Até que a morte os separou
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Até que a morte os separou
Segunda, 13 de setembro de 2004; 23h16min
Av. Barnacres Rd
Hemel Hempstead, Inglaterra.
O ar úmido e pesado dificultava a respiração da jovem Anabelle, que preferia deixá-lo falar, mesmo porque quem tinha que se explicar era Andrew por ter sumido por vários dias, e voltar com uma perda de memória que a fazia desconfiar. Essa poderia ser mais uma daquelas desculpas esfarrapadas que era comum, e ela já estava acostumada com isso, pois esse namoro conturbado só se fez um noivado devido a pressão dos pais de Anabelle, pois já estava na hora de casar, afinal eles completavam 5 anos exatamente hoje.
Ela o encontrou andando na Beumont st, solitário, ele andava lentamente como se não tivesse pressa, e um olhar sereno, porém curioso, talvez estivesse procurando algo. E realmente estava.
— Não Anabelle! - reprimiu a garota num tom sério.
— Mas você por vezes fica fazendo isso, acho que está querendo fugir e me abandonar. - Quase aos prantos, mas ela controlava a sua voz para não chorar, e com os olhos já brilhando ela tentava entender porque ele está tão diferente.
Ele deu três passos cuidadosos e acendeu o abajur para ter o contato visual daquele rosto quase perfeito. Ele não a reconhecia, mas foi oportunista o bastante para ignorar aquela bela mulher, ele era homem e não negaria sexo com ela. Mas algo talvez fizesse sentido, pois ele de fato perdeu a memória, e a duas semanas ele estava focado em apenas uma coisa que lhe foi dito: Encontrar e matar o mensageiro antes que a mensagem seja entregue.
— Por duas semanas eu não sei mais quem sou, e eu sinto fielmente que em você eu posso acreditar. Me perdoe se não lembro como foi - sentava na cama pelo lado esquerdo e colava o rosto para um diálogo olho no olho. — Mas eu vou tentar fazer com que tudo isso seja relevante daqui pra frente. Não posso dizer que te amo, pois eu não sei, mas você faz parte de mim, e isso é importante. Mas eu não posso ficar mais aqui... - Deixava as últimas palavras saírem pausadamente, passando os dois dedos na testa de Anabelle, ajeitando a sua franja e por fim apoiando a palma de sua mão atrás da cabeça dela, e ela tentava frustradamente conter o seu choro. Após um doce beijo Andrew concluía — Durma meu bem, amanhã será melhor do que hoje. Durma. - Ordenou, e ela adormeceu.
Seria mais uma das vezes em que saiu do apartamento dela no meio da noite, mas dessa vez ele não sabia qual era a sua identidade, e se retorcia por dentro com isso. Como ele podia esquecer se a amou? e porque ele esqueceu?
Em sua mente só vinha fleches de o rosto dela, ele sabia que a amava, sabia que sentia algo forte que os ligavam, mas isso era superficialmente, pois ele havia perdido a memória.
Ele queria realmente voltar ao seu perfeito estado mental, recordar totalmente da sua vida mortal, de quando ainda respirava. Mas sempre que se esforçava e puxava alguma memória, do fundo do seu cérebro, vinha uma dor forte subitamente, como se isso fosse algo proibido que o castigava sempre que ele teimasse. E os últimos momentos de que lembrava de sua vida era meio confuso.
Av. Barnacres Rd
Hemel Hempstead, Inglaterra.
O ar úmido e pesado dificultava a respiração da jovem Anabelle, que preferia deixá-lo falar, mesmo porque quem tinha que se explicar era Andrew por ter sumido por vários dias, e voltar com uma perda de memória que a fazia desconfiar. Essa poderia ser mais uma daquelas desculpas esfarrapadas que era comum, e ela já estava acostumada com isso, pois esse namoro conturbado só se fez um noivado devido a pressão dos pais de Anabelle, pois já estava na hora de casar, afinal eles completavam 5 anos exatamente hoje.
Ela o encontrou andando na Beumont st, solitário, ele andava lentamente como se não tivesse pressa, e um olhar sereno, porém curioso, talvez estivesse procurando algo. E realmente estava.
— Não Anabelle! - reprimiu a garota num tom sério.
— Mas você por vezes fica fazendo isso, acho que está querendo fugir e me abandonar. - Quase aos prantos, mas ela controlava a sua voz para não chorar, e com os olhos já brilhando ela tentava entender porque ele está tão diferente.
Ele deu três passos cuidadosos e acendeu o abajur para ter o contato visual daquele rosto quase perfeito. Ele não a reconhecia, mas foi oportunista o bastante para ignorar aquela bela mulher, ele era homem e não negaria sexo com ela. Mas algo talvez fizesse sentido, pois ele de fato perdeu a memória, e a duas semanas ele estava focado em apenas uma coisa que lhe foi dito: Encontrar e matar o mensageiro antes que a mensagem seja entregue.
— Por duas semanas eu não sei mais quem sou, e eu sinto fielmente que em você eu posso acreditar. Me perdoe se não lembro como foi - sentava na cama pelo lado esquerdo e colava o rosto para um diálogo olho no olho. — Mas eu vou tentar fazer com que tudo isso seja relevante daqui pra frente. Não posso dizer que te amo, pois eu não sei, mas você faz parte de mim, e isso é importante. Mas eu não posso ficar mais aqui... - Deixava as últimas palavras saírem pausadamente, passando os dois dedos na testa de Anabelle, ajeitando a sua franja e por fim apoiando a palma de sua mão atrás da cabeça dela, e ela tentava frustradamente conter o seu choro. Após um doce beijo Andrew concluía — Durma meu bem, amanhã será melhor do que hoje. Durma. - Ordenou, e ela adormeceu.
Seria mais uma das vezes em que saiu do apartamento dela no meio da noite, mas dessa vez ele não sabia qual era a sua identidade, e se retorcia por dentro com isso. Como ele podia esquecer se a amou? e porque ele esqueceu?
Em sua mente só vinha fleches de o rosto dela, ele sabia que a amava, sabia que sentia algo forte que os ligavam, mas isso era superficialmente, pois ele havia perdido a memória.
Ele queria realmente voltar ao seu perfeito estado mental, recordar totalmente da sua vida mortal, de quando ainda respirava. Mas sempre que se esforçava e puxava alguma memória, do fundo do seu cérebro, vinha uma dor forte subitamente, como se isso fosse algo proibido que o castigava sempre que ele teimasse. E os últimos momentos de que lembrava de sua vida era meio confuso.
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