Maximillian Sun - Gangrel Urbano - Independente
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Maximillian Sun - Gangrel Urbano - Independente
Nome: Steven
Personagem: Maximillian Sun (Vulgo: Max, Sun, MX), Pseudônimo: Rom
Clã: Gangrel Urbano
Natureza: Planejador
Comportamento: Otimista
Geração: 8ª
Refugio: Apartamento
Conceito: Jornalista
Experiência: (88+21+7)/2 = 58 XP
ATRIBUTOS
Físicos (7)
- Força: 1+1 = 2 (4 xp)
- Destreza: 1+4 = 5 (reflexos rápidos, Velocidade)
- Vigor: 1+3 = 4 (resistente)
Sociais (5)
- Carisma: 1+1 = 2
- Manipulação: 1+3 = 4 (convincente)
- Aparência: 1+1 = 2
Mentais (3)
- Percepção: 1+3 = 4 (atento)
- Inteligência: 1+1 = 2 (4 XP)
- Raciocínio: 1+1 = 2 (4 Xp)
HABILIDADES
Talentos (13)
- Prontidão: 4 (Ruidos) (6 Xp)
- Esportes: 1
- Briga: 5 (garras, mordidas) (2 Pb) + (8 Xp)
- Esquiva:
- Empatia:
- Expressão: 2
- Intimidação: 2
- Liderança:
- Manha: 1
- Lábia: 2 (2 Xp)
Perícias (9)
- Empatia c/ Animais:
- Ofícios:
- Condução: 1
- Etiqueta: 1
- Armas de Fogo: 2
- Armas Brancas:
- Performance: 2
- Segurança:
- Furtividade: 3
- Sobrevivência:
Conhecimentos (5)
- Acadêmicos:
- Computador:
- Finanças:
- Investigação: 3
- Direito:
- Lingüística:
- Medicina:
- Ocultismo: 2
- Política:
- Ciências:
VANTAGENS
Antecedentes (5)
---------------
-> Contatos 1 (1Pb)
-> Recursos 1 (1Pb)
-> Geração 5
DISCIPLINAS (3)
-------------
Metamorfose 1 + 1 = 2 (5xp)
ofuscação 1 = 1
rapidez 1 = 1 (10xp)
Potencia 1 + 1 +1 = 3 (5 xp) + (10 Xp)
Virtudes (7)
- Consciência: 2
- Autocontrole: 3
- Coragem: 5
HUMANIDADE: 5
FORÇA DE VONTADE: 5 + 4 (4 Pb) = 9/9
PONTOS DE SANGUE: 15
QUALIDADES e DEFEITOS
-> Imunidade a Laços de Sangue ( -3 Pb)
-> Displina Extra[Potencia] ( -5 Pb)
-> Existência Abençoada ( -5 Pb)
-> Silêncio ( -1 Pb)
-> Segredo Sombrio (0 Pb)
-> Chamas do Passado (+2 Pb)
-> Vitae Infertil (+5 Pb)
Observações:
Silêncio ( -1 Pb)
Chamas do Passado (+2 Pb)
Segredo Sombrio
Maximillian é um caçador de vampiros. Maiores detalhes no prelúdio.
Contatos
Bob Singer: Bob é um humano de meia idade que trabalha a alguns bons anos como editor chefe do Jornal. Devido a seu cargo, muitas notícias chegam a ele em primeira mão e ele repassa para seus subordinados pesquisarem. Quando há uma notícia mais polêmica ou com uma dificuldade extra, ele costuma contactar-me para que eu realize a tarefa pois, aparentemente, sou o único que aparenta não ter medo de nada. Vez ou outra, ligo para ele procurando algum trabalho extra, afinal, trabalhar para o jornal é o que me coloca na sociedade como uma pessoa normal.
Recursos 1
Devido ao trabalho de jornalista, MX possui uma fraca renda mensal de $500.
Prelúdio
Bem vindo a meu mundo, caros leitores. Meu nome real não será revelado nessas linhas mas vocês podem me chamar de Rom. Sou um escritor, jornalista, artista e, acima de tudo, um vampiro. Contarei nas linhas a seguir a minha história, afinal, um dia ela pode valer uma boa grana, não é mesmo?
Nasci em Nova York em 1940. Naquela época não existiam computadores, nem ferraris que alcançam mais de trezentos quilômetros por hora. Na verdade, até mesmo o ENIAC, primeiro computador do mundo, ainda não havia sido inventado. Muitos hoje podem pensar que era uma vida triste, mas não. Aquilo sim era vida. Você podia sair nas ruas. A criminalidade não se compara a atual. De qualquer maneira nasci no meio de uma família humilde. Minha mãe, dona de casa, era casada com um homem forte e trabalhador. Nunca tive nada para reclamar de meu pai. Esforçado, ele suava dia e noite para colocar o sustento de nosso lar. Nunca entendi muito bem algumas coisas mas mesmo assim, acho que era feliz. Na vizinhança existia uma garota chamada Alice. Ela era linda mas, ainda jovens, nunca liguei muito para isso. Brincávamos quase todos os dias... Dias sem preocupações, dias sem problemas...
Meu pai tinha um único vício. Ele adorava acampar. A família sempre saía nos feriados juntos e ia, com mais alguns vizinhos e amigos, para algum lugar afastado.. Levávamos barracas, acendiamos fogueiras, cantávamos ao luar. Meu pai atraía a atenção de todos quando a noite chegava. Após acender a fogueira e todos se acomodarem ele começava a contar uma história. Ele era simplesmente magnífico. Com toda sua eloquência e gestos ele simplesmente prendia a atenção de todos. Por muitas vezes me peguei sem respirar de tanta apreensão que estava. Creio que foi esse lado de meu pai que eu herdei. A medida que crescia eu me tornava um contador de história tão bom quanto ele.
