Julian Belmont - Malkaviano - Independente

Nome: Daniel Raydan
Personagem: Julian Belmont
Clã: malkavianos
Natureza: excêntrico
Comportamento: crítico
Seita: independente
Geração: 10º geração
Refúgio: residência / apartamento razoável, próprio, na Irlanda
Pertubação Incurável: esquizofrenia
Conceito: detetive particular


Experiência:



ATRIBUTOS (7 - 5 - 3)

Físicos
- Força: +2
- Destreza: +4 (Reflexos Rápidos)
- Vigor: +2

Sociais
- Carisma: +2
- Manipulação: +2
- Aparência: +2

Mentais
- Percepção: +5 (Atento) (Perspicaz)
- Inteligência: +2
- Raciocínio: +3



HABILIDADES (13 - 9 - 5)

Talentos
- Prontidão: 3
- Esportes:
- Briga:
- Esquiva: 3
- Empatia: 3
- Expressão: 3
- Intimidação:
- Liderança:
- Manha:
- Lábia: 1

Perícias
- Empatia c/ Animais:
- Ofícios:
- Condução:
- Etiqueta: 1
- Armas de Fogo: 3
- Armas Brancas:
- Performance:
- Segurança:
- Furtividade: 3
- Sobrevivência: 2

Conhecimentos
- Acadêmicos:
- Computador:
- Finanças:
- Investigação: 3
- Direito:
- Lingüística:
- Medicina:
- Ocultismo: 1
- Política:
- Ciências: 1



VANTAGENS

Antecedentes (5)

RECURSOS – 3
Julian é detetive particular, carreira que trilhou durante parte de sua existência humana, e que ainda mantém mesmo depois de transformado em vampiro. Os casos que lhe são incumbidos são relativamente freqüentes, e lhe rendem quantia considerável, suficiente para manter um padrão sadio e confortável de vida. Trabalha para uma empresa privada de criminalística, administrada e suportada por humanos, onde se mistura a eles e os auxilia de sua maneira, exercendo uma tarefa que para ele é intensa, agradável e prazerosa. Porém também mantém dinheiro depositado que lhe rende alguns bons coeficientes de lucro mensalmente. O que lhe ajuda um bocado, pois depois que se tornou um vampiro, não tem lá tanto tempo disponível quanto antes para exercer com todo o seu potencial as tarefas a ele incumbidas.


GERAÇÃO – 3 (1 ponto de bônus)

MENTOR – 3 (3 pontos de bônus)

O senhor de Julian é alguém de elevada relevância na sociedade cainita. Apesar de apresentar um caráter neutro, não compartilhando em sua totalidade das dores da Camarilla, possui grande reconhecimento por parte da hierarquia dos vampiros devido aos serviços prestados e relativo compromisso e respeito pela causa. Ele não se apresenta como um exaltado, dessa maneira pouco lhe convém uma sociedade onde ocorra a instabilidade plena da relação entre humanos e vampiros, e à sua maneira presta valorosos serviços de investigação e consolidação de novos aspirantes que imagine dignos a ajudar-lhes a escorar no embasamento real da causa. Conhecido como Nathaniel, tem como e motivação em vida a análise e escolha sábia de indivíduos da sociedade humana que imagine dignos de propagarem seus ideais, dando continuidade a seus genes avançados cainitas. Os traços que lhe motivam a escolher suas presas, as quais analisa por períodos longos de meses ou até mesmo anos, são de alguma semelhança com sua maneira de pensar e agir, características intrínsecas de sua personalidade e singularidade. O longo período empregado no acompanhamento dos supostos herdeiros se dá pelo fato de que é totalmente resistente à passagem de genes a sujeitos indignos, que vão fazer uso ruim do dom adquirido, frustrando todo o seu trabalho e objetivo maior. Como mentor ele está longe de ser sentimental, carinhoso ou mesmo muito presente. Apesar de estar sempre por dentro, acompanhando os atos de seus novos recrutas, sua presença física não é necessariamente próxima dos mesmos. Resume-se a ter dados sobre os herdeiros, porém deixa que trilhem seu caminho sem tantas regalias. Porém como os valoriza de alguma maneira, podendo intervir a favor dos mesmos em situações que considere justificáveis, não hesita em fazê-lo. Pois para alguém tão estudioso e seletivo, perder os seus escolhidos por motivos que fujam de seu senso de justiça ou mesmo lógica de pensamento, se apresenta como fato sem direito a discussão. Ele, à sua maneira, quer a sobrevivência e realização de seus “seguidores”.



