não conseguir levar seu legado a frente. Infelizmente eles jamais poderiam saber de toda a verdade, não poderia coloca-los em um mundo onde eu era um iniciante. Passava mais algum tempo recebendo aquele carinho familiar, aquela energia extra. Ao voltar para casa a pé eu comecei a sentir algumas mudanças, na rua eu conseguia sentir cheiros que antes estavam ocultos, escutava conversas de pessoas ao telefone como se eu estivesse do outro lado da linha, enxergava as estrelas de uma forma tão limpa que nem as nuvens conseguiam atrapalhar. Eu estava determinado a saber o que eu havia me tornado, o que aquilo tudo significaria... A literatura por mais fantasiosa que podia ser continham descrições semelhantes com acontecimentos recentes. Foram ótimos guias mas eu precisava saber mais.

Em minhas caminhadas noturnas em busca de conhecimento eu consegui encontrar aquilo que procurava. Fui parar no bairro mais violento da minha cidade. Pelo o que eu me lembrava, o meu agressor possuía uma tatuagem na mão que era uma teia e no pescoço havia um simbolo de gangue local que eu já tinha visto outras vezes. Além dessas duas características eu também tinha um nome, Jack. Acabei não encontrando quem eu queria mas outros que não eram exatamente parecidos comigo, pelo o que eu havia entendido eu ainda parecia um humano, o que era uma grande vantagem nessa cadeia alimentar, eu podia me esconder. Ouvi algo muito superficialmente sobre o grupos rivais, sobre manter o disfarces dos demais e sempre, sempre procurar sobreviver todo e a qualquer custo. Me juntei a esse grupo por algumas noites para absorver mais e mais informação. De inicio não pareciam confiar em mim mas aos poucos eu fui ganhando espaço e com isso consegui o que eu queria.

Passado alguns meses em minha nova vida, hoje eu posso fazer um resumo rápido do que mudou em mim. Aprendi que sou uma criatura da noite, que sou um vampiro, que preciso de sangue para me alimentar e para que eu possa usufruir ao máximo eu tenho que despertar aquilo que me faz sentir vivo, a adrenalina. O melhor método é despertar o medo enquanto suga o sangue, algo violento, visceral. Estar nesse mundo requer atenção redobrada e é melhor você não meter o bedelho onde não foi chamado e caso tenha sido chamado, triplique sua atenção. Meu objetivo agora é manter meus pais e meu irmão afastados de todo esse lado que eu vivo, meu contato hoje é bem menos do que costumava a ser. Ainda esta sendo difícil me desligar por completo. Continuo com uma postura militar para me lembrar da melhor época em que vivi, me mantém humano apesar de fazer coisas que as vezes me pergunto o quanto próximo estou da besta. Sempre que posso tento aprender mais e mais sobre a natureza de tudo isso, de entender até onde posso chegar e o que mais ainda não esta claro pra mim... Apesar de não ser minha minha missão de não vida eu ainda procuro por aquele que me criou, ainda não sei o que faria caso encontrasse com ele... Não sei se o destruiria ou se perguntaria o porque.


Última edição por Kane Sullivan em Qui Jul 04, 2019 5:59 pm, editado 1 vez(es)
Kane Sullivan
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Kane Sullivan  Empty Re: Kane Sullivan

Mensagem por Abigail Qui Jul 04, 2019 1:37 pm

Olá, bem-vindo ao fórum! Ao que parece já deve ter jogado aqui. Então vamos começar.


- Foram gastos 4 pontos em conhecimentos. Você tem direito a 5;

- 2 pontos no antecedente Geração. Portanto sua geração é 11ª e não 12ª;

- Esportes 1: Kane Sullivan frequentou escolas desportivas e demonstrou talento para a carreira profissional como atleta. Ainda assim, ele possui apenas 1 ponto em esportes, o que faz dele um atleta de fim de semana, talvez. Além disso, são exigidos do bombeiro habilidades em natação, mergulho, rapel, escalada... O seu prelúdio requer pelo menos um 2 nessa habilidade;

- Ciências 0: Sullivan era um bombeiro profissional. Esperá-se que um bombeiro tenha conhecimentos básico sobre química e física. Considere pelo menos um 1 nesse quesito;

- Prelúdio: Um pouco exagerado Sullivan sentir cheiro de uma torta de maçã a quilômetros, apenas porque possui olfato aguçado.

- Sugiro inserir informações básicas sobre seu personagem como (além da data de nascimento); idade humana, idade como vampiro, idade total, se ele é um independente e compleição física.
Abigail
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Kane Sullivan  Empty Re: Kane Sullivan

Mensagem por Kane Sullivan Qui Jul 04, 2019 6:02 pm

Rian escreveu:Olá, bem-vindo ao fórum! Ao que parece já deve ter jogado aqui. Então vamos começar.


- Foram gastos 4 pontos em conhecimentos. Você tem direito a 5;

- 2 pontos no antecedente Geração. Portanto sua geração é 11ª e não 12ª;

- Esportes 1: Kane Sullivan frequentou escolas desportivas e demonstrou talento para a carreira profissional como atleta. Ainda assim, ele possui apenas 1 ponto em esportes, o que faz dele um atleta de fim de semana, talvez. Além disso, são exigidos do bombeiro habilidades em natação, mergulho, rapel, escalada... O seu prelúdio requer pelo menos um 2 nessa habilidade;

- Ciências 0: Sullivan era um bombeiro profissional. Esperá-se que um bombeiro tenha conhecimentos básico sobre química e física. Considere pelo menos um 1 nesse quesito;

- Prelúdio: Um pouco exagerado Sullivan sentir cheiro de uma torta de maçã a quilômetros, apenas porque possui olfato aguçado.

- Sugiro inserir informações básicas sobre seu personagem como (além da data de nascimento); idade humana, idade como vampiro, idade total, se ele é um independente e compleição física.

- Falta de atenção mesmo, desculpa. Acrescentei em Ciencias mesmo, devido ao seu alerta e para uma melhor veracidade.
- Pontos bonus que havia gastado em Labia, coloquei em esportes.
- Foi mais uma questão de figura de linguagem mas ok, tirei essa parte e acrescentei outra coisa.
- Coloquei algumas informações, havia esquecido essa parte da ficha.

Acredito que agora esteja tudo ok. Editei no post original quanto o que segue abaixo. Obrigado =]

Nome: Kane Sullivan
Clã: Caitiff
Natureza: Galante
Comportamento: Caçador de Emoções
Geração: 11º
Refúgio: Apartamento simples
Conceito: Bombeiro

Saldo de XP: 0/0

Atributos

Físicos (7)
- Força: 3
- Destreza: 4 (velocidade)
- Vigor: 3

Sociais (3)
- Carisma: 2
- Manipulação: 2
- Aparência: 4 (sedutora)

Mentais (5)
- Percepção: 3
- Inteligência: 2
- Raciocínio: 3

Habilidades

Talentos (13)
- Prontidão: 2
- Esportes: 2
- Briga: 2
- Esquiva: 2
- Empatia: 2
- Expressão: 0
- Intimidação: 1
- Liderança: 0
- Manha: 1
- Lábia: 2

Perícias (9)
- Empatia c/ Animais: 0
- Ofícios: 0
- Condução: 0
- Etiqueta: 1
- Armas de Fogo: 1
- Armas Brancas: 1
- Performance: 2
- Segurança: 1
- Furtividade: 1
- Sobrevivência: 2

Conhecimentos (5)
- Acadêmicos: 0
- Computador: 1
- Finanças: 0
- Investigação: 1
- Direito: 0
- Linguística: 0
- Medicina: 1
- Ocultismo: 1
- Política: 0
- Ciências: 1

Antecedentes (5)
. Recursos 2
. Geração 2
. Contato 1
(William Sullivan - irmão - juiz federal)

Disciplinas (3)
. Fortitude: 1
. Potência: 1
. Rapidez: 1

Virtudes (7)
- Consciência: 2
- Autocontrole: 3
- Coragem: 5

Humanidade: 5
Força de Vontade: 5

Qualidades (7)
. Sentido Aguçado Audição +1
. Sentido Aguçado Olfato +1
. Sentido Aguçado Visão +1
. Voz Encantadora +2
. Rubor de Saúde +2
. Aura Enganosa +1
. Concentração +1
. Ambidestro +1

Defeitos (7)
. Aperto Dos Amaldiçoados -4
. Vício (adrenalina) -3

Informações do personagem
- Idade antes do abraço: 28
- Idade total: 28
- Data de nascimento: 20/10/1991
- Aparência: 1,80 de altura, aproximadamente uns 90kg, olhos azuis claros, cabelo castanho escuro, barba bem cuidada, cabelo curto, sem tatuagem.
- Personalidade: Sedutor. Gosta de se cuidar, boas roupas, gosta de conversas produtivas. Procura não se meter em brigas, gosta de aprender novas coisas, mantém ainda uma postura de militar, um andar um pouco mais rigido que para os mais atentos irão reconhecer.

Observações
- 3 Pontos Bônus em Qualidades
- 5 Pontos Bônus em Carisma
- 5 Pontos Bônus em Manipulação
- 2 Pontos Bônus em Esportes

6. Prelúdio

Nasci em Columbus, Ohio no ano de 1991. Meu pai, Robert Sullivan, um bombeiro militar de alta patente como havia sido seu pai, sempre exigiu uma educação rígida seguida de regras e castigos para desobediências. Minha mãe, Serena Sullivan deu aulas de canto em algumas universidades e depois preferiu dar aulas particulares em casa. Sempre ouço que minha voz é agradável, forte, falavam para eu investir na carreira de cantor ou de dublagem e isso só foi possível graças aos exercícios diários que minha mãe nos obrigava a fazer para cuidar da voz.  Meu irmão, William Sullivan é cinco anos mais velho e eu o tinha como grande inspiração, tínhamos uma relação de amizade muito grande que hoje se estende para uma pareceria gigantesca. Ele não seguiu na carreira militar, preferiu ajudar de um jeito diferente. Hoje ele é juiz federal, é casado, tem duas filhas lindas e mora em Nova York. Minha mãe era muito religiosa e era normal irmos a igreja aos domingos. Ela fazia a gente ajudar em qualquer festividade, frequentar o coral na qual ela era professora e uma vez por mês nos confessar. Não nasci em berço de ouro mas nunca me faltou nada, tínhamos uma boa casa, morávamos em um condomínio, tive a oportunidade de frequentar uma boa escola, nossa situação financeira de vez em quando ficava entre altos e baixos e tudo isso serviu de base para a minha formação e meus valores.  Eu sempre fui muito agitado, tinha muita energia para gastar e desde criança meu pai viu que devia ser aproveitado então frequentei muitas escolinhas desportivas e na adolescência, na época da escola, cheguei a jogar como quarterback e se levasse a frente poderia me tornar um profissional. Fui sondado por uma agencia de atores e modelos a fazer algumas fotos e quem sabe trabalhar nesse ramo. Naquela época apesar de não ter nenhuma intenção profissional foi bom para ganhar algum dinheiro extra, ajudou em casa e também elevou mais ainda minha fama no colégio e no bairro.