Cresci normalmente, estudando. Um dia, dez anos depois de meu nascimento, estávamos saindo a noite de um cinema na califórnia - Os cinemas eram bem diferentes dos de hoje, acreditem - quando um homem, abordou-nos quando virávamos num dos becos da cidade. O lugar era mal iluminado e, infelizmente, era o único caminho que tínhamos pois meu pai havia deixado o carro do outro lado do beco. O homem caminhou em nossa direção e meu pai logo se adiantou. O homem não fez perguntas nem falou nada. Seus olhos, vermelhos escarlate, brilhavam no meio da noite. Algo estava errado com aquele homem. Ele avançou sobre meu pai, agarrando-o pelo pescoço e, mesmo meu velho sendo maior não foi páreo para aquele ser. Devido a escuridão vi apenas os pontos vermelhos se moverem na escuridão. Depois de uma rápida manobra, meu pai foi pego e arremessado contra a parede, desmaiando na hora. Minha mãe gritou para que eu corresse mas eu não entendia o que estava acontecendo perfeitamente. O ser avançou sobre ela que, se pondo na minha frente, me protegeu. Nesse momento um líquido quente espirrou sobre meu rosto, líquido que mais tarde vim a saber ser sangue de minha própria mãe. O ser havia cravado seus dentes na macia pele da mortal e sugado rapidamente seu sangue. Minha mãe não gritava, apenas ficava parada, assim como eu estava. Meu pai, ainda tonto se levantou para proteger minha mãe. Ele gritou para que eu corresse mas eu ainda insistia em apenas observar. O ser desgrudou de minha mãe ao ouvir o grito de meu pai. Mudando de alvo ele novamente voou para destruir meu velho e, assim como da primeira vez, derrubou-o. Como fizera com minha mãe, o monstro havia também mordido meu pai, arrancando todo o sangue. Quando terminou ele se virou em minha direção. Ele caminhou passo a passo, olhando-me nos olhos. Jamais eu esqueceria aqueles olhos escarlates. Para minha sorte - eu acho - uma viatura da polícia passava próximo ao local e havia ouvido o grito de meu pai. Os dois policiais se aproximaram do beco e, com laternas e armas em punho, entraram no beco. A forte luz refletiu no lugar as sombras que o ser possuía. Seu rosto, coberto de sangue, foi motivo suficiente para os policiais gritarem para que ele levantasse as mãos. Aquilo de nada adiantou e, tentando a mesma manobra que fizera com meus pais, ele avançou sobre os policiais que descarregaram o revolver no corpo do ser.
Mesmo após alguns tiros, o ser não havia simplesmente caído. Ferido ele fugiu ainda mantendo sua incrível velocidade. Escutei várias palavras impróprias do ser mas muitas delas nem lembro mais. Aquilo tudo era estranho, aquilo era assustador. Tudo não demorou mais do que cinco minutos. Minha mãe caida a meus pés. O pouco sangue que restava em seu corpo começou a correr pelo chão até encostar em mim. Meu pai também morto! Após o acontecido fui levado para a casa de uma tia. Minha mente estava confusa. Talvez, em um instinto de defesa, eu havia bloqueado tudo aquilo. Um sentimento diferente havia se instaurado em mim. Apesar de eu não saber o que era exatamente, sentia que algo estava danificado, algo estava errado. Cresci, agora não tão feliz quanto antes, mas ainda sim segui a vida normalmente. Me tornei jornalista investigativo. Eu sabia que meus pais haviam sido assassinados então jurei expor cada assassino safado que existisse no mundo!
Como tradição, continuei viajando com amigos para acampar. Eram os momentos que eu me sentia bem, que eu me sentia livre. Agora, no lugar de meu pai, era eu quem fazia as pessoas prenderem a respiração, ansiosas para o fim de minha história. Por várias vezes fiz isso, alegrando algumas, assustando outras. Talvez isso que me transformou no que sou hoje. Numa bela noite, após todos ja terem ido dormir, fiquei remexendo na fogueira, olhando para o céu estrelado. Minha mente estava focada em meu passado, em meu pai. Ele era um excelente contador de histórias. Uma "coisa", por falta de expressão melhor, se remexer no meu coração. Algumas cenas que haviam sido bloqueadas simplesmente voltaram. Eu novamente via a imagem daquele homem que assassinara brutalmente eles e que nunca havia sido pego. Cerrei os punhos e levantei rapidamente. Meu corpo tremia. Minha testa suava. Meu maxilar estava tenso. Sem pensar, soquei a árvore mais próxima. Aquilo aliviou um pouco a tensão mas não havia sido tudo. Continuei a socá-la com força. Um fio de sangue começou a descer de meus punhos mas não me importei. Eu nunca tive muita força então não conseguia bater muito forte. Lágrimas desceram e, em meu peito, eu sentia que queria fazer apenas uma coisa. Depois de todos os anos que se passaram eu queria matar aquele que fizera aquilo com minha família...
Na outra manhã partimos de volta para casa. meus amigos perguntaram o que havia acontecido e eu disse que havia caído enquanto ia ao 'banheiro' na noite anterior. Não sei se acreditaram, mas não importa. Dois meses depois voltamos ao acampamento. Minha 'carreira' de jornalista começava a dar certo. Havia conseguido um emprego num importante Jornal. O Editor chefe, senhor Singer, era competente e viu que eu era esforçado. Meu deu algumas matérias e consegui um trabalho perfeito, sendo primeira página do jornal. Nunca imaginaria que essa noite seria diferente. Desde a última vez que estivera ali, aquele sentimento de ódio aflorava em meu peito e, graciosamente, eu simplesmente fingia que ela não estava ali. Contei mais uma história. Essa, cheia de terror, suspense e medo. As pessoas que ouviram ficaram abismada com o poder de minha conversa. Eu manipulava as palavras graciosamente. Meus gestos eram totalmente sincronizados com minha fala. As garotas do acampamento se agarravam nos homens, com medo da história, enquanto até mesmo o mais bravo deles sentia sua nuca arrepiar. Quando todos foram dormir, voltei na mesma árvore que havia socado da última vez. Quando levantei a mão para iniciar a minha sessão de tortura, escutei uma voz atrás de mim. Ao olhar um homem estava parado me observando. Olhei para ele e, com um sorriso, ele apenas caminhou até perto da fogueira e se sentou. Olhando para mim ele pediu que eu contasse mais uma história. Talvez eu devesse sentir medo, mas apenas me virei e dei a ele a melhor história que pude criar. Ódio, amor, suspense, tramas. Aquela história foi uma mistura de todos os sentimentos. Durou mais de duas horas quando, no final, vi que ele estava estático. De seus olhos descia uma gota. Pensei que ele estava chorando mas ao ver mais de perto vi que era sangue que descia dali. Perguntei se ele estava bem. Ele disse que sim e que nunca havia ouvido uma história tão emocinante e fascinante quanto aquela. Naquele momento ele se virou e saiu do acampamento da mesma forma que apareceu.
Voltamos para nossas casas. Um mês depois voltamos para o acampamento. Era feriado e poderíamos ficar inteiros quatro dias e noites. Meus amigos sempre me seguiam. Durante os dias, a raiva que eu sentia aumentava mas eu sempre escondia esse lado. Sabia que mostrá-la afastaria a todos. Focava ela em meu trabalho, desvendando cada vez mais ladrões, assassinos e até mesmo políticos corruptos. Na segunda noite de histórias, dois homens e uma mulher apareceram no acampamento perguntando se poderiam ficar para ouvir a história. Ninguém viu problema algum e eu comecei mais um emocionante conto. Eu mesmo não percebi mas se passaram três horas desde o início. Nenhum de meus espectadores havia se cansado. Todos esperavam o desfeche da história. Ao término, os visitantes apenas me elogiaram e foram embora. Quando todos do acampamento foram dormir fiquei olhando para o céu novamente. Mais uma vez meu peito se enchia de ódio. Era naqueles momentos solitários que o desejo de morte surgia. Ouvindo um barulho levantei para ver quem era, infelizmente, fui muito lento. Senti uma pancada na cabeça e acordei apenas no outro dia...
