Dança Das Marionetes - Segundo Ato

A noite tornara-se cheia de surpresas, com o fim do G8 que as pressas teve que ser desfeita frente as ameaças que surgiam no Oriente Médio, os cainitas mexiam suas peças no tabuleiro londrino esperando que um movimento sutil, inteligente e belo os levassem ao xeque-mate dos problemas que por ventura os abatera aquela noite.

O Templo dos Cães fervia frente a notícia de que seu líder fora pego, junto ao grupo que lhe acompanhava em um emboscada deixando policiais de prontidão em pleno coração da cidade. Mas não era o único clã a receber notícias deveras ruins. Os magus tinham um de seus membros preso a ameaças de uma provavel morte-final, considerada por muitos como uma afronta ao poderoso clã Tremere o regente da capela Artos Bani se viu pressionado por membros influentes como o regente da capela novaiorquina a se envolver e tentar proteger o jovem membro.

Mas a noite só começara e o caos se preparava realmente, o Sabá fazia preparativos esperando que por estas noites a queda da Camarilla numa das cidades mais influentes do mundo viria sucumbir ante seu poder e engenhosidade. Mas a estes as notícias recentes não chegara.

Os esgotos abrigavam roedores, o fedor e os portadores das informações que as vendiam a quem pagasse mais, estes também estavam envoltos nos últimos acontecimentos que começara com a morte da cria do Príncipe.

BOMANI ASTENNU

OFF - Eis a tua situação, Magnus: Pontos de Sangue (6/15); Pontos de Força de Vontade (7/8 ). Os dados estão atualizados de com relação ao seu último post.

ON -

Bomani se precipita em direção aos galpões que formam um aglomerado de prédios velhos porém pouco iluminados, os gritos a distância anunciam que o setita fora avistado, um breve grito de "Pare!" é ouvido e como o guerreiro ignora dois tiros acertam um o chão e o outro a parede, mas logo ele os perdes de vista.

Um novo grito chega aos ouvidos do setita, mas desta vez dá a impressão de terem achado o corpo do atirador que Astennu deixara para trás. A correria pelos galpões faz aumentar a distância entre ele e os policiais, aos poucos, longe do tumulto a pele do setita começa a ficar esverdeada e escamas passam a surgir, seus membros se aderem ao tronco e as pernas uma as outras dando lugar a um grande tronco reptiliano. Por fim não era mais visível nem as roupas nem os óculos, Bomani transformara-se numa naja negra grande que deslizou até uma entrada de boeiro junto ao rio onde um filete de água suja encontrava as águas nada limpas do rio.

O bueiro estava escuro e o setita já não mais podia ouvir os policiais, mas isso não lhe era problema, seus sentidos, agora modificados o informavam de como era o local e para onde deveria seguir.

O bueiro era estreito para uma pessoa e mesmo para o setita foi dificil espremer-se pelas grandes, quando entrou o "túnel" estendia-se por uns 20 metros até chegar a uma bifurcação, uma de 40 cm de diâmetro e outra um pouco maior de aproximadamente 80 cm de diâmetro, segundo seu melhor palpite o menor seguia em direção ao sul enquanto o outro ia em direção ao leste, ambos adentravam de qualquer forma o subterrâneo da cidade.

A serpente deslocava-se em distanciando-se da Ilha dos cães e seguindo rumo ao centro de Londres, em pouco mais de 2 horas chegou a Southwark, podia sentir a quantidade de carros que passava sobre sua cabeça, mas podia sentir também que os movimentos dos esgotos aumentara, havia uma profusão de ratos, assim como aumentara a quantidade de água de esgoto que fluía pelos túneis.

Não dava para se situar ao certo e Southwark era seu melhor palpite, não estava acostumado a se esgueirar pelos esgotos e sentia a fome começar a incomodar.

Bomani chegara a um amplo local de pé direito alto, se é que poderia se chamar assim já que ele crescia rumo as profundezas, o barulho era de água como em uma pequena cascata, apesar de não conseguir enxergar bem pelos ecos dava para sentir que a câmara era razoavelmente grande.

Dados:

Nessa câmara não havia bueiro no qual sair, mas havia três novos caminhos em direções distintas (sul, leste e norte) além do caminho que o permitia retornar, tentando sentir os cheiros presentes no ar a única coisa que conseguia era sentir o podre que aquele lugar exalava, como algo morto e aquilo ficou entranhado nas narinas da serpente.