Vampiros - A Máscara
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Andrew Kingler (Poeta) - Tremere

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Andrew Kingler (Poeta) - Tremere Empty Andrew Kingler (Poeta) - Tremere

Mensagem por Poeta Sex Out 06, 2017 7:46 pm

1. Dados

Nome:Yuri Rodrigues
Personagem: Andrew Kingler (Poeta)
Clã: Tremere
Natureza: Competidor
Comportamento: Diretor
Geração:
Refúgio: Biblioteca
Conceito: Intelectual

Saldo de XP: 75/x


2. Atributos

Físicos
- Força: 2
- Destreza:2
- Vigor: 3

Sociais
- Carisma: 3
- Manipulação (convincente): 4
- Aparência: 2

Mentais
- Percepção (atento): 4
- Inteligência (Literato): 4
- Raciocínio (Orador Vigoroso): 4


3. Habilidades

Talentos
- Prontidão: 1
- Esportes:
- Briga:
- Esquiva: 1
- Empatia: 2
- Expressão: 2
- Intimidação: 1
- Liderança: 1
- Manha: 1
- Lábia: 2

Perícias
- Empatia c/ Animais:
- Ofícios:
- Condução: 1
- Etiqueta: 1
- Armas de Fogo:
- Armas Brancas: 2
- Performance: 1
- Segurança:
- Furtividade: 1
- Sobrevivência: 1

Conhecimentos
- Acadêmicos: 2
- Computador: 1
- Finanças: 3
- Investigação: 2
- Direito:
- Linguística (códigos): 4
  ** Frances, Ingles, Espanhol, Alemão, Hebraico, Latim, Russo, Persa (Farsi), Português.
- Medicina:
- Ocultismo: 5 (2PB)
 ** Rituais
 ** Cultura da Família
- Política:
- Ciências:


4. Vantagens


Antecedentes
- Geração: 5
- Recursos: 5 (2PB)
- Contatos: 1 (2PB)
 **Bartold (Importador de Livros/Documentos Raros)
- Lacaio: 3 (3PB)
  **Um Lacaio de Nível 3


Disciplinas
- Taumaturgia: 4
**Linha do Sangue
- Auspícios: 1
- Dominação: 1


5. Virtudes

Virtudes
- Consciência: 3
- Autocontrole: 3
- Coragem: 5 (2PB)

Humanidade: 6

Força de Vontade:
9 (4PB)


Qualidades e Defeitos
Voz Encantadora -2
Memória Eidética -2
Livraria do Ocultismo -4
Fobia +2 (Oceano)
Tique nervoso +1 (Ficar girando o anel de graduação com o polegar da mesma mão)
Exclusão de presas +1 (Escritores)
Fetiche do Poder +3 (Anel de ametista)


Observações

Rituais
- Despertar com o frescor do amanhecer (nível 1)
- Travessia incorpórea (nível 3)

Ficha da Carniçal (Anabelle)
Spoiler:


6. Prelúdio
Em 1789 todos os ideais desenvolvidos durante o Iluminismo, que reformulou a sociedade e tradições herdadas da Idade Médianascia, culminou  no “nascimento” da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que solidificou as bases da Revolução Francesa e acabou alterando a história mundial. Naquele mesmo ano, naquele mesmo País e não menos importante, nascia Andrew Kingler. Seu nome era britânico pois os pais de Andrew, Ethan e Lucy nasceram na Inglaterra e aproveitaram o final da Guerra dos Sete Anos para se mudarem para Paris e viver o ideal Iluminista que defendiam, que mais tarde seria expressado com as célebres palavras “Liberté, égalité, fraternité”. E foi nessa atmosfera que o jovem francês foi criado, seus pais, ativistas, doutrinaram-lhe a formação com esse espírito revolucionário. Sua infância e adolescência resumia-se a atos e militância, mas ainda sim nunca deixou de frequentar os bancos escolares, em casa seus pais complementavam seus estudos ensinando-lhe o inglês... Nem os seus pais e nem mesmo os docentes lhe ensinavam o que os livros o proporcionava, o jovem sempre foi um viciado por literatura, devorava os livros que dispunha, principalmente os livros escritos por grandes filósofos e pensadores (Voltaire, Adam Smith, Rousseau, Montesquieu, Hobbes, Kant, Godwin, etc). Andrew tinha um talento único, ele era capaz de lembrar de praticamente tudo que visse ou ouvisse e no futuro essa qualidade seria indispensável as suas conquistas. Mas como nem tudo são flores, no ano em que completou 15 anos um tal de Napoleão Bonaparte foi proclamado Imperador e este fato iniciaria o calvário de sua família. Sob a liderança de Napoleão a França iniciou uma série de conflitos com grandes potências europeias, incluindo a Inglaterra. E dentro desse contexto, a origem britânica de sua família lhes rendeu uma árdua perseguição na França. Em 1809 eles receberam a resposta de uma carta que haviam mandado para Jorge III, então Rei da Grã-Bretanha, solicitando asilo em sua terra natal, porém a resposta fora dura e a Grã-Bretanha somente aceitaria Ethan e Lucy, Andrew (que a essa altura não era britânico para a Grã-Bretanha e nem francês para a França) teria que ser deixado na França, seus pais obviamente não aceitaram e permaneceram na luta diária pela sobrevivência, porém praticamente 1 ano depois eles foram traídos por um casal de amigos que denunciaram a localização do abrigo que eles estavam, Andrew não estava na hora que o Exército Francês invadiu e prendeu seus pais, mas de longe, quando voltava, os viu sendo levados. Andrew ainda tentou buscar ajuda com alguns amigos que possuía, mas se viu sozinho. Duas semanas depois seus pais foram assassinados. Desolado e sem ninguém em quem confiar o jovem se viu com apenas uma alternativa: Fugir para o Novo Mundo...

