Vampiros - A Máscara
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Sangues & Rosas

4 participantes

Página 1 de 2 1, 2  Seguinte

Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Sangues & Rosas

Mensagem por Samuka Qui Abr 26, 2018 4:45 pm

Constantinopla, séc. XI d. C.

Sangues & Rosas Img_2017

Com o surgimento do monoteísmo dentro do Império Romano para, finalmente, conseguir se enraizar no Oriente, o mundo ocidental transferiu-se para a cidade de Constantino. Afinal, logisticamente, aquele ponto seria ideal para sua nova empreitada: as cruzadas. Os filhos de Caim, entretanto, já habitavam essas terras do Oriente muito antes de algum filha da puta acordar com ânsia de conquista. Mas, o que os cainitas ocidentais não esperavam era encontrar parentes poderosos por aquelas bandas.



“Hoje avançamos pelo Norte das terras dos hebreus, dominadas por amonitas, árabes e filisteus. Mas, fomos surpreendidos pelos flancos por muitos hashashins, mercenários treinados para matar. De um total de 1.000 homens, que iriam reforçar nosso acampamento em Jerusalém, 350 sobreviveram. Pensei em cancelar a missão, mas fiquei temeroso em retornar e, novamente, sermos atacados por esses demônios surgidos na noite. Se receber esta carta, Vsa. Santidade, significa que chegamos em Jerusalém.

IAS
Rex Santii.”

Sangues & Rosas Images24

+-+-+-+-+-+ Dados sobre a crônica:

I-Seitas/clãs: Inconnu: Capadócios, Gangrel, Lasombra, Nosferatu, Malkaviano, Ventrue; e, Furiosos: Brujah, Toreador, Tremere, Tzimisce.

II-Tema: Suspense, acão, intriga, terror e sexo (+18! kkk).

III-Cenário: Vampire Dark Ages.

IV-Vagas: A princípio 3 vagas.
Samuka
Samuka

Data de inscrição : 22/12/2012
Localização : Rio de Janeiro

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Eve Blackrose Seg Abr 30, 2018 8:39 am

Tô dentro! Tem vaga ainda?
Eve Blackrose
Eve Blackrose

Data de inscrição : 11/02/2011
Idade : 30

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Samuka Seg Abr 30, 2018 11:13 am

Black Thief escreveu:Tô dentro! Tem vaga ainda?

Blz, com vc fecha as 3 vagas. Olhe sua caixa de MP, enviei umas paradas.
Samuka
Samuka

Data de inscrição : 22/12/2012
Localização : Rio de Janeiro

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Eve Blackrose Seg Abr 30, 2018 11:46 am

vendo
Eve Blackrose
Eve Blackrose

Data de inscrição : 11/02/2011
Idade : 30

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Samuka Seg Abr 30, 2018 11:48 am

Black Thief escreveu:vendo

Porra, mer'mão. Responde por mp, por favor.
Samuka
Samuka

Data de inscrição : 22/12/2012
Localização : Rio de Janeiro

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Samuka Sáb maio 05, 2018 8:01 pm


÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷
“Disse Maomé: Mate todos aqueles que não acreditam em Allah” - Ibn Ishaq

Os fatos aqui narrados antecedem ao maior abalo ocorrido na história: a queda de Constantinopla, isto é, do Império Romano diante dos muçulmanos. Se eles têm alguma relação, se foram a pedra que gerou o tombo fazendo tod’Ocidente cair de quatro e lamber o saco cabeludo de Maomé, infelizmente, só posso dizer duas coisas: talvez e talvez.

Constantinopla punge poder e riqueza, além de corrupção e depravação. É dali que sai as ordens que mantém aquela região sob o domínio de Roma, enquanto que, nas partes mais afastadas em direção à Leste, as pequenas tribos e reinos segregados dos povos d’Oriente Médio tentam sobreviver em meio a pobreza, a fome e as pragas.

Sangues & Rosas Img_2020

Caravanas de mercadores árabes chegam em Constantinopla trazendo especiarias, tapeçarias e, claro, escravos, os quais as mulheres se destacam pela tamanha beleza. Moradores locais vêem com maus olhos a presença deles por cultuarem um tal de Al alguma coisa e por acreditarem que eles estão por trás da onda de assaltos, de drogados espalhados pelos becos consumindo hashish, como também de assassinatos que vem ocorrendo em Constantinopla. Diariamente, moradores revoltados da Roma Oriental entram em confronto com árabes pelas ruas. Xenofobismo não é algo novo, não mesmo. Nessa Constantinopla há um sentimento ultra-radical-xenofóbico: tudo é culpa dos árabes. Comida estragou, é culpa dos árabes que devem ter chegado perto dela. Pegou uma puta e apareceu uma gonorréia, é culpa dos árabes que devem ter fudido ela antes de você e a contaminou. Enfim, até por um peido se culpa os árabes. Os afro-descendentes de hoje, sem dúvida, se sentiriam no paraíso aqui. E, por conta disso, não é raro ver tendas árabes incendiadas, lojas destruídas ou pichadas de: PORCUS ARABICUS.
Samuka
Samuka

Data de inscrição : 22/12/2012
Localização : Rio de Janeiro

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Samuka Sáb maio 05, 2018 8:05 pm

Pethros

Pethros procurava entre ruas e vielas desertas de Constantinopla, por causa do toque de recolher, a sua próxima presa. Andava, andava e olhava por todos os lados, em meio a escuridão, se havia algum mortal dando sopa. Eis que, então, sob uma pequena ponte encontra um casal de jovens pombinhos namorando, apesar de que, com exceção da pontezinha, o local não é nenhum pouco convidativo para se namorar. O riacho cheirava mal e ratos à balde caminhavam por ali. Contudo, os pombinhos não se importavam com nada disso, queriam mesmo é se pegar. Pethros se esgueirava entre as sombras para permanecer oculto e os observava atentamente até que algo roça em sua perna. Oh, olha, Pethros, é seu coleguinha: um rato. Chutes e xô-xô para espantar o roedor. Mas, ao voltar sua atenção para suas presas... Um indivíduo trajando roupas escuras como a própria noite surge do nada e assassina o jovem. Considere isso: aquela lâmina atravessando as costas do jovem e a sua ponta saindo pelo meio do tórax, o qual podia se ver o brilho vermelho do sangue iluminado pelo luar fez tudo, de repente, parecer fútil diante do que seus olhos presenciavam. Era um insight profundo, muito profundo. A mocinha, coitadinha, estava ali atônita diante do moribundo, o qual se engasgava em seu próprio sangue tentando dizer suas últimas palavras. Que crueldade, logo ela que tinha acabado de conhecer as delícias do amor. Ela chorava, soluçava e catarros nojentos escorriam do seu nariz. Ela estava em prantos, tadinha. Agora, só não se sabe se era por causa da perda do seu primeiro amor, ou, se era por causa que ficaria sem conhecer o pênis do seu namorado e continuaria virgem. Mas, enfim, que ela estava aos prantos, estava. Então, a menina em meio às lágrimas, catarros e soluços gritava:

-Homicida! So… Corro! - o intervalo nesta última era porque abraçava o, agora, cadáver.

