Vampiros - A Máscara
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Diez Truenos

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Mensagem por Heathcliff Qua Jan 16, 2019 7:29 pm



- Yeah baby, that’s the Last Dance of Lance Vance! - Dizia Lance Vance dançando com uma prostituta Latina em um cabaré na Colômbia.



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      Apesar de estar se divertindo, o motivo de ter viajado até este país de terceiro mundo não era farra, e sim trabalho. Após ter a fazenda de sua família no México confiscada por agentes da Narcóticos, Lance precisava arranjar urgentemente novos vendedores para suprirem a imensa demanda de cocaína que os americanos exigiam. Seu parceiro de trabalho, Tommy Vercetti disse que atualmente os colombianos eram os maiores produtores no ramo, porém, poucos deles produziam o suficiente para suprirem a demanda. Os primeiros da lista eram o Cartel de Cali, mas Tommy possuía desavenças com estes após ter matado o irmão de um dos principais líderes do cartel. Já o cartel de Medellín estava em frangalhos após a morte de Pablo Escobar e em breve seria engolido pelos novos grupos de traficantes que se beneficiaram do vazio do poder.

A música mudava para Dance Hall Days - Wang Chung, e Lance se empolgava ainda mais na dança, segurando com força nas nádegas da companheira.







- Essa é minha parte favorita da música, gata. Saca só!
” Take your baby by the hair
And pull her close and there there there
Take your baby by the ears
And play upon her darkest fears”


      Por sorte, a prostituta colombiana não era fluente em inglês e não entendendo o significado obscuro da letra, apenas sorria para o gringo cheio de dólares americanos.

      Lance volta a se lembrar do porquê estar ali. Ao discutirem possíveis vendedores de cocaína, Tommy menciona um novo cartel. Ainda não possuía o alcance dos cartéis de Cali e Medellin em seu auge, mas era bastante promissor, o Cartel do Jaguar Negro, mais conhecido pela crueldade de sua líder, a temida “Diez Truenos”.

      Tommy então envia Lance e um guarda-costas em um voo para a Colômbia em busca do grupo para iniciar as negociações. Sim, era uma tarefa muito arriscada e perigosa, um verdadeiro tiro no escuro, cujo erro pode ser fatal, mas Lance gostava de viver perigosamente.

- Oh yeah baby, vamos para o quarto! - Lance dava um tapão no traseiro avantajado da morena que soltava um gemido digno de uma atriz do cinema adulto, e então a conduzia para um dos quartos do estabelecimento.

      Como ele veio parar ali? Ah sim, encontrar o cartel não era tão fácil, seus membros se escondem nas profundezas das selvas colombianas, mas dizem que utilizam o dinheiro do tráfico para manterem negócios lícitos em pequenas cidades pobres no país. Lance conhecia esse tipo, eles fingem serem o Robin Hood moderno, mas faturam com a morte e sofrimento de outros. Por ele tudo bem, não era nenhum santo também. Então, Lance e seu parceiro vieram até essa pequena vila que, dizem os boatos, é controlada pelo Cartel. Depois disso ele se lembra de pouca coisa, exceto estar totalmente embriagado pelas bebidas tropicais da região e dançando com uma belíssima e voluptuosa morena.


***


      Vinte minutos depois, Lance e sua “acompanhante” estavam deitados nus, ofegantes, sobre uma cama totalmente desalinhada e suas roupas jogadas de qualquer forma no chão. Lance acendia um cigarro e pedia se ela também queria um.

- Então, gata... qual o seu nome mesmo? Ah, tanto faz. Alguma vez você já ouviu falar do Cartel do Jaguar Negro?

      Ao ouvir este nome, o sorriso da jovem latina se desfaz, transformando-se em um uma expressão de medo.

- ¿El cártel? N ... no osamos mencionar este nombre aquí, y usted tampoco debería. ¿Qué quiere con ellos?

- Wow babe, falando assim chegou a dar até uma pontada de medo. Ouvi dizer que a líder deles é uma mulher. Uma tal de Diez Truenos, será que ela curte um rala e rola?!

      A expressão do rosto da moça mudava novamente, agora para puro pavor. Ela imediatamente se levantava da cama, puxava Lance pelo braço, jogava suas roupas no colo dele e o empurrava porta afora.

- ¿Estás loco o qué? No se habla así ... de ella. Haz un favor a ti mismo y no los busque más.

- Heeeey gata, qual é? O que eu disse de tão ruim? Não fica com ciúmes não, tenho certeza que ela não é tão fogosa quanto você! – Eram as últimas palavras de Lance antes de ser expulso do estabelecimento.


***


      Lance não desistiria tão facilmente, e na mesma noite, ele e seu colega alugaram dois pequenos quartos em um estabelecimento local. Na manhã seguinte procurariam novamente. O problema é que a manhã seguinte chegou cedo demais, na forma de meia dúzia de homens encapuzados que entraram derrubando a porta de seu quarto, imobilizando-o e colocando um saco preto em sua cabeça antes mesmo que ele pudesse reagir. Maldita ressaca, mal teve tempo de pegar a pistola debaixo do travesseiro.