Aquilo sim eu podia chamar de pancada. Ao acordar minha cabeça latejava, minha garganta ardia. Estava no meio de uma floresta. Não sabia onde, mas todo o meu corpo doía. Para aqueles que nunca passaram por uma transformação vampírica, acreditem, não é agradável. Seus órgãos simplesmente vão parando, e seu cérebro ainda acha que precisa deles, causando assim uma dor inimaginável. Uma sede estranha toma conta do seu corpo. Naquele momento eu agia por reflexo. Próximo a mim havia algum tipo de animal morto. Não me importei, apenas avançando sobre ele e devorando-o. O primeiro contato com o sangue era como tomar água gelada no deserto. Aquilo limpou minha mente, meu corpo. Me senti novamente forte. Continuei a sugar todo o sangue disponível. Ao terminar olhei para minhas mãos. Sangue! Tudo que eu via era sangue. Comecei a correr, assustado com o que fiz. Por mais que eu corresse aquele sangue não saía de mim. A imagem de meus pais sendo mortos veio em minha mente como um banho de sangue. Travei. Gritei, urrei, xinguei. Senti perdendo totalmente a sanidade. Deixei-me levar pela fúria. Destrui não sei quantas árvores naquela noite. Estava revoltado, estava assustado. Quando amanheceu eu simplesmente apaguei. Acordei na outra noite. Dessa vez eu estava numa caverna. Saí desconfiado, achando que tudo era um sonho. Para minha decepção tudo era um pesadelo e ele ainda estava lá. Eu sentia o cheiro de sangue. Minha garganta, como na noite anterior, buscava aquele líquido rubro. Olhei ao redor. Apesar da aparente escuridão eu conseguia ver tudo claramente. No final da caverna havia um corpo. Gelei ao vê-lo. Não era um animal e sim um humano. Ele parecia ainda estar vivo, parecia respirar com dificuldade. Corri para ajudá-lo. Ao encostar nele senti seu corpo quente. Ele morreria se ficasse ali. Peguei-o no colo e então o cheiro de sangue subiu ardendo pelas minhas narinas. Não me contive e enfiei minhas presas nele. Suguei uma, duas vezes e então parei. Aquilo não poderia estar certo. Eu não poderia ter me transformado no mesmo ser que matara meus pais. Eu nunca mataria por fome, nunca materia um inocente!
Contendo o ímpeto de sugar aquele humano, corri para um hospital. Literalmente corri. Eu me sentia mais rápido e muito mais forte do que antes. Limpei-me antes de me aproximar de qualquer um e o levei para o hospital. Ele foi curado. Diziam que ele estava sendo procurado. havia se perdido no meio da mata a alguns dias. Ao sair do hospital olhei tudo a meu redor. Tudo parecia deveras diferente. As luzes eram mais brilhosas, a poluição mais palpável o barulho mais intenso. Vaguei pelas ruas sem rumo. Quando dei por mim estava em frente a meu humilde apartamento. Coloquei a mão no bolso e vi que as chaves ainda estavam ali. Entrei nele. Em baixo da porta várias cartas de cobrança estavam empilhadas. Achei aquilo estranho e, ao olhar que dia era, descobri que havia se passado praticamente um mês que eu havia acampado. Meu assustei. Caminhei até meu banheiro e então uma nova surpresa. Olhando para o espelho vi meu novo 'eu' refletido. A campanhia de meu quarto tocou. Abri a porta e o mesmo homem que encontrei na floresta, noites atrás, estava ali. Ele vestia um jeans simplesmente e uma jaqueta com uma águia nas costas. Sem pedir licença ele entrou e sentou no sofá...
Aquela foi uma longa noite. Entendi o que eu era. Entendi o que aconteceu comigo. Para surpresa dele, ele viu que eu apenas tinha levado o mortal para o hospital. Foi naquele momento que eu jurei que jamais mataria inocentes. Ele riu de mim mas disse que não se importava. Ele me explicou a maioria das coisas de minha nova condição e, antes de ir embora (já estava amanhecendo) ele deu dois avisos. O primeiro era que eu nunca deveria deixar de contar histórias. Era claro que aquilo era importante para nós, o clã Gangrel. A segunda que, quem havia matado meus pais, era um cainita e que eu deveria fazer o que quisesse com essa informação. Não sabia o que fazer na hora, apenas fui para meu quarto, me trancando e indo para de baixo da cama, após afastá-la da janela. Passei o dia ali, e quando acordei, sabia o que faria. Eu não desistiria. Agora eu tinha poder para me vingar, mas não queria vingança mais. De certa forma eu entendi o que aquele homem sentia, aquela fome, aquele desejo.. Uma coisa nos diferenciava. Eu havia me controlado, ele não! Aquilo foi injustiça, aquilo foi um ato impiedoso. Naquele instante, naquela noite, nascia o novo "eu".
Retomei minha vida. Após muitas explicações consegui meu trabalho de volta, conseguindo agora fazer muito mais coisas pois minha novas habilidades - que ainda estou descobrindo - me ajudam bastante no ramo da investigação. Prometi a mim mesmo nunca matar um inocente porém existiam pessoas que mereciam ser mortas. Durante noites e noites fiquei me perguntando como eu poderia julgar. Que direito eu teria de julgar alguém. No final, descobri que alguém sempre tem de julgar o outro. Como um juiz faria, resolvi ter todas as provas antes de matar alguém. Meus alvos não eram apenas mortais. Eles eram alvos fáceis. Eu queria algo mais difícil, algo mais trabalhoso e planejado. Meu ser pedia por isso, meu coração morto pedia pelo sangue de um vampiro! Infelizmente, apesar da força extra que eu havia ganhado com minha transformação eu ainda era um leigo numa briga. Quando era mortal nunca me meti em brigas ou se quer me importei com isso. Juntando o pouco dinheiro de meu trabalho, comecei a frequentar academias de luta. Pensei que demoraria anos até a aprender algo mas por ser praticamente 'incansável', ficava até altar horas na academia treinando. Gastava toda minha energia e quando eu ficava muito tempo no mesmo lugar eu simplesmente me mudava de bairro ou de cidade, começando o treinamento em outra. Continuei minhas viagens ao acampamento, agora sozinho, para poder me concentrar. De frente a mesma árvore que um dia soquei quando humano, passei a usá-la para treinar, agora com minhas afiadas garras. Passei alguns meses ali até que, quando me senti confortável com minhas habilidades, segui com meus planos.
Demorei algum tempo até conseguir rastrear o mesmo vampiro que matara meus pais. Levei quase seis anos a procura dele. Quando achei comecei a pesquisá-lo. Conversei com conhecidos, manipulei amigos, e até mesmo encontrei cara a cara com ele. Aquele ser era mal. Ele não havia matado meus pais por sede, mas sim porque ele simplesmente achava ter o dever de fazê-lo. Não tive ódio daquele cara. Meu coração, agora morto, tornava as coisas mais fáceis, mais imparciais. Ao juntar todas as provas foi quando decidi que era hora. A dúvida era, como fazê-lo. Pesquisei a maneira que os melhores serial-killers usaram, pesquisei métodos inovadores, métodos limpos. Para minha sorte eu não teria problema em me livrar de um corpo vampírico pois, assim que ele morresse viraria pó. Muito mais simples do que caçar e matar um humano. Depois de mais um ano (a imortalidade nos faz ter muita paciência), criei uma emboscada para ele. Atraindo-o e deixando-o preso em um galpão, comecei a me divertir com ele. Entrei no lugar e citei tudo que ele havia cometido. Ele olhava com desdém para mim. Ignorando minhas palavras ele simplesmente avançou para cima de mim. Seus dentes para fora, sua velocidade rápida. Aquilo me surpreendeu. Minha primeira vítima estava lutando árduamente. O embate demorou muito tempo. Eu ainda era novo mas tinha força. Ele usava da estratégia, da tática. Por um golpe de sorte meu clã tinha um dom excepcional. Fazendo minhas garras crescerem a luta começou a se tornar injusta para o homem. Cada golpe meu dilacerava sua carne até que, por fim, ele pereceu. Eu estava exausto mas satisfeito. Livrar o mundo de um ser daqueles aliviava o que eu sentia.
Meu primeiro assassinato vampírico... Aquilo foi um sucesso porém paguei um preço caro. As coisas não aconteceram como eu havia planejado e, de longe, foi perfeito. Aquilo não poderia se manter assim. Aprendi que eu teria de controlar tudo. As pessoas o local e a hora, caso eu quisesse um plano perfeito. Descobri também que, para isso, eu precisava conhecer melhor a minha vítima, saber seus costumes, saber cada passo dela. Infelizmente nunca tive dinheiro para contratar investigadores então, era eu mesmo quem tinha de fazer isso. Nunca possuí um corpo grande, o que facilitava na hora de seguir alguém, contudo, eu precisava ser discreto, me mover no meio da multidão sem ser notado. Nunca chamei a atenção devido a minha beleza e por sorte eu sempre tive uma habilidade nata. Desde mortal, apesar de não ter muita força, eu conseguia ser talentoso com meu corpo. Seja fazendo trabalhos manuais ou me movimentando entre pessoas, eu sempre tive um bom equilíbrio, uma boa destreza por assim dizer. Tentei imaginar como aquilo poderia me ser útil. Durante noites andei na rua, tentando manter-me oculto, tentando me movimentar silenciosamente. Certas noites, para quem me observava, poderia achar que eu era um louco. Andando como se fosse em câmera lenta no meio da calçada. Eu tentava manter-me o mais silencioso possível. Tarefa não tão árdua hoje em dia, afinal, o barulho é algo comum nas cidades. Apesar de já estar 'silencioso' para a cidade eu sentia que aquilo não era o suficiente. Eu não poderia me dar ao luxo de precisar de sons de carros para abafar minha própria movimentação. Foram cerca de cinco anos treinando a habilidade de me manter oculto até que eu achasse que eu estava perfeito. Depois da imortalidade aprendi a ter paciencia e planejar meus passos. Manter-me oculto foi um plano de longo alcance que eu tive o orgulho de conseguir, assim como o assassinato do mesmo vampiro que matara meus pais. Continuo criando planos e, a cada dia, eu chego mais perto do sucesso.
Alguns outros vampiros vieram após o primeiro. No total, oito vampiros já passaram pelas minhas garras. O que eu faço é uma atividade perigosa e com certeza eu perderia minha cabeça se deixasse ser descoberto. Devido a isso faço tudo com o maior zelo e melhor,mantenho todas as aparências. Como gosto de dizer, sigo um código a risca. Continuo seguindo minha carreira de jornalista, e, como vampiro, continuo contando histórias. Todos os Solstícios me reuno com alguns de meu clã e conto várias histórias. Descobri que muito deles tem histórias melhores que as minhas o que me cativa e me faz querer ser sempre melhor.
Depois de muitos anos reencontrei Alice. Ao ve-la fiquei feliz pois ela era o único elo com meu passado. descobri que ela também havia se transformado porém parecia guardar algum rancor de mim. Nunca entendi muito bem o porquê, mas sei que eu jamais poderia fazer algo contra ela. Sendo minha única ligação a meu eu 'mortal' Alice era a única pessoa que eu realmente respeitava.
Timeline Max:
1940 - nascimento
1950 - morte dos pais
1966 - 26 anos transformação em vampiro
1966-1980 - treinamento de lutas e rastreamento do vampiro
1980 - 2000 - treinamento da qualidade Silencio
2000 - ???? - Planejamento de novos assassinatos
O Código:
- Caçarás APENAS os seres que buscarem sangue apenas por diversão e matarem suas vítimas
- Não destruirás inocentes.
- Não agirás por impulso
- Não causarás mais dor do que o necessário
- Não se vangloriará de seu feito para os outros: Manterás as aparências
- Controlará todas as variáveis, tendo perfeito domínio de suas ações.
Itens Iniciais
1 Faca de caça
1 Mochila
1 Moto 125 cilindradas
Pontus bônus:
Experiência:
44 - Experiência do personagem (88/2)
14 - Experiência do ciclo Março (21+7/2)
_____________
58 - Total
Gastos de XP:
Potência [Disciplina do Clã]: 1 > 2 --- 5 XP
Potência [Disciplina do Clã]: 2 > 3 --- 10 XP
Metamorfose [Disciplina do Clã]: 1 > 2 --- 5 XP
Rapidez [Nova Disciplina do Clã]: 1 --- 10 XP
Briga [Habilidade]: 4 > 5 --- 8 XP
Lábia [Habilidade]: 1 > 2 --- 2 XP
Prontidão [Talento]: 3 > 4 --- 6 XP
Força [Atributo]: 1 > 2 --- 4 XP
Inteligencia [Atributo]: 1 > 2 --- 4 XP
Raciocínio [Atributo]: 1 > 2 --- 4 XP
_______________________________________________
Total: 58 XP
Personagem: Maximillian Sun (Vulgo: Max, Sun, MX), Pseudônimo: Rom
Clã: Gangrel Urbano
Natureza: Planejador
Comportamento: Otimista
Geração: 8ª
Refugio: Apartamento
Conceito: Jornalista
Experiência: (88+21+7)/2 = 58 XP
ATRIBUTOS
Físicos (7)
- Força: 1+1 = 2 (4 xp)
- Destreza: 1+4 = 5 (reflexos rápidos, Velocidade)
- Vigor: 1+3 = 4 (resistente)
Sociais (5)
- Carisma: 1+1 = 2
- Manipulação: 1+3 = 4 (convincente)
- Aparência: 1+1 = 2
Mentais (3)
- Percepção: 1+3 = 4 (atento)
- Inteligência: 1+1 = 2 (4 XP)
- Raciocínio: 1+1 = 2 (4 Xp)
HABILIDADES
Talentos (13)
- Prontidão: 4 (Ruidos) (6 Xp)
- Esportes: 1
- Briga: 5 (garras, mordidas) (2 Pb) + (8 Xp)
- Esquiva:
- Empatia:
- Expressão: 2
- Intimidação: 2
- Liderança:
- Manha: 1
- Lábia: 2 (2 Xp)
Perícias (9)
- Empatia c/ Animais:
- Ofícios:
- Condução: 1
- Etiqueta: 1
- Armas de Fogo: 2
- Armas Brancas:
- Performance: 2
- Segurança:
- Furtividade: 3
- Sobrevivência:
Conhecimentos (5)
- Acadêmicos:
- Computador:
- Finanças:
- Investigação: 3
- Direito:
- Lingüística:
- Medicina:
- Ocultismo: 2
- Política:
- Ciências:
VANTAGENS
Antecedentes (5)
---------------
-> Contatos 1 (1Pb)
-> Recursos 1 (1Pb)
-> Geração 5
DISCIPLINAS (3)
-------------
Metamorfose 1 + 1 = 2 (5xp)
ofuscação 1 = 1
rapidez 1 = 1 (10xp)
Potencia 1 + 1 +1 = 3 (5 xp) + (10 Xp)
Virtudes (7)
- Consciência: 2
- Autocontrole: 3
- Coragem: 5
HUMANIDADE: 5
FORÇA DE VONTADE: 5 + 4 (4 Pb) = 9/9
PONTOS DE SANGUE: 15
QUALIDADES e DEFEITOS
-> Imunidade a Laços de Sangue ( -3 Pb)
-> Displina Extra[Potencia] ( -5 Pb)
-> Existência Abençoada ( -5 Pb)
-> Silêncio ( -1 Pb)
-> Segredo Sombrio (0 Pb)
-> Chamas do Passado (+2 Pb)
-> Vitae Infertil (+5 Pb)
Observações:
Silêncio ( -1 Pb)
Guia do Jogador para o Sabá pag 124:
Você tem a habilidade incomum para se mover silenciosamente que vai além dos padrões normais. Reduza as dificuldade de todos os testes de Furtividade em dois pontos.
Você é capaz de sse mover silenciosamente sobre folhas secas. Se o vento estiver soprando enquanto você está se movendo não haverá meios de alguém ouvi-lo
Chamas do Passado (+2 Pb)
Eu e Alice Adans crescemos juntos. Durante os anos juvenis compartilhamos muitas coisas. Quando fui amaldiçoado não voltei para ve-la. Minha mente tinha muito mais coisas para se preocupar. Após muito tempo a vi novamente. Para minha surpresa ela também havia se transformado, tornando-se uma vampira. Pensei que isso nos juntaria novamente, que poderíamos compartilhar mais coisas, porém ela guardava algum ressentimento. Acho que ela nunca me perdoou por simplesmente ter sumido e, querendo que eu pague por isso, várias vezes ela entra em meu caminho, primeiro pedindo favores para logo em seguida me 'esfaquear' pelas costas.Guia do Jogador para o Sabá pag 77:
Alguém que você gostava e conhecia profundamente agora é seu inimigo. Ele(a) ainda tenta jogar em seus sentimentos pelos velhos tempos enquanto trabalha contra você. A menos que você passe num teste de Manipulação + Expressão contra seu ex-amigo, você não agirá contra ele a menos que a situação se torne um risco de vida.
Segredo Sombrio
Maximillian é um caçador de vampiros. Maiores detalhes no prelúdio.
Contatos
Bob Singer: Bob é um humano de meia idade que trabalha a alguns bons anos como editor chefe do Jornal. Devido a seu cargo, muitas notícias chegam a ele em primeira mão e ele repassa para seus subordinados pesquisarem. Quando há uma notícia mais polêmica ou com uma dificuldade extra, ele costuma contactar-me para que eu realize a tarefa pois, aparentemente, sou o único que aparenta não ter medo de nada. Vez ou outra, ligo para ele procurando algum trabalho extra, afinal, trabalhar para o jornal é o que me coloca na sociedade como uma pessoa normal.
Recursos 1
Devido ao trabalho de jornalista, MX possui uma fraca renda mensal de $500.
Prelúdio
Bem vindo a meu mundo, caros leitores. Meu nome real não será revelado nessas linhas mas vocês podem me chamar de Rom. Sou um escritor, jornalista, artista e, acima de tudo, um vampiro. Contarei nas linhas a seguir a minha história, afinal, um dia ela pode valer uma boa grana, não é mesmo?
Nasci em Nova York em 1940. Naquela época não existiam computadores, nem ferraris que alcançam mais de trezentos quilômetros por hora. Na verdade, até mesmo o ENIAC, primeiro computador do mundo, ainda não havia sido inventado. Muitos hoje podem pensar que era uma vida triste, mas não. Aquilo sim era vida. Você podia sair nas ruas. A criminalidade não se compara a atual. De qualquer maneira nasci no meio de uma família humilde. Minha mãe, dona de casa, era casada com um homem forte e trabalhador. Nunca tive nada para reclamar de meu pai. Esforçado, ele suava dia e noite para colocar o sustento de nosso lar. Nunca entendi muito bem algumas coisas mas mesmo assim, acho que era feliz. Na vizinhança existia uma garota chamada Alice. Ela era linda mas, ainda jovens, nunca liguei muito para isso. Brincávamos quase todos os dias... Dias sem preocupações, dias sem problemas...
Meu pai tinha um único vício. Ele adorava acampar. A família sempre saía nos feriados juntos e ia, com mais alguns vizinhos e amigos, para algum lugar afastado.. Levávamos barracas, acendiamos fogueiras, cantávamos ao luar. Meu pai atraía a atenção de todos quando a noite chegava. Após acender a fogueira e todos se acomodarem ele começava a contar uma história. Ele era simplesmente magnífico. Com toda sua eloquência e gestos ele simplesmente prendia a atenção de todos. Por muitas vezes me peguei sem respirar de tanta apreensão que estava. Creio que foi esse lado de meu pai que eu herdei. A medida que crescia eu me tornava um contador de história tão bom quanto ele.
Cresci normalmente, estudando. Um dia, dez anos depois de meu nascimento, estávamos saindo a noite de um cinema na califórnia - Os cinemas eram bem diferentes dos de hoje, acreditem - quando um homem, abordou-nos quando virávamos num dos becos da cidade. O lugar era mal iluminado e, infelizmente, era o único caminho que tínhamos pois meu pai havia deixado o carro do outro lado do beco. O homem caminhou em nossa direção e meu pai logo se adiantou. O homem não fez perguntas nem falou nada. Seus olhos, vermelhos escarlate, brilhavam no meio da noite. Algo estava errado com aquele homem. Ele avançou sobre meu pai, agarrando-o pelo pescoço e, mesmo meu velho sendo maior não foi páreo para aquele ser. Devido a escuridão vi apenas os pontos vermelhos se moverem na escuridão. Depois de uma rápida manobra, meu pai foi pego e arremessado contra a parede, desmaiando na hora. Minha mãe gritou para que eu corresse mas eu não entendia o que estava acontecendo perfeitamente. O ser avançou sobre ela que, se pondo na minha frente, me protegeu. Nesse momento um líquido quente espirrou sobre meu rosto, líquido que mais tarde vim a saber ser sangue de minha própria mãe. O ser havia cravado seus dentes na macia pele da mortal e sugado rapidamente seu sangue. Minha mãe não gritava, apenas ficava parada, assim como eu estava. Meu pai, ainda tonto se levantou para proteger minha mãe. Ele gritou para que eu corresse mas eu ainda insistia em apenas observar. O ser desgrudou de minha mãe ao ouvir o grito de meu pai. Mudando de alvo ele novamente voou para destruir meu velho e, assim como da primeira vez, derrubou-o. Como fizera com minha mãe, o monstro havia também mordido meu pai, arrancando todo o sangue. Quando terminou ele se virou em minha direção. Ele caminhou passo a passo, olhando-me nos olhos. Jamais eu esqueceria aqueles olhos escarlates. Para minha sorte - eu acho - uma viatura da polícia passava próximo ao local e havia ouvido o grito de meu pai. Os dois policiais se aproximaram do beco e, com laternas e armas em punho, entraram no beco. A forte luz refletiu no lugar as sombras que o ser possuía. Seu rosto, coberto de sangue, foi motivo suficiente para os policiais gritarem para que ele levantasse as mãos. Aquilo de nada adiantou e, tentando a mesma manobra que fizera com meus pais, ele avançou sobre os policiais que descarregaram o revolver no corpo do ser.
Mesmo após alguns tiros, o ser não havia simplesmente caído. Ferido ele fugiu ainda mantendo sua incrível velocidade. Escutei várias palavras impróprias do ser mas muitas delas nem lembro mais. Aquilo tudo era estranho, aquilo era assustador. Tudo não demorou mais do que cinco minutos. Minha mãe caida a meus pés. O pouco sangue que restava em seu corpo começou a correr pelo chão até encostar em mim. Meu pai também morto! Após o acontecido fui levado para a casa de uma tia. Minha mente estava confusa. Talvez, em um instinto de defesa, eu havia bloqueado tudo aquilo. Um sentimento diferente havia se instaurado em mim. Apesar de eu não saber o que era exatamente, sentia que algo estava danificado, algo estava errado. Cresci, agora não tão feliz quanto antes, mas ainda sim segui a vida normalmente. Me tornei jornalista investigativo. Eu sabia que meus pais haviam sido assassinados então jurei expor cada assassino safado que existisse no mundo!
Como tradição, continuei viajando com amigos para acampar. Eram os momentos que eu me sentia bem, que eu me sentia livre. Agora, no lugar de meu pai, era eu quem fazia as pessoas prenderem a respiração, ansiosas para o fim de minha história. Por várias vezes fiz isso, alegrando algumas, assustando outras. Talvez isso que me transformou no que sou hoje. Numa bela noite, após todos ja terem ido dormir, fiquei remexendo na fogueira, olhando para o céu estrelado. Minha mente estava focada em meu passado, em meu pai. Ele era um excelente contador de histórias. Uma "coisa", por falta de expressão melhor, se remexer no meu coração. Algumas cenas que haviam sido bloqueadas simplesmente voltaram. Eu novamente via a imagem daquele homem que assassinara brutalmente eles e que nunca havia sido pego. Cerrei os punhos e levantei rapidamente. Meu corpo tremia. Minha testa suava. Meu maxilar estava tenso. Sem pensar, soquei a árvore mais próxima. Aquilo aliviou um pouco a tensão mas não havia sido tudo. Continuei a socá-la com força. Um fio de sangue começou a descer de meus punhos mas não me importei. Eu nunca tive muita força então não conseguia bater muito forte. Lágrimas desceram e, em meu peito, eu sentia que queria fazer apenas uma coisa. Depois de todos os anos que se passaram eu queria matar aquele que fizera aquilo com minha família...
Na outra manhã partimos de volta para casa. meus amigos perguntaram o que havia acontecido e eu disse que havia caído enquanto ia ao 'banheiro' na noite anterior. Não sei se acreditaram, mas não importa. Dois meses depois voltamos ao acampamento. Minha 'carreira' de jornalista começava a dar certo. Havia conseguido um emprego num importante Jornal. O Editor chefe, senhor Singer, era competente e viu que eu era esforçado. Meu deu algumas matérias e consegui um trabalho perfeito, sendo primeira página do jornal. Nunca imaginaria que essa noite seria diferente. Desde a última vez que estivera ali, aquele sentimento de ódio aflorava em meu peito e, graciosamente, eu simplesmente fingia que ela não estava ali. Contei mais uma história. Essa, cheia de terror, suspense e medo. As pessoas que ouviram ficaram abismada com o poder de minha conversa. Eu manipulava as palavras graciosamente. Meus gestos eram totalmente sincronizados com minha fala. As garotas do acampamento se agarravam nos homens, com medo da história, enquanto até mesmo o mais bravo deles sentia sua nuca arrepiar. Quando todos foram dormir, voltei na mesma árvore que havia socado da última vez. Quando levantei a mão para iniciar a minha sessão de tortura, escutei uma voz atrás de mim. Ao olhar um homem estava parado me observando. Olhei para ele e, com um sorriso, ele apenas caminhou até perto da fogueira e se sentou. Olhando para mim ele pediu que eu contasse mais uma história. Talvez eu devesse sentir medo, mas apenas me virei e dei a ele a melhor história que pude criar. Ódio, amor, suspense, tramas. Aquela história foi uma mistura de todos os sentimentos. Durou mais de duas horas quando, no final, vi que ele estava estático. De seus olhos descia uma gota. Pensei que ele estava chorando mas ao ver mais de perto vi que era sangue que descia dali. Perguntei se ele estava bem. Ele disse que sim e que nunca havia ouvido uma história tão emocinante e fascinante quanto aquela. Naquele momento ele se virou e saiu do acampamento da mesma forma que apareceu.
Voltamos para nossas casas. Um mês depois voltamos para o acampamento. Era feriado e poderíamos ficar inteiros quatro dias e noites. Meus amigos sempre me seguiam. Durante os dias, a raiva que eu sentia aumentava mas eu sempre escondia esse lado. Sabia que mostrá-la afastaria a todos. Focava ela em meu trabalho, desvendando cada vez mais ladrões, assassinos e até mesmo políticos corruptos. Na segunda noite de histórias, dois homens e uma mulher apareceram no acampamento perguntando se poderiam ficar para ouvir a história. Ninguém viu problema algum e eu comecei mais um emocionante conto. Eu mesmo não percebi mas se passaram três horas desde o início. Nenhum de meus espectadores havia se cansado. Todos esperavam o desfeche da história. Ao término, os visitantes apenas me elogiaram e foram embora. Quando todos do acampamento foram dormir fiquei olhando para o céu novamente. Mais uma vez meu peito se enchia de ódio. Era naqueles momentos solitários que o desejo de morte surgia. Ouvindo um barulho levantei para ver quem era, infelizmente, fui muito lento. Senti uma pancada na cabeça e acordei apenas no outro dia...
Aquilo sim eu podia chamar de pancada. Ao acordar minha cabeça latejava, minha garganta ardia. Estava no meio de uma floresta. Não sabia onde, mas todo o meu corpo doía. Para aqueles que nunca passaram por uma transformação vampírica, acreditem, não é agradável. Seus órgãos simplesmente vão parando, e seu cérebro ainda acha que precisa deles, causando assim uma dor inimaginável. Uma sede estranha toma conta do seu corpo. Naquele momento eu agia por reflexo. Próximo a mim havia algum tipo de animal morto. Não me importei, apenas avançando sobre ele e devorando-o. O primeiro contato com o sangue era como tomar água gelada no deserto. Aquilo limpou minha mente, meu corpo. Me senti novamente forte. Continuei a sugar todo o sangue disponível. Ao terminar olhei para minhas mãos. Sangue! Tudo que eu via era sangue. Comecei a correr, assustado com o que fiz. Por mais que eu corresse aquele sangue não saía de mim. A imagem de meus pais sendo mortos veio em minha mente como um banho de sangue. Travei. Gritei, urrei, xinguei. Senti perdendo totalmente a sanidade. Deixei-me levar pela fúria. Destrui não sei quantas árvores naquela noite. Estava revoltado, estava assustado. Quando amanheceu eu simplesmente apaguei. Acordei na outra noite. Dessa vez eu estava numa caverna. Saí desconfiado, achando que tudo era um sonho. Para minha decepção tudo era um pesadelo e ele ainda estava lá. Eu sentia o cheiro de sangue. Minha garganta, como na noite anterior, buscava aquele líquido rubro. Olhei ao redor. Apesar da aparente escuridão eu conseguia ver tudo claramente. No final da caverna havia um corpo. Gelei ao vê-lo. Não era um animal e sim um humano. Ele parecia ainda estar vivo, parecia respirar com dificuldade. Corri para ajudá-lo. Ao encostar nele senti seu corpo quente. Ele morreria se ficasse ali. Peguei-o no colo e então o cheiro de sangue subiu ardendo pelas minhas narinas. Não me contive e enfiei minhas presas nele. Suguei uma, duas vezes e então parei. Aquilo não poderia estar certo. Eu não poderia ter me transformado no mesmo ser que matara meus pais. Eu nunca mataria por fome, nunca materia um inocente!
Contendo o ímpeto de sugar aquele humano, corri para um hospital. Literalmente corri. Eu me sentia mais rápido e muito mais forte do que antes. Limpei-me antes de me aproximar de qualquer um e o levei para o hospital. Ele foi curado. Diziam que ele estava sendo procurado. havia se perdido no meio da mata a alguns dias. Ao sair do hospital olhei tudo a meu redor. Tudo parecia deveras diferente. As luzes eram mais brilhosas, a poluição mais palpável o barulho mais intenso. Vaguei pelas ruas sem rumo. Quando dei por mim estava em frente a meu humilde apartamento. Coloquei a mão no bolso e vi que as chaves ainda estavam ali. Entrei nele. Em baixo da porta várias cartas de cobrança estavam empilhadas. Achei aquilo estranho e, ao olhar que dia era, descobri que havia se passado praticamente um mês que eu havia acampado. Meu assustei. Caminhei até meu banheiro e então uma nova surpresa. Olhando para o espelho vi meu novo 'eu' refletido. A campanhia de meu quarto tocou. Abri a porta e o mesmo homem que encontrei na floresta, noites atrás, estava ali. Ele vestia um jeans simplesmente e uma jaqueta com uma águia nas costas. Sem pedir licença ele entrou e sentou no sofá...
Aquela foi uma longa noite. Entendi o que eu era. Entendi o que aconteceu comigo. Para surpresa dele, ele viu que eu apenas tinha levado o mortal para o hospital. Foi naquele momento que eu jurei que jamais mataria inocentes. Ele riu de mim mas disse que não se importava. Ele me explicou a maioria das coisas de minha nova condição e, antes de ir embora (já estava amanhecendo) ele deu dois avisos. O primeiro era que eu nunca deveria deixar de contar histórias. Era claro que aquilo era importante para nós, o clã Gangrel. A segunda que, quem havia matado meus pais, era um cainita e que eu deveria fazer o que quisesse com essa informação. Não sabia o que fazer na hora, apenas fui para meu quarto, me trancando e indo para de baixo da cama, após afastá-la da janela. Passei o dia ali, e quando acordei, sabia o que faria. Eu não desistiria. Agora eu tinha poder para me vingar, mas não queria vingança mais. De certa forma eu entendi o que aquele homem sentia, aquela fome, aquele desejo.. Uma coisa nos diferenciava. Eu havia me controlado, ele não! Aquilo foi injustiça, aquilo foi um ato impiedoso. Naquele instante, naquela noite, nascia o novo "eu".
Retomei minha vida. Após muitas explicações consegui meu trabalho de volta, conseguindo agora fazer muito mais coisas pois minha novas habilidades - que ainda estou descobrindo - me ajudam bastante no ramo da investigação. Prometi a mim mesmo nunca matar um inocente porém existiam pessoas que mereciam ser mortas. Durante noites e noites fiquei me perguntando como eu poderia julgar. Que direito eu teria de julgar alguém. No final, descobri que alguém sempre tem de julgar o outro. Como um juiz faria, resolvi ter todas as provas antes de matar alguém. Meus alvos não eram apenas mortais. Eles eram alvos fáceis. Eu queria algo mais difícil, algo mais trabalhoso e planejado. Meu ser pedia por isso, meu coração morto pedia pelo sangue de um vampiro! Infelizmente, apesar da força extra que eu havia ganhado com minha transformação eu ainda era um leigo numa briga. Quando era mortal nunca me meti em brigas ou se quer me importei com isso. Juntando o pouco dinheiro de meu trabalho, comecei a frequentar academias de luta. Pensei que demoraria anos até a aprender algo mas por ser praticamente 'incansável', ficava até altar horas na academia treinando. Gastava toda minha energia e quando eu ficava muito tempo no mesmo lugar eu simplesmente me mudava de bairro ou de cidade, começando o treinamento em outra. Continuei minhas viagens ao acampamento, agora sozinho, para poder me concentrar. De frente a mesma árvore que um dia soquei quando humano, passei a usá-la para treinar, agora com minhas afiadas garras. Passei alguns meses ali até que, quando me senti confortável com minhas habilidades, segui com meus planos.
Demorei algum tempo até conseguir rastrear o mesmo vampiro que matara meus pais. Levei quase seis anos a procura dele. Quando achei comecei a pesquisá-lo. Conversei com conhecidos, manipulei amigos, e até mesmo encontrei cara a cara com ele. Aquele ser era mal. Ele não havia matado meus pais por sede, mas sim porque ele simplesmente achava ter o dever de fazê-lo. Não tive ódio daquele cara. Meu coração, agora morto, tornava as coisas mais fáceis, mais imparciais. Ao juntar todas as provas foi quando decidi que era hora. A dúvida era, como fazê-lo. Pesquisei a maneira que os melhores serial-killers usaram, pesquisei métodos inovadores, métodos limpos. Para minha sorte eu não teria problema em me livrar de um corpo vampírico pois, assim que ele morresse viraria pó. Muito mais simples do que caçar e matar um humano. Depois de mais um ano (a imortalidade nos faz ter muita paciência), criei uma emboscada para ele. Atraindo-o e deixando-o preso em um galpão, comecei a me divertir com ele. Entrei no lugar e citei tudo que ele havia cometido. Ele olhava com desdém para mim. Ignorando minhas palavras ele simplesmente avançou para cima de mim. Seus dentes para fora, sua velocidade rápida. Aquilo me surpreendeu. Minha primeira vítima estava lutando árduamente. O embate demorou muito tempo. Eu ainda era novo mas tinha força. Ele usava da estratégia, da tática. Por um golpe de sorte meu clã tinha um dom excepcional. Fazendo minhas garras crescerem a luta começou a se tornar injusta para o homem. Cada golpe meu dilacerava sua carne até que, por fim, ele pereceu. Eu estava exausto mas satisfeito. Livrar o mundo de um ser daqueles aliviava o que eu sentia.
Meu primeiro assassinato vampírico... Aquilo foi um sucesso porém paguei um preço caro. As coisas não aconteceram como eu havia planejado e, de longe, foi perfeito. Aquilo não poderia se manter assim. Aprendi que eu teria de controlar tudo. As pessoas o local e a hora, caso eu quisesse um plano perfeito. Descobri também que, para isso, eu precisava conhecer melhor a minha vítima, saber seus costumes, saber cada passo dela. Infelizmente nunca tive dinheiro para contratar investigadores então, era eu mesmo quem tinha de fazer isso. Nunca possuí um corpo grande, o que facilitava na hora de seguir alguém, contudo, eu precisava ser discreto, me mover no meio da multidão sem ser notado. Nunca chamei a atenção devido a minha beleza e por sorte eu sempre tive uma habilidade nata. Desde mortal, apesar de não ter muita força, eu conseguia ser talentoso com meu corpo. Seja fazendo trabalhos manuais ou me movimentando entre pessoas, eu sempre tive um bom equilíbrio, uma boa destreza por assim dizer. Tentei imaginar como aquilo poderia me ser útil. Durante noites andei na rua, tentando manter-me oculto, tentando me movimentar silenciosamente. Certas noites, para quem me observava, poderia achar que eu era um louco. Andando como se fosse em câmera lenta no meio da calçada. Eu tentava manter-me o mais silencioso possível. Tarefa não tão árdua hoje em dia, afinal, o barulho é algo comum nas cidades. Apesar de já estar 'silencioso' para a cidade eu sentia que aquilo não era o suficiente. Eu não poderia me dar ao luxo de precisar de sons de carros para abafar minha própria movimentação. Foram cerca de cinco anos treinando a habilidade de me manter oculto até que eu achasse que eu estava perfeito. Depois da imortalidade aprendi a ter paciencia e planejar meus passos. Manter-me oculto foi um plano de longo alcance que eu tive o orgulho de conseguir, assim como o assassinato do mesmo vampiro que matara meus pais. Continuo criando planos e, a cada dia, eu chego mais perto do sucesso.
Alguns outros vampiros vieram após o primeiro. No total, oito vampiros já passaram pelas minhas garras. O que eu faço é uma atividade perigosa e com certeza eu perderia minha cabeça se deixasse ser descoberto. Devido a isso faço tudo com o maior zelo e melhor,mantenho todas as aparências. Como gosto de dizer, sigo um código a risca. Continuo seguindo minha carreira de jornalista, e, como vampiro, continuo contando histórias. Todos os Solstícios me reuno com alguns de meu clã e conto várias histórias. Descobri que muito deles tem histórias melhores que as minhas o que me cativa e me faz querer ser sempre melhor.
Depois de muitos anos reencontrei Alice. Ao ve-la fiquei feliz pois ela era o único elo com meu passado. descobri que ela também havia se transformado porém parecia guardar algum rancor de mim. Nunca entendi muito bem o porquê, mas sei que eu jamais poderia fazer algo contra ela. Sendo minha única ligação a meu eu 'mortal' Alice era a única pessoa que eu realmente respeitava.
Timeline Max:
1940 - nascimento
1950 - morte dos pais
1966 - 26 anos transformação em vampiro
1966-1980 - treinamento de lutas e rastreamento do vampiro
1980 - 2000 - treinamento da qualidade Silencio
2000 - ???? - Planejamento de novos assassinatos
O Código:
- Caçarás APENAS os seres que buscarem sangue apenas por diversão e matarem suas vítimas
- Não destruirás inocentes.
- Não agirás por impulso
- Não causarás mais dor do que o necessário
- Não se vangloriará de seu feito para os outros: Manterás as aparências
- Controlará todas as variáveis, tendo perfeito domínio de suas ações.
Itens Iniciais
1 Faca de caça
1 Mochila
1 Moto 125 cilindradas
Pontus bônus:
- Spoiler:
- 15 - Ficha inicial
07 - Defeitos
__________________
22 - Total
Gastos Pb:
14 - Qualidades
04 - Força de Vontade
02 - Antecedentes
02 - Talentos
_____________
22 - Total
Experiência:
44 - Experiência do personagem (88/2)
14 - Experiência do ciclo Março (21+7/2)
_____________
58 - Total
Gastos de XP:
Potência [Disciplina do Clã]: 1 > 2 --- 5 XP
Potência [Disciplina do Clã]: 2 > 3 --- 10 XP
Metamorfose [Disciplina do Clã]: 1 > 2 --- 5 XP
Rapidez [Nova Disciplina do Clã]: 1 --- 10 XP
Briga [Habilidade]: 4 > 5 --- 8 XP
Lábia [Habilidade]: 1 > 2 --- 2 XP
Prontidão [Talento]: 3 > 4 --- 6 XP
Força [Atributo]: 1 > 2 --- 4 XP
Inteligencia [Atributo]: 1 > 2 --- 4 XP
Raciocínio [Atributo]: 1 > 2 --- 4 XP
_______________________________________________
Total: 58 XP
No One- Data de inscrição : 18/03/2010
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