Agradeça a ela, pois foi graças aos seu frenético pedido de socorro que o despertou da sua viagem. No entanto, como bem disse Alexandre Dumas: “não grite pega ladrão, grite fogo e os parisienses virão te socorrer”. Bem, não foi assim com essas palavras. Mas, se aplica aqui nesta Constantinopla. Ao grito da mocinha e as poucas janelas que estavam abertas foram fechadas, as portas foram trancadas, as velas foram apagadas, até os grilos se calaram. Era possível ouvir os cachorros de rua latindo para o assassino que fugia por uma viela escura, como o pranto da virgenzinha. Você, Pethros, estava ali em meio aquela situação inusitada: de uma caça à testemunha de um assassinato. Definitivamente, essa não seria uma noite qualquer como foram suas aproximadas 15.000 noites desde seu Abraço. Boa noite, Pethros.
÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷
Ph, no seu post atualiza:
Banco de Sangue
Caminho
Força de Vontade
Vitalidade
Samuka
Samuka

Data de inscrição : 22/12/2012
Localização : Rio de Janeiro

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Ph Dom maio 06, 2018 11:19 pm

Pethros Drogoz, o Cavaleiro Nosferatu

PdS: 6/11  ||  FdV: 7/7  ||  Caminho: 7  ||  Vitalidade: 7/7

Do céu ao inferno, foi assim que me senti. Ainda fico impressionado com demonstrações de carinho, sempre me questiono se não há falsidade, interesses... mas eles... nada nesse maldito lugar parecia importar além do outro. E então, aquele servo das trevas os ataca, encerrando todos os sonhos e futuros daquele doce casal.
"Quem será este diabo? O que motiva uma alma a ferir outra sem motivos... alto! não sabemos se há motivos, ou se é obra demoníaca, devemos primeiramente ouvir o tal homem, besta, que seja!".
Me vejo na obrigação de combater este tipo de coisa. Mesmo que hajam motivos, vingança que seja, o homem não deve agir como fera na savana, dentro dos planos divinos poucos tem o direito de se entregarem a besta, e menos ainda usam este direito divino para honra do Senhor. Não pude salvar o rapaz, mas a Donzela não sofreria mal algum! Esta foi minha promessa naquele instante...
"Droga, eu estava distraído, eu deveria estar em guarda e...".
-Homicida! So… Corro! - O chamado da donzela me acalmou os pensamentos infestados de ódio e dúvidas. Me prontifiquei a procurar o assassino com os olhos, que agora se punha a fugir, depois de verificar a moça.
"COVARDE!"
Eu me coloquei a perseguir o desgraçado. Usei de minha vitae para inflamar meu corpo coberto de chagas... O que inicialmente deveria ser uma abordagem virou uma caçada pessoal.
Uso de minha presença invisível para me esgueirar pelas sombras das casas, em silêncio - temo ser visto pela pobre garota nesta minha aparência.
"Uma chance, todos merecem uma chance de se defenderem, Pethros."
Pethros avança pelas sombras disparando em uma velocidade incrível, deixando apenas seu cheiro desagradável para trás.
"Meu desejo é acalentar a donzela, mas que conforto posso dar à ela agora? Levarei a cabeça do assassino de seu amado e colocarei um pouco de alento em seu coração através da justiça do nosso Senhor!"
Mas primeiro eu queria saber quem ele era e porque... porque alguém faria aquilo de forma covarde e fria?
"Será que é algum outro cainita? Será a disputa racial que assola nossas terras, ou ciúmes da bela donzela...?"
Eu estava decidido a pegá-lo. Minha lâmina polida estava impaciente em sua bainha, coberta por meus trapos velhos minha fiel companheira de caçada estava prestes a punir mais um pecador. Estava pronto para mostrar aquele sujeito o que era uma besta com autorização divina para sê-lo...
Ph
Ph

Data de inscrição : 26/01/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Samuka Ter maio 08, 2018 12:36 pm

Pethros

Que contradição. Até um minuto atrás Pethros os espreitava como um lobo e agora vem com esse papinho de defender a donzela… Quem e ele pra falar consagração, sendo a própria besta e uma bem feia... Bem-vindo ao Mundo das Trevas.

Spoiler:

Direcionando seu sangue para as juntas e articulações daquela carcaça repugnante, além de usar o poder sobrenatural de se mover ofuscadamente, que foi ensinado por Julius, Pethros se esgueirava até a viela. A mocinha olhava de um lado ao outro, porém não podia ve lo. Mas, aquele lugar deserto começou a lhe despertar um medo, um calafrio, que até os pentelhos da sua bucetinha se arrepiaram. Era Pethros se movendo pela escuridão. A garotinha deixou escapar um “ai” e se agarrou ao defunto de tal forma que, se ainda estivesse vivo, terminou de morrer asfixiado.

Logo que entrou no beco, Pethros largou a escuridão e começou a procura lo. Ele não podia perder tempo, senão perderia o assassino de vista. Ainda bem que ali não havia nada, a não ser breu e ratos, para nao ver essa cousa repugnante, feia, grotesca, horrível etc etc etc.

Spoiler:

Pethros viu o assassino correndo por aquele beco escuro. Mas, quando atingiu certo ponto, ele perdeu seu rastro. O beco se dividia em outra bifurcação, ficava mais ingrime, sugerindo que estava em um tantos morros da atual Istanbul e não sabia ao certo por qual seguiu o assassino. Diante da bela visão da Hagia Sophia e do Mar de Marmara refletindo o brilho do luar, Pethros so podia se conformar que o havia perdido e retornar para onde a donzela estava com defunto do seu namorado, cuja cena lembrava a Pietà.

Ele não podia se mostrar em sua forma original, caso fosse até a moça, era preciso usar a Mascara ou, então, sair dali reconhecendo que foi uma caçada de merda. Não conseguiu nada e de quebra consumiu em vão sua viate. O que Pethros faria agora? Retornaria para seu refúgio como uma criancinha chorona? Continuaria atrás de alimento? Aliás havia muito ratos por ali, Pethros, tenho certeza que seus coleguinhas são de longe tão problematicos quanto os mortais.

PdS: 4/11
FdV: 7/7
Caminho: 7
Vitalidade: 7/7
Samuka
Samuka

Data de inscrição : 22/12/2012
Localização : Rio de Janeiro

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Ph Ter maio 08, 2018 3:17 pm

Pethros Drogoz, o Cavaleiro Nosferatu

"Droga, estava distraído... não posso cometer erros assim."
Fiquei um tempo contemplando o luar refletido no mar. Ah! A lua, a casa das ilusões, a primeira via para expansão da consciência mortal. E é isso que esses porcos precisam vencer para começarem a sair desse estado de vermes famintos, o desespero pela aparência, a pequenez de não ver além da forma.
"Um assassino em nossa vila não pode ser perdoado. E eu, eu não posso estar desatento desta forma. Hoje esse infeliz fugiu de minha lâmina, mas não por muito... não por muito tempo".
Falar com a donzela não era uma opção, não após essa humilhação em ter pedido o assassino de seu amado. Sua dor já era tamanha para ter de partilhar de meu mau cheiro... mas o rosto dela não seria esquecido, eu a vingaria, mesmo que em segredo eterno...
Do assassino, tento vasculhar na memória qualquer coisa que eu tenha reparado: cor da pele, cabelos, mãos, marcas na lâmina, voz, sapato, trejeitos de corrida... eu o encontraria, afinal, todos os becos levam a Constantinopla.

Me ponho a andar novamente pelas vielas escuras. Dessa vez apreensivo, com olhos espertos e desesperados de fome como de meus amigos ratos. Que aliás, não são opções de alimentação, ainda. Se a noite já terminou comigo, um ratinho antes de voltar a tumba faz bem, pior é dormir "de barriga vazia"... mas por hora, aperto o cabo de minha espada e me empenho a andar silenciosamente pela vila. Atento. Preciso extravasar esse ódio que me atormenta.

No caminho de volta, passo por onde a donzela estava desamparada, quero ver como a jovem se está, se foi socorrida. Depois me ponho a caçar novamente.

OFF:
Ph
Ph

Data de inscrição : 26/01/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Samuka Ter maio 08, 2018 9:34 pm

Pethros

Teste:

Pethros conseguia se lembrar perfeitamente da cena, seria capaz até de encena la exatamente como aconteceu. Mas, claro, partindo da roçadinha do Mickey mouse. Estava escuro, mas o luar permitiu perceber que a tez e as mãos do assassino, única parte exposta, não refletia tanto a luz, sugerindo que ele tenha um tom de pele mais escuro, talvez moreno. E se lembra exatamente como era a lâmina,vorpal e sinuosa. Alem disso, O seu largo conhecimento sobre Armas Brancas sugeria que poderia ser uma jambiya.