***




      Lance não sabia para onde o levavam. Inicialmente foi conduzido até algum automóvel, mas como não podia enxergar, não sabe qual ou para onde era levado. Em seguida o fizeram caminhar por quilômetros mata adentro (ele sabe disso devido a tantos tropeços que deu, caindo de cara na grama molhada, que deixaram o saco preto em sua cabeça sujo e molhado). Após caminhar até não aguentar mais, eles o colocaram sentado no chão de terra com as mãos amarradas.

      Ele permaneceu assim por pelo menos uma hora, até que o saco de seu rosto era finalmente retirado. A pessoa à sua frente era uma morena de traços latinos e indígenas, vestindo roupas militares que tornavam seu físico atlético mais evidente. Ela também parecia uma mestra na furtividade, pois Lance nem mesmo ouviu ela entrando. Agora ele percebia que estava dentro de uma espécie de barraca improvisada, muito provavelmente no coração da mata.

- Deixe-me adivinhar. Diez Truenos?

      A mulher se agachava com surpreendente agilidade e o agarrava pelo pescoço.

- Lance Vance, da família Vance, donos de uma plantação de Marijuana no México. Foram pegos pela DEA e tiveram suas terras confiscadas. Você entregou metade dos traficantes do México em um acordo com os EUA para salvar a própria pele, um crime que em meu Cartel seria punido com morte por esfolamento. O que veio fazer aqui? – A mulher falava em inglês, mas com um sotaque latino.

- Calma, gata. Andou me estudando direitinho, né?! Sabe qual o meu signo?

      Ela dá um tapa em seu rosto e repete a pergunta.

- Ok, ok. Você está certa, tive minhas terras confiscadas e meu comprador precisa de um novo fornecedor urgentemente. Fui enviado até aqui para negociar com seu cartel para serem nossos novos vendedores. A demanda nos EUA é praticamente infinita, eles venderiam a própria mãe para poder dar uma cheirada no seu produto. Lhe aconselho a pensar bastante, seriam rios de dinheiro para financiar seu cartel!

      Ela se levanta e põe as mãos na cintura de forma a olhar de cima para baixo, de forma autoritária.

- Por que decidiram escolher justo nosso cartel, e principalmente, por que acham que faríamos negócios com gringos de m&rd@ que não dão a mínima para nossa nação?

- Vamos por partes, gatinha. Nós os escolhemos pois meu parceiro,Tommy vercetti (Já deve ter ouvido falar dele, não?!) tem desavenças com os outros grandes carteis e nós vimos a súbita expansão do Jaguar Negro como uma oportunidade de aleijar nossos rivais de Cali e companhia. Por que vocês fariam negócios conosco?! Oras, pois vocês podem lucrar infinitamente mais com a américa do norte, vendendo seu veneno em pó para os gringos safados que tanto odeia. Eles pagariam para serem envenenados pelo ouro branco, seria como matar dois coelhos com uma única cajadada!

      Diez Truenos olha fundo em seus olhos, como que buscando enxergar dentro de sua mente sinais de mentiras. Por fim, parece convencida de que ele fala a verdade e continua:

- Imagine que eu aceite o negócio, de quanto estamos falando?

- Docinho, ouvi dizer que aqui sua droga custa 3 mil dólares o quilo. Lá nos States, uma cocaína de qualidade não é vendida por menos de 40 mil por quilo! E estamos muito necessitados, precisamos de toneladas de pó entrando em Miami urgentemente, antes que os playboys resolvam todos migrarem para New York, onde seus amiguinhos do Cartel de Cali fazem a festa!

     Novamente ela encarava Lance com aqueles olhos felinos amendoados. Por fim, ela decidia:

- Sua oferta parece interessante. Além disso, seria bom ocuparmos território antes que o cartel de Cali o faça primeiro. Mas não me entenda mal, nós não seremos aliados, muito menos amigos, seria uma relação estritamente comercial.

- Como quiser, boneca. Podemos marcar uma reunião para acertarmos os termos do trato?

- ... Quando decidirmos se faremos negócios com vocês, nós mesmos entraremos em contato!

- Hum... certo, mas... e meu parceiro, vocês também o trouxeram? Não me leve a mal, mas não gostei nem um pouco da recepção de seus homens, e olha que estou de ressaca!

- Seu companheiro está logo atrás de você!

      Lance então se virava para vê-lo, e se assustava ao ver a cabeça de Mario decapitada logo atrás de si.

- Droga! Precisava fazer isso?

- Francamente, não. Mas você deveria estar satisfeito por não ter tido o mesmo destino!

- Sim, sim... Hã... então já está tudo decidido? Digo, podem me levar de volta para a cidade?

      Diez Truenos o encarava. E com terror, Lance podia notar seu rosto mudando. Parecia algo de outro mundo, seus olhos se tornavam ainda mais felinos, e seu rosto...


***


      Lance acordava deitado na mata. Ele estava sujo, molhado, encharcado de suor. Suas roupas estavam rasgadas e ele não se lembrava de como havia parado ali... ou mesmo do que aconteceu naquela barraca. Aquilo teria realmente acontecido ou tinha sido apenas efeito de sua bebedeira da noite anterior? Seja como for, Lance não queria pagar para ver e corre de volta para a cidade, e de lá, direto para o aeroporto mais próximo, comprar passagens direto para Miami.


      Duas semanas depois, as ruas de Miami eram inundadas pela cocaína Colombiana do Cartel do Jaguar Negro.


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