Vampiros - A Máscara
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Et innocentiae labem

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Mensagem por Yassemine Queen Qui Set 21, 2017 8:54 pm

Damru - FV 10/pds 20



O local estava selado pelas ruínas. NO meio do nada Damaru precisava apenas esperar que a morte viesse seu trabalho. Ela viria devagar em uma viagem saborosa e sem pressa, sem esforço. Chegaria para uma ceifa tranquila, talvez anunciada pela loucura como carrasco.

Mas quanto tempo levaria a viagem do ceifeiro? Em maio de 1933, um outro santo principiou uma greve de fome em protesto à opressão britânica contra a Índia. Assim, Gandhi permaneceu por 21 dias em total privação de comida e com apenas alguns goles de água.
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Mensagem por Gam Sex Set 22, 2017 2:39 pm

Damaru se via sentado em um tapete, a luz do sol o banhava e por um momento ele até se assusta. A luz entra por uma passagem de uma tenda. Há algumas almofadas de desenhos finos de sua região, o cheiro de incenso lhe é familiar. Diante dele, sentado de forma despreocupada e quase distraída está seu criador.

- Oh, Damaru, aceita um chá? - Ele pergunta sorrindo - Me diga, qual o motivo dessa fascinação pela umbra? - Era uma conversa casual como muitas que tiveram, mas nunca durante o dia.

Olhando para sua própria mão, fascinado pelo calor do Sol que não o fere, ele fala como se estivesse com a mente distante.

- Quando eu era vivo, viajar pelo mundo era uma realidade que eu jamais imaginaria viver. Da pequena e amontoada cidade em que eu estava com minha família, todas as possibilidades do horizonte sempre me fascinaram de um modo lindo e trágico. - Agora ele observa as duas mãos iluminadas pela luz do Sol. - Mas agora nós já vimos tudo, não? Todas as culturas, toda a podridão. Cada sociedade fascinante a seu modo, é verdade, mas no fundo é sempre mais do mesmo. Como formigas, os humanos repetem os mesmos padrões através dos séculos. É interessante, mas existe mais. E não é mais uma questão de crença, eu sei que existe. E quero conhecer. Quero ir além, desbravar o máximo de horizontes que puder enquanto essa existência amaldiçoada me permitir. Eu quero entender tudo. Não preciso mais me contentar com questões sem respostas, eu posso buscá-las por conta própria.

E agora, com o rosto tocado pela luz, ele finalmente se atenta e olha seu mentor nos olhos.

- Mas por que eu estou lhe dizendo isso? Você não é real. Nada disso é, não é mesmo? E esse calor, eu entendo agora. O conheço bem. - Ele toca a própria face, deslizando o dedo pelo seu rosto. - Isso não é luz. Isso é...


- ... Sangue.

O caminhão ainda está ligado, o motor ronronando sozinho contra o silêncio da noite. Os cadáveres de todos os homens que matou estão espalhados por toda parte. Na estrada, na caçamba, sob seus pés. Eles nunca tiveram qualquer chance. O motorista tentou sacar uma pistola do porta-luvas, mas não teve tempo de usá-la. Ele nem saberia em quê atirar. Mesmo em frenesi, a Besta de Damaru é tão familiarizada com ilusões que as produz inconscientemente. Ele é uma constante ameaça à realidade, faz parte de sua essência agora.

Agora bem alimentado, ele caminha pacientemente pela neve e arrasta, um a um, todos os corpos. Ele os joga no caminhão, amontoando-os como os sacos de carne vazios que agora são. Em tempo, a neve cobrirá os rastros de sangue.

Não há qualquer sentimento em seu rosto. Sim, é injusto com estes homens. Mas o leão disserta sobre justiça quando caça sua presa? É uma pena que tenha de ser assim, mas aquele padre não estava em seus planos. Lidar com ele consumiu todas as suas forças. As coisas foram feitas de maneira improvisada, rude. Não é assim que Damaru prefere, mas bem... nem tudo é como a gente prefere.

Encharcado de sangue da cabeça aos pés, ele senta ao volante. Olhando-se no retrovisor, averigua que não está nem um pouco apresentável. Em um segundo, contudo, isso é resolvido. Para todos os efeitos, ele de repente está limpo. E então, sem pressa, observa o mapa offline de seu celular. Quando decide uma rota que não passe por civilização, ele acelera.

Em menos de uma hora, o caminhão recheado de cadáveres está afundando nas águas geladas do Alaska. Observando à beira-mar, Damaru busca sinal para mandar uma mensagem para sua lacaia.

"Preciso de uma nova equipe para me buscar o quanto antes, quero partir no máximo amanhã. Envie também um time de mercenários preparados para passar um mês vigiando um lugar aqui para mim. Iremos financiar todos os gastos e lhes pagar bem. Naturalmente não quero que façam perguntas.

Obrigado.
"
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Mensagem por Yassemine Queen Ter Set 26, 2017 12:40 pm

Damru - FV 10/pds 20

Damaru pretendia pedir ajuda tentando contactar para sua lacaia, mas ele estava muito distante e a região onde ele estava naquele momento, por algum motivo, ainda não recebia cobertura de sinal telefônico. O caminhão afundava escondendo os corpos das pobres inocentes vítimas da besta do Ravnos ancião.
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Mensagem por Gam Ter Set 26, 2017 12:55 pm

É, nada de sinal aqui. Compreensível.
Sem pressa, uma vez que a noite no Alaska dura muito mais nessa época do ano, Damaru volta pela neve com as mãos nos bolsos rumo ao vilarejo onde está hospedado.

Sentidos Aguçados

No caminho ele se maravilha com a aurora boreau e o magnífico céu estrelado que apenas um lugar tão alheio da civilização poderia proporcionar. Cada estrela cadente, cada pulsar dos milhões de sóis que queimam no infinito do universo... São coisas que o fazem pensar sobre o quão insignificante é tudo o que ele conquistou em seu meio milênio de existência. Sua pequena jornada para conseguir os preparativos para a Umbra é a única coisa que importa agora. A emocionante busca de sentido para uma vida sem nenhum.

No vilarejo, onde ninguém deve ter ciência das várias mortes que ocorreram na neve esta noite, ele dirige-se tranquilamente para seu quarto. De lá, pode conseguir sinal para contatar Lilo. Na pior das hipóteses, coencta-se ao wifi da estalagem. Hoje, ele dorme. Amanhã, retornará com toda a segurança em seu avião particular. Do aeroporto, o procedimento de sempre com um helicóptero alugado até alcançar seu refúgio.

E, após toda a viagem e os vários procedimentos intrincados que para ele já são praticamente automáticos, ele finalmente encontrará Lilo em frente ao computador.

- A equipe de mercenários já chegou lá? Eu lhe dei a exata latitude e longitude. Diga que vigiem aqueles escombros e não permitam que ninguém se aproxime de lá ou da casa adiante. Deve ser fácil, é uma região distante da civilização. Aconteça o que acontecer, eles não devem tocar nos escombros. Quero relatórios constantes de qualquer incidente ou acontecimento estranho. Estarei de volta em um mês.

O Tremere já foi avisado que o osso pode demorar, então Damaru fica tranquilo quanto a isso. Ele passa um mês, portanto, estudando novos aspectos da Umbra e, para aliviar a cabeça, alguns protótipos de armamento. Talvez se não confiasse tanto em seus talentos sobrenaturais e simplesmente andasse armado como um pistoleiro mundano, aquele padre já estivesse morto. A Bíblia não tem nenhum relato de santos que param projéteis, afinal.
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Mensagem por Yassemine Queen Qui Set 28, 2017 7:19 pm


Damru - FV 10/pds 20

Nuiqsut  seria o perfeito exemplo do que alguém quer dizer quando diz que vive em  um lugar no fim do mundo. Longe, cerca de 1000km da vila mais próxima, a população era composta de 200 homens e 216 mulheres. Esperava-se que esse número mudasse em breve com o nascimento de uma criança cuja mãe estava no oitavo mês de gestação. A vila tinha apenas uma única hospedaria que também era um dos dois bares locais.

Et innocentiae labem Nuiqsu10

Era inverno, as noites eram longas e o frio do ártico imperava. Após se desfazer do caminhão e seus entulhos, sem conseguir enviar a mensagem para Lilo por conta dos problemas de sinal, o ancião segue um longa caminha até a Villa. Havia matado seus empregados e estava sozinho.

Damaru chega em horário não convencional para os donos do estabelecimento. Sempre que um forasteiro chegava era o mesmo sermão da Senhora Kashahall. Passava  horas repetindo a mesma história: O velho Kolbi não é mais o mesmo, tem problemas para dormir e eles não gostam que os hospedes cheguem tarde ou fiquem bêbados em demasia e que se você quer vencer na vida deve economizar, cada centavo!

Damaru chega cedo da manha, ainda escuro, mas a velha já havia levantado.

- Chegou cedo cedo senhor, por onde tem andando? Estamos no inverno é perigoso!


Última edição por Papa Paradise em Qui Set 28, 2017 11:19 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Gam Qui Set 28, 2017 10:42 pm

- Oh, bom dia. - Muito educado, ele cumprimenta a senhora. - É verdade, tive uma noite muito cheia. Estou exausto.

Ciente do horário que o Sol despontará, Damaru está tranquilo. Ele ouve a senhora com toda a atenção e paciência do mundo, até respondendo com pequenos comentários pontuais. Sem muito contato com humanos à exceção de Lilo, ele acha fascinante relembrar seus medos e anseios simplórios. São verdadeiras pérolas, cada um deles. Tão inocentes...

E, quando enfim ela parece dar um sossego em seu pequeno monólogo, ele se despede.

- Vou dormir agora, amanhã já estarei de partida. Por gentileza, peça para não me incomodarem por hoje. - E sobe para seu quarto. - Tenha um ótimo dia, senhora Kashahall.

Damaru sobe para o seu quarto e envia a mensagem para Lilo, deixando claro que irá partir amanhã e que ela envie o quanto antes uma equipe de mercenários para vigiar os escombros sem tocar em nada pelo mês que virá. Em seguida sela bem as janelas, tranca a porta e liga seu pequeno despertador de segurança: Um aplicativo de celular simples que ele encomendou. Uma sirene estridente que toca para acordá-lo ao sinal de qualquer movimentação detectada pela câmera. Uma segurança muito pequena comparada a todos os seus aparatos em casa, mas que um dia pode fazer a diferença entre a vida e a morte.

Ele então deita na cama, se cobre e repousa com as mãos em frente ao corpo. Pleno e confortável, Damaru dorme seu sono de sonhos antigos.

Quando a noite chegar, ele irá partir o quanto antes com seu jato particular de volta para a segurança do lar.


Última edição por Gam em Qui Set 28, 2017 11:46 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Yassemine Queen Sáb Set 30, 2017 9:58 pm

Damru - FV 10/pds 20

Jolene Kashahall era uma senhora simpática, falava pelos cotovelos e como dona da estalagem bar, exclusividade na vila, era a fonte de informações mais quentes da região.

- Sim, acredito que esteja cansado- Kashahall responde a despedida de Damaru ignorando o resto da frase -  Imagino que para chegar esse horário o Senhor deve ter passado a noite algum lugar bem interessante, algo que eu não consigo imaginar nesta vila! - Ela sorri despretensiosamente, e continua:

-O senhor já vai?  Uma pena! Sabe, os outros hospedes que chegaram junto com você? Não voltaram ainda.Tudo bem que não deixaram nada nos quartos, mas eu pergunto para saber se vão querer o almoço! Temos baleia fresca, uma raridade nessa época, certamente com o perigo das tempestades os barcos não sairão a pesca por muito tempo.

Damaru consegue mandar a mensagem para Lilo que transparece preocupação em ter que lidar com o desaparecimento dos anteriores, que ela já prevendo a resposta nem questiona. Levaria cerca de 15 dias entre o agendamento e a chegada de outra comitiva.

O sol nascia e Damaru sentia o peso disso recaindo sobre seu corpo antigo, a conversa com Lilo não se estendera muito.

Damaru dormia profundamente quando o aplicativo do celular detectar um movimento e a sirene dispara...

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Mensagem por Gam Dom Out 01, 2017 7:24 pm

- Oh, sim. Eles já partiram na frente. Ficaram te devendo alguma coisa? Será por minha conta, se for o caso. - Ele se responsabiliza.

15 dias é muito tempo. Se Damaru bem se lembra, haviam pessoas que compareciam na casa para uma espécie de missa. Se deixar o lugar inatendido, estas pessoas com certeza notarão os escombros e, na pior das hipóteses, podem até resgatar o padre.

"Não, 15 dias é inadmissível. Consiga uma agência que faça isso para hoje, suborne ou ameace quem for preciso. Pensando bem, é melhor que sejam ilegais, pois quero eficiência brutal sem perguntas. Utilize meu contato do mercado negro." - Ele envia uma última mensagem, conforme o sono o deixa mais e mais letárgico.

Lilo é uma profissional eficiente, sabe que não terá que pedir duas vezes. Muitos homens influentes trabalham para os muitos nomes de Damaru, basta ela contatar os certos. Mais tranquilo, ele finalmente adormece...

Por pouco tempo.

A sirene é estridente, ele abre os olhos de sopetão. Não pode ser a senhora Kashahall, uma vez que ele trancou a porta. Alguém forçou a entrada. Perigo. Ele foi relaxado, devia ter deitado sob a cama e deixado uma cópia dormindo nas cobertas. Mas não preveu que teria inimigos aqui, no fim do mundo. Descuidado.

Antes de sequer tentar entender o que está acontecendo, o Ancião enrijece sua pele antiga e força a extremos sua capacidade de ocultar a presença. Ele precisa desaparecer dali.

-5 pds em Vigor
Desaparecimento do Olho da Mente (Ofu 4)


Uma vez feito isso, ele imediatamente levanta da cama e analisa a situação. Quem ou o quê acionou o alarme?
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Mensagem por Yassemine Queen Ter Out 03, 2017 4:14 pm



Damru - FV 10/pds 15/20

- Oh não se preocupe, já deixaram tudo acertado desde o início! Rezo ao anjo que mais hospedes assim venham nos visitar!

Kashahall pareceu obter a informação que precisava, sequer espera Damaru responder e começa a se retirar, feliz da vida com a notícia!

Ao contactar Lillo e ver sua resposta, Damaru contava com a eficiência da lacaio, se ela havia  estimado 15 dias, com uma pedido mais firme ela certamente conseguiria na metade do tempo! Sim, em uma semana certamente a cavalaria chegaria! Eles finalizam a conversa após ela escrever que avisaria assim que tudo estivesse pronto!

O ancião cai no sono até que algo acontece, pela primeira vez o aparelho servia para alguma coisa, o alarme é acionado!

Damaru consegue sucesso em ofuscar-se, o desaparecimento do olho da mente funcionou e o que quer que estivesse ali não estaria mais o vendo! Ele levanta-se com cuidado, ato que seria suficiente para quebrar a ofuscação, pois se ele estivesse sendo observado as impressões de seu peso sobre o colchão o entregariam ao ao passo que levantasse e o colchão voltasse ao normal. Porem não foi o caso, a ofuscação não foi quebrada. Talvez não estivesse sendo observado, ou o observador não era tão perspicaz!

Olhando ao redor nada foi detectado! Mas ele insiste em procurar, ate que próximo ao aparelho ele pode ver, ali estava o motivo do alarme:

motivo do alarme:

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Mensagem por Gam Ter Out 03, 2017 6:27 pm

Alarmado, com os nervos a flor da pele, Damaru vasculha todo o quarto atrás do intruso. Teto, paredes, cada possível esconderijo. Nada. Exceto por...

Uma aranha. Um animal inofensivo. Em silêncio, Damaru ri. Aquele artrópode fascinante acabou de fazê-lo queimar uma criança inteira de vitae. Quão embaraçoso! Ele precisa modificar o aplicativo, adicionar uma variável de limite para o tamanho do intruso. Um deslize amador, que devia ter previsto antes.

Mas, pensando bem, por que devia confiar em uma aranha? Antes de baixar a guarda, Damaru atesta sua segurança novamente. Ele verifica a aura da aranha (Ausp 2). Seria ela um animal mundano ou um espião em disfarce? Ele também a interroga (Anim 1), para ter certeza se suas intenções ali são puras. Em seguida busca por inimigos nas sombras (Ver o Invisível). Verifica novamente as trancas da porta e da janela e vasculha o banheiro. Reativa o aplicativo. E, só então, se permite relaxar.

E, por relaxar, entende-se que ele desta vez dorme embaixo da cama enquanto uma ilusão perfeita de si mesmo dorme sobre ela (-1 pds para Permanência). Segurança nunca é demais.

Ele não pode deixar o padre sem vigia por uma semana inteira. Sua estadia no Alaska, portanto, terá de se estender. Deus, dá fome só de pensar.

Sentindo-se mais tranquilo, o Ancião permite-se dormir novamente.
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Mensagem por Yassemine Queen Sex Out 06, 2017 2:28 pm


Damru - FV 7/10/ pds 15/20

Acordar e permanecer acordado durante o dia é algo extremo para um vampiro. Damaru tem poderes que facilmente o acordam em situações assim, mas ainda sim, teria que lidar com o peso do sono e enfrentar a situação.

dados:


Uma aranha foi o motivo do despertar inconveniente. Astuto ele desconfia do inseto e tenta desvendar se ha algo por trás do seu visitante. A percepção de aura mostra uma cor Púrpura envolvendo o aracnídeo, isso significava que a criatura estava agressiva. Curiosamente ele teve a sensação de que a aranha o percebia de alguma forma. Damaru então tenta uma comunicação, mas a aranha cai no chão e foge numa velocidade incrível e desparece sem que ele perceba exatamente onde foi. Ele então olha ao redor mas nada parecia fora do comum, na verdade era perceptível que com a aranha a uma sensação pesarosa desapareceu, algo que seu auspicius lhe informava, uma intuição. O relógio marcava 14 horas, ainda levaria cerca de 2 horas até o sol se por!
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Mensagem por Gam Sex Out 06, 2017 2:42 pm

Observar a aura de uma aranha dependurada em sua teia é uma experiência exuberante. Linda, como uma pequena chama de vela suspensa no ar, o brilho púrpura o comove por um momento. Mas só por um momento. Animais comuns não possuem essa ira gratuita. Suas suspeitas tinham cabimento, aquele é um inimigo!

Antes de tirar conclusões injustas e interromper o dharma daquela alma, Damaru tenta uma comunicação mais íntima.

- Olá? - Ele interage, cautelosamente.

Mas a criatura imediatamente é acuada, sumindo no escuro. Letárgico, ele não tem tempo de reagir.

Isso deixa o Ravnos em alerta imediato. Ele não pode dormir de novo! Aquilo era um espião, ou talvez algum tipo de vampiro metamorfo muito perigoso! Ele não pode baixar a guarda, precisa sair daqui. Não pode... E dorme por mais duas horas. Babando sobre o travesseiro, o Ancião é entregue à sua maior fraqueza: Um pesado sono sobrenatural. A contragosto, ele se expõe mais um pouco. Estes dias no Alaska tem sido extremamente desconfortáveis, pra dizer o mínimo.

Para a sua surpresa, contudo, ele acorda vivo na noite seguinte. Damaru levanta da cama em um só susto. Ele observa ao redor, apreensivo. Mas não há nenhuma estaca, nenhuma aranha, não há fogo. Nada. Tudo tranquilo.

O Ancião vai até o banheiro. Longe de uma besta secular, ele acorda como um perfeito cavalheiro. Sua barba e cabelo sempre se levantam do tamanho ideal, um cuidado que Lakhpati lhe permitiu antes de Abraçá-lo. Isso não o impede, contudo, de lavar o rosto e pentear-se adequadamente.

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Vamos lá. Agora, com a cabeça fresca e algum tempo para refletir. Quais são as possibilidades? Uma aranha comum poderia agir de maneira hostil? Provavelmente não. São animais de comportamento bastante recluso. Ela poderia ser hostil se estivesse caçando, mas não era o caso. Estava ali, parada no meio do quarto. Poderia ser uma espiã vampírica? O próprio Damaru já se valeu disso antes. Mas, ainda assim, isso não altera o comportamento intrínseco do animal. Por mais curiosa que estivesse, por que a hostilidade? Não, é algo ainda mais excêntrico...

Ele começa a se vestir e, encarando o espelho, tenta chegar a alguma conclusão. Talvez algum tipo novo de metamorfo? Ele nunca viu um vampiro transformar-se em um aracnídeo antes, mas talvez esta seja uma casta mais poderosa. Alguma linhagem Gangrel perdida nos confins desta ilha congelada...

Seja como for, era um artrópode inteligente. Inteligente e astuto. E isso significa que Damaru não pode continuar aqui. Isso termina hoje.

- Boa tarde, senhora Kashahall. - Ele cumprimenta a senhora, quando desce para o salão. - A senhora sabe onde posso conseguir uma arma? Hoje decidi sair para caçar.
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Mensagem por Yassemine Queen Ter Out 10, 2017 1:30 am

Damru - FV 8/10/ pds 14/20

"- Boa tarde, senhora Kashahall. A senhora sabe onde posso conseguir uma arma? Hoje decidi sair para caçar."

- Olá, boa tarde! O senhor aceita um pouco de sopa? Pensei em acorda-lo para o almoço, mas lembrei que pediu para não ser incomodado! Imagino que estava mesmo cansado, acho que precisa regular seu horário de sono!

- Caçar? No inverno? Mas que corajoso! Eu diria que para sua idade  você é bem aventureiro! - Ela sorri desconcertada - Não acho que poderei ajuda-lo com o seu pedido, somos todos a favor do desarmamento aqui na Villa. Bem... talvez o xerife Thompson possa ajuda-lo! Se tiver sorte de que ele vá com sua cara, é claro. Uma boa dica é falar bem dos Redbulls, perderam o título mês passado, ele ficou uma fera!

Mas sabe! Kolbi tem uma velha espingarda... - O velho estava sentado numa poltrona de couro marrom, com mantas cobrindo-lhe as pernas, em frente a Tv numa especie de sala de estar em meio as mesas do bar. Parecia estar em estado vegetativo, mal piscava!

- Se o Senhor quiser pode ser nosso segredo! Posso alugar para o senhor e ainda acho que tenho uns 3 cartuchos em algum lugar nas gavetas da cozinha! Nem cobrarei por eles! Mas, se o for pego com a arma por ai, direi que não sei de nada e você dirá que foi Kolbi quem fez o negocio! - Ali ao lado, o velho tentava desajeitadamente sem sucesso espantar uma mosca que insistia em pousar em seu nariz!
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Mensagem por Gam Ter Out 10, 2017 4:21 pm

- Oh, sopa de baleia! - Ele se lembra. - Sim, por favor. Posso levá-la para o quarto?

- E ninguém caça na vila? - Ele pergunta, com curiosidade genuína. - Supus que, principalmente nesse frio, todo suprimento fosse bem vindo.

- Hohoho - Ele ri do pequeno negócio escuso da senhora Kashahall. Praticamente uma vampira! - Eu adoraria. Pode deixar que não serei pego. Só me dê alguns momentos para tomar a sopa e me preparar.

Muito educado e paciente, ele espera senhora Kashahall servir-lhe a sopa e sobe para o quarto com seu prato. Chegando lá, tranca a porta e despeja o conteúdo do prato na privada, dando descarga. Uma pena, provavelmente teria sido uma experiência gastronômica ímpar se ele ainda pudesse apreciá-la.


Damaru então senta-se em posição de lótus no meio do quarto e tira algum tempo para clarear sua mente. Ele não quer tomar decisões precipitadas, nem permitir que seus sentimentos imediatos nublem seus objetivos. Por longos minutos, Damaru limpa sua mente. Ele inspira e expira.

E então, por um breve momento, seus olhos se abrem. É claro, como não pensou nisso antes? Ele pode vigiar o santo de qualquer lugar do mundo. Só não está acostumado a isso, mas a verdade é que sua mente já se iluminou o suficiente para transpor esta casca. Damaru fecha os olhos novamente.

E, em um esforço sem esforço, em um transe semi-consciente paulatinamente alcançado conforme ele desapega-se de todas as camadas de sua mente, o Ancião transcende.

Projeção Psíquica (Ausp 5, -1 FV)

Ele não vai para a Umbra. Ainda não é o momento. Mas este mundo físico, esta barreira sólida e frágil, é o seu território. Em espírito, Damaru atravessa limites de distância e velocidade para colocar-se no mausoléu do santo. Lá, ele procura por sua vítima. Tenta ver o que ela está fazendo, ver se já cedeu ao desespero. Além, ele também verá se há alguém nas proximidades. Qualquer pessoa que possa ter o risco de salvá-lo. Ele não pode permitir que isto aconteça.

Sentidos Aguçados (Ausp 1)
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Mensagem por Yassemine Queen Ter Out 10, 2017 11:20 pm

“- Oh, sopa de baleia! - Sim, por favor. Posso levá-la para o quarto?"

- Bem, não costumamos levar refeições nos quartos, lavar roupas aqui é um tormento nessa época do ano! Mas posso fazer uma exceção para o Senhor! Esta quase pronta!

"- E ninguém caça na vila? - Supus que, principalmente nesse frio, todo suprimento fosse bem-vindo."

Na verdade, é, mas a melhor caça apor aqui são as aves e no inverno elas migram! O governo abre temporadas de caça para ursos também no verão, as armas são todas registradas! Os suprimentos vêm uma vez por mês em comboios, eles trazem do sul!

Damaru aceita negociar a arma e também a sopa. Ele sobe para o quarto e a velha despede-se animada por ter conseguido fechar mais um negócio com sucesso!

Algum tempo depois ela bate na porta trazendo a sopa!

- Com licença! Me desculpe se estiver com gosto de queimado, é que a desajeitada da moça que me ajuda na cozinha não veio hoje! Metade da vila está empenhada na tragédia que ocorreu com o padre da Capela santa das montanhas! Eu particularmente acho que aquilo deve ter desmoronado de velhice mesmo! E ele já deve ter morrido congelado, perdido em alguma parte daquelas montanhas! O homem desapareceu do nada! Também, decide viver num lugar daquele a troco de que?

Ah! Eu vou limpar a espingarda, estarei lá embaixo se precisar!
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Mensagem por Gam Ter Out 10, 2017 11:38 pm

Damaru aguarda no quarto em posição de lótus, até que enfim sua sopa de baleia chega.

- Obrigado, eu prometo não derramar nada. - Ele diz, sempre gentil com a senhora Kashahall.

E hei que ela lhe dá uma notícia terrível.

- Minha nossa, mas que notícia terrível. - Tarde demais, eles já descobriram que o mausoléu desmoronou. Mas, quando ela diz que ele desapareceu... Será que ainda não retiraram os escombros? Ou o bendito possuía outros truques na manga?

- Bom, tomara que o encontrem. - Ele oferece seu apoio. - Está bem, senhora Kashahall. Em breve estarei lá embaixo.

E, agora sim, ele tranca-se no quarto. Enquanto despeja a sopa no toalete, Damaru tenta imaginar as possibilidades. Talvez houvesse outra saída do mausoléu? Mas se é assim, por que ele não voltou para casa? Medo de Damaru, é claro. Minha nossa, encontrar outro homem com aquelas capacidades será um martírio. Mas ele não pode esperar mais um dia. Sua presença aqui já foi notada. Aquela aranha...

Ele senta no centro do quarto. Está na hora de trabalhar rápido, mover-se com a liberdade de um espírito e a velocidade de um pensamento. Ele irá partir em investigação, mas seu corpo não sairá deste quarto.

Projeção Astral (Ausp 5, -1 FV)

Concentrando-se, libertando-se pouco a pouco das amarras de sua casca física, ele lenta e suavemente transcende. Seu destino? O mundo físico, não a Umbra. Ainda não. Hoje ele concentra-se em estar novamente no mausoléu, alcançar aquele território já conhecido com sua pura essência astral.
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Mensagem por Yassemine Queen Seg Out 16, 2017 12:57 am

Damru - FV 7/10/ pds 14/20

Atravessar a película nunca é algo simples. Projetar-se, exige em entrega total, exige moldar a própria alma, ou seja, seu próprio ser, em substancia tangível ao nível da constituição da malha sobrenatural a ser ultrapassada. Quando mais distante profunda ou densa mais diferente, complexa ou dificultosa é a passagem. Damaru ainda é como uma criança ou um filhote de cão, curioso para explorar, mas ainda se sente mais confortável em uma distância onde ainda pode ver o caminho de volta! O Ravnos atravessa apenas a camada mais simples, se é que é pode-se chamar isso de camada, é como se ele estivesse ainda dentro de um espaço dentro da malha, um espaço que lhe permite ver um reflexo do que seria os outros mundos de películas mais complexas. Damaru está na penumbra, um mundo semelhante ao que se vê e totalmente diferente ao que se sente.

Focado onde pretendia ir, Damaru deixa seu corpo em um quarto da estalagem da velha kashahall e segue em um cone de imagens distorcidas, tão rápido e ao mesmo tempo tão devagar que ele podia sentir todas as partes do seu corpo insólito como um único ponto de visão em 360º. Os sons ecoam mais que o normal e tudo na paisagem parece emanar algo. A matéria parece desfazer-se continuamente sem desgastar-se e as cores são mais pálidas em alguns pontos que em outros. Ele sente que se aproxima do lugar onde pretendia ir, porem algo ocorre! A medida que se aproxima, uma força começa a repelir sua presença! Até que ele para totalmente. Seguia para onde planejou, mas foi barrado pouco antes da parada final. Damaru não conseguia ver, apenas sentia que havia uma barreira ali, era palpável! Parecia queimar como o sol se tentasse se aproximar ou tocar. Era algo que após analisar, entendia-se como uma redoma invisível.

Ele estava próximo ao local onde soterrara o padre. Conseguia ver algo que parecia o semblante de pessoas e até ouvir alguns sons! Estavam trabalhando em tirar os escombros provavelmente, mas era distante demais para detalhes! Era notável que o lugar era cercado de estruturas diferentes, pareciam estruturas destruídas de uma construção ou várias. Pilares, pedaços de paredes e até torres flutuantes semi-destruidas que reluziam como se fossem feitas de metais, ouro provavelmente! Tudo isso dentro da redoma instransponível. Ele olhava como alguém que olha materiais em promoção através da vitrine de uma loja que está fechada.


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Mensagem por Gam Seg Out 16, 2017 1:29 pm

Et innocentiae labem B6t5wtrst

Nutrindo um delicado equilíbrio para que o regojizo não interrompa sua concentração, ele vai. Seu espírito é ejetado de seu corpo em uma só erupção, como se fosse grande demais para aquela casca e estivesse esperando por este momento de liberdade.

Ele trespassa sua casca de pele morta, trespassa a parede do quarto, a pousada, a cidade inteira. Tudo se apresenta sob uma nova percepção. Muito mais clara, e justamente por isso também muito mais confusa. Ele passa em um longo rasante sobre a estrada onde esteve antes com o caminhão, se atira por entre e através as árvores da grande floresta e, por fim, pode avistar seu destino.

Mas algo o impede. Dor quente. Ele para, estupefato. Seus pés - se é que esta forma se enquadra no âmbito de partes humanas - tocam o chão. Não que ele precise disso, mas é um mero reconforto psicológico. Uma barreira, mesmo através desta sub-dimensão umbral. Mas será possível? O padre ainda está lá? Ou seria isto alguma espécie de ritual cristão? O poder da verdadeira religiosidade o espanta a cada dia. Mesmo que saia daqui sem o osso, a experiência de estar de frente com este imenso novo espectro do sobrenatural lhe vale mais que ouro.

Fascinado, ele aproxima a mão até onde lhe for suportável. Ele 'alisa' a redoma, caminhando rente a ela para entender sua real dimensão. Não satisfeito, ele também a circunda na vertical, penetrando o solo para ver até onde ela se extende no subterrâneo. O que exatamente ela esconde? Não é a toa que uma parte deste homem o protegerá na Umbra. É incrivelmente poderoso, e muito diferente de tudo o que ele já viu.

Mas não há muito tempo a perder. Eles estão retirando os escombros. Isso não pode acontecer! Este novo universo é fascinante, mas ele estará aqui da próxima vez. Por hora, Damaru retorna para seu corpo com a velocidade de um pensamento.
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Mensagem por Yassemine Queen Qui Out 19, 2017 9:21 pm

Damru - FV 6/10/ pds 14/20
OBS: dialogo feito pelo facebook


Et innocentiae labem Alaska10


Damaru percebe que algo rapidamente passa do outro lado.  Um vulto negro move-se contornando a redoma por dentro. Era negro vivo, tinha olhos vermelhos e rastejava como um lagarto, sumindo em seguida! Então, outras formas surgiam, formas mais sutis e menos sinistras. Estas já não eram negras ou tinham olhos vermelhos, eram como fantasmas em filmes dos anos 80. Primeiro mais distante, aparecendo e desperecendo intermitentemente. Depois se aproximava flutuando em varias direções, parecia não haver gravidade agindo sobre, em dado momento passa a apresentar uma imagem mais nítida, uma espécie de espectro em forma de um sacerdote. Aquilo parecia querer expressar algo, parecia pedir ajuda! A figura do eclesiástico segurava o que aparentava ser um livro. Com paginas em branco abertas, algumas inscrições começavam a surgir:

“Ajude-me!”

Não era a imagem do padre preso nos escombros, mas lembrava um eclesiástico, era mais velho que outro, com vestimentas mais pomposas , como quando celebram missas ou alguma ocasião especial.

Damaru tenta comunicar-se:

- Você me reconhece? - Sua primeira reação é descobrir se aquele é o padre. Mas ele logo entende que isso não é importante. Mesmo se for o padre, ele não gostaria de condenar sua alma assim. A morte é irrisória, mas a continuidade da alma é sagrada. - Como eu posso ajudar? Como eu passo por aqui!?

No livro outras inscrições surgem e desaparecem:

“Silêncio!”

“Não deixe que ele te ouça, não ouça o algoz, fuja dele!”

As mensagens continuam...

“Livro das sombras, procure!”

“Estigia”

“Destrua a barreira! Nos ajude! ”

- Parece que isso vai envolver alguma pesquisa por conta própria.

Damaru, obedecendo a ordem do silêncio, abre uma mensagem quimérica em frente ao seu peito:

-Me chamo Damaru, vou ajudá-lo.

-Aguente firme.

Damaru sabe que Estigia é a cidade lendária no mundo espiritual! A figura do eclesiástico desaparece em seguida...

Damaru não se sente a vontade para viajar pelo mundo dos mortos ainda, mas esta alma urge por ajuda. Interromper uma alma em seu trajeto após a vida, aos olhos de Damaru, é um pecado muito mais sério do que o Abraço. O dharma é um direito sagrado de cada um de nós, leve o tempo que levar.

Sua missão pessoal pode esperar. Ele decide arriscar-se, preparado para voltar pelo trajeto de seu fio de prata caso as coisas dêem errado. Focando em trespassar a penumbra até o reino dos mortos, ele penetra mais além (-1FV)

dados:

Damaru atravessa uma camada grossa de realidade era como eclodir de um ovo de casca mole reptiliano. Ele estava agora no submundo!

Havia uma pressão emocional esmagadora sobre o vampiro, ele era um peixe fora d’água literalmente. A realidade ali era muito mais perturbadora que a anterior. Ler sobre algo e vivenciar aquilo de fato eram coisas absurdamente diferentes. Tudo parecia podre, tudo parecia fétido, tudo parecia errado. O firmamento desfazia-se ao pisar como quando se caminha em um campo consumido pelo fogo onde as cinzas conservam fragilmente o formato da estrutura anterior. Uma ventania substancial o envolvia terrivelmente, lembrava a mortalha dos La sombra, não era ar em movimento, era a própria existência em movimento. Sua forma atual era sacudida como o vento sacode as chamas de uma fogueira. Atrás de si, uma parede turbilhonada de matéria desconhecida movia-se tentando traga-lo...

A sua frente, agora revela-se a verdadeira natureza da barreira. Era realmente uma redoma. Algo gigantesco. Inscrições rúnicas, nunca antes vistas por ele, espalhavam-se por toda a estrutura como hieróglifos em murais egípcios.  Dentro, onde deveria estar os escombros que soterravam o padre, havia uma estrutura de cidade magnífica, algo imponente e arquitetonicamente fenomenal como ele nunca havia visto antes...

Et innocentiae labem Sup_6610


Damaru sente o cordão de prata tenso, não era coragem que lhe faltava, mas ele estava debatendo-se na lama como um peixe de lago perene no final do verão. O vampiro tenta assumir controle de seu estado corpóreo, mas parecia cada vez mais difícil mover-se controladamente. Seu auspícius piscava em luz vermelha como a sirene de uma ambulância em meio ao transito.  

Uma mão surge! Ela é estendida de dentro do turbilhão da parede que o queria tragar, e ele ouve uma voz:

-Venha, deixe-me guia-lo...


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Mensagem por Gam Qui Out 19, 2017 11:15 pm


Nada mais justo. A primeira viagem astral de um monstro como ele teria de ser para um lugar como esse. É fascinante. Diferente de tudo o que ele já viu em sua longa vida. Em seus sonhos, Damaru pretende executar viagens para os terrenos mais distantes da Umbra. Mas nunca lhe ocorreu qualquer curiosidade sobre este reino tão próximo do seu, o reino dos mortos. Esta é uma região onde um imortal trapaceiro como ele não é bem vindo. Uma região onde ele está programado a jamais pisar. E, ainda assim, cá está ele. E ela é estonteante.

Em nada lembra seu reflexo no mundo dos vivos. Quem diria que aquela região erma e abandonada pelos deuses estaria no mesmo lugar que essa soturna cidade? Quem diria que este imenso turbilhão retrataria as neves do Alaska? É tudo muito curioso, muito interessante.

Mas ele ainda está preso do lado de fora. A redoma é mais clara agora, já que ele chegou na dimensão onde ela realmente se reproduz. E prossegue tão sólida quanto antes. O Ancião, contudo, tem um plano. Sua viagem para cá não foi de todo inútil. Ele percebe agora que essa redoma sempre esteve aqui, não foi algo criado recentemente. Significa que ele já passou por ela uma vez, e é perfeitamente capaz de passar de novo. Não por qualquer uma das três dimensões do espaço, mas dando a volta por outro Plano. Ele terá que transcender direto dos arredores do mausoléu. Um risco razoável, mas perfeitamente possível.

Por agora, então, ele precisa voltar. Esta pequena região entre a redoma e o caos absoluto não parece o melhor lugar para um viajante astral ficar parado. Alguém, contudo, surge dentre o caos para estender-lhe a mão.

Uma figura interessante, mas (Visão de Aura) incapaz de enganar os olhos do Ancião. Ele pode ver sua aura lasciva, vermelha como sangue fresco. Aquela coisa tenta enganá-lo, acha que ele é uma ovelha desgarrada esperando pelos lobos.

Et innocentiae labem Sdfgddfghjk

- Eu não estou perdido. - Ele diz, enquanto seu corpo oscila e desvanece pouco a pouco. - Não me subestime. - E, assim, transporta-se para fora deste mundo esquecido.

Damaru retorna assim através dos Planos e do espaço a uma velocidade estonteante perseguindo seu intenso fio de prata, sua trilha de migalhas astral.
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Mensagem por Yassemine Queen Sex Out 20, 2017 1:05 am

Damaru - FV 6/10 - Sem corpo

O ancião decide voltar utilizando seu fio de prata com ancora. Nesta situação Damarú era uma projeção psíquica. Sua alma ou espirito estava ainda em seu corpo. Sua projeção é uma extensão de sua alma, é tudo aquilo que ele realmente é, seu eu. Portanto seu fio de prata ancora primariamente em sua alma, e está por sua vez, ancora em seu corpo físico.

Ele regressa à sua alma, porem a o aproximar-se do ponto final, percebe que o ambiente e toda a situação mudou. Em meio a uma escuridão ele distingue uma luz, um ponto luminoso, era para lá que estava sendo guiado. Seu destino? Uma lanterna! Era para la que o fio de prata agora levava! Onde estava seu corpo?

Mas antes da união alma (lanterna) e consciência (projeção psíquica), ele é barrado de chegar ao seu destino por um ser. O ser que segurava a lanterna! Ele diz com uma voz rouca e leve como um sussurro em brisa:

- Não se apresse filho da maldição! Está mais seguro desconexo de sua alma que a trelado a ela nesse momento! Não vejo a muitos anos um descendente do primeiro assassino, que desde os primórdios, a  presença trás destruição e má sorte ! Quem é você e o porquê veio macular a inocência dos fieis desse lugar?


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Mensagem por Gam Sex Nov 17, 2017 4:58 pm

Ora bolas, não era exatamente aqui que Damaru pretendia terminar sua viagem. Tomara que aquela alma do turbilhão não o veja agora, depois de sua saída espetacular. Seria no mínimo embaraçoso, considerando que desta vez ele definitivamente está perdido.

- Boa noite - Não há Sol ou ciclos planetários aqui, mas ele acaba cumprimentando por força do hábito. - Me chamo Damaru. Confesso que não sou inocente, mas hoje venho em missão justa. Procuro Estígia, onde buscarei a liberdade de uma alma em angústia. - Embora sincero ele busca ser vago, uma vez que não sabe quais as intenções da estranha criatura.

- Estou confuso, não era esta a direção que meu fio de prata deveria apontar. Me permite perguntar seu nome e o que sabe sobre minha condição?

    - Boa noite? Não creio que possa haver algo bom aqui!

    -Damaru, hummmm! Então você se diz heroi? Não há nada para salvar desse lado da existência!

    - Eu tenho muitos nomes, mas você não me conhecera por nenhum deles! Chame como quiser!

    - Eu separei sua alma do seu corpo! Ela esta aqui, dentro desta lanterna!
    Agora conte-me por que deixou seu corpo e veio a este lugar?


- Então para mim você será Durga. - é a deusa indiana que age como obstáculo para demônios. Mas Damaru não se vê tentado a explicar essa parte.

- Não sou um herói. Tenho meus próprios interesses na liberdade daquela alma.

E então, finalmente, ele descobre o que houve com seu cordão de prata.

- Isso foi bastante rude da sua parte. Eu preciso dela, e não me lembro de te dar autorização para colocá-la aí.

- Eu não estava nesse Plano. Estive nas margens de meu próprio Plano, mas passei por aqui em busca deste resgate.

- Agora, se me permite, posso saber por que entrou em meu caminho e o que pretende com minha alma suja?

Ele não está apenas conversando. Vê, quando se trata de Damaru, nunca é apenas uma conversa. Cada informação aqui pode fazer a diferença entre a continuação de sua existência ou não. E, enquanto Durga fala, o Ancião o analisa cada vez mais.

(Ausp 6 - Língua de Crocodilo)

    - Como pode ver, não preciso de sua autorização! Mas não se preocupe, minha intenção é devolve-la e em seguida também seu corpo. Farei isso assim que você me der algo em troca!

    - Este cordão que o ancora e seu estado de projeção psíquica são de fato poderes impossíveis de serem ignorados! Estou disposto a ignorar seu ato de macular o santuário do vilarejo devolvendo-lhe seu corpo se concordares em partir em uma missão!


Durga pode ser bruto, mas é bem sincero. É fácil saber o que ele quer.

- Vejo que não tenho escolha. O que tem em mente, Durga?

Mas Damaru ainda assim busca detalhes ocultos. Enquanto Durga lhe disser sobre a tarefa, ele busca brechas e informações que ele não tenha dividido. Ele já se provou completamente inescrupuloso uma vez, o que o impediria de enviar-lhe em uma missão suicida?

(Telepatia - Ausp 4)

    - Como ousa tentar entrar na minha cabeça!

    Durga enrosca sua foice no fio de prata de Damaru e o puxa um pouco mais perto!

    - Você não quer entrar nesta mente filho da maldição!

    - Eu não preciso mentir! Poderia mata-lo, juntar sua alma a sua projeção e deixa-lo aqui, para ser o herói que quiser! Mas não o farei!

    - Você trará o livro das sombrar para mim e eu lhe darei sua alma!

    Damaru percebe que não havia como entrar na mente daquele ser!


Ele devia estar horrorizado e sabe disso. Mas não consegue. É inacreditável demais, estasiante demais. Estar neste lugar, encontrar estes seres. Todos esses novos nomes e conceitos.

Quando é puxado para mais perto de Durga, ele o encara em puro fascínio. O que ele é, afinal? Uma Aparição? Será que ele já foi humano? Será que se lembra disso?

- Ora, vai me dizer agora que se sentiu invadido? - Ele retoma a compostura. - Peço sinceras desculpas, ainda não me adaptei aos modos desta realidade.

- Muito bem então, pegarei esse tal livro. Onde ele está? Suponho ue eu deva esperar algum tipo de resistência?

    - Você tem coragem! O tempos mostram que essa é uma qualidade de heróis, e também de tolos!

    - O livro foi visto pela ultima vez em Estígia! Traga-o para mim e terá seu corpo de volta! Sabes sobre a cidade de ferro? Terás resistência, mas sua forma tem vantagem sobre aquelas


- Só posso ser um tolo, portanto. - Ele conclui por exclusão.

- Sei que existe. Mas nunca estive lá, nem sei como chegar.

    Estígia fica em algum lugar na tempestade! Venha comigo...

    Durga sair caminhando pela escuridão


Sem alternativas melhores, Damaru obedece.

    Damaru percebe que eles ultrapassam a pelicula de volta ao submundo

    Et innocentiae labem Durga1

    Durga segue iluminando o caminho com a Lenterna enquanto Damaru segue como um cão encoleirado. Eles seguem para o alto da torre!

    - O que você conhece sobre este mundo?


- Sei que alguns mortos vêm parar aqui, mas ninguém sabe explicar os critérios. Sei também que ninguém sabe para onde vão todos os outros, embora eu tenha minhas teorias. - Tranquilamente, ele caminha observando a paisagem. - Sei que existe uma civilização montada aqui e que nela surgiu uma espécie de hierarquia, embora não saiba os pormenores. Sei que sua imortalidade é ainda mais trágica que a minha. E sei que cada um de vocês precisa desesperadamente de ajuda, embora muitos não tenham mais esperanças sobre isso. - Ele dá uma leve pausa, como se verificando se isso afeta Durga de alguma maneira. - Não sei, por exemplo, por que raios você tem quatro braços. Também não sei o que é o livro das sombras.

    - Talvez você saiba pouco do que sua era descobriu, isso é quase nada! De qualquer forma você tem razão quanto a ajuda! Mas eu não usaria a palavra desespero de forma tão banal!

    - O livro das sombras é um artefato raro, criado no no seu mundo e escondido aqui desde as primeiras eras! Ele concede a cada criatura que o toca uma resposta verdadeira para qualquer questionamento! Você pode ter a resposta do porquê eu tenho quatro braços perguntando ao livro! Tentador não acha?


- Sem querer lhe ofender, mas eu consigo pensar em algumas questões mais importantes. - Ele caçoa de leve. - Suponho que a resposta tenha um preço? - Damaru custa a crer que algo assim viria de graça.

    - O livro é uma dádiva! O preço é encontra-lo!

    - Porém Imagine o fardo de possuir um artefato como este! Quem sabe aqueles que o procuram estejam lutando pela própria alma!? Quando se luta por algo assim, você pode ser capaz das piores atrocidades! Entende?


- Entendo perfeitamente. - Ele responde de maneira soturna, imaginando que tipos de atrocidades Durga vem planejando para conseguir o livro.

- E você, que respostas pretende conseguir? Não sei se me sinto confortável em entregar tamanho poder a um colecionador de almas.

    - Hahahahahahaha, gosto do seu humor!

    - Eu não deveria, mas lhe direi o que quero saber em troca de uma resposta sua, também verdadeira!


- Justo.

    - Quero saber o que veio fazer no vilarejo!

    - Eu pretendo perguntar ao livro um nome! O nome que me dará o poder de finalizar minha missão de proteger o vilarejo!


- Há o cadáver de um santo sepultado lá, seu nome era Inocêncio. Pretendia conseguir um de seus ossos santos para confeccionar um artefato que me protegesse em minhas viagens astrais. Julguei que o Alaska seria o último lugar onde eu lidaria com qualquer tipo de resistência. Como você pode facilmente supor, me enganei.

- Proteger? Não se pode julgar um livro pela capa, não é mesmo? Você não me parece do tipo heroico.

    Eles estavam quase chegando ao topo da torre! Durga para ao ouvir a resposta de Damaru.

    - Ora, mas que coincidência! Acabei resolvendo dois problemas de uma única vez!

    - Então você é o responsável pelo desaparecimento do padre!

    - Acontece que o os ossos são o amuleto que sela a prisão de um ser maligno! E eu sou o verdadeiro carcereiro!


- Se engana. Eu deixei o padre muito bem guardado, ele optou por desaparecer contra a minha vontade. - Ele responde, frustrado. - Creio que vi este ser maligno de relance. Uma criatura sombria e rastejante? Bom, não tenho a intenção de causar problemas, sou um homem discreto. Suponho que posso conseguir meu osso em outro lugar.

- Mas o que acontece com os outros que estão presos ali com ele? Eles não me pareceram tão malignos.

    - Não entendi sua pregunta! È impossível que você o tenha visto!


- Por um momento, próximo ao mausoléu, eu estive do lado de cá do Véu. Eu vi a barreira que queima como fogo, vi espíritos de pessoas vagando dentro dela. E vi este ser rastejando, os olhos vermelhos como os de um animal em fúria. Será possível que estamos falando de prisões diferentes?

    -Compreendo! Então você foi notado!

    - Ele esta mais poderoso do que eu imaginava! O que ele lhe disse!?


- Fui notado, sim. Mas não pela criatura sombria, e sim por um dos outros presos com ela. Ele pedia ajuda. - Damaru para por aí. Ele não vê vantagem em citar que o homem o disse para 'evitar o algoz' ou 'buscar o livro das sombras'. - E era minha intenção buscar um modo de ajudá-lo, até que você me interceptou a seu próprio modo gentil.

    - Não ha outros presos com ele! Você não deve ouvir o diabo! Ele mente!

    Et innocentiae labem DURGA2

    - Chegamos!

    - Meu tempo aqui esta quase terminando!


- Seria mais fácil acreditar em você se não fosse tão apegado à sua privacidade mental.

E é verdade. Agora Damaru não sabe em quem confiar. Bom, talvez ele possa confiar no livro das sombras. Alcançar este artefato irá desatar todos os nós que vêm se formando.

    - Aquela passagem Irá leva-lo para um atalho na tempestade! Estígia pode ser encontrada após as as montanhas vermelhas!

    - Tome a lanterna! Traga-me o livro e a lanterna e eu devolverei sua alma ao seu corpo! Você pode usa-la como ponto de referencia para retornar para a passagem e me encontrar

    Et innocentiae labem Durga3

    - No alto desta torre há um sino! Quando retornar, eu virei ao seu encontro assim que ele for soado!


- Muito bem, então. - Ele aceita os termos, enquanto levanta a curiosa lanterna que sela sua alma e tantas outras.

Ele encara o vil artefato de perto, genuinamente curioso. E então, antes de Durga partir, tenta extrair mais uma informação.

- Há algo de útil que essa lanterna possa fazer por mim, além de mostrar o caminho de volta?

    - Ela pode iluminar seu caminho?

    - Ela é uma prisão de almas! Almas são a moeda mais valiosa neste mundo! Você pode usa-las se desejar! Mas cuidado para não libertar sua própria alma! Se isso ocorrer nem eu nem ninguém poderá ajuda-lo!


Iluminar, é claro. Parece que Durga-quatro-braços também tem um toque de humor. Ao ser instruído sobre a moeda corrente de Estígia, Damaru sente grande desconforto. Esse é provavelmente o maior desrespeito que ele já viu contra o ciclo de uma vida. Prontamente, ele faz um voto de pobreza mental enquanto estiver neste mundo.

A parte sobre libertar sua própria alma parece um grandesíssimo blefe. Mas ele não pode se dar ao luxo de testar, não é mesmo? Talvez o livro das sombras lhe forneça instruções melhores. Isso com certeza viraria o jogo a seu favor. A cada segundo, o objeto lhe parece mais importante.

- Suponho que Estígia seja um lugar imenso. Alguma pista sobre onde devo começar a procurar?

    - Biblioteca de Alexandria!

    - Lembre-se que você carrega um grande valor em almas com você! Use-as sabiamente! O retorno do livro às minhas mãos valerá o sacrifício de todas elas!


Ele não responde. É repulsivo demais para sequer cogitar nessa possibilidade.

Se Durga não tiver mais nada a acrescentar, Damaru despede-se com um meneio de cabeça e inicia sua caminhada.

    - Meu tempo aqui chega ao fim, devo retornar ao seu mundo! Que a sorte esteja com você filho de Caim!

    Durga desaparece!


'Ao seu mundo'? Ora, então Durga não é uma Aparição. Seria ele um cainita, talvez ainda mais poderoso que Damaru? Aquela forma não é impossível para um Tzimisce. Mas por que o tempo dele é limitado aqui, diferente de Damaru que pode caminhar a vontade? Aquele ser o intriga.

E, agora que ele se foi, o Ancião finalmente pode trabalhar do seu jeito. Você se enganou, Durga. Há outra coisa que essa lanterna pode fazer por Damaru. Ele concentra-se nela, comunhando conforme tenta desvendar os segredos de seu captor (Ausp 3 - Toque de Espírito).
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Mensagem por Yassemine Queen Dom Dez 03, 2017 9:55 pm

Damaru - FV 6/10 - Forma de projeção psíquica

dados :

A dificuldade da utilização do toque do espírito é determinada pela idade das impressões e da força espiritual e mental da pessoa ou evento que o envolveu. Dessa forma, acessar as impressões da lanterna não surtiu os efeitos esperados. Damaru continuará sabendo sobre  objeto apenas o que foi revelado por Durga. Além disso uma terrível sensação envolvia a lanterna. Era nítido que tentar usar o poder novamente poderia ser catastrófico!

Damaru logo descobre outro problema. A lanterna escapa por entre seus dedos, torna-se intangível e cai levemente no chão como se flutuasse em uma gravidade fraca. Ele estava ali em forma de projeção psíquica, segurar um objeto é impossível quando não se tem um corpo material, no caso o material daquela dimensão. O que poderia significar que ele teria que estar em forma de alma. Mas ele havia segurado quando Durga a entregou, deveria conseguir novamente!

( Segurar a lanterna requer um teste de manipulação + ocultismo, dura uma cena e requer total concentração)

dados:

A passagem estava a sua frente, entraria Damaru no atalho que contorna a tempestade em direção a Estígia?
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Mensagem por Gam Seg Dez 04, 2017 4:52 pm

Nunca é tão simples, não é mesmo?

- Me desculpem, eu devia ter previsto isso. - Ele fala com as almas aprisionadas, embora não tenha certeza que possam ouví-lo.

Então, com mais cuidado, Damaru firma sua palma na alça da lanterna. Se conseguir de fato concentrar sua vontade sobre o objeto e sentir seu toque, ele a levanta.

Uma passagem pela tempestade soa perigosa, mas não parece que Durga ganharia nada levando-o para uma armadilha. Ele já o tinha em suas mãos desde o início, afinal. Em todo o caso, Damaru testa o portal trespassando a mão que segura a lanterna na frente. Se sentir a situação relativamente segura, atravessa todo o corpo de uma só vez.

Ele caminha resoluto rumo a Estígia. As vezes, o destino não lhe apresenta outra alternativa. Não há espaço para arrependimentos quando você não fez qualquer escolha. Por enquanto, ele se concentra em como irá agir para conquistar este livro em meio a uma sórdida sociedade cambista de almas.
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Mensagem por Yassemine Queen Qua Dez 06, 2017 10:21 pm

Damaru - FV 6/10 - Forma de projeção psíquica

Após constatar a favor, em seu  seu empírico teste, sobre a segurança do portal, Damaru adentra...

Era possível que aquele cenário possa já ter sido imaginado ou ele tenha visto alguma pintura semelhante em algum de seus muitos dias no mundo real, seu mundo real. A passagem dava para um túnel que ocava uma pequena ribanceira, era cilíndrico como se tivesse sido escavado por uma minhoca gigante.  Fora dele, uma floresta se estendia iluminada por algo indefinido no alto. Este não tinha definitivamente um formato de céu com nuvens ou muito menos uma lua, eram apenas luzes que escapavam pela densa névoa pairava por todo ambiente.


Et innocentiae labem 25515-10


Damaru ouve o barulho de galhos quebrando, definia-se uma forma...

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