Vampiros - A Máscara
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Black River by Night - Capítulo 1: As Margens do Rio Negro

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Black River by Night - Capítulo 1: As Margens do Rio Negro Empty Black River by Night - Capítulo 1: As Margens do Rio Negro

Mensagem por Eve Blackrose Qui maio 23, 2019 7:12 pm

Black River by Night - Capítulo 1: As Margens do Rio Negro Black-10

Musica Tema da Cidade:

Black River nem sempre chamou-se dessa forma. Antes de a cidade receber o nome em homenagem à fundação nas margens do Rio Negro por Trevor Lockheart, ela era conhecida como Henwick, em homenagem ao antigo herói que fundou a cidade no século X contra os Vikings.

Black River teve um papel durante a Guerra das Duas Rosas, a nobreza de Henwick se uniu a casa Iorque e quando esta venceu a guerra trouxe muita prosperidade para cidade. Henwick sempre foi uma cidade cheia de disputas e intrigas, escândalos com suas figuras nobres e líderes religiosos, porém após o benefício e as honras ganhas com a nova realeza, Henwick se expandiu assim atraindo muito mais comércio e novos moradores. Algumas famílias se destacaram muito, e até hoje são mencionadas honrosamente na história da cidade. A família Henwick, família Volturi, a família Janos, família Lockheart e a família Gherman. A família Volturi conseguiu inclusive casar seu filho Jonathan com uma das filhas da realeza ganhando mais prestígio para a cidade.

Quando os Tudors chegaram a Familia Volturi traiu a coroa de York da qual se aliou e apoia a ascensão da nova dinastia. Com isso Henwick se tornou uma potência ainda maior, as outras famílias que foram pegas desprevenidas não tiveram escolha se não também apoiar os Tudors pois os Volturi já tinham entregado boa parte da informações de defesas da cidade como ato de boa fé de sua lealdade. Não só as terras da cidade aumentaram, sua economia, sua importância política para os reinos, assim como sua má reputação de uma cidade onde a corrupção é o coração e a alma da vivência de seus líderes e a inspiração de seu povo. Crimes entre as famílias começaram a acontecer, e um escândalo envolvendo a morte do filho herdeiro da família Janos, Bartholomew Janos, pelas mãos de Heloísa Gherman trouxe uma guerra civil onde houve mortes e destruição. Essa guerra foi chamada de Batalha da Podridão, o escanda-lo se dera de que Helóisa Gherman e Bartholomew Janos estavam noivos para fortalecer a relação das duas famílias, mas Bartholomew dormia com uma sem-nome e não podendo mais suportar a humilhação, Heloísa Gherman o esfaqueou enquanto dormia. Testemunhas tinham dito que a viram em cima do corpo de Bartholomew com as mãos cheias de sangue e o corpo do homem desfalecido e nu. Helóisa foi raptada por Norman Janos, Patriarca da família e enforcou Heloísa em suas dependências. Isso separou as famílias e a guerra civil se iniciou. Muitos golpes baixíssimos e estratégias consideradas covardes e desonrosas foram utilizadas nesta Guerra até o cessar fogo da família Lockheart que criou um tratado de paz e honras para as famílias Janos e Gherman. Um monumento em nome de Bartholomew e Heloísa foi erguida no centro de Henwick. Na época, os Tudors não utilizaram a sua autoridade para cessar a guerra civil pois foi considerado um assunto político-cultural da cidade, e apenas seriam interrompidos caso precisassem defender a coroa. Desde então, as famílias nobres passaram a se odiar e a se sabotar em segredo por debaixo dos panos, fazendo com que os cidadãos comuns da cidade fossem pegos no fogo cruzado.

