Bruxas de Pineold - Prólogo da Crônica.
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Bruxas de Pineold - Prólogo da Crônica.
Um soco em cheio atinge o rosto. A cabeça vira levemente por causa da força do golpe, mas o estrago é mínimo. O brutamonte estava preparando um novo soco na cara do homem amarrado, mas uma voz fria e imponente fala em bom som para o brutamonte. – Pare com isso. É o mesmo que socar um saco de areia. – O brutamonte olha para trás e não diz nada. Então o homem amarrado olha de baixo para cima para o novo torturador. Um homem baixo, mas de constituição forte usando botas de couro, calça marrom e camisa azul-clara social e por cima disso um avental de açougueiro de borracha escura. Ele segura firmemente alguma coisa que usa para afastar o brutamonte. Seja o que for brilha na ponta. Então tarde demais o infeliz homem amarrado percebe que é um ferro em brasas. O açougueiro sorri e diz com sua voz sinistra. - Isso sim eles temem. Veja como ficou encolhido feito um rato. - O homem amarrado pensa que ali estava uma oportunidade, o idiota teria que olhar nos seus olhos, então ele poderia ganhar sua liberdade e dar um fim naquela brincadeira, mas logo sua esperança de conseguir controle sobre o principal torturador some ao escutar o homem falar em um tom calmo e seguro de si. - Não tem motivos para ter esperança. Sei bem como seus truques funcionam, sei evitar contato visual, mas depois disso ninguém vai ter medo desse seu poder. - Então o homem enfia de maneira cirúrgica e lenta o ferro em brasas no olho esquerdo e belo de um azul-claro do homem amarrado, ele promete para si mesmo que não vai gritar com a dor, mas não tem como convocar o grito novamente para dentro da boca após ter escapado ao sentir seu olho em chamas e sendo perfurado lentamente.
O açougueiro tira com cuidado o ferro da cavidade ocular do homem e depois faz o mesmo no olho esquerdo. O homem amarrado acha que dessa vez estaria mais preparado para suportar a dor, mas não dá certo e grita novamente. O brutamonte acha graça de tudo isso e ri de maneira ruidosa e diz de maneira irritante. - Ué? Ele não pensa que é o fudido dono do mundo? O imortal poderoso? - Algumas gargalhadas estouram no galpão. Os homens estavam tirando grande prazer em ver ele amarrado desse jeito e sendo mutilado, isso provoca grande raiva no homem amarrado que perde controle por um tempo e treme furioso esbravejando. - Idiotas! Mal sabem com quem estão lidando. Terei minha vingança, escutem bem. Sou muito amado nessa cidade, o que estou sofrendo não é nada comparado com o que cada um de vocês vão sentir nas mortais peles de vocês. - O lugar fica silencioso por um momento, então mais gargalhadas explodem. Dessa vez a duração é muito maior, o próprio homem amarrado engole seu orgulho e percebe que fez papel de bobo, isso provoca uma nova onda de raiva e então apaga por um momento.
Um chute forte na tíbia desperta os sentidos novamente do homem amarrado que não sabe que o açougueiro está parado a sua frente segurando dessa vez uma alicate,o açougueiro dá um meio sorriso e diz de jeito desaprovador. - Terminou com seu show? Passou esse frenesi de moça? - O brutamonte fala alto feito um bêbado em um bar para todos os presentes. - Ele pensa que é igual o que matamos em Bexvill, qual era o nome do desgraçado? - Uma nova voz responde ao colega. - O desgraçado era chamado de Xerife Bill. - Um outro desconhecido com uma voz velha e feia entra também na conversa. - É obrigação ter esses nomes ridiculos e codinomes? Xerife Bill, Regente Marguie Tromi, Bispo Bolhinha. Quanta porcaria, como conseguem passar uma eternidade com esses feios nomes? Parecem personagem de historias em quadrinhos, bando de baitolas. - Alguns curtos risos e o açougueiro toma conta da situação. - Se o bom e finado Xerefe Bill que era um baita musculoso e durão não conseguiu se libertar dessa cadeira, qual esperança uma menina como você tem? Estamos fazendo um favor em acabar com você. Ninguém merece passar a eternidade com esse cabelo cumprido de moça, falta também uma barba para deixar esse rosto liso e claro parecido com de um homem. Desse jeito liso e cabeludo parece uma menina. - Dessa vez o homem amarrado estava preparado para dar uma resposta desconcertante para seus captores, mas o açougueiro enfia o alicate na boca e arranca os dentes caninos do homem amarrado. Por essa ele não esperava, estava cego para o mundo já humilhado, mas agora aquele era o ponto final. Desespero funde-se com a vergonha, seu temor pela sua não-vida cresce.
Ele então fica ali, ilhado em um mar de inimigos com seus olhos queimados e perfurados e suas presas arrancadas. A cadeira de aço firmemente presa ao chão não deixa ele fugir ou se mexer direito, os homens o tem nas mãos. Então um barulho de uma porta de metal sendo empurrada é ouvida, por um momento alguma esperança cresce nele. Os homens ficam silenciosos e pensamentos de resgate chegam até o homem amarrado de maneira doce. Mas qualquer esperança de sobreviver acaba no exata momento que escuta uma voz muito conhecida por ele além do ruído de calçados estalando no chão de pedra do galpão. A nova pessoa diz para ele com uma voz que ele tinha aprendido a confiar e gostar.
- Você está acabado. Você está humilhado. Esse simplesmente é seu fim, meu querido príncipe encantado. - É verdade. Agora tudo faz algum sentido, esses caçadores de bruxas não poderiam ter feito tudo isso sozinhos. Ele apenas diz no tom mais frio e natural que consegue encontrar mesmo com a boca cheia de vitae e amargor por ter sido pego. - Você planejou tudo isso então, sem dúvidas fez bem. Sinto orgulho e desprezo por você. Estou nesse jogo há muito mais tempo e sei que sua conquista não vai durar, pensa que ninguém... - Um forte tapa acerta em cheio o rosto do homem amarrado, mais doloroso de várias maneiras do que o soco inicial. Ele então cospe sangue no ar esperando acertar alguém, mas não enxerga nada. A pessoa então começa a sair do galpão com seus passos longos e barulhentos e diz para os homens de maneira simples e direta. - Coloquem fogo nele e vão embora. -
Depois disso nada mais importa. Ele pensa na vida após a morte e pergunta se vai para o inferno ou céu, se eles realmente existem ou não, e que talvez tudo que resta são os fantasmas que os Giovanni procuram controlar e escravizar. Pensa que é uma infelicidade não existir nenhum Giovanni na cidade, senão talvez pudesse revelar o que aconteceu. Não... o Giovanni brincaria com minha alma e não faria nada para meu proveito, mas apenas para si mesmo. Arrancaria meus segredos e faria de mim seu escravo patético, se tiver chances vou ter que arrumar um outro meio... não vou largar mão da minha existência assim, vou me segurar com força no mundo e não deixar minha vingança escapar. Nada de descanso para mim.
Logo os pensamentos e devaneios desesperados do homem amarrado são cortados ao sentir a gasolina queimando suas cavidades oculares vazias. O cheiro é forte e as feridas na boca também ardem ao entrarem em contato com o liquido. Os últimos gostos que o Príncipe Malquiel sente em sua boca antes de pegar fogo é o da sua vitae e de gasolina barata. E o gosto mais amargo, o da traição.
O açougueiro tira com cuidado o ferro da cavidade ocular do homem e depois faz o mesmo no olho esquerdo. O homem amarrado acha que dessa vez estaria mais preparado para suportar a dor, mas não dá certo e grita novamente. O brutamonte acha graça de tudo isso e ri de maneira ruidosa e diz de maneira irritante. - Ué? Ele não pensa que é o fudido dono do mundo? O imortal poderoso? - Algumas gargalhadas estouram no galpão. Os homens estavam tirando grande prazer em ver ele amarrado desse jeito e sendo mutilado, isso provoca grande raiva no homem amarrado que perde controle por um tempo e treme furioso esbravejando. - Idiotas! Mal sabem com quem estão lidando. Terei minha vingança, escutem bem. Sou muito amado nessa cidade, o que estou sofrendo não é nada comparado com o que cada um de vocês vão sentir nas mortais peles de vocês. - O lugar fica silencioso por um momento, então mais gargalhadas explodem. Dessa vez a duração é muito maior, o próprio homem amarrado engole seu orgulho e percebe que fez papel de bobo, isso provoca uma nova onda de raiva e então apaga por um momento.
Um chute forte na tíbia desperta os sentidos novamente do homem amarrado que não sabe que o açougueiro está parado a sua frente segurando dessa vez uma alicate,o açougueiro dá um meio sorriso e diz de jeito desaprovador. - Terminou com seu show? Passou esse frenesi de moça? - O brutamonte fala alto feito um bêbado em um bar para todos os presentes. - Ele pensa que é igual o que matamos em Bexvill, qual era o nome do desgraçado? - Uma nova voz responde ao colega. - O desgraçado era chamado de Xerife Bill. - Um outro desconhecido com uma voz velha e feia entra também na conversa. - É obrigação ter esses nomes ridiculos e codinomes? Xerife Bill, Regente Marguie Tromi, Bispo Bolhinha. Quanta porcaria, como conseguem passar uma eternidade com esses feios nomes? Parecem personagem de historias em quadrinhos, bando de baitolas. - Alguns curtos risos e o açougueiro toma conta da situação. - Se o bom e finado Xerefe Bill que era um baita musculoso e durão não conseguiu se libertar dessa cadeira, qual esperança uma menina como você tem? Estamos fazendo um favor em acabar com você. Ninguém merece passar a eternidade com esse cabelo cumprido de moça, falta também uma barba para deixar esse rosto liso e claro parecido com de um homem. Desse jeito liso e cabeludo parece uma menina. - Dessa vez o homem amarrado estava preparado para dar uma resposta desconcertante para seus captores, mas o açougueiro enfia o alicate na boca e arranca os dentes caninos do homem amarrado. Por essa ele não esperava, estava cego para o mundo já humilhado, mas agora aquele era o ponto final. Desespero funde-se com a vergonha, seu temor pela sua não-vida cresce.
Ele então fica ali, ilhado em um mar de inimigos com seus olhos queimados e perfurados e suas presas arrancadas. A cadeira de aço firmemente presa ao chão não deixa ele fugir ou se mexer direito, os homens o tem nas mãos. Então um barulho de uma porta de metal sendo empurrada é ouvida, por um momento alguma esperança cresce nele. Os homens ficam silenciosos e pensamentos de resgate chegam até o homem amarrado de maneira doce. Mas qualquer esperança de sobreviver acaba no exata momento que escuta uma voz muito conhecida por ele além do ruído de calçados estalando no chão de pedra do galpão. A nova pessoa diz para ele com uma voz que ele tinha aprendido a confiar e gostar.
- Você está acabado. Você está humilhado. Esse simplesmente é seu fim, meu querido príncipe encantado. - É verdade. Agora tudo faz algum sentido, esses caçadores de bruxas não poderiam ter feito tudo isso sozinhos. Ele apenas diz no tom mais frio e natural que consegue encontrar mesmo com a boca cheia de vitae e amargor por ter sido pego. - Você planejou tudo isso então, sem dúvidas fez bem. Sinto orgulho e desprezo por você. Estou nesse jogo há muito mais tempo e sei que sua conquista não vai durar, pensa que ninguém... - Um forte tapa acerta em cheio o rosto do homem amarrado, mais doloroso de várias maneiras do que o soco inicial. Ele então cospe sangue no ar esperando acertar alguém, mas não enxerga nada. A pessoa então começa a sair do galpão com seus passos longos e barulhentos e diz para os homens de maneira simples e direta. - Coloquem fogo nele e vão embora. -
Depois disso nada mais importa. Ele pensa na vida após a morte e pergunta se vai para o inferno ou céu, se eles realmente existem ou não, e que talvez tudo que resta são os fantasmas que os Giovanni procuram controlar e escravizar. Pensa que é uma infelicidade não existir nenhum Giovanni na cidade, senão talvez pudesse revelar o que aconteceu. Não... o Giovanni brincaria com minha alma e não faria nada para meu proveito, mas apenas para si mesmo. Arrancaria meus segredos e faria de mim seu escravo patético, se tiver chances vou ter que arrumar um outro meio... não vou largar mão da minha existência assim, vou me segurar com força no mundo e não deixar minha vingança escapar. Nada de descanso para mim.
Logo os pensamentos e devaneios desesperados do homem amarrado são cortados ao sentir a gasolina queimando suas cavidades oculares vazias. O cheiro é forte e as feridas na boca também ardem ao entrarem em contato com o liquido. Os últimos gostos que o Príncipe Malquiel sente em sua boca antes de pegar fogo é o da sua vitae e de gasolina barata. E o gosto mais amargo, o da traição.
Última edição por Killer Instinct em Sáb Nov 10, 2012 5:59 am, editado 3 vez(es)
Re: Bruxas de Pineold - Prólogo da Crônica.
Só para deixar claro, essa é Prólogo de uma crônica oficial que vou narrar no próximo ciclo, pode ser que dou uma editada no texto, fora isso o resto da crônica está preparada.
Re: Bruxas de Pineold - Prólogo da Crônica.
Área de contos bombando hoje. E com mais uma texto bacana.
Ignus- Data de inscrição : 12/03/2011
Localização : São Paulo
Re: Bruxas de Pineold - Prólogo da Crônica.
Valeu Ignus, no próximo ciclo vai rolar ela, vaga para 5 jogadores, 4 da Camarilla e um Independente de preferência Ravnos ou Gangrel.
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