Vampiros - A Máscara
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Rastros de Insanidade - Ascensão

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Mensagem por George Nickson Seg Jul 17, 2017 10:54 pm

A calmaria que se sucedera a coroação de Calebros como príncipe de Nova York dera lugar a um silêncio impossível de não ser percebido. Era o tipo de silêncio encontrado no olhar do derrotado, daquele que não encontrou apoio entre seus próprios pares para ascender ao trono. O silêncio daquele que espera a oportunidade perfeita.

Também o era o silêncio da falta que a cidade sentia, nas suas noites mais tenebrosas, daqueles que se esgueiras pelos esgotos, esse tipo de silêncio é como uma lacuna, uma parede fraca que espera o teto ruir. Este silêncio era o mais intenso que o primeiro, pois este estava carregado de esperanças de dias melhores e agora não está mais.

Por último, o mais forte silêncio, pertence aos homens cansados que esperam a guerra vindoura, este é encontrado no suspiro fatigado, no olhar que nada enxerga se não o fim próximo, mas este também é o silêncio que pertence aos homens prontos para o derradeiro combate, pois a roda do caos gira e logo a destruição começará sua volta.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Hellene chegava aos Elísio, os cabelos roçavam de leve seus ombros enquanto expostos, a regata que usava lhe caia como uma luva, ainda que quem a olhasse não esperasse tal comportamento da ambiciosa ex-harpia capaz de arrebatar homens com o simples deslizar suave de suas passadas. O jeans era colado ao corpo e nas mãos o longo casaco que vestira as pressas devido ao chamado surpresa de Calebros.

Seus olhos vagaram pelo salão cheios de serena curiosidade, levaria pelo menos uma hora para que Calebros deixasse a companhia da regente da Capela e fizesse o anúncio oficial, aquele que ela esperava há alguns meses. No fim não precisou fazer nada para tirar o August do posto. Para ela não passava de um estorvo, ainda que friamente competente.
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Mensagem por George Nickson Sáb Jul 22, 2017 10:27 am

BOMANI ASTENNU

_ Veja bem, eu conheço a natureza da sua raça melhor do que você e eu fui contratado por Abdulah, então... - a compreensão passou por seu rosto - ele não te explicou nada e te mandou pra mim? Sério mesmo? Curioso - levou a mão a barba, pensnado, intrigado - Veja bem, isso na sua mão, essa bebida, ela permite que você tenha visões, foi isso que Abdulah comprou, como você vai interpretar elas, bem... ele não pagou por isso.
Ele aguardou, ainda alisando a barba, ainda que intrigado parecia estar se divertindo com o cenário que o sire de Bomani havia desenhado.

IAN BAXT


Sussurros da Besta:
Os ratos chiavam, emitiam guinchos e pareciam dispostos a falar em troca da liberdade.
_ Gaveta... é gaveta... guardado... humano... é... guardado... liberdade... liberdade...
Antes não notado devido estar entre o freezer e os armários havia uma gaveta do tipo que se encontra em necrotério onde corpos eram guardados. Todos os ratos começaram a chiar juntos num coro frenético.
_ Liberdade... rápido... liberdade... liberdade.

MALIKA DE LOS ANJOS
O local era relativamente amplo, um corredor que ligava duas ruas paralelas, um prédio de pouco mais de 100 metros de extensão. Passar pelas grades fora simples, eram espaçadas o suficiente para a Malkavian passar, ainda que não sem um pouco de esforço. Ao olhar para trás Theo não se encontrava mais na entrada, porém seria suspeito ele ali permanecer. A cainita poderia apenas esperar que ele não a tivesse abandonado.

Até o local designado, Malika passara por 8 lojas, 4 de cada lado do corredor, até chegar a uma espécie de praça de alimentação com alguns bancos e um pequeno jardim centrado no salão. A sua direita estava a porta com os dizeres: "Authorized Personal Only", demarcando o local exposto por Theo.
O pano roçava a boca causando um leve desconforto, se precisasse respirar, provavelmente criaria uma leve dificuldade tornando-a pesada. Forçou a porta e ela cedeu, não estava trancada, não era necessário.


RAVEN ANGHEL
Raven fora trazida a Nova York, de início pelo mero prazer de conhecer a maior cidade do mundo, mesmo após seu despertar há alguns anos, ainda tinha muito a aprender sobre o novo mundo no qual acordara, suas tecnologias, suas intrigas políticas, mas no fim, tudo ainda era o mesmo no seu cerne.
Estava pronta para partir quando acontecimentos incomuns prenderam sua atenção, ainda que a cidade fosse de controle Camarilla, haviam regiões como New Ark sob controle do Sabbat. Alguns membros da seita haviam desaparecido e logo sua morte-final fora confirmada, mas o mais curioso era que seus corpos não haviam desaparecido como era de comum para a espécie, foram encontrados largados ao relento e murchos como se todo o sangue houvesse sido extraído de maneira súbita.

Um dos membros era um Ducti importante, ainda que Raven nunca houvesse falar dele, mesmo sendo membro do mesmo clã. O outro era um setita anti-tribu que havia alcançado a posição de sacerdote.


MATTHEW THORNE


Thorne começara a noite pouco depois das 20h. A sua condição trouxera uma desvantagem pouco usual detendo em si uma grande dificuldade em acordar no momento que o sol se punha. Em seu escritório particular ainda no seu apartamento era recebido por Kyle que trazia as notícias usuais e uma que despertou sua atenção. Há alguns meses Matthew soubera do encarceramento de Klaus causado pelos seus semelhantes no Sabbat, mas ele fugira, de certo é que fora solto deixando atrás de si a morte de 3 LaSombras que o guardavam para que pudesse ser julgado frente as lideranças da seita.