No século XVI uma sede da Igreja Anglicana se instalou em Henwick e em pouco tempo depois veio a queda da dinastia Tudor que chegou com a última monarca Tudor, Isabel I, que foi sucedida após sua morte em 1603 pelo rei da Escócia, Jaime, um membro da Casa de Stuart, filho da prima de Isabel, Maria da Escócia, que foi executada por ordens da prima. A Inglaterra virou um reino protestante e Henwick aderiu bem a isso. Desde 1685 tinha como monarca um rei católico, Jaime II da dinastia Stuart, que adotou políticas a favor de sua religião em detrimento do protestantismo. Dessa forma, Jaime II era percebido como uma ameaça ao protestantismo e aos protestantes, tanto em seu próprio país, quanto na Europa. Assim teve-se inicio à Revolução Gloriosa e a queda do absolutismo Monarca.

Henwick perdeu muitos habitantes pois a cidade foi um dos grandes campos de batalha devido a importância estratégica de seu porto, e junto a tantas coisas horríveis que se deram na cidade foi decidido que ela iria renascer. Henwick foi rebatizada com o inicio do novo sistema Parlamentar, e nas margens do Rio Negro, onde os mortos foram todos levados para que o rio os levasse, a cidade foi rebatizada de Black River, e os nobres da cidade se tornaram seus fundadores oficiais assinando um livro que reside no museu de história da cidade até os dias de hoje.

Após a Segunda Guerra Mundial, Black River ganhou um número dantesco de imigrantes americanos, o que trouxe muito do "American Way of Life", com vários empresários americanos que fizeram negócios com as famílias fundadoras para trazer mais importância e diversidade cultural para a cidade. Esses negócios novos com os americanos trouxe muita economia para Black River.

Hoje Black River tem uma política direitista, a maior força econômica da cidade é advinda da burguesia que influência em praticamente tudo na cidade. As famílias fundadoras até hoje tem peso enorme no governo de Black River que alega publicamente inúmeros agradecimentos a doações da burguesia para a os fundos da cidade, pois nem com o dinheiro recolhido de impostos Black River, sendo uma cidade tão grande e cheia habitantes ativos, conseguiria se manter sozinha, isso advindo da ultima prefeita Mary Spriggs que sofreu Impechment por crime de responsabilidade. O Atual prefeito de Black River é Mark Schindler do Partido Unionista do Ulster. A maior parte de sua campanha política se deu em Liberalismo econômico, Eurocepticismo prometendo mais voz do povo para decisões de projetos na cidade ao invés das famílias fundadoras. Este é o segundo ano do mandado do prefeito Schindler e não houveram ideias de projetos levados a público, mas houveram projetos financiados pelas famílias.


O MUNDO VAMPÍRICIO

Black River by Night - Capítulo 1: As Margens do Rio Negro V5-art10

Trilha Sonora:

O Sabá sempre foi presente em Black River, desde a criação da Camarilla. Black River já foi conhecida entre alguns ocultistas e acadêmicos como uma cidade onde se residia bruxas pois já houveram assassinatos e crimes envolvendo rituais sabáticos.

O primeiro príncipe de Black River era um Toreador conhecido como Ulrich Gray-Mane. Não se sabia muito sobre o Governo de Ulrich além de que ele era um dos anciões que atirou suas crias ao fogo e por isso deveria sofrer a morte final na mão dos mais novos. O Sabá ainda era apenas um bebê, Ulrich era forte, era um ancião que já havia cultivado muito poder e terras, e embora tivesse perdido boa parte para a Inquisição.

O Sabá foi paciente e reuniu aliados e cultivou forças das sombras até o Sabá poder se dizer uma verdadeira Seita. O Sabá então atacou e atacou Ulrich com força, que se viu forçado a recuar. O Sabá então fincou sua Espada Cainita no coração da Torre de Marfim, trazendo para si a criança do Próprio Ulrich e diablerizando o irmão dessa criança que ainda se opunha. O Sabá tomou Black River e ficou com ela até meados do século XVIII como uma sede cultivando desgraça.

No inicio do século XIX a Camarilla já tinha recolhido o poder em Black River denovo influenciando diretamente as famílias fundadoras e usando seus projetos de forma bélica atacando covis do Sabá, e houveram poucos que conseguiram ser fortes ou astutos o suficiente para escapar. Era Ulrich novamente que viera com informações de um traidor chamado Lion Underwood, um Toreador Antitribu, também conhecido por ser cria de Christolph Griffith, que hoje é Bispo em Black River.