Dia 11 de setembro de 2001 e dia 23 de agosto de 2005. Datas onde jamais poderei esquecer. A primeira foi o dia em que eu comecei a ver meu pai e seu trabalho com outros olhos. Foi a primeira vez que eu vi meu pai com o semblante de preocupação e medo. A segunda data foi quando eu vi minha mãe com mais medo em toda a sua vida. Meu pai foi o comandante chefe de cada ação feita. Foram dias de aflição, medo e incerteza. Foi uma época de união também, depois desse dia eu percebi minha família mais unida. A descoberta do que eu queria seguir profissionalmente foi ao ver o quanto meu pai salvou e ajudou tanta gente, minha admiração já era grande e cresceu ainda mais, na minha cabeça eu já sabia o que ia fazer, daria continuidade ao legado que ele estava deixando. Eu desenvolvi um senso de adrenalina onde sabia que a profissão daria conta dessa minha sede. Bombeiro não tem rotina, horário, descanso, cada chamada é uma diferente. Você faz de tudo para sair vivo e ter uma nova oportunidade. Ao terminar o colégio eu já havia decidido o que iria fazer e como iria fazer. Meu irmão já estava morando em outra cidade e havia chegado a minha hora, eu havia decidido morar mais perto de onde eu serviria e de ter minhas próprias responsabilidades, de começar o meu legado. Mesmo com essas mudanças a gente nunca deixava de se falar, de se ver, era comum irmos visitar nossos pais em dias de folga, almoçarmos todos juntos.

Essa sede de aventura, emoção e adrenalina sempre me fez procurar por novos desafios. Depois que entrei na corporação eu pudi bancar essa loucuras. Comecei a fazer aulas de defesa pessoal por puramente sentir a emoção e o prazer do desafio. Fui em um estande de tiro e tive alguma noção de como segurar uma arma, como mirar e qual era a sensação do impacto ao apertar o gatilho. Fiz escaladas, acampei algumas vezes com amigos de infância e desenvolvi alguns hobbys. Como minha mãe era professora de canto e eu frequentei o coral da igreja por alguns anos, a musica como um todo me trazia um pouco de paz de espirito então de vez em quando eu cantava no Karaoke junto com os amigos do quartel e dei inicio a aulas de guitarras com um amigo da escola. Sempre procurei ser saudável, me vestir bem e ter uma aparência boa. Sempre tive um cuidado rígido na alimentação e procurava sempre trabalhar o corpo e a mente igualmente. O ultimo livro que havia lido era A arte da guerra. Eu gostava de sair um pouco dessa agitação e impeto que eu vivia para me concentrar em algo mais calmo, que me faria refletir.

Quando meu pai anunciou sua aposentadoria era possível ver no rosto de cada um daqueles bombeiros a emoção e o prazer que tinha ele te-lo com líder. Já estava na hora do velho poder descansar e poder ter uma vida mais tranquila ao lado de minha mãe. Eu por um lado ficava feliz porque depois de muito tempo ele poderia descansar e triste em saber que não teria mais sua companhia e seu auxilio. Como um Sullivan a pressão em minhas costas cresceram pois eu seria o homem a continuar o legado. Eu nunca fui líder igual ao meu pai, sempre fui um soldado que obedecia e procurava fazer as coisas da melhor maneira possível. Eu tinha a força necessária e a habilidade certa para executar com perfeição cada ordem posta. Para ser um bombeiro não precisa só de coragem e sim um conjunto de habilidades para lidar com o desconhecido e com o inesperado. Tinha que possuir uma grande concentração diante dos acontecimentos e isso não se aprendia em curso e sim na vivencia, na experiencia. Demorei algum tempo para conseguir deixar as coisas do lado de fora não atrapalharem meu real objetivo.

Dia 25 de outubro de 2018. Recebemos uma chamada. Um prédio estava em chamas e possíveis vitimas ainda estavam no recinto. Em poucos minutos nós saiamos com as sirenes ligadas e chegávamos ao nosso destino. O prédio era de uma fabrica que estava para ser derrubado mas mendigos o faziam de abrigo, principalmente no frio. O fogo se alastrava rapidamente e nossa ação tinha que ser rápida para evitar que aquilo piorasse. As mangueiras eram ligadas, nosso foco era não deixar que atingisse o lado norte da fabrica que era onde tinha possíveis substancias que poderiam piorar ou até explodir aquilo tudo. Depois de árduos minutos conseguimos fazer com o que o fogo chegasse a quase zero e nossa próxima ação era entrar na fabrica e ver se haviam feridos ou possíveis mortes. Eu entrava. A gente se separava com cuidado para cobrir áreas maiores em menor tempo. O lado oeste da fabrica permaneceu intacto e se alguém sobreviveu podia ter procurado abrigo por ali, ao chegar me deparei com um cenário de pouca visibilidade e silencioso. - Olá, alguém ai? É do corpo do bombeiro, viemos ajudar - eu gritava. Pelo walkie talkie eu descrevia como estava o lugar e onde estava - Aqui é Sullivan no lado oeste. Visibilidade media, por enquanto não achei ninguém. Sem foco de incêndio. Over - Lembro de que assim de ter terminado de relatar a situação eu via um vulto passando de um lado para o outro - Olá, esta tudo bem, precisa de ajuda? Eu posso ajuda-lo. - Me aproximava devagar pois a pessoa podia estar em choque e qualquer movimento brusco poderia alerta-la. Conseguia enxergar o desconhecido de cocoras encolhido na parede, eu me aproximava devagar colocando uma das mãos em suas costas e me agachando devagar para tentar ter algum contato visual. Notava que sua roupa estava bastante suja e que seu braço esquerdo estava bem ferido. - Esta tudo bem, esta tudo bem... Vou fazer um curativo no seu braço, ok? Você deixa? - Tentava sempre manter a voz serena para demonstrar que não precisava mais ter medo. Ao ver que o desconhecido balançava a cabeça consentindo eu abria o kit de primeiro socorros. Ao olhar para baixo para pegar o material aquele ser pulava em cima de mim e encravava seus dentes em meu pescoço. Eu tentava resistir, me debatia, gritava mas parecia que quanto mais eu resistia mais aquela criatura gostava. Minhas forças foram diminuindo, minha consciência ia apagando, meus olhos se reviravam e minha ultima lembrança era de mais alguém vindo que a principio pensei que estivesse a salvo, que era um companheiro mas a verdade era alguém que conhecia aquele desgraçado

- Droga Jack! Droga! Vamos embora antes que alguém nos veja...
- O que eu fiz, o que eu fiz?
- Vamos embora Jack, anda... Deixa esse cara, já esta quase morto mesmo.

Quando o agressor se levantava eu agarrava sua perna e o encarava como se fosse um pedido de ajuda e essa havia sido minha ultima ação como um ser vivo. Ele me olhava, agachava sobre meu corpo, cortava um de seus braços e derramava seu sangue em minha boca. Não consigo descrever o gosto que aquilo tinha, só sei que era algo viciante. O melhor exemplo que eu posso lhe dar é como se você estivesse no meio do deserto e alguém lhe oferecesse uma água bem gelada. Aqueles dois se mandavam e me deixaram a própria sorte. Daquele momento em diante eu havia me tornado um ser a merce do destino.Sua primeira vitima era seu companheiro que se aproximava assustado, tentava manter algum contato mas só de ouvir os batimentos de seu coração algo me levava a fazer a mesma ação que o desconhecido fazia, eu pulava em seu pescoço e sugava todo seu sangue, algo parecia ter me possuído e quando eu recobrei a consciência eu vi o que tinha feito. Assustado e com medo do que havia acontecido comigo eu fugi, eu voltei para o meu apartamento sem falar com ninguém. Me trancava assim que chegava, fechava as cortinas e ligava o chuveiro. O sangue escorria pelo ralo enquanto eu chorava e tentava entender o que estava acontecendo comigo. Meu celular não parava de tocar. Mensagens não paravam de chegar. Por mais que eu não atendesse de imediato eu poderia muito saber o teor de toda aquela agitação, meu desaparecimento e o corpo de Ryan. Como eu explicaria aquilo tudo, como eu sairia dessa.