Durante a longa viagem através do Oceano Atlântico, Andrew contraiu Febre Amarela e se não fosse sua inteligência e capacidade de persuasão, o teriam jogado no mar. Ele viu pessoalmente outros passageiros serem deixados à deriva no oceano e acabou tendo que conviver com aquele terrorismo psicológico durante um bom tempo, essa pressão deixou sequelas na mente do jovem que jamais seriam curadas, nunca mais ele conseguiria fazer viagens marítimas como uma pessoa normal.

Os Estados Unidos havia tido sua independência reconhecida poucos anos antes, no Tratado de Paris, porém a consolidação de fato só viria a ser confirmada 5 anos após a chegada do jovem francês de nome britânico, com o final de uma nova guerra entre os Estados Unidos e a Inglaterra, em 1815. Em todos os anos na França, Andrew nunca se sentira tão próximo dos ideais defendidos por seus pais, naquele país pulsava a liberdade, o desenvolvimento e o jovem absorvia tudo que podia. Ele nunca tivera um ofício e para sobreviver naquela nova cidade ele teve que se virar da maneira que pode, vendia pequenos contos que escrevia, fazia traduções de livros e documentos vindos da Europa, dava aula de poesias e filosofia quando achava algum aluno e assim ia se virando. Num desses trabalhos Andrew recebeu um convite para participar de um “clube” de escritores que existia em Nova York, onde ele intensificou o seu gosto pela poesia e literatura, e onde despertou o interesse por entrar para Universidade Columbia. Andrew levou 5 anos para receber uma oportunidade e durante todos esses anos ele sempre conseguiu superar a vontade de desistir daquele sonho e, enfim,  com 31 anos de idade ele se formou em literatura pela Universidade Columbia e recebeu com orgulho seu anel com uma Ametista, representando a sua formação, anel este que se tornaria a materialização de sua conquista. Mesmo durante a formação e complicações que surgiam, ele se manteve presente no “Clube dos Escritores de Nova York”, onde teve a oportunidade de conhecer alguns escritores que viriam a se tornar famosos anos depois, dentre eles o que Andrew mas admirava era Edgar Allan Poe, que permaneceu em Nova York por um pouco mais de um ano.

Em 1839, quando Andrew tinha 50 anos, um sujeito começou a frequentar o clube, ele era chamado de Lord Epheus, o clube não era uma sociedade secreta, era muito comum novos escritores aparecerem e outros sumirem. Lord Epheus chamava a atenção pelo seu porte garboso, sua mente afiada e sua experiência espantosa, ele falava diversos idiomas e visitara diversos continentes. Quando ele contava suas histórias todos se calavam e com ouvidos atentos se projetavam, quase que psiquicamente, aos mais diversos cantos inexplorados do planeta, sua voz os enebriava com uma sensação estranhamente boa.

Andrew se sentiu alegre quando Lord Epheus se mostrou interessado por ele, que puxou assunto o perguntando sobre o seu anel de ametista. Era estranho que apesar de ser reservado, o francês abria toda a sua vida para o desconhecido sujeito sem restrições. Durante semanas eles cultivaram essa amizade, até que Lord Epheus deu um livro para Andrew chamado “Behind the Scenes” e o pediu que lesse. Kingler mal conseguiu chegar em casa para iniciar a leitura daquele livro, porém foi decepcionante, era uma história chata, sem graça, longa e desgastante, ele não entendeu como alguém culto como Epheus iria dar-lhe um livro de tão baixa qualidade, durante 1 semana Andrew retornava ao clube a fim de receber uma explicação, porém o velho estrangeiro havia sumido. Finalmente, quando o francês já perdera a esperança, Lord Epheus aparece.

- Desculpe-me Lord Epheus, mas creio que eu não tenha entendido o sentido desse livro.

- Leia-o novamente, mas dessa vez leia somente as páginas impares.

E assim Andrew o fez, era um livro totalmente novo, muito mais intrigante e interessante. Depois Lord Epheus o mandou ler somente as páginas pares de forma decrescente e novamente uma nova história melhor ainda, e por último, ele o mandou ler pulando uma linha entre as linhas lidas. Andrew ficou impressionado com a capacidade daquele escritor. Mas Epheus não disse quem era, apenas falou:

- Andrew, atualmente o mundo é esse livro e sua vida é a primeira maneira que você leu, simples e retilínea. O que eu te ofereço agora é a oportunidade de “ler” o mundo das outras maneiras, da maneira que você quiser... sem correntes, sem limites. Eu sei que você não deve estar entendendo o meu ponto. - Ele pegou o livro da mão de Andrew - Aqui dentro tem a explicação de tudo que você precisa saber para entender o que eu quero dizer, encontre a resposta e dentro de 3 dias volte aqui, caso você não queira essa vida que lhe mostro ou não descubra o que está escondido nesse livro, não precisa retornar.

Demorou um pouco mas Andrew descobriu a chave daquele “enigma” e não acreditou no que leu, sociedade cainita, vampiros, clãs, poder do sangue, besta... Que piada era aquela... Mas e se fosse verdade ? Andrew voltou na data combinada e antes que pudesse perguntar alguma coisa.

- Não é ficção, é a realidade... Você terá oportunidade de encontrar suas respostas, mas agora você só precisa decidir se irá aceitar.

Com um aceno de cabeça Andrew aceitava sua morte, sua maldição.

Poucas foram as vezes que Andrew se amaldiçoou por jamais se esquecer de nada, mas daquela noite, daquele porão, pagaria o que for para apagar aquilo da memória. Mesmo hoje cerca de 170 anos depois ele se lembra de cada detalhe, do cheiro de mofo e umidade impregnando aquele ar sufocante, do gosto espesso daquele liquido que lhe queimou a garganta, de cada detalhe daquela taça fria que lhe sugava a vida toda vez que encostava em seus lábios, de cada palavra que foi obrigado a proferir naquele juramento, enfim, de cada detalhe de sua morte. Na necessidade que sua mente teve de achar uma razão para ter sido escolhido, uma associação foi feita ao seu anel de formatura e para sempre aquele objeto representaria a fonte de seu poder sobrenatural.

Andrew fora abraçado para reforçar um plano da Camarilla de ocupação do Novo Mundo, mas isso ele só entenderia bem mais tarde. Ele teve dificuldades no começo de se adequar a estrutura do Clã Tremere, que era fundamentalmente hierárquica, através de seus círculos e pirâmide, mas com o tempo ele percebeu que aquilo só os tornavam mais fortes e produtivos. A Camarilla também possuía uma estrutura vertical, porém nem de longe era eficiente quanto a do seu Clã. No início ele era muito usado como um garoto de recados, viajava muito entre as capelas transportando documentos, materiais, itens, etc. Andrew não se importava, ele sempre aproveitava a estadia em outras capelas para ler os livros que o permitiam. Conforme ele ia aprendendo sobre aquilo tudo, mais ele procurava novos conhecimentos, sobre outros clãs, seitas, outros seres... Com o tempo sua coleção de livros já não cabia mais em seus aposentos, foi quando ele resolveu criar sua própria biblioteca.

Começou como uma biblioteca particular, mas logo Andrew viu a possibilidade de transformar aquilo em um negócio lucrativo. Ele entendia sobre livros, porém absolutamente nada sobre negócios, então ele teve que achar alguém que entendesse. Ele buscou em diversas Universidades até encontrar alguém que o agradasse. Anabelle era uma estrela em ascensão, jovem, destemida, a vontade de conquistar o mundo, era tudo que o Tremere precisava, Andrew, então, envolveu a garota em um laço de sangue transformando-a em sua Carniçal, conforme a biblioteca crescia Anabelle era mandada pra se especializar ainda mais, se tornando a peça fundamental do sucesso que atingiriam mais tarde. E até mesmo o Tremere procurara se aperfeiçoar naquela área que até então era desconhecida.

Kingler´s Library
Spoiler:

Logo a biblioteca virou um sucesso total e com isso Andrew expandiu seus negócios abrindo uma editora, que viria a publicar uma série de Best Sellers, e uma rede de livrarias, tendo sempre Anabelle como sua testa de ferro.
A vida de um membro da Camarilla em Nova York não era fácil, uma cidade cobiçada era alvo de ataques frequentes do Sabá, incursões Anarquistas e o mais temido pelos cainitas naquela época, os Lupinos. Apesar da vontade de explorar seus novos poderes, não era aconselhado a um recém abraçado se aventurar pelas ruas noturnas da Big Apple, Andrew seguiu a risca esse conselho e quando ele não estava cumprindo alguma ordem do seu senhor ou do Regente da Capela, ele estava em alguma biblioteca se especializando. Durante esse tempo de imortalidade, Andrew não tivera muitas oportunidades de provar seu real valor ao clã e porque não a seita, apesar de não ser prioridade do Tremere a Camarilla era muito útil ao seu clã, um não resistiria sem o outro. Antes de buscar o conhecimento de novas trilhas, o Tremere buscou se aperfeiçoar em sua trilha primária, mas agora se sentia pronto para buscar novas trilhas, novos rituais, afinal ele sobreviveu ao primeiro século, agora ele poderia buscar ser o jogador e não mais uma mera peça.
7. Banco de Dados silent
Poeta
Poeta

Data de inscrição : 20/05/2011

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Andrew Kingler (Poeta) - Tremere Empty Re: Andrew Kingler (Poeta) - Tremere

Mensagem por Poeta Ter Out 10, 2017 11:03 am

1. Dados

Nome:Yuri Rodrigues
Personagem: Andrew Kingler (Poeta)
Clã: Tremere
Natureza: Diretor
Comportamento: Gozador
Geração:
Refúgio: Biblioteca
Conceito: Intelectual

Saldo de XP: 75/x


2. Atributos

Físicos
- Força: 2
- Destreza:2
- Vigor: 3

Sociais
- Carisma: 3
- Manipulação (convincente): 4
- Aparência: 2

Mentais
- Percepção (atento): 4
- Inteligência (Literato): 4
- Raciocínio (Orador Vigoroso): 4


3. Habilidades

Talentos
- Prontidão: 1
- Esportes:
- Briga:
- Esquiva: 1
- Empatia: 2
- Expressão: 2
- Intimidação: 1
- Liderança: 1
- Manha: 1
- Lábia: 2

Perícias
- Empatia c/ Animais:
- Ofícios:
- Condução: 1
- Etiqueta: 1
- Armas de Fogo:
- Armas Brancas: 2
- Performance: 1
- Segurança:
- Furtividade: 1
- Sobrevivência: 1

Conhecimentos
- Acadêmicos: 2
- Computador: 1
- Finanças: 3
- Investigação: 2
- Direito:
- Linguística (códigos): 4
  ** Frances, Ingles, Espanhol, Alemão, Hebraico, Latim, Russo, Persa (Farsi), Italiano.
- Medicina:
- Ocultismo: 5 (2PB)
 ** Rituais
 ** Cultura da Família
- Política:
- Ciências:


4. Vantagens


Antecedentes
- Geração: 5
- Recursos: 5 (2PB)
- Contatos: 1 (2PB)
 **Bartold (Importador de Livros/Documentos Raros)
- Lacaio: 3 (3PB)
  **Um Lacaio de Nível 3