A Espada de Caim tinha caído por completo. Foi durante a Segunda Guerra Mundial que o Sabá aproveitou o caos e a confusão para atacar Black River. Como muitas cidades na Europa, Black River foi acertada pelas bombas do céu. Houveram muitas baixas na Camarilla, até que a Torre de Marfim mudou de tática subitamente e começou a revidar de forma implacável, e isso se veio devido ao novo Governo que Nicholai Barhtes do Clã Malkavian havia submetido a seita eliminando Ulrich Gray Mane e se proclamando Príncipe de Black River. Barthes sabia das coisas. Um covil atrás do outro foi destruído pela Torre de Marfim, bandos inteiros enlouqueceram e se atacaram, cometeram suicidio, conspiraram contra seus líderes devido a uma grandiosa paranoia. O Sabá ficara fraco não só se autodestruindo mas também se entregando para os caçadores da família Henwick, que descobriu-se que sempre estiveram à espreita na cidade, tudo atração pela loucura imposta por Nicholai Barthes.

O Sabá foi flagelado rapidamente e sua ameaça mais uma vez fora declarada erradicada, ou assim se pensava... Após dada a palavra, a Camarilla que ainda estava em sua retomada de Black River encurralou um jovem bando do Sabá deixando apenas seu líder como remanescente, e este não revelou nem por meios mais poderosos de Dominação as ambições da Seita... Os anciões não sabiam explicar como não conseguiam subjugar a mente do vampiro do Sabá, mas a única suspeita era que o fanatismo daquele vampiro era tão grande que era comparada à Fé Verdadeira... Claro que muitos Membros debocharam dessa teoria criada por Neófitos. Após tantas torturas e subjugas à Dominação e à Presença, o fanático do Sabá entrou em frenesi e antes que todos pudessem contê-lo, ele dizimou sete Membros e teria dizimado mais, se não fosse sua Morte-Final e poucos deram importância à suas ultimas palavras: "À Mão Negra, e aos Cainitas!"

Estas ultimas palavras, para os mais velhos, significavam apenas um ultimo suspiro de um fanático, os mais sábios observaram melhor a relação do comportamento do membro do Sabá fanático e suas ultimas palavras, todos sabiam que a Mão Negra, também conhecida como Sabá era uma seita de fanáticos idólatras, diableristas, infernalistas e cultistas à Gehenna, mas eles nunca haviam chegado a um nível tão... Forte... Resistir à vontade de anciões. O ocorrido repercutiu por toda a Camarilla, enquanto uns poucos especulam que algo estava errado em Black River, a maioria acredita que estavam vencendo e que mesmo que o Sabá estivesse com algum plano a retomada da cidade era uma questão de tempo e o Sabá seria extinto. Não havia nada a temer.

Houveram alguns poucos anos de paz vampírica na cidade, até que o rebuliço começou a com a chegada de um emissário Assamita que trazia uma declaração do Círculo Interno que o clã Assamita havia oficialmente se integrado à Seita como um de seus pilares essênciais substituindo a cadeira vazia deixada por Xaviar. Com um novo lugar na primigênie uma Assamita Feiticeira neófita fora nomeada como Primogênita Assamita, assim como Black River firmou alianças com o Clã Giovanni tendo um de seus representantes como Convidado de Honra nas reuniões da Primigênie. Black River. Quanto ao Sabá? Ele parecia ter dado um passo pequeno, com grandes quilômetros de vantagem. Uma Toreador chamada Ludimilla Demidova se uniu ao Sabá e o clã Toreador se responsabilizou e juntou forças com o Clã Nosferatu, graças ao intermédio do Clã Assamita que possuía boas relações com ambos a fim de tomarem conta disso. Independente disto, foi dada a palavra que um novo Elísio estava em preparação e que haveria uma assembléia de inauguração, ela estava muito próxima e fora recomendado a todos os Membros a mudarem seus refúgios e aqueles que não pudessem mudar deveriam ter uma reunição particular com o Príncipe para que ele os protegesse com seu próprio poder. Também fora vetada a entrada de qualquer Membro no Torre Valakia que era o antigo Elísio já conhecido pelo Sabá.
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Mensagem por Eve Blackrose Qui maio 23, 2019 8:58 pm