Lembro de ter ido deitar depois daquele longo banho, eu simplesmente apagava e só acordava no outro dia, no fim da tarde. Eu me sentia bem, me sentia forte, apesar de sentir um incomodo, como se fosse uma fome crescendo. Com a cabeça um pouco melhor eu sabia que devia tratar daquilo o mais rápido possível. Eu me arrumava e ia para o quartel. Chegava em poucos minutos e todos vinham saber como eu estava, eu mentia dizendo que estava tudo bem, que estava me sentindo melhor e que assim que eu falasse com o chefe eu desceria e explicaria tudo o que havia rolado. Ryan havia sido enterrado naquela manhã, o clima estava pesado e todos queriam uma resposta. Na sala do chefe eu menti novamente, não foi difícil, precisei ocultar o que nem eu entendia, colocar a culpa em um terceiro e falar que entrei em choque quando vi tudo aquilo. Não sei se minha mentira havia sido tão boa ou se ele caiu por outros motivos. Fui afastado e logo eu seria avaliado por um grupo de psicólogos e psiquiatras para determinar o que aconteceria com a minha carreira. Se eu estaria apto para continuar ou se me colocariam de lado, de fora de toda a emoção. Imediatamente liguei para meu irmão e conversei sobre o que estava prestes a acontecer. Fui instruído a contar a verdade sobre se eu realmente tinha condições de seguir em frente ou não. Pensando no que tinha ocorrido e não tendo informação do que havia me tornado, era melhor eu me manter afastado de todos até entender tudo. Uma ideia veio a minha mente e precisaria da ajuda do meu irmão. Fazendo diferença ou não eu havia lutado muito para conquistar tudo aquilo que eu tinha e não poderia perder, eu me afastaria dos bombeiros porque eu não queria machucar mais ninguém e aproveitaria o ocorrido para conseguir isso. Eu diria que ao ver Ryan morto no chão, aquilo havia me deixado traumatizado e com dificuldades para encarar toda aquela situação, buscaria uma aposentadoria por incapacidade. Para isso acontecer, meu irmão teve que fazer algumas ligações e fazer com que o psicologo e o psiquiatra fosse alguém de sua confiança. Certamente ele ficou devendo favores para me conseguir tudo isso mas foi feito. Eu fui afastado dos bombeiros por incapacidade e ainda receberia uma quantia de aposentadoria.

Após a reunião e todo aquele jogo teatral eu saia do quartel e ia para a casa dos meus pais, eles estavam preocupados e eu precisava acalma-los. Eu recebia um abraço forte de minha mãe que com os olhos cheio de lagrimas segurava minhas mãos enquanto meu pai massageava meus ombros em um sinal de força. Explicava a eles a historia que havia contada para o meu chefe, a decisão tomada pelos psicólogos e meu afastamento por incapacidade. Pedia desculpas pro meu pai de joelhos por não conseguir levar seu legado a frente. Infelizmente eles jamais poderiam saber de toda a verdade, não poderia coloca-los em um mundo onde eu era um iniciante. Passava mais algum tempo recebendo aquele carinho familiar, aquela energia extra. Ao voltar para casa a pé eu comecei a sentir algumas mudanças, na rua eu conseguia sentir cheiros que antes estavam ocultos, escutava conversas de pessoas ao telefone como se eu estivesse do outro lado da linha, enxergava as estrelas de uma forma tão limpa que nem as nuvens conseguiam atrapalhar. Eu estava determinado a saber o que eu havia me tornado, o que aquilo tudo significaria... A literatura por mais fantasiosa que podia ser continham descrições semelhantes com acontecimentos recentes. Foram ótimos guias mas eu precisava saber mais.

Em minhas caminhadas noturnas em busca de conhecimento eu consegui encontrar aquilo que procurava. Fui parar no bairro mais violento da minha cidade. Pelo o que eu me lembrava, o meu agressor possuía uma tatuagem na mão que era uma teia e no pescoço havia um simbolo de gangue local que eu já tinha visto outras vezes. Além dessas duas características eu também tinha um nome, Jack. Acabei não encontrando quem eu queria mas outros que não eram exatamente parecidos comigo, pelo o que eu havia entendido eu ainda parecia um humano, o que era uma grande vantagem nessa cadeia alimentar, eu podia me esconder. Ouvi algo muito superficialmente sobre o grupos rivais, sobre manter o disfarces dos demais e sempre, sempre procurar sobreviver todo e a qualquer custo. Me juntei a esse grupo por algumas noites para absorver mais e mais informação. De inicio não pareciam confiar em mim mas aos poucos eu fui ganhando espaço e com isso consegui o que eu queria.

Passado alguns meses em minha nova vida, hoje eu posso fazer um resumo rápido do que mudou em mim. Aprendi que sou uma criatura da noite, que sou um vampiro, que preciso de sangue para me alimentar e para que eu possa usufruir ao máximo eu tenho que despertar aquilo que me faz sentir vivo, a adrenalina. O melhor método é despertar o medo enquanto suga o sangue, algo violento, visceral. Estar nesse mundo requer atenção redobrada e é melhor você não meter o bedelho onde não foi chamado e caso tenha sido chamado, triplique sua atenção. Meu objetivo agora é manter meus pais e meu irmão afastados de todo esse lado que eu vivo, meu contato hoje é bem menos do que costumava a ser. Ainda esta sendo difícil me desligar por completo. Continuo com uma postura militar para me lembrar da melhor época em que vivi, me mantém humano apesar de fazer coisas que as vezes me pergunto o quanto próximo estou da besta. Sempre que posso tento aprender mais e mais sobre a natureza de tudo isso, de entender até onde posso chegar e o que mais ainda não esta claro pra mim... Apesar de não ser minha minha missão de não vida eu ainda procuro por aquele que me criou, ainda não sei o que faria caso encontrasse com ele... Não sei se o destruiria ou se perguntaria o porque.
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Mensagem por Abigail Seg Jul 08, 2019 11:36 am

Aprovado! Um segundo avaliador virá conferir.
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Mensagem por Kane Sullivan Ter Jul 09, 2019 5:09 pm

Rian escreveu:Aprovado! Um segundo avaliador virá conferir.

Opa, que noticia boa, obrigado Rian!
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Mensagem por Padre Judas Ter Ago 13, 2019 3:48 pm

Boa tarde e seja bem-vindo ao Fórum! Peço desculpas pela demora na avaliação e espero que ainda tenha interesse em continuar com o personagem! Adiciono que temos um grupo no whatsapp do Fórum, onde costumamos socializar e trocar ideias. Se tiver interesse em fazer parte, só me mandar uma MP com seu número que o adicionarei lá. Sem mais delongas...

O personagem tá bem conciso, mas tenho poucos pontos a salientar...

- Contatos: 1 - Contatos é um Antecedente com dupla aplicação. Ele, ao mesmo tempo, representa uma rede de contatos dentro de um nicho e também é personificado em uma pessoa que exerce boa influência dentro desse nicho. Seus contatos também não devem nenhuma lealdade ou amizade ao detentor do Antecedente, sempre exigindo algo em contra partida. Por exemplo, um policial corrupto pode ter contatos no submundo. Ele conheceria vários criminosos e poderia rolar Manipulação + Contatos para tentar obter uma informação relativa ao mundo do crime, além disso ele também poderia se valer de uma relação direta com Jeremias, traficante de renome da área. A relação de Willian e Kane Sullivan é muito mais de amizade e lealdade do que de interesse mútuo, além de Kane não gozar de uma rede de contatos no judiciário. O Antecedente que melhor representaria essa relação seria Aliado. Claro que um Aliado de 1 ponto não seria tão influente quanto um Juiz Federal, que é razoavelmente influente. Você poderia abrir mão de um segundo aliado e concentrar toda a influência de dois níveis de Aliado em Willian e alcançar o efeito desejado.

- Abraço: A descrição do Abraço que você deu não está em conformidade com as regras e cânone no livro. O Abraço ocorre quando o vampiro dá sua Vitae para um mortal que está completamente sem sangue em seu sistema. Quando isso ocorre, o mortal está, invariavelmente, morto (e incapaz de pedir ajuda). Não seria absurdo considerar que um vampiro em frenesi atacou Kane para se alimentar e ao voltar a si e perceber o que fez foi assolado pelo remorso, vindo a abraçá-lo. Contudo, estar dentro de um incêndio mais provavelmente teria incitado um episódio de Medo Vermelho o que forçaria ele a fugir do local ao invés de buscar por alimento.

A pontuação está ok e coerente com a ficha.

Peço que quaisquer alterações no prelúdio sejam destacadas com alguma cor para agilizar a avaliação e evitar que eu precise ler todo o prelúdio toda vez que mudar algo. Fico no aguardo das modificações.
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Mensagem por Kane Sullivan Sáb Ago 17, 2019 12:44 am

Olá Padre, fiz as mudanças que você pediu no preludio. Estão sublinhadas .


Nome: Kane Sullivan
Clã: Caitiff
Natureza: Galante
Comportamento: Caçador de Emoções
Geração: 11º
Refúgio: Apartamento simples
Conceito: Bombeiro

Saldo de XP: 0/0

Atributos

Físicos (7)
- Força: 3
- Destreza: 4 (velocidade)
- Vigor: 3

Sociais (3)
- Carisma: 2
- Manipulação: 2
- Aparência: 4 (sedutora)

Mentais (5)
- Percepção: 3
- Inteligência: 2
- Raciocínio: 3

Habilidades

Talentos (13)
- Prontidão: 2
- Esportes: 2
- Briga: 2
- Esquiva: 2
- Empatia: 2
- Expressão: 0
- Intimidação: 1
- Liderança: 0
- Manha: 1
- Lábia: 2

Perícias (9)
- Empatia c/ Animais: 0
- Ofícios: 0
- Condução: 0
- Etiqueta: 1
- Armas de Fogo: 1
- Armas Brancas: 1
- Performance: 2
- Segurança: 1
- Furtividade: 1
- Sobrevivência: 2

Conhecimentos (5)
- Acadêmicos: 0
- Computador: 1
- Finanças: 0
- Investigação: 1
- Direito: 0
- Linguística: 0
- Medicina: 1
- Ocultismo: 1
- Política: 0
- Ciências: 1

Antecedentes (5)
. Recursos 2
. Geração 2
. Contato 1
(William Sullivan - irmão - juiz federal)

Disciplinas (3)
. Fortitude: 1
. Potência: 1
. Rapidez: 1

Virtudes (7)
- Consciência: 2
- Autocontrole: 3
- Coragem: 5

Humanidade: 5
Força de Vontade: 5

Qualidades (7)
. Sentido Aguçado Audição +1
. Sentido Aguçado Olfato +1
. Sentido Aguçado Visão +1
. Voz Encantadora +2
. Rubor de Saúde +2
. Aura Enganosa +1
. Concentração +1
. Ambidestro +1

Defeitos (7)
. Aperto Dos Amaldiçoados -4
. Vício (adrenalina) -3

Informações do personagem
- Idade antes do abraço: 28
- Idade total: 28
- Data de nascimento: 20/10/1991
- Aparência: 1,80 de altura, aproximadamente uns 90kg, olhos azuis claros, cabelo castanho escuro, barba bem cuidada, cabelo curto, sem tatuagem.
- Personalidade: Sedutor. Gosta de se cuidar, boas roupas, gosta de conversas produtivas. Procura não se meter em brigas, gosta de aprender novas coisas, mantém ainda uma postura de militar, um andar um pouco mais rigido que para os mais atentos irão reconhecer.