Disciplinas
- Taumaturgia: 4
**Linha do Sangue
- Auspícios: 1
- Dominação: 1


5. Virtudes

Virtudes
- Consciência: 3
- Autocontrole: 3
- Coragem: 5 (2PB)

Humanidade: 6

Força de Vontade: 9 (4PB)

Qualidades e Defeitos

Voz Encantadora -2
Memória Eidética -2
Livraria do Ocultismo -4
Fobia +2 (Oceano)
Tique nervoso +1 (Ficar girando o anel de graduação com o polegar da mesma mão)
Exclusão de presas +1 (Escritores)
Fetiche do Poder +3 (Anel de ametista)


Observações

Rituais
Despertar com o frescor do amanhecer - nível 1:

Travessia incorpórea - nível 3:


Ficha da Carniçal (Anabelle)
Spoiler:


6. Prelúdio
Em 1789 todos os ideais desenvolvidos durante o Iluminismo, que reformulou a sociedade e tradições herdadas da Idade Médianascia, culminou  no “nascimento” da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que solidificou as bases da Revolução Francesa e acabou alterando a história mundial. Naquele mesmo ano, naquele mesmo País e não menos importante, nascia Andrew Kingler. Seu nome era britânico pois os pais de Andrew, Ethan e Lucy nasceram na Inglaterra e aproveitaram o final da Guerra dos Sete Anos para se mudarem para Paris e viver o ideal Iluminista que defendiam, que mais tarde seria expressado com as célebres palavras “Liberté, égalité, fraternité”. E foi nessa atmosfera que o jovem francês foi criado, seus pais, ativistas, doutrinaram-lhe a formação com esse espírito revolucionário. Sua infância e adolescência resumia-se a atos e militância, mas ainda sim nunca deixou de frequentar os bancos escolares, em casa seus pais complementavam seus estudos ensinando-lhe o inglês... Nem os seus pais e nem mesmo os docentes lhe ensinavam o que os livros o proporcionava, o jovem sempre foi um viciado por literatura, devorava os livros que dispunha, principalmente os livros escritos por grandes filósofos e pensadores (Voltaire, Adam Smith, Rousseau, Montesquieu, Hobbes, Kant, Godwin, etc). Andrew tinha um talento único, ele era capaz de lembrar de praticamente tudo que visse ou ouvisse e no futuro essa qualidade seria indispensável as suas conquistas. Mas como nem tudo são flores, no ano em que completou 15 anos um tal de Napoleão Bonaparte foi proclamado Imperador e este fato iniciaria o calvário de sua família. Sob a liderança de Napoleão a França iniciou uma série de conflitos com grandes potências europeias, incluindo a Inglaterra. E dentro desse contexto, a origem britânica de sua família lhes rendeu uma árdua perseguição na França. Em 1809 eles receberam a resposta de uma carta que haviam mandado para Jorge III, então Rei da Grã-Bretanha, solicitando asilo em sua terra natal, porém a resposta fora dura e a Grã-Bretanha somente aceitaria Ethan e Lucy, Andrew (que a essa altura não era britânico para a Grã-Bretanha e nem francês para a França) teria que ser deixado na França, seus pais obviamente não aceitaram e permaneceram na luta diária pela sobrevivência, porém praticamente 1 ano depois eles foram traídos por um casal de amigos que denunciaram a localização do abrigo que eles estavam, Andrew não estava na hora que o Exército Francês invadiu e prendeu seus pais, mas de longe, quando voltava, os viu sendo levados. Andrew ainda tentou buscar ajuda com alguns amigos que possuía, mas se viu sozinho. Duas semanas depois seus pais foram assassinados. Desolado e sem ninguém em quem confiar o jovem se viu com apenas uma alternativa: Fugir para o Novo Mundo...

Durante a longa viagem através do Oceano Atlântico, Andrew contraiu Febre Amarela e se não fosse sua inteligência e capacidade de persuasão, o teriam jogado no mar. Ele viu pessoalmente outros passageiros serem deixados à deriva no oceano e acabou tendo que conviver com aquele terrorismo psicológico durante um bom tempo, essa pressão deixou sequelas na mente do jovem que jamais seriam curadas, nunca mais ele conseguiria fazer viagens marítimas como uma pessoa normal.

Os Estados Unidos havia tido sua independência reconhecida poucos anos antes, no Tratado de Paris, porém a consolidação de fato só viria a ser confirmada 5 anos após a chegada do jovem francês de nome britânico, com o final de uma nova guerra entre os Estados Unidos e a Inglaterra, em 1815. Em todos os anos na França, Andrew nunca se sentira tão próximo dos ideais defendidos por seus pais, naquele país pulsava a liberdade, o desenvolvimento e o jovem absorvia tudo que podia. Ele nunca tivera um ofício e para sobreviver naquela nova cidade ele teve que se virar da maneira que pode, vendia pequenos contos que escrevia, fazia traduções de livros e documentos vindos da Europa, dava aula de poesias e filosofia quando achava algum aluno e assim ia se virando. Num desses trabalhos Andrew recebeu um convite para participar de um “clube” de escritores que existia em Nova York, onde ele intensificou o seu gosto pela poesia e literatura, e onde despertou o interesse por entrar para Universidade Columbia. Andrew levou 5 anos para receber uma oportunidade e durante todos esses anos ele sempre conseguiu superar a vontade de desistir daquele sonho e, enfim,  com 31 anos de idade ele se formou em literatura pela Universidade Columbia e recebeu com orgulho seu anel com uma Ametista, representando a sua formação, anel este que se tornaria a materialização de sua conquista. Mesmo durante a formação e complicações que surgiam, ele se manteve presente no “Clube dos Escritores de Nova York”, onde teve a oportunidade de conhecer alguns escritores que viriam a se tornar famosos anos depois, dentre eles o que Andrew mas admirava era Edgar Allan Poe, que permaneceu em Nova York por um pouco mais de um ano.

Em 1839, quando Andrew tinha 50 anos, um sujeito começou a frequentar o clube, ele era chamado de Lord Epheus, o clube não era uma sociedade secreta, era muito comum novos escritores aparecerem e outros sumirem. Lord Epheus chamava a atenção pelo seu porte garboso, sua mente afiada e sua experiência espantosa, ele falava diversos idiomas e visitara diversos continentes. Quando ele contava suas histórias todos se calavam e com ouvidos atentos se projetavam, quase que psiquicamente, aos mais diversos cantos inexplorados do planeta, sua voz os enebriava com uma sensação estranhamente boa.

Andrew se sentiu alegre quando Lord Epheus se mostrou interessado por ele, que puxou assunto o perguntando sobre o seu anel de ametista. Era estranho que apesar de ser reservado, o francês abria toda a sua vida para o desconhecido sujeito sem restrições. Durante semanas eles cultivaram essa amizade, até que Lord Epheus deu um livro para Andrew chamado “Behind the Scenes” e o pediu que lesse. Kingler mal conseguiu chegar em casa para iniciar a leitura daquele livro, porém foi decepcionante, era uma história chata, sem graça, longa e desgastante, ele não entendeu como alguém culto como Epheus iria dar-lhe um livro de tão baixa qualidade, durante 1 semana Andrew retornava ao clube a fim de receber uma explicação, porém o velho estrangeiro havia sumido. Finalmente, quando o francês já perdera a esperança, Lord Epheus aparece.

- Desculpe-me Lord Epheus, mas creio que eu não tenha entendido o sentido desse livro.

- Leia-o novamente, mas dessa vez leia somente as páginas impares.

E assim Andrew o fez, era um livro totalmente novo, muito mais intrigante e interessante. Depois Lord Epheus o mandou ler somente as páginas pares de forma decrescente e novamente uma nova história melhor ainda, e por último, ele o mandou ler pulando uma linha entre as linhas lidas. Andrew ficou impressionado com a capacidade daquele escritor. Mas Epheus não disse quem era, apenas falou:

- Andrew, atualmente o mundo é esse livro e sua vida é a primeira maneira que você leu, simples e retilínea. O que eu te ofereço agora é a oportunidade de “ler” o mundo das outras maneiras, da maneira que você quiser... sem correntes, sem limites. Eu sei que você não deve estar entendendo o meu ponto. - Ele pegou o livro da mão de Andrew - Aqui dentro tem a explicação de tudo que você precisa saber para entender o que eu quero dizer, encontre a resposta e dentro de 3 dias volte aqui, caso você não queira essa vida que lhe mostro ou não descubra o que está escondido nesse livro, não precisa retornar.

Demorou um pouco mas Andrew descobriu a chave daquele “enigma” e não acreditou no que leu, sociedade cainita, vampiros, clãs, poder do sangue, besta... Que piada era aquela... Mas e se fosse verdade ? Andrew voltou na data combinada e antes que pudesse perguntar alguma coisa.

- Não é ficção, é a realidade... Você terá oportunidade de encontrar suas respostas, mas agora você só precisa decidir se irá aceitar.

Com um aceno de cabeça Andrew aceitava sua morte, sua maldição.

Poucas foram as vezes que Andrew se amaldiçoou por jamais se esquecer de nada, mas daquela noite, daquele porão, pagaria o que for para apagar aquilo da memória. Mesmo hoje cerca de 170 anos depois ele se lembra de cada detalhe, do cheiro de mofo e umidade impregnando aquele ar sufocante, do gosto espesso daquele liquido que lhe queimou a garganta, de cada detalhe daquela taça fria que lhe sugava a vida toda vez que encostava em seus lábios, de cada palavra que foi obrigado a proferir naquele juramento, enfim, de cada detalhe de sua morte. Na necessidade que sua mente teve de achar uma razão para ter sido escolhido, uma associação foi feita ao seu anel de formatura e para sempre aquele objeto representaria a fonte de seu poder sobrenatural.

Andrew fora abraçado para reforçar um plano da Camarilla de ocupação do Novo Mundo, mas isso ele só entenderia bem mais tarde. Ele teve dificuldades no começo de se adequar a estrutura do Clã Tremere, que era fundamentalmente hierárquica, através de seus círculos e pirâmide, mas com o tempo ele percebeu que aquilo só os tornavam mais fortes e produtivos. A Camarilla também possuía uma estrutura vertical, porém nem de longe era eficiente quanto a do seu Clã. No início ele era muito usado como um garoto de recados, viajava muito entre as capelas transportando documentos, materiais, itens, etc. Andrew não se importava, ele sempre aproveitava a estadia em outras capelas para ler os livros que o permitiam. Conforme ele ia aprendendo sobre aquilo tudo, mais ele procurava novos conhecimentos, sobre outros clãs, seitas, outros seres... Com o tempo sua coleção de livros já não cabia mais em seus aposentos, foi quando ele resolveu criar sua própria biblioteca.

Começou como uma biblioteca particular, mas logo Andrew viu a possibilidade de transformar aquilo em um negócio lucrativo. Ele entendia sobre livros, porém absolutamente nada sobre negócios, então ele teve que achar alguém que entendesse. Ele buscou em diversas Universidades até encontrar alguém que o agradasse. Anabelle era uma estrela em ascensão, jovem, destemida, a vontade de conquistar o mundo, era tudo que o Tremere precisava, Andrew, então, envolveu a garota em um laço de sangue transformando-a em sua Carniçal, conforme a biblioteca crescia Anabelle era mandada pra se especializar ainda mais, se tornando a peça fundamental do sucesso que atingiriam mais tarde. E até mesmo o Tremere procurara se aperfeiçoar naquela área que até então era desconhecida.

Kingler´s Library
Spoiler:

Logo a biblioteca virou um sucesso total e com isso Andrew expandiu seus negócios abrindo uma editora, que viria a publicar uma série de Best Sellers, e uma rede de livrarias, tendo sempre Anabelle como sua testa de ferro.
A vida de um membro da Camarilla em Nova York não era fácil, uma cidade cobiçada era alvo de ataques frequentes do Sabá, incursões Anarquistas e o mais temido pelos cainitas naquela época, os Lupinos. Apesar da vontade de explorar seus novos poderes, não era aconselhado a um recém abraçado se aventurar pelas ruas noturnas da Big Apple, Andrew seguiu a risca esse conselho e quando ele não estava cumprindo alguma ordem do seu senhor ou do Regente da Capela, ele estava em alguma biblioteca se especializando. Durante esse tempo de imortalidade, Andrew não tivera muitas oportunidades de provar seu real valor ao clã e porque não a seita, apesar de não ser prioridade do Tremere a Camarilla era muito útil ao seu clã, um não resistiria sem o outro. Antes de buscar o conhecimento de novas linhas, o Tremere buscou se aperfeiçoar em sua primária, mas agora se sentia pronto para buscar novos poderes, afinal ele sobreviveu ao primeiro século, agora ele poderia buscar ser o jogador e não mais uma mera peça.
7. Banco de Dados
Poeta
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Andrew Kingler (Poeta) - Tremere Empty Re: Andrew Kingler (Poeta) - Tremere

Mensagem por Poeta Qui Out 12, 2017 11:47 am

1. Dados

Nome:Yuri Rodrigues
Personagem: Andrew Kingler (Poeta)
Clã: Tremere
Natureza: Diretor
Comportamento: Gozador
Geração:
Refúgio: Biblioteca
Conceito: Intelectual

Saldo de XP: 75/x


2. Atributos

Físicos
- Força: 2
- Destreza:2
- Vigor: 3

Sociais
- Carisma: 3
- Manipulação (convincente): 4
- Aparência: 2

Mentais
- Percepção (atento): 4
- Inteligência (Literato): 4
- Raciocínio (Orador Vigoroso): 4


3. Habilidades

Talentos
- Prontidão: 1
- Esportes:
- Briga:
- Esquiva: 1
- Empatia: 2
- Expressão: 2
- Intimidação: 1
- Liderança: 1
- Manha: 1
- Lábia: 2

Perícias
- Empatia c/ Animais:
- Ofícios:
- Condução: 1
- Etiqueta: 1
- Armas de Fogo:
- Armas Brancas: 1
- Performance: 1
- Segurança: 1
- Furtividade: 1
- Sobrevivência: 1

Conhecimentos
- Acadêmicos: 2
- Computador: 1
- Finanças: 3
- Investigação: 2
- Direito:
- Linguística (códigos): 4
  ** Frances, Ingles, Espanhol, Alemão, Hebraico, Latim, Russo, Persa (Farsi), Italiano.
- Medicina:
- Ocultismo: 5 (2PB)
 ** Rituais
 ** Cultura da Família
- Política:
- Ciências:


4. Vantagens


Antecedentes
- Geração: 5
- Recursos: 5 (2PB)
- Contatos: 1 (1PB)
 **Bartold (Importador de Livros/Documentos Raros)
- Lacaio: 3 (3PB)
  **Um Lacaio de Nível 3


Disciplinas
- Taumaturgia: 4
**Linha do Sangue
- Auspícios: 1
- Dominação: 1


5. Virtudes

Virtudes
- Consciência: 3
- Autocontrole: 3
- Coragem: 5 (2PB)

Humanidade: 6

Força de Vontade: 8 (3PB)

Qualidades e Defeitos

Voz Encantadora -2
Memória Eidética -2
Livraria do Ocultismo -4
Linguista Nato -2
Fobia +2 (Oceano)
Tique nervoso +1 (Ficar girando o anel de graduação com o polegar da mesma mão)
Exclusão de presas +1 (Escritores)
Fetiche do Poder +3 (Anel de ametista)


Observações

Rituais
Despertar com o frescor do amanhecer - nível 1:

Travessia incorpórea - nível 3:


Ficha da Carniçal (Anabelle)
Spoiler:


6. Prelúdio
Em 1789 todos os ideais desenvolvidos durante o Iluminismo, que reformulou a sociedade e tradições herdadas da Idade Médianascia, culminou  no “nascimento” da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que solidificou as bases da Revolução Francesa e acabou alterando a história mundial. Naquele mesmo ano, naquele mesmo País e não menos importante, nascia Andrew Kingler. Seu nome era britânico pois os pais de Andrew, Ethan e Lucy nasceram na Inglaterra e aproveitaram o final da Guerra dos Sete Anos para se mudarem para Paris e viver o ideal Iluminista que defendiam, que mais tarde seria expressado com as célebres palavras “Liberté, égalité, fraternité”. E foi nessa atmosfera que o jovem francês foi criado, seus pais, ativistas, doutrinaram-lhe a formação com esse espírito revolucionário. Sua infância e adolescência resumia-se a atos e militância, mas ainda sim nunca deixou de frequentar os bancos escolares, em casa seus pais complementavam seus estudos ensinando-lhe o inglês... Nem os seus pais e nem mesmo os docentes lhe ensinavam o que os livros o proporcionava, o jovem sempre foi um viciado por literatura, devorava os livros que dispunha, principalmente os livros escritos por grandes filósofos e pensadores (Voltaire, Adam Smith, Rousseau, Montesquieu, Hobbes, Kant, Godwin, etc). Andrew tinha um talento único, ele era capaz de lembrar de praticamente tudo que visse ou ouvisse e no futuro essa qualidade seria indispensável as suas conquistas. Mas como nem tudo são flores, no ano em que completou 15 anos um tal de Napoleão Bonaparte foi proclamado Imperador e este fato iniciaria o calvário de sua família. Sob a liderança de Napoleão a França iniciou uma série de conflitos com grandes potências europeias, incluindo a Inglaterra. E dentro desse contexto, a origem britânica de sua família lhes rendeu uma árdua perseguição na França. Em 1809 eles receberam a resposta de uma carta que haviam mandado para Jorge III, então Rei da Grã-Bretanha, solicitando asilo em sua terra natal, porém a resposta fora dura e a Grã-Bretanha somente aceitaria Ethan e Lucy, Andrew (que a essa altura não era britânico para a Grã-Bretanha e nem francês para a França) teria que ser deixado na França, seus pais obviamente não aceitaram e permaneceram na luta diária pela sobrevivência, porém praticamente 1 ano depois eles foram traídos por um casal de amigos que denunciaram a localização do abrigo que eles estavam, Andrew não estava na hora que o Exército Francês invadiu e prendeu seus pais, mas de longe, quando voltava, os viu sendo levados. Andrew ainda tentou buscar ajuda com alguns amigos que possuía, mas se viu sozinho. Duas semanas depois seus pais foram assassinados. Desolado e sem ninguém em quem confiar o jovem se viu com apenas uma alternativa: Fugir para o Novo Mundo...

Durante a longa viagem através do Oceano Atlântico, Andrew contraiu Febre Amarela e se não fosse sua inteligência e capacidade de persuasão, o teriam jogado no mar. Ele viu pessoalmente outros passageiros serem deixados à deriva no oceano e acabou tendo que conviver com aquele terrorismo psicológico durante um bom tempo, essa pressão deixou sequelas na mente do jovem que jamais seriam curadas, nunca mais ele conseguiria fazer viagens marítimas como uma pessoa normal.

Os Estados Unidos havia tido sua independência reconhecida poucos anos antes, no Tratado de Paris, porém a consolidação de fato só viria a ser confirmada 5 anos após a chegada do jovem francês de nome britânico, com o final de uma nova guerra entre os Estados Unidos e a Inglaterra, em 1815. Em todos os anos na França, Andrew nunca se sentira tão próximo dos ideais defendidos por seus pais, naquele país pulsava a liberdade, o desenvolvimento e o jovem absorvia tudo que podia. Ele nunca tivera um ofício e para sobreviver naquela nova cidade ele teve que se virar da maneira que pode, vendia pequenos contos que escrevia, fazia traduções de livros e documentos vindos da Europa, dava aula de poesias e filosofia quando achava algum aluno e assim ia se virando. Num desses trabalhos Andrew recebeu um convite para participar de um “clube” de escritores que existia em Nova York, onde ele intensificou o seu gosto pela poesia e literatura, e onde despertou o interesse por entrar para Universidade Columbia. Andrew levou 5 anos para receber uma oportunidade e durante todos esses anos ele sempre conseguiu superar a vontade de desistir daquele sonho e, enfim,  com 31 anos de idade ele se formou em literatura pela Universidade Columbia e recebeu com orgulho seu anel com uma Ametista, representando a sua formação, anel este que se tornaria a materialização de sua conquista. Mesmo durante a formação e complicações que surgiam, ele se manteve presente no “Clube dos Escritores de Nova York”, onde teve a oportunidade de conhecer alguns escritores que viriam a se tornar famosos anos depois, dentre eles o que Andrew mas admirava era Edgar Allan Poe, que permaneceu em Nova York por um pouco mais de um ano.

Em 1839, quando Andrew tinha 50 anos, um sujeito começou a frequentar o clube, ele era chamado de Lord Epheus, o clube não era uma sociedade secreta, era muito comum novos escritores aparecerem e outros sumirem. Lord Epheus chamava a atenção pelo seu porte garboso, sua mente afiada e sua experiência espantosa, ele falava diversos idiomas e visitara diversos continentes. Quando ele contava suas histórias todos se calavam e com ouvidos atentos se projetavam, quase que psiquicamente, aos mais diversos cantos inexplorados do planeta, sua voz os enebriava com uma sensação estranhamente boa.

Andrew se sentiu alegre quando Lord Epheus se mostrou interessado por ele, que puxou assunto o perguntando sobre o seu anel de ametista. Era estranho que apesar de ser reservado, o francês abria toda a sua vida para o desconhecido sujeito sem restrições. Durante semanas eles cultivaram essa amizade, até que Lord Epheus deu um livro para Andrew chamado “Behind the Scenes” e o pediu que lesse. Kingler mal conseguiu chegar em casa para iniciar a leitura daquele livro, porém foi decepcionante, era uma história chata, sem graça, longa e desgastante, ele não entendeu como alguém culto como Epheus iria dar-lhe um livro de tão baixa qualidade, durante 1 semana Andrew retornava ao clube a fim de receber uma explicação, porém o velho estrangeiro havia sumido. Finalmente, quando o francês já perdera a esperança, Lord Epheus aparece.

- Desculpe-me Lord Epheus, mas creio que eu não tenha entendido o sentido desse livro.

- Leia-o novamente, mas dessa vez leia somente as páginas impares.

E assim Andrew o fez, era um livro totalmente novo, muito mais intrigante e interessante. Depois Lord Epheus o mandou ler somente as páginas pares de forma decrescente e novamente uma nova história melhor ainda, e por último, ele o mandou ler pulando uma linha entre as linhas lidas. Andrew ficou impressionado com a capacidade daquele escritor. Mas Epheus não disse quem era, apenas falou:

- Andrew, atualmente o mundo é esse livro e sua vida é a primeira maneira que você leu, simples e retilínea. O que eu te ofereço agora é a oportunidade de “ler” o mundo das outras maneiras, da maneira que você quiser... sem correntes, sem limites. Eu sei que você não deve estar entendendo o meu ponto. - Ele pegou o livro da mão de Andrew - Aqui dentro tem a explicação de tudo que você precisa saber para entender o que eu quero dizer, encontre a resposta e dentro de 3 dias volte aqui, caso você não queira essa vida que lhe mostro ou não descubra o que está escondido nesse livro, não precisa retornar.

Demorou um pouco mas Andrew descobriu a chave daquele “enigma” e não acreditou no que leu, sociedade cainita, vampiros, clãs, poder do sangue, besta... Que piada era aquela... Mas e se fosse verdade ? Andrew voltou na data combinada e antes que pudesse perguntar alguma coisa.

- Não é ficção, é a realidade... Você terá oportunidade de encontrar suas respostas, mas agora você só precisa decidir se irá aceitar.

Com um aceno de cabeça Andrew aceitava sua morte, sua maldição.

Poucas foram as vezes que Andrew se amaldiçoou por jamais se esquecer de nada, mas daquela noite, daquele porão, pagaria o que for para apagar aquilo da memória. Mesmo hoje cerca de 170 anos depois ele se lembra de cada detalhe, do cheiro de mofo e umidade impregnando aquele ar sufocante, do gosto espesso daquele liquido que lhe queimou a garganta, de cada detalhe daquela taça fria que lhe sugava a vida toda vez que encostava em seus lábios, de cada palavra que foi obrigado a proferir naquele juramento, enfim, de cada detalhe de sua morte. Na necessidade que sua mente teve de achar uma razão para ter sido escolhido, uma associação foi feita ao seu anel de formatura e para sempre aquele objeto representaria a fonte de seu poder sobrenatural.

Andrew fora abraçado para reforçar um plano da Camarilla de ocupação do Novo Mundo, mas isso ele só entenderia bem mais tarde. Ele teve dificuldades no começo de se adequar a estrutura do Clã Tremere, que era fundamentalmente hierárquica, através de seus círculos e pirâmide, mas com o tempo ele percebeu que aquilo só os tornavam mais fortes e produtivos. A Camarilla também possuía uma estrutura vertical, porém nem de longe era eficiente quanto a do seu Clã. No início ele era muito usado como um garoto de recados, viajava muito entre as capelas transportando documentos, materiais, itens, etc. Andrew não se importava, ele sempre aproveitava a estadia em outras capelas para ler os livros que o permitiam. Conforme ele ia aprendendo sobre aquilo tudo, mais ele procurava novos conhecimentos, sobre outros clãs, seitas, outros seres... Além de conhecimentos didáticos o Feiticeiro também teve que se dedicar um tempo ao uso adagas, facas e espadas para o aperfeiçoamento de alguns rituais que necessitavam desses itens. Com o tempo sua coleção de livros já não cabia mais em seus aposentos, foi quando ele resolveu criar sua própria biblioteca.

Começou como uma biblioteca particular, mas logo Andrew viu a possibilidade de transformar aquilo em um negócio lucrativo. Ele entendia sobre livros, porém absolutamente nada sobre negócios, então ele teve que achar alguém que entendesse. Ele buscou em diversas Universidades até encontrar alguém que o agradasse. Anabelle era uma estrela em ascensão, jovem, destemida, a vontade de conquistar o mundo, era tudo que o Tremere precisava, Andrew, então, envolveu a garota em um laço de sangue transformando-a em sua Carniçal, conforme a biblioteca crescia Anabelle era mandada pra se especializar ainda mais, se tornando a peça fundamental do sucesso que atingiriam mais tarde. E até mesmo o Tremere procurara se aperfeiçoar naquela área que até então era desconhecida.

Kingler´s Library
Spoiler:

Logo a biblioteca virou um sucesso total e com isso Andrew expandiu seus negócios abrindo uma editora, que viria a publicar uma série de Best Sellers, e uma rede de livrarias, tendo sempre Anabelle como sua testa de ferro.
A vida de um membro da Camarilla em Nova York não era fácil, uma cidade cobiçada era alvo de ataques frequentes do Sabá, incursões Anarquistas e o mais temido pelos cainitas naquela época, os Lupinos. Apesar da vontade de explorar seus novos poderes, não era aconselhado a um recém abraçado se aventurar pelas ruas noturnas da Big Apple, Andrew seguiu a risca esse conselho e quando ele não estava cumprindo alguma ordem do seu senhor ou do Regente da Capela, ele estava em alguma biblioteca se especializando. Durante esse tempo de imortalidade, Andrew não tivera muitas oportunidades de provar seu real valor ao clã e porque não a seita, apesar de não ser prioridade do Tremere a Camarilla era muito útil ao seu clã, um não resistiria sem o outro. Antes de buscar o conhecimento de novas linhas, o Tremere buscou se aperfeiçoar em sua primária, mas agora se sentia pronto para buscar novos poderes, afinal ele sobreviveu ao primeiro século, agora ele poderia buscar ser o jogador e não mais uma mera peça.
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Andrew Kingler (Poeta) - Tremere Empty Re: Andrew Kingler (Poeta) - Tremere

Mensagem por Padre Judas Sex Out 13, 2017 1:24 pm

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