Vampiros - A Máscara
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Rotten Apple ─ True Blood.

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Mensagem por Zapathasura Seg Abr 30, 2012 11:39 pm

ㅤㅤCidades grandes costumam ser abundantes em simbolismo. Com o passar dos anos, cada um adquire sua própria interpretação do que a cidade significa... mas nem toda cidade de fato tem apenas um significado. Para muitos, New York é uma delas.

ㅤㅤErguida séculos atrás, a mudança sempre fez parte da Grande Maçã e sempre fará, mas nem mesmo aquele fatídico acontecimento em setembro de 2001 abalou tanto a cidade quanto A Grande Revelação de oito anos atrás.
ㅤㅤEles estavam em todos os lugares. Seus vizinhos, seus colegas de trabalho, seus parceiros e até mesmo os seus entes queridos poderiam estar entre eles. Para alguns, isso significava o fim do mundo atrasado ─ os mortos andavam junto aos vivos, sua presença não mais oculta; sua verdadeira natureza não mais um segredo. Outros, entretanto, viam neles a esperança. Já eles, bem... eles não se importavam. A noite sempre seria deles, de um jeito ou de outro ─ admitissem os humanos ou não.

ㅤㅤTalvez os humanos estivessem certos em temê-los. Desde que anunciaram a sua presença, os vampiros nada mais foram do que um câncer para a Grande Maçã, por mais que a maioria deles tente veemente abdicar de qualquer culpa pela decadência da cidade, apontando para fatores como a economia e os governantes da cidade. Pura hipocrisia, é claro. A economia é deles. Os governantes, somente marionetes.

ㅤㅤOs vampiros sempre foram associados a ganância e a luxúria nas inúmeras lendas que os retratavam ─ e, como dizem por aí, a maioria das histórias possui ao menos um fundo de verdade ─, então o estado atual de New York não poderia refletir melhor as naturezas daqueles que não só a governam nas sombras, mas que habitam seus becos, seus mais belos prédios, seus centros culturais e até mesmo as suas universidades.
ㅤㅤMas eles sempre estiveram lá.

ㅤㅤHoje, no simbólico ano de 2012, o povo afirma que a Grande Maçã apodreceu, e que os sanguessugas são os culpados pelo apodrecimento dela ─ isentá-los de uma parcela de culpa seria errado, é claro, mas quem garante que a cidade não seria só mais uma colônia holandesa fracassada caso os vampiros não tivessem interferido nas políticas dela, séculos atrás?
ㅤㅤPara os sábios, os humanos simplesmente passaram a mimetizar tudo o que há de errado nos mortos-vivos... e, como de costume, esqueceram de imitar o que há de bom neles. Mas será que existe mesmo algo de bom neles?

ㅤㅤO fato é que a Grande Maçã está podre. Resta apenas, portanto, uma questão existencial: quem são os verdadeiros vermes devorando o seu interior?




Temática: Ganância, luxúria e traições.

Jogadores: Chris Yates (Dimitri), Sky Blackwood e Rodrigo Casque. Possivelmente, o Argo também.

Vagas: Fechadas.

Regras da Casa: Heeere we go...
Spoiler:
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Mensagem por Zapathasura Qua maio 02, 2012 7:58 am

“Fortune, fame
Mirror vain
Gone insane
But the memory remains”

The Kovenant ─ The Memory Remains (Metallica Cover)
ㅤㅤA inveja humana não possui procedentes. Dizem por aí que a sagacidade dos vampiros também não. Embora esta afirmação possa parecer generalizada ─ e ela é ─, temos que assumir que alguém que existe a centenas de anos é mais sagaz do que um recém-nascido, é claro ─ e, que a verdade seja dita, é necessário admitir que os sanguessugas de fato merecem esta reputação.

ㅤㅤMaio de 2012. Mesmo com toda a sua propaganda, a American Vampire League não consegue justificar o que está ocorrendo com a Grande Maçã. Se já não bastasse a sua influência moral negativa indireta no povo de New York, os vampiros corrompem não só as mentes do seu rebanho, mas também seus corpos. Desde que os vampiros “saíram do caixão”, a droga conhecida como V ─ o próprio sangue que habita as veias dos mortos-vivos ─ tem ultrapassado os recordes de tráfico estabelecidos pelas suas antecessoras.
ㅤㅤPerto do V, o LSD não passa de uma fonte temporária de delírios sem graça. E os vampiros se aproveitaram disso. Desde 2010, esta nova “droga” vem sendo traficada em massa por toda a New York ─ seus usuários variando de ricaços a mendigos que praticamente vendem seus corpos em troca de algumas gotas daquele tão viciante veneno rubro.
ㅤㅤO primeiro gole sempre parece inofensivo. “Sinta-se quase tão forte quanto um vampiro”, dizem, “mas sem ter que dar adeus ao sol e as suas comidas favoritas”. O segundo já é mais antecipado. Do terceiro para frente, no entanto... compartilhar da essência vermelha que mantém os vampiros jovens para sempre vira uma obsessão. Já não basta mais ser apenas humano. O usuário precisa ser algo a mais.

ㅤㅤInicialmente, o V parecia apenas mais uma modinha passageira, sendo parcialmente ignorada tanto pelo povo quanto pelos próprios vampiros. Atualmente, no entanto, o número de viciados está se tornando alarmante... e o governo está se vendo forçado a tomar alguma atitude em relação a esse problema ─ assim como a AVL. Embora não existam provas de que os vampiros estão traficando seu próprio sangue, a polícia nova iorquina diz estar cada vez mais próxima de encontrar a fonte deste problema.
ㅤㅤMas e o que acontece com quem já está viciado?




Veronika Vladislava;
Capítulo Um ─── Twisted Vines.

ㅤㅤA maioria das pessoas da idade de Veronika adoraria estar em New York numa madrugada de sábado, pois na cabeça de muitos outros jovens, isto significava baladas, bebidas, sexo e, obviamente, V. Para a russa, entretanto, madrugadas de sábado nunca eram boas, e a madrugada de 5 de maio não parecia uma exceção ─ ao invés de estar trapaceando algum playboy bêbado num bar de alto-perfil em Manhattan, ela estava em um dos bares da sua família, no Brooklyn, para entregar a parcela semanal dos seus ganhos ao detestável Mikael.

ㅤㅤComo se o desagrado da ladra já não fosse grande o suficiente, o metrô que pegou até o Brooklyn estava lotado de jovens bêbados e alegres, já no ritmo do summer break, que provavelmente estavam indo para alguma festa na qual Veronika poderia aumentar exponencialmente os ganhos daquela semana ─ festa esta que ela obviamente perderia.
ㅤㅤO Vadia Vermelha ─ bar que Mikael supostamente gerencia nos fins de semana ─ continuava tão antiquado quanto da primeira vez que a trapaceira colocara seus pés lá. As luzes vermelhas piscavam insandecidamente, uma batida russa de Aggrotech exageradamente alta não parava de tocar e o cheiro terrível de álcool, vômito e suor permeava o lugar enquanto ela se direcionava para o balcão do bar, onde finalmente viu uma face amigável pela primeira vez em toda aquela longa madrugada ─ Bryan Gallo, o bartender daquele lugar, a recepcionava com um sorriso genuinamente agradável.

Veronika! ─ Exclamou Bryan animado enquanto preparava dois drinks ou três, estabelecendo contato visual com a colega entre a preparação de cada drink. ─ Mikael já estava achando que você não vinha hoje. ─ Parece que quem mais teve de aturar o primo dela naquela madrugada foi o pobre bartender, é claro, e ele não tentava esconder isso ao dar uma entonação cansada àquelas palavras. ─ Ele falou para encontrá-lo nos fundos, como de praxe. Boa sorte. ─ Caçoou, voltando ao seu estado de humor natural, acenando com a cabeça na direção de uma porta ao lado do bancão, para a qual Veronika certamente tinha as chaves. Antes mesmo de abrir a porta, ela já podia ouvir seu primo falando ao celular; como sempre, aos berros. Pelo menos alguém ali estava mais estressado do que a ladra...




Notas, imagens e afins:

Como este é o primeiro turno dessa história, sinta-se livre para mencionar o que sua personagem está vestindo e confirmar o que ela está carregando. Seguem em spoiler duas imagens relacionadas ao turno.

Bryan Gallo:
Vadia Vermelha:




Chris Yates;
Capítulo Um ─── Faded Prima Donna.


ㅤㅤMorar no Queens possui altos e baixos. Se por um lado a diversidade cultural e racial lhe permite conhecer várias pessoas interessantes, por outro, certas madrugadas é praticamente impossível pegar no sono devido as vigílias feitas pelas igrejas rezando (ou protestando) por proteção dos vampiros ─ e, para Chris Yates, a madrugada de 5 de maio era uma dessas. Uma igreja católica próxima ao prédio onde o detetive vive resolveu reunir seus membros horas antes para uma passeata pela vizinhança com cartazes e megafones praguejando a presença dos mortos-vivos, culpando a eles pelo estado atual da cidade.

ㅤㅤAlgo que parecia um milagre, no entanto, é que a “filha” de Christopher ainda não houvesse acordado com aquele barulho; o que permitiu que o britânico se focasse na última investigação a ser atribuída pessoalmente a ele pelo comissário Manson. Não era nada surpreendente, no entanto, que a tal investigação envolvesse a busca pelos responsáveis pelo tráfico de V no Queens ─ coisa que vinha corroendo as entranhas daquele bairro que costumava ser considerado amigável.
ㅤㅤPara a infelicidade do detetive, entretanto, por mais que ele já estivesse a horas em sua mesa, lendo e relendo repetidamente todos os arquivos relacionados ao caso ─ com direito aos possíveis suspeitos e aos lugares de interesse ─, só conseguia chegar a uma conclusão que simplesmente desafiava a sua confiança: aquelas provas só podiam ter sido forjadas, pois elas não levavam a lugar algum. Mas por que alguém forjaria provas falsas? Estariam mantendo o detetive “no escuro” propositalmente...?