Pontos de Sangue: 14/05
Força de Vontade: 08/08
Vitalidade: OK


Trilha Sonora:

Rian despertava na noite sentindo a umidade em seu rosto. Uma umidade paposa quente e familiar... Ele abria seus olhos e nada via, estava escuro como de costume ao final de todas as alvoradas, mas isso não era problema, a Besta enxergava no escuro pois ela era comungada com as trevas. Ele via então o quarto pequeno, sujo mal construído e de mobília quase decadente em que ele estava, foi o que conseguiu arranjar com as economias que tinha, e pior, ainda era tudo alugado. Pelo menos era aluguel de boca o que já evitava burocracias e registros.

Ele se levantou da cama e viu o sangue derramado em cima do plastico ao qual pousara sua cabeça. Ele sabia que toda noite aquele maldito ferimento feito pelos "verdinhos" fazia com que o sangue do seu corpo vazasse, por algum motivo aquele corte nunca fora curado e agora todos que o viam ficavam olhando aquela cicatriz feia em seu rosto. Além de as pessoas ficarem desconfortáveis à sua volta, ainda o tornava facilmente reconhecível, sem falar no pior, ele desperdiçava precioso sangue e sempre acordava mais faminto. Se havia um jeito de concertar seu rosto, o Gangrel ainda não estava nos trilhos para conseguir essa proeza.

Rian havia conseguido descobrir um pouco mais sobre aqueles malditos caçadores. Ele levou o cadáver daqueles dois malditos para Mael que com o uso dos seus próprios poderes divinos havia conseguido interrogar as almas daqueles dois humanos. O interrogatório foi visto por Rian, Mael havia mostrado a sua face Angelical a Rian que cada vez mais sentia que o verdadeiro sobrenatural ainda estava para ser revelado à ele. A presença de Mael era algo poderosa, fazia com que Rian cresse cada vez mais no caído, as coisas que ele podia fazer, quem ou o que ele poderia ser, era como se a imagem do caído ficasse cada vez mais sólida com cada contato que ele tinha Mael, como se fosse cada vez mais fácil aceitar que Mael era real e não havia nada de absurdo nisso.

Mael havia contado à Rian que os caçadores era fieis a uma família de caçadores chamada Henwick e que sua sede era em Black River na Inglaterra. Assim, Mael incubiu à Rian a tarefa de terminar o serviço de uma vez por todas, encontrando esse clã de caçadores e pondo fim em suas vidas de uma vez e depois disso, ele deveria aguardar na cidade para instruções. Ele seria devidamente recompensado após conseguir completar sua missão e deveria enviar relatórios semanais através de telepatia que Mael iria realizar através dele, e também disse à Rian que o dia em que ele poderia usar a Fé de Rian para favorecer ao próprio Gangrel estava chegando. Mael dizia para Rian crer cada vez mais nele, orar para ele e ter fé no caído que assim ele poderia sempre ajudá-lo com mais eficácia, o dia em que selariam um pacto de Fé estava próximo, se assim Rian desejasse.

E assim foi que Rian pediu a Erwin informações, se por acaso ele conhecia alguém em Black River. Erwin havia explicado à Rian que sim, ele já teve algum contato com a cidade e informou à Rian o que ele sabia da cidade, até mesmo de que o clã Gangrel não é mais um dos pilares da Camarilla por lá. Erwin ainda era de Edinburgo pois ele já ocupada esse posto por lá, mesmo antes de Xaviar abandonar a Camarilla, porém Erwin precisou manter sua posição estratégica para os Filhos de Babd e se ele fosse com Rian perderia essa posição. Era do interesse da facção que Erwin se mantivesse em Edimburgo como primogênito Gangrel, por isso Rian deveria ir e poderia tentar contatá-lo por telefone, embora Erwin, como muitos anciões, ainda fossem bem não familiares com aparatos tecnológicos.

Rian viajou e trouxe Claire consigo, afinal não podia deixá-la sozinha e vulnerável para que as cobras da Camarilla a usassem contra ele caso soubessem que ele partiu. Claire já tinha, a muito contragosto, arrumado outro canto. Ela não entendia o porque Rian não queria dividir um quarto, seria mais caro, mais trabalhoso e Rian só dizia que queria o seu próprio canto com sua própria privacidade. Claire até pensou em ficar onde estava, mas não suportaria ficar mais tempo longe do irmão mais velho, por isso aceitou e encontrou uma casa próxima, também alugada. Rian sabia que Claire abrira um dojo improvisado no próprio quintal e pediu a Rian para ser o professor enquanto ela administrava, Rian ainda tinha que dar a resposta à ela que prometeu esta noite. Ela havia dito que seria uma questão de tempo até aparecerem alunos interessados na comunidade. O bairro onde estavam morando era uma zona periférica, se fizessem um preço bem em conta poderiam atrair muitos alunos e conseguir uma renda boa. A ideia de Claire sobre abrir o dojo dos dois tinha tudo para dar certo, só faltava Rian concordar em ser o professor.

O Gangrel também tinha o telefone da secretária do Príncipe, uma ajuda extra de Erwin. Ele havia dito que deveria marcar com ela a apresentação na cidade e ele tinha três noites para marcar esta apresentação, caso contrário seria convocado pessoalmente por um agente do Príncipe a prestar esclarecimentos se fosse descoberto. Erwin também havia dito que o Príncipe Nicholai Barthes era um Lunático, e que ouvira boatos que a loucura dele era tão contagiante que bastava olhar em seus olhos para perder a noção das coisas. Não sabiam se isso era verdade mas em todo caso o Gangrel deveria ter cautela ao olhar nos olhos do Príncipe.

Não bastava apenas isso, mas Rian sentia fome, não era o suficiente para se descontrolar, longe disso, Rian estava bem, mas ele sabia que na próxima noite estaria perto de ficar muito faminto, principalmente pelo sangramento matinal do seu rosto.



Rolagem de Sangue:
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Black River by Night - Capítulo 1: As Margens do Rio Negro Empty Re: Black River by Night - Capítulo 1: As Margens do Rio Negro

Mensagem por Abigail Sex maio 24, 2019 1:35 pm

Sentado na cama por alguns minutos enquanto refletia sobre tudo um pouco. O sangue em seu rosto lhe lembrava daquela luta... O que é que Rian ganhara com tudo aquilo mesmo? Lutara pela Camarilla, derrotou inúmeros inimigos e o que ele ganhara ao final de tudo isso além de uma cicatriz permanente no rosto e um ferimento que sempre sangrava? Nada! Suspirava fundo decepcionado enquanto concentrava seu sangue no ferimento a fim de fechá-lo. Os olhos fechados aumentava a concentração e lhe deixava pensar melhor.

- Camarilla... - Rum! hahahaha... Que idiota você Rian! Olhe só para o seu rosto! Tudo que você conseguiu foi isso e um tapinha no ombro... Desfazia o sorriso sarcástico ficando sério enquanto balançava a cabeça em sinal negativo.
- D'agora pra frente a única seita que seguirei será eu mesmo. No final das contas, Xaviar estava certo... Os "antigos" existem... Até Deus existe! Mael me provou isso!
-Quem diria? hahahaa... um "anjo caído"! Se Claire soubesse... religiosa como ela é...
- Falando em Mael, fico feliz por finalmente me livrar dele. Mas sinceramente? Espero nunca mais ter que ver Mael. Não me tornei um filho de Badb por escolha própria. Era isso ou ser morto por Erwin. No final das contas, Erwin foi uma coisa boa. Não fosse por ele eu não saberia que Deus existe e não saberia sobre Ennoia. Aprendi muito sobre o clã Gangrel com ele...  E agora que ele me alertou sobre o "rei louco" desta cidade, é mais um motivo para eu me manter longe dessa seita de filhos da puta bastardos... Tudo que quero é proteger a minha irmã... Inclusive acredito que eu tenho falhado com ela. Não ganhei nada indo ao auxílio de Hotgan. Teria sido melhor se eu tivesse usado esse tempo para ficar com ela...