Observações
- 3 Pontos Bônus em Qualidades
- 5 Pontos Bônus em Carisma
- 5 Pontos Bônus em Manipulação
- 2 Pontos Bônus em Esportes

6. Prelúdio

Nasci em Columbus, Ohio no ano de 1991. Meu pai, Robert Sullivan, um bombeiro militar de alta patente como havia sido seu pai, sempre exigiu uma educação rígida seguida de regras e castigos para desobediências. Minha mãe, Serena Sullivan deu aulas de canto em algumas universidades e depois preferiu dar aulas particulares em casa. Sempre ouço que minha voz é agradável, forte, falavam para eu investir na carreira de cantor ou de dublagem e isso só foi possível graças aos exercícios diários que minha mãe nos obrigava a fazer para cuidar da voz.  Meu irmão, William Sullivan é cinco anos mais velho e eu o tinha como grande inspiração, tínhamos uma relação de amizade muito grande que hoje se estende para uma pareceria gigantesca. Ele não seguiu na carreira militar, preferiu ajudar de um jeito diferente. Hoje ele é juiz federal, é casado, tem duas filhas lindas e mora em Nova York. Minha mãe era muito religiosa e era normal irmos a igreja aos domingos. Ela fazia a gente ajudar em qualquer festividade, frequentar o coral na qual ela era professora e uma vez por mês nos confessar. Não nasci em berço de ouro mas nunca me faltou nada, tínhamos uma boa casa, morávamos em um condomínio, tive a oportunidade de frequentar uma boa escola, nossa situação financeira de vez em quando ficava entre altos e baixos e tudo isso serviu de base para a minha formação e meus valores.  Eu sempre fui muito agitado, tinha muita energia para gastar e desde criança meu pai viu que devia ser aproveitado então frequentei muitas escolinhas desportivas e na adolescência, na época da escola, cheguei a jogar como quarterback e se levasse a frente poderia me tornar um profissional. Fui sondado por uma agencia de atores e modelos a fazer algumas fotos e quem sabe trabalhar nesse ramo. Naquela época apesar de não ter nenhuma intenção profissional foi bom para ganhar algum dinheiro extra, ajudou em casa e também elevou mais ainda minha fama no colégio e no bairro.

Dia 11 de setembro de 2001 e dia 23 de agosto de 2005. Datas onde jamais poderei esquecer. A primeira foi o dia em que eu comecei a ver meu pai e seu trabalho com outros olhos. Foi a primeira vez que eu vi meu pai com o semblante de preocupação e medo. A segunda data foi quando eu vi minha mãe com mais medo em toda a sua vida. Meu pai foi o comandante chefe de cada ação feita. Foram dias de aflição, medo e incerteza. Foi uma época de união também, depois desse dia eu percebi minha família mais unida. A descoberta do que eu queria seguir profissionalmente foi ao ver o quanto meu pai salvou e ajudou tanta gente, minha admiração já era grande e cresceu ainda mais, na minha cabeça eu já sabia o que ia fazer, daria continuidade ao legado que ele estava deixando. Eu desenvolvi um senso de adrenalina onde sabia que a profissão daria conta dessa minha sede. Bombeiro não tem rotina, horário, descanso, cada chamada é uma diferente. Você faz de tudo para sair vivo e ter uma nova oportunidade. Ao terminar o colégio eu já havia decidido o que iria fazer e como iria fazer. Meu irmão já estava morando em outra cidade e havia chegado a minha hora, eu havia decidido morar mais perto de onde eu serviria e de ter minhas próprias responsabilidades, de começar o meu legado. Mesmo com essas mudanças a gente nunca deixava de se falar, de se ver, era comum irmos visitar nossos pais em dias de folga, almoçarmos todos juntos.

Essa sede de aventura, emoção e adrenalina sempre me fez procurar por novos desafios. Depois que entrei na corporação eu pudi bancar essa loucuras. Comecei a fazer aulas de defesa pessoal por puramente sentir a emoção e o prazer do desafio. Fui em um estande de tiro e tive alguma noção de como segurar uma arma, como mirar e qual era a sensação do impacto ao apertar o gatilho. Fiz escaladas, acampei algumas vezes com amigos de infância e desenvolvi alguns hobbys. Como minha mãe era professora de canto e eu frequentei o coral da igreja por alguns anos, a musica como um todo me trazia um pouco de paz de espirito então de vez em quando eu cantava no Karaoke junto com os amigos do quartel e dei inicio a aulas de guitarras com um amigo da escola. Sempre procurei ser saudável, me vestir bem e ter uma aparência boa. Sempre tive um cuidado rígido na alimentação e procurava sempre trabalhar o corpo e a mente igualmente. O ultimo livro que havia lido era A arte da guerra. Eu gostava de sair um pouco dessa agitação e impeto que eu vivia para me concentrar em algo mais calmo, que me faria refletir.

Quando meu pai anunciou sua aposentadoria era possível ver no rosto de cada um daqueles bombeiros a emoção e o prazer que tinha ele te-lo com líder. Já estava na hora do velho poder descansar e poder ter uma vida mais tranquila ao lado de minha mãe. Eu por um lado ficava feliz porque depois de muito tempo ele poderia descansar e triste em saber que não teria mais sua companhia e seu auxilio. Como um Sullivan a pressão em minhas costas cresceram pois eu seria o homem a continuar o legado. Eu nunca fui líder igual ao meu pai, sempre fui um soldado que obedecia e procurava fazer as coisas da melhor maneira possível. Eu tinha a força necessária e a habilidade certa para executar com perfeição cada ordem posta. Para ser um bombeiro não precisa só de coragem e sim um conjunto de habilidades para lidar com o desconhecido e com o inesperado. Tinha que possuir uma grande concentração diante dos acontecimentos e isso não se aprendia em curso e sim na vivencia, na experiencia. Demorei algum tempo para conseguir deixar as coisas do lado de fora não atrapalharem meu real objetivo.

Dia 25 de outubro de 2018. Recebemos uma chamada. Um prédio estava em chamas e possíveis vitimas ainda estavam no recinto. Em poucos minutos nós saiamos com as sirenes ligadas e chegávamos ao nosso destino. O prédio era de uma fabrica que estava para ser derrubado mas mendigos o faziam de abrigo, principalmente no frio. O fogo se alastrava rapidamente e nossa ação tinha que ser rápida para evitar que aquilo piorasse. As mangueiras eram ligadas, nosso foco era não deixar que atingisse o lado norte da fabrica que era onde tinha possíveis substancias que poderiam piorar ou até explodir aquilo tudo. Depois de árduos minutos conseguimos fazer com o que o fogo chegasse a quase zero e nossa próxima ação era entrar na fabrica e ver se haviam feridos ou possíveis mortes. Eu entrava. A gente se separava com cuidado para cobrir áreas maiores em menor tempo. O lado oeste da fabrica permaneceu intacto e se alguém sobreviveu podia ter procurado abrigo por ali, ao chegar me deparei com um cenário de pouca visibilidade e silencioso. - Olá, alguém ai? É do corpo do bombeiro, viemos ajudar - eu gritava. Pelo walkie talkie eu descrevia como estava o lugar e onde estava - Aqui é Sullivan no lado oeste. Visibilidade media, por enquanto não achei ninguém. Sem foco de incêndio. Over - Lembro de que assim de ter terminado de relatar a situação eu via um vulto passando de um lado para o outro - Olá, esta tudo bem, precisa de ajuda? Eu posso ajuda-lo. - Me aproximava devagar pois a pessoa podia estar em choque e qualquer movimento brusco poderia alerta-la. Conseguia enxergar o desconhecido de cocoras encolhido na parede, eu me aproximava devagar colocando uma das mãos em suas costas e me agachando devagar para tentar ter algum contato visual. Notava que sua roupa estava bastante suja e que seu braço esquerdo estava bem ferido. - Esta tudo bem, esta tudo bem... Vou fazer um curativo no seu braço, ok? Você deixa? - Tentava sempre manter a voz serena para demonstrar que não precisava mais ter medo. Ao ver que o desconhecido balançava a cabeça consentindo eu abria o kit de primeiro socorros. Ao olhar para baixo para pegar o material aquele ser pulava em cima de mim e encravava seus dentes em meu pescoço. Eu tentava resistir, me debatia, gritava mas parecia que quanto mais eu resistia mais aquela criatura gostava. Minhas forças foram diminuindo, minha consciência ia apagando, meus olhos se reviravam e minha ultima lembrança era de mais alguém vindo que a principio pensei que estivesse a salvo, que era um companheiro mas a verdade era alguém que conhecia aquele desgraçado

- Droga Jack! Droga! Vamos embora antes que aquele cara volte!
- Maldito seja...
- Vamos embora Jack, anda!