ㅤㅤO questionamento de Christopher fora interrompido, entretanto, pela repentina tremedeira que sentiu por cima de sua escrivaninha; embaixo de algum dos muitos arquivos espalhados ali, estava o celular do britânico, colocado apenas em vibração para evitar acordar Denise. Tirando os papéis de cima do celular, ele pôde ver o nome do comissário no visor. Eram mais de duas horas da madrugada... por que diabos Manson estava ligando para ele?




Assim como no caso da Sky, sinta-se livre para descrever o que o personagem está vestindo.
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Mensagem por Pri Qua maio 02, 2012 12:02 pm

Spoiler:

Rotten Apple ─ True Blood. Kse11 Olhava pela janela do trem as luzes da cidade que não parava - mas que agora parecia um pouquinho mais morta pelos últimos acontecimentos. NY passava por tempos os quais até mesmo ladrões são atingidos, fazendo com que a bolsa dourada em que guardava os bens da semana ficasse mais leve. Tinha os braços cruzados em cima dela e uma das mãos disfarçadamente lá dentro, com um soco inglês encaixado em seus dedos - afinal, era o metrô né? Ainda mais com aquela droga nova, o sangue dos Vampiros sendo usada loucamente... Nunca se sabia o tipo de louco que era criaria. O trem estava repletos desses jovens, com a bebida na cabeça e sabe-se lá mais o que. Talvez houvesse uma festa para a qual estavam indo e que poderia aumentar seus ganhos exponencialmente. Suspirou irritada, apoiando o outro braço na janela e apoiando seu queixo nele. Sua expressão emburrada já dizia como se sentia em não poder aumentar seu faturamento, uma vez que Mikael já deveria estar subindo pelas paredes. Às vezes parecia que só ela trabalhava naquela família, viu.

Spoiler:

O trem parava na estação mais próxima do Vadia Vermelha. Naquela hora da noite apenas mais jovens saindo de festas e bares - e mendigos, não podemos nos esquecer deles - ocupavam o local. Para os jovens, a noite era sepre uma festa enquanto para a russa, significava trabalho. Não que achasse ruim, sempre se divertia com alguns de seus alvos... E tinha toda a bebida. Tá, é um bom trabalho. Caminhava pelas ruas atenta ao seu redor, sabia que não podia confiar que nada lhe aconteceria sempre... Embora ali já fosse o domínio dos Vladislava. O Vadia como sempre aquela hora encontrava-se cheio, com a música alta tocando em ritmo alucinante. Veronika se incomodava um pouco com aquelas luzes vermelhas que seu primo tanto gostava de exibir - até parece uma temática sangrenta, argh. Ia diretamente ao bar, onde Bryan lhe aguardava com uma expressão amigável - tá, não lhe aguardava... Mas era um rosto comum que sempre tinha um sorriso para ela.

Bryan! - Acenou à distância, fazendo com que seu vestido rosa choque - e curto - se balançasse. Só não era mais "patricinha" pelo casaco de mangas longas peludo e preto que usava para cobrir seu corpo. As botas de cano longo e salto iam até acima de seus joelhos, também de uma cor negra com tiras de couro e spikes metálicos. Na cabeça... uma peruca de fios curtos e franja na cor vermelha. Sempre preferia visitar os "reinos" de sua família sob um de seus disfarces. Caminhou entre a multidão e abrindo espaço até o balcão, onde colocou a bolsa e já foi se sentando em um banco e cruzando as pernas.Seu sorriso e sua voz eram afetadas pelo clima de amizade com o qual ele lhe recebia - E não vinha.... - suspirou, já murchando os ombros para a frente - Tantas festas legais por aí, onde poderia me dar bem... - Resmungava fazendo bico - Me arranja um desses ai... - apontava para os drinks que ele preparava - Para me animar antes de ir falar com ele. - Emburrada, ela puxou a bolsa para o colo e a abraçou, movendo a ponta do pé no ritmo da musica que tocava - Mui amigo você. - Esperava ele pacientemente lhe preparar o drink, observando as pessoas que estavam ao seu redor. Nunca roubar em casa... Mas era tão tentador.... Girou os olhos, torcendo os lábios para o canto - Como está o humor dele? Pela sua voz, ele já te encheu bastante. - não esperava uma resposta e já continuava a falar - Ótimo, ótimo porque você merece. - deu uma piscadela para o barman e abriu um largo sorriso ao receber o drink. - Спасибо, это любовь*- procurou as chaves da porta dos fundos e a pegou, dando um pequeno gole na taça quando a recebia e desceu do banco com a bolsa a tira colo. - Volto depois pra continuarmos conversando! - falou em voz alta para ele lhe ouvir conforme se afastava em direção à tão conhecida porta dos fundos.

Esquivou-se das pessoas do bar com cuidado para não derramar sua bebida. Bryan era tãaaaaao bom no que fazia e já conhecia seu gosto pessoal, sabendo dosar os drinks como ela gostava. Deixou a bolsa pendurada em no braço que carregava as chaves e encaixou as mesmas na fechadura, já ouvindo a voz estressada de Mikael. Respirou fundo... Deu um longo trago na bebida e abriu a porta, já entrando por ela - Calma, calma, já to aqui, já to aqui... - Falava apressadamente, tentando encontrar o russo com o olhar - Que desespero todo é esse, primo? - fechou a porta atrás de si, a trancando de volta - Irá tirar seu pai da forca ou algo assim? - deixou-se cair toda estabanada num dos sofás vermelhos daquela sala interior, a bolsa jogada ao seu lado enquanto analisava os outros rostos que estavam ali. Pelo jeito Mikael não estava tendo uma boa noite...



*Obrigada, você é um amor.
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Mensagem por Chris Yates Qua maio 02, 2012 8:09 pm

Ah, minha paciência. Sinceramente, essa gente da igreja está me arrancando a pouca paciência que eu já tenho. Tudo bem que eles estão protestando contra vampiros, mas isso não quer dizer que precise ser no turno deles, porque... Sabe? AINDA EXISTEM PESSOAS QUE PRECISAM DORMIR DURANTE A NOITE! E eu sou uma dessas pessoas, grato! Mas parece que algumas pessoas simplesmente não entendem.

E essas mesmas pessoas também parecem não ter absolutamente nada pra fazer da vida, saindo no meio da madrugada para exigir segregação de vampiros ou o que quer que seja. Gays também costumam sair à noite e eu nunca vi passeatas contra eles na calada da noite! Nem contra e nem a favor! Porque eles não seguem os exemplos? Deve ser um milagre que a Deedee não tenha acordado ainda.

E que eu não tenha dormido...

Levantei da minha mesa e peguei um café na cafeteira. Voltei para a minha mesa bebericando o café amargo. Essa investigação do tráfico de V não está levando a lugar nenhum, droga. É impossível que nada encaixe com nada. A não ser que a falta de padrão em si seja um padrão forjado por alguém. Se foi isso, tenho que manter a minha opinião só entre mim e o comissário.

Senti o meu telefone vibrar por baixo da papelada. Peguei o celular só pra ter um pouco mais de dor de cabeça. Comissário Manson. Pigarrei sozinho e atendi o telefone. — Alô? Comissário? Aconteceu alguma coisa? — Porque algo ruim tinha que ter acontecido pra eu receber uma ligação às duas da manhã. Liguei o viva voz do telefone e já fui logo procurando o número da babá da Deedee enquanto esperava a resposta do comissário.

Tomara que eu não tenha que sair de casa. Tomara mesmo! Porque não estou com paciência de esperar babá, pegar uma roupa decente e me jogar até o distrito a essa hora. Ou pior, até a casa do comissário. Em todo caso, deixei o celular em cima da mesa, pronto para ligar para a babá, enquanto esperava o que o comissário tinha a dizer e fui logo ajeitando a bagunça.

Off: O Chris está usando um jeans surrado, com uma camiseta dos rolling stones preta e só.
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Mensagem por Zapathasura Qui maio 03, 2012 12:33 pm

Veronika Vladislava.
ㅤㅤMikael terminava sua ligação enquanto a ladra se aproximava dele, e, devido as muitas conversas que ecoavam por aquela área do bar, Veronika era incapaz de discernir com quem e o que ele estava falando.
ㅤㅤO russo, por sua vez, não prestava muita atenção nas brincadeiras da sua prima ─ e a ausência de uma represália deixava bem claro para a trapaceira que ele estava ainda mais irritado do que de costume. Com o que, ela estava prestes a descobrir, já que o “gerente” do bar dava uma boa tragada no charuto que estava a fumar e soltava a fumaça aromatizada em uma só baforada; seus olhos queimando tanto que pareciam ser a verdadeira fonte daquilo.

Tá vendo esse charuto, garota? ─ Suas palavras eram praticamente rugidos devido ao seu sotaque. Mikael levantava-se de sua cadeira e jogava o charuto no chão antes mesmo de terminá-lo; lembrando sua prima do quão grande ele realmente é ─ o maldito tinha no mínimo 1,90 de altura, e as roupas pretas que adornavam seu corpo tornavam aquela face barbuda e mal encarada mais intimidadora ainda. ─ Ele sozinho custou mais do que você ganhou em toda essa semana. ─ Ele não se importava com respostas; queria apenas deixar claro que estava completamente desinteressado na parcela semanal dos ganhos de Veronika. ─ Mas eu sei como mudar isso. ─ Pisou no charuto, não só o apagando, mas tornando-o apenas migalhas espalhadas pelo luxuoso chão de madeira daquela área “VIP” do bar.

ㅤㅤSem mais nem menos, o russo simplesmente deu as costas a Veronika, caminhando em direção ao corredor que levava ao seu escritório; insinuando que a ladra deveria segui-lo. O que quer que tenha deixado Mikael tão irritado ─ ao ponto de fazer pouco até mesmo do dinheiro da família ─, tinha que ser algo importante. O que será que ele ia propor para a trapaceira?




Notas, imagens e afins:

Turno curto, sim, mas como a intenção é ter turnos diários... XD
Segue a imagem do turno.

Mikael:




Chris Yates.
ㅤㅤPor algum motivo, comissário demorava um pouco para responder a pergunta que Christopher fez. O viva voz do celular denunciava a presença de Manson, no entanto, já que sua respiração — aparentemente ofegante — era audível ali.

Christopher, meu caro! ─ Richard parecia animado com alguma coisa. ─ Como está Denise? ─ Pergunta esquisita, principalmente para aquela hora da madrugada, mas a voz do comissário não denunciava nada preocupante. Antes de receber uma resposta, no entanto, ele atropelou-se; já voltando a falar. ─ Espero que seu anjinho esteja bem... e que não se importe de ficar sem o pai nessa madrugada. ─ Uma estratégia para amaciar o detetive, talvez? ─ Antes de qualquer coisa, espero que tenha encontrado algo útil na sua investigação, pois os vampiros de Newtown Creek entraram em contato comigo algumas horas atrás ─ e solicitaram a presença do meu melhor detetive para ajudá-los com uma nova pista sobre o tráfico de V. ─ O comissário finalmente abriu o jogo; mas continuava bajulando Christopher ─ um hábito de quem está acostumado a lidar com a imprensa, talvez? De qualquer forma, aquela era uma ótima notícia; com o auxílio dos vampiros, as chances da investigação terminar o mais rápido possível aumentavam exponencialmente, permitindo que Yates partisse para um caso que exigisse menos dele e, consequentemente, o deixasse passar mais tempo com sua filha. ─ O problema, como você sabe, é que eles não podem recebê-lo de dia... então gostariam que você fosse até eles ainda hoje. Se não puder, eu entenderei, no entanto ─ mas terei que substituí-lo no caso, e todo o trabalho que fez até aqui terá sido em vão. ─ Chantagem psicológica? Até que ponto estavam pressionando o pobre comissário, para forçá-lo a utilizar táticas tão baixas?!

ㅤㅤE, finalmente, Richard se calou. Ele normalmente falava bastante, sim, mas nunca a aquele ponto ─ embora fosse incapaz de perceber estresse em sua voz, Yates o conhecia o suficiente para ter certeza de que algo o perturbava, e deixá-lo na mão numa situação como aquela certamente enfraqueceria a amizade dos dois. Talvez fazer uma visita ao velho prédio em Newfound Creek no qual os vampiros se reúnem com a imprensa e afins não fosse uma má ideia... embora com certeza parecesse cansativa.




Stay Crowford;
Capítulo Um ─── The Nowhere Crowd.

ㅤㅤAquela madrugada estava calma até demais. Na maioria das madrugadas de sábado, o Urubu ─ bar onde Stay trabalha ─ costuma estar lotado, mas não naquela. Não eram nem duas da manhã e só havia três pessoas ali ─ dois sujeitos grandes e de aparência simples dividindo uma mesa em um dos cantos do bar e uma mulher de feições britânicas e vestes punks sentada de frente para o balcão com seu celular em mãos, como se esperasse alguma ligação ou coisa do tipo. O mais estranho é que, dos três, a única que não havia pedido nada era a garota punk, que já estava ali a horas...

ㅤㅤEntre uma garrafa de cerveja e outra, os dois homens no canto pareciam lançar olhares suspeitos para a outra, como se esperassem que ela fizesse alguma coisa. Aquilo não era nada anormal, entretanto ─ a aparência extrema digna dos anos oitenta não era algo que se via com frequência no Brooklyn.

ㅤㅤOuviu-se, então, um sonoro “biiip” vindo do celular da garota, e ela se levantou. Mesmo que não tivesse pedido nada, tirou algumas notas dos bolsos de sua calça de couro e as deixou no balcão ao se levantar, caminhando sem pressa rumo a saída do bar. Foi apenas quando a punk passou pelo ex-militar ─ que se encontrava ao lado da porta do lugar ─ que ele finalmente notou por que os outros dois estavam olhando para ela: seu rosto era exageradamente pálido, e seus lábios já não possuíam cor. Seria ela uma deles...?

ㅤㅤNão que aquilo fosse importante. Ela já estava de saída, e nem mesmo chegou a olhar para o segurança quando abriu a porta e deixou o lugar. Não demorou muito, no entanto, para que os outros dois fregueses se levantassem e caminhassem em direção a porta do bar, também ─ um era loiro, com cabelos curtos despenteados e olhos cristalinos, vestindo uma camiseta branca sem mangas e uma calça jeans surrada junto a uma bota militar, enquanto o outro tinha cabelos castanhos e graxa espalhada pelo seu rosto e suas roupas. Nenhum dos dois prestou muita atenção no segurança.

ㅤㅤErro deles. Pendendo para fora da mala cinza que o sujeito manchado de graxa carregava, Crowford pôde perceber algo que se assemelhava a uma corrente prateada. Ele já havia ouvido sobre gente assim ─ atacavam vampiros com prata e extraíam seu sangue para traficá-lo.
ㅤㅤTalvez Stay simplesmente estivesse sendo paranóico e aquilo fosse só uma peça reluzente de um carro, é claro, e mesmo se aqueles dois fossem da estirpe que captura vampiros para vender V, ele não tinha nada a ver com aquilo ─ afinal, os dois haviam deixado o bar, assim como a garota de aparência britânica e moicano multicolorido. Cabia somente ao soldado decidir se faria ou não algo a respeito... mas será que ele conseguiria dormir de noite se não fizesse nada? Será que ele conseguiria esquecer-se dos gritos que ouviria caso resolvesse não interferir naquilo...?




Bom, tá aí. /o/ Não gostei muito do resultado final desse meu primeiro turno, mas acredito que o próximo será melhor.
Seguem as imagens do post.

Urubu:
Garota punk:
Os dois caras:
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Mensagem por Rodrigo Casque Qui maio 03, 2012 4:50 pm

Stay Crowford;
Capítulo Um ─── The Nowhere Crowd.

Stay acordava suado, tinha tido um pesadelo novamente. Levantava-se devagar onde ficava breves minutos sentado na beirada da cama com a cabeça baixa, podia ainda lembrar-se do sonho. A luz da lua era a que iluminava o pequeno apartamento do ex-militar. Passava a mão no cabelo, ajeitava o saco e seguia para o chuveiro... Já sentia que o dia seria péssimo. Saia do banho com a toalha enroscada na cintura e com a escova de dente na boca onde fazia pequenos movimentos circulares nos molares. Ia para a janela e avistava uma pequena movimentação de carros e pedestres.

Andava a passos largos para chegar no horário. Vestia uma calça jeans, com uma jaqueta de couro marrom e uma camisa branca. Chegava ao seu destino, batia o ponto e começava o trabalho. O sol que ele via nascer agora estava em cima de sua cabeça, em poucas horas já estava todo sujo e com a camisa encharcada de suor. Entre uma conversa e outra com colegas de trabalho, sentiu falta de um garoto novo que tinha entrado na semana passada – O Nick apareceu hoje? – perguntava a gritos, pois as maquinas faziam um grande barulho. Entre brincadeiras e zoações uma lhe chamou a atenção ‘- Aquele viciado? Deve estar morto agora.’ O papo se encerrava ali, todos sabiam do que ele estava falando. A droga mais cobiçada e cara do planeta, onde a primeira dose você sente um grande conforto mais cada vez mais aquilo vai te puxando para baixo e te levando a morte.

O trabalho terminava, sua aparência estava totalmente imunda. Seu rosto estava marcado de graxa e sua camisa branca estava mais suja do que os políticos que administravam aquele país. Batia o ponto novamente e saia a passos largos para seu próximo compromisso, despedia-se dos colegas e ia para casa junto com os outros. Conversa vai e conversa vem quando Stay percebe um mendigo no chão, raramente notava essas coisas mas esse parecia ter algo familiar. Parava, agachava-se e virava o rosto do desconhecido, todos seus colegas paravam também e estranhavam sua ação, ao virar o rosto notava que não era um desconhecido – Nick! – falava em alto e bom tom, seus colegas se aproximavam, ele estava morto. A policia chegava meia hora depois, pegava o testemunho dos demais enquanto Stay estava de braços cruzados vendo o corpo ser retirado enquanto um policial se aproximava – Relaxa camarada, era um viciado e provavelmente um traficante. – saia dando dois tapas em suas costas enquanto ficava encarando o chão onde estava o corpo. Em casa, colocava a cadeira em frente à janela e via o sol ir embora assim como seu cigarro.

Chegava no bar Urubu, cumprimentava todos ali presente onde dava um tempo extra para o barman. Gostava do sujeito, tinha um bom humor e também não gostava muito do patrão. Assumia seu posto do lado da porta, mudava sua postura para uma melhor e lá estava ele trabalhando como segurança. Seus olhos mantinham um movimento constante, de onde estava dava para ver todo o bar mas sua cabeça ainda estava no pobre garoto. Respirava fundo algumas vezes, o movimento estava escasso e a hora demorava a passar. – Merda! – reclamava e depois puxava todo o ar que podia e o soltava demoradamente. Sua atenção se ampliou ao notar que dois sujeitos olhavam demais para uma mulher sentada no bar, mau tinha notado a presença daquelas pessoas e quando olhou para o lugar como um todo, notou que elas eram as únicas que ainda estavam no recinto. Coçava o saco disfarçadamente, aquela calça social pinicava demais, ajeitava a gola da camisa de botões e do nada sentia um vento passar por ele, seus olhos podiam ter lhe enganado mais jurava que a mulher que tinha acabado de sair era uma vampira. Sacudia os ombros, mexia o pescoço de um lado para o outro e via os homens se levantarem, se aproximavam a passos largos e novamente seus olhos viam algo que podia não ser nada demais... – Será? – falava baixinho, perguntava-se sobre o que tinha acabado de pensar. Respirava fundo e abria a porta que estava ao seu lado – Ei.. Jeff, segura as pontas aqui que eu já volto. – gritava para o barman enquanto saia do local.

Caminhava a passos vagarosos onde seguia os demais, se seu pensamento estivesse certo aqueles dois tentariam atacar aquela mulher para tomarem seu sangue. Se fosse outro dia não iria se meter, muito menos com quem sabe se defender, mas aquela moça parecia estar tão fora do mundo que talvez não tenha notado nada e o caso do Nick também revirava sua cabeça. Iria segui-los e ver as reais intenções, já desabotoava dois botões da camisa o fazendo respirar melhor, mantinha os olhos atentos nos três e qualquer sinal já partiria para cima dos dois homens.


Legandas
Vermelho - falas
Vermelho escuro - Pensamentos
Marrom - Aleatório
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Mensagem por Chris Yates Qui maio 03, 2012 8:50 pm

O comissário ficou calado por um instante enquanto eu voltava ao café, terminando a largos goles a bebida. Ele saudou um pouco formal demais. Perguntou até sobre a Deedee. Já não gostei desse começo. Quem é que iria ligar a um homem às 2 da manhã para perguntar sobre a filha dele? Além do comissário, é claro. Eu estava tomando ar para responder e ele me interrompeu.

Eu sabia. Era pra trabalhar. Ainda bem que já deixei o celular pronto para uma ligação. Peguei a caneca e comecei a lavar enquanto escutava o que o comissário tinha a dizer através do viva-voz. Era difícil me concentrar em lavar a louça e escutar o comissário, ainda mais com aquela maldita passeata anti vampírica passando agora pela minha rua.

O comissário disse que os vampiros de Newton Creek contataram ele. E querem que eu vá falar sobre o tráfico de V. Estranho. Estranhíssimo, na verdade. Mas eu ainda não vou dividir as minhas suspeitas sobre a evidência forjada. Não agora. Paranóia ou não, não quero que vampiros estejam com tanta informação sobre um tráfico do sangue deles.

Terminei de lavar a xícara, então enxaguei e enxuguei, colocando de volta no armário. O comissário continuou, dizendo que eles não poderiam me receber de dia. Obvious Manson is obvious, pensei por um instante e ri sozinho. Eles me querem lá ainda hoje. E o comissário completou dizendo que entenderia minha ausência, mas que se eu não fosse, eu seria tirado do caso.

Uau. Quanta compreensão. Meu coração está cheio de felicidade pelo comissário ser tão compreensivo. Só que não. Cheguei perto do telefone e me debrucei sobre a bancada onde ele estava. — Tudo bem. Eu estou indo. Mas vou logo avisando que eu não estou chegando a lugar nenhum com isso por enquanto e os vampiros não tem cara de ser muito pacientes com incompetência. Boa noite, mande lembranças para a Sra. Manson!

Apertei o botão para encerrar a chamada e em seguida o botão para iniciar uma nova chamada. — Alô? Mandy? Me desculpe meeeeeesmo ligar a essa hora, mas é que eu tenho um compromisso com uma investigação e eu queria saber se você pode ficar com a Deedee só até eu voltar. Pago o dobro pelo inconveniente do horário. — Tomara que ela aceite.

Ouvi um pouco de silêncio do outro lado e depois ela topou. — Ótimo! Vou deixar a chave debaixo do carpete. Até de manhã! Você nem precisa se preocupar, ela está dormindo. — Dei mais algumas instruções e desliguei o telefone. Bocejei e fui até o banheiro. Tomar um banho, lavar as mãos, pôr as lentes de contato, escolher uma roupa. É melhor que esse caso acabe logo. Se não o que vai acabar é a minha paciência.

Notas:
* O post tem uma parte "invisivel", caso a babá tenha aceitado ir lá. Caso não tenha, ele acaba na parte em branco mesmo.
** Link para a roupa
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Mensagem por Pri Sex maio 04, 2012 5:23 pm

Rotten Apple ─ True Blood. Post2-1 Permanecia sentada no sofá observando seu primo brigar com o pequeno aparelho celular. Não conseguia entender sobre o que ele falava e muito menos com quem... Então preocupou-se apenas em bebericar sua bebida antes que ela saísse voando em algum momento que ela sabia que estava próximo - Hmmmmm, Bryan realmente é bom. Não o perca, primo. - Nenhuma de suas brincadeira, no entanto, surtiam algum efeito em Mikael. Não havia também nenhuma bronca para ela e isso nunca era um bom sinal, ainda mais pela aparência irritada do primo... Aquela veia em seu pescoço sempre saltava quando ele ficava muito bravo. Deu mais um gole - dos grandes - em seu drink e respirou fundo no memso instante que o russo dava sua tragada profunda no charuto e abaixou a taça - quase vazia - para o colo. Encarava o primo enquanto uma sobrancelha se arqueava ao notar os olhos avermelhados do primo - Sério Mikael... Devia parar com essa coisa aí, queima seu cérebro. - E apontou o charuto.

É claro que estou vendo. - retrucava, já ficando levemente irritada pelo tom do primo. Que ela tinha haver com a briga que ele teve com a namorada pelo celular? Observou-o em todo seu trajeto - desde o levantar-se ao pisar no chão. Talvez estivesse querendo impor-se pelo modo... Intimidador. Tudo o que ela fez, no entanto, foi sorrir. - Primo... Eu também sei. Pare de fumá-lo ou de pisoteá-lo então que o seu dinheiro irá render. - ela não se importava se ele lhe ouvia ou não. Se ele não queria o dinheiro, ficaria com ele para si, simples assim. - Mas sei que minha ideia não lhe interessa. E cuidado com as suas. - virou o que restava do drink para dentro da boca e deixou a taça no sofá quando se levantou, abraçada à bolsa que continha o faturamento da semana e suas coisas pessoais.

Seguiu o russo com alguma impaciência, analisando-o mesmo enquanto caminhavam. Mikael estava fora de si, isso tinha certeza... mas com o que?
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Mensagem por Zapathasura Qua maio 09, 2012 3:40 pm

Veronika Vladislava.
ㅤㅤO escritório do russo estava escuro e empoeirado como sempre. As duas máquinas de energia nas laterais do lugar ─ que denunciavam que aquela sala nem sempre fora um escritório ─ faziam barulhos esquisitos e exalavam um odor desconfortável, que se assemelhava a plástico derretido e metal enferrujado. Os três armários próximos à mesa de Mikael ─ na qual estava a única fonte de luz do lugar, uma pequena luminária ─ aparentavam estar fechados a meses, e a única coisa nova ali eram os papéis por cima da mesa ─ que o primo de Veronika fazia questão de esconder (embora com certa sutileza) antes que ela pudesse ler o que estava escrito neles. O ar condicionado era exageradamente frio ali ─ talvez em ode ao clima natural da Rússia.

ㅤㅤPuxando a única cadeira do lugar para si mesmo, Mikael sentava-se sem cerimônias, apoiando inclusive suas pernas por cima da mesa ─ parecia querer demonstrar tranquilidade, embora até mesmo a sua respiração evidenciasse o contrário.

Eu tenho um trabalho pra você, garota... ─ “Garota”. Imaturo, Mikael adorava depreciá-la com aquela palavra, e aquilo ficava evidente na entonação sutilmente divertida que empregara naquela frase. ─ Mas você não vai gostar dele. ─ Também se divertia com aquilo. ─ Direto ao ponto: eu preciso que você consiga algo para um cliente... e, se você conseguir, não precisará mais dividir seus ganhos com a família pelos próximos cinco anos.

ㅤㅤMikael sabia usar a velha técnica do cajado e da cenoura muito bem, e a forma como propusera o tal trabalho apenas evidenciava isso. Se sua prima cumprisse as exigências, teria tempo o suficiente para utilizar seus futuros ganhos para tornar-se uma pessoa poderosa... cujos recursos então voltariam a ser divididos com a família. A proposta não deixava de ser interessante, no entanto, e cabia a Veronika decidir o que ela iria dividir com a família ─ fortunas ou migalhas.




Novamente, post curto... mas amanhã tem mais! \o/
Segue a imagem do turno. XD

escritório:




Stay Crowford.
ㅤㅤAquilo não era nada bom ─ os dois sujeitos cochichavam algo entre si, denunciando que eles já sabiam que Stay estava suspeitando deles. Após alguns segundos de cochichos, houve uma troca de sinais com a cabeça entre os dois e o menor, de cabelos castanhos, deu meia volta e se dirigiu até o ex-militar. A adrenalina correu loucamente pelas veias do segurança enquanto o outro se aproximava dele ─ afinal, ele não tinha como saber se aquele era o começo de uma briga ou não. A ansiedade fazia o vento do estacionamento vazio e mal iluminado parecer quente, mesmo àquela hora da madrugada.

Militar, não? ─ O sujeito falou, relaxado e tranquilo. ─ Sua postura te denuncia. ─ Deu uma risada amigável. ─ Eu também estive no exército. Vietnam ─ sim, eu sei, pareço jovem demais para ter lutado lá; todo mundo diz isso. Só que as memórias continuam frescas. A gente nunca esquece o que vê. ─ O homem lançou um olhar familiar a Stay ─ o mesmo olhar que ele próprio vê em seu espelho todos os dias. Arrependimento. Amargura. Culpa. Por mais que não aparentasse ter nem ao menos 30 anos, era difícil não acreditar naquele cara... e não simpatizar com o que ele dizia. ─ Você não precisa disso, amigo. ─ Olhou para trás, indicando que a possível vampira tentava continuamente abrir seu carro ─ um belo Corvette Stingray preto, de 74 ─, como se reconhecesse o loiro que se aproximava dela já com a corrente prateada em mãos. ─ Não vale a pena. Volte pro bar. É lá que você trabalha, não aqui fora.

ㅤㅤE, surpreendentemente, o homem deu as costas ao outro ex-militar... como se acreditasse veemente que ele faria o que recomendara. Talvez ele fizesse... ou talvez fosse cabeça dura demais para isso.




Turno curto, também, mas desse eu gostei... espero que também goste. Até o próximo post. /o/


Última edição por Zapathasura em Qua maio 09, 2012 5:49 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Pri Qua maio 09, 2012 5:43 pm

Joan Jett - Fetish:

Rotten Apple ─ True Blood. Post3 Torcia o nariz em desagrado a primeira visão do tal escritório. Empoeirado, velho e fedido, lembrava-lhe de alguns dos lugares que havia "descolado" para morar antes de seu apartamento atual. Não era uma grande maravilha... Mas lhe fazia se sentir segura e era mais perfumado que aquilo ali. Imaginava se antes era uma sala privativa do clube... Nunca se sabe né.

Caminhou devagar pela sala até os três armarios, lançando olhares para uma papelada que estava em cima da mesa. Puxou uma das portas do armário de maneira distraída, como uma criança curiosa explora um ambiente novo. Só que a ladra sabia canalizar as distrações de quem lhe olhava para ver o que fazia, para conseguir informações ou ver o que realmente desejava. Seu primo, porém, talvez prevesse que ela se interessaria por qualquer coisa que se destacasse diante de seus olhos.Ele se sentava espaçosamente em sua cadeira, marcando seu território de domínio. Não entendia a razão de seu tio deixar aquele cara no comando dos negócios... Era um completo babaca. Preferia tratar direto com o tio do que com Mikael. Especialmente pelo dom que ele tinha em lhe irritar.

Mexeu no próximo armário, girando os olhos pelo "Garota". Ele falava aquilo como se fosse uma ofensa e ela só queria rir... Chamar uma garota de garota para provocar era o cúmulo da idiotice. Mas virou-se para ele, sentindo que viria agora a idéia brilhante do primo para conseguir dinheiro. Colocou a bolsa no ombro e cruzou os braços numa atitude defensiva - Sabe que estou ligada a você simplesmente porque seus pais me pediram, priminho. Acha que me importo com o que ganho ou com o que pago a você? 'To pouco me lixando para o quanto você ganha ou deixa de ganhar. Sei fazer meu dinheiro. Não é com isso que irá me convencer a fazer algo. - Não gostava do tom dele, então responderia à altura. Havia vivido anos sem precisar de ninguém e não suportaria ouví-lo falar que só estava naquela pela grana. Andou até a mesa de Mikael e apoiou ambas as mãos na madeira, curvando-se ligeiramente para a frente - Cuidado no que se mete, primo. Se é algo que eu não vou gostar... É algo que seu pai provavelmente não aprovaria também. - olhava-o nos olhos enquanto falava, terminando a última palavra com um sorrisinho sarcástico. Tornou a ficar com o corpo ereto e jogou a bolsa na mesa - Se quiser algum ganho meu, terá que ser por minhas regras. Não obedeço você, mas sim seu pai.

E virou-se de costas sem sequer perguntar o trabalho que era, voltando pelo caminho que havia feito até o escritório. Não se meteria com drogas, com armas roubadas, com seja o que fosse que era para conseguir. Era uma ladra e trapaçeira... Não uma caçadora.
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Mensagem por Zapathasura Qui maio 10, 2012 6:15 pm

Veronika Vladislava.
ㅤㅤA ladra teria adorado ver a expressão no rosto de seu primo quando ela lhe deu as costas, ignorando sua “tão generosa” oferta. Por alguns instantes, o homem que até então agia como se tivesse total controle não só sobre a situação, mas sobre o mundo inteiro, sentiu-se impotente. Da imponência para a impotência.

Engraçado você falar nele. ─ Disse Mikael achando-se astuto, mas soando desesperado. ─ Meu pai não só aprova o trabalho que te ofereci, mas foi ele que me pediu para passá-lo adiante. ─ Talvez por achar que Veronika não veria aquilo, o russo tentava soar confiante e sincero, embora seus olhos expressassem desprezo e desgosto. Ele queria desdenhar de sua prima; era óbvio. Mas por algum motivo não o fazia. ─ Se quiser, você pode até ligar para ele... ─ Engoliu seco. ─ Mas tenho certeza de que podemos chegar a algum lugar sem ter que perturbá-lo, não é, prima?

ㅤㅤParecia até um cãozinho domesticado. Talvez tivesse medo do que seu pai pensaria se soubesse que ele não conseguiu convencer a trapaceira a fazer o trabalho (que a cada frase parecia mais e mais importante), ou talvez estivesse mesmo escondendo suas atividades de Henrich ─ ele fazia questão de deixar aquilo ao critério da imaginação de Veronika. Como quem evitava dizer algo ou vivenciar um momento específico, Mikael levantava-se, mexia novamente nos seus papéis, alisava seu cabelo... e se aproximava da ladra.

E então, quais são os seus termos? As suas... “regras”. ─ Apreensivo, o russo começara a suar mesmo com o frio intenso que se fazia ali no seu escritório. Dizer aquelas palavras foi absolutamente humilhante para um “homem de negócios” como ele.




Chris Yates.
ㅤㅤPara a infelicidade do detetive, ele não era o único acordado naquela madrugada. New York nunca dorme; seu trânsito nunca descansa ─ e a viagem de Christopher para Newtown Creek se tornou ainda mais desagradável graças a isso. O pior de tudo, entretanto, era o terrível odor de ar poluído misturado à maresia putrefata que inundava os pulmões de qualquer um que visitasse aquela parte de New York.
ㅤㅤNão era surpreendente que os vampiros tivessem escolhido aquele cemitério industrial como lar. Newtown Creek estava tão morta quanto eles.

ㅤㅤAinda era um alívio, de qualquer forma, finalmente estacionar seu carro em frente ao prédio industrial de aspecto vitoriano onde os mortos-vivos recebem seus visitantes. Ele finalmente poderia deixar seu carro, embora os odores nauseantes que já vinham lhe incomodando a algum tempo fossem potencializados pela proximidade do ambiente à enseada.

ㅤㅤAntes que pudesse abrir a porta do veículo, no entanto, Chris avistava uma figura distante, parcialmente ocultada entre o breu noturno, em frente ao prédio ─ e, como tal figura passou a se aproximar imediatamente do carro do detetive, era seguro afirmar que ele também foi notado.
ㅤㅤChristopher mal tivera tempo para tentar ajustar a sua visão a escuridão que envolvia os arredores do carro e a “figura” que avistara a pouco já estava praticamente ao lado do seu carro, batendo em sua janela ─ como se pedisse para que ela fosse aberta. Mesmo de dentro do carro, já era possível ver as feições rústicas de um homem negro, aparentemente baixo e cego do olho esquerdo (com uma cicatriz acima deste). Uma expressão fechada estava em seu rosto pouco agradável, em contraste com o elegante terno preto (com sutis listras brancas) de gravata roxa e chamativa que ele vestia.

Nome e referência. ─ Aquela voz causaria calafrios até no mais corajoso dos soldados. Era ríspida, grossa e carregada em amargura, mas seu “dono” parecia ciente disso, mantendo uma entonação baixa em suas palavras. Ele bateu mais duas vezes no vidro do carro e esperou por uma resposta.




Não revisei porque o Dimitri tava com pressa. e.e
Seguem as imagens.

prédio:
sujeito de terno:
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Mensagem por Rodrigo Casque Sex maio 11, 2012 3:45 am

Mantinha-se afastado, procurava as sombras e andava com todo cuidado possível... Fazia exatamente o que havia aprendido no exército, mas as expressões corporais e tudo que aqueles dois estavam fazendo indicavam que todos seus esforços para nada serviram. O menor da dupla dava meia volta e se dirigia a ele, sua postura não seria diferente, encarava o homem no olhar e estufava o peito para dar uma imagem mais ameaçadora. A sensação, o medo, o inesperado fazia aquele momento ser único, gostava daquilo, fazia voltar na época da guerra e do fato de não saber o que pode acontecer e do que esperar. Cerrava os punhos para que o inesperado acontecesse... Não iria fugir.

Parecia que estava escrito na testa, mas a verdade era outra. Só um militar reconhece o outro e aquele cara na frente de Stay tinha sido um companheiro de farda. Surpreendia-se ao escutar que o homem tinha servido no Vietnã, era difícil de aceitar mais as palavras vindas depois fizeram com que ele abaixa-se a cabeça e relaxa-se a mão, pensava por alguns segundos o que para ele demorava anos... Ergueu a cabeça e outro fato lhe emocionou, o olhar do homem passava uma verdade nunca vista, dava alguns passos para trás com olhos marejados e com o coração batendo forte.

Você não precisa disso, amigo. Não vale a pena. Volte pro bar. É lá que você trabalha, não aqui fora.
Realmente ele não precisava provar algo para ninguém, serviu seu país com honra e bravura, viu coisas e fez coisas que poucos homens fariam, o problema não era bancar um herói e conquistar uma garota e sim no tinha visto naquele mesmo dia. Se fosse qualquer outro dia dificilmente teria saído do bar mas a morte de seu colega de trabalho tinha sido demais e não deixaria aquilo acontecer, não naquela noite. Escutava as palavras, esfregava os olhos com força e via o sujeito lhe virar as costas, cerrava os punhos novamente e ia em direção ao homem, ia virá-lo com o braço esquerdo para acertar um soco forte de direita no, torcendo para que ele caísse apagado...
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Mensagem por Pri Sex maio 11, 2012 11:15 am

Sorria de canto, parando na porta ao ouvir seu primo continuar a falar no tio. O conhecia bem demais e provavelmente já esperava que Mikael apelasse para lhe "conquistar" e ter o que queria. Passou a língua nos lábios, os umedecendo bem devagar e virou-se para olhá-lo, voltando a sua expressão séria. Tinha a situação por controle agora e não queria perdê-lo tão cedo. - Ele quem pediu, huh. - Seu olhar parecia deslizar pelo rosto do primo, analisando-o com cautela. Apoiou seu braço esquerdo no batente da porta daquele fétido escritório - o russo tinha o escritório que merecia, claro - e sua cabeça estava ligeiramente inclinada para o lado, ouvindo - Ligar para o tio é uma ótima idéia. - Mais uma vez seus lábios se torciam para o lado em um sorriso "sapeca", divertindo-se com o quão desesperado Mikael soava - Meu querido... Só eu posso fazer esse trabalho, alguma das putas que trabalham para você não tem o mínimo de talento para lhe... - desencostou-se do batente e aproximou-se novamente do russo, parando frente a ele de modo que seus corpos quase se tocavam - Satisfazer? - a última palavra foi dita de modo sedutor... E no final lhe arrancou um riso pequeno e suave enquanto se afastava para o lado e depois para a frente, indo até o local onde havia deixado sua bolsa.

Vamos primo... Seu tom e suas súplicas não condizem com a verdade. - Revirou a bolsa que havia trazido, lembrando-se de que uma coisa sua havia ficado ali dentro. Mais uma vez, estava de costas para Mikael enquanto pegava dentro da bolsa seu soco inglês, aproveitando para olhar os papéis em cima da mesa se estivessem no alcance de seus olhos. Os leria, obviamente, mas sem deixar tal movimento claro. Mikael havia mexido neles novamente antes de ir atrás dela minutos atrás, mas talvez ainda pudesse divisá-los. Se sim ou não, ficou novamente de frente para o primo, com o soco inglês encaixado em sua mão que ficava cuidadosamente escondida sob seu bumbum quando Veronika se apoiava na mesa meio que sentada - Minhas regras... Hm... Posso abandonar o trabalho quando eu quiser. Quero todos os recursos necessários para conseguir o que quer que você queira... Claro, bem como os recursos financeiros. Vejamos... - parava um pouco de falar, pensando no que mais poderia usufruir - Quero... Participação em todos os seus negócios daqui por diante - tanto nos valores como no que são e o que você faz - também. Se é uma coisa que me manteria tão bem nos próximos anos, deve valer uma sociedade. - deu uma piscadela para ele, divertindo-se com aquilo. Não era todos os dias que podia "mandar" naquele rapaz que insistia em perturbar-lhe - Agora, antes de me dizer se vai aceitar ou não meus termos, me diga o que você quer. - Permaneceu na mesma posição, o soco inglês prontinho em sua mão para socá-lo se ele tentasse algo por achar suas regras absurdas e querer expressar seu desagrado. - E lembre-se... É você quem precisa de mim e não eu de você.
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Mensagem por Chris Yates Sex maio 11, 2012 5:35 pm

Ah, finalmente. A Mandy chegou e eu dei as instruções dela rápido. Mesmo assim já me custaram 20 minutos. Desci e dei a partida no carro. Como eu pensava. Até de madrugada existem congestionamentos por aqui. A ida até Newton Creek era uma droga. Se tornava pior ainda por causa daquele cheiro horrível de maresia podre misturado com fumaça e qualquer outra coisa que eu nem sei discernir.

A escolha dos vampiros em viver num lugar nesses só é plausível porque eles não precisam respirar para sentir esse cheiro horrível. Além do mais esse tipo de lugar é perfeito para os negócios que muito provavelmente eles tem. Come on! Você acha mesmo que sendo o sangue deles uma droga mais poderosa que Oxi, Crystal, Meth e qualquer outra, não haverá ao menos uns deles que trafiquem?

E eu constatei uma coisa engraçada. Que as radios só passam porcaria a essa hora, então nem me dei ao trabalho de prestar atenção no que passava. Mas eu gostava de usar um ruido de fundo para não me distrair durante a viagem. E depois de um tempo razoável, lá estava eu em Newton Creek. Estacionei o carro na frente de um prédio antigo. Parecia acabado, mas era o endereço.

Se não estivéssemos falando de vampiros e suas esquisitices, eu diria que é mais uma cilada. Mas pelo que eu soube eles não precisam dormir ou "viver" com tanto conforto quanto um ser humano. Respirei fundo pela boca e estava pronto para descer do carro. Quando agarrei o trinco, entretanto, reparei em aluma pessoa longe. E essa pessoa parecia ter me visto também.

Quando eu ia puxar o trinco para descer do carro e ver melhor a tal pessoa no escuro, essa mesma pessoa já estava do lado do carro, batendo na janela como um policial que pede os seus documentos. Eu bem que queria saber como ele chegou tão rápido, mas a resposta dessa seria um pouco óbvia. "Vampiro" é o meu palpite, se é o que querem mesmo saber.

Era um homem negro de terno risca-giz e gravata roxa. E ele era cego de um olho. Acho que uma recepção dessas assustaria qualquer um, ainda mais num lugar como esse! Fiquei analisando o sujeito por um instante, um pouco impressionado pela aparência dele. Ouvi ele perguntar "nome e referência", claro. Não respondi porque estava contemplando a aparência dele e pensando um monte de bobagem sobre Vampiros. Ele bateu de novo.

Não quero arriscar que ele bata mais uma vez. Baixei o vidro e olhei para ele, deixando o distintivo no peito à mostra. — Detetive Christopher Yates, polícia de New York. Eu fui mandado pelo comissário Manson. Sobre o tráfico de V. Acho que ele já deve ter informado às autoridades competentes por aqui. — Engoli em seco, mas mantive uma expressão elativamente tranquila. — Se me permite. — Meus olhos passaram pela porta, deixando claro que eu queria que ele desse espaço para eu abri-la
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Mensagem por Zapathasura Ter maio 22, 2012 8:35 am

Chris Yates.
ㅤㅤO sujeito caolho não deu muita atenção ao que Christopher disse, aparentando já estar esperando por ele a algum tempo. Sua atenção, no entanto, fora entregue completamente ao distintivo da NYPD, ao qual fitava com aparente desprezo ─ a primeira expressão facial discernível utilizada por aquele cara. O sutil “hrrrm” que acompanhou aquele olhar deixou ainda mais claro que algo ali não o agradava.

Siga-me. ─ E o homem negro deu as costas ao detetive, começando a caminhar em direção a maior entre as várias portas de mármore do prédio; a única que não parecia ter sido interditada.

ㅤㅤComo se antecipasse os passos do seu aparente “companheiro de trabalho”, uma mulher loira, também vestindo um terno elegante preto com listras vermelhas ─ porém de uma aparência muito mais “amigável” do que a do homem que recepcionou o detetive ─ saiu da gigantesca porta, revelando um longo e escuro corredor atrás dela.

É ele? ─ A mulher questionou ao outro, que vinha em sua direção evitando contato visual com os profundos e rancorosos olhos azuis dela. Yates poderia ter jurado que viu aquele homem baixo e encorpado fazer um gesto afirmativo com a cabeça, em resposta a questão da loira. ─ Tsc. Não parece muita coisa. ─ Ela pareceu desapontada com alguma coisa ─ embora tenha sido ignorada pelo careca, que já foi adentrando o prédio sem esperar por Christopher. Ao ser ultrapassada pelo sujeito de terno, deu, também, as costas ao detetive, começando a andar até o fim do corredor estreito e mal iluminado, que levava a outra porta, mas esta de metal. ─ Feche a porta quando chegar, oficial Yates. ─ Falou a mulher, esbanjando classe e sobriedade, sem nem ao menos olhar para Chris.




Não revisei, a qualidade não deve estar lá essas coisas, mas como faz tempo que não posto... acredito que já é um começo. D: Mais tarde ou na madrugada de hoje para amanhã, posto para a Pri e para o Casque.

loira de terno:
corredor:




Veronika Vladislava.
ㅤㅤO russo chegou a fazer dois ou três quase-impulsos para se levantar enquanto ouvia as palavras de sua prima, que esbanjava o recém-adquirido controle sobre a negociação ─ mas, por algum motivo, ele respirava fundo e, tentando fingir que não estava incomodado com o tratamento que recebia da ladra (já que ele é que estava acostumado a “brincar” com os outros), se segurava em sua cadeira, tentando demonstrar inteligência e sagacidade na sua expressão facial... que mais parecia indicar sua baixa tolerância a situações que não comanda. Ele estava perdido, e sabia disso.

ㅤㅤOs olhos de Mikael já não seguiam mais Veronika. Ele parecia ter passado a evitar o rosto dela, na verdade, como se tentasse futilmente se acalmar ao ignorar toda a “pose” que a garota empregava enquanto falava. Nada daquilo adiantou, entretanto, quando as “exigências” da trapaceira foram feitas. Por uns bons dois minutos, o mafioso simplesmente gargalhou, como se não houvesse amanhã. Se aquele era um ataque de pânico ou se seu primo realmente se divertia com alguma coisa, Veronika já não sabia. Entre as risadas, derrubou os papéis em sua mesa numa tentativa de se apoiar nela, o que impedira que a prima pudesse ler muita coisa neles exceto alguns nomes que não pareceram tão relevantes assim.

Você superestima sua própria utilidade, pirralha. ─ Disse ele, ainda entre risadas abafadas, com um sorriso largo e odioso no seu rosto. Parecia ter esquecido que a diferença de idade entre os dois não é tão grande assim ─ a única explicação era que ele precisava de uma ofensa, qualquer que fosse, e aquela foi a única que sua mente, maltratada pelo estresse, fora capaz de encontrar. ─ Khorosho*. Abramos o jogo. ─ Cruzou os braços, tentando parecer importante. ─ Você não está acostumada com o poder, e eu não estou acostumado a cedê-lo a outra pessoa; então sugiro que ambos voltemos as nossas zonas de conforto. ─ Já que antes tentou parecer importante, agora passou a tentar parecer inteligente. Costuma funcionar com o tipo de gente com a qual Mikael lida. ─ Em outras palavras: dê o fora daqui e resolva isso com o meu pai, se tiver interesse no trabalho. Você não vale o esforço que acha valer. ─ E, abaixando-se para pegar a papelada que derrubara, apontou para a saída do seu escritório. Veronika só podia se perguntar quais seriam as consequências daquela “conversa amigável”...




*"Khorosho" é uma expressão similar a "muito bem" em russo.

Agora devo voltar ao ritmo de antes, ou ficar num ritmo melhor. e.e
Não revisei, a Pri disse que não se importa com os erros, então a culpa não é minha. HAEUAEHAEUEAHUEA

No mais, confirmarei com o Casque se ele ainda tem interesse na crônica e farei o post dele.
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Mensagem por Pri Seg Jun 11, 2012 1:15 pm

Rotten Apple ─ True Blood. Icon13 Todo aquele lenga-lenga para pedir que procurasse o tio? Mikael era mais estúpido do que imaginava, ainda mais quando tentava parecer inteligente. Sério, ele precisava de ajuda. Imaginava que o riso do primo era de puro desespero, especialmente depois de toda aquela papelada derrubada. Não via nada útil neles, mas era sempre bom guardar informações de mafiosos... Nunca se sabe quando poderiam ser usadas.

Vamos lá, Mikael... Você pode arranjar uma ofensa pior, já estamos crescidinhos... Pirralha se parece mais com você e suas atitudes nada maduras do que comigo. - Pegou a bolsa de cima da mesa - Já que esnobou meu pagamento, irei levá-lo de volta. Posso comprar alguns sapatos com isso. - Colocou a bolsa na frente do corpo, abraçando-a enquanto discretamente colocava uma das mãos lá lentro para enroscar o scoo inglês nos dedos. seus olhos pareciam brilhar com as palavras "comprar" e "sapatos". Como acontece com quase toda mulher, é claro... Mas Veronika não se considerava uma mulher comum. - Se você chegou ao poder, acho mais fácil ainda eu me acostumar com ele, Mikael. - sim, o cutucava com a vara curta, mas não tinha medo daquele brutamontes. Não era inteligente o bastante para conseguir pegá-la. - Sem o apoio de seu pai, você não conseguiria viver nem uma semana nas ruas, meu caro primo. Todos o seguem por medo do seu pai. - Começou a caminhar de costas e de frente para ele, analisando cada uma de suas reações para saber como responder a ele até alcançar a porta para voltar a ala VIP e de lá, para o salão comum - E não se esqueça... quem me deu o valor foi você. Apenas joguei com as cartas que você deu brecha, primo. Leia um pouco mais, irá te fazer bem. - Deu uma piscadela e o deixou sozinho, fechando a porta atrás de si. Saía sorrindo, mas protegida por sua arma.

Se Mikael não aprontasse nada, voltaria para o bar, sentando-se no mesmo banco que havia se sentado antes - Bryan, dorogaya moya*... Me dê mais um daqueles, por favor... E se prepare para ver fumacinhas saindo de Mikael como nunca você viu antes... - dizia um tanto maliciosa, pegando o celular dentro da bolsa. Discaria o número do tio rapidamente e esperando que não atrapalhasse nada, olhando para o relogio de pulso para saber das oras - Dobroy nochi, Dyadya!** - falava com um sorriso, tampando o outro ouvido com a mão livre - Kak vashi dela?*** - animada, sempre transmitia sua alegria pela voz. Não era muito do tipo que ocultava suas emoções e falar com o tio lhe deixava feliz.



Imagem da expressão dela para Mikael XD~
*Meu querido
**Boa noite, tio!
***Como você está?
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Mensagem por Chris Yates Dom Jun 17, 2012 5:33 pm

Eu não gostei desse caolho. Estou com um pressentimento ruim a respeito dele. Mas nem vou comentar nada. Melhor deixar as coisas fluirem naturalmente. Depois que eu me apresentei, ele me olhou com desdém e pediu para que eu o seguisse. Olhei para os lados, sabe-se-lá-por-quê, então acompanhei o bruta-montes para dentro da maior porta do prédio estranho.

Respirei fundo, já mais acostumado com aquele fedor de maresia podre. Quando eu ia perguntar uma coisa trivial e até mesmo besta, fui interrompido, porque a porta se abriu, revelando uma garota loira de olhos azuis. Ela perguntou "É ele?" e eu vi o homem parrudo do terno acenando discretamente. Não gostei do tom mafioso disso. Nem um pouco mesmo.

Nossa. Quanta cordialidade dos vampiros, me abandonar falando sozinho, mesmo que eu não estivesse sequer falando. A mulher loira que impressionantemente conseguia ser mais mal encarada que o homem, acabou me criticando sem a menor sutileza. Tive vontade de responder, mas acabei me contendo. Depois ela me pediu para fechar a porta, e foi exatamente o que eu fiz, limpando as mãos em seguida. — Podemos? — Perguntei já pensando nas palavras que devia usar a respeito do caso.


Nota: Depois de séculos, postei.
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Mensagem por Zapathasura Qua Jul 04, 2012 3:35 pm

Chris Yates.
ㅤㅤNão era surpreendente que os vampiros fossem completamente diferentes quando não estão em frente as câmeras, é claro; a única dúvida era o motivo de eles estarem tratando daquela forma um humano que supostamente deveria trabalhar com eles ─ não seria mais proveitoso tentar enganá-lo como fazem com a mídia, para gerar uma boa impressão através dele? ─, o que poderia levantar todo o tipo de suspeitas em Christopher.
ㅤㅤPara a infelicidade do detetive, no entanto, não houve muito tempo para demais reflexões, já que a vista obtida pelo detetive quando a loira, seguida pelo caolho ─ que parecia se portar como alguém da máfia, com uma imponência nos olhos e no andar ─, adentrou o lugar no qual aquela “pequena reunião” aconteceria: uma aparente mansão de luxo... sem qualquer cor nas paredes, no chão ou nos inúmeros e luxuosos móveis. Fora os seus dois anfitriões, vários faxineiros e demais membros da “staff” local andavam pelos corredores do lugar, se certificando de que absolutamente nenhuma impureza contaminasse o branco absoluto daquele lugar.

ㅤㅤPara a surpresa do oficial, tanto o sujeito intimidador que o recepcionara quanto a loira que se juntara a ele a pouco pareceram parar por alguns segundos para inalar o ar completamente artificial daquele lugar, de uma fragrância quase tão sintética quanto o Tru Blood do qual os vampiros se alimentam.
ㅤㅤO singelo “podemos?” dito pelo rapaz quebrou o silêncio, no entanto, e um sorriso forçado fez-se nos lábios do homem de postura mafiosa, que parecia estar se esforçando para parecer, no mínimo, um pouco menos ameaçador ao convidado. Foi a loira, com toda a sua frieza, que respondeu ao rapaz, entretanto.

Não. Não, não podemos. ─ E continuou a andar, direcionando-se ao distante vácuo que parecia ser o salão principal daquele lugar. ─ Apenas o recepcionei ─ um favor a alguém a quem devo muito. É com ela que você falará. ─ E fez menção, com o rosto, a distante figura sentada a um piano no fundo daquele salão. Embora ao longe seus braços parecessem se mover pelo instrumento, som algum saía dele. Uma voz, no entanto, repentinamente ecoou por todo o salão; o eco impedindo que se discernisse de onde ela vinha. Tudo o que disse foi... ─ Bem vindo ao Vazio.




Finalmente! XD Estava ansioso por essa cena, e vou me esforçar para que ela fique legal. >.> Seguem as imagens do lugar no qual ela se passa.

Vazio:
salão:
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Mensagem por Chris Yates Qui Jul 05, 2012 10:30 am

Por que será que eu não me encontro nem um pouco surpreso com o fato de os vampiros não serem tão amigáveis quanto pregam, estando ao vivo e à cores? Oh, é. Porque eles são bem mais espertos que o governante ou o mafioso mais esperto de que eu tenho notícia. Por favor. Alguns deles são mais velhos que as montanhas, e ainda querem nos fazer pensar que são inocentes? É engraçado ver quantos idiotas caem na propaganda política.

Apesar de tudo, ainda acho suspeito que eles mostrem as true colors para um humano simples como eu. Isso torna tudo muito suspeito, para falar a verdade. Mas eu acho melhor manter a boca fechada e os ouvidos abertos. O caolho negão forçou um sorriso, sem o mínimo talento para atuação. Finalmente nós chegamos ao lugar demarcado para a reunião.

Ao contrário do lado de fora, esse ambiente era muito mais agradável. E já me dava algumas pistas a respeito de quem administrava isso. Tudo excessivamente limpo, organizado e principalmente monocromático. A pessoa que mora aqui no mínimo tem um caso de transtorno obsessivo compulsivo. Então é por isso que eu achei melhor ser o mais discreto e sutil que pudesse.

Perguntei se poderíamos prosseguir, para a "recepcionista". Ela respondeu totalmente seca que não. Ela explicou que era apenas recepcionista ali. Uma voz que se espalhou como um eco me recepcionou ao lugar... Vazio. É um nome bem... Exótico. Criativo, com certeza que não. Mas exótico é. Tirei os sapatos e as meias, deixando lá mesmo onde tinham ficado. Não queria macular mais área desse lugar...

Avancei de pés descalços em direção à figura tocando o piano sem som. Devagar, quase em ponta de pé. Confesso que esse lugar estava me assustando um pouco, e mesmo que nenhum protocolo tenha sido imposto a mim, estava mais que óbvio que algumas regras deveriam ser seguidas nesse lugar. Parei a uns cinco passos da pianista muda e me apresentei: — Boa noite... Oficial Christopher Yates, polícia de Nova Iorque. — E eu não estendi a mão para cumprimentar. Duvido que fossem me cumprimentar depois de ter tocado nas coisas do ambiente lá de fora.

Notas: Não curti tanto esse, mas fiquei com medo de fazer besteira com os NPC's
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Mensagem por Zapathasura Sáb Jul 07, 2012 8:12 pm

Veronika Vladislava.
ㅤㅤA cada palavra que saía da boca da ladra, mais nervoso seu primo ficava, e mais ele se esforçava para não se levantar e resolver a situação na linguagem universal (e a que ele melhor dominava): a violência. Ele murmurava palavras incompreensíveis para si mesmo no que parecia ser russo, enquanto seus dedos batiam incessantemente na superfície da sua mesa, quando de repente, uma expressão aparentemente vazia tomou conta do seu rosto por alguns segundos ─ e, ao que pareceu para a russa, parou de prestar atenção no que ela dizia.
ㅤㅤMesmo que fosse bem provável que algum retardo mental tivesse tomado conta do brutamontes que a trapaceira tem a infelicidade de considerar seu primo, a trapaceira reconheceu aquele olhar vago, distraído, e, de uma forma esquisita, obstinado: Mikael teve uma ideia! Por mais raro que aquilo pudesse parecer, também não deixava de ser preocupante, pois repentinamente o mafioso recuperou toda a compostura que havia perdido, e, com um sorrisinho cínico, simplesmente acenou para Veronika enquanto ela piscava para ele e fechava a sua porta, deixando-o sozinho...

ㅤㅤO que quer que aquela mudança repentina significasse, no entanto, não podia ser tão importante assim... não quando o drink que ela pediu ao bartender ítalo-americano finalmente chegou, e transbordando. Bryan tinha aquele sorriso tradicionalmente divertido no rosto, como se tivesse gostado de saber que sua amiga conseguiu irritar o chefe dele, e parecia disposto a pedir uma recapitulação da conversa que os Vladislava tiveram quando outro cliente fez um pedido, interrompendo-o ─ o que foi a deixa perfeita para que Veronika pudesse ligar para o seu tio, é claro.

ㅤㅤPara a infelicidade de Veronika, no entanto, ela só percebeu após começar a falar que havia caído na caixa postal do tio ─ talvez devido ao barulho do lugar, ou ao simples fato de estar animada com a conversa que não chegara a ter. O lado bom daquilo, entretanto, é que o resto da noite era inteiramente dela.




Grandes eventos estão à espera da sua personagem, Pri, e vou me limitar a dizer isso. 8D

No mais, sem imagens nesse post. Dimitri, vou ficar devendo seu post por hoje, tô na vibe da cena da Pri e não sei se vou voltar pra vibe da sua cena antes de sair do PC.
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Mensagem por Pri Dom Jul 08, 2012 3:58 pm

Oh, o ódio que via nos olhos do primo simplesmente lhe divertia mais e mais. Sabia que em algum momento ele poderia perderia o controle, mas não se importava. Havia encontrado um ponto em que as coisas entre eles precisariam ser acertadas. Ou ele lhe respeitaria como igual no grupo de seu pai...Ou se colocaria abaixo dela, depois que acabasse com ele. Afinal, era sempre o que acabava por acontecer. Veronika era simplesmente melhor que seu primo cabeça oca - ou assim ela acreditava. Mas reconhecia aquele último olhar... Ele ter idéias era tão raro que ficava claro em sua expressão quando uma delas brotava em sua cabeça cheia de porcaria.

Mas ainda não deixaria aquilo atrapalhar seus planos. Não quando Brian colocava diante de seus olhos aquele copo lindo e cheio e tão colorido que lhe levaria para longe dos problemas! Seu sorriso alcançava seus olhos enquanto apaixonadamente ela admirava a beleza daquele doce néctar... Como num ritual, ela o segurou com ambas as mãos, tocou os lábios com a ponta da língua para umedecê-los e o bebia como se fosse uma das maravilhas do mundo - Ooooh Brian...! Você sabe como me incendiar! - sim, para ela era quase como um orgasmo.E é claro, exagerava em todas as suas reações propositalmente, deixando seus lábios se moverem de modo sedutor a cada palavra dita. - Só por isso, te conto como chutei a bunda do Mikael.- E bebia mais do drink, enquanto o rapaz se afastava para atender outro cliente - o qual a garota aproveitava para avaliar seu terno, relógio... Sua beleza física e se era bem cuidado. Esses sempre carregavam uma carteira cheia ou um cartão.

Enquanto isso, ligava para seu tio... Que por mais que tentasse conversar com ele, só conseguiria palavras da caixa postal. Aquilo fez seus ombros murcharem e seu sorriso devanescer ligeiramente. Mikael parecia ter uma ideia... E agora o celular do tio estava ocupado ou desligado. Havia algo errado naquilo, não podia ser uma mera coincidência. O que Mikael iria dizer ao pai que o fez ligar bem mais rápido que ela? - Brian, guarde meu drink oitava maravilha do mundo, por favor. Eu já volto. - Estava séria, diferente de quando havia chego ao bar com toda sua animação. Levantou-se do banco e pegou a bolsa quando já estava em pé, a colocando no ombro pela alça e caminhou em direção ao escritório de Mikael mais uma vez. Não entraria na parte "VIP", mas pé ante pé, tentaria ouvir atrás da porta o que ele falava e entender com quem ele falava. Se fosse com o tio, já imaginaria o assunto... O que a inveja não faz com uma pessoa.
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Mensagem por Zapathasura Seg Jul 09, 2012 9:29 pm

Veronika Vladislava.
ㅤㅤGallo se divertia com a atenção que a trapaceira dava ao seu drink ─ a grande maioria dos clientes simplesmente os entornava, raramente tirando sequer um segundo para apreciar o sabor do drink, afinal, a maioria só queria se embebedar no fim das contas, por qualquer que fossem os motivos. Por saber que ser visto sendo amigável “demais” com uma Vladislava acarretaria em problemas, entretanto, ele mantia uma postura semi-profissional com Veronika, pelo menos ali no bar, em frente a tantos desconhecidos.
ㅤㅤQuando parou para observar uma possível “vítima”, entretanto, a garota acabou por se surpreender com a reação dele. O estranho sujeito de no mínimo 1,90 de altura e aparentes quarenta anos, vestindo um elegante terno cinza com riscos quadriculados cinzas, repentinamente apalpou os vários bolsos de suas roupas com aquelas mãos finas e protegidas por luvas azuis, semelhantes àquelas usadas por médicos, dando a impressão de que ele percebeu quais eram as intenções da trapaceira ─ e o olhar mórbido que ele direcionou à Veronika, juntamente com o rosto pálido e envelhecido dele, no mínimo a deixaram desconcertada...

ㅤㅤNão havia tempo para continuar ali, assustada, no entanto. Ela precisava saber mais sobre o que seu primo estava tramando, e espiar a área VIP pareceu a melhor opção naquele momento. Chegando lá, a russa se surpreendeu mais uma vez. Não conseguiu ouvir nada do que se passava lá dentro, apenas um silêncio sutil, quando uma mão enorme e pesada pousou sobre seu ombro direito, assustando-a novamente. Mikael.

Ora, ora... não me diga que se arrependeu e veio pedir desculpas. ─ Debochou o odioso russo, tirando sua mão do ombro da prima. O sorrisinho amarelado e egocêntrico dele figurava em seu rosto, como de costume. ─ Ou será que... você estava tentando ouvir alguma coisa...? ─ Um pouco lento, sim, mas ele havia acertado. ─ Sinto dizer, priminha, mas você não é mais bem vinda no meu estabelecimento. Prefere sair por conta própria, ou vai querer criar uma cena e ser escoltada para fora pelos seguranças...? ─ Ah, o poder; não havia mais nada no mundo de que Mikael gostasse tanto do que aquilo, e o mafioso se sentia bem poderoso naquele exato momento.




Não revisei (e o Abs também não), então deve estar cheio de erros... XD
Em todo o caso, segue a imagem do turno. /o/

cara estranho do bar:
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