Rian coçava a cabeça se colocava de pé. Via seu reflexo no espelho e a cicatriz no rosto que lhe marcara.
- Talvez eu deva abandonar essa vingança que me motiva a seguir em frente desde que eu era uma criança. Treino todos os dias para me tornar a máquina de matar mais perfeita que pudesse existir, sendo que não importa o quão habilidoso eu me torne... nenhum golpe, por mais perfeito que seja será capaz de trazê-los de volta... Mas eu ainda tenho a Claire... Eu tenho feito tudo errado...
Faz um movimento lento com a mão esquerda abrindo a palma enquanto suspira fundo. O braço direito cruza o esquerdo tomando a posição de defesa do karate enquanto flexionava levemente as pernas e se olhava no espelho... Um sorriso sem graça se forma..
- Confesso que se eu abandonar a vingança eu não sei para que rumo seguir. Espero que Claire possa me dar essa nova direção...

Rian sai do quarto, calça sua botina e sai para a rua tornando-se uma sombra dentro do escuro enquanto procura por comida e continua a refletir...
- Abrir o dojo... era isto que eu estava pretendendo há muito tempo mas Edimburgo não me dava essa oportunidade. Talvez Black River possa me oferecer isto. O dojo pode vir a se tornar uma fonte de renda, tirando-nos da miséria, pode oferecer "comida" e ainda posso selecionar talentos habilidosos para o meu "círculo interno"... Claire precisa saber a verdade. Preciso contar a ela e deixar que ela faça a sua escolha. Se quer fazer parte disso ou não... Mas é melhor tirar essa primeira parte da noite para resolver o problema da alimentação...

Rian irá caminhar pelas ruas ofuscado enquanto procura por comida. Achando uma presa ideal, ele segura a presa com uma mão, tapa sua boca com a outra e se alimenta apenas com o necessário. Repetirá o procedimento até conseguir completar sua reserva. Não fará distinção entre humanos e animais, afinal, sangue é sempre sangue....

Andando pelas ruas, Rian encontra um local arborizado, onde havia pouca iluminação pública. Mesclando-se com as sombras ele aguardava atrás do tronco de uma das árvores enquanto analisava o rebanho passando inocentemente pelas ruas. Sempre que vinha alguém sozinho, aparentemente saudável, e não havia testemunhas, o vampiro agarrava a pessoa por trás, segurando uma mão na cintura prendendo o corpo da vítima junto ao seu e a outra na boca para evitar que a pessoa gritasse. Assim que as presas entravam a vítima entregava-se ao prazer do beijo. Alimentava dentro do limite para não deixar rastros de que havia um vampiro na região. Lambia o ferimento e então mergulhava novamente "dentro da noite" (ofuscação). Desta forma a vítima ainda afetada pelo beijo não fazia ideia do que havia lhe acontecido. Ele repetia o processo quatro vezes.

Finalmente, alimentado, o Gangrel seguia ao encontro de sua irmã.
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Black River by Night - Capítulo 1: As Margens do Rio Negro Empty Re: Black River by Night - Capítulo 1: As Margens do Rio Negro

Mensagem por Eve Blackrose Dom Jun 02, 2019 1:23 pm

Pontos de Sangue: 14/14
Força de Vontade: 08/08
Vitalidade: OK


Trilha Sonora:

Aquela fora uma noite espetacular... Rian não se lembrava da ultima vez de ter tido uma caça tão fácil e farta em tão pouco tempo... Parecia que aquela cidade iria favorecê-lo de algum modo. Como um bom augurio, o sangue que conseguira com tanta necessidade viera à ele como bandeija e uma por uma ele capturava suas presas, deixava-as fracas mas fortes o suficiente para irem embora pra casa enquanto ele sentia-se cada vez mais forte, de bom humor e saudável, como um viciado em heroína que acabara de tomar sua dose diária em uma bandeija de prata.

Rian agora ia para casa de sua irmã, não era longe dali, porém ainda tinha que pegar um ônibus e assim ele o fazia. Ele seguia através do transporte público e via algumas pessoas, todas em seus cantos, muitas voltando do trabalho pra casa e por isso o Gangrel teve de ficar em pé no trajeto. Ele descia no ponto certo e via a fina garoa permenar o ar da cidade, era algo fraco, mas as noites frias de Black River obrigava as pessoas a usar casacos grandes e a pequena garoa só deixava tudo ainda mais frio e úmido como a barriga de um monstro de gelo.

Ele seguia pelas periferias, eram ruas inglesas mas pareciam muito com ruas americanas de modo que Rian mal sentia-se que estava na inglaterra. O Gangrel entia-se vigiado mas não por algo sobrenatural. Mendigos e pessoas suspeitas olhavam para Rian à medida que ele passava, o analisando, tentando reconhecer aquele rosto novo, uma garota de programa que Rian facilmente identificou como um travesti de baixa renda também o olhou com suspeita até ele cruzar a esquina, se Rian ficasse encarando demais o travesti, ele diria com o forte sotaque britânico:

- 30 dólares e é o que você quiser, gostoso.

(Supondo que Rian vai ignorar o travesti, ou recusar sua oferta) Rian chega até a casa alugada de Claire. Era um conjunto de três casas com um grande quintal nos fundos que pertencia a todos os moradores mas que as crianças normalmente usavam para brincar. Claire daria aulas ali e naturalmente teriam que conversar com as crianças e os pais dela para não jogarem basquete com os cestos improvisados na hora que ela estivesse dando aula. Rian tinha as chaves da casa de Claire, de modo que ele entrava na casa e encontrava Claire conversando com um homem e uma menininha ruiva e magra de sardas. O homem tinha por cerca de 30 anos e a menina parecia ter 8 ou 9 anos.

Claire se levanta e fala

- Senhor Jones, esse é o meu irmão e o professor do dojô, o Rian.

Rian nem tinha falado com Claire ainda sobre se iria ou não aceitar ser o mestre do dojo que ela queria abrir, mas pelo visto ela já estava considerando que sim, com insegurança, pos quando o senhor Jones foi cumprimentar Rian, Claire esboçou um sorriso amarelo para Rian como quem tinha medo de que ele ainda poderia contrariá-la na frente dos clientes.

- Boa noite, Rian, Barry Jones, essa é minha filha Mary.

A menina olhava para Rian e apenas acenava pra ele timidamente.
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Black River by Night - Capítulo 1: As Margens do Rio Negro Empty Re: Black River by Night - Capítulo 1: As Margens do Rio Negro

Mensagem por Abigail Ter Jun 04, 2019 9:14 am

Rian era só mais um no meio da multidão. Um pobre qualquer que voltava para casa no transporte público. Enquanto seu corpo viajava parado, seus pensamentos também viajavam, direto para o seio de sua irmã e seu próprio passado. Chegava ao ponto para descer. Antes que seu pé tocasse o solo ele era só mais uma sombra entre a névoa e a garoa. Caminhava até um poste ou uma árvore, onde recostava suas costas, ficando de pé apenas com uma das pernas. A outra apoiava onde estava encostado. Sua visão buscaria além daquela fina garoa (auspícios – visão). Esfregava as mãos rapidamente uma na outra e assoprava dentro da mão, como se fosse uma pessoa qualquer. Após 5 minutos ali, ele refreava seus sentidos e seguia em frente.
A rua por onde passava agora era repleta de mendigos que vigiavam cada passo do forasteiro.

- Uma cidade “próspera” cheia de pessoas marginalizadas?! Ao que parece o progresso e a riqueza não estão tão bem distribuídos...
Ignorava os mendigos e também o travesti, afinal de fato, o Gangrel não tinha interesse naquelas pessoas e esperava não despertar o interesse delas nele também. Quanto mais rápido eles esquecessem que ele havia passado ali, melhor.