DISCIPLINAS(3)
Auspícios - 1
Demência - 1
Ofuscação - 1
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Virtudes (7)
- Consciência ou Convicção: +2

- Autocontrole ou Instinto: +4

- Coragem: +4


HUMANIDADE: 6

FORÇA DE VONTADE: 4 +4 (pontos de bônus)




QUALIDADES e DEFEITOS


Compulsão: (1 ponto de Defeito) - pontualidade. Julian tem a tendência de desesperar-se sempre que se encontra em uma situação onde se prontificou a cumprir alguma tarefa, em determinado prazo. Ele simplesmente odeia atrasos, e dessa maneira não se permite de forma alguma a cometê-los. Isso faz com que nessas situações pontuais ele fique bastante tenso, com a simples possibilidade de não cumprir o combinado no limite estipulado.

Intolerância: (1 ponto de Defeito) - personagens arrogantes, que se divertem e insistem em ficar a se gabar, indefinidamente.

Pesadelos: (1 ponto de Defeito) - Julian tem em sua demência a peculiaridade de sentir-se sempre perseguido e observado por existências misteriosas e maléficas, que ele não consegue identificar ao certo. Imagina que esses olhos cruéis estão sempre a lhe sondar os passos, e o retrato de sua assombração durante o estado de consciência, se prolonga a quando está em pleno repouso.

Fobia (Leve): (1 ponto de Defeito) - principalmente “palhaços”. Ou demais existências semelhantes, demasiadamente dançantes, risonhas e coloridas. Que ao contrário de emanarem auras atrativas e simpáticas, terminam por causar experiências traumáticas infantis em muitos.

Exclusão de Presa: (1 ponto de Defeito) - grupos familiares. Julian é incapaz de perdoar os seus semelhantes que atacam núcleos familiares, o que gera órfãos ou mesmo dizima existências harmoniosas e, para ele, puras e inocentes. É incapaz de atacar famílias que lhe transpareçam ser estáveis e solidariamente unidas, além de amaldiçoar os seus semelhantes que muitas vezes o fazem sem hesitar.

Aura Enganosa: (1 ponto de Qualidade)
Noção do Perigo: (2 pontos de Qualidade)
Frieza Lógica: (1 ponto de Qualidade)
Concentração: (1 ponto de Qualidade)
Memória Eidética: (2 pontos de Qualidade)
Audição Aguçada: (1 ponto de Qualidade)
Olfato Aguçado: (1 ponto de Qualidade)
Visão Aguçada: (1 ponto de Qualidade)
Protegido: (1 ponto de Qualidade)
Senhor de Prestígio: (1 ponto de Qualidade)



OBSERVAÇÕES GERAIS

altura e peso: 1,78 m / 74 kg
cor de olhos: castanho
cor de cabelos: castanho
cor de pele: branco
aparência: parece ter pelos seus 23 anos, que coincide com a idade em que foi abraçado



pertences:

um revólver de pequeno porte
uma casa própria (na Irlanda), morando agora separadamente dos pais
outras coisas, não menos importantes que essas...




PRELÚDIO

Julian nasceu na Irlanda, e sempre teve uma ligação bem profunda com os pais. Filho único, e alvo principal de um carinho demasiado por parte dos protetores, teve no modo peculiar de criação a salvação para não se tornar um sujeitinho fútil e mimado...

Os pais lhe acolhiam perante as investidas de colegas ignorantes do rapazinho, que sempre pegaram bem pesado em seu pé, deixando-lhe bastante oprimido devido ao preconceito dos mesmos. Esse se baseava principalmente em certos traços de estranheza apresentada pelo jovem, desde bem novo... Simplesmente alimentava gostos diferentes em relação aos de sua faixa hetária, divertindo-se com modalidades de descontração para a maioria taxadas como contrastantes e passíveis de afastamento. Isso porque ele sempre se interessou desde bem novo por leitura, e mais especificamente pelas envolvendo temáticas exageradamente violentas, pesadas aos que dividiam-lhe a idade ou mesmo ao público em geral. Talvez como uma alternativa de entender e superar, criando resistência forçada ao medo que sempre lhe assombrou, sem trégua, tirando seu sono por incontáveis noites em que acordava molhando a cama, ou simplesmente gritando desesperado até que um dos pais viesse lhe acudir. E esses temores ecoavam em seu cotidiano, não raro sendo o garoto ter surtos de amedrontamento, por flashes de terror que se apossavam de seu corpo por alguns momentos, abalando seu psicológico, e fazendo com que tivesse alguns acessos suspeitos e insanos em localidades públicas. Principalmente devido a esse traço diferente do comum, perturbado e instável, ele vivia uma vida conturbada fora do aconchego do lar, e mesmo com a interferência dos pais a tentarem defendê-lo, apoiando o filho contra os olhos preconceituosos que o rondavam, a tarefa era árdua, e quase impossível de ser resolvida.