Hoje eu entendo o que realmente aconteceu. Aquela área estava desabitada, a fabrica havia ido a falência e o terreno ia para leilão. O que eles fizeram, incendiaram o lugar para que ele então ficasse mais barato para quem o comprasse não pagasse um preço tão alto. Meses depois saiu no jornal a reportagem sobre a compra, só não deram o nome do comprador obviamente. O braço do tal de Jack havia sido queimado porque alguém tentou impedir, ele se machucou e usou a força do sangue para curar os ferimentos. Quando me viu me tirou a vida, me sugou até a morte por mais que não precisasse. O que ele não contava era que aquele que o tentava impedir mais cedo viesse ao meu resgate. Um desconhecido usando um sobretudo marrom se aproximava de mim, verificava meus pertences, falava alguma coisa em um outro idioma com alguém e depois de alguns segundos ele  me oferecia seu sangue. Cortava um de seus pulsos e derramava seu sangue em minha boca. Não consigo descrever o gosto que aquilo tinha, só sei que era algo viciante. O melhor exemplo que eu posso lhe dar é como se você estivesse no meio do deserto e alguém lhe oferecesse uma água bem gelada. O barulho de alguém se aproximando, gritando meu nome fazia com o que aquele ser desaparecesse rapidamente. Daquele momento em diante eu havia me tornado um ser a mercê do destino. Sedente por mais sangue, minha primeira vitima era aquele que tinha vindo em meu resgate. Ele se aproximava assustado, tentava manter algum contato mas só de ouvir os batimentos de seu coração algo me levava a fazer a mesma ação que o desconhecido fazia, eu pulava em seu pescoço e sugava todo seu sangue, algo parecia ter me possuído e quando eu recobrei a consciência eu vi o que tinha feito. Assustado e com medo do que havia acontecido comigo eu fugi, eu voltei para o meu apartamento sem falar com ninguém. Me trancava assim que chegava, fechava as cortinas e ligava o chuveiro. O sangue escorria pelo ralo enquanto eu chorava e tentava entender o que estava acontecendo comigo. Meu celular não parava de tocar. Mensagens não paravam de chegar. Por mais que eu não atendesse de imediato eu poderia muito bem saber o teor de toda aquela agitação, meu desaparecimento e o corpo de Ryan. Como eu explicaria aquilo tudo, como eu sairia dessa.

Lembro de ter ido deitar depois daquele longo banho, eu simplesmente apagava e só acordava no outro dia, no fim da tarde. Eu me sentia bem, me sentia forte, apesar de sentir um incomodo, como se fosse uma fome crescendo. Com a cabeça um pouco melhor eu sabia que devia tratar daquilo o mais rápido possível. Eu me arrumava e ia para o quartel. Chegava em poucos minutos e todos vinham saber como eu estava, eu mentia dizendo que estava tudo bem, que estava me sentindo melhor e que assim que eu falasse com o chefe eu desceria e explicaria tudo o que havia rolado. Ryan havia sido enterrado naquela manhã, o clima estava pesado e todos queriam uma resposta. Na sala do chefe eu menti novamente, não foi difícil, precisei ocultar o que nem eu entendia, colocar a culpa em um terceiro e falar que entrei em choque quando vi tudo aquilo. Não sei se minha mentira havia sido tão boa ou se ele caiu por outros motivos. Fui afastado e logo eu seria avaliado por um grupo de psicólogos e psiquiatras para determinar o que aconteceria com a minha carreira. Se eu estaria apto para continuar ou se me colocariam de lado, de fora de toda a emoção. Imediatamente liguei para meu irmão e conversei sobre o que estava prestes a acontecer. Fui instruído a contar a verdade sobre se eu realmente tinha condições de seguir em frente ou não. Pensando no que tinha ocorrido e não tendo informação do que havia me tornado, era melhor eu me manter afastado de todos até entender tudo. Uma ideia veio a minha mente e precisaria da ajuda do meu irmão. Fazendo diferença ou não eu havia lutado muito para conquistar tudo aquilo que eu tinha e não poderia perder, eu me afastaria dos bombeiros porque eu não queria machucar mais ninguém e aproveitaria o ocorrido para conseguir isso. Eu diria que ao ver Ryan morto no chão, aquilo havia me deixado traumatizado e com dificuldades para encarar toda aquela situação, buscaria uma aposentadoria por incapacidade. Passando alguns dias, eu me mantive afastado do quartel e tive um tempo melhor para me acostumar e pensar em alguma coisa para fazer. Com a data marcada da avaliação eu liguei para o meu irmão e pedi para que ele me ajudasse com alguma informação, o que ele conseguisse. Por sorte, ele me mandou o nome do avaliador que estava encarregado da avaliação, um favor que até hoje não sei como retribuir. Com o nome em mãos eu joguei na internet e tentei descobrir algumas informações que me ajudassem a encontra-lo. Em uma rede social, pude notar que ele muito frequentava um bar. Fotos, localização e marcações de vários momentos... Essa seria minha primeira pista. Já obtendo o conhecimento de quem ele era e de seus costumes, eu comecei a montar um cerco para acha-lo. No bar eu fui direto ao barman e perguntei pelo senhor Aaron Frost, se ele se encontrava no local ou se havia vindo algum outro dia próximo. O cara perguntava a um outro, que perguntava ao segurança até que um cara lembrava desse nome... O apelido dele era 'mosca', por sempre ficar em cima da mulherada e nunca conseguir nada. Ele costumava ir aos sabados que era noite da cerveja em dobro, sempre ia com o mesmo grupo de amigos e gostava de se sentar proximo ao bar. Meu plano começava a dar inicio. Primeiro eu contratava uma garota de programa para o próximo sábado, ela me encontraria no bar e eu mandava as características de Aaron e sua foto para ela, avisava que em momento algum era para ela falar quem era, eu queria realizar um fetiche de que alguém me abordasse na frente dos meus amigos e me levasse pra minha casa.
Sabado a noite, por volta das 21hrs ele chegava com seus amigos, eu havia marcado por volta de meia noite. Daria tempo para ele tomar umas e outras, tomar uns foras e nem desconfiar de nada quando a garota chegasse. Me mantinha afastado porém em um angulo que pudesse mante-lo em minha visão. Toda e qualquer interação eu cortava, educadamente. O celular vibrava, dava meia noite. Aaron já estava bem animado, já havia tomado alguns foras e seus amigos já tinham lhe zoado bastante. Havia pedido para que a garota fosse com a sua roupa mais ousada e sexy. Ela adentrava chamando a atenção de quase todos, homens e mulheres. Aaron ainda não tinha visto pois estava de costas para a porta... Ela o procurava, andava entre a multidão, dançava, andava... Até que o achava. Ia em sua direção com um andar rebolativo, se aproximava dançando, chamando sua atenção, ele caia. Os amigos não acreditavam naquilo. Ela o abraçava e roçava, pegava sua mão e fazia percorrer todo seu corpo... Ela era boa... Vinte minutos depois ela o pegava pela mão e o puxava para fora do bar, os amigos gritavam exaltados com tudo aquilo que havia rolado, eu os seguia. Aaron já não estava acreditando em tudo aquilo, estava meio bebado e entrava em um taxi para ir para a casa... Eu o seguia. Morava em um predio de dez andares, seu apartamento era o 504. Esperava eles terem tempo de pelo menos começarem algo. Eu passava pela portaria sem nenhuma dificuldade, ia pelas escadas, subia, chegava em frente a sua porta e tentava ouvir algo. Gemidos e mais gemidos. Era Aaron. Girava a maçaneta, estava aberta, entrava devagar e me dirigia para o quarto. Eles estavam transando. Pegava o celular e tirava fotos e fazia algumas filmagens. Havia um detalhe que eu não havia contado e parecia que Aaron não tinha percebido, a menina que eu contratava era travesti. Se algo desse tipo caisse em mãos erradas ele poderia até ser mandado embora. Infelizmente as pessoas tinham preconceitos e eu me beneficiaria disso. Apagava as luzes no registro geral, fazendo que ele se levantasse para ir averiguar o que estava rolando. Noite fria, sem aquecedor as coisas poderiam não dar tão certo. Eu me encontrava no sofa da sala, sentado. Aaron saia do quarto, passava pela sala e ia até a cozinha, ascendia o registro e ao voltar para a sala se assustava com a minha presença. Eu estava usando um boné para tampar o rosto, um casaco grande e luvas.

- Aaron Frost - Mudava a voz. - Tenho uma ordem para você.
- Ordem? Quem é você, como entrou aqui ? Se não sair agora eu vou chamar a policia.

A menina assustada ia até a sala, já se encontrava vestida e estava pronta para ir embora, poucos eram os corajosos que ficavam com dois loucos dentro de um comodo.

- Você tem uma reunião importante amanhã na qual era conceder o que foi pedido. Se isso não acontecer seu sexo com a travesti que acabou de sair aqui será espalhado na rede. Esteja avisado! - com a voz alterada e em um tom ameaçador.
- O que? Como vc sabe disso, quem é vc... - Pegava o celular já para ligar para a policia.

Ao ver sua tela de bloqueio, avistava uma foto com conteúdo sexual de seu recente feito onde dava para ver nitidamente todos os detalhes daquele belo casal. O aviso havia sido dado, agora era torcer para que tudo aquilo desse certo. Saia do comodo deixando o homem pensativo e com o coração acelerado. Fechava a porta e a duvida se mantinha presente, sera que foi feito de tudo para que saisse do jeito que eu queria? Encontrava a garota de programa nas escadas da portaria que dava pra rua. Dava a ela o dinheiro de seu trabalho e mais um extra para qualquer eventualidade. Voltava pra casa aproveitando a noite fria, pensando no que o futuro me reservaria.

Após a reunião eu saia do quartel e ia para a casa dos meus pais, eles estavam preocupados e eu precisava acalma-los. Eu recebia um abraço forte de minha mãe que com os olhos cheio de lagrimas segurava minhas mãos enquanto meu pai massageava meus ombros em um sinal de força. Explicava a eles a historia que havia contada para o meu chefe, a decisão tomada pelo psicólogo e meu afastamento por incapacidade. Pedia desculpas pro meu pai de joelhos por não conseguir levar seu legado a frente. Infelizmente eles jamais poderiam saber de toda a verdade, não poderia coloca-los em um mundo onde eu era um iniciante. Passava mais algum tempo recebendo aquele carinho familiar, aquela energia extra. Ao voltar para casa a pé eu comecei a sentir algumas mudanças, na rua eu conseguia sentir cheiros que antes estavam ocultos, escutava conversas de pessoas ao telefone como se eu estivesse do outro lado da linha, enxergava as estrelas de uma forma tão limpa que nem as nuvens conseguiam atrapalhar. Eu estava determinado a saber o que eu havia me tornado, o que aquilo tudo significaria... A literatura por mais fantasiosa que podia ser continham descrições semelhantes com acontecimentos recentes. Foram ótimos guias mas eu precisava saber mais.