Algumas ruas antes de chegar à casa de Claire, Rian mesclava-se entre a garoa e a neblina, desaparecendo além do que os olhos podiam ver (ofuscação 2). Essa precaução era necessária. Entra na casa de Claire, percebendo que havia visita. Aproximava-se lentamente enquanto observava à distância a sua irmã, seu único ente familiar, a fonte do poder que lhe dava forças para lutar contra a Besta.

- Senhor Jones, esse é o meu irmão e o professor do dojô, o Rian.
Rian deixava um breve sorriso transparecer, acalmando o coração aflito de Claire. Certamente ele não contrariaria sua irmã ali na frente de outras pessoas, mesmo que não fosse da vontade dele ministrar aulas.
Boa noite, Rian, Barry Jones, essa é minha filha Mary.
- Boa noite, senhor Jones! Rian curvava o tronco com as palmas das mãos coladas nas coxas cumprimentando Jones ao modo da cultura oriental, sem apertar a mão do sujeito, demonstrando respeito e que ele não era só um professor de Karatê, mas que tinha sido educado pela cultura oriental e que por isso não o cumprimentava ao modo ocidental. Em seguida, desviando a atenção rapidamente para a menininha ruiva. Ele se abaixava com um dos joelhos no chão, fitando com seus olhos na mesma altura.
- Então é você que quer se tornar uma guerreira? Indagava diretamente para a garotinha. – Ou é seu pai? Então olhava para Barry Jones.
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Black River by Night - Capítulo 1: As Margens do Rio Negro Empty Re: Black River by Night - Capítulo 1: As Margens do Rio Negro

Mensagem por Eve Blackrose Ter Jun 11, 2019 8:27 am

Pontos de Sangue: 14/14
Força de Vontade: 08/08
Vitalidade: OK


Trilha Sonora:

A menina da olhava para Rian séria depois da pergunta dele. Ela olhou o vampiro de cima para baixo como se estivesse procurando alguma coisa nele, e de repente ela parecia levemente desconfortável.

O senhor Jones dizia:

- me desculpe, ela é tímida. Quero que ela aprende a se defender o mais rápido possível, mas não posso pagar uma academia pra ela. Foi uma benção voces terem vindo pra cá fazendo um bom preço que as pessoas daqui possam pagar. Tem muita gente doida por aí e quero que ficar um pouco mais tranquilo que ela será forte no pior dos casos..
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Black River by Night - Capítulo 1: As Margens do Rio Negro Empty Re: Black River by Night - Capítulo 1: As Margens do Rio Negro

Mensagem por Abigail Ter Jun 11, 2019 9:38 am

Rian não era muito bom com as palavras, com argumentação. Anos de treino isolados dentro de uma sala gelada e escura, tendo como única companhia um saco de pancadas, deixa qualquer pessoa um tanto quanto sem tato para lidar com as outras. E ele sabia disso. Então era melhor que ele deixasse que suas ações falassem por ele.
- me desculpe, ela é tímida. Quero que ela aprende a se defender o mais rápido possível, mas não posso pagar uma academia pra ela. Foi uma benção voces terem vindo pra cá fazendo um bom preço que as pessoas daqui possam pagar. Tem muita gente doida por aí e quero que ficar um pouco mais tranquilo que ela será forte no pior dos casos..

- Uma benção ou uma maldição... isto só o tempo dirá, pai da Mary...
- Senhor Jones eu acho interessante como que o preço de uma academia muitas vezes não condiz com a técnica. Há mais mestres fajutos por aí do que possa contar em seus dedos. Para ser sincero eu ensinaria a sua filha pela simples honra em ter um discípulo e passar minha arte adiante. Mas infelizmente o melhor que podemos fazer é um preço bom.

Rian olhava para a garota ruiva. De alguma forma ele havia simpatizado com ela e nem desejava cobrar da menina. Mas Claire precisava do dinheiro. Quem sabe, se as coisas melhorassem no futuro, Rian poderia isentar os alunos mais carentes e os mais dedicados de pagar pelos treinos.
Voltando o seus olhos para Jones ele prosseguia: - Senhor Jones, transformarei a sua filha em campeã mundial de Karatê.

O vampiro olhava no fundo dos olhos da menina fitando-a por um momento: - É claro que... isso vai depender dela também.



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