Jambiya:

Contudo, Sua vontade de sacar sua espada e decepar alguns membros sob algum pretexto sacro, puro, foram pelo ralo. Afinal, se esgueirar invisivelmente consumui seu tempo, como sua vitae. Quando se colocou em perseguir o assassino já era tarde demais, ele já havia se metido em alguma das tantas vielas que se desembocavam naquela. Então Pethros vai à caça de novo

Teste:

Essa noite realmente não estava das melhores. Pethros andava e não encontrava nada além de ratos. Muito sugestivo, não? Será que a noite vai terminar com Pethros e seus coleguinhas a papear sob o luar?

Spoiler:

Ao retornar para seu refúgio, Pethros passa antes no local do assassinato. De longe, espreitando com a cabecinha numa esquina escura, ele via milicias no local, uns 5 bizantinos e 1 pretoriano, o qual conversava com a mocinha que gesticulava e esperniava diante do defunto com uma lona. E habia uma carroça simples, o rabecao da epoca. Não seria sensato ir ate la, desafiar a sorte. A noite é uma criança, quando se da conta ela já foi. Seria melhor retornar ao refúgio, Pethros, o sol logo logo vai dar as caras e Julivs provavelmente quer sua parte da caçada também.

Já em seu refúgio, Julius viu sua criança adentrando a igreja com uma cara não muito agradavel, quer dizer, a cara de nenhum dos dois é, mas ele não tinha nada para oferecer ao seu Sire.
-O que houve? Me parece estranho, Pethros - disse Julius se revelando das sombras lá no alto das vigas que sustentam o telhado da Igreja.
-Mãos vazias!? - prosseguiu ele às gargalhadas e já em sua frente num piscar de olhos.
-Hmm, mas acho que algo mais você encontrou Nessa noite, criança - dizia olhando bem aos seus olhos e seu nariz mais feio do que Michael Jackson como se farejasse algo em você.
÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷
PdS: 7/11
FdV: 7/7
Caminho: 7
Vitalidade: 7/7
Samuka
Samuka

Data de inscrição : 22/12/2012
Localização : Rio de Janeiro

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Ph Qua maio 09, 2018 12:45 am

Pethros Drogoz, o Cavaleiro Nosferatu
PdS: 7/11
FdV: 7/7
Caminho: 7
Vitalidade: 7/7


Poucas esquinas depois parei para olhar o luar novamente, não encontro ninguém mesmo. A noite não foi boa! O peso da fome me faz questionar se o que faço é certo. O que é certo? Sou eu apenas mais uma besta imunda como as que passo as noites caçando, o que me diferencia deles?
Um som então chama minha atenção. Quatro ratazanas brigam por algum pedaço de comida. A luta é feroz e não há lealdade entre nenhuma delas, mas uma ratazana se destaca. Ela parece guardar forças para atacar na hora certa, recua um pouco para que as outras briguem entre si e pronto! Outra investida certeira. Ela afasta as três, curioso a sigo com os olhos e antes dela entrar no ninho posso ver a cabicinha de três filhotes.
O objetivo, o que separa uma besta irracional de um instrumento divino é o objetivo.
-Obigado, dona... dona ratazana... -Minha fala é pesada, penosa, provavelmente por conta dos caninos cortando meu lábios e atravessando meus ossos faciais.
As ratazanas perdedoras ficaram se cheirando, pobres coitadas, sem alimento. E falando em alimento, estou sem também. Antes que as três morram de fome, que morram me servindo.
Me alimento e parto.

Na porta da capela removo meu manto, aqui não preciso de uma casca. Adentro a catedral escura tentando acostumar meus olhos com a escuridão. Então Julius Invictus ele surge!
Julius Invictus escreveu:-O que houve? Me parece estranho, Pethros
-Eu... amarguei uma... uma caçada ruim eeeesta.... noite, Julius. Sinto em não trazê-lo.... nada.
Julius Invictus escreveu:-Mãos vazias!?
Suas gargalhadas é a coçada nas costas! Me reservo o silêncio, afinal, não há nada para ser dito mesmo.
Julius Invictus escreveu:-Hmm, mas acho que algo mais você encontrou Nessa noite, criança
Julius me conhecia muito melhor que meus pais humanos, inclusive. Talvez meu cheiro estivesse pior, não sei, fato é que meu inferno interno estava tão expressivo, a ponto de um cavaleiro das legiões me chamar de criança.
-Eu... estava pensando em nossos... nossos objetivos. Há alguns anos eu... eu corro pelos becos pegando... ladrões, assassinos, estupradores e nada... nada adianta pois a raça humana se... destrói... como ratos famintos a troco de... migalhas.
Me sento próximo a uma escultura de Jesus, um pouco quebrada, mas ainda assim um baluarte de nossa fé.
-Porque, Julius... porque, pelo que... nós ainda... lutamos? Ainda sou... digno de nosso senhor por... por estar em dúvida de nossa... nossa missão?
Ph
Ph

Data de inscrição : 26/01/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Samuka Qua maio 09, 2018 12:58 pm

Pethros

Off:

Julius observava sua cria se encostando numa imagem e caindo em profundas lamentações. Pethros não viu, porque olhava para o chão como se olhasse para ele mesmo, mas Julius estava inconformado e impaciente com a atitude de Pethros. Porém, logo que sua cria abriu a boca, Julius entendeu o que estava acontecendo: Pethros estava se degenerando, como aconteceu como ele há muito tempo atrás. Então aquele nervosismo deu lugar a um coleguismo. Disse Julius se aproximando do altar da Igreja:
-Pethros, Pethros, você descobrirá, tenho certeza, que toda essa pequinez dos homens é um sinal, o de Caim. Esses são filhos dele também, mas não por herança. O nosso objetivo é desinalizar, para que não haja um choque entre nós e os pseudos.

Julius então se curvando e fazendo uns sinais estranhos em forma de cruz diz:
-Porque NÓS fomos o escolhidos, MARCADOS, para imperar sobre eles. Argh!

Ao dizer isso com certo furor sua voz reverberava no interior vazio da Igreja e arranhava seus ouvidos , mesmo mortos.

Era uma idéia muito differente e confusa para Pethros ainda, seu Caminho ainda não estava tão baixo para compreender o sentido daquelas palavras. Na verdade, Pethros achou as ate insanas, mas não as contestou e não porque quisesse, porque quando pensou em fazer aquele Ódio e furor materializado nas palavras de Julius e o tom utilizado foi tao intimidator que Pethros não ousou abrir sua Boca. Algumas vezes Pethros presenciava um Julivs diferente daquele que conheceu nas Cruzadas, menos religioso.

Julius então se voltava novamente para Pethros e sentava próximo a ele, perguntando de novo:

-Pethros, não fuja de minhas perguntas… O que aconteceu, sinto cheiro de Sangue em suas roupas, e não são de ratus.

Teste:

Apesar da situação, aquilo não seria suficiente para tirar algo de Pethros, se Julius quisesse mesmo saber teria que força lo a contar. Pethros era meio radicalzinho as vezes e desafiava a sorte, na epoca nem pensavam em roleta russa, talvez flecha russa e cuidado Pethros, ao invés de acertarem a maça podem acertar sua testa num belo headshot.

Julius então parecia crer que não era nada demais, apenas devaneios e disse:

-Pethros, você terá que ficar aqui e vigiar nosso refúgio por duas noites, consegue fazer isso sozinho? - Julius questionava andando de um lado a outro pegando alguns papeis e guardando por dentro de seu sobretudo negro como a noite.
-Não esqueça que durante o dia é comum vir visitantes indesejaveis, apesar de sempre ofertarem algo... pegue os dizimos! - dizia olhando para Pethros.
-A Inconnu fara uma sessao extraordinaria, uma espécie de votaçao, estão decidindo o destino de um mortal, um patricio romano descendente dos Césars que foi trazido para cá… Você sabe onde me encontrar, estaremos na Torre de Galata.