Em minhas caminhadas noturnas em busca de conhecimento eu consegui encontrar aquilo que procurava. Fui parar no bairro mais violento da minha cidade. Pelo o que eu me lembrava, o meu agressor possuía uma tatuagem na mão que era uma teia e no pescoço havia um simbolo de gangue local que eu já tinha visto outras vezes. Além dessas duas características eu também tinha um nome, Jack. Acabei não encontrando quem eu queria mas outros que não eram exatamente parecidos comigo, pelo o que eu havia entendido eu ainda parecia um humano, o que era uma grande vantagem nessa cadeia alimentar, eu podia me esconder. Ouvi algo muito superficialmente sobre o grupos rivais, sobre manter o disfarces dos demais e sempre, sempre procurar sobreviver todo e a qualquer custo. Me juntei a esse grupo por algumas noites para absorver mais e mais informação. De inicio não pareciam confiar em mim mas aos poucos eu fui ganhando espaço e com isso consegui o que eu queria.

Passado alguns meses em minha nova vida, hoje eu posso fazer um resumo rápido do que mudou em mim. Aprendi que sou uma criatura da noite, que sou um vampiro, que preciso de sangue para me alimentar e para que eu possa usufruir ao máximo eu tenho que despertar aquilo que me faz sentir vivo, a adrenalina. O melhor método é despertar o medo enquanto suga o sangue, algo violento, visceral. Estar nesse mundo requer atenção redobrada e é melhor você não meter o bedelho onde não foi chamado e caso tenha sido chamado, triplique sua atenção. Meu objetivo agora é manter meus pais e meu irmão afastados de todo esse lado que eu vivo, meu contato hoje é bem menos do que costumava a ser. Ainda esta sendo difícil me desligar por completo. Continuo com uma postura militar para me lembrar da melhor época em que vivi, me mantém humano apesar de fazer coisas que as vezes me pergunto o quanto próximo estou da besta. Sempre que posso tento aprender mais e mais sobre a natureza de tudo isso, de entender até onde posso chegar e o que mais ainda não esta claro pra mim... Apesar de não ser minha minha missão de não vida eu ainda procuro por aquele que me criou, ainda não sei o que faria caso encontrasse com ele... Não sei se o destruiria ou se perguntaria o porque.
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Mensagem por Padre Judas Ter Set 17, 2019 7:31 pm

Boa noite. Novamente desculpas pela demora.

Abraço, ok.

Não precisava explicar como conseguiu aposentadoria por invalidez, deixou o prelúdio muito extenso e cansativo.

William ainda consta como Contato ao invés de Aliado. Esqueceu de alterar ou quer explicar as razões de ter mantido?
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Mensagem por Kane Sullivan Qua Set 18, 2019 7:53 am

Padre Judas escreveu:Boa noite. Novamente desculpas pela demora.

Abraço, ok.

Não precisava explicar como conseguiu aposentadoria por invalidez, deixou o prelúdio muito extenso e cansativo.

William ainda consta como Contato ao invés de Aliado. Esqueceu de alterar ou quer explicar as razões de ter mantido?

É, eu pequei por mais, desculpe! Ele continua como contato, só alterei como a ajuda foi dada que foi com uma informação, nada demais. Eu quis manter como contato pela justificativa de que apesar de ser alguém proximo, o estado atual dele pode ser perigoso e o afastamento resultou em uma distancia. Tentei colocar uma logica com tudo e acredito que faça sentido hehehehe.
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Mensagem por Padre Judas Qua Set 18, 2019 4:52 pm

Kane Sullivan escreveu:
Padre Judas escreveu:Boa noite. Novamente desculpas pela demora.

Abraço, ok.

Não precisava explicar como conseguiu aposentadoria por invalidez, deixou o prelúdio muito extenso e cansativo.

William ainda consta como Contato ao invés de Aliado. Esqueceu de alterar ou quer explicar as razões de ter mantido?

É, eu pequei por mais, desculpe! Ele continua como contato, só alterei como a ajuda foi dada que foi com uma informação, nada demais. Eu quis manter como contato pela justificativa de que apesar de ser alguém proximo, o estado atual dele pode ser perigoso e o afastamento resultou em uma distancia. Tentei colocar uma logica com tudo e acredito que faça sentido hehehehe.

Ele pode ter ajudado com uma informação no passado, mas será que no futuro ele não se esforçaria mais para ajudar o próprio irmão caso fosse necessário? Além disso, Kane também não dispõe de uma rede de contatos, o que inviabiliza esse antecedentes. O melhor é trocar por Aliado mesmo. Você terá os efeitos que imagina, só muda o nome do Antecedente.
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Mensagem por Kane Sullivan Qua Set 18, 2019 7:10 pm

Padre Judas escreveu:
Kane Sullivan escreveu:
Padre Judas escreveu:Boa noite. Novamente desculpas pela demora.

Abraço, ok.

Não precisava explicar como conseguiu aposentadoria por invalidez, deixou o prelúdio muito extenso e cansativo.

William ainda consta como Contato ao invés de Aliado. Esqueceu de alterar ou quer explicar as razões de ter mantido?

É, eu pequei por mais, desculpe! Ele continua como contato, só alterei como a ajuda foi dada que foi com uma informação, nada demais. Eu quis manter como contato pela justificativa de que apesar de ser alguém proximo, o estado atual dele pode ser perigoso e o afastamento resultou em uma distancia. Tentei colocar uma logica com tudo e acredito que faça sentido hehehehe.

Ele pode ter ajudado com uma informação no passado, mas será que no futuro ele não se esforçaria mais para ajudar o próprio irmão caso fosse necessário? Além disso, Kane também não dispõe de uma rede de contatos, o que inviabiliza esse antecedentes. O melhor é trocar por Aliado mesmo. Você terá os efeitos que imagina, só muda o nome do Antecedente.

Ok! Tá bom! Repostando a ficha com a troca de antecedentes.

Nome: Kane Sullivan
Clã: Caitiff
Natureza: Galante
Comportamento: Caçador de Emoções
Geração: 11º
Refúgio: Apartamento simples
Conceito: Bombeiro

Saldo de XP: 0/0

Atributos

Físicos (7)
- Força: 3
- Destreza: 4 (velocidade)
- Vigor: 3

Sociais (3)
- Carisma: 2
- Manipulação: 2
- Aparência: 4 (sedutora)

Mentais (5)
- Percepção: 3
- Inteligência: 2
- Raciocínio: 3

Habilidades

Talentos (13)
- Prontidão: 2
- Esportes: 2
- Briga: 2
- Esquiva: 2
- Empatia: 2
- Expressão: 0
- Intimidação: 1
- Liderança: 0
- Manha: 1
- Lábia: 2

Perícias (9)
- Empatia c/ Animais: 0
- Ofícios: 0
- Condução: 0
- Etiqueta: 1
- Armas de Fogo: 1
- Armas Brancas: 1
- Performance: 2
- Segurança: 1
- Furtividade: 1
- Sobrevivência: 2

Conhecimentos (5)
- Acadêmicos: 0
- Computador: 1
- Finanças: 0
- Investigação: 1
- Direito: 0
- Linguística: 0
- Medicina: 1
- Ocultismo: 1
- Política: 0
- Ciências: 1

Antecedentes (5)
. Recursos: 2
. Geração: 2
. Aliado: 1
(William Sullivan - irmão - juiz federal)

Disciplinas (3)
. Fortitude: 1
. Potência: 1
. Rapidez: 1

Virtudes (7)
- Consciência: 2
- Autocontrole: 3
- Coragem: 5

Humanidade: 5
Força de Vontade: 5

Qualidades (7)
. Sentido Aguçado Audição +1
. Sentido Aguçado Olfato +1
. Sentido Aguçado Visão +1
. Voz Encantadora +2
. Rubor de Saúde +2
. Aura Enganosa +1
. Concentração +1
. Ambidestro +1

Defeitos (7)
. Aperto Dos Amaldiçoados -4
. Vício (adrenalina) -3

Informações do personagem
- Idade antes do abraço: 28
- Idade total: 28
- Data de nascimento: 20/10/1991
- Aparência: 1,80 de altura, aproximadamente uns 90kg, olhos azuis claros, cabelo castanho escuro, barba bem cuidada, cabelo curto, sem tatuagem.
- Personalidade: Sedutor. Gosta de se cuidar, boas roupas, gosta de conversas produtivas. Procura não se meter em brigas, gosta de aprender novas coisas, mantém ainda uma postura de militar, um andar um pouco mais rigido que para os mais atentos irão reconhecer.

Observações
- 3 Pontos Bônus em Qualidades
- 5 Pontos Bônus em Carisma
- 5 Pontos Bônus em Manipulação
- 2 Pontos Bônus em Esportes

6. Prelúdio

Nasci em Columbus, Ohio no ano de 1991. Meu pai, Robert Sullivan, um bombeiro militar de alta patente como havia sido seu pai, sempre exigiu uma educação rígida seguida de regras e castigos para desobediências. Minha mãe, Serena Sullivan deu aulas de canto em algumas universidades e depois preferiu dar aulas particulares em casa. Sempre ouço que minha voz é agradável, forte, falavam para eu investir na carreira de cantor ou de dublagem e isso só foi possível graças aos exercícios diários que minha mãe nos obrigava a fazer para cuidar da voz. Meu irmão, William Sullivan é cinco anos mais velho e eu o tinha como grande inspiração, tínhamos uma relação de amizade muito grande que hoje se estende para uma pareceria gigantesca. Ele não seguiu na carreira militar, preferiu ajudar de um jeito diferente. Hoje ele é juiz federal, é casado, tem duas filhas lindas e mora em Nova York. Minha mãe era muito religiosa e era normal irmos a igreja aos domingos. Ela fazia a gente ajudar em qualquer festividade, frequentar o coral na qual ela era professora e uma vez por mês nos confessar. Não nasci em berço de ouro mas nunca me faltou nada, tínhamos uma boa casa, morávamos em um condomínio, tive a oportunidade de frequentar uma boa escola, nossa situação financeira de vez em quando ficava entre altos e baixos e tudo isso serviu de base para a minha formação e meus valores. Eu sempre fui muito agitado, tinha muita energia para gastar e desde criança meu pai viu que devia ser aproveitado então frequentei muitas escolinhas desportivas e na adolescência, na época da escola, cheguei a jogar como quarterback e se levasse a frente poderia me tornar um profissional. Fui sondado por uma agencia de atores e modelos a fazer algumas fotos e quem sabe trabalhar nesse ramo. Naquela época apesar de não ter nenhuma intenção profissional foi bom para ganhar algum dinheiro extra, ajudou em casa e também elevou mais ainda minha fama no colégio e no bairro.

