Pestilence Demon - Gangrel Urbano - Sabá
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Pestilence Demon - Gangrel Urbano - Sabá
Nome: Samuel Dante III /Pestilence
Clã: Gangrel Urbano (Saba)
Natureza: Monstro
Comportamento: Louco/Psicopata
Geração: 8°
Refugio: Central Park
Conceito: Assassino
Idade Aparente(Abraço): 25
Experiencia Acumulada:4/84
Experiência:
ATRIBUTOS
Físicos(7)
- Força: 2
- Destreza: 5 (Reflexos Felinos, )
- Vigor: 3
Sociais(3)
- Carisma: 3
- Manipulação: 2
- Aparência: --
Mentais(5)
- Percepção:3
- Inteligência: 2
- Raciocínio: 3
HABILIDADES
Talentos
- Prontidão: 2
- Esportes: 2
- Briga: 3
- Esquiva: 3
- Empatia:1
- Expressão:
- Intimidação:1
- Liderança:
- Manha:
- Lábia: 1
Perícias
- Empatia c/ Animais:
- Ofícios:
- Condução:
- Etiqueta:
- Armas de Fogo:
- Armas Brancas:
- Performance:3
- Segurança: 2
- Furtividade: 3
- Sobrevivência: 1
Conhecimentos
- Acadêmicos:
- Computador:
- Finanças:
- Investigação: 2
- Direito:
- Lingüística:
- Medicina:
- Ocultismo: 3
- Política:
- Ciências:
VANTAGENS
Antecedentes:
Geração:5(pbs)
Disciplinas:
Metamorfose: 4 ->40xp
Ofuscação: 4
Rapidez: 4 ->40xp
Virtudes
- Convicção: 1
- Instinto: 1
- Coragem: 4
Trilha do Coração Selvagem: 2
FORÇA DE VONTADE: 4 + 4(pontos de bônus) = 8
PONTOS DE SANGUE: 15
QUALIDADES (13PBS)
Vontade de Ferro: (3)
Sorte (3)
Resistência à Magia(2)
Sentidos Aguçados; Audição, Olfato (2)
Selvageria (2)
Ambidestria (1)
DEFEITOS
Imagem sem reflexo(1)
Intolerância(1) - Traição, vide crônica.
Compulsão (1) - Cigarros, com os anos diante de um mundo massivo e incompreendido diante da natureza moldada pela traição, Samuel adquiriu o habito de fumar compulsivamente;
Mácula do Apodrecimento: (1 ponto de Defeito)
Monstruoso (3) - Pele fria e cadavérica, aparenta completamente ser um cadáver ambulante. Um corpo morto que deveria estar em um necrotério. O caso ocorreu em um beco quando Pestelence estava de passagem, encontrou alguém invadindo os territórios do Saba para se alimentar, no caso, da Diocese local, conseqüente atacou e retalhou o oponente, diablerizando-o. Era um nosferatur...
Resumo:
Samuel fora abraçado em uma época caótica, em 1870, vivia afastado da cidade, cansado do tumulto e de guerras, e da violência urbana, afastado da cidade, conheceu o oculto como humano, achou velhas estruturas, E penetrou fundo na floresta, em paisagens que nem um homem ou fera visitou desde antes que os romanos construíssem as primeiras estradas, e senti uma presença ali...
Afastado cada vez da cidade, aprendeu a sobreviver sozinho e a contar apenas com si próprio, aprendeu a investigar, o oculto, a sobreviver, a penetrar e abrir antigas estruturas seladas. Sempre sendo observado ao cair da noite, aquela presença, parecia sempre estudá-lo. Era como um predador, observando sua caça, mas por algum motivo, Samuel não sentia o perigo, tão pouco desejava fugir embora esta presença lhe desse medo.
Por dez longos anos, Labelle e eu seguimos juntos, dois gangrel’s nômades, ela me abraçará, fizemos nossos laços, alguém que onde estiver, e onde chamar iremos ao encontro um do outro. Nas reuniões do clã sempre festejamos juntos, e se possível, começamos uma boa briga com todo mundo só para animar mais a festa.
(...)
Passado:
Samuel tinha aberto seus olhos mais uma vez depois daquela noite, já faziam mais de vinte anos que seu corpo encontrava-se congelado no tempo, as vezes, acordar podia ser um pouco cansativo, ele lembrava, lembrava bem daqueles dias...
Estavam indo treinar, eram um grupo de novatos, o capitão seguia a frente, guiava o grupo para a floresta, lá iriam passar os próximos seis meses treinando para se tornarem bons soldados. Lembrava também, que no final da primeira semana, acordará ao ouvir gritos, alguém gritava “estamos sendo atacados”. Ainda era jovem, nunca tinha pegado em uma arma antes e muito menos tirado a vida de alguém.
“Isso não é para estar acontecendo”. Os pensamentos e imagens a sua frente negavam-lhe completamente o que devia ser a realidade. Os inimigos não poderiam saber do campo de treinamentos a não ser que alguém tivesse-os traídos. Aquele homem, em pé, ao qual tirava da barriga a baioneta de um de seus companheiros, aquele homem ao qual fizera um juramento de lhes guiar, o homem que lhes lideraria em combate, aquele maldito, o Capitão que jurava lhes guiar e proteger na batalha, era o ceifador das vidas que jurará proteger...
“Se isso tudo não quer dizer nada, se todas as palavras que ele disse eram mentirosas”;
Samuel lembrava-se bem das palavras de seu ex-capitão...
“Proteger as mulheres e os fracos, Defender a justiça contra a injustiça e o mal, Amar sua terra natal, Retidão nas ações, Respeito aos semelhantes, Amor pelos familiares, Doçura com as mulheres e crianças, Ser justo e valente na guerra e legal na paz.”
As palavras ecoam, como grandes mentiras....
No final... No final tudo era nada, mortes incontáveis de amigos e conhecidos, Samuel seguia e ia embora, cansado daquilo, parecia que na guerra não existiam leis, não existia pena, eram batalhas desregradas, sem código ou honra.
“Então, se for assim, guiarei meu caminho por minhas próprias palavras, serei meu senhor e meu juiz, o que eu jurar será minha lei, seguirei meu próprio código, e serei conhecido por ele, se esse mundo não tem regras, criarei as minhas próprias, e serei conhecido por elas!”
Samuel vagou sem rumo, sem casa, ferido e com fome, vagou além do que as noites podiam lhe dizer, até perder a noção do tempo e o cansaço sucumbir seu corpo a ponto de cair na terra molhada pela chuva e perder a consciência. Chovia, chovia muito naquele dia, e a ultima lembrança que tinha era de uma sombra além da névoa...
Um sorriso foi o final no rosto de Samuel, se morresse, pelo menos teria uma sepultura e paz para descansar.
(...)
Estava quente, um cheiro bom vinha de algum lugar, os sons pareciam abafados, tudo estava escuro, seria isso o paraíso? Não, talvez sim, isso será um anjo cantarolando? Alguém estava ali, ao lado, Samuel tentou se mexer, mas seu corpo doeu e deixou escapar um gemido de dor que pareceu preocupar quem estivesse lá.
- Você não deve se mexer, fique quito! – uma voz doce falava enquanto sentia uma mão quente tocar minha testa - que bom, a febre baixou!
Seu nome era Labelle, nessa época, ela era tão humana quanto eu, com a aparência de um anjo, seus lindos olhos azuis e cabelos dourados, com seu carinho e atenção cuidaram de mim. Era um lugar solitário de se viver, e tinha muito trabalho que um homem poderia fazer, se é para acreditar em destino, eu acredito, ela salvou minha vida duas vezes, e na segunda me concedeu a imortalidade. Mas naquela época, era tão frágil como qualquer garota que já conheci.
Ela vivia sozinha em uma pequena casa afastada da cidade, tinha uma pequena horta, e alguns animais que parecia cuidar com carinho, talvez por terem sido por anos, sua única Campânia. Eu já cheguei a rir muito de seu jeito desajeitado de fazer as coisas na época, e seu sorriso me era encantador. Se existia alguma coisa a ser dita entre nós, com certeza não era em palavras. Nossos olhos diziam tudo.
Na época eu não suspeitava, talvez eu não entendesse, ou não quisesse ter entendido o motivo de seu afastamento da cidade, eu estava tão absorvido, era todo uma forma tão maravilhosa de vida, mas Labelle tinha que se ausentar, as vezes se tinha necessidade de descer até a cidade e buscar alguns remédios e mantimentos, ou vender algo, coisa que eu ainda não podia fazer, embora quisesse muito ajudar, e viver parado para mim nunca fora algo muito interessante, minha condição não permitia descer até a cidade, quanto mais improvável seria subir de volta.
Comecei a achar estranho, quando ela voltava, estava sempre machucada, ferida, com alguns hematomas ou coisas do tipo, ela apenas me dizia: “O caminho é perigoso”. Eu podia ouvir seu choro a noite, por mais engasgado que fosse, ela parecia sofrer muito. Eu começava a suspeitar que o motivo de viver sozinha e longe da cidade, fossem outros além de ter seu pedaço de terra ou uma vida mais calma. Talvez eles odiassem ela, mas quando eu a olhava, a impossibilidade disso vinha a minha mente.
E naquela noite, tudo me foi confirmado, “queimem a bruxa” era isso que diziam, era isso que queriam, homens ignorantes e de pouco valor, acusaram-na de bruxaria, diziam que ela enfeitiçava homens, e que eu tinha sido um pobre diabo que cairá na lábia do demônio. Forcei meu corpo ainda muito fraco contra eles, mas não conseguia passar por cima daqueles malditos. Maldita ignorância, eles a maltrataram, afogaram, escancaram e estupraram, prenderam seu corpo em cordas, a prenderam dentro da casa e atearam fogo, eu podia ouvir os gritos e pedidos de socorro, os choros dela, as minhas lágrimas enquanto os malditos gritavam, “morra bruxa”, “cria do diabo”. Às vezes, às vezes se paga o preço, um preço muito alto por se cuidar de alguém, ela era apenas uma jovem, uma jovem que cuidou de mim.
Ouve-se um estralo alto, algo como se a madeira quebrasse, os gritos dela pararam, meu coração já temia o pior. Não podia mais ouvir suas lágrimas. No outro dia, não restava nada, nem a casa, nem restos de seu corpo para que eu pudesse lhe enterrar, nada que eu pudesse colocar em uma cova rasa, para dizer que ali seria seu lugar de descanso e onde eu poderia fazer minhas preces, embora, já quase não acreditasse mais em Deus.
Resolvi enterrar, algo, minha ultima lembrança dela, talvez assim sua alma tivesse paz. Colocarei dentro de seu tumulo, a cruz que ela me dera. Enquanto cavava sua cova, meus olhos já mareados. Alguém se aproximava, já era noite, e pela falta de lua não vi seu rosto.
- Porque choras meu bom homem? – Falava com uma voz nobre, provavelmente seria o nobre de algum lugar.
Tentando enxergá-lo no escuro, entre as massas de ar geladas que criavam névoa;
- Cometeram um engano meu senhor, mataram uma jovem inocente! Mataram a mulher a quem eu amei!
O homem pareceu rir de minhas palavras.
- Pois tenha paz meu jovem cavaleiro, Labelle encontrou seu destino depois de sofrer muito, estou aqui fazendo um favor para minha jovem filha, ela disse que esta bem, e assim que puder, virá te ver. Já digo, que apreciei ver a forma que falava com ela a felicidade que lhe trouxe no tempo que estava aqui, - ele fez uma pausa – sou grato por ter dado a felicidade a minha filha, por isso estou poupando sua vida, e deixarei que ela lhe ofereça um presente.
E com uma risada sinistra sua voz foi se distanciando a uma velocidade incrível, até quando sumiu e não pude mais ouvi-lá.
Clã: Gangrel Urbano (Saba)
Natureza: Monstro
Comportamento: Louco/Psicopata
Geração: 8°
Refugio: Central Park
Conceito: Assassino
Idade Aparente(Abraço): 25
Experiencia Acumulada:4/84
Experiência:
ATRIBUTOS
Físicos(7)
- Força: 2
- Destreza: 5 (Reflexos Felinos, )
- Vigor: 3
Sociais(3)
- Carisma: 3
- Manipulação: 2
- Aparência: --
Mentais(5)
- Percepção:3
- Inteligência: 2
- Raciocínio: 3
HABILIDADES
Talentos
- Prontidão: 2
- Esportes: 2
- Briga: 3
- Esquiva: 3
- Empatia:1
- Expressão:
- Intimidação:1
- Liderança:
- Manha:
- Lábia: 1
Perícias
- Empatia c/ Animais:
- Ofícios:
- Condução:
- Etiqueta:
- Armas de Fogo:
- Armas Brancas:
- Performance:3
- Segurança: 2
- Furtividade: 3
- Sobrevivência: 1
Conhecimentos
- Acadêmicos:
- Computador:
- Finanças:
- Investigação: 2
- Direito:
- Lingüística:
- Medicina:
- Ocultismo: 3
- Política:
- Ciências:
VANTAGENS
Antecedentes:
Geração:5(pbs)
Disciplinas:
Metamorfose: 4 ->40xp
Ofuscação: 4
Rapidez: 4 ->40xp
Virtudes
- Convicção: 1
- Instinto: 1
- Coragem: 4
Trilha do Coração Selvagem: 2
FORÇA DE VONTADE: 4 + 4(pontos de bônus) = 8
PONTOS DE SANGUE: 15
QUALIDADES (13PBS)
Vontade de Ferro: (3)
Sorte (3)
Resistência à Magia(2)
Sentidos Aguçados; Audição, Olfato (2)
Selvageria (2)
Ambidestria (1)
DEFEITOS
Imagem sem reflexo(1)
Intolerância(1) - Traição, vide crônica.
Compulsão (1) - Cigarros, com os anos diante de um mundo massivo e incompreendido diante da natureza moldada pela traição, Samuel adquiriu o habito de fumar compulsivamente;
Mácula do Apodrecimento: (1 ponto de Defeito)
Monstruoso (3) - Pele fria e cadavérica, aparenta completamente ser um cadáver ambulante. Um corpo morto que deveria estar em um necrotério. O caso ocorreu em um beco quando Pestelence estava de passagem, encontrou alguém invadindo os territórios do Saba para se alimentar, no caso, da Diocese local, conseqüente atacou e retalhou o oponente, diablerizando-o. Era um nosferatur...
Resumo:
Samuel fora abraçado em uma época caótica, em 1870, vivia afastado da cidade, cansado do tumulto e de guerras, e da violência urbana, afastado da cidade, conheceu o oculto como humano, achou velhas estruturas, E penetrou fundo na floresta, em paisagens que nem um homem ou fera visitou desde antes que os romanos construíssem as primeiras estradas, e senti uma presença ali...
Afastado cada vez da cidade, aprendeu a sobreviver sozinho e a contar apenas com si próprio, aprendeu a investigar, o oculto, a sobreviver, a penetrar e abrir antigas estruturas seladas. Sempre sendo observado ao cair da noite, aquela presença, parecia sempre estudá-lo. Era como um predador, observando sua caça, mas por algum motivo, Samuel não sentia o perigo, tão pouco desejava fugir embora esta presença lhe desse medo.
Por dez longos anos, Labelle e eu seguimos juntos, dois gangrel’s nômades, ela me abraçará, fizemos nossos laços, alguém que onde estiver, e onde chamar iremos ao encontro um do outro. Nas reuniões do clã sempre festejamos juntos, e se possível, começamos uma boa briga com todo mundo só para animar mais a festa.
(...)
Passado:
Samuel tinha aberto seus olhos mais uma vez depois daquela noite, já faziam mais de vinte anos que seu corpo encontrava-se congelado no tempo, as vezes, acordar podia ser um pouco cansativo, ele lembrava, lembrava bem daqueles dias...
Estavam indo treinar, eram um grupo de novatos, o capitão seguia a frente, guiava o grupo para a floresta, lá iriam passar os próximos seis meses treinando para se tornarem bons soldados. Lembrava também, que no final da primeira semana, acordará ao ouvir gritos, alguém gritava “estamos sendo atacados”. Ainda era jovem, nunca tinha pegado em uma arma antes e muito menos tirado a vida de alguém.
“Isso não é para estar acontecendo”. Os pensamentos e imagens a sua frente negavam-lhe completamente o que devia ser a realidade. Os inimigos não poderiam saber do campo de treinamentos a não ser que alguém tivesse-os traídos. Aquele homem, em pé, ao qual tirava da barriga a baioneta de um de seus companheiros, aquele homem ao qual fizera um juramento de lhes guiar, o homem que lhes lideraria em combate, aquele maldito, o Capitão que jurava lhes guiar e proteger na batalha, era o ceifador das vidas que jurará proteger...
“Se isso tudo não quer dizer nada, se todas as palavras que ele disse eram mentirosas”;
Samuel lembrava-se bem das palavras de seu ex-capitão...
“Proteger as mulheres e os fracos, Defender a justiça contra a injustiça e o mal, Amar sua terra natal, Retidão nas ações, Respeito aos semelhantes, Amor pelos familiares, Doçura com as mulheres e crianças, Ser justo e valente na guerra e legal na paz.”
As palavras ecoam, como grandes mentiras....
No final... No final tudo era nada, mortes incontáveis de amigos e conhecidos, Samuel seguia e ia embora, cansado daquilo, parecia que na guerra não existiam leis, não existia pena, eram batalhas desregradas, sem código ou honra.
“Então, se for assim, guiarei meu caminho por minhas próprias palavras, serei meu senhor e meu juiz, o que eu jurar será minha lei, seguirei meu próprio código, e serei conhecido por ele, se esse mundo não tem regras, criarei as minhas próprias, e serei conhecido por elas!”
Samuel vagou sem rumo, sem casa, ferido e com fome, vagou além do que as noites podiam lhe dizer, até perder a noção do tempo e o cansaço sucumbir seu corpo a ponto de cair na terra molhada pela chuva e perder a consciência. Chovia, chovia muito naquele dia, e a ultima lembrança que tinha era de uma sombra além da névoa...
Um sorriso foi o final no rosto de Samuel, se morresse, pelo menos teria uma sepultura e paz para descansar.
(...)
Estava quente, um cheiro bom vinha de algum lugar, os sons pareciam abafados, tudo estava escuro, seria isso o paraíso? Não, talvez sim, isso será um anjo cantarolando? Alguém estava ali, ao lado, Samuel tentou se mexer, mas seu corpo doeu e deixou escapar um gemido de dor que pareceu preocupar quem estivesse lá.
- Você não deve se mexer, fique quito! – uma voz doce falava enquanto sentia uma mão quente tocar minha testa - que bom, a febre baixou!
Seu nome era Labelle, nessa época, ela era tão humana quanto eu, com a aparência de um anjo, seus lindos olhos azuis e cabelos dourados, com seu carinho e atenção cuidaram de mim. Era um lugar solitário de se viver, e tinha muito trabalho que um homem poderia fazer, se é para acreditar em destino, eu acredito, ela salvou minha vida duas vezes, e na segunda me concedeu a imortalidade. Mas naquela época, era tão frágil como qualquer garota que já conheci.
Ela vivia sozinha em uma pequena casa afastada da cidade, tinha uma pequena horta, e alguns animais que parecia cuidar com carinho, talvez por terem sido por anos, sua única Campânia. Eu já cheguei a rir muito de seu jeito desajeitado de fazer as coisas na época, e seu sorriso me era encantador. Se existia alguma coisa a ser dita entre nós, com certeza não era em palavras. Nossos olhos diziam tudo.
Na época eu não suspeitava, talvez eu não entendesse, ou não quisesse ter entendido o motivo de seu afastamento da cidade, eu estava tão absorvido, era todo uma forma tão maravilhosa de vida, mas Labelle tinha que se ausentar, as vezes se tinha necessidade de descer até a cidade e buscar alguns remédios e mantimentos, ou vender algo, coisa que eu ainda não podia fazer, embora quisesse muito ajudar, e viver parado para mim nunca fora algo muito interessante, minha condição não permitia descer até a cidade, quanto mais improvável seria subir de volta.
Comecei a achar estranho, quando ela voltava, estava sempre machucada, ferida, com alguns hematomas ou coisas do tipo, ela apenas me dizia: “O caminho é perigoso”. Eu podia ouvir seu choro a noite, por mais engasgado que fosse, ela parecia sofrer muito. Eu começava a suspeitar que o motivo de viver sozinha e longe da cidade, fossem outros além de ter seu pedaço de terra ou uma vida mais calma. Talvez eles odiassem ela, mas quando eu a olhava, a impossibilidade disso vinha a minha mente.
E naquela noite, tudo me foi confirmado, “queimem a bruxa” era isso que diziam, era isso que queriam, homens ignorantes e de pouco valor, acusaram-na de bruxaria, diziam que ela enfeitiçava homens, e que eu tinha sido um pobre diabo que cairá na lábia do demônio. Forcei meu corpo ainda muito fraco contra eles, mas não conseguia passar por cima daqueles malditos. Maldita ignorância, eles a maltrataram, afogaram, escancaram e estupraram, prenderam seu corpo em cordas, a prenderam dentro da casa e atearam fogo, eu podia ouvir os gritos e pedidos de socorro, os choros dela, as minhas lágrimas enquanto os malditos gritavam, “morra bruxa”, “cria do diabo”. Às vezes, às vezes se paga o preço, um preço muito alto por se cuidar de alguém, ela era apenas uma jovem, uma jovem que cuidou de mim.
Ouve-se um estralo alto, algo como se a madeira quebrasse, os gritos dela pararam, meu coração já temia o pior. Não podia mais ouvir suas lágrimas. No outro dia, não restava nada, nem a casa, nem restos de seu corpo para que eu pudesse lhe enterrar, nada que eu pudesse colocar em uma cova rasa, para dizer que ali seria seu lugar de descanso e onde eu poderia fazer minhas preces, embora, já quase não acreditasse mais em Deus.
Resolvi enterrar, algo, minha ultima lembrança dela, talvez assim sua alma tivesse paz. Colocarei dentro de seu tumulo, a cruz que ela me dera. Enquanto cavava sua cova, meus olhos já mareados. Alguém se aproximava, já era noite, e pela falta de lua não vi seu rosto.
- Porque choras meu bom homem? – Falava com uma voz nobre, provavelmente seria o nobre de algum lugar.
Tentando enxergá-lo no escuro, entre as massas de ar geladas que criavam névoa;
- Cometeram um engano meu senhor, mataram uma jovem inocente! Mataram a mulher a quem eu amei!
O homem pareceu rir de minhas palavras.
- Pois tenha paz meu jovem cavaleiro, Labelle encontrou seu destino depois de sofrer muito, estou aqui fazendo um favor para minha jovem filha, ela disse que esta bem, e assim que puder, virá te ver. Já digo, que apreciei ver a forma que falava com ela a felicidade que lhe trouxe no tempo que estava aqui, - ele fez uma pausa – sou grato por ter dado a felicidade a minha filha, por isso estou poupando sua vida, e deixarei que ela lhe ofereça um presente.
E com uma risada sinistra sua voz foi se distanciando a uma velocidade incrível, até quando sumiu e não pude mais ouvi-lá.
Antony Salon- Data de inscrição : 17/04/2010
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