Torre de Galata:

Apesar de Julius dizer a localizaçao e parecer sugerir que se alguma merda acontecesse fosse até o Elísio do Circulo Interno da Inconnu atrás dele, Pethros sabia que os portoes so eram abertos por uma espécie de ritual que identificava quao próximo de Caim o requerente estava para so assim poder entrar, e além daquelas portas de bronze não se sabia o que acontecia quando a Inconnu fazia suas reuniões secretas, que duravam geralmente duas noites. Nem mesmo mortais entravam naquela Torre , era vedado diziam ser um ponto de observacao de toda Constantinopla. E ao terminar de dizer tudo isso, Julius ao por o capuz de seu sobretudo toma outra afeição, um rosto quadrado, austero, linhas rigidas e barbudo, um historiador da epoca ao por os olhos naquela Mascara de Julius diria ser Hannibal, mas Pethros era muito novo para saber quem era... Era so mais uma das artimanhas de Julius Invictus, seu Sire.

Mascara Julius:
Samuka
Samuka

Data de inscrição : 22/12/2012
Localização : Rio de Janeiro

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Ph Ter maio 15, 2018 12:34 am

Pethros Drogoz, o Cavaleiro Nosferatu

OFF:

O chão dá igreja é solo sagrado, entregue ao Senhor para sua honra e obra, mas está sujo, quebrado... assim como eu. Deixamos de servir ao Senhor por nossa sujeira? Nossa convicção despedaçada ainda tem sua função?

Jvlivs Invictvs: escreveu:-Pethros, Pethros, você descobrirá, tenho certeza, que toda essa pequinez dos homens é um sinal, o de Caim. Esses são filhos dele também, mas não por herança. O nosso objetivo é desinalizar, para que não haja um choque entre nós e os pseudos...  Porque NÓS fomos o escolhidos, MARCADOS, para imperar sobre eles. Argh!

A voz de Jvlivs me prega no mármore frio novamente, eu já estava bem longe em meus sentimentos tristes.
"...para imperar sobre eles. Isso é sobre controle, sobre ordem? Não faz diferença... Julius está certo e eu estou sem função, vagando, almejando um espaço no tempo..."
Conto a Jvlivs o necessário sobre a noite, seu brado me inibi e me introspecta mais. Então ouço com atenção seu pedido, sem olhar para seus olhos.

Jvlivs Invictvs: escreveu:-Pethros, você terá que ficar aqui e vigiar nosso refúgio por duas noites, consegue fazer isso sozinho?  ...

Me reservo um tempo para pensar na melhor maneira de dizer minhas próximas palavras, enquanto observo a transformação de Jvlivs.
-Meu...senhor... eu estava mesmo me... questionando sobre... minha serventia nos planos do nosso Senhor... mas... certamente... sirvo para manter seguro... nosso refúgio... -digo olhando em seus olhos, enquanto lanço um sorriso que mais parece uma tragédia.
Antes de Jvlivs saia acho pertinente avisá-lo do assassinato, do assassino e da força militar na ponte da vila.
-Senhor... sinto lhe... dizer, mas... no começo da noite eu... presenciei um... assassinato e não... pude fazer nada para... detê-lo... o assassino fugiu ele... usava uma lâmina... africana e... fugiu pelos becos... que cercam o rio. Há... bizantinos e pretorianos na... ponte...

Começo a dobrar meus trapos e coloco junto de minhas espadas. Irei me retirar caso Jvlivs não tenha nenhuma outra diretriz. Farei guarda na igreja e, por mais tedioso que seja, mesmo que tenha que comer os ratos lá de baixo, não abandonarei este solo sagrado.
Ph
Ph

Data de inscrição : 26/01/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Samuka Ter maio 15, 2018 6:06 pm

Pethros

PdS: 7/11
FdV: 7/7
Caminho: 7
Vitalidade: 7/7

Off:

Quando Hannibal, quer dizer, Julius ousou abriu a porta daquela velha e esquecida igreja no subúrbio de Constantinopla, Pethros tornou a falar. Ele conseguia em meio aquela confusão de sentimentos, os quais até uns segundos atrás o lançou em profundas reflexões, falar sobre ocorrido:

-Senhor... sinto lhe... dizer, mas... no começo da noite eu... presenciei um... assassinato e não... pude fazer nada para... detê-lo... o assassino fugiu ele... usava uma lâmina... africana e... fugiu pelos becos... que cercam o rio. Há... bizantinos e pretorianos na... ponte…

Off:

Julius girou sobre os calcanhares, seu grande sobretudo cortou o ar e ele ouviu seriamente Pethros. Mas, quando este mencionou um assassinato, uma lâmina diferente e, claro, pretorianos, ele ficou apreensivo. Julivs, então, diz num tom ansioso:

-Há muitas orelhas para serem cortadas, mas ainda não é tempo, Pethros. Mas, disseis assassinato!? Desenhais melhor as figuras dessa tragédia para mim... Agora estou curioso.

E, ao dizer isso, Julivs se sentava em um dos poucos bancos que restaram nesta igreja esquecida. As velas iluminavam pobremente seu interior e à luz das velas se poderia questionar se as imagens eram de santos ou de demonios. O cheiro de parafina impregnava o ar. Os raios lunares atravessavam por uma claraboia e atingiam em cheio uma cruz com dizeres em grego, como as poeiras flutuantes desta igreja caindo aos pedaços.

Off:
Samuka
Samuka

Data de inscrição : 22/12/2012
Localização : Rio de Janeiro

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Ph Ter maio 15, 2018 7:35 pm

Off:

Ouvindo Jvlivs em minhas costas termino de dobrar meus trapos e me sento para atender o pedido de meu mestre:
-Meu senhor... lhe contarei tudo que... me lembrar... - Digo com um sorriso no rosto, pois se tem algo que confio em mim és minha memória, presente de meu senhor.
-Havia este... casal... na ponte trocando... carícias. Então eu... me distraí um instante e quando... olhei novamente um... homem... trajando negro empalou o rapaz... na frente de sua moça... e sumiu... se embrenhando nos... becos...
Ter que assumir pela terceira vez na noite que deixei aquele homem fugir me dói... mas não pretendo esconder nada de Jvlivs, por sua preocupação e atenção no assunto, fico receoso de algo estar acontecendo em nossa vila, ou Cidade-Estado.
-Antes que... eu começasse a persegui-lo ele... sumiu pelos becos... tudo que eu... reparei é que sua pele... era escura... um negro, ou outro cainita... não sei... todo seu corpo estava coberto por panos.... e sua arma era... uma jambiya ... certamente ele... é um ... assassino treinado.

Conto sobre a moça, dou detalhes de sua feição, talvez até soubesse quem era e onde morava. Conto dos seis guardas, como estavam armados, se já haviam passado pela vila antes...
Off:

-Cuidado por nossas ruas ... meu Senhor... pois o assassino fugiu...de mim... que sou como rato por... esses becos... de Constantinopla.... o homem... ou o que seja... deve conhecer bem... nossa cidade...
Me levanto com um olhar determinado, ou tento, levando em conta a pouca abertura de meus olhos purulentos. Quero passar firmeza e confiança em minhas palavras.
-Eu me... prometi... que mataria esse... assassino ousado por estar... perturbando nossa vila, mas... prometo que eu... passarei esses dois dias aqui... e tu não... será incomodado até seu... regresso... meu... General.