Kyle não parecia particularmente preocupado, havia reforçado a segurança semanas antes do aprisionamento de Klaus e não desfizera os procedimentos em virtude de sua equipe ter-se habituado a eles.



Pouco depois das 2 da manhã uma ligação um tanto curiosa fora recebida, Hellene, uma antiga harpia havia o convidado a ir ao Elísio, ela seria empossada como a nova xerife, trazendo a tona a informação de que o antigo encontrara sua morte-final. A ignorância quanto ao assunto tinha sua explicação, tudo ocorrera no período de pouco mais de seis horas. Ainda assim, o convite era incomum principalmente por Thorne não ter relação alguma com Hellene.
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Mensagem por Convidado Sex Jul 28, 2017 9:05 pm

O meu despertar nesta noite foi sereno como qualquer outro. Como de praxe eu olhei para lua antes de qualquer coisa, por mais que os anos tenham se passado ela continuava a mesma, era a única coisa familiar que conseguia trazer a estes novos tempos. Minha rotina noturna, antes de qualquer coisa, sempre foi lavar-me e vestir-me adequadamente, e esta noite não haveria de ser diferente. Depois de estar devidamente pronta fui até minha estante com todas as minhas coleções recentemente adquiridas da evolução da medicina. O que era verídico? O que era mito? Conhecer o corpo humano e suas limitações e comparar a nossa biologia era a única razão para a qual ainda dedico-me a este assunto, por mais que não queiramos adimitir algumas semelhanças mortais ainda nos prendem à carne, ainda sentimos dor, ainda sentimos alívio entre outras coisas. O que eu procurava e me intrigava folheando vagamente essas páginas com um olhar vazio eram as razões científicas que poderiam trazer a estas mortes-finais tão bizarras que os Cainitas estavam a sofrer.  Separei o material de minha posse que poderia me servir de material bibliográfico em minha bolsa.

Minha serva estava presente, assim como lhe ordenei que fizesse em todo erguer da noite. Minha intenção era pegar o referencial que precisava em alguma biblioteca se ainda me faltasse algo. Meu objetivo era confirmar e provar que os métodos usados nas mortes-finais em New Ark eram de caráter natural e não sobrenatural, isso em primeira mão, o que pode tranquilizar e dar pistas ao Sabbat quanto a este assunto, ou levá-los ao temor se eu provar o contrário.

Isso é bom, esta pequena vila estava me entediando... Nunca devia ter desviado minhas pesquisas originais para um turismo de segunda mão, que isto sirva-me de lição.

Com minha serva no volante, perguntei.

- Lyanna, houve algo durante o dia que deva ter minha atenção?

Caso ainda me faltasse material iria para a bibliotecas pegar mais, de preferência em bibliotecas universitárias. Naturalmente não me adentraria a burocracias mortais, tenho uma serva para intermediar estes assuntos para mim, eu a acompanharia apenas para apontar os livros necessários e pegá-los, ela não tem conhecimento para discernir o que é útil e o que não é. Caso não seja necessário irei diretamente para o Convento da Espada de Caim ver se algo ocorre, manter-me informada, ainda mais nessa época de ameaça, é importante.

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Mensagem por Magnus Dom Jul 30, 2017 10:45 am

A revelação do velhote me surpreende. Não faz sentido meu Senhor me mandar aqui com um recado dizendo para eu não o ler... e agora isso. Por que ele me esconderia a verdade? Sua sabedoria às vezes me intriga, e seus métodos nada convencionais me botam em situações nada confortáveis. Já era pra eu ter me acostumado ao longo de todos esses anos.

-Diga mais, nobre senhor. Que tipo de visões essa iguaria vai me proporcionar...?

Pego o copo e começo a cogitar a hipótese de beber. Por que ele faria isso?
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Mensagem por George Nickson Qua Ago 02, 2017 5:58 pm

BOMANI ASTENNU

O velho sentou-se um pouco, esfregou os joelhos sobre a calça e então tornou a falar.

_ As visões são distintas para cada pessoa, não posso dizer se o que você verá é o que o Abdullah deseja, também não posso te ajudar a interpretar, como eu disse, meu contrato se limita a essa poção.

Uma leve tossida, uma respiração ruidosa e então prosseguiu.

_ Se decidir tomar, por favor faça lá fora, as pessoas tendem a se mexer muito durante as visões e não quero você me quebrando nada por aqui. Se decidir não tomar, problema o seu, ainda assim Abdullah terá de me pagar.
Os cinco minutos haviam se passado entre as indagações do setita e as respostas do velho. O líquido jazia na caneca, incólume e nada atraente ao paladar, mesmo o cheiro era repugnante. O silêncio cai sobre os dois enquanto Bomani pensava nas suas opções, dessa forma foi possível ouvir a respiração pesada do homem-de-boca-costurada que dormia do lado de fora.


AOS DEMAIS

OFF - sEGUE POST ANTERIOR.
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Mensagem por George Nickson Qui Ago 03, 2017 6:47 pm

RAVEN ANGHEL



Lyanna moveu-se elegante, os cabelos brancos demarcavam o tempo que passava para ela enquanto o rosto, quase sem marcas do tempo, não parecia corroborar a idade que ela verdadeiramente tinha. Contudo parecia mais revigorada que nos últimos dias, as férias estavam lhe fazendo bem, embora service Raven, ela também era uma juíza com uma carreira a zelar e um respeito a impor, dessa forma seu tempo em serviço era grande e o de descanso escasso.