O garoto cresceu, formou-se, e com isso foi conquistando sua maior força e qualidades exatamente onde mais sofreu e tropeçou na triste e incompreendida infância. Por amadurecimento psicológico e consolidação de um caráter expressivo, além do amparo e incentivo sempre presente dos pais, decidiu utilizar de suas capacidades desenvolvidas ao longo dos anos, além dos conhecimentos adquiridos e interesses na área, e se tornar um detetive, optando pela profissão criminalística. Decidiu-se a explorar seus pontos positivos, os instintos e habilidades de análise fisionômica de seus alvos, que somadas ao seu embasamento teórico na área, fizeram-no alguém complicado de ser derrotado quando se dispunha a solucionar um caso, seja ele qual fosse. Começou com pequenos casos em sua pequena cidade, mas com o tempo seus resultados e triunfos foram reconhecidos, e muitos temiam a perspicácia e capacidade de enxergar as situações por diversos ângulos, que para muitos transparecia ser um dom quase que divino, de complexa explicação ou entendimento. Um sujeito que notava mínimos detalhes que passavam despercebidos a muitos de seus colegas de profissão e ainda tinha a facilidade de desvendar expressões faciais, detectar mentiras, além de expressar seus pontos de vista e opiniões diversas de maneira clara, completa e objetiva, acabou por adquirir grande reconhecimento e atuar em cada vez mais casos na empresa especializada em assuntos criminais. No entanto, apesar de ter evoluído tanto em seu modo de ser e agir com o passar dos tempos, muitos traços da infância traumática ainda o compunham. Recusava-se a submeter-se ou a dar suporte a sujeitinhos arrogantes, que insistiam em imaginar que seriam superiores aos demais, como os valentões que o machucavam no passado. Continuou a valorizar os laços familiares verdadeiros, que tanto foram determinantes em suas mudança, tornando-o um sujeito mais feliz e realizado. Além de mais resistente a críticas e dono dom próprio nariz. Mas a nova situação de vida também lhe despertou um vício... Agora sempre atarefado e cheio de responsabilidades, ficara demasiadamente preocupado com horários, prazos, mínimos e relevantes minutos que determinavam muita coisa em seu ramo. Foi um preço a se pagar, mais uma preocupação que assolava o jovem detetive particular.

Porém em um de seus casos, talvez o de mais difícil resolução, terminou ferido gravemente, de maneira irreparável. Trazia consigo o revólver de proteção pessoal, mas adentrou tão a fundo no caso, que antecipou vários passos, e viu-se encurralado pelo inimigo, um fugitivo do estado de relevância, conhecido por cometer crimes pesados e complexos, envolvendo características macabras e elaboradas, que sempre se safava e estava com um prêmio pela sua prisão já há algum tempo. Sem reforços, ou tempo suficiente para reagir, em uma situação de óbvia desvantagem que não calculou anteriormente a gravidade, enquanto tomado pelo clima e adrenalina de captura e resolução do caso, foi baleado pelo mandante e seus capangas na noite de seu maior triunfo. E uma poça expressiva de seu sangue tomou todo o pequeno cômodo do esconderijo provisório da organização, enquanto os criminosos deixavam o local para mais um triunfo perfeito e bem sucedido sobre as autoridades. No entanto, algo curioso ocorreu... Em seu favor. Um habitante das trevas, que mais adiante revelou observar de perto e curioso já há algum tempo a jornada do jovem de características raras, além de sangrar seus incômodos assassinos até a morte, enchendo o ambiente de gritos horrendos e membros solitários envoltos em líquido rubro, optou por dar-lhe uma segunda chance. Como também revelou ter dado a tantos outros em situação semelhante que lhe transpareciam dignos de viver, e propagar seus feitos, sua originalidade.

- No mundo muitos dos que morrem, mereciam viver... Você é um desses casos. Considere isso como um ato de mera solidariedade, em prol de uma eternidade mais divertida e cativante – foram as últimas palavras ditas ao rapaz, antes que o ser sombrio o agarra-se com violência e atacasse com ferocidade seu pescoço. Julian só acordaria depois de muitas e muitas horas de dores profundas e infindáveis alucinações... Mas apesar de vivo, ele nunca mais seria o mesmo. Para alguns, ali havida sido concedida uma dádiva, um presente. Na opinião de outros, se tratava apenas da consolidação de uma triste e interminável maldição.


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Após partir, Nathaniel permitiu que o rapaz passasse algumas semanas, sozinho, a adaptar-se com a nova situação, passando a apenas avaliar as maneiras que o jovem encontrava de acostumar-se à nova condição de existência. Para o senhor, medir as alternativas e capacidade de adaptação e perspicácia do novo aluno seria imprescindível para descobrir o quanto antes se tinha ou não optado por uma resolução sábia ao escolher o rapaz como herdeiro. Percebeu que enquanto na nova condição, Julian apresentou a intensificação de seus traços instáveis de outrora, agora tendo pesadelos mais pesados e cruéis com relativa freqüência. Que somados ao desespero perante as alterações orgânicas que lhe propunham uma maneira adversa de viver, fugitivo da luz, impossibilitado de sentir muitas das sensações que dispunha antes, além de ter de se adaptar às novas formas de alimentação e sustento, faziam-no um sujeito visivelmente mais impaciente, além de desenvolver uma rigidez de pensamento e atos amplamente amedrontadora. Os seus “observadores”, os espectros que não lhe davam trégua na perseguição, amplificando seus delírios insanos, também se mostravam mais fortes e insistentes...

Porém um ínfimo traço de superação, o mínimo sinal de combate interno, coragem e vontade de enfrentar tudo pelo qual passava, fez com que Nathaniel direcionasse ajuda mais direta ao seu novo aprendiz. Percebendo que na terceira semana de adaptação, já bem fraco e abalado, a sobreviver apenas à base de sangue pertencente a animais, mas concluindo finalmente que isso não seria mais o suficiente caso quisesse continuar vivo, resolveu rever seus conceitos e modificar os hábitos anteriores e já ineficientes, Julian recebe novamente a visita daquele que se apresentaria como seu mentor. Nathaniel percebeu logo de cara que os resultados nem eram apenas negativos, como imaginou... Apesar de mais insano, perigoso, apresentando uma frieza incomum em relação a tudo e todos que não fossem ele próprio e seus próprios interesses, com ideologias adaptadas e perda na alimentação de pensamentos e sentimentos inocentes, fúteis e desnecessários, o mestre percebeu um avanço. O rapaz já mais consciente e adaptado à nova condição tinha desenvolvido sua gama de sentidos de maneira ainda mais assombrosa que antes. Se no passado podia interpretar ações, expressões, possuir uma capacidade analítica e modalidade de pensamento crítico diferenciado em relação a todos, agora ele não só o tinha, como... Amplificara exponencialmente os seus sentidos básicos. Audição, olfato e visão agora o permitiam feitos ainda mais significativos que antes... Porém em um mundo perigoso como o que adentrara, apenas estimar movimentações inimigas, prevenir ataques e interpretar qualquer um que escolhesse como alvo não seria mais suficiente. Apesar de armas terem lá sua dificuldade de executá-lo por uma segunda vez, agora na nova e mais resistente condição, seus inimigos também mudariam, e revólveres estariam longe de ser o objeto mais significativo de temor... Para garantir a sobrevivência, ele teria de desenvolver também seu físico, de nada adianta prever ataques, inclinações agressivas, se não se pode esquivar, desviar delas. E essa seria a primeira lição, auxílio, do seu novo mestre... Aprimorar os mecanismos físicos do rapaz por intermédio de um treinamento eficiente acompanhado diretamente pelo tutor. Que depois de concluído, marcou a segunda separação entre mestre e aluno. Como dito anteriormente, Nathaniel não se entrega a regalias para com os seus escolhidos... Julian só aprenderia mesmo como marcar a eternidade trilhando seus próprios passos. Ele torcia pelo sucesso do aprendiz, mas não podia simplesmente guardá-lo para sempre debaixo de suas negras e extensas vestes.