Uma pequena reverência em respeito aquela figura grandiosa a minha frente encerra meu discurso.
Ph
Ph

Data de inscrição : 26/01/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Reedit na última fala de Julivs

Mensagem por Samuka Qua maio 16, 2018 12:35 am

Pethros​

Off:

Aquela figura vestida com aquela roupa pavorosa, fitando com olhos curiosos cada movimento até Pethros se sentar, era surreal. Ele o ouvia em silêncio, mas aquele sinuoso de que a mente está a todo vapor com centenas de milhares de questionamentos bastando apenas um play para explodir. Foi exatamente o que aconteceu quando Pethros deu a descrição do casal. Julivs num salto se levantou e seus dedos se tornou em enormes garras, as quais quebraram facilmente parte do banco em que ele estava. Ele, de repente, ficou eufórico. Mas, por quê? Ele, então, se recompondo e retraindo sua garras, diz:

-Pethros… Se o jovem que descreveis para mim fores o que imagino, uma tragédia pior da de Homero está para acontecer…

Julivs, então, caminhava em direção ao altar pensando alto, os quais Pethros pode facilmente ouvir, e mesmo sua voz baixa reverberava pelos salões da igreja, graças a acustica das abobadas:

-A Guarda Pretoriana não se meteria nisso se o tal defunto não fosse sangue-azul e de famílias sob proteção do Estado… E o único que sei com essa descrição é o tal dos Césars… Que a Inconnu iniciará um referendum hoje para decidir seu futuro…

E ao chegar no altar, abraçando a cruz, Julivs perguntava:

-Pethros, não brincais, isso é uma piada?

À negação de Pethros, Julivs num ato de fúria lançou-a abaixo. Ao barulho da cruz batendo no chão e a poeira se levantando, os pombos se alvoroçaram. Enquanto que, Julivs vinha como um raio em sua direção levando-o até se chocar contra uma parede da igreja rompendo:

Off:

-Pethros, digais que nenhum outro inconnuclata estava ali…

Então, te sacudindo pelos ombros gritava:

-DIGA, Pethros.

Teste:

Agora Pethros conseguia ver que, sim, quando se livrou do rato, havia mais um na cena do crime, em uma das extremidades do córrego, um vulto. Mas, no calor do momento, não deu tanta atenção. O vulto, aliás, usava capuz e túnica marrom, então não se podia distinguir o sexo nem sua feição. Contudo, tinha culhões para desrespeitar o toque de recolher.

À essa revelação, Julivs o solta. Ele parecia perplexo. Mas, neste instante, pode-se ouvir o rinchar de cavalos lá fora, próximo da igreja, o que fez ele vacilar um pouco nas passadas e disse:

-Chegaram! … Não comente nada, Pethros. Vai, abre a porta.

÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷

PdS: 7/11
FdV: 7/7
Caminho: 7
Vitalidade: 6/7 (Escoriado)
Samuka
Samuka

Data de inscrição : 22/12/2012
Localização : Rio de Janeiro

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Ph Qua maio 16, 2018 11:01 pm

Pethros Drogoz, o Cavaleiro Nosferatu

Julius Invictus escreveu:-Pethros… Se o jovem que descreveis para mim fores o que imagino, uma tragédia pior da de Homero está para acontecer… A Guarda Pretoriana não se meteria nisso se o tal defunto não fosse sangue-azul e de famílias sob proteção do Estado… E o único que sei com essa descrição é o tal dos Césars… Que a Inconnu iniciará um referendum hoje para decidir seu futuro... Pethros, não brincais, isso é uma piada?
Enquanto ele caminha eu o sigo com os olhos, apreensivo. "O que vem agora...?".
Julius Invictus escreveu:-Pethros, não brincais, isso é uma piada?
-Não... não...

Enquanto recebo sua investida a raiva me consome, minha mão procura minha espada, mas... "droga, as deixei com os trapos!". POW! Vou ao chão.
"O que posso fazer?"
Eu quero, eu preciso reagir? Jvlivs sabe de algo que não sei, carrega uma cruz que eu desconheço... mas a raiva... a raiva dói tanto. Grita!
-AAAAaarrrrrGGHHHHH!!!!
Grito! Enquanto sou arrastado até a parede. Por sorte me livrei dos trapos e não das armaduras.

Julius Invictus escreveu:-Pethros, digais que nenhum outro inconnuclata estava ali… DIGA, Pethros!
De início, sua pergunta não pareceu fazer sentido? "Outro alguém? Ele ouviu o que eu disse? Porque este cretino investe sua Ira contra mim que sempre o segui?!"
Mas... "Sim! Sim! Alguém, mais alguém...".
-B-basta!!..meu...senhor... agora eu... me lembro de tudo... minha... arrogância quanto a capacidade... de... minha memória me... fez deixar um... detalhe de lado... uma outra... figura assistia... a cena. Este... trajava... marrom...
"Será, será que ele sabia desde o começo e o ataque foi para estimular? É tudo uma grande conspiração? ca... cavalos?!"

Julius Invictus escreveu:-Chegaram! … Não comente nada, Pethros. Vai, abre a porta.
"O que? Visitantes agora? Que raios de noite maldita é esta, o que estou tendo que passar? Qual ensinamento tu queres me dar, Senhor?"
-S-sim...

Faço uso de um ponto de sangue para me recuperar da escoriação... eu já sou detonado de mais para receber convidados ao natural.


PdS: 6/11
FdV: 7/7
Caminho: 7
Vitalidade: 7/7 (Ok)
Ph
Ph

Data de inscrição : 26/01/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Samuka Qui maio 17, 2018 5:12 pm

Pethros

PdS: 6/11
FdV: 7/7
Caminho: 7
Vitalidade: 7/7

Será que teria coragem de empunhar a espada contra seu próprio Sire? A resignação é um dom, Pethros, que chamam de santo. E enquanto os ferrolhos estalavam ao abrir a porta, logo que a escancarou pode ver um homem vestido com um enorme roupão escuro, botas, uma grande cruz como colar, um punhal exótico que suas lâminas pareciam dois chifres e o cabo em forma de um crânio de antílope, magro, meio alto, cabelos longos pretos, cavanhaque, olhos espertos e fundos, rosto magro, branco bem pálido, enfim, parecia um sacerdote ortodoxo bem ao pé da sua porta.

Além disso, mais para rua, se via uma carruagem coberta com panos, uns dois homens vestidos como escravos e quatro sujeitos montados em cavalos pretos, os quais aparentam ser germânicos. Vestem roupa e couraça escura, braceletes e ombreiras de prata enegrecida, uns loiros outros de cabelos escuros, uns barbudos outros não e os olhos de uns brilham como rubi através das sombras que tomava a rua. Eles, ainda, bebiam algo rubro que, pelo estado de embriaguez que estavam, deixavam derramar, fumavam opium, falavam alto, davam gargalhadas e ao verem Pethros na porta cochichavam descaradamente.

O ortodoxo, então, questiona com um sorriso sem graça revelando alguns dentes de prata e os olhos procurando por alguém no interior da igreja em ruínas:

-É… Onde está Mestre Julius?

Então, se ouve Julius dizendo:

-Antes de irmos, Ismail, precisamos conversar. Entra.

O sujeito, chamado Ismail, entra e caminha até Julius, o qual arrastando o que sobrou do banco, para que o sujeito estranho se sentasse, dizia à Pethros:

-Feche a porta e venha aqui também, Pethros.

Ao fechar a porta era possível ver os germânicos caminhando pela rua e os escravos sentados na carruagem.

Ao Pethros se achegar, Julius diz:

-Ismail, este é Pethros. Queria te apresentá-lo já algum tempo. É dos meus.

O sujeito olha para Pethros e diz:

-É dá pra notar…

Julius meio impaciente interrompe:

-Carniçal! Não esqueçais que se encontra em domínio cainita!

O sujeito estendendo as mãos com uma cara assustada responde:

-Perdoe, Mestre Julius, sabes que o admiro tão mais que um monte de ouro ou prata…

Julius, novamente, o interrompe:

-Vá com suas mentiras para aqueles de sua laia, carniçal. O que quero é a garantia de que a nossa vitae está sendo bem… Servida.

O sujeito nada diz, só observa e Julius continua:

-Pethros precisará de alguém para ajudá-lo andar nas galerias da Inconnu, quem sabe depois no camarote dos velhacos.

O sujeito, então, com uma fala mansa questiona:

-E por que não vós, Mestre Julius, não és o Sire?