Dia 11 de setembro de 2001 e dia 23 de agosto de 2005. Datas onde jamais poderei esquecer. A primeira foi o dia em que eu comecei a ver meu pai e seu trabalho com outros olhos. Foi a primeira vez que eu vi meu pai com o semblante de preocupação e medo. A segunda data foi quando eu vi minha mãe com mais medo em toda a sua vida. Meu pai foi o comandante chefe de cada ação feita. Foram dias de aflição, medo e incerteza. Foi uma época de união também, depois desse dia eu percebi minha família mais unida. A descoberta do que eu queria seguir profissionalmente foi ao ver o quanto meu pai salvou e ajudou tanta gente, minha admiração já era grande e cresceu ainda mais, na minha cabeça eu já sabia o que ia fazer, daria continuidade ao legado que ele estava deixando. Eu desenvolvi um senso de adrenalina onde sabia que a profissão daria conta dessa minha sede. Bombeiro não tem rotina, horário, descanso, cada chamada é uma diferente. Você faz de tudo para sair vivo e ter uma nova oportunidade. Ao terminar o colégio eu já havia decidido o que iria fazer e como iria fazer. Meu irmão já estava morando em outra cidade e havia chegado a minha hora, eu havia decidido morar mais perto de onde eu serviria e de ter minhas próprias responsabilidades, de começar o meu legado. Mesmo com essas mudanças a gente nunca deixava de se falar, de se ver, era comum irmos visitar nossos pais em dias de folga, almoçarmos todos juntos.

Essa sede de aventura, emoção e adrenalina sempre me fez procurar por novos desafios. Depois que entrei na corporação eu pudi bancar essa loucuras. Comecei a fazer aulas de defesa pessoal por puramente sentir a emoção e o prazer do desafio. Fui em um estande de tiro e tive alguma noção de como segurar uma arma, como mirar e qual era a sensação do impacto ao apertar o gatilho. Fiz escaladas, acampei algumas vezes com amigos de infância e desenvolvi alguns hobbys. Como minha mãe era professora de canto e eu frequentei o coral da igreja por alguns anos, a musica como um todo me trazia um pouco de paz de espirito então de vez em quando eu cantava no Karaoke junto com os amigos do quartel e dei inicio a aulas de guitarras com um amigo da escola. Sempre procurei ser saudável, me vestir bem e ter uma aparência boa. Sempre tive um cuidado rígido na alimentação e procurava sempre trabalhar o corpo e a mente igualmente. O ultimo livro que havia lido era A arte da guerra. Eu gostava de sair um pouco dessa agitação e impeto que eu vivia para me concentrar em algo mais calmo, que me faria refletir.

Quando meu pai anunciou sua aposentadoria era possível ver no rosto de cada um daqueles bombeiros a emoção e o prazer que tinha ele te-lo com líder. Já estava na hora do velho poder descansar e poder ter uma vida mais tranquila ao lado de minha mãe. Eu por um lado ficava feliz porque depois de muito tempo ele poderia descansar e triste em saber que não teria mais sua companhia e seu auxilio. Como um Sullivan a pressão em minhas costas cresceram pois eu seria o homem a continuar o legado. Eu nunca fui líder igual ao meu pai, sempre fui um soldado que obedecia e procurava fazer as coisas da melhor maneira possível. Eu tinha a força necessária e a habilidade certa para executar com perfeição cada ordem posta. Para ser um bombeiro não precisa só de coragem e sim um conjunto de habilidades para lidar com o desconhecido e com o inesperado. Tinha que possuir uma grande concentração diante dos acontecimentos e isso não se aprendia em curso e sim na vivencia, na experiencia. Demorei algum tempo para conseguir deixar as coisas do lado de fora não atrapalharem meu real objetivo.

Dia 25 de outubro de 2018. Recebemos uma chamada. Um prédio estava em chamas e possíveis vitimas ainda estavam no recinto. Em poucos minutos nós saiamos com as sirenes ligadas e chegávamos ao nosso destino. O prédio era de uma fabrica que estava para ser derrubado mas mendigos o faziam de abrigo, principalmente no frio. O fogo se alastrava rapidamente e nossa ação tinha que ser rápida para evitar que aquilo piorasse. As mangueiras eram ligadas, nosso foco era não deixar que atingisse o lado norte da fabrica que era onde tinha possíveis substancias que poderiam piorar ou até explodir aquilo tudo. Depois de árduos minutos conseguimos fazer com o que o fogo chegasse a quase zero e nossa próxima ação era entrar na fabrica e ver se haviam feridos ou possíveis mortes. Eu entrava. A gente se separava com cuidado para cobrir áreas maiores em menor tempo. O lado oeste da fabrica permaneceu intacto e se alguém sobreviveu podia ter procurado abrigo por ali, ao chegar me deparei com um cenário de pouca visibilidade e silencioso. - Olá, alguém ai? É do corpo do bombeiro, viemos ajudar - eu gritava. Pelo walkie talkie eu descrevia como estava o lugar e onde estava - Aqui é Sullivan no lado oeste. Visibilidade media, por enquanto não achei ninguém. Sem foco de incêndio. Over - Lembro de que assim de ter terminado de relatar a situação eu via um vulto passando de um lado para o outro - Olá, esta tudo bem, precisa de ajuda? Eu posso ajuda-lo. - Me aproximava devagar pois a pessoa podia estar em choque e qualquer movimento brusco poderia alerta-la. Conseguia enxergar o desconhecido de cocoras encolhido na parede, eu me aproximava devagar colocando uma das mãos em suas costas e me agachando devagar para tentar ter algum contato visual. Notava que sua roupa estava bastante suja e que seu braço esquerdo estava bem ferido. - Esta tudo bem, esta tudo bem... Vou fazer um curativo no seu braço, ok? Você deixa? - Tentava sempre manter a voz serena para demonstrar que não precisava mais ter medo. Ao ver que o desconhecido balançava a cabeça consentindo eu abria o kit de primeiro socorros. Ao olhar para baixo para pegar o material aquele ser pulava em cima de mim e encravava seus dentes em meu pescoço. Eu tentava resistir, me debatia, gritava mas parecia que quanto mais eu resistia mais aquela criatura gostava. Minhas forças foram diminuindo, minha consciência ia apagando, meus olhos se reviravam e minha ultima lembrança era de mais alguém vindo que a principio pensei que estivesse a salvo, que era um companheiro mas a verdade era alguém que conhecia aquele desgraçado

- Droga Jack! Droga! Vamos embora antes que aquele cara volte!
- Maldito seja...
- Vamos embora Jack, anda!

Hoje eu entendo o que realmente aconteceu. Aquela área estava desabitada, a fabrica havia ido a falência e o terreno ia para leilão. O que eles fizeram, incendiaram o lugar para que ele então ficasse mais barato para quem o comprasse não pagasse um preço tão alto. Meses depois saiu no jornal a reportagem sobre a compra, só não deram o nome do comprador obviamente. O braço do tal de Jack havia sido queimado porque alguém tentou impedir, ele se machucou e usou a força do sangue para curar os ferimentos. Quando me viu me tirou a vida, me sugou até a morte por mais que não precisasse. O que ele não contava era que aquele que o tentava impedir mais cedo viesse ao meu resgate. Um desconhecido usando um sobretudo marrom se aproximava de mim, verificava meus pertences, falava alguma coisa em um outro idioma com alguém e depois de alguns segundos ele me oferecia seu sangue. Cortava um de seus pulsos e derramava seu sangue em minha boca. Não consigo descrever o gosto que aquilo tinha, só sei que era algo viciante. O melhor exemplo que eu posso lhe dar é como se você estivesse no meio do deserto e alguém lhe oferecesse uma água bem gelada. O barulho de alguém se aproximando, gritando meu nome fazia com o que aquele ser desaparecesse rapidamente. Daquele momento em diante eu havia me tornado um ser a mercê do destino. Sedente por mais sangue, minha primeira vitima era aquele que tinha vindo em meu resgate. Ele se aproximava assustado, tentava manter algum contato mas só de ouvir os batimentos de seu coração algo me levava a fazer a mesma ação que o desconhecido fazia, eu pulava em seu pescoço e sugava todo seu sangue, algo parecia ter me possuído e quando eu recobrei a consciência eu vi o que tinha feito. Assustado e com medo do que havia acontecido comigo eu fugi, eu voltei para o meu apartamento sem falar com ninguém. Me trancava assim que chegava, fechava as cortinas e ligava o chuveiro. O sangue escorria pelo ralo enquanto eu chorava e tentava entender o que estava acontecendo comigo. Meu celular não parava de tocar. Mensagens não paravam de chegar. Por mais que eu não atendesse de imediato eu poderia muito bem saber o teor de toda aquela agitação, meu desaparecimento e o corpo de Ryan. Como eu explicaria aquilo tudo, como eu sairia dessa.

Lembro de ter ido deitar depois daquele longo banho, eu simplesmente apagava e só acordava no outro dia, no fim da tarde. Eu me sentia bem, me sentia forte, apesar de sentir um incomodo, como se fosse uma fome crescendo. Com a cabeça um pouco melhor eu sabia que devia tratar daquilo o mais rápido possível. Eu me arrumava e ia para o quartel. Chegava em poucos minutos e todos vinham saber como eu estava, eu mentia dizendo que estava tudo bem, que estava me sentindo melhor e que assim que eu falasse com o chefe eu desceria e explicaria tudo o que havia rolado. Ryan havia sido enterrado naquela manhã, o clima estava pesado e todos queriam uma resposta. Na sala do chefe eu menti novamente, não foi difícil, precisei ocultar o que nem eu entendia, colocar a culpa em um terceiro e falar que entrei em choque quando vi tudo aquilo. Não sei se minha mentira havia sido tão boa ou se ele caiu por outros motivos. Fui afastado e logo eu seria avaliado por um grupo de psicólogos e psiquiatras para determinar o que aconteceria com a minha carreira. Se eu estaria apto para continuar ou se me colocariam de lado, de fora de toda a emoção. Imediatamente liguei para meu irmão e conversei sobre o que estava prestes a acontecer. Fui instruído a contar a verdade sobre se eu realmente tinha condições de seguir em frente ou não. Pensando no que tinha ocorrido e não tendo informação do que havia me tornado, era melhor eu me manter afastado de todos até entender tudo. Uma ideia veio a minha mente e precisaria da ajuda do meu irmão. Fazendo diferença ou não eu havia lutado muito para conquistar tudo aquilo que eu tinha e não poderia perder, eu me afastaria dos bombeiros porque eu não queria machucar mais ninguém e aproveitaria o ocorrido para conseguir isso. Eu diria que ao ver Ryan morto no chão, aquilo havia me deixado traumatizado e com dificuldades para encarar toda aquela situação, buscaria uma aposentadoria por incapacidade. Passando alguns dias, eu me mantive afastado do quartel e tive um tempo melhor para me acostumar e pensar em alguma coisa para fazer. Com a data marcada da avaliação eu liguei para o meu irmão e pedi para que ele me ajudasse com alguma informação, o que ele conseguisse. Por sorte, ele me mandou o nome do avaliador que estava encarregado da avaliação, um favor que até hoje não sei como retribuir. Com o nome em mãos eu joguei na internet e tentei descobrir algumas informações que me ajudassem a encontra-lo. Em uma rede social, pude notar que ele muito frequentava um bar. Fotos, localização e marcações de vários momentos... Essa seria minha primeira pista. Já obtendo o conhecimento de quem ele era e de seus costumes, eu comecei a montar um cerco para acha-lo. No bar eu fui direto ao barman e perguntei pelo senhor Aaron Frost, se ele se encontrava no local ou se havia vindo algum outro dia próximo. O cara perguntava a um outro, que perguntava ao segurança até que um cara lembrava desse nome... O apelido dele era 'mosca', por sempre ficar em cima da mulherada e nunca conseguir nada. Ele costumava ir aos sabados que era noite da cerveja em dobro, sempre ia com o mesmo grupo de amigos e gostava de se sentar proximo ao bar. Meu plano começava a dar inicio. Primeiro eu contratava uma garota de programa para o próximo sábado, ela me encontraria no bar e eu mandava as características de Aaron e sua foto para ela, avisava que em momento algum era para ela falar quem era, eu queria realizar um fetiche de que alguém me abordasse na frente dos meus amigos e me levasse pra minha casa.
Sabado a noite, por volta das 21hrs ele chegava com seus amigos, eu havia marcado por volta de meia noite. Daria tempo para ele tomar umas e outras, tomar uns foras e nem desconfiar de nada quando a garota chegasse. Me mantinha afastado porém em um angulo que pudesse mante-lo em minha visão. Toda e qualquer interação eu cortava, educadamente. O celular vibrava, dava meia noite. Aaron já estava bem animado, já havia tomado alguns foras e seus amigos já tinham lhe zoado bastante. Havia pedido para que a garota fosse com a sua roupa mais ousada e sexy. Ela adentrava chamando a atenção de quase todos, homens e mulheres. Aaron ainda não tinha visto pois estava de costas para a porta... Ela o procurava, andava entre a multidão, dançava, andava... Até que o achava. Ia em sua direção com um andar rebolativo, se aproximava dançando, chamando sua atenção, ele caia. Os amigos não acreditavam naquilo. Ela o abraçava e roçava, pegava sua mão e fazia percorrer todo seu corpo... Ela era boa... Vinte minutos depois ela o pegava pela mão e o puxava para fora do bar, os amigos gritavam exaltados com tudo aquilo que havia rolado, eu os seguia. Aaron já não estava acreditando em tudo aquilo, estava meio bebado e entrava em um taxi para ir para a casa... Eu o seguia. Morava em um predio de dez andares, seu apartamento era o 504. Esperava eles terem tempo de pelo menos começarem algo. Eu passava pela portaria sem nenhuma dificuldade, ia pelas escadas, subia, chegava em frente a sua porta e tentava ouvir algo. Gemidos e mais gemidos. Era Aaron. Girava a maçaneta, estava aberta, entrava devagar e me dirigia para o quarto. Eles estavam transando. Pegava o celular e tirava fotos e fazia algumas filmagens. Havia um detalhe que eu não havia contado e parecia que Aaron não tinha percebido, a menina que eu contratava era travesti. Se algo desse tipo caisse em mãos erradas ele poderia até ser mandado embora. Infelizmente as pessoas tinham preconceitos e eu me beneficiaria disso. Apagava as luzes no registro geral, fazendo que ele se levantasse para ir averiguar o que estava rolando. Noite fria, sem aquecedor as coisas poderiam não dar tão certo. Eu me encontrava no sofa da sala, sentado. Aaron saia do quarto, passava pela sala e ia até a cozinha, ascendia o registro e ao voltar para a sala se assustava com a minha presença. Eu estava usando um boné para tampar o rosto, um casaco grande e luvas.

- Aaron Frost - Mudava a voz. - Tenho uma ordem para você.
- Ordem? Quem é você, como entrou aqui ? Se não sair agora eu vou chamar a policia.

A menina assustada ia até a sala, já se encontrava vestida e estava pronta para ir embora, poucos eram os corajosos que ficavam com dois loucos dentro de um comodo.

- Você tem uma reunião importante amanhã na qual era conceder o que foi pedido. Se isso não acontecer seu sexo com a travesti que acabou de sair aqui será espalhado na rede. Esteja avisado! - com a voz alterada e em um tom ameaçador.
- O que? Como vc sabe disso, quem é vc... - Pegava o celular já para ligar para a policia.

Ao ver sua tela de bloqueio, avistava uma foto com conteúdo sexual de seu recente feito onde dava para ver nitidamente todos os detalhes daquele belo casal. O aviso havia sido dado, agora era torcer para que tudo aquilo desse certo. Saia do comodo deixando o homem pensativo e com o coração acelerado. Fechava a porta e a duvida se mantinha presente, sera que foi feito de tudo para que saisse do jeito que eu queria? Encontrava a garota de programa nas escadas da portaria que dava pra rua. Dava a ela o dinheiro de seu trabalho e mais um extra para qualquer eventualidade. Voltava pra casa aproveitando a noite fria, pensando no que o futuro me reservaria.
Após a reunião eu saia do quartel e ia para a casa dos meus pais, eles estavam preocupados e eu precisava acalma-los. Eu recebia um abraço forte de minha mãe que com os olhos cheio de lagrimas segurava minhas mãos enquanto meu pai massageava meus ombros em um sinal de força. Explicava a eles a historia que havia contada para o meu chefe, a decisão tomada pelo psicólogo e meu afastamento por incapacidade. Pedia desculpas pro meu pai de joelhos por não conseguir levar seu legado a frente. Infelizmente eles jamais poderiam saber de toda a verdade, não poderia coloca-los em um mundo onde eu era um iniciante. Passava mais algum tempo recebendo aquele carinho familiar, aquela energia extra. Ao voltar para casa a pé eu comecei a sentir algumas mudanças, na rua eu conseguia sentir cheiros que antes estavam ocultos, escutava conversas de pessoas ao telefone como se eu estivesse do outro lado da linha, enxergava as estrelas de uma forma tão limpa que nem as nuvens conseguiam atrapalhar. Eu estava determinado a saber o que eu havia me tornado, o que aquilo tudo significaria... A literatura por mais fantasiosa que podia ser continham descrições semelhantes com acontecimentos recentes. Foram ótimos guias mas eu precisava saber mais.

Em minhas caminhadas noturnas em busca de conhecimento eu consegui encontrar aquilo que procurava. Fui parar no bairro mais violento da minha cidade. Pelo o que eu me lembrava, o meu agressor possuía uma tatuagem na mão que era uma teia e no pescoço havia um simbolo de gangue local que eu já tinha visto outras vezes. Além dessas duas características eu também tinha um nome, Jack. Acabei não encontrando quem eu queria mas outros que não eram exatamente parecidos comigo, pelo o que eu havia entendido eu ainda parecia um humano, o que era uma grande vantagem nessa cadeia alimentar, eu podia me esconder. Ouvi algo muito superficialmente sobre o grupos rivais, sobre manter o disfarces dos demais e sempre, sempre procurar sobreviver todo e a qualquer custo. Me juntei a esse grupo por algumas noites para absorver mais e mais informação. De inicio não pareciam confiar em mim mas aos poucos eu fui ganhando espaço e com isso consegui o que eu queria.

Passado alguns meses em minha nova vida, hoje eu posso fazer um resumo rápido do que mudou em mim. Aprendi que sou uma criatura da noite, que sou um vampiro, que preciso de sangue para me alimentar e para que eu possa usufruir ao máximo eu tenho que despertar aquilo que me faz sentir vivo, a adrenalina. O melhor método é despertar o medo enquanto suga o sangue, algo violento, visceral. Estar nesse mundo requer atenção redobrada e é melhor você não meter o bedelho onde não foi chamado e caso tenha sido chamado, triplique sua atenção. Meu objetivo agora é manter meus pais e meu irmão afastados de todo esse lado que eu vivo, meu contato hoje é bem menos do que costumava a ser. Ainda esta sendo difícil me desligar por completo. Continuo com uma postura militar para me lembrar da melhor época em que vivi, me mantém humano apesar de fazer coisas que as vezes me pergunto o quanto próximo estou da besta. Sempre que posso tento aprender mais e mais sobre a natureza de tudo isso, de entender até onde posso chegar e o que mais ainda não esta claro pra mim... Apesar de não ser minha minha missão de não vida eu ainda procuro por aquele que me criou, ainda não sei o que faria caso encontrasse com ele... Não sei se o destruiria ou se perguntaria o porque.
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Mensagem por Padre Judas Qua Set 18, 2019 7:38 pm

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