Vampiros - A Máscara
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Montenegro, O Amante Royal

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Mensagem por Edgard Qua Ago 14, 2013 8:44 pm

17 de Julho de 1998
Motel Union, Recife, Pernambuco
— Bom, agora que você está mais calma eu posso contar, com calma a minha história. - Ele deu um belo trago no que parecia mais um charuto de maconha. Ele não ficava mais sob o efeito da erva, mas fumava normalmente acreditando que sim.
A luz da lâmpada volúpia, lambia e refletia a bela nudez da linda loira que estava deitada grogue na cama. Edgard sabia que depois de várias doses de uísque, algumas gramas de cocaína e quase um litro de sangue a menos fazia ela não ter consciencia, e tudo o que ouvia não conseguia assimilar de fato. Mas ele não suportava mais, há algumas semanas já não conversava com alguém como ele, um vampiro!
Sob efeito do alcool e cocaína, ele começa o seu discurso ininterrupto.
— Como poucos acreditam, minha vida começou quando eu nasci... - deu uma pausa pra encarar o copo de uísque, que Telintava com os cubos de gelo, parecia estar buscando inspiração, mas para ele, relembrar a época de mortal o fazia refletir sobre sua situação atual desastrosa. Se poupava da culpa para relembrar os momentos felizes e inocente de quando respirava. Enquanto olhava o copo ele não deixava de balançá-lo levemente diluindo os cubos de , para não encarar o seu reflexo.
— Tive sorte por nascer de um Major do Exército com uma das mais brilhantes advogadas da época. Como já era de se esperar com uma forte disciplina militar, eu não era um típico "playboy". Meu pai sempre foi enfático em me educar para conquistar o que queria, e eu sempre era incentivado a obter aquilo, não com recursos, mas com o apoio e ensinamento do meu pai, melhor do que me dar o peixe, ele me ensinou a pescar. Quando completei 18 anos, frustrei meu pai em negar seguir carreira militar para estudar Direito na UFCG. - Virou a dose sem fazer careta, e deu uma grande tragada no charuto natural, que por pouco não apagava devido a sua empolgação no monólogo. Caminhou e sentou-se no pé da cama, trazendo consigo um cinzeiro bem elaborado de mármore velho.
— Ali foram os melhores tempos da minha vida. Com certeza... Eu era um bom aluno, me empenhava para seguir as dicas da minha mãe, que já havia me garantido um estágio quando necessário. Os dois primeiros anos foram tranquilos, nunca havia tirado notas baixas. Mas sabe como é né, eu me apaixonei loucamente por uma louquinha de medicina... Ah, ela me deixava louco com aquela postura imponente toda chata, ela sempre tava pronta pra discutir com qualquer um que discordasse de seus ideais, sempre com argumentos plausíveis, que acabavam convencendo uns e outros. Sempre parecia segura no que falava e no que buscava. Ela não queria, mas todos nós sabíamos que ela liderava aqueles barbudos oposicionistas. Foi esse o motivo que me fez despertar para toda a politicagem que há no regimento interno da universidade, e toda a sua maracutaia. Comecei a participar desses grupos e me aprofundar mais. A cada descoberta irregular eu consultava minha mãe, e ela sempre íntegra me orientava para lutar pelo correto, justo. Meu pai pouco se envolvia com isso, só me orientava também para ser um homem de fibra e garra, mesmo na época do fim da ditadura militar, ele ficou mais em casa e não queria nem pensar nisso, o peso das mortes o causaram uma apatia enorme. - Entre longas tragadas e grandes goladas ele tentava captar algum olhar sóbrio da mortal, afim de começar a falar de suas lembranças de quando começou a entender esse mundo das trevas.
— Já era 1986, eu estava com apenas 21 anos, foi quando tive a oportunidade de seduzir totalmente a gostosa da Patrícia Bittencourt, eu fui esperto, deixei ela me admirar pelo espírito de liderança e justiça que eu tinha - e pra ser sincero eu me entreguei realmente àquele movimento - aí foi quando eu tomei conta de seu coração, embora eu já estar há muito tempo com essa paixão embutida, essa foi a oportunidade ideal para isso. Um dos amigos dela era o acadêmico Murilo de Miquéas, o cara tinha um tom de pele pálido-amarelo-biblioteca de tanto estudar, conto nos dedos as vezes que o vi fora da biblioteca. Murilo sempre sabia de tudo, sempre era bom conversar com ele, ele sempre tinha uma teoria bem elaborada para determinado assunto, e quando não me interessava eu procurava ouvir, só pra escutar no que o cara tinha pensado, ele era jovem como eu, mas parecia ter um conhecimento secular. Ele era um tanto misterioso, não gostava muito de falar de sua vida particular, mas eu consegui o tirar algumas vezes daquela biblioteca abafada pra tomar umas e outras no bar da frente. Por muitas vezes eu fiquei alguns sábados com ele estudando. Ele era surpreendentemente inteligente, e eu queria ser um pouco assim também, porque ele sempre ganhava nos debates de diversos assuntos. Todo sábado, ele estudava sobre as religiões dos povos do velho mundo. Ele acreditava que havia um segredo sobre os acontecimentos durante a Idade das Trevas - E ele estava totalmente certo - durante a Inquisição, onde milhares de pessoas foram mortas ao fogo por bruxaria.
Ele deu a última tragada no cigarro antes que a grande brasa e cinza caísse na pura seda do lençol, então ele largou o que restou do cigarro no cinzeiro e subiu pelo corpo nu da bela loira. E passeando com a língua por suas curvas, ele finalizou com um Beijo suculento em seu dorso. E depois se deitou e apagou.
Edgard
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