Julius notoriamente irritado com a resposta diz:

-Eu gostaria, mas… Carniçal! Queres ou não vitae? O que os Anciões pensariam se eu dissesse por acaso que você…

O sujeito, então, se joga aos pés de Julius antes que dissesse algo e diz:

-Não, Mestre Julius. Eu faço o que pedes, não se preocupe.

Julius com suas presas fazia um rasgo em seu pulso e oferecia à Ismail, o qual se agarrou ao braço de Julius e bebeu da sua vitae. Julius, por sua vez, dizia sorrindo à Pethros:

-Vê? É por isso que se diz: cuidado com o leito da prostituta.

Off:

Ismail se recompunha, mas sem esconder a sensação de prazer. Seus olhos davam voltas e sua língua buscava alguma sobra que tivesse ficado em volta da boca. Ele, novamente, se sentava soltando um largo “ah” de satisfação. Ele estava felizão naquele jeito que a favela gosta e nem os furúnculos pareciam incomodar. Julius, então, disse meio impaciente:

-Vais ficar aí, carniçal?

Ismail levanta as carreiras e vai até a carruagem. Pethros podia ver os escravos retirando os panos e revelando um caixão. Ismail dava ordens, gesticulava eufórico, gritava, enquanto os escravos com muito esforço o colocava no chão. Ismail, então, apontava e caminhava em direção da igreja e os escravos vinham atrás com o caixão nos ombros. No céu havia uma briga entre tons avermelhados e azulados. Já todos dentro, inclusive o caixão, Julius dizia:

-Por que o Príncipe insiste nisso? Eu poderia ir com minhas pernas.

-É por causa dos Furiosos, não recorda do último ataque? Ele disse que durante o dia será mais difícil atacarem os Membros. Não se preocupe, Mestre Julius, despertará dentro da Torre na próxima noite - respondia o Ismail com certa tranquilidade.

-Assim espero… Mas, se formos abordados no caminho?

-Não viste os brutamontes lá fora? - respondia Ismail sorrindo.

-E se não formos abordados por um monte de passa fome, de ladrões? - continuava Julius.

-Quem abordará um monge como eu? - respondia Ismail se curvando diante de Pethros e Julius.

-Olha isso, Pethros… Isso é uma piada! Ismail nem o diabo quer você, você monge? Espero que funcione... E ande, abreis logo isso que daqui a pouco vai amanhecer! - respondia Julius com certo desdém.

Ismail abriu o caixão e Julius ao entrar disse:

-Esse parece mais apertado.

-Era o único que tinha sobrado - respondia Ismail sem graça enquanto fechava o caixão.

E com muito esforço, como atrapalhados por causa do peso, eles o colocavam de volta na carruagem. Era possível ouvir Julius socando o caixão e falando algo que era abafado. Posto Julius na carruagem e prontos para Galatvs, que fica do outro lado do Chifre de Ouro, eles partiram. Ismail, porém, veio antes até Pethros e disse:

-Irmão Pethros, sabes que a Reunião costuma durar duas noites completas, não é? … Antes da terceira começar, contando a partir de hoje, virei com o Mestre e, por isso, não espero assustar seu sono. Até lá - após dizer isso ele corria atrás do comboio.

Não havia mais o que Pethros fazer, pois já estava quase amanhecendo. Seria muito arriscado sair agora, ao menos que quisesse tomar um banho de sol. Era fechar, se refugiar em algum cômodo ausente de luz na igreja e esperar a próxima noite.

Teste:
Samuka
Samuka

Data de inscrição : 22/12/2012
Localização : Rio de Janeiro

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Samuka Sáb maio 19, 2018 3:28 pm

Nottelo

Tons avermelhados e azulados pintavam o céu de Constantinopla quando Nottelo finalmente chegou na casa de Días, o qual de longe na porta de sua enorme casa acenava eufórico para Nottelo apontando para o céu. A casa típica de ricos comerciantes: única e destacada pela sua arquitetura no pico de um dos vários morros em Constantinopla. Seus criados corriam para dentro carregando suas bagagens, como também você e Lorenzo. Já dentro, num vasto salão de mármore branco decorado com esculturas, enormes mapas e artigos de arte de cada parte do mundo, Días dizia:

-Fiquei surpreso quando um de meus lacaios disse que uma carruagem estava em minha porta já perto de amanhecer. E mais ainda quando vi que era você, Nottelo. Fico feliz que tenha aceitado meu pedido... Constantinopla é muito diferente de Emília, Toscana, Friuli ou Lazio, mas você vai gostar… Vamos deixar a conversa para mais tarde!

E apontando para as escadas, disse sorrindo:

-Venha, tenho um cômodo para visitas de seu tipo.

Días, também chamado de Espanhol pelos burgos bizantinos, era um sujeito bem requintado e fazia questão de sempre estar bem vestido com camisa de sedas babadas e despojadas ao estilo de Milão, botas de gaúcho revelando seu espírito aventureiro, colares, anéis e dois brincos de pura prata discretos nas orelhas. Días era meio alto e através da seda se via um bonito corpo fisicamente, cabelos acastanhados,curtos mas bagunçados, os quais lhe caiam bem dando um ar jovem “rebelde”, traços finos, rosto limpo e uma arcada dentária impecável, cujo sorriso brilhava como o sol e encantaria até o coração mais firme.

O andar de cima era mais simples, mas de uma simplicidade muito além para o padrão da grande maioria dos bizantinos. A porta abre. O quarto não possuía janela, apenas uma rosácea no alto de uma das paredes que permitia ventilar como iluminá-lo, mas muito pobremente. Foi projetado para isso mesmo, para os raios só atingirem horizontalmente a parede e numa altura de 4m. Assim, do chão até metade dessa altura era de uma escuridão tremenda e incômoda para uns, mas não para Nottelo. Caminhando mais a frente, pode ver uma cama com quatro colunas, as quais um tecido aveludado azul era preso entre elas. Caixão? Pff. Era uma cama tão confortável que parecia estar se deitando nas próprias nuvens. E ao se deitar, antes de dormir, Nottelo foi perturbado pela mente sobre o que umas horas atrás lhe havia ocorrido.

Voltando no tempo. Mar de Marmara. Uns 3km do porto de Sofia.

Off:

Fazia já um dia que a Coca vinda de Nápoles estava ancorada cerca de 2 milhas do porto de Sofia e o motivo: o vento “sumiu”. Nottelo está em um cômodo ao lado da cabine do capitão, mal preparado, mas que fora improvisado para o tripulante inusitado e seu companheiro. Ouve-se pancadas na porta. Era o capitão. Estava escuro. Velas iluminava o corredor. O capitão, um homem moreno, talvez mestiço, meia-idade, cavanhaque, cabeludo, com um chapéu e roupas à caráter, faltava apenas a perna de pau e o papagaio, disse se encostando no portal acendendo um cachimbo com umas ervas estranhas, as quais pareciam um tridente:

-Senhoria, espero não estar incomodando. Mas, como você só sai à noite, então…

-É que um dos meus últimos navegadores - e após dar umas cinco tragadas no cachimbo seus olhos já ficavam pequenos, avermelhados e ele começava devagar: -Isso nunca me ocorreu. Como perdi tantos homens assim nessa viagem? Mas, então, como estava dizendo, um dos meus últimos navegadores prevê que só daqui dois dias o vento vindo do Ocidente poderá fazer tremular nossas velas. E também temos que esperar o fiscal portuário vir, se assustou quando viu o relatório com tantas mortes de marujos. Ele quer inspecionar pessoalmente. Por isso, mandei preparar um bote pra levá-lo até o porto. Não faz sentido você ficar aqui…

Antes do homem voltar ao pavilhão, ele virou e disse:

-Ah, ia esquecendo. Os portos não costumam fazer isso à noite, ficam fechados. Mas, um dos meus homens ao dizer que havíamos um tripulante que exigia desembarcar somente de noite - ele faz uma pausa e o olha como se estivesse vendo um bicho diferente, então continua: -O delegado de estrangeiros demonstrou muita curiosidade e não hesitou em abrir uma exceção. Acho que está com sorte. Arrivederci!

