Vampiros - A Máscara
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Chamas do Passado

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Mensagem por Abigail Seg Set 25, 2017 10:57 pm

Chamas do Passado



Jogador: Gam (solo)
--

Damaru PS 19/20; FV 10/10; Vit: Ok

Maravilha, mais uma noite perfeitamente normal.
Damaru se senta na pequena biblioteca para folhear alguns livros. A vida de Ancião se resume a passar a noite sentado, na maior parte das décadas.
- Lilo.
- Senhor?
- Faltam poucos dias para eu voltar para o Alaska. Requisite um relatório dos mercenários, por favor.
- Pretende levar um time consigo para o Alaska?
- A propósito, o seu próximo dia de liberdade está chegando, não?
- Ah sim, eu estou ansiosa por isto. Andei pesquisando na internet e já fiz minha programação completa para todo o dia! Um passeio pelas montanhas! Eu li que as elevações terrestres são altares naturais, que tem uma energia mística, onde podemos encontrar uma conexão mais profunda com nosso lado espiritual... mal posso esperar!

Ela se retirava enquanto Damaru mergulhava cada vez mais fundo na leitura de seus livros. Por acaso ele estava lendo sobre viagem astral. Um dos livros escritos por um sujeito que se intitulava Samael Aun Weor, que trazia algumas inúmeras técnicas para realizar a tão desejada viagem astral. O título tinha sido uma doação do clã Tremere. Embora o autor era bastante comum nas seções de ocultismo de qualquer livraria de esquina, os feiticeiros garantiam que aquele exemplar era uma edição rara e limitada, muito difícil de encontrar. Em determinada parte o autor citava uma interessante técnica para se projetar usando apenas a mente. É claro que para um vampiro possuidor de faculdades mentais paranormais, Damaru não precisava daquelas técnicas. Mas esperava encontrar ali algo diferente, que talvez chamasse sua atenção.

Os minutos passavam voando, enquanto o vampiro mergulhava em sua leitura que era interrompida repentinamente por um som estridente e uma voz de computador perfurando seus tímpanos e quebrando sua concentração. Era o alarme que havia disparado. Alguém ou alguma coisa havia invadido o perímetro de segurança e os radares detectavam alguma atividade anormal

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Mensagem por Gam Ter Set 26, 2017 12:17 am

Chamas do Passado 130-131

- Sim, envie uma equipe de suporte dois dias antes de mim. O mesmo protocolo que fizemos da última vez, quero tudo pronto para meu transporte e estadia quando chegar lá.

E, quando ouve sobre sua pequena peregrinação, não esconde sua satisfação.

- Ora, parece muito interessante. Não tenha pressa em retornar, desde que chegue na noite de sábado. - Isso deve dar a ela mais algumas horas extras durante o dia para aproveitar sua liberdade.

É muito satisfatório ver Lilo animada em contraste a sua crise há algum tempo atrás. 'Uma lacaia saudável é um Império saudável', é o que Damaru sempre diz... Bom, pensa. Ele divaga entre sua leitura e uma reflexão profunda sobre a natureza de sua relação com Lilo quando seu breve momento de descontração familiar é cortado por aquele alarme detestável.

- Misericórdia. - Ele diz, suspirando enquanto fecha seu livro e descruza as pernas. - Preciso trocar essa sirene por algo menos desagradável.

A passos rápidos, embora contidos (Temperamento Calmo), ele dirige-se como um perfeito cavalheiro até a sala de controle.

- Feche as comportas, redirecione as telas para as câmeras do local e acione todas as equipes de emergência na contagem de sessenta segundos. - Ele reitera o procedimento, mas com certeza Lilo já fez tudo isso. -  Qual é a natureza e a localização da intrusão?

Os alarmes estão programados para alertar qualquer comportamento estranho em um raio de 2 km a partir dos limites do condomínio de luxo que esconde o refúgio. Qualquer câmera ou satélite que visualizar um corpo fazendo algo como transfigurar-se, aparecer ou desaparecer repentinamente, ter assinaturas termais muito mais quentes ou mais frias que a média saudável. Em suma, uma série de comportamentos inaceitáveis para criaturas naturais. As vezes ocorre um erro honesto de leitura, por mais tecnológicos que sejam os equipamentos. Por uma ou outra vez, já ocorreu a passagem de um ser sobrenatural por alguns instantes. Mas nunca, até hoje, uma intrusão direcionada. Damaru torce para que não seja este o dia em que isso irá mudar, embora no fundo esteja animado com a mudança de ares. As coisas tem sido bastante emocionantes ultimamente. Divertidas, até.
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Mensagem por Abigail Ter Set 26, 2017 8:47 am

Damaru PS 19/20; FV 10/10; Vit: Ok



- Sim, envie uma equipe de suporte dois dias antes de mim. O mesmo protocolo que fizemos da última vez, quero tudo pronto para meu transporte e estadia quando chegar lá.
- Sim senhor, farei isso!
Ora, parece muito interessante. Não tenha pressa em retornar, desde que chegue na noite de sábado.
- Sério? Que bom! Isso vai me dar o tempo que preciso para jantar fora. Tem um restaurante Árabe que tem ótimas avaliações no TripAdvisor, dizem que a comida lá é muito boa. Mas... não importa, só de comer em um lugar diferente já é um grande evento... Lilo parecia realmente empolgada com a ideia de sair mundo a fora. Damaru talvez podia se perguntar como não havia percebido antes o quanto a reclusão tinha sido prejudicial para a carniçal.

Passado um tempo o alarme soava e Damaru se levantava para checar o que seria desta vez. Não seria a primeira vez nem a última que o alarme disparava. Embora não houvesse motivo para pânico toda vez que aquilo acontecesse, o ancião sempre se perguntava se seria daquela vez que o sistema avisaria sobre um ataque real, que ele esperava que cedo ou tarde realmente iria acontecer.
Feche as comportas, redirecione as telas para as câmeras do local e acione todas as equipes de emergência na contagem de sessenta segundos. - Ele reitera o procedimento, mas com certeza Lilo já fez tudo isso. - Qual é a natureza e a localização da intrusão
Lilo já estava na sala de controle. Os dedos dela no computador eram rápidos e ela confirmava que já tinha feito o procedimento de segurança. A esta altura uma equipe estaria quase pronta para a intervenção, enquanto Lilo procurava as imagens de satélite em tempo real para ver o que acontecia. Damaru acompanhava em um monitor que mostrava as imagens captadas pelo satélite. Havia apenas uma cor cinza que não mostrava nada.
- Está muito nublado lá fora, o satélite não consegue captar nenhuma imagem da costa. Dizia Lilo enquanto continuava digitando os comandos no teclado do computador central que comandava a rede de segurança eletrônica. – Os únicos olhos que temos agora são as câmeras do perímetro externo. Lilo procurava uma a uma. Uma fina garoa, mas constante, caía, o que reduzia drasticamente a distância de captação das imagens das câmeras de segurança. A brisa do mar fazia uma fina névoa se mover entre as câmeras. Nesse tempo uma voz saía pelo rádio em viva voz direto para Damaro e para Lilo.
- Senhora, equipe Alpha e equipe Bravo prontas para intervenção! Já temos um alvo? Era o capitão das equipes de mercenários. – Mantenha as equipes posicionadas até segunda ordem, capitão! Respondia Lilo.
Um pouco preocupada ela olhava para Damaru e comentava: - Talvez alguma câmera captou algo em algum momento ou então o satélite fez alguma imagem em alguma brecha entre as nuvens, que acabou se fechando novamente...
Damaru sentia o quanto a tecnologia era influenciada pelas forças mais primárias da natureza. Ele sabia, inclusive, que esse era um dos motivos de que os EUA havia perdido muitos soldados na Guerra do Vietnã. Equipamentos de alta tecnologia pouca eficiência tiveram na mata densa daquele país e os mais modernos caças Phantom F-4 não tinham um alvo para atacar, embora dispusessem de toda parafernália eletrônica em comparação aos obsoletos caças P-51 Mustang da Segunda Grande Guerra. Ele se via em um cenário parecido agora.
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Mensagem por Gam Ter Set 26, 2017 11:58 am

É verdade que a tecnologia já traiu os homens em mais de um momento na História. Mas na Segunda Guerra os satélites ainda não faziam identificação termal de alta resolução.

- Troque para os satélites e câmeras termais. - Ele instrui o que ela já deveria saber. Mas é melhor lhe dar um desconto, é só uma humana nervosa.

- Não é emocionante? - Ele comenta, um sorriso de canto de rosto. - Talvez realmente estejamos recebendo uma visita, depois de tanto tempo.

- Prepare as metralhadoras internas para atirar ao sinal de qualquer invasor e se tranque no seu quarto. Pode deixar comigo a partir daqui. - Ele diz, enquanto desativa o infernal som dos alarmes.

Sentidos Aguçados (Ausp 1)

De pé, as mãos nos bolsos, Damaru observa atentamente as assinaturas termais nas telas. Mais que isso, também aciona os microfones para tentar identificar se há passos na área de intrusão. Se prestar bastante atenção, talvez consiga dizer até quantas pessoas são.
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Mensagem por Abigail Ter Set 26, 2017 1:23 pm

Damaru PS 19/20; FV 10/10; Vit: Ok

- Troque para os satélites e câmeras termais.
As mãos hábeis de Lilo davam o comando ao computador. Imediatamente a imagem dos monitores à frente de Damaru e sua carniçal mudavam. Se antes a imagem era colorida e real, agora as imagens pareciam mais o negativo de uma fotografia. Em algumas câmeras os dois podiam ver os times de mercenários posicionados. Atiradores de elite nas posições mais altas e grupos de assalto prédispostos em locais estratégicos.
- Bingo! Dizia Lilo, tentando parecer calma, mas era nítido que ela estava com medo.
As câmeras captavam duas fontes de calor se aproximando da residência. Vinham da direção da praia e estavam bem próximos da residência, próximos ao ponto das câmeras poderem identificar que eram dois. Havia uma terceira fonte de calor, que estava longe. Ao que tudo indicava, exatamente na praia, embora esta terceira fonte estivesse muito distante e as câmeras por pouco não a captavam, sendo impossível determinar sua intensidade e realmente quantos “intrusos” ela representaria.
Não é emocionante? - Ele comenta, um sorriso de canto de rosto. - Talvez realmente estejamos recebendo uma visita, depois de tanto tempo.
- Realmente estamos! O senhor não sente medo? Indagava Lilo
- Prepare as metralhadoras internas para atirar ao sinal de qualquer invasor e se tranque no seu quarto. Pode deixar comigo a partir daqui.
Lilo rapidamente digitava alguns comandos enquanto afirmava: - Metralhadora prontas para disparar!
Ela tomava distância do computador mas parecia relutante em esconder-se no quarto. Ao mesmo passo que estava com medo parecia curiosa com o que aconteceria. Ou no final das contas estava receiosa em abandonar seu mestre ali, naquele lugar, como uma isca para seus predadores que se aproximavam.
O Ravnos imergia em seus super sentidos. Aguçar as suas impressões era algo já tão comum e que ele fazia a tanto tempo que talvez era algo mais trivial do que a respiração o seria para qualquer animal. Agora ele podia ouvir o som da corrente sanguínea e o coração de Lilo bombando, bem como sua respiração tensa. Mas não era nesse ponto que ele queria chegar. Damaru se concentrava na captação do som das câmeras. A audição de nada lhe serviria, pois a fina brisa e a garoa lá fora interferia em seus sentidos, bem como o som da rede elétrica do sistema de segurança e todo o campo magnético gerado por aquela parafernália toda. Se ele estivesse lá fora talvez pudesse obter sucesso.
A visão aguçada, por outro lado, lhe permitia separar e processar os dados rapidamente, como se ele pudesse enxergar um movimento rápido em câmera lenta. As fontes de calor que se aproximavam eram dois seres vivos, disso ele tinha certeza, e pareciam ofegantes...
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Mensagem por Gam Ter Set 26, 2017 3:33 pm

Medo?

- Não. - Ele responde. - Não se apegue muito a nossa existência terrena, Lilo. Mesmo a minha não significa nada em relação ao infinito do espaço-tempo. Estamos só de passagem.

Quando ela o deixa a sós, ele se concentra melhor nas imagens. Ofegantes, não é? Através da assinatura de calor ele pode ver que não são Garous, ao menos não transformados. Eles são criaturas muito mais quentes. Mas é seguro afirmar que Garous estariam avançando em sua forma de combate, não? Por que eles estariam correndo em uma forma tão mundana? Não, deve ser outra coisa. E o que seria a assinatura lá atrás? Talvez estes dois estejam tentando escapar? Bom, seja como for, eles agora estão na sua mão.

Ele aperta o botão do comunicador.

- Alternem para a visão noturna e conseguirão ver os dois alvos. Neutralize-os com sedativos, por favor. - Ele avisa. - Sem ferimentos graves, se possível.

Ele então vai caminhando para a saída. Se aqueles são atacantes vindo ao seu encontro, a última coisa que esperam é que ele já esteja do lado de fora quando chegarem.

Presença Invisível (Ofu 2)
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Mensagem por Abigail Ter Set 26, 2017 9:51 pm

Damaru PS 19/20; FV 10/10; Vit: Ok

O time de mercenários seguia as ordens de Damaru. Os atiradores se posicionavam com as munições não letais enquanto outros faziam a cobertura com munição real. O vampiro acompanhava tudo de dentro da fortaleza. Assim que o time Alpha e Bravo agia, o Ravnus talvez ficara decepcionado. Os disparos eram certeiros e em poucos segundos os alvos eram neutralizados. - Alvos neutralizados! Parecem até dois mendigos, senhor! Informava o capitão.

Logo Damaru estava do lado de fora, ofuscado, ele se aproximava do lugar.Agora Damaru podia ver perfeitamente. Eram dois homens, bem magros, com roupas velhas desbotadas e a pele bastante queimada do sol. Pareciam até que estavam desidratados e em estado de penúria. Havia feridas pelo corpo. Conhecedor da ciência, Damaru sabia que era falta de vitamina C.
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Mensagem por Gam Qua Set 27, 2017 1:32 pm

- Formidável. Estou saindo. - Ele avisa, antes de ir ao ar livre.

Como quem acabou de ser acordado em sua mansão, Damaru finalmente aparece em público. Ele não veste nada além de um roupão que ainda está amarrando e o celular, por onde se comunica via rádio com as equipes.

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- Estes homens precisam de ajuda médica, alguém poderia chamar uma ambulância? - Ele avisa no rádio, parado ao lado dos corpos desacordados. - E verifiquem também aquela direção. Ainda não acabou, há mais assinaturas termais ali.

Antes de qualquer coisa, ele envia uma mensagem para Lilo retomar seu posto. Está tudo bem, a princípio. E então, ele atenta para os dois homens no chão.

Náufragos? Poderia até ser. Mas por que dois humanos comuns neste estado deplorável alertariam seus satélites de última geração? Que tipo de aventuras terríveis trouxeram esses homens até sua porta?

Bom, enquanto eles ainda estão em OSL (Ondas de Sono Leve), o Ancião aproveita para rastrear suas ondas cerebrais. Deve ser mais fácil agora, uma vez que este é o estágio onde o cérebro reorganiza as memórias do dia. Enquanto espera resposta sobre a terceira assinatura termal, ele varre as mentes de ambos atrás de memórias e intenções. Das mais recentes ao mais profundo que conseguir chegar. (Telepatia, Ausp 4)
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Mensagem por Abigail Qui Set 28, 2017 5:54 pm

Damaru PS 19/20; FV 10/10; Vit: Ok

Cumprindo as ordens um dos mercenários ligava para o número de emergência, enquanto os homens iam na direção da última fonte de calor, que por sinal estava um pouco longe da mansão. Enquanto isso Damaru dava boas notícias para sua carniçal e examinava os homens no chão.
O ancião olhava para os sujeitos dormindo e logo tentava mergulhar em suas mentes, seus universos particulares para descobrir os seus segredos ou vasculhar suas memórias, seus desejos e seus sonhos. O mundo físico ficava um pouco mais distante e o ancião agora estava mergulhado nas memórias daqueles homens.

Eles sentiam fome, sentiam sede e estavam exausto. Um deles já pedia pela morte, sua pele ardia e ele não conseguia dormir. Suas pálpebras estavam ressecadas e seus olhos “arranhavam” enquanto os músculos de seus braços e suas pernas tremiam. Eles chegaram em um pequeno barco pesqueiro. Eram moradores do Caribe que foram arrastados por uma tempestade enquanto buscavam seu sustento e ficaram por duas semanas à deriva. A terceira fonte de calor era também de um pescador que estavam em estado pior e não conseguira sair do barco. Havia um quarto, mas ele havia morrido antes do barco pesqueiro ser levado pela correnteza até as portas de Damaru.
Logo vinha a confirmação. Os homens informavam no rádio: - Senhor, há um homem aqui no barco. Ele está quase morto.


OFF: considerando a idade do seu personagem e os alvos da telepatia, considero sucesso automático.
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Mensagem por Gam Qui Set 28, 2017 6:19 pm

- São inofensivos. Acompanhe-os até que a ambulância chegue, por favor. - Ele dá a instrução final. - Creio que não teremos mais surpresas hoje, obrigado a todos.

Mas ele não está satisfeito. Como um barco pesqueiro alertou seu satélite? Algo nessa história está mal contado. Mesclando-se com as sombras, Damaru retorna para seu refúgio. Quando chega lá, ele observa os registros para visualizar e entender o exato momento em que o alerta iniciou.
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Mensagem por Abigail Qui Set 28, 2017 7:02 pm

Damaru PS 19/20; FV 10/10; Vit: Ok

Damaru estava insatisfeito, ele não engoliria aquela história dos pescadores. O paranoico ancião estava desconfiado de que algo tinha passado batido naquela confusão toda. Oculto pelas sombras ele retornava em para seu antro. Enquanto isso sons de sirenes indicavam que as ambulâncias estavam chegando. O condomínio tinha sempre uma equipe médica a postos, afinal era para isso que os ricaços pagavam uma fortuna pelo direito de morar naquele lugar.
Contudo antes que ele pudesse descer até o subterrâneo uma voz o chamava:
- Damaru?! Você é Damaru?

Spoiler:

Assim que olhava para trás, o Ravnos via um ninja, igual aqueles dos filmes japoneses, conversando com o vampiro. Certamente o ninja esteve escondido ali o tempo todo e fora ele quem disparara o alarme. Coincidentemente as equipes dos Mercenários estavam na praia naquele momento e o vampiro estava sozinho. Estaria o ninja querendo confirmar a identidade antes de matá-lo?


Última edição por Rian em Sex Set 29, 2017 9:07 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Gam Sex Set 29, 2017 12:38 am

Ora, essa noite fica cada vez mais emocionante.

Ele atenta para os olhos e o sotaque do ninja. Seria ele um oriental? Talvez seja um dos asuratizayya, os vampiros do Oriente. Por séculos os Ravnos batalharam em uma guerra aberta contra eles na Índia, até que por fim seu próprio Pai acordou e dizimou sua prole da face da Terra. Damaru não gostava de participar destes embates, mas por mais de uma vez foi tragado para uma guerra que não era sua. Ele teve sua justa parte de cataianos morrendo por suas mãos. Talvez a vingança tenha por fim chego? Os orientais levam a honra e a disciplina muito a sério, ele não duvida nada que este homem o esteja caçando desde aqueles tempos antigos.

Mas, se fosse um ninja assassino, ele não desperdiçaria seu trunfo assim. Por que conversar abertamente com sua vítima antes de matá-la? Honra, novamente? Não, não desse jeito. Shinobis não se preocupam em matar seus inimigos de maneira honrada.

- Isso depende... quem pergunta? - Ele diz calmamente, ciente de que está se entregando com essa resposta. Com as mãos nos bolsos, ele faz uma ligação escondida para Lilo, de forma que ela ouça a conversa e entenda o que está acontecendo.
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Mensagem por Abigail Sex Set 29, 2017 9:06 am

Damaru PS 19/20; FV 10/10; Vit: Ok

Damaru encontra algo que finalmente explicaria o porque do alarme ter disparado. Infeliz teria sido a coincidência de aqueles náufragos atracarem em terra justamente ali naquele exato momento. Era uma noite incomum e o velho vampiro recebia mais visitas do que o de costume. Silenciosamente ele grampeava a conversa para Lilo monitorar.
- Isso depende... quem pergunta?
- Ótimo! Precisamos conversar, não temos a eternidade toda! Será que podemos entrar? A voz não era de um homem e se de uma mulher. Ela caminhava na direção da mansão enquanto olhava para Damaru e retirava a touca que cobria seu rosto. Para a surpresa do Ravnus não era uma oriental, e sim uma ocidental, de olhos e cabelos claros. É claro que, ter se mantido furtiva enquanto a equipe de mercenários estava á postos denunciava que suas habilidades, por outro lado, eram legitimamente idênticas às dos prováveis vampiros orientais.

Spoiler:

- Meu nome é Shayene e nós não nos conhecemos, pelo menos nunca pessoalmente. No entanto, Lakhpati já me falou um pouco de você!
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Mensagem por Gam Sex Set 29, 2017 3:46 pm

Podemos? Ela não está sozinha. Damaru atenta para todos os lados, buscando os outros. Será que suas capacidades furtivas são assim tão boas?

Ver o Invisível (Ausp)

Mas, aos olhos da kunoichi, ele nunca tirou o olhar dela. Como um cavalheiro, as mãos tranquilamente nos bolsos, ele responde:

- Naturalmente que não. - Ele não a convida a entrar. - O mero fato de terem comprometido meu refúgio é uma ofensa grave, como já sabe. - Ele não fala em tom de crítica, sua voz soa perfeitamente neutra. - Mas o que está feito, está feito. Eu não costumo viver no passado.

E então vira suas costas para ela, demonstrando total desprendimento, e caminha para a mansão sem moradores que esconde a entrada de seu refúgio.

- Venha, Shayene. Vejamos se seus assuntos justificam sua invasão. - E lidera o caminho para a sala de jantar, onde há uma mesa e banquetas confortáveis.

Uma cozinha americana rica, de visual contemporâneo clean. Apesar de a casa ser inabitada, ela possui mobília completa. Um local um tanto inusitado para uma reunião de monstros, na verdade.

- Eu ofereceria um chá, mas algo me diz que vocês dispensariam. - Damaru, com seu roupão florido combinando com o cenário, puxa uma banqueta para si. - Você disse Lakhpati? Como ele está? - Será possível que o velho tenha sobrevivido, afinal?
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Mensagem por Abigail Sex Set 29, 2017 6:05 pm

Damaru PS 19/20; FV 10/10; Vit: Ok

Damaru não via nada além da própria Shayene, ela parecia estar sozinha, enquanto acompanhava o Ravnus para o interior da mansão decorada como se fosse um lugar habitado, embora fosse na verdade uma tapera fantasma.
O mero fato de terem comprometido meu refúgio é uma ofensa grave, como já sabe.
- Desculpe vir sem avisar, foi de última hora e eu não tinha autorização para entrar.
Eu ofereceria um chá, mas algo me diz que vocês dispensariam. - Você disse Lakhpati? Como ele está?
- Eu aceitaria um chá, mas algo me diz que você não faria um chá... Então prefiro ir ao que realmente interessa. Eu não sei como ele está Lakhpati. Ele desapareceu há algum tempo e nunca mais deu notícias. No entanto, acredito que ele tenha entrado em contato comigo recentemente. É difícil de explicar. Eu tive alguns sonhos, que acredito que tenham sido enviados por ele de seja lá onde ele esteja. Talvez ele esteja vagando no plano astral, na umbra, precisando de ajuda. Nos sonhos ele me mostrou este lugar por várias vezes, enquanto sussurava o nome “Damaru”.
Ela dava uma pausa e esperava o ancião digerir as informações.
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Mensagem por Gam Sáb Set 30, 2017 4:00 pm

Enquanto esquenta a água na chaleira, ele associa as informações. Ela está sozinha, afinal. Ou ao menos é seguro afirmar que Damaru não é capaz de fazer nada para evitar "os outros", o que para ele é suficiente para simplesmente relaxar em relação a eles.

Mas o que mais lhe alertou foi o fato de Shayene aceitar o chá. Uma humana?

Pacientemente, ele espera a água esquentar e escolhe ervas de camomilla para incrementá-la. O segredo dos ingleses, os melhores produtores de chá do mundo, é ferver a erva junto com a água. Nunca depois, e definitivamente nunca um sachê industrial pré-preparado. Enquanto viveu na Inglaterra, Damaru por muitas vezes serviu chá para parceiros econômicos e, bom, vítimas.

Enquanto analisa a aura da mulher (Visão de Aura, Ausp 2), ele serve o chá ao lado de um pequeno jarro de açúcar e um frasco de mel. Será ela humana, afinal? Isso há de impressioná-lo como nenhum vampiro jamais o fez. Uma humana driblando seu sistema de segurança. Quem diria?

- Entendo...

Sim, faz sentido. Em um último esforço de escapar da ira do Pai, Lakhpati fugiu para a Umbra. Talvez seu corpo físico sequer exista mais, e agora ele está lá para sempre. Que sortudo. Damaru tem uma dívida eterna para com seu Mentor, ele o tirou de uma existência de mediocridade e lhe deu o mundo. É claro que ele irá ajudá-lo, mas tem de admitir que espera que ele não cobre suas ações de volta.

- A Umbra não é exatamente um lugar famoso. Como sabe de sua existência? Aliás, tanto melhor, por que não começa do início? De onde conhece Lakhpati?

Enquanto ela fala, Damaru aproveita para averiguar sua mente em busca de mentiras ou meias-verdades. É mais fácil fazer isso enquanto ela está focada no assunto do que simplesmente atacar um cérebro ocioso. (Telepatia, Ausp 4)
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Mensagem por Abigail Qua Out 04, 2017 9:33 pm

Damaru PS 19/20; FV 10/10; Vit: Ok


Havia alguns anos já que o Damaru não preparava um chá. Talvez ele não tivesse uma habilidade notável com a culinária, mas os séculos de experiência traziam consigo um mínimo de conhecimento para preparar um chá descente, que agradasse ao paladar dos humanos. A água começava a ferver e a chaleira apitava enquanto Shayene começava a contar a sua história. A chaleira no fogo e aquela conversa inesperada dava uma sensação de ambiente familiar, algo que o velho vampiro não provava há muito, mas muito tempo mesmo.

Logo o chá estava pronto. O aroma era agradável e Damaru o servia gentilmente para a mulher, que o aceitava de bom grado. Ela misturava o mel enquanto deixava o açúcar intocado. O vampiro aproveitava a ocasião para vislumbrar a aura de sua visita. Em uma fração de segundo o espiritual ficava mais palpável e o vampiro podia sentir as nuances, sensações e uma torrente de percepções que somente aquele nível de poder conferia. Seus olhos estavam fixos na direção dela, contudo o vampiro nada via. Talvez fosse melhor tentar outro método...
- A Umbra não é exatamente um lugar famoso. Como sabe de sua existência? Aliás, tanto melhor, por que não começa do início? De onde conhece Lakhpati?
- É uma longa história.... retrucava Shayene. – Foi há muito tempo, mas eu me lembro como se fosse ontem. Seus olhos revelavam um pouco de pesar e nostalgia enquanto com as duas mãos ela levava um pouco do chá em seus lábios, suavemente, devolvendo-o à mesa enquanto começava a história.
- Foi logo depois da Primeira Guerra Mundial. Todos que eu conhecia estavam mortos e Berlim arrasada. Eu trabalhava para o governo da Alemanha e os interesses comerciais de Lakhpati acabaram fazendo com que nós nos cruzássemos. Pulando os detalhes, ele deve ter visto algo em mim que despertou seu interesse. Logo estávamos envolvidos e ele se tornou meu mestre. Aos poucos fui aprendendo sobre os segredos da noite até que a Semana dos Pesadelos chegou. Havíamos nos preparado para isto. Ele deixou um estoque considerável de sangue para que, como sua serva, eu pudesse sobreviver em sua ausência.
Shayene terminava de beber o chá, pousando o copo sobre a mesa. Sua voz soava calma e tênue. - Mas já era para ele ter voltado. Eu tenho certeza que alguma coisa deu errado, só não sei o que ainda.
Coincidência ou havia algo de errado? Mais uma vez os dons de Caim de Damaru falhava diante de uma mera humana. E agora?


Damaru rolou 7 dados de 10 lados com dificuldade 8 para percepção + empatia que resultou (...)
Damaru rolou 8 dados de 10 lados com dificuldade 7 para inteligência+lábia que resultou (...)

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