_ Não, necessariamente. Se a senhora esperava algum alvoroço por parte da comunidade noturna sinto em informá-la que tudo tem estado calmo. Entretanto...

A mortal tirou do bolso um papel, era um carta escrita numa letra bem trabalhada, trazia o selo da Cornell University e vinha assinada pelo reitor.

_ Edmund é o reitor e um velho amigo, terá o prazer em abrir a biblioteca e garantir-lhe privacidade se a senhora assim o desejar, embora fique próximo aonde estamos, se desejar visitar Newark ainda hoje temo que de carro a viagem leve, pelo menos, 4 horas.

Havia uma eficiência peculiar em Lyanna que valia a pena ter a disposição.
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Mensagem por Magnus Sáb Ago 05, 2017 11:10 am

O velhote parece bem sincero em suas palavras. Meu Senhor não tem nenhum motivo de me colocar em uma situação que eu não consiga sair... sendo assim decido em tomar aquela bebida repugnante.

Pego o copo e saio da casa do velho. O vigia dorminhoco ainda dorme, lembro do aviso de não acordá-lo. Me afasto um pouco mais do local e bebo, sem cerimônias. Que a força de Set me proteja...

O gosto é tão nojento quanto o cheiro e aspecto. Desce pela garganta como lama fétida de pântano.

-Se acontecer comigo o que o senhor imagina, talvez suas paredes não sejam o suficiente pra me conter... já peço desculpas com antecedência. - Jogo o copo vazio na direção dele.
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Mensagem por George Nickson Dom Ago 06, 2017 10:47 am

BOMANI ASTENNU
O gosto era pior que o cheiro e a textura macilenta desceu com certa dificuldade pela garganta do Setita. De início nada aconteceu, quando jogou o copo o velho o pegou no ar deixando sua bengala cair e com um leve muxoxo de desaprovação. A última coisa que lembra de ter visto foi o velho se abaixar para pegar o cajado de volto, piscou e quando abriu os olhos novamente estava sob um céu estrelado, sentado em uma cadeira confortável de estofamento na cor escura do vinho.
Ao olhar em volta percebeu que todas as cadeiras estavam ocupadas, era o Brooklyn Tabernacle, um teatro imponente conhecido como The Church. Bomani se encontrava na terceira fileira, atrás dele era possível ver o segundo andar completamente lotado como o primeiro. O local era iluminado por archotes, não havia teto que dava lugar as estrelas. O fogo não incomodou o setita nem seus olhos desprovidos de óculos, sua iluminação dava as paredes douradas do teatro um aspecto lúgubre.

Nas paredes da esquerda e da direita estavam as sacadas, locais para visitantes importantes sendo três de cada lado com uma capacidade para até seis pessoas cada. Estas não estavam com sua capacidade máxima, Bomani pode contar duas pessoas em cada sacada, todas trajando máscaras cerimoniais japonesas.

Na sacada mais próxima do palco na parede da direita Bomani pode reconhecer Abdullah mesmo sob a máscara, ele olhava fixamente para o setita enquanto todos os convidados mascarados pareciam cochichar entre si.

Pode-se então ouvir uma melodia começar, imponente, primeiro os instrumentos de sopro e então entram os de corda. A melodia se torna forte, era Wagner, Entry of the Gods into Valhalla. Astennu ouvira a sinfonia apenas uma vez antes, mas era algo belo que ficava na memória.

Uma corrente de ar, suave, que vinha do buraco onde deveria estar o teto fez as chamas dos archotes se mexerem de tal forma que as sombras começaram a dançar uma dança frenética e então começaram os gritos que se somaram a sinfonia. Ao seu lado as pessoas começaram a murchar e o Setita viu que seus olhos eram de um vermelho incandescente, mas que exalavam o profundo medo da morte, a pele de seus corpos começou a ressecar de tal forma que era possível visualizar as veias azuis sem sangue algum por toda parte exposta do corpo. Então seus olhos se ofuscaram, o vermelho sumiu e se tornou num azul leitoso e por fim pararam de gritar, mortos deixando apenas o belo som da sinfonia que estava chegando ao seu final. Olhou para as sacadas e os convidados não estavam mais lá. Ouviu então aplausos atrás de si e Bomani viu os mascarados descendo em pares o corredor central aplaudindo, passaram por ele e quando Abdullah chegou ao seu lado lhe ofereceu uma máscara deixando-a em suas mãos para que pudesse se juntar a corte cerimonial, então seguiu com os demais e a música se encerrou. Haviam outros sobreviventes e a eles máscaras também  foram entregues.

Quando abriu os olhos o homem que tinha a boca costurada estava sobre o Setita segurando seus braços, pode perceber que uma mancha roxa se formava em seu lado direito do rosto e um corte no lábio sangrava deixando um dos pontos arrebentados.
Então a dor súbita veio, seu braço direito estava quebrado, ao perceber que Bomani acordara o homem saiu de cima e voltou para sua cadeira onde o velho esperava com uma bolsa de gelo.

_ Ainda bem que tomou aqui fora, se tivesse quebrado minhas coisas você me deveria a alma, garoto. Como foi?

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Mensagem por Guidim Ter Ago 08, 2017 7:18 am

A cada passo dado adiante, eu saberia que seria a mesma distancia para retornar... começava a me envolver muito além do que planejava, e muito além do que me alertavam a evitar. Cada passo adiante me fazia pensar se estivesse ali por pura vaidade da Gehenna, ou estaria eu, assim como minha senhora, no encalço de evita-la?

Á passos lentos, aquela galeria me revelava suas facetas, e lá estava a sala que eu estava procurando, a porta destrancada facilitaria o serviço que vim fazer: "Entrar, achar a sala de segurança e pegar os vídeos".

Procuraria pelos tapes gravados, caso fosse possível reproduzi-los em algum aparelho eu o faria, era bom ter certeza do que eu estava levando daquele local.

Tentava ser o mais cautelosa e silenciosa possível, talvez a adrenalina de estar fazendo tal ato pudesse subtrair minha atenção, eu não poderia pagar um preço tão alto pelo delito que estava cometendo, ainda mais quando o faço pela verdade.
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Mensagem por George Nickson Ter Ago 08, 2017 10:30 pm

MALIKA DE LOS ANJOS



Ao abrir a porta ela dava novamente a algo próximo de um corredor com duas portas - banheiro e uma espécie de cozinha - e uma escada em caracol onde, ao subir, apresentava duas novas portas com a tinta azul-marinho um tanto quanto descascada. Nas portas haviam duas plaquetas, uma escrita "Administração" a outra "Segurança".

Ainda que as portas estivessem fechadas o som que vinha delas, de uma pelo menos, a que importava, chegava aos apurados ouvidos da cainita. Uma respiração pesada e ritmada e o barulho da calefação aumentando a tensão existente no ambiente. Mais do que nunca os avisos de Landon e seus companheiros voltavam a mente de Malika: "Saia da cidade".
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Mensagem por Guidim Qua Ago 09, 2017 10:42 am

Enfim, chegava até a tal sala de segurança, assim como a dádiva da não-vida, meus sentidos também foram abençoados neste processo, graças á eles eu poderia ouvir que lá dentro daquela sala alguém estaria de prontidão ,ou não, mas eu não pagaria pra ver.

A divindade que hora me abençoastes com os dons que agora possuo já saberia de minha jornada na Jyhad, eu me valeria destas bênçãos para obter êxito.
Abraçada pelo manto das sombras, vou me esgueirar com as costas rentes á parede, girar a maçanete e forçar a porta para que a mesma se abra, uma vez aberta, lentamente vou retrocedendo o corredor, ainda com as costas encostadas á parede.

Antes de tal ato, verifico se as chagas divinas não me acusariam, esfregava as mãos e a testa certificando que a mácula divina não deixe pistas que estive por ali, já estive na prisão por muito tempo, e confesso que não tenho a mínima vontade de para lá voltar.
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Mensagem por Magnus Qua Ago 09, 2017 9:45 pm

O último lampejo de realidade era a imagem do velhote agarrando o copo da bebida misteriosa. Demonstrou ter mais reflexo do que o esperado pra um idoso acabado, que até então demonstrara.

O céu se mostrava diante de meus olhos, como mágica. Alguma droga bem forte acaba de ser ingerida por mim! O sentimento de revolta toma conta do meu corpo, já tanto castigado por seus efeitos quando mortal. A vontade de esquartejar esse velho filho da puta e seu serviçal mudo é tão arrebatadora quanto a "onda" desse troço!

Em um piscar de olhos eu parava do lado de dentro do Brooklyn Tabernacle. Lugar que eu não entrava a muito tempo, já até tinha esquecido de ter passado por aqui.

Parece que essa bebida busca lembranças que nos provocaram as mais diversas sensações, ao mesmo tempo. O temor silencioso do fogo que estranhamente não fere meus olhos, a sinfonia de Wagner, que penetra em meus ouvidos como quando ouvi da primeira vez, arrepiando os pelos dos braços. A sensação de ser observado por possíveis ameaças, mascaradas e desconhecidas. Uma mistura de medo, prazer e calma toma minha mente e corpo.

A "onda" se torna uma "bad trip" quando o vento agita o fogo, acompanhada pela melodia clássica, os focos de luz dançam como bailarinas loucas. Os presentes murcham lentamente, agonizam e morrem em questão de segundos, e meus olhos emitem um brilho rubro estranho. O que está acontecendo? Sinto uma agitação tomar meu corpo, e começo a sentir dor. Meu braço, parece normal... mas dói como poucas vezes senti em minha vida e não-vida.

Os convidados de honra do teatro descem e junto com eles, meu Senhor. Ele estende a mão com uma máscara pra mim, parecida com a que ele usa. Um dos meus braços não obedece ao comando pra pegá-la. Estendo o outro braço e a coloco, sem maiores dificuldades. Outros sobreviventes receberam máscaras também, como se tivessem passado por algum rito de iniciação.

Subitamente a onda passa. A dor no meu corpo aumenta e sinto o chão gelado e fétido. O vigia de boca costurada está em cima de mim, com alguns machucados. Parece que dei trabalho pra ele... e ele é no mínimo bem forte, pra um escravo preguiçoso.

O doce velho me recebe de volta no mundo dos lúcidos. Pergunta como foi a experiência.

-Já tive ondas melhores, senhor. Mas confesso, que nunca senti algo parecido. Essa noite está sendo uma verdadeira provação pra mim, passar por isso não estava nos meus planos.

Me levanto e restauro o dano causado no meu braço, enquanto estava inconsciente.

-Mais uma vez, desculpe pelo trabalho que dei enquanto estava fora de mim. Realmente, eu não iria querer dar prejuízo para um aliado tão... peculiar quanto o senhor. Aproveitando a oportunidade, gostaria que me explicasse o que compõe essa bebida. Que ervas são essas? E o que exatamente ela causa em suas mirações?



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Mensagem por George Nickson Sáb Ago 12, 2017 12:00 pm

BOMANI ASTENNU

No momento em que terminou de falar, Bomani sente espasmos musculares. Volta a sua memória a primeira vez que tentou ingerir algum tipo de alimento após o abraço, todo kindred passa por isso, a ânsia de saber se ainda é "humano". E como da primeira vez em que o corpo rejeitou a comida mortal, da mesma forma o corpo rejeita a bebida que fora ingerida. O setita se curva sobre o próprio corpo enquanto da sua boca um jato de líquido escuro misturado a um pouco de sangue grosso e enegrecido é expelido em uma torrente sujando o chão e respingando na sua bota e barra da calça.

_ Não se envergonhe, garoto, quase todos vocês fazem isso, não é da sua natureza. - uma risadinha leve e divertida saiu de sua garganta - Certeza que quer saber os ingredientes? Algumas ervas não encontradas no novo mundo e uma dose considerável da minha urina. - havia uma malícia perturbadora no sorriso e no olhar do velho, parecia se divertir com a revelação - Geralmente vocês não querem saber isso. Enfim, como posso dizer, essa poção é antiga, no ato do preparo as intenções de quem a prepara são inseridas aos ingredientes, como uma impressão deixada, não sei se consegue compreender. - o companheiro mudo do velho, em meio a explicação entrou no vagão e voltou de lá com uma pomada dentro de um potinho que cabia na palma da mão e um estojo de pederneira onde estavam inseridos agulhas e linha próprias para a sutura e, enquanto a explicação acontecia, passou a pomada nos ferimentos e corrigiu a sutura na boca que havia se rompido. O velho deu um leve olhar para seu companheiro, havia uma aprovação velada as atitudes do mudo - Enfim, essas intenções são as vontades, as dúvidas, as respostas a serem buscadas, não importa que seja outro que tenha bebido, as intenções permanecem as mesmas, só o que muda é a visão que cada um terá. Você notou que seu mestre me mandou um pedaço de pele escrita com o próprio sangue, suponho. Eu trabalho com acordos, eu ofereço um serviço e vocês me pagam com favores na maioria das vezes, ou o próprio sangue, para os mais desesperados, mas sangue em quantidade, se é que me entende, não umas poucas gotas no papel.

Enquanto falava o mudo terminou a sutura, voltou para dentro do vagão e guardou o material, de lá trouxe um livro, grosso e pesado, com uma página feita do que parecia ser pele curtida. As páginas eram feitas do mesmo material em que Abdullah escrevera o bilhete. Ao ser aberto, mesmo a uma distância considerável, Bomani pode perceber que nas páginas, com diversas caligrafias diferentes e escrito com sangue, nomes, assinaturas e datas haviam sido escritos, havia também descrições dos serviços prestados, em alguns casos a descrição dos pagamentos exercidos e, em outros, a frase "pagamento pendente". 

Duas coisas chamaram a atenção do Setita, o fato de que mesmo dando a impressão de antigo o sangue parecia ter sido colocado no papel há pouco, não estava ressecado como deveria; segundo, a sensação que o livro passava ao ser aberto, era sufocante, como se o ar tivesse ficado pesado e estagnado, era possível sentir que mesmo as partículas de poeira não se mexiam no ar num completo estado de tensão, como se o livro estivesse vivo e acordando de um longo sono pesado.

O mudo estendeu, também para o velho um pedaço de pena bem afiada, também parecida com o que Abdullah utilizara para escrever o bilhete. Finalmente ao chegar a última página preenchida, que não chegava a ser um terço do livro que parecia conter mais de mil páginas, o velho fez um furo com a pena na palma da mão esquerda e começou a escrever, numa letra fina e caprichada, a descrição do serviço. Quando terminou  virou o livro e estendeu a pena para Bomani.


_ Sua vez, utilize seu sangue e assine no "X". - na descrição do trabalho estava escrito: "Poção de Arwanna, Abdullah para Bomani. Resposta a pergunta: aceitar ou não a proposta de Margareth. Pagamento a ser definido. - O pagamento nunca deve exceder o valor do serviço, existem regras e tem que ser cumpridas, então não se preocupe com o que será cobrado, no caso será algo relativamente simples, será definido apenas quando eu precisar de você.

O velho aguardou a assinatura de Bomani.
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Mensagem por George Nickson Sáb Ago 12, 2017 3:18 pm

MALIKA DE LOS ANJOS

A porta se abria com facilidade, um leve rangido quase imperceptível de dia devido ao barulho do movimento do horário de trabalho carregado tornava-se num rangido quase ensurdecedor ao ouvido sensível da cainita. A sala dentro estava as escuras, mas pela fresta que Malika forçara percebia-se a iluminação gerada pelos monitores de vigilância ainda que não estivessem dentro do seu campo de visão.

Em sua mão assim como em sua testa o sangue estava seco formando um rastro mancha de sangue enegrecido, mas ainda nada que viesse a trazer problemas a jovem neófita. A atenção de Malika é desviada a um ranger de cadeira. Um estalar pesado que indicava a movimentação de alguém pesado.

Quatro cenários abriam-se para a Malkavian: esperar no corredor, recuar para as escadas, entrar na sala de administração ou avançar e enfrentar o segurança que se dirigia a passos lentos em sua direção.


OFF -

Desculpe o post pequeno, mas para os eventos seguintes vai depender das suas ções.
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Rastros de Insanidade - Ascensão Empty Re: Rastros de Insanidade - Ascensão

Mensagem por Guidim Ter Ago 15, 2017 7:53 am

Apreensiva aguardava no corredor, o manto cobria minha presença, sendo aos olhos nus e desatentos quase imperceptível minha presença ali.
Aparentemente algum segurança com uma mobilidade um pouco reduzida se dirigia até a porta, como era esperado, aliás, portas abrindo no meio da noite nunca são o que os seguranças esperam lidar.

Assim que conseguisse obter contato visual com o mesmo, traria á tona o que nossa Jyhad haveria escrito para nosso encontro, usaria mais uma vez de meu dom, mas agora para afetar a mente daquele homem (*), nunca sabemos qual será a reação nem mesmo o que se passa na mente de uma pessoa em processo de libertação, mas sempre o processo se mostra revelador.

Sentia-me mais uma vez viva, ao saber que poderia ao mesmo tempo libertar das vendas cegas do medo as pessoas que cruzavam meu caminho, e poder abrir espaço para uma coisa ainda maior.  Nesse instante fecharia brevemente meus olhos e no sinal de clemencia agradeceria aos céus pelo dom e pela oportunidade.

Voltaria minha atenção para o homem, eu teria apenas uma oportunidade, ao perceber o mesmo preso no vislumbre da verdade, seria minha chance de adentrar aquela sala.

* Aassombrar a alma - visão
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Rastros de Insanidade - Ascensão Empty Re: Rastros de Insanidade - Ascensão

Mensagem por George Nickson Seg Ago 21, 2017 10:36 pm

MALIKA DE LOS ANJOS


-1 PS
Assombrar a Alma:
Malika se posicionou próxima a porta, uma nesga de sombra vindo das escadas era o suficiente para que seus dons a mantivessem longe da percepção de uma pessoa que passasse desavisada por ela. Entretanto, ao abrir a porta, o segurança, agindo na função do seu dever e desconfiado de uma porta aberta, buscou e encontrou a figura pequena e mirrada no corredor, encostada a parede.

A cainita olhou fixamente nos olhos do segurança - um homem de meia idade, próximo a 180 cm de altura e com uma barriga saliente - e invocou o dom de abrir a percepção daqueles de visão limitada, para a verdade. Contudo o homem não pareceu surtir efeito algum e após alguns segundos de surpresa levou a mão a arma presa num coldre na cintura.
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Mensagem por Magnus Dom Ago 27, 2017 9:59 am

Aquela sensação horrível tomava o meu corpo, eu precisava botar aquilo tudo pra fora, imediatamente. Enquanto despejo o fluido no chão, coito a hipótese de ter ingerido alguma droga ilegal, e isso me enfurece profundamente.

Após eliminar a toxina do meu corpo, cordialmente levanto a hipótese para que a verdade saia sem medo, e ele responde que são ervas e urina.

Só uma frase define esse velho: Que grande filho da puta!

Com um sorriso de canto, respondo.

-Me sinto mais aliviado de saber que se trata de apenas urina e ervas. Acredite, já joguei pra dentro de meu corpo substâncias muito piores...

O velhote tenta me explicar o motivo misterioso por trás daquela bebida, aquilo tudo pouco faz sentido na minha cabeça. Nunca tinha me envolvido com nenhum tipo de magia até então, e meu corpo sempre mostrou resistência contra essas coisas.

Em seguida ele aparece com um livro estranho,é uma pena afiada. Aquilo tudo parece cercado de uma energia estranha, jamais sentida por mim. Essa é uma área não explorada por mim, e o medo do desconhecido assola até mesmo o mais valente dos filhos de Set. Não sinto vergonha disso, pois é o temor que nos mantém vivo.

Pego a pena e me preparo para escrever. Aproximo a pena do livro, e paro subitamente, fixando meu olhar no velho. O olhar de predador, intimidante, que centenas de inimigos abatidos receberam no momento que antecede sua morte. O recado precisa ficar na memória dele. Para que saiba o risco que corre ao tentar passar a perna em mim.

-Lembro do senhor ter dito que Abdullah já havia pago pela bebida. Espero que saiba o que está fazendo, nobre senhor. Eu odiaria ter que voltar aqui para fazê-lo em pedaços.

Nesse momento, faço um pequeno ferimento na palma da mão esquerda com a ponta da língua bífida, sem tirar o olhar do velhote. Molho a ponta da pena e aproximo do livro. Enquanto escrevo continuo a conversa.

-Faço isso por meu Senhor, e pela boa relação que suponho que vocês dois têm.

Deixo a pena do lado do livro, e caminho para a saída.

-Espero encontrá-lo em breve para mais esclarecimentos. .. essa experiência foi um tanto curiosa.




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Mensagem por Guidim Ter Ago 29, 2017 9:55 am

-Não por favor, não faça nada comigo... Malika falava em tom de desespero enquanto levantava as mãos em sinal de rendição, sua voz abafada pelo pano carregava o desespero de quem poderia ter uma arma apontada para si, e os olhos arregalados demostrava a surpresa da cainita a ser desvendada.

Malika havia traçado um plano para sua noite, mas a traiçoeira Jyhad havia lhe pregado uma peça, ela cara-a-cara com o segurança lembrava de seus tempos na detenção, e se lembrava de toda sua trajetótia e tudo que a havia levado até aquele presente momento, e jamais na sua vida havia conseguido algo com vandalismos ou mesmo violência, Malika sabia qual caminho trilhar e nesse momento agradecia mentalmente suas divindades.

Meu nome é Malika - falava enquanto lentamente removia o pano do rosto, em um gesto de desdenho e frustação - Sinto muito ter entrado na galeria essa hora da noite, mas eu era suficientemente pequena para passar através das grades, e, eu sei que estou errada, mas estou desespera por respostas, achei que não teria ninguém aqui dentro, preciso ver os vídeos, você é o único que pode me ajudar.

As falas desconexas eram liberadas rapidamente, era visível o tom de preocupação com desespero na voz de Malika, já não haviam mais saídas, e ela sabia disso, assim como muitas vezes na cadeia a santidade de Malika a ajudaria a sair de enrascadas, poderia ser mais uma vez o momento de agir de forma correta.

-Eu juro por Deus e o que é de mais sagrado, minha existência depende de respostas, só o senhor poderá me ajudar.... Malika num ato final de clemência finalizava se ajoelhando levemente enquanto estendia seus braços ao homem alto de peso elevado.

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Mensagem por George Nickson Sáb Set 02, 2017 3:06 pm

BOMANI ASTENNU

A ferida feita para verter o sangue usado no contrato se curou segundos depois do contrato ter sido assinado. Um leve sorriso brincalhão de quem faz pouco caso das bravatas de uma criança da noite, perpassa o rosto do velho enquanto seu assecla voltava a dormir pesadamente na cadeira dando a entender que seus serviços agora eram desnecessários.

Quando terminou de assinar o velho fechou o pesado livro e no mesmo instante a tensão se desfez e o Setita teve a impressão de que alguma coisa havia ido dormir, diferentemente do mudo, essa sensação se manteve inquietante ao seu redor, mas já não havia mais aquela tensão de quando o livro fora aberto.

Ao se retirar e desejar um novo encontro Bomani ouve a resposta do velho.

_ Não se preocupe, nos encontraremos - a risada do velho ecoa por boa parte do caminho até que desaparece no momento que o Setita atravessa a cerca-fantasma, no mesmo momento os efeitos de seu disfarce voltam a ativa e seu corpo fica oculto pela Máscara das Mil Faces.

O caminho de volta até a tampa de bueiro foi menos tenso e mais rápido do que havia sido na chegada, ao sair e caminhar em direção ao carro Abdullah esperava encostado a porta.


_ Parece que teremos uma tempestade. - fala o sire de Bomani olhando para o céu com um semblante contemplativo - Então, o que tem pra mim?



MALIKA DE LOS ANJOS

O segurança conseguiu retirar a arma do coldre, mas era visível seu nervosismo através da sua mão trêmula e sua postura um tanto retraída.

Ao se ajoelhar e implorar por ajuda toda a tensão se esvai das mãos do homem que deixam de tremer
(santidade*). Ele olha para ela curioso e é possível ver um crucifixo pendurado em seu pescoço, simples e barato, do tipo que você encontra em qualquer loja de penhores meia-boca.

Ele, no entanto não abaixa a arma, mas se aproxima indagando com um gesto simples com a arma
.

_ Veja bem, tenho que te revistar está bem, então fica de costas pra parede, por favor.

Passado o primeiro minuto pós-término da tensão a voz do homem era calma e até gentil, sem dúvidas um homem de meia-idade, pai de família trabalhando pra sustentá-la e razoavelmente religioso. Ao começar a revista cujo trabalho fora eficiente, minucioso mas sem qualquer traço de malícia,  e ao constatar que não estava de posse de arma alguma, o homem se permite abaixar a arma.

_ Veja bem, vou te levar pra fora, se tem algum problema chama a polícia, eu estaria com problemas se ajudasse você, se você tentar entrar de novo terei de ligar pro 911 e não será nada legal.

O homem havia começado a empurrar de leve o ombro da Malika para que pudesse conduzi-la à saída, mas seu movimento cessou no momento que o sangue começou a verter da testa e das mãos da cainita, ele afastou-se e levou a mão ao crucifixo.

_ Minha Virgem Maria.
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Mensagem por Guidim Seg Set 04, 2017 7:55 am

Malika já havia aceitado sua jornada naquela noite, após ter sido descoberta e compreendida, nada mais restava a não ser se retirar do local, de modo pacifico e sem danos a ambas as partes, Malika chegou a sentir um pouco de pena pela empatia que a conectava com aquele senhor, talvez pensava que seria um bom pai, um pai que Malika nunca teve.

Após o processo normal de revista era evidente que as intenções de Malika não eram as piores, mas no afinco a seu trabalho, Malika era removida das galeria acompanhada pelo segurança.

Assim que sentia as mãos quentes do segurança em meus ombros gelados, pude ver a cara de espanto do segurança, era como se nosso encontro houvesse sido arquitetado pela divindade que me levara até aquele local durante toda aquela noite, as chagas divinas mais uma vez se revelavam, para mim não era nenhuma novidade ou espanto, e eu sabia que as chagas não eram reveladas para mim, e sim para ele, talvez ele merecia receber esta benção reveladora, e aquele nosso simples contato poderia permitir a ele se deixar agraciar pelos dons divinos.

_ Minha Virgem Maria

-Estais vendo - esticava meus braços em posição de unção e abaixava ligeiramente minha cabeça, evidenciado minhas stigmas - Nenhum policial cético poderia me ajudar e você sabe disso, cheguei até aqui esta noite não pela justiça do homem, e sim pela justiça divina, de alguma forma nosso Deus esta me utilizando para poder chegar até você, esse mesmo Deus foi quem colocastes você em meu caminho, nosso encontro não é uma casualidade e sim um benção, espero que vossa fé possa ser maior que vossa vontade de cumprir seu dever e que possa reconhecer os traços de um verdadeiro messias.

Esperaria a reação do segurança, se observar uma reação de fé reveladora, faria o possível para que aquela fé fosse despertada com toda sua magnitude e esplendor (*Demencia 1) .

-Nós podemos irmão, buscar a verdade juntos, veja que não és minha vontade, e sim a vontade de Deus, sou apenas um instrumento.
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Mensagem por George Nickson Qua Set 13, 2017 7:46 pm

MALIKA DE LOS ANJOS

Paíxão:

O segurança estava num claro estado de transe ajoelhou-se e beijou as feridas nas mãos de Malika manchando seus lábios com o sangue cainita.
_ Minha santa, você só pode ter sido enviada por Deus, eu devo ser um homem honrado por receber essa dádiva - a paixão acalorada fortalecida pelos dons da cainita eram evidentes. O homem tinha uma fala apaixonada, mas calma. Não havia traços de loucura em todo reflexo frente ao milagre que presenciava, uma possível demonstração de que a verdade que os Malkavianos abraçavam tão resolutos não era estranha ao homem.
_ O que meu Deus pedir de mim ele terá, o que esse humilde servo pode fazer pela senhora?
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Mensagem por Guidim Qui Set 14, 2017 8:04 am

O que Malika passou a vida inteira fazendo na cadeia, tentando tocar almas e traze-las para o lado mais nobre e puro da fé através de rezas, salmos e sermões e com auxílio dos livros sagrados estes que foram herdados dos verdadeiros messias e apóstolo, agora ela conseguia fazer aflorar essa mesma fé, talvez até com mais intensidade, apenas fitando e desejando ao próximo que lhe fosse revelado toda a magnitude deste sentimento divino.

"Somente pela fé chegaremos á verdade, e a fé esta comigo."

-Levanta-te homem, Deus não vos fala com palavras, mas sim com sinais, assim como eu tu também tens um propósito, podemos evitar o mal, juntos, recebi um chamado, e cheguei até aqui... cheguei até você.

Malika falava calorosamente, a verdade era revelada ao homem, mas era ela quem se maravilhava ao notar tamanho amor e fé presente naquele homem, conforme Malika falava ela abaixava-se lentamente e afagava o homem que estava de joelhos.

-Vamos. Levanta-te e limpa-te. Precisamos agir rumo a verdade, recebi um chamado, um mal sem precedentes há de pairar pela cidade, algo além de nossas compreensões ocorreu na praça adjacente, precisamos saber com o que estamos lidando, qual mal poderá nos assolar dentre as noites que virão.

Malika forçava lentamente o homem a ficar de pé, ajudando-o nesse processo, enquanto o ajudava.
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Mensagem por Magnus Dom Set 17, 2017 6:55 pm

O velhote não esboça nenhum pingo de receio diante de meu aviso nada amistoso. Ou ele anseia pela morte, ou tem nervos de aço...

Me retiro do local com um pouco mais de agilidade e menos temor do que na ida. Minhas roupas sujam mais um pouco para passar pelos lugares mais apertados. O odor me faz parar de palpitar a língua bífida, e a vontade de esquecer o gosto e cheiro sentido aumenta cada vez mais.

Meu Senhor me espera encostado no carro, com tranquilidade incomum.

_ Parece que teremos uma tempestade.

-Por falar nisso... preciso de um banho.

- Então, o que tem pra mim?

-Te conto no caminho pro refúgio.


Entro no banco do motorista, dou a partida. Fecho os vidros, e observo um pouco o movimento, busco carros parados em esquinas com pessoas dentro e possíveis observadores.

-O velhote preparou uma espécie de bebida mágica, que me fez ter delírios.

Ligo a seta e acelero lentamente, ainda observando se serei seguido.

-Não foi uma experiência agradável. E fiquei demasiadamente desconfiado sobre sua idoneidade. Ao final da experiência ele me fez assinar uma espécie de livro vivo, como num contrato de sangue. Essa situação trouxe bastante desconforto, o senhor sabe que não sou bobo. A vontade que tive era de despedaçar ele e o criado mudo dele, mas fiz tudo conforme imagino que o senhor queria.

Os momentos que paro nos semáforos, aproveito para observar mais os retrovisores e os transeuntes. O céu com nuvens, e a claridade da cidade impede que observe as estrelas.

-A alucinação que a droga proporcionou foi algo perturbador. Um teatro antigo, parecia com o Brooklyn Tabernacle só que sem teto, dava para ver as estrelas. O local estava cheio de pessoas com máscaras. Meus olhos mudavam de cor, e as pessoas em volta morriam, ressequidas. Aquilo tudo parecia um grande ritual de iniciação, e ao final eu era contemplado com uma máscara, que o senhor também usava. O que isso tudo quer dizer?


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