Nottelo pagava o capitão. Os marujos, todos com cara de espertos, de vigaristas, olhavam o capitão guardando os solidus recebidos. Lorenzo colocava as bagagens no bote. Dois remadores entravam, inclusive Nottelo e Lorenzo. O capitão gritava, chamava os marujos de mocinhas e de fracotes, enquanto todos eles desciam as cordas do bote até atingir a superfície do mar. Eles remam, cantarolam músicas de marujos e bebem rum. Nottelo já havia ouvido falar desse tal rum, uma bebida nova, diferente da do vinho, esta é feita basicamente de cacau. Aliás, cacau era outra coisa nova para Nottelo, o qual já havia lido e ouvido dessas frutas exóticas além dos mares seguindo o cruzeiro. Depois de algumas horas, Nottelo põe as plantas dos seus pés de novo em terra firme. Ainda estava escuro. Dois estaleiros que estavam por ali o ajudaram colocar suas bagagens no cais. Uma plataforma enorme de calcário. Havia uma náu estacionada, a qual enchiam com sacas de especiarias e ainda havia muitos para ser colocados durante o dia. O tal delegado já estava te esperando. Os estaleiros faziam como que iam se retirar, mas o tal delegado fez um sinal negativo e pediu para que ficassem.

Teste:

O delegado era um sujeito de altura mediana, branco, cabelos loiros longos, barba um pouco grande, meio forte, vestia uma calça de algodão bege, botas, uma camisa branca, uma bandana vermelha e tinha uma espada. Seus olhos brilhavam com um brilho diferente, como as poucas tochas no cais conferindo um jogo de luz e sombra, quando perguntou sorrindo:

-Qual seu nome cainita? - ele prosseguia: -Não se preocupe, pode se abrir comigo. Eu sou de confiança.

Teste:

Ao terminar de dizer isso, Nottelo percebeu que havia algo por debaixo daquela camaradagem, uma força sobrenatural tipicamente de poder de sangue, o qual tentava lhe conquistar pela boa impressão que o sujeito, de repente, começou a emanar.

-Você não é daqui, o que veio fazer nesse fim de mundo?

Off:
Samuka
Samuka

Data de inscrição : 22/12/2012
Localização : Rio de Janeiro

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Zed Sáb maio 19, 2018 5:50 pm

Pontos de Sangue: 6/12
Força de Vontade: 6/6
Vitalidade: 7/7
Caminho: 5


A manhã estava por vir quando cheguei ao meu destino. Podia ver o anfitrião na porta acenando. “Feliz em me ver? ” Sorria pela janela esperando as passadas finais da carruagem para finalmente adentrar a casa enquanto meus pertences eram carregados pelos serviçais. – Ótima ideia. Confesso que minha viagem foi um tanto quanto desgastante. – Comentava acompanhando-o até o cômodo. – Este é Lorenzo. Meu serviçal. Acredito que não deva ser um problema arranjar mais um cômodo para ele. – Gesticulava. – Ele não é tão esperto e é um tanto quanto ingênuo, por favor não se aproveite do rapaz. – Naquele dia pelo visto não havia o muito a conversar, não pela falta de assunto e sim pela ausência de tempo.

Deitando naquela confortável cama podia me despreocupar quanto aos raios solares. Mesmo em casa usava pesadas cortinas para evitar o sol. A ideia no mínimo era interessante, mas não gastava muito tempo pensando a respeito, afinal minha mente voltava até momentos atrás.




O navio que usava para a viagem estava ancorado durante o dia inteiro. O capitão vinha me informar sobre os imprevistos e estranhezas que ocorriam durante a viagem, ainda que já estivesse ciente de alguns detalhes. – O delegado abriu uma exceção... ? – Falei baixo pensando sozinho. Não sabia ainda se devia ficar preocupado ou empolgado.

Seguia em um bote até o encontro com o tal delegado que estava a meu aguardo. Ele iniciava a conversação utilizando um termo no mínimo chamativo. Ele parecia amistoso, mas era uma amizade no mínimo peculiar. – Você é de confiança ou quer aparentar ser? – Cruzava os braços e enrolava o indicador em uma mecha de cabelo. – Estou apenas de passagem na verdade, viajando para encontrar um companheiro, ficarei feliz em discutir isso se você não se importar em parar com o que quer que você esteja fazendo no momento. É um tanto quanto desconfortável. – Não sabia o que mais aquele poder era capaz de fazer o quanto ele estava afetando meu julgamento quanto ao delegado. Era a primeira vez que via dons de sangue sendo utilizado por outro individuo além de mim ou de Álvaro quando nos conhecemos. E mesmo com minhas pesquisas a respeito ainda havia muito que não sabia, e muita informação falsa que necessitava ser filtrada.

Notando caso ele desativasse seu poder, iria fazer uma sutil reverencia em agradecimento. – Nottelo Dandallo. – Me apresentava aproveitando o gesto. – Acredito que ainda não disse seu nome senhor Delegado.

Zed
Zed

Data de inscrição : 08/04/2015
Idade : 28

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Samuka Dom maio 20, 2018 4:43 am

Nottelo
PdS: 6/12
FdV: 6/6
Caminho: 5
Vitalidade: 7/7.

O delegado olhava para Nottelo com olhos desejosos, enquanto este brincava com seu cabelo e dizia revelando ter percebido seu truque:

Você é de confiança ou quer aparentar ser? Estou apenas de passagem na verdade, viajando para encontrar um companheiro, ficarei feliz em discutir isso se você não se importar em parar com o que quer que você esteja fazendo no momento. É um tanto quanto desconfortável.

Nottelo sentia que dava satisfação demais e que estava dando com a língua entre os dentes. Ele até pensou se não estava agindo com típica ingenuidade mortal, o qual ele não era mais. Mas, foi levado pelas emoções e pela simpatia sobrenatural do delegado. O que foi dito já não se pode apagar mais.

À oferta e ao pedido de Nottelo, o delegado “parou com aquilo” e lhe correspondeu a reverência:

-Demetrios de Siracusa. Vamos até minha sala, onde poderemos conversar melhor.

E em direção à ela, a qual ficava de frente para o cais, dizia ao dois estaleiros:

-Voltem ao trabalho e se algum pertence do meu convidado sumir… Vocês pagarão caro por isso!

E Lorenzo cutucando sussurrava ao pé do ouvido de seu amo:

-Senhor, como confiar em alguém que usou poderes contra nós? E não acho que ele seja… Um… Cainita.

Demetrius não ouviu e enquanto destrancava a porta, ele dizia meio nervoso mal conseguindo meter a chave no ferrolho:

-Faz tempo que não encontro um cainita aqui vindo de… Você não disse de onde veio, disse?

Ou o delegado estava muito nervoso, ou ele era estúpido demais para associar o nome com a Itália, a qual até seu próprio sobrenome sugeria.

Finalmente ele conseguiu abrir, o delegado entrando pedia para que entrasse junto com seu companheiro. A sala era simples. Uma mesa com alguns papéis e algumas cartas náuticas. Dois candelabros sobre ela. Mastros e ferramentas colocadas em um canto da sala. Havia três janelas. Na da esquerda para Nottelo, se via o cais e os estaleiros colocando os sacos na nau. Na sua direita, algo que não podia identificar ao certo o que era, por causa da escuridão da noite e da distância relativa, mas em seu topo havia um brilho forte sugerindo que fosse uma grande fornalha e, portanto, um farol. Na da sua frente, tirando o panaca do delegado da sua frente, se via o brilho dos lampiões da Coca ancorada ao longe. Ao se sentarem, ele coloca uma garrafa na mesa. Só havia um copo. Ao virar a garrafa nada saia. Suas mãos tremiam e tal nervosismo fez até que o copo caísse quebrando-o. Ele sorria sem graça e dizia:

-É… Acabou. Faz tempo que não me encontro com a Mãe.

-Quando li o relatório do barco em que veio, eu desconfiei que as mortes pudesse ter relação com o tripulante estranho, quer dizer, com você.

Ele prosseguia eufórico e até um pouco displicente:

-Mas, quando usei o poder que aprendi com a Mãe… Pah! Não tive mais dúvida que você é um cainita.

Demetrius, então, apontando para Lorenzo, disse:

-Ele, porém, não é. Aliás, por que que ele está tão desconfiado? Eu vi o azul da desconfiança. Se acham que vou fazer algo com vocês, estão enganados. Na verdade, a Mãe fficará feliz em saber que há um cainita novo na área e, quem sabe, através de vocês consiga me encontrar com ela de novo! - disse ele com maior cara de pateta.

Lorenzo estava doido pra falar, mas se controlova e Nottelo via isso. A propósito, era uma boa oportunidade para deixar Lorenzo acabar com sua desconfiança, ou, caso não fosse dado esse direito à ele, então, de Nottelo perguntar se Demetrius também era um cainita se, claro, fosse de seu interesse em saber.
Samuka
Samuka

Data de inscrição : 22/12/2012
Localização : Rio de Janeiro

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Zed Seg maio 21, 2018 7:00 pm

Pontos de Sangue: 6/12
Força de Vontade: 6/6
Caminho: 5
Vitalidade: 7/7


O poder misterioso usado pelo delegado cassava. Ele pedia que o acompanhasse e assim o fazia, entretanto, sendo cuidadoso e me atentando as redondezas. – Eu não confio nele. Mas estou curioso para saber onde isso termina. Se ele realmente planejasse contra nós teriam tantos outros planos melhores do que mostrar a cara dessa forma. – Sussurrava ao carniçal. – Esteja preparado, mas não aja sem meu sinal. – O nervoso delegado chegava a sala e demonstrava uma tremedeira sem igual, primeiro sendo vagaroso ao abrir a porta, depois quebrando a garrafa. Ambas as ocasiões me faziam estreitar os olhos reflexivamente tentando interpretar se havia algum perigo. - Não disse. Vim da Itália... – Respondia a pergunta feita ainda com cautela.

Ouvia então o homem falar reticentemente sobre uma figura materna. E em seguida sobre uma estranha associação de palavras. – Azul da desconfiança? – Repeti confuso. “Outra habilidade... Interpretar emoções? ” Tentava deduzir sem muitas informações. – Bom, meu amigo é um tanto quanto protetor, e depois de usar uma habilidade desconhecida é natural um pouco de cautela não concorda? – Era uma pergunta retorica. – Agora quanto a essa “Mãe”... Presumo que seja uma cainita. Você disse que ela ficará feliz em nos ver mas que você mesmo não consegue encontrá-la. Você pode ver como isso soa confuso? – Novamente, retorica.

- E quem é sua “mãe”? Eu não conheci muitos de meu tipo, mas talvez já tenhamos nos encontrado. E qual exatamente é sua história com ela? – Perguntava mantendo um tom calmo e controlado. Ainda queria ouvir mais antes de tirar conclusões. E informações sobre meus semelhantes eram de meu interesse no momento principalmente agora que estava entrando em território desconhecido.
Zed
Zed

Data de inscrição : 08/04/2015
Idade : 28

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Samuka Seg maio 21, 2018 9:26 pm

-Sim, sim, tudo bem, mas cautela não é desconfiar, afinal siamo romani - respondia com um sorriso.

O delegado ouvia em silêncio Nottelo falar e assim permaneceu por alguns segundos mesmo quando este havia concluído. A cadeira estalava com ele se ajeitando. Então, respondeu:-Todos os cainitas daqui sabem quem é a Mãe. Não acho que você saiba… Você não acabou de dizer sobre confiança, não é legal mentir. o sujeito dizia isso com as mãos trêmulas, suadas e podia se ver os papéis se umidificando.

À pergunta sobre quem era essa tal Mãe, ele diz:-Michaela é minha Regente, eu sou seu Vassalo. Ela é uma To… Tore… Ah! Toreador. Ela é Michaelita. Legal, Vassalo, Toreador e Michaelita. O primeiro Nottelo sabia, ou acha que sabe, afinal Lorenzo é um, ou não? O segundo Días já havia comentado superficialmente, as tais “linhagens” de Caim. Já o terceiro…

O delegado, então, fazia uma breve pausa e com os olhos perdidos no horizonte dizia: -Ela é linda! … Eu fui levado até ela pela oficina de escultores. Ela queria uma fontana e eles precisavam de um modelo para as esculturas. Então, ao ve-la… Ela me colocou aqui pra descobrir vocês. Você me interpretou mal, estava me referindo num encontro. É porque ela ignora meus pedidos e nem me atende mais, mas não consigo parar de pensar nela e no seu sangue. Por isso, preciso apresenta-los à ela, tanto você quanto seu companheiro que veio visitar! Até porque preciso de mais vitae, sinto que quando usei… Em… Vocês… Me desculpem, mas são protocolos... Não me restou mais nada.

Ele, então, sugere:

-Tem uma carruagem aqui que podemos usar pra leva-lo até seu amigo. Desembarcamos ela hoje, parece que veio para o bispo, acho que é presente, zero bala. Vou pedir pra colocarem suas coisas nela, te levo até seu amigo e depois te procuro, combinado? - estendia a mão.
Samuka
Samuka

Data de inscrição : 22/12/2012
Localização : Rio de Janeiro

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Zed Sex maio 25, 2018 2:06 am

Pontos de Sangue: 6/12
Força de Vontade: 6/6
Caminho: 5
Vitalidade: 7/7


A desconfiança entre os carniçais parecia ser mútua. – Bom, eu não sei ver as cores então não entendo tão bem as nuances nos sentimentos. – Dava de ombros despreocupado. O delegado começava a falar incontrolavelmente sobre a tal Toreador, Michaelita. “Diaz tinha dito algo sobre eles... Faz tanto tempo que não lembro, mas não parecia nada do tipo ‘são extremamente perigosos e mortais’” O homem parecia propor um encontro e uma carona até meu senhor ao fim. O que era como um momento decisivo para saber se devia dar a ele um pouco de confiança ou não.

“Ele obviamente não vai gostar disso... ” Olhava de relance para Lorenzo. – Tudo bem... – Dizia como se ainda estivesse pensando no assunto. – Eu realmente estou nessa viagem de qualquer forma para encontrar meus semelhantes, será um prazer encontrar com tal bela dama. – Sorria gentilmente no fim, mantendo a cortesia e escondendo meus reais pensamentos.

Espero não trazer Diaz para meus problemas. Não era um bom presente para se levar a um amigo que a muito não se vê. Mas por hora essa parecia a resposta que geraria menos problemas a curto prazo. Claro, isso podia mudar dependendo de que tipo de personalidade a bela Michaelita teria. Mas claro, ainda tinha certa hesitação em simplesmente confiar naquele delegado que não parava de tremer nervosamente. Manteria o olhar atento a tudo como de costume. Mesmo na carruagem não me deixaria ficar distraído por muito tempo. Mas claro, não era um insano paranoico. Apenas me certificaria de estar sendo levado ao local correto e precavido quanto a uso de poderes estranhos ou tentativas de emboscadas.

- Fique tranquilo. – Diria caso Lorenzo demonstrasse inquietação quanto minha decisão. – Eu sei que você não gosta muito da ideia. Mas confie em mim, se você estiver preocupado quanto a problemas.... Bom, é pra isso que você está aqui, não? – Isso ao menos devia mantê-lo na linha por hora.
Zed
Zed

Data de inscrição : 08/04/2015
Idade : 28

Ir para o topo Ir para baixo

Sangues & Rosas Empty Re: Sangues & Rosas

Mensagem por Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Página 1 de 2 1, 2  